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Medicina Legal IV

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Medicina Legal 
Psicologia forense 
Psicologia forense 
• A Psicologia Forense estuda os limites normais, biológicos, mesológicos e 
legais da capacidade civil e da responsabilidade penal; quando analisa os 
limites e modificadores anormais das mesmas e as doenças mentais, 
oligofrenias e as personalidades psicopáticas será Psiquiatria Forense. 
• O psicopatologista forense pode ser chamado para elucidar desordens 
mentais relacionadas com a capacidade civil e a responsabilidade penal e 
esclarecer a respeito a autoridade judiciária, a quem não cabe fazer 
diagnóstico, nem prognóstico, de ordem médica. Como já foi dito, é essa a 
única perícia que não pode ser determinada pela autoridade policial; só o 
órgão jurisdicional é que pode determiná-la, de ofício, ou a requerimento 
do representante do Ministério Público, do defensor, do curador, do 
ascendente, do descendente, irmão ou cônjuge do réu. 
• Limitadores e modificadores da capacidade civil e da responsabilidade 
penal. 
• As legislações civil e penal fixam, de forma expressa ou implícita, 
respectivamente, os limitadores e os modificadores da capacidade civil e 
da responsabilidade penal. 
Psicologia forense 
• A capacidade primeira é, no dizer de Washington de Barros Monteiro, “a 
aptidão para adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos da vida 
civil”. 
• Não se exclui da definição, portanto, a possível intervenção de 
representante legal, como nos casos da incapacidade relativa dos maiores 
de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos, os ébrios habituais, os 
viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido, além dos excepcionais, sem desenvolvimento 
mental completo, e os pródigos, que podem exercer certos atos da vida 
civil mediante tutor ou curador, segundo a espécie. 
• A capacidade dos silvícolas será regulamentada por legislação especial. 
• Imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao 
agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de fato 
punível (Aníbal Bruno, Direito penal, Rio de Janeiro, Ed. Nacional, 1956, p. 
39). É a capacidade para ser culpável. 
Psicologia forense 
• Imputável é, então, todo indivíduo mentalmente são e desenvolvido, 
dotado da capacidade de sentir-se responsável pelo ato praticado. 
• Inimputabilidade é a incapacidade para apreciar o caráter ilícito do fato ou 
de determinar-se de acordo com essa apreciação (Fernando Diaz Palos, 
Teoría general de la imputabilidad, Barcelona, Bosch, 1965, p. 173-4). 
• São causas da inimputabilidade a doença mental, o desenvolvimento 
mental incompleto, o desenvolvimento mental retardado (art. 26 do CP) e 
a embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 
28, § 1.º, do CP). 
• Também tutela a inimputabilidade o art. 27 do Código Penal. 
• Segundo Petrocelli, “capacidade penal é o conjunto das condições exigidas 
para que um sujeito possa tornar-se titular de direitos ou obrigações no 
campo de Direito Penal”. 
• Distingue-se a capacidade penal da imputabilidade penal. 
• A capacidade penal é fato da competência judicial e se refere a momento 
anterior ao crime; a imputabilidade é condição de indicação diagnóstica 
pericial que deve existir no momento da infração. 
 
Psicologia forense 
• Nélson Hungria considera essa distinção despida de utilidade. 
• A imputabilidade, contemporânea ao delito, pode não ser sujeito de 
Direito Penal, por incapacidade surgida durante a fase de relação 
processual, como na superveniência de doença mental, conforme 
preceitua o art. 152 do Código de Processo Penal: “Se se verificar que a 
doença mental sobreveio à infração, o processo continuará suspenso até 
que o acusado se restabeleça.”. 
• Responsabilidade, ensina Magalhães Noronha (Direito penal, Saraiva, 1980, 
v. 1, p. 172, n. 100), “é a obrigação que alguém tem de arcar com as 
consequências jurídicas do crime. Ela depende da imputabilidade do 
indivíduo, pois não pode sofrer as consequências do fato criminoso (ser 
responsabilizado) senão o que tem a consciência de sua antijuridicidade e 
quer executá-lo”. 
• Idade 
• É importante fator de limitação e modificação da responsabilidade penal e 
• da capacidade civil, convindo em sua análise distinguir o aspecto criminal e 
o aspecto civil. 
Psicologia forense 
• a) Aspecto criminal — A idade é atenuante dos 18 aos 21 anos, nos delitos 
comuns, por imaturidade psíquica coincidente com a incompleta fixação do 
esqueleto, e a partir dos 70 anos, por reconhecer a lei dificuldade biológica 
na classificação dos velhos e entender que a idade avançada provoca nos 
mesmos, constantemente, alterações fisiológicas da lucidez, atitude, 
tendências, afetividade e vitalidade, tendendo o criminoso senil a tornar-
se menos perigoso. 
• O art. 27 do Código Penal e o art. 228 da Constituição Federal dispõem que 
até os 18 anos os menores são penalmente inimputáveis, ficando, porém, 
sujeitos aos preceitos estabelecidos por legislação especial. Então, embora 
penalmente inimputáveis dos 14 aos 18 anos, os menores delituosos 
sofrerão processo especial, após o que o juiz determinará sua internação 
para orientação educacional, ou, se o fato previsto como crime for punível 
com detenção, poderá a autoridade submeter o menor a tratamento 
ambulatorial por tempo indeterminado, em prazo mínimo de 1 a 3 anos, 
até que perito médico confirme a cessação da periculosidade. 
 
Psicologia forense 
• Ao juiz é dado converter o tratamento ambulatorial em internação do 
agente menor de 18 e maior de 14 anos, em estabelecimento dotado de 
características hospitalares, se essa providência for necessária, para fins 
curativos. O internando jamais poderá ultrapassar a idade de 21 anos. 
• Nenhum menor de 18 anos irá para prisão comum, ficando sempre 
amparado pelo juízo especial. 
• b) Aspecto civil — No Código Civil, Parte Geral, art. 3.º, I, os menores de 16 
anos são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da 
vida civil, sendo-lhes, portanto, interdito testar, testemunhar em 
testamentos etc. Dos 16 aos 18 anos, são relativamente incapazes a certos 
atos (art. 171, I), ou à maneira de exercê-los (art. 4.º, I, do CC). O homem e 
a mulher com 16 anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os 
pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade 
civil. 
 
Psicologia forense 
• A denominação indica a aplicação dos conhecimentos e técnicas 
psiquiátricas aos processos jurídicos, atentando, entre outras finalidades, 
para o comportamento dos indivíduos com as outras pessoas na 
sociedade. 
• A Lei n. 10.216, de 6 de abril de 2001, dispõe sobre a proteção e os 
direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o 
modelo assistencial em saúde mental. São direitos assegurados sem 
qualquer forma de discriminação quanto a raça, cor, sexo, orientação 
sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos 
econômicos e grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, 
ou qualquer outra. 
• O art. 2.º determina que nos atendimentos em saúde mental, de qualquer 
natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente 
cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único desse artigo: 
• “Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: 
• I — ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às 
suas necessidades; 
Psicologia forense 
• II — ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de 
beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na 
família, no trabalho e na comunidade; 
• III — ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; 
• IV — ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 
• V — ter direitoà presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a 
necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; 
• VI — ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
• VII — receber o maior número de informações a respeito de sua doença e 
de seu tratamento; 
• VIII — ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos 
possíveis; 
• IX — ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde 
mental”. 
Psicologia forense 
• Conceito de normalidade e de anormalidade 
• A psiquiatria forense é formada da soma de conhecimentos médico 
psiquiátrico e jurídicos, intitulada juspsiquiatria. 
• Esta requer de seus professadores toda uma gama de estudos específicos, 
técnica apropriada e treino intensivo para o correto desempenho do 
honroso mister de, louvado pelo juiz, lavrar o laudo de exame de sanidade 
mental referente ao réu, pois nenhum médico não psiquiatra, por maior 
seja a sua nomeada científica e o saber das formalidades jurídicas 
pertinentes à função pericial, estará apto a fazê-lo, abarregado no papel 
de juspsiquiatra, posto que tal esdrúxulo comportamento só por si torna o 
documento médico-judiciário inidôneo. 
• Não existe um limite nítido de separação no que tange ao conceito de 
normalidade e de anormalidade em psiquiatria forense. 
• As dificuldades na investigação da normalidade psíquica exsurgem, em 
toda sua complexa extensão, mercê das projeções biológicas, psicológicas, 
filosóficas, antropológicas ou sociais e até metafísicas inerentes a cada 
indivíduo pois não basta ser normal. 
Psicologia forense 
• Por isso é que a qualificação de normalidade psíquica deve ser fundada 
com prudência, e só após esgotados os meios experimentais e racionais, 
apelando para todos os elementos de juízo, inquirindo de forma completa 
sobre a verdadeira índole da personalidade explorada. 
• Raitzin (O homem normal, esse desconhecido, 1949) aduz que “é a 
normalidade mental, com efeito, considerada simplesmente qual um 
conceito primacial dos conhecimentos psicológicos, e como uma realidade 
virtual do psiquismo, quando nele não se nota nenhum dos estigmas 
mórbidos ou sinais patológicos por que se diferenciam e identificam as 
diversas constituições psicopáticas e as síndromes características das 
moléstias mentais conhecidas. 
• Destarte, todo indivíduo cujo tipo de mentalidade e comportamento não 
esteja incluído na nosologia psiquiátrica, fica de fato categorizado, 
classificado como normal”. 
Psicologia forense 
• Não se olvidem certas formas ambíguas de normalidade, de 
seminormalidade ou de semialienação, que se caracterizam por 
insuficiência (debilidade), por certas perturbações (desequilíbrio, formas 
frustrâneas de esquizofrenia, abnormais sexuais), ou por decadência 
(debilidade intelectual e moral dos pré-senis). 
• Nada obstante, para nós, normal é o indivíduo cujo tipo de mentalidade e 
comportamento não esteja incluído na nosologia psiquiátrica e que atua 
harmônica e silenciosamente em sociedade. Anormal será o que, 
desadaptado ao meio, se afasta da norma aceita pelo homo medius; é o 
desregrado. 
• Oligofrenia 
• Oligofrenia (oligo = pouco; phreno = espírito) é termo introduzido na 
Psiquiatria por Kraepelin querendo significar um grupo mórbido 
caracterizado por desenvolvimento mental incompleto, de natureza 
congênita ou sobrevindo por causas patológicas no primeiro período da 
vida extrauterina, antes do término da evolução das faculdades 
psicointelectivas, com acentuado déficit da inteligência. 
Psicologia forense 
• As oligofrenias admitem três gradações: idiotia, imbecilidade, debilidade 
mental. 
• Para ajuizar a evolução intelectiva desses deficientes, Binet e Simon 
relacionam a sua idade mental, ou seja, o índice de desenvolvimento 
intelectual fornecido pela aplicação de provas psicométricas, à 
mentalidade de uma criança: o idiota teria evolução mental abaixo dos 3 
anos; o imbecil, entre 3 e 7 anos, e o débil mental, entre 7 e 12 anos. 
• É critério de gradação puramente psicológico. 
• Terman, revendo os testes de Binet e Simon, registra os seguintes índices 
ao quociente intelectual: 
• Q.I. Abaixo de 25 idiota; de 25 a 50 imbecilidade; de 50 a 70 debilidade 
mental; de 70 a 90 debilidade mental fronteiriça; de 90 a 110 inteligência 
normal; de 110 a 120 inteligência superior; de 120 a 14 inteligência muito 
superior; acima de 140 inteligência genial. 
Psicologia forense 
• Idiotia 
 
• É um estado mórbido ligado a um vício acidental ou congênito do encéfalo 
e que consiste na ausência completa ou na parada do desenvolvimento 
das faculdades intelectuais e afetivas. 
• Os idiotas têm idade mental abaixo dos 3 anos e quociente intelectual 
inferior a 25. São incapazes de cuidar-se, de bastar-se e de transmitir 
simples recados; não articulam palavra. 
• Os idiotas profundos têm vida psíquica infra- humana, inferior à dos 
animais superiores. 
• O idiota incompleto, ou de segundo grau, já é capaz de rudimentos de 
linguagem e alimenta os instintos de conservação sexual. São 
economicamente dependentes. Em geral, vivem pouco. 
Psicologia forense 
• Imbecilidade 
 
• Os imbecis têm rudimento de inteligência com quociente intelectual entre 
25 e 50 e idade mental de 3 a 7 anos. 
• São passíveis de medíocre aprendizado, mediante ingentes esforços, em 
estabelecimentos especializados. 
• Podem articular a palavra. 
• Alguns têm boa memória porém sugestionáveis, são propensos à cólera e 
à violência e a atos de pequena delinquência, fraude e prevaricação, 
podendo, portanto, defender-se de perigos ordinários. 
• Têm uma precocidade sexual que se satisfaz de modo abnormal, pela 
masturbação. 
• Adaptam-se mal ao convívio familiar mas possuem gosto por animais. 
• Os imbecis são incapazes de prover a sua subsistência em condições 
normais. 
Psicologia forense 
• Debilidade mental 
• Os débeis mentais têm idade mental entre 7 e 12 anos e quociente 
intelectual de 50 a 90. 
• São incapazes de manter uma luta pela vida em igualdade de condições 
com as pessoas normais; podem, no entanto, bastar a si próprios em 
circunstâncias favoráveis. 
• Casper afirma que “a irritabilidade fácil dos débeis mentais pode levá-los à 
violência, às lesões corporais, ao homicídio, à antropofagia”. 
• Extremamente sugestionáveis, são crédulos, porém maliciosos e 
intrigantes. 
• Alguns, a custa de penoso esforço intelectual, cursam nível universitário e 
logram obter o aspirado título idôneo; outros, em que a debilidade mental 
é pouco pronunciada, ingressam em cargos públicos nas mais diversas 
áreas e, por vezes, alcançam projeção social. 
• Os débeis mentais integram o maior percentual das oligofrenias. 
Psicologia forense 
• Importância médico-forense 
• Os idiotas e os imbecis são penalmente inimputáveis por serem, ao tempo 
da ação ou da omissão, inteiramente incapazes de entender o caráter 
ilícito do fato, ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
• Dessa forma, embora os idiotas e, mais frequentemente, os imbecis 
possam cometer toda uma gama de infrações penais (homicídios, 
estupros, furtos), são irresponsáveis que devem ser enquadrados no art. 
26, caput, do Código Penal. 
• São também, civilmente, absolutamente incapazes para gerir seus bens e 
haveres, ou consentir (art. 3.º, II, do CC), “os que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática 
desses atos”. 
• Compreendem os “portadores de alienação mental permanente ou 
duradoura capaz de determinar alteração grave das faculdades mentais” 
(R Limongi França, Instituições de direito civil, Saraiva, 1988, p. 55). 
Psicologia forense 
• Assim compreendem esse grupo todas as psicoses (esquizofrenia, psicose 
epiléptica, psicose maníaco-depressiva,psicose puerperal, psicose senil, 
psicose pós-traumatismo craniano etc.), mais o alcoolismo crônico e a 
toxicomania severa, e todos aqueles que, por uma parada ou atraso no 
seu desenvolvimento psíquico, são incapazes de uma apreciação dos 
fenômenos exteriores e, por conseguinte, de uma violação consciente. 
• Exemplos: idiotas, cretinos, imbecis, débeis mentais quase fronteiriços 
com a imbecilidade. 
• Insta diferençar louco e alienado, expressões que não são sinônimas nem 
equivalentes. 
• Alienação é forma de doença mental em que não há desintegração da 
personalidade que compreende o louco e o delirante. Alienado é, então, o 
extasiado, absorto, enlevado, como que fora de si de modo permanente, 
verbi gratia, “vivendo no mundo da lua”, podendo manifestar loucura e 
delírio; já o delirante não é louco, embora, como este, seja alienado que, 
mercê a um desvio do raciocínio, exprime distúrbios da consciência e da 
percepção. 
Psicologia forense 
• Louco é alienado mental que sofreu modificação da personalidade e 
perdeu de um modo absoluto a faculdade de raciocinar, motivada por 
processo patológico ativo. 
• O idiota, o demente senil “são enfermos de um processo patológico 
estacionário ou crônico: não são loucos, mas são alienados” (H. Gomes). 
• Ex expositis, justifica-se a acerba crítica que fazemos à esquisita e 
incorreta expressão, do ponto de vista psiquiátrico, que era empregada 
pelo Código Civil anterior, “loucos de todo o gênero”, querendo significar 
todos os doentes mentais, loucos e alienados. 
• O correto seria “alienados de qualquer espécie”. Pelo atual Código Civil, a 
expressão foi abolida, referindo-se, apenas, aos que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática 
desses atos (art. 3.º, II). 
Psicologia forense 
• Os débeis mentais são capazes de exercer, com limitações próprias, os atos 
da vida civil. 
• A debilidade mental é um retardamento geral da aprendizagem intelectual 
não constitutiva de impedimento matrimonial; todavia enseja anulação de 
matrimônio se o outro cônjuge tomar conhecimento dessa situação a 
posteriori. Os débeis mentais são rotulados pela legislação penal vigente 
como semi-imputáveis e enquadrados no parágrafo único do art. 26 do 
Código Penal, por não serem inteiramente incapazes de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
• Exame de sanidade mental 
• O exame de sanidade mental pode ser ordenado quer durante o inquérito 
policial, mediante representação de delegado de polícia ao juiz competente 
(nunca “de ofício” diretamente ao experto), quer durante a ação penal, 
objetivando esclarecimento pericial sobre a higidez mental do réu, 
contemporânea à prática delituosa, e a sua completa incapacidade de 
entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento. 
Psicologia forense 
• É uma modalidade de exame pericial, contudo, que, dissemos, não pode 
ser determinada de pronto pelo promotor de justiça, nem pelo delegado 
de polícia. 
• A instauração do incidente de insanidade mental somente pode ser 
ordenada pelo magistrado, conforme estatui o art. 149 do Código de 
Processo Penal. O juiz o ordenará, de ofício ou a requerimento do acusado, 
do defensor, do curador, ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do 
acusado, se não verificar que o pedido é meramente protelatório ou 
tumultuário. 
• Dessarte, o juiz pode acatar ou não o pedido de instauração de exame de 
sanidade mental. 
• Em que pese dizer a lei que, em linha de princípio, “toda a prova requerida 
pelas partes deve ser necessariamente deferida, sob pena de configurar-se 
violação de direito ensejador de nulidade processual, desde que 
tempestivamente proposta (oferecimento no momento oportuno), 
pertinente (relativa ao processo), admissível (possível pelo direito e 
realidade) e não se referir a fatos que não se provam ... 
Psicologia forense 
• ... não se provam (intuitivos, resultantes de presunção legal, inúteis ou 
notórios)’’ (Camargo Aranha, Da prova no processo penal, 1983, p. 28), não 
se deve crer tenha o probus judice o dever de atender sempre ou em 
qualquer circunstância ao requerimento das partes. 
• O magistrado somente deferirá o requerimento de instauração de 
insanidade quando presentes indícios de perturbação ou vislumbrar no 
indiciado sinais de sofrer das faculdades mentais. 
• O indeferimento motivado, após a instauração da ação, na oportunidade 
do recebimento da denúncia, não constitui error in procedendo, mas 
simples utilização de faculdade delegada ao juiz que não se contamina de 
eiva ou abuso, capaz de tumultuar a deambulação regular do feito. 
• No eito de todo o exposto, nada justifica, portanto, a anulação de processo 
sob alegação de indeferimento do exame médico-psiquiátrico de 
insanidade mental, por parte de autoridade judicante que fundamentou 
sua decisão, nem para a conversão do julgamento em diligência 
objetivando tal finalidade. 
Psicologia forense 
• Ordenado pelo juiz o exame de sanidade mental, este para ter validade 
será procedido, obrigatoriamente, por juspsiquiatra, nunca por 
profissionais de medicina especialistas em outras áreas ou por psicólogos. 
• Sempre é bom frisar que o periciando tem garantia legal de sigilo nas 
informações prestadas (art. 2.º, parágrafo único, IV, da Lei n. 10.216/2001), 
não podendo o perito divulgá-las, como não raramente acontece, nem 
mesmo como referência no corpo do laudo que será lavrado, sob pena de 
incidir em infração de quebra de sigilo profissional. 
Psicossexualidade 
• Psicossexualidade 
 
• O instinto sexual, força dominante na natureza humana, é expressão 
designativa da ação orgânica reflexa neuropsíquica, desencadeada por 
automatismos profundos filogenéticos, objetivando, primordialmente, a 
perpetuação da espécie e, secundariamente, nos seres mais evoluídos da 
escala zoológica, a satisfação da posse carnal. Ademais, para um ainda 
pequeno grupo da espécie humana, a conjunção carnal não se limita 
apenas a descarregar a tensão física e emocional provocada pelo acúmulo 
de sêmen nas vesículas seminais ou a uma infinita seriação dos seres 
vivos, mas, fundamentalmente à significação da reintegração 
transcendental ao Princípio Divino, pelo amor, retornando, num átimo, e 
não permanentemente, à unicidade prístina. 
• Conforme Rhada Krishnan (Filosofia hindu, v. 1), “podemos adquirir um 
estado incomparavelmente maior que a satisfação do desejo” 
Psicossexualidade 
• Psicossexualidade 
 
• Libido é a manifestação mental do instinto sexual. 
• É forma de energia psíquica especialmente associada à volição sexual. 
• Essa modalidade de energia psíquica associada ao instinto sexual não está 
atrelada exclusivamente aos órgãos genitais, posto que pode orientar-se 
para objeto, pessoas ou certas regiões anatômicas (libido objetal, 
feiticista), para o próprio corpo (libido narcisista), ou, ainda, para nutrir as 
atividades intelectuais (libido sublimada). 
• O sexo já não é mais assunto delicado e embaraçoso, considerado 
inocente ou nocivo. É apenas, quando bem orientado, a expressão carnal 
de mais uma função fisiológica do organismo. 
• O que ocorre, amiúde, é a nefasta influência de uma obsessão pública 
pelo assunto, incrementada por uma verdadeira enxurrada de 
informações deseducativas pelos meios de comunicação — revistas, 
literatura erótica, jornais e filmes cinematográficos alcançando um 
número considerável de pessoas que vivem habitualmente frustradas ou 
Psicossexualidade 
• ...ou com sua sexualidade, a rigor, desmotivada ou reprimida, ameaçando 
lançar, especialmente a juventude, para os infectos pântanos da 
imoralidade. 
• Vale destacar, ademais, a infeliz hipocrisia que permeia a sociedade em 
quevivemos quando o assunto é sexo ou sexualidade, bem como o falso 
moralismo e as fanáticas orientações religiosas, que culminam com a 
infelicidade da pessoa. 
• Os desvios da atividade sexual de um indivíduo, quando não são 
expressões de outras enfermidades mentais, são fundamentados no 
transtorno do instinto e na definição inata do sentimento ético. 
• Os transtornos da vida sexual são, inclusive no homem normal, frequentes 
anomalias da sexualidade em estado latente. O aparecimento dos desvios 
sexuais pode ser determinado por situações ambientais como formas de 
reação, e, também, por circunstâncias tóxicas (alcoolismo, entorpecentes), 
fisiológicas (puberdade e menopausa), ou patológicas (demência senil, 
paralisia geral progressiva, arteriosclerose generalizada). 
Psicossexualidade 
• Para a Medicina Legal importa, por sua nocividade, o estudo da 
sexualidade anômala, ou seja, das perversões e das aberrações sexuais, 
caracterizadas pelas modificações qualitativa e quantitativa do instinto 
sexual, quer no que concerne ao objeto, quer no que se refere à finalidade 
do ato, determinadas por degeneração psíquica ou por fatores orgânicos 
glandulares, não se esquecendo, todavia, que em várias psicoses 
aparecem sintomas de perturbações da atividade genesíaca, com o 
aspecto de mero epifenômeno. 
• Para uma melhor compreensão da gênese dos desvios e das perversões ou 
aberrações do instinto sexual — tendência ou predisposição inata cujo 
objeto é o coito, e que difere de indivíduo para indivíduo —, convém tecer 
algumas considerações sobre o desenvolvimento da psicossexualidade no 
ser humano. 
• Este desenvolvimento da psicossexualidade procede-se paulatinamente 
através de fases que não guardam um limite nítido de separação, antes 
interpenetram-se, mesclam-se entre si. 
 
Psicossexualidade 
• Dessa forma, a divisão em fases etárias objetiva tão somente exposição 
didática. 
• No início da vida extrauterina, a criança, qualquer que seja o sexo, é regida 
pelo chamado “princípio do prazer”, que a impulsiona, constantemente, a 
realizar tudo que lhe possa causar satisfação, ao mesmo tempo em que a 
afasta do que lhe causa aborrecimento, frustração ou infelicidade. 
• Na segunda fase do período pré-genital, esse “princípio do prazer” é 
substituído pelo “princípio da realidade”, o qual leva a criança a adiar a 
realização de suas satisfações momentâneas visando a gerar a estima e a 
aceitação na comunidade. 
• O desenvolvimento psicossexual do ser humano ocorre, didaticamente, 
em três grandes períodos: 
• 1) período pré-genital, que compreende os seis primeiros anos de vida 
extrauterina; 
• 2) período de latência, que se estende dos 7 aos 12 anos; 
• 3) período genital, também chamado puberdade ou adolescência, que 
abrange a fase etária dos 11 ou 12 anos até a idade adulta. 
Psicossexualidade 
• O período pré-genital compreende três fases: oral, anal ou anal sádica e 
fálica. 
• Na fase oral, compreendida desde o nascimento até os 18 meses de vida 
extrauterina, a criança obtém satisfação, representada pelo prazer em 
mamar ou em ser alimentada, ou chupando os dedos etc., pelo emprego 
dos lábios, da boca, língua, palato e gengivas, que funcionam, dessa 
forma, como uma primeira zona erógena. 
• Entre os primeiros 12 e 36 meses de vida extrauterina, desenvolve-se a 
fase anal ou anal sádica, em que a criança tem despertada a sua área de 
interesse basicamente para o ânus e circunjacências, que funcionam como 
a segunda zona erógena. Assim, a criança sente nessa fase prazer nas 
funções eliminatórias intestinal e vesical, e em brincar com ou cheirar as 
excretas. 
• A partir de um ano de idade, ou mais, ela passa a exercer um certo 
controle sobre os esfíncteres, trocando o “princípio do prazer” pelo 
“princípio da realidade”, iniciando-se numa adaptação socialmente aceita 
e familiarmente adequada, visando a ganhar a estima da comunidade. 
Psicossexualidade 
• Na fase fálica, que se estende dos três aos seis anos, a área de interesse 
da criança situa-se nos genitais. 
• A manipulação das zonas erógenas, concomitantemente ao prazer 
desencadeado por posterior masturbação, gera a chamada “ansiedade de 
castração”, de modo diferente conforme seja o sexo da criança. 
• Destarte, o menino sente inclinação afetiva para a mãe, rivalizando e 
hostilizando o pai, a quem passa a temer, admirando-lhe, entretanto, a 
figura masculina. 
• O menino, cujas zonas erógenas agora concentram-se nos órgãos genitais, 
a par da satisfação que sente em manipulá-los, teme a punição do pai, ou 
dos adultos, pela mutilação dos mesmos, o que gera o “complexo de 
castração” ou “ansiedade de castração”. 
• Para aliviá-la, reprime a hostilidade contra o progenitor, procurando 
identificar-se com o mesmo e assumir sua função masculina no grupo 
social. 
Psicossexualidade 
• A menina, quando nota a diferença de seus órgãos genitais relativamente 
aos do menino, sente-se prejudicada ou castrada. Responsabiliza a mãe 
pela castração e volta-se para o pai, que lhe inspira inveja por possuir falo, 
que ela não tem. 
• É o chamado “protesto viril” de Adler, em que se cria a situação de 
“romance familiar” ou “situação edipiana”, em que a menina ama e 
admira o pai, tomando-o como padrão masculino ou rejeitando-o como 
esse modelo na adolescência. 
• Nessa trilha de entendimento, a criança, seja o sexo que for, educada em 
atmosfera hostil e sem amor, dissimula muitos de seus desejos, aspirações 
e opiniões, por temor a desaprovação dos próprios pais e, para ser 
mantida em bom conceito, aprende a levar a vida artificial, desagradável, 
até mesmo neurótica, gerando conflito psíquico, a princípio inconsciente, 
mas, depois, corporifica e se manifesta por depressão, sintomas físicos, 
distúrbios da psicossexualidade etc. 
Psicossexualidade 
• É na fase pré-genital que se desenvolve toda atividade sexual da criança 
pelo estímulo desencadeado por sensações de prazer relacionadas com a 
boca, na fase oral, o ânus, na fase anal ou anal sádica, e com os órgãos 
genitais, na fase fálica, originando a libido. 
• Se a libido, manifestação mental do instinto sexual, por interferência de 
barreiras psicológicas no processo normal de maturação psicossexual, 
fixar-se numa destas fases, ou se o indivíduo a uma delas retorna na idade 
adulta, diz-se ter ocorrido, do ponto de vista psicanalítico, uma fixação da 
libido em tal ou qual fase. 
• Como reforço, a maioria dos desvios sexuais tem origem em processos de 
regressão ou de fixação a níveis infantis de sexualidade. 
• No período da latência inicia-se a solução do “romance familiar” ou 
“Complexo de Édipo” ao mesmo tempo em que, nessa fase, surgem outras 
manifestações da atividade sexual, controladas pelo recalque e pela 
educação familiar e social. 
Psicossexualidade 
• Neste período ocorrem manifestações mixoscopistas, e de exibicionismo, 
que não devem ser confundidas com os desvios sexuais, homônimos dos 
adultos; surge, também, um fenômeno transitório de 
“pseudohomossexualismo”, tornado patente pelo antagonismo dos sexos, 
e que não se vexará com o uranismo e a pederastia masculina ou com o 
lesbianismo e o tribadismo. 
• E se desenvolvem concepções do ego como o pudor, a aversão, a 
moralidade, objetivando suportar, mais tarde, a tempestade e a tensão da 
puberdade e a dirigir as tendências sexuais novamente despertadas, como 
salienta Freud. 
• No período genital, puberdade ou adolescência, os fenômenos 
psicobiológicos ligados à maturação das gônadas se completam, com 
surgimento dos caracteres sexuais secundários, polução noturna, no sexo 
masculino, e menstruação, nas meninas, interesse pelo sexo oposto, 
decisão da carreira profissional etc. 
Psicossexualidade 
• Nesta fase do desenvolvimento, a psique dos jovens, e especialmenteda 
menina, sofre inusitadas alterações, importando a transição da infância 
para a idade adulta em profundas adaptações internas às tensões 
instintivas e emocionais, assim como na necessidade de dirigir e dominar 
os problemas advindos dos intensos conflitos da puberdade em face do 
ambiente social. Vai-se desenvolvendo, ao mesmo tempo, nos jovens, o 
sentimento de amor próprio e independência que os fazem abandonar 
paulatinamente quase todas as atitudes infantis, objetivando obter a 
aprovação dos pais ou de quem as vezes lhes faz. 
• Por seu turno, existe, já, em seus espíritos, verdadeiro masoquismo 
psíquico ou gozo inconsciente pela própria dor que persiste veladamente 
como um fator inerente à feminilidade, desde a puberdade até a 
reprodução. O suportar consiste, pois, atitude tão característica da 
passividade feminina, como o atuar no homem. Esses dois fatores — amor 
próprio e prazer inconsciente pela dor — deverão contrabalançar-se e 
equilibrar-se, mutuamente, de modo que nenhum deles predomine sobre 
o outro, nem iniba, permanentemente, o impulso sexual, gerando 
masoquismo. 
Psicossexualidade 
• A sexualidade na medicina-legal é classificada em: 
• 1) Sexualidade normal; 
• 2) Desvios sexuais; 
• 3) Sexualidade anômala; 
• 4) Sexualidade criminosa. 
 
• A sexualidade normal é a que segue as injunções da natureza e se norteia 
no sentido da procriação. Segue os princípios da biologia humana 
conhecida e repete-se na sociedade como regra social. 
• Os desvios sexuais são desequilíbrios do curso normal da sexualidade e 
estão representados por exceções comportamentais pois não repetem-se 
de maneira uniforme na sociedade. 
• A sexualidade anômala é representada pela perversão sexual aberrante e 
considerada socialmente imoral e desrespeitosa junto ao conceito social. 
• Finalmente, a sexualidade criminosa é aquela que está diretamente 
relacionada com a prática de algum crime ou contravenção. 
Psicossexualidade 
• São considerados desvios sexuais: 
• Anafrodisia, frigidez, erotismo, autoerotismo, erotomania, erotografia, 
exibicionismo, narcisismo, fetichismo, lubricidade senil, mixoscopia, 
cronoinversão, cromoinversão, etnoinversão, pigmalionismo, travestismo, 
voyeurismo, hipermasturbação, satiríase, ninfomania e outros desvios que 
representam atividades sexuais não convencionais. 
 
• São considerados eventos que simbolizam a sexualidade anômala: 
• Sadismo, masoquismo, bestialismo, necrofilia, riparofilia, vampirismo, 
triolismo, transexualismo, homossexualismo e outras aberrações sexuais. 
 
• Sexualidade criminosa pode abranger qualquer das classificações de 
sexualidade desde que estejam vinculadas a prática de crime ou 
contravenção. 
• Fonte: 
• Freud, S. (1905). Trois essais sur la théorie de la sexualité. Paris: Gallimard, 1987. 
• Greco, R. (Coord.) Medicina legal à luz do direito penal e do direito processual penal. 9ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2010.

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