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@estudadireitosofia 
2021.2 
Psicologia Jurídica Psicologia Jurídica 
 
 
1 
História da 
Psicologia Jurídica 
A história da atuação de psicólogos brasileiros na 
área da Psicologia Jurídica teve seu início no 
reconhecimento da profissão, na década de 60. 
A inserção de tal ramo à psicologia deu-se de forma 
gradual e lenta, por vezes foi executado de maneira 
informal, através de trabalhos voluntários. 
Vale ressaltar que os primeiros trabalhos ocorreram 
na área criminal, focando os estudos acerca de 
adultos criminosos e adolescentes infratores da lei. 
 
 
 
Como dito anteriormente o primeiro contato entre 
psicólogos e o meio jurídico foi na área criminal, 
sendo uma das primeiras articulações a Psicologia do 
Testemunho que determinava uma nova linha de 
pensamento: não só os criminosos deveriam ser 
examinados, mas também as vítimas e testemunhas 
e os processos internos que propiciam ou dificultam 
a veracidade do relato das vítimas e testemunhas a 
respeito do que foi visto ou vivido. Essa atuação é 
chamada de entrevista forense e precisa ser feita 
por profissionais porque o trauma pode bloquear 
alguns acontecimentos da memória. 
 
 O trabalho do 
psicólogo junto ao sistema penitenciário existe, ainda 
que não oficialmente, em alguns estados brasileiros 
há pelo menos 40 anos. Contudo, foi a partir da 
promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal 
nº 7.210/84), que o psicólogo passou a ser 
reconhecido legalmente pela instituição penitenciária 
(Fernandes, 1998). 
Apesar da profissão só ter sido oficializada no Brasil 
somente vinte anos após o seu início, na década de 
80, o estudo da história da psicologia jurídica nos 
revela que a preocupação com a avaliação do 
criminoso (principalmente se tratando de um doente 
mental delinquente) vem desde antes da década de 
60. Durante a antiguidade e na idade média já haviam 
indícios da PJ, mas era uma época diferente onde 
existia ainda mais estigma sobre a saúde mental, 
então os casos de “loucura” eram privados as 
famílias dos acometidos, sendo assim era permitido 
que o “louco” circulasse livremente e os 
atendimentos médicos eram escassos. 
• Importante lembrar que em meados do séc. XVII 
a loucura se tornou ainda mais marginalizada, 
passando a ser caracterizada por uma 
necessidade de exclusão desses doentes 
mentais. Assim foram criados estabelecimentos 
para internações em toda a Europa, nos quais 
eram admitidos indivíduos que ameaçassem a 
ordem da razão e da moral da sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A vertente jurídica 
da psicologia encontra suas raízes mais primitivas na 
França do século XIX, tendo como marco inicial o 
pioneiro estudo criminal-antropológico do filósofo e 
É por esse fato que a psicologia jurídica é conhecida 
por ser um ramo que estuda é de grande ajuda em 
casos como de grandes assassinos em série ou de 
crimes torpes, mas é importante lembrar que esse 
ramo da psicologia interdisciplinar ao direito NÃO 
estuda só isso, vai muito além. 
Importante: as instituições criadas na 
Europa não tinham condições ideais para a 
vida de uma pessoa mentalmente doente, 
era bem o contrário disso. A partir do 
século XVIII, na França, Pinel realizou a 
revolução institucional, liberando os 
doentes de suas cadeias e dando 
assistência médica a esses seres 
segregados da vida em sociedade (Pavon, 
1997). 
**Um exemplo mais contemporâneo do 
que acontecia dessas instituições é o 
holocausto brasileiro. 
 
 
2 
psicólogo francês Prosper Despine (1812-92), 
entitulado de Psychologie naturelle (1868). 
Com o advento da Psicanálise, a abordagem frente 
à doença mental passou a valorizar o sujeito de 
forma mais compreensiva e com um enfoque 
dinâmico. Como consequência, o psicodiagnóstico 
ganhou força, deixando de lado um enfoque 
eminentemente médico para incluir aspectos 
psicológicos (Cunha, 1993). 
 Os pacientes passaram a ser classificados em 
duas grandes categorias: de maior ou de 
menor severidade, ficando o psicodiagnóstico 
a serviço do último grupo. 
De acordo com Brito (2005), os psicodiagnósticos 
eram vistos como instrumentos que forneciam 
dados matematicamente comprováveis para a 
orientação dos operadores do Direito. 
Inicialmente, a Psicologia era identificada 
como uma prática voltada para a realização de 
exames e avaliações, buscando identificações por 
meio de diagnósticos. Essa época foi marcada pela 
estreia do uso de testes psicológicos e fez com que 
o psicólogo fosse visto como um testólogo, após 
esse período os psicólogos clínicos começaram a 
colaborar com os psiquiatras nos exames 
psicológicos legais e em sistemas de justiça juvenil. 
 
Com os novos estudos acerca dos sistemas 
de interrogatório, dos fatos delitivos, a detecção de 
falsos testemunhos, as amnésias simuladas e os 
testemunhos de crianças impulsionaram a ascensão 
da, até então denominada como, Psicologia do 
Testemunho. 
 
Atualmente o psicólogo utiliza estratégias de 
avaliação psicológica com objetivos bem definidos 
para encontrar respostas para solução de 
problemas. A testagem pode ser um passo 
importante do processo, mas constitui apenas um 
dos recursos de avaliação. 
 como 
já relatado anteriormente a entrada oficial do 
psicólogo na área jurídica se deu em 1985, mas 
antes disso em 1979 já havia atuação profissional 
informal e voluntária no estado de São Paulo no 
Tribunal de Justiça para atendimento a famílias 
carentes. 
Direito e Psicologia 
Como pode ser evidenciado, o Direito e a Psicologia 
se aproximaram em razão da preocupação com a 
conduta humana. O momento histórico pelo qual a 
Psicologia passou fez com que, inicialmente, essa 
aproximação se desse por meio da realização de 
psicodiagnósticos, dos quais as instituições judiciárias 
passaram a se ocupar. Contudo, outras formas de 
atuação além da avaliação psicológica ganharam 
força, entre elas a implantação de medidas de 
proteção e socioeducativas e o encaminhamento e 
acompanhamento de crianças e/ou adolescentes. 
No campo do Direito Civil destaca-se o Direito da 
Infância e Juventude, área em que o psicólogo iniciou 
sua atuação no então denominado Juizado de 
Menores; 
O trabalho do psicólogo foi ampliado, envolvendo 
atividades na área pericial, acompanhamentos e 
aplicação das medidas de proteção ou medidas 
socioeducativas (Tabajaski, Gaiger & Rodrigues, 
1998). Essa expansão do campo de atuação do 
psicólogo gerou um aumento do número de 
profissionais em instituições judiciárias mediante a 
legalização dos cargos pelos concursos públicos. 
Outro dado histórico importante foi a criação do 
Núcleo de Atendimento à Família (NAF), em outubro 
de 1997, implantado no Foro Central de Porto Alegre 
e pioneiro na justiça brasileira. O trabalho objetiva 
oferecer a casais e famílias com dificuldades de 
resolver seus conflitos um espaço terapêutico que 
os auxilie a assumir o controle sobre suas vidas, 
 
 
3 
colaborando, assim, para a celeridade do Sistema 
Judiciário (Silva & Polanczyk, 1998). 
 em 
relação à área acadêmica, cabe citar que a 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro foi pioneira 
em relação à Psicologia Jurídica. Foi criada, em 1980, 
uma área de concentração dentro do curso de 
especialização em Psicologia Clínica, denominada 
“Psicodiagnóstico para Fins Jurídicos”. 
 
Principais campos de atuação: 
 
Na Psicologia Jurídica há uma predominância das 
atividades de confecções de laudos, pareceres e 
relatórios, pressupondo-se que compete à Psicologia 
uma atividade de cunho avaliativo e de subsídio aos 
magistrados. 
Cabe ressaltar que o psicólogo, ao concluir o 
processo da avaliação, pode recomendar soluções 
para os conflitos apresentados, mas jamais 
determinar os procedimentos jurídicos que deverão 
ser tomados. 
 
 Cabe ao juiz a decisão judicial; não compete ao 
psicólogo incumbir-se desta tarefa. 
 
• Direito de família: destaca-se a participação 
dos psicólogos nos processos de separação e 
divórcio, disputa de guarda e regulamentação de 
visitas.O psicólogo pode atuar como mediador, 
nos casos em que os litigantes se disponham a 
tentar um acordo ou, quando o juiz não 
considerar viável a mediação, ao psicólogo pode 
ser solicitada uma avaliação de uma das partes 
ou do casal. 
Nos processos de separação ou divórcio é preciso 
definir qual dos ex-cônjuges deterá a guarda dos 
filhos e os direitos de visitação (se houver). Em casos 
mais graves, podem ocorrer disputas judiciais pela 
guarda (Silva, 2006). Nesses casos, o juiz pode 
solicitar uma perícia psicológica para que se avalie 
qual dos genitores tem melhores condições de 
exercer esse direito. 
 
• Direito da Criança e do Adolescente: a 
atuação do psicólogo pode se dar em diversas 
formas nesse ramo do direito a começar pela 
adoção onde os psicólogos participam do 
processo de adoção por meio de uma assessoria 
constante para as famílias adotivas, tanto antes 
quanto depois da colocação da criança. 
 
• Destituição do poder familiar: o papel do 
psicólogo nesses casos é fundamental. É preciso 
considerar que a decisão de separar uma 
criança de sua família é muito séria, pois 
desencadeia uma série de acontecimentos que 
afetarão, em maior ou menor grau, toda a sua 
vida futura. Independentemente da causa da 
remoção - doença, negligência, abandono, maus-
tratos, abuso sexual, ineficiência ou morte dos 
pais - a transferência da responsabilidade para 
estranhos jamais deve ser feita sem muita 
reflexão. 
 
• Adolescentes autores de atos 
infracionais: o Estatuto da Criança e do 
Adolescente prevê medidas socioeducativas que 
comportam aspectos de natureza coercitiva. 
São medidas punitivas no sentido de que 
responsabilizam socialmente os infratores, e 
possuem aspectos eminentemente educativos, 
no sentido da proteção integral, com 
oportunidade de acesso à formação e à 
informação. 
 
• Direito Civil: o psicólogo atua nos processos em 
que são requeridas indenizações em virtude de 
danos psíquicos e também nos casos de 
interdição judicial. 
 
**Dano psíquico: o dano psíquico pode ser definido 
como a sequela, na esfera emocional ou psicológica, 
de um fato particular traumatizante (Evangelista & 
Menezes, 2000). Pode-se dizer que o dano está 
 
 
4 
presente quando são gerados efeitos traumáticos 
na organização psíquica e/ou no repertório 
comportamental da vítima. 
 
• Direito Penal: o psicólogo pode ser solicitado a 
atuar como perito para averiguação de 
periculosidade, das condições de discernimento 
ou sanidade mental das partes em litígio ou em 
julgamento (Arantes, 2004). Portanto, 
destaca-se o papel dos psicólogos junto ao 
Penitenciário e aos Institutos Psiquiátricos 
Forenses. 
 
• Direito do Trabalho: o psicólogo pode atuar 
como perito em processos trabalhistas. A 
perícia a ser realizada nesses casos serve como 
uma vistoria para avaliar o nexo entre as 
condições de trabalho e a repercussão na saúde 
mental do indivíduo. Na maioria das vezes, são 
solicitadas verificações de possíveis danos 
psicológicos supostamente causados por 
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, 
casos de afastamento e aposentadoria por 
sofrimento psicológico. Cabe ao psicólogo a 
elaboração de um laudo, no qual irá traduzir, com 
suas habilidades e conhecimento, a natureza dos 
processos psicológicos sob investigação (Cruz & 
Maciel, 2005). 
 
• Vitimologia: objetiva a avaliação do 
comportamento e da personalidade da vítima. 
Cabe ao psicólogo atuante nessa área traçar o 
perfil e compreender as reações das vítimas 
perante a infração penal. A intenção é averiguar 
se a prática do crime foi estimulada pela atitude 
da vítima, o que pode denotar uma cumplicidade 
passiva ou ativa para com o criminoso. Para 
tanto, a análise é feita desde a ocorrência até 
as consequências do crime (Brega Filho, 2004). 
 
• Psicologia do testemunho: os psicólogos 
podem ser solicitados a avaliar a veracidade dos 
depoimentos de testemunhas e suspeitos, de 
forma a colaborar com os operadores da justiça. 
O chamado fenômeno das falsas memórias tem 
assumido um papel muito importante na área da 
Psicologia do Testemunho. Hoje, sabe- -se que o 
ser humano é capaz de armazenar e recordar 
informações que não ocorreram. 
 
A interdisciplinaridade: a psicologia pode 
influenciar e beneficiar o Direito em muitas áreas, 
pois estuda a personalidade do indivíduo na tentativa 
de explicar seus atos e assim poderá ser usada no 
Direito para a explicação e julgamento de criminosos, 
como por exemplo, assassinos. 
Dentre várias áreas incorporadas à Psicologia, uma 
que mais vai ser utilizada pelo Direito é a psicologia 
jurídica. 
A psicologia jurídica, é uma vertente de estudo da 
psicologia, consistente na aplicação dos 
conhecimentos psicológicos aos assuntos 
relacionados ao direito, principalmente quanto à 
saúde mental, quanto aos estudos sociojurídicos dos 
crimes e quanto a personalidade da pessoa natural 
e seus embates subjetivos. 
Tem como objetivo o estudo, tratamento e 
assessoramento de várias etapas da atividade 
jurídica, desde os cuidados relacionados às vítimas, 
infratores e até os profissionais do Direito. 
 
Funções do Psicólogo Jurídico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conscientizar
• Colaborar com campanhas de prevenção social contra 
a criminalidade em meios de comunicação;
Pesquisar
• Problemas da Psicologia Jurídica;
Ajudar a vítima
• Contribuir para a melhoria da situação da vítima e 
para a sua interação com o sistema legal;
Mediar
• Apresentar soluções negociadas aos conflitos 
jurídicos por meio da intervenção mediadora.
 
 
5 
 
 
 
Introdução a 
Psicologia Jurídica 
 
Para dar início é importante conceituar os dois 
elementos dessa matéria então vejamos: 
 
1. Psicologia: busca compreender e explicar a 
conduta humana; 
 
2. Direito: prevê e regula determinados tipos 
de comportamento com o objetivo de 
estabelecer um contrato social de 
convivência, ou seja, vai através das 
normas, regras e lei regular os 
comportamentos com o objetivo de ter 
bem-estar social. 
 
 A Psicologia Jurídica deve restringir-se aos 
conteúdos da norma, sem procurar explicar se ela 
é ou não é justa, nem pretender argumentar sobre 
seus fins. 
 
 
 Psicologia Jurídica cons-
titui-se de um campo de investigação 
psicológico especializado, cuja a finalidade é o 
estudo do comportamento dos atores 
jurídicos no âmbito do Direito, da lei e da 
justiça. 
 
É importante manter a diferenciação entre 
psicologia, lei e suas vertentes, analise: 
 
• Psicologia na Lei: profissionais da lei 
requisitam a atuação dos psicólogos. Trata-
se de uma psicologia aplicada à resolução de 
problemas; 
 
• Psicologia e Lei: a psicologia analisa 
componentes psicológicos no Direito, 
desenvolvendo investigação e teoria; 
 
• Psicologia da Lei: representa uma 
aproximação abstrata da lei como 
determinante do comportamento. Como a lei 
afeta a conduta humana. 
 
Especialidades da Psicologia Jurídica 
 
 Psicologia da Delinquência; 
 Psicologia Judicial (Juízes, Jurados e 
Testemunhos); 
 Psicologia Policial e das Forças Armadas; 
 Psicologia Penitenciária; 
 Mediação Familiar; 
 Técnicas de Entrevista e Interrogatório; 
 Psicopatologia. 
 
Funções do Psicólogo Jurídico 
 
 As condutas psicológicas dos atores 
jurídicos; 
 Avaliar e Diagnosticar; 
 Como perito, visando trazer para os autos 
informações psicológicas essenciais para a 
tomada de decisão; 
 Assessorar, planejar e organizar 
programas de prevenção, tratamento de 
reabilitação e de integração de atores 
jurídicos Treinar e selecionar profissionais. 
 Pertence ao 
Mundo do 
Dever Ser; 
 
 Objetividade: 
Mundo da 
Ciência; 
 
 Assenta-se 
no Princípio da 
Finalidade 
 
 Pertence ao 
Mundo do Ser; 
 
 Subjetividade: 
Mundo da 
reflexão e da 
Filosofia; 
 
 Assenta-se na 
relação de 
Causalidade. 
 
O direito A psicologia 
Interface entre o Direito e a Psicologia 
Conceito 
 
 
6 
As funções do Psicólogo Jurídico são muitoabrangente, então é importante olhar o tema mais 
afundo: 
 
1. Avaliar e Diagnosticar: as condutas 
psicológicas dos atores jurídicos; 
 
2. Assessorar: como perito, visando trazer 
para os autos informações psicológicas 
essenciais para a tomada de decisão; 
 
3. Intervir: planejar e organizar programas de 
prevenção, tratamento de reabilitação e de 
integração de atores jurídicos; 
 
4. Educar: treinar e selecionar profissionais; 
 
5. Conscientizar: colaborar com campanhas de 
prevenção social contra a criminalidade em 
meios de comunicação; 
 
6. Pesquisar: problemas da Psicologia Jurídica; 
 
7. Ajudar a vítima: contribuir para a melhoria 
da situação da vítima e para a sua interação 
com o sistema legal; 
 
8. Mediar: apresentar soluções negociadas 
aos conflitos jurídicos por meio da 
intervenção mediadora. 
 
 
 
A psicologia cognitiva é uma área de conhecimento 
que se propõe em estudar como as pessoas são 
capazes de perceber, aprender, lembrar e pensar 
sobre determinadas situações da vida, ou seja, se 
propõe a estudar os processos mentais dos 
indivíduos. Para esse estudo é preciso analisar os 
seguintes requisitos: 
 
 Sensação: algo do externo mexe com os 
sistemas sensoriais, podendo ser bom ou 
ruim. São reações a sentidos, por exemplo 
alguém que tem a sensação de desmaio ao 
ver sangue. 
 
Processo de detecção e de decodificação da energia 
de um estimulo do mundo exterior. 
A sensação se refere às informações que são 
apresentadas aos órgãos dos sentidos. A visão mais 
aceita é que os processos cognitivos são tão 
complexos que é muito difícil estabelecer uma nítida 
diferença entre sensação e percepção. 
 
 Percepção: é a noção que o indivíduo tem do 
ambiente, pois já trás uma bagagem de vida. 
 
 
Os processos perceptivos são inconscientes. A 
percepção pode ser direta ou imediata, 
discriminativa e constante (ou altamente 
condicionada). 
 
 Cognição: é a capacidade do ser humano 
raciocinar, a inteligência. 
 
Conjunto de atividades e processos pelos quais um 
organismo adquire informação e desenvolve 
conhecimento. Cognição é o processo de conhecer, 
é a memória, pensamento, linguagem, tomada de 
decisão. 
 
Representação Mental do Conhecimento 
 
Representações são como estados mentais que 
promovem um elo entre o organismo e um 
determinado contexto. Têm como característica 
trazer em si mesmas os objetos aos quais se 
referem, independentemente de os mesmos 
estarem ou não em sua presença. 
 
A noção de representação pode ser entendida tanto 
num sentido técnico, psicológico e semiológico. 
 
1. Sentido Psicológico: representação é como 
um conjunto de propriedades, relações e 
valores ligados a um objeto do pensamento. 
Ex.: ver um cachorro igual a seu que faleceu 
na rua e sentiu saudades.; 
 
2. Sentido Técnico: é a expressão de um 
conhecimento por meio de um sistema de 
signos. Ex.: usar um pegador de clips de 
papel, pois não tem outra coisa; 
 
Pode se resumir como um gatilho. 
 
 
7 
3. Sentido Semiológico: a representação é a 
relação entre o significante de um signo e 
seu objeto. Ex.: dar outro sentido a algo; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Personalidade 
 
“Significa uma tendência consistente de se 
comportar de uma determinada maneira em 
diferentes situações” (CHIAVENATO, 2004). 
 
 A consistência citada não é absoluta; 
 Peculiaridade: o indivíduo age de uma 
determinada forma em situações 
semelhantes. 
 
A construção da personalidade é permanente, e 
possui alguns determinantes que afetam: 
hereditariedade e o ambiente. 
 
Há indivíduos que (durante a construção da 
personalidade) desenvolvem uma inflexibilidade de 
comportamento tal, que chegam a perder a 
capacidade de adaptação exigida pelas 
circunstâncias do trabalho. 
 
Podem ocorrer as seguintes situações: 
 
 Desconfiança sistemática e excessiva, a 
ponto de o indivíduo interpretar de maneira 
errada ou distorcer as ações das outras 
pessoas, percebendo segundas intenções e 
objetivos escusos: onde qualquer detalhe 
gera suspeitas, cuja formulação o indivíduo 
concentra suas energias; 
 
 Marcante indiferença a críticas e a elogios: 
o indivíduo aumenta a reserva, busca 
atividades solitárias e introspectivas; 
 
 Impulsividade excessiva, a ponto de a pessoa 
facilmente “perder a cabeça”, envolvendo-
se em conflitos... 
 
 Expansividade inadequada para o local ou 
momento; 
 
 Preocupação excessiva com as críticas, 
causando medo de decidir. 
 
 
 
 
 Personalidade é um conjunto das 
características marcantes de uma pessoa, é 
a força ativa que ajuda a determinar o 
relacionamento das pessoas baseado em seu 
padrão de: individualidade pessoal e social, 
referente ao pensar, sentir e agir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A personalidade tem várias facetas que são 
considerados como parte integrante dela, e que 
influenciam as atitudes de cada pessoa. 
 
• A forma física pode influenciar na auto 
estima, de maneira positiva ou 
 
 
8 
negativamente alterando o comportamento 
e a percepção que a pessoa tem de si. 
 
• O temperamento é responsável pelo 
comportamento afetivo, à excitação e 
atenção. 
 
Pontua o doutrinador Fiorelli que: “Sintetizando as 
definições a personalidade conceitua-se como a 
condição estável e duradoura dos comportamentos 
da pessoa, embora não permanente”. 
 
 Os comportamentos típicos, estáveis, 
persistentes que formam o padrão por meio 
do qual o indivíduo se comporta em suas 
relações, nas mais diversas situações do 
convívio social, de trabalho e familiar, recebem 
a denominação de características de 
personalidade. As manifestações dessas 
características formam a imagem mental, 
para os observadores, do comportamento 
mais esperado dessa pessoa em cada tipo de 
circunstância. 
 
Importante notar que não há personalidade “normal” 
ou características normais. Todos as apresentam 
em maior ou menor grau, combinadas de infinitas 
maneiras, o que torna cada indivíduo único em sua 
maneira de se comportar. Vejamos algumas dessas 
características: 
 
1. Consciência social; 
2. Antissocial; 
3. Praticidade; 
4. Imaginativo; 
5. Esquizoide; 
6. Independentes; 
7. Dependentes; 
8. Extroversão; 
9. Introversão; 
10. Evitativa; 
11. Obsessão em fazer o certo; 
12. Histrionismo; 
13. Ousadia; 
14. Otimismo; 
15. Pessimismo; 
16. Comportamento persecutório; 
17. Conservadorismo; 
18. Narcisismo. 
 
Vale ressaltar os pontos sobre estabilidade 
emocional onde as pessoas tendem a resolver, por 
elas mesmas, suas dificuldades, no limite de suas 
capacitações. Essa estabilidade proporciona uma 
visão mais realista dos fatos e maior facilidade para 
administrar situações de conflito. 
Já a instabilidade emocional é uma característica de 
personalidade que revela imaturidade, incapacidade 
de tolerar os aborrecimentos e as frustrações 
ocasionadas pela impossibilidade prática de 
satisfazer a todos os seus interesses. 
 
 É preciso se atentar as alterações das características 
da personalidade que podem ser causadas, por exemplo, em 
casos de estresse prolongado e eventos traumáticos. 
 As alterações de características de personalidade 
tem o objetivo de neutralizar a situação estressante, 
como uma pessoa expansiva pode ficar retraída ou 
um narcisista poderá acentuar certos 
comportamentos. 
 
 
 
• Personalidade esquizoide e histriônica 
 
No caso da personalidade esquizoide (muitas vezes 
erradamente confundido com esquizofrenia), a 
pessoa revela pouca vontade de se relacionar 
socialmente, muitas vezes se isolando. 
 
• Transtorno de personalidade histriônica 
 
É caracterizado por uma dramatização excessiva, 
necessidade de ser o centro da atenção e 
comportamentos provocantes a nível sexual. 
 
 
 
 
 
Principais atributos de personalidade 
que influenciam o comportamento: 
• Autoestima elevada; 
• Centro de controle; 
• Maquiavelismo; 
• Assumir riscos. 
 
 
9 
( ) 
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo 
neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939) e 
estáintimamente relacionada a sua prática 
psicoterapêutica. É uma teoria que procura 
descrever a etiologia dos transtornos mentais, o 
desenvolvimento do homem e de sua personalidade, 
além de explicar a motivação humana. 
 
 Freud inicia seu pensamento com a ideia de que 
nada existe ao acaso, há uma causa para todo 
tipo de pensamento, ideia similar a da ação e da 
reação, todo pensamento é fruto de uma ação 
anterior, nenhum pensamento surge sem 
houver um processo motivacional. 
 
Super estruturas da Personalidade 
 
Freud enfatizou que os primeiros cinco anos de vida 
são cruciais para a formação da personalidade 
adulta. O ID deve ser controlado para satisfazer 
demandas sociais; isso cria um conflito entre desejos 
frustrados e normas sociais. O ego e o superego se 
desenvolvem para exercer esse controle e 
direcionar a necessidade de gratificação para canais 
socialmente aceitáveis. 
 
A personalidade humana é dividida em três grandes 
superestruturas, estas compreendem os seguintes 
complexos: 
 
• Id: o id está relacionado aos instintos e é 
totalmente inconsciente. Essa estrutura é 
formada pelos impulsos, instintos e desejos. 
O ID estará sempre em busca do prazer, 
não lidando bem com frustrações e requer 
sempre uma solução imediata para tudo. 
**Essa estrutura desconhece a razão e 
os valores morais. 
 
• Ego: o ego é uma estrutura racional e 
controla os instintos (id). Ele funciona como 
um mediador e busca facilitar a interação 
do ID com as situações externas que 
ocorrem na vida de um indivíduo. O principal 
objetivo do ego é a busca por um equilíbrio 
entre os impulsos do ID e a repressão do 
superego. 
 
• Superego: essa estrutura representa a 
moral e os valores, com os seguintes 
objetivos: 
 
− Reprimir através de culpa; 
 
− Barrar os impulsos que são 
contrários as regras sociais; 
 
− Insistir para que o ego se comporte 
com moral. 
 
O superego é formado depois do ego, no momento 
em que a criança começa a assimilar todos os 
valores herdados dos pais. 
 
Desenvolvimento da Personalidade (psicossexual) 
 
O psicanalista Freud afirma que o desenvolvimento 
da personalidade ocorre em cinco fases distintas e 
que em cada uma das fases o indivíduo deve 
aprender a resolver certos problemas específicos, 
originados do próprio crescimento físico e da sua 
interação com o meio. Cada estágio representa a 
fixação de libido (sendo traduzida em “impulsos” ou 
“instintos sexuais”) em diferentes áreas do corpo. 
 
 Vejamos: 
 
1. Oral – 0 aos 1; 
 
2. Anal – 01 a 2 anos; 
 
3. Fálicos – 03 aos 05 anos; 
 
4. Latência – 06 aos 09 anos; 
 
5. Genital – 11 anos. 
 
Personalidade Criminosa 
 
Este tipo de personalidade resulta de um confronto 
entre o id (inconsciente) e o superego. Entre os 
“mestres” da psicologia, é associada ao transtorno 
de várias personalidades como: a Personalidade 
 
 
10 
Dissocial, Amoral, Antissocial, Associal, Psicopática e 
Sociopática.. 
• Chamados de Transtornos de TPA 
 
Os indivíduos que sofrem deste tipo de personalidade 
caracterizam-se por possuírem uma baixa 
tolerância à frustração e elevado nível de 
agressividade. Também têm tendência de culpar os 
outros ou inventar desculpas. 
 
Estes são os principais fatores que explicam o seu 
conflito com a sociedade. Os seus comportamentos 
podem variar, desde a agressão a pessoas e animais, 
destruição de propriedade, defraudação ou furto e 
violação de regras/normas/leis 
 
Antigamente, os criminosos dividiam-se em dois 
grupos principais: o criminoso ocasional e o criminal 
nato. O ocasional era considerado como uma pessoa 
normal que agia por diversas circunstâncias. O nato 
era aquele que agia, por aquilo (criminalidade) 
pertencer à sua parte biológica. 
 
Hoje em dia, ainda é usada a classificação formada 
por Cesare Lombroso – criminologista italiano – que 
consiste em 5 tipos de criminosos: 
 
✓ criminoso nato, 
✓ louco ou alienado, 
✓ profissional, 
✓ primário e por paixão. 
 
 
 
A personalidade depende do estado de ânimo, 
rendimento, motivação e atitude diante dos conflitos. 
Assim é possível afirmar que a personalidade 
interfere até na saúde. Um fígado ou um coração 
doentes produzem sintomas inconvenientes 
conforme a personalidade do doente, por exemplo, 
uma pessoa temerosa, apreensiva e sugestionável, 
tenderá a se deixar incapacitar mais do que aquela 
expansiva, despreocupada e pouco sugestionável. 
 
A personalidade intervém em nossa saúde 
igualmente como faz no restante do nosso 
comportamento e sua ação pode ser favorável ou 
desfavorável, do mesmo modo as ações de uma 
pessoa não dependem da sua personalidade. 
 
Dessa forma é possível analisar o homem sob três 
aspectos: 
 
1. Enquanto indivíduo: essência biológica e 
física; 
2. Enquanto pessoa: capaz de pensar com 
consciência racional; 
3. Ao acrescentar a personalidade ao indivíduo, 
o diferenciamos de qualquer outro indivíduo 
dentro do grupo. 
 
A personalidade inclui elementos intelectuais, 
afetivos, impulsivos, volitivos, fisiológicos e 
morfológicos; é uma forma de responder diante dos 
estímulos. E as circunstâncias da vida com um selo 
peculiar e próprio e que dá resultado ao 
comportamento. 
 
 
 Historicamente seguimos aprendendo que a 
hereditariedade e o ambiente são os principais 
elementos que moldam a nossa personalidade. 
Os pesquisadores descobriram que a genética 
explica em torno de 50% das diferenças da 
personalidade e aproximadamente 40% das 
variações de interesse no trabalho. 
 
 Fatores genéticos: a posição genética 
sustenta que a última explicação da 
personalidade de um indivíduo está na 
estrutura molecular dos genes que se 
encontram nos cromossomos; 
 
 Fatores hereditários: são transmitidos pelos 
genes que determinam o equilíbrio hormonal, 
que por sua vez determina o físico que dá 
forma a personalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Mas o que o corpo determina sobre a 
personalidade?? 
 
No séc. V Hipócrates e Galeno apresentaram o 
estudo dos 4 temperamentos: 
 
 Sanguíneo: expansivo, otimista, mas irritável 
e impulsivo; 
 
 Fleumático: sonhador, pacífico e dócil, preso 
aos hábitos e distante das paixões; 
 
 Colérico: ambicioso e dominador, tem 
propensão a reações abruptas e explosivas; 
 
 Melancólico: nervoso e excitável, tendendo 
ao pessimismo, ao rancor e à solidão 
 
 
 
A ideia de que a forma do corpo relaciona-se com a 
personalidade está representada nos estereótipos 
populares: 
 
− Cesare Lombroso: professor universitário e 
criminologista italiano, tornou-se 
mundialmente famoso por seus estudos e 
teorias no campo da caracterologia, ou a 
relação entre características físicas e 
mentais. 
Segundo Lombroso, o criminoso possui traços que 
indicam sua criminalidade, alguns juristas costumam 
chamar isso de “tipo lombrosiano” ou de “ladrão com 
cara de ladrão”. 
 
Teoria Lombrosiana: estudioso da arte de Hipócrates 
e exímio pesquisador das patogenias mentais, 
Cesare Lombroso, com auxílio de verdadeiro acervo 
de compêndios médicos e jurídicos, conseguiu 
desenvolver os primeiros traços de um estereótipo 
criminoso. 
 
− Kretschmer: psiquiatra interessado nos 
transtornos psicológicos, elaborou uma 
classificação dos indivíduos com base em 
três tipos de estruturas físicas: 
 Magra; 
 Muscular; 
 Obesa. 
 
Os indivíduos obesos tendiam a transtornos 
maníaco-depressivo, enquanto os demais tipos 
corporais eram propensos a esquizofrenia. 
Essa linha de pensamento foi retomada e ampliada 
por William Sheldon (1945), que estava preocupado 
em estudar as características de personalidades 
normais. Vejamos: 
 
 O somatótipo define-se por 3 números que 
indicam o grau de cada característica 
corporal. Sheldon descreveu cada dimensão 
em detalhe. Ele acreditava que durante o 
desenvolvimento cada tipo reflete uma 
ênfase exagerada em uma das três capas. 
!!!!!!!! O biotipo somatótipo não se utiliza, é 
apontado apenas para fins de 
conhecimento. 
 
 A Endomorfia é a tendênciaa gordura. 
Corpos endomórficos são suaves, redondos 
e inadequados ao esforço físico intenso. Daí 
a expressão “feito para a comodidade, não 
para a rapidez”. 
 
 A Mesomorfia são aqueles mais bem 
dotados geneticamente falando porque são 
mais pré-dispostos a terem maiores ganhos 
musculares. Geralmente tem um visual mais 
atlético e sarado, tem boa postura e são 
simétricos. Mesomorfos são conhecidos 
por ganharem massa muscular muito mais 
rapidamente do que a maioria das pessoas. 
 
 A Ectomorfia tendência a magreza, 
segundo Sheldon, esse tipo reflete certa 
prevalência da pele e do sistema nervoso. 
São corpos delicados , lineares e frágeis. Em 
comparação com o corpo, o seu cérebro é 
grande, mas podem ser facilmente 
fragilizados pelo estímulo externo e não são 
apropriados ao trabalho físico. 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Físico Temperamento 
 
Endomorfismo: mole e 
arredondado. 
Viscerotonia: gosto 
pelo conforto, 
sociabilidade, alegria 
em comer. 
Mesomorfismo: sólido 
e retangular. 
Somatonia: gosto pela 
aventura e por correr 
riscos, agressivo. 
Ecotmorfismo: linear e 
frágil. 
Cerebrotonia: inibido, 
receoso, introvertido. 
 
Concluindo, os estudos apresentam evidência de que 
o tipo corporal se relaciona com os traços da 
personalidade. Muitas interrogações ainda existem. 
Porém, os estudos de Sheldon destacou um tema 
importante; A personalidade, tal qual o tipo corporal 
é hereditária. Mais tarde, cientistas desenvolveram 
estratégias de investigação que lhes permitem 
examinar a suposição de que as qualidades da 
personalidade são hereditárias. 
 
Os estudos modernos enfatizam a natureza 
emocional global do indivíduo para explicar 
personalidade e temperamento. 
 
Temperamentos: 
 
• Fatores Ambientais 
• Nível de atividade – Vigor 
• Sociabilidade 
• Emotividade 
 
Psicologia do 
Testemunho 
Historicamente, a Psicologia de Testemunho é uma 
das primeiras articulações entre Psicologia e Direito. 
Determina que não só os criminosos devem ser 
examinados, mas também os processos internos que 
propiciam ou dificultam a veracidade do relato das 
testemunhas a respeito do que foi visto ou vivido. A 
entrevista forense é um dos componentes mais 
importantes da investigação. 
A psicologia do testemunho é o conjunto de 
conhecimentos e investigações com os quais se 
busca garantir a qualidade dos relatos prestados 
pelas testemunhas oculares. 
“A memória nos trai. Seus conteúdos, as 
lembranças, estão muito longe de ser uma recriação 
fiel da realidade”. 
 
 Quando contamos alguma coisa, cada vez a 
contamos de uma maneira diferente. De fato, a 
psicologia forense pede que as testemunhas 
não contem os fatos a ninguém, numa tentativa 
de não contaminar as lembranças. É curioso 
como a nossa mente funciona, e, em particular, 
a memória das testemunhas. 
 
Podemos realmente lembrar de algo que aconteceu? 
Sim, mas é preciso ter atenção ao fato que a mente 
pode trazer falsas memórias ou incluir elementos 
que não estavam naquela situação, contaminando-a. 
 
Elisabeth Loftus, matemática e psicóloga 
especializada neste campo, assegura que a memória 
Somatótipos 
 
 
13 
pode ser manipulada e, portanto, é possível “induzir” 
falsas memórias por meio da sugestão. Mais 
especificamente, ela considera que a memória das 
testemunhas é uma reconstrução. 
Quando alguém é testemunha de um fato, armazena 
dois tipos de informação. Por um lado, o que tenha 
sido obtido enquanto presenciava este fato e, por 
outro, o que lhe foi sendo proporcionado depois. 
Ambos se integram, dando lugar ao fenômeno da 
reconstrução. A pessoa pode chegar a se lembrar 
de detalhes do acontecimento que na verdade não 
viu, e, ao contrário, pode se esquecer de outros que 
presenciou. 
 
As testemunhas podem alterar a natureza de 
suas lembranças devido ao que ocorre depois de 
terem presenciado o delito. De fato, as perguntas 
feitas às testemunhas influenciam – e muito – 
aquilo de que se lembram. Como “consolo”, os 
estudos nos dizem que, normalmente, estas 
distorções afetam detalhes periféricos ou menores, 
de modo que não influenciam tanto as consequências 
do testemunho. 
 
O testemunho de uma pessoa sobre um 
acontecimento qualquer depende essencialmente 
de cinco fatores: 
 
a) do modo como percebeu esse acontecimento; 
 
b) do modo como sua memória o conservou; 
 
c) do modo como é capaz de evocá-lo; 
 
d) do modo como quer expressá-lo; 
 
e) do modo como pode expressá-lo. 
 
Toda percepção, por simples que seja, é algo mais 
do que a soma de um conjunto de sensações 
elementares. Toda percepção supõe uma “vivência”, 
isto é, uma experiência psíquica complexa na qual não 
se mistura, e sim se fundem elementos intelectuais, 
afetivos, conativos, para construir um ato psíquico, 
dinâmico, global e como tal irredutível. 
Sabe-se também que as figuras ou formas 
constituídas pelo especial agrupamento dos 
elementos percebidos, são essencialmente 
subjetivas, e como tais pessoais. 
 
 
 
 Diferenças individuais: na análise da psicologia do 
testemunho, foi comprovado que as crianças e 
os idosos são mais vulneráveis a distorções. As 
crianças são menos precisas, enquanto os 
idosos estão mais convencidos de SUA própria 
verdade. Isto é, confiam mais na veracidade de 
suas falsas memórias. 
 
 Confiança da testemunha: em geral, a 
segurança que a testemunha demonstra ao 
identificar o culpado não é um bom indicador da 
precisão daquilo que a testemunha manifesta. 
Por mais detalhes que revele, a emoção 
demonstrada ou a sua capacidade de convicção 
não são, em geral, sinônimos de veracidade. 
 
 Fatores situacionais: em geral, os níveis médios 
de ativação são os mais adequados para 
recordar com precisão. Se o sujeito tem picos 
de ansiedade ou de estresse, se reduz a 
capacidade de recordar. 
 
A mesma forma, a maioria das testemunhas 
confirma que um evento violento fica gravado com 
mais força que um não violento. É especialmente 
curioso o efeito da focalização da arma. As 
testemunhas prestam tanta atenção na arma 
do agressor ue seu campo de visão se reduz apenas 
a ela, ignorando outros detalhes. A violência faz com 
que as testemunhas se lembrem mais da 
experiência central (arma) e menos das experiências 
periféricas. 
 
 
 
14 
A guarda dos filhos está disciplinada no art. 1.583 do 
Código Civil. 
 
 
 Guarda Unilateral: ocorre quando apenas o 
pai ou a mãe mantém a criança em seu lar, 
podendo ser deferidas visitas para aquele que 
não detém a guarda, garantindo a este a 
supervisão dos interesses dos filhos. Ou seja, 
aquele que tem uma melhor relação com a 
criança deterá sua guarda. 
 
 Será concedida a guarda àquele que 
possuir as melhores condições de 
exercê-la. 
 
 Isto NÃO quer dizer que apenas o 
genitor que possua a melhor condição 
financeira conseguirá obter a guarda. 
Será ela concedida àquele que tiver 
condições de prestar assistência 
material, moral e educacional à criança 
ou adolescente, o que vai muito além do 
quesito financeiro. 
 
 AFETO É ESSENCIAL! E vale mais do 
que qualquer quantia monetária. 
 
 Esta modalidade de guarda não é 
recomendada e sua aplicação ocorre 
apenas em caráter excepcional, se 
devidamente comprovada a sua 
necessidade. 
 
 Guarda Alternada: ocorre uma divisão entre 
pai e mãe em relação às responsabilidades com 
os filhos e consequentes mudanças periódicas 
(que podem ser semanais, quinzenais, mensais, 
etc.) destes para a casa de cada um dos pais. 
 
 Não é um tipo de guarda adequada, pois a 
criança não tem um referencial domiciliar, 
tendo em vista que passa curtos períodos 
de tempo em cada residência. Não possui, 
portanto, uma rotina, não terá uma 
convivência contínua com vizinhos, 
amigos, entre outros, o que pode vir a 
prejudicar imensamente o seu 
desenvolvimento. 
 
 A alternância entre casas pode implicar 
em dificuldades de adaptação, não apenas 
ao lar físico, como também as relações 
parentais e sociais. 
 
Guarda Compartilhada: foi disciplinada pela 
Lei nº 13.058/14 e é a modalidade que 
geralmente se adota nos dias atuais. Aqui 
faculta-se ao pai e a mãe o equilíbrio na 
convivência com os filhos, impondo 
responsabilidades mútuas nos direitos e 
deveres, buscando evitar prejuízos à criança 
pela descontinuidade de lar e de convivência; 
transforma-se o poder em dever familiar. 
 
 A guarda compartilhada garante aos 
pais uma maior convivência com os 
filhos, que estarão em situação de 
igualdade, possuindo os mesmos direitos 
e os mesmos deveres para com seus 
filhos. 
 
 Este plano de guarda divide a 
responsabilidade legal pela tomada de 
todas as decisões importantes que 
afetam a vida dos filhos menores. 
 
 Assim, é preciso entender que todas as 
decisões que trazem determinado 
impacto na vida do filho, deverão passar 
pelo crivo do outro genitor. 
 
 Entende-se que mesmo não tendo mais 
uma vida em comum como casal, os pais 
tomarão as decisões importantes da 
vida da criança de forma conjunta, o 
que torna a separação menos danosa 
para os filhos. 
 
 
 
 
15 
E a avaliação nos casos de guarda? 
 
Antes a criança era vista como um bem, 
propriedade pessoal. Assim, essa “propriedade 
pessoa”, se revertia para o marido e, portanto, os 
filhos ficavam com o pai; 
 
• Doutrina do anos tenros: a mãe considerada 
o melhor genitor, especialmente de crianças 
que eram mais novas – natureza maternal, 
cuidadora e carinhosa. Vigorou até 
aproximadamente a década de 70; 
 
• Houveram mudanças no padrão e ficou-se 
como maior importância o melhor interesse 
da criança. 
 
Observemos as mudanças dos critérios em casos de 
guarda, a que hoje prevalece o melhor interesse da 
criança: 
 
 Lei Uniforme do Casamento e Divórcio (1979) 
 
1. Saúde física e mental de todos os envolvidos 
nos cuidados das crianças; 
 
2. Adaptação da criança à sua casa, escola e 
comunidade; 
 
3. As condições dos pais de proverem as 
necessidades básicas; 
 
4. A interação da criança com os pais, irmãos 
e etc; 
 
5. O desejo dos pais e da criança 
 
 Critérios de Michigan (1970) 
 
1. O amor, afeição e outros vínculos 
emocionais existentes entre as partes 
envolvidas e a criança; 
 
2. A capacidade e disposição das partes 
envolvidas para dar à criança, amor, afeição 
e orientação e continuar a educação e 
criação da criança no seu credo ou religião, 
se houver; 
 
3. A capacidade e disposição das partes 
envolvidas de dar à criança alimento, 
vestuário, cuidados médicos ou outros 
cuidados medicamentos reconhecidos e 
permitidos segundo as leis desse estado em 
lugar dos cuidados médicos e outras 
necessidades materiais; 
 
4. A duração de tempo em que a criança viveu 
em um ambiente estável e satisfatório e a 
indicação de manter a continuidade; 
 
5. A continuidade, como unidade familiar, dos 
lares custodiais ou lares propostos ou 
existentes; 
 
6. A adequação moral das partes envolvidas; 
 
7. A saúde física e mental das partes 
envolvidas; 
 
8. Os registros sobre o lar, escola e 
comunidade da criança; 
 
9. A preferencia racional da criança, se a 
corte considerar que a criança tem idade 
suficiente pra expressar preferencias; 
 
10. A disposição e capacidade de cada uma das 
partes de facilitar e incentivar uma relação 
de proximidade e continuidade entre a 
criança e o outro genitor ou entre a criança 
e os pais; 
11. Violência doméstica, independente de se a 
violência foi dirigida contra ou testemunhada 
pela criança; 
 
12. Qualquer outro fator considerado pela 
corte como relevante para a disputa de 
guarda de uma criança em particular. 
 
 Diretrizes da APA (1994) 
 
Diretrizes orientadoras: objetivo de uma avaliação de 
guarda dos filhos. 
 
1. O objetivo principal é avaliar os melhores 
interesses psicológicos da criança; 
 
2. Os interesses e o bem-estar da criança são 
primordiais. 
 
 
 
16 
3. O foco da avaliação está na capacidade de 
paternagem, necessidades psicológicas e do 
desenvolvimento da criança e a adequação 
resultante. 
 
Diretrizes gerais: preparação para a avaliação de 
guarda dos filhos. 
 
4. O papel do psicólogo é o de um profissional 
perito que se esforça para manter uma 
postura objetiva e imparcial. 
 
5. O psicólogo adquire competência 
especializada. 
 
6. O psicólogo conhece os preconceitos 
pessoais e da sociedade e se engaja em uma 
prática não discriminatória. 
 
7. O psicólogo evita relações múltiplas. 
 
Diretrizes de procedimento: realizando uma avaliação 
de guarda dos filhos. 
 
8. O âmbito da avaliação é determinado pelo 
avaliador. 
 
9. O psicólogo obtém consentimento 
esclarecido dos participantes adultos e, 
quando necessário, informa as crianças 
participantes. 
 
10. O psicólogo informa os participantes sobre 
os limites da confidencialidade e a divulgação 
de informações. 
 
11. O psicólogo utiliza múltiplos métodos de 
coleta de dados. 
 
12. O psicólogo não interpreta excessivamente 
nem interpreta inapropriadamente os dados 
clínicos ou da avaliação. 
 
13. O psicólogo não dá opinião referente ao 
funcionamento psicológico de um indivíduo 
que não tenha sido avaliado pessoalmente. 
 
14. As recomendações, se houver, estão 
baseadas nos melhores interesses 
psicológicos da criança. 
 
15. O psicólogo esclarece as combinações 
financeiras. 
 
16. O psicólogo mantém registros por escrito. 
 
François Dolto refere deve-se atender a três 
referenciais de continuidade: 
 
• O continuum de afetividade; 
 
• O continuum social, que indica a necessidade 
de preservação do ambiente e do 
relacionamento social, até então vivido pela 
criança; 
 
• O continuum espacial, determinando a 
preservação do espaço da criança, porque 
a personalidade dela é construída dentro de 
um espaço, a fim de não perder seus 
referenciais. 
 
Processo de interferência na formação psicológica 
da criança ou do adolescente, promovido ou induzido 
por um dos genitores, ou familiares que detém a 
guarda/autoridade, com o objetivo construir um 
sentimento de repúdio ao outro genitor, causando, 
assim, prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção 
de vínculos entre estes. 
• Trata-se de um fenômeno familiar 
complexo; 
 
• Comum em contextos familiares em litígio; 
 
Síndrome da alienação parental (SAP) 
 
Termo cunhado por Richard Gardner – 1985, é 
muito criticado pelos especialistas e não reconhecido 
pelo DSM-IV e pelo CID-10, ou seja, não é 
reconhecida como uma doença; 
 
 
 
 
17 
 
 X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Campanha de desqualificação da conduta do 
genitor no exercício da paternidade ou 
maternidade; 
• Dificultar o exercício da autoridade parental; 
• Dificultar o contato da criança/adolescente 
com o genitor; 
• Dificultar o exercício do direito regulamentado 
de convivência familiar; 
• Omitir deliberadamente o genitor informações 
relevantes sobre a criança/adolescente 
(escolares, médicas, alterações de endereço); 
• Apresentar falsa denúncia contra o genitor, 
contra familiares para obstar ou dificultar a 
convivência; 
• Mudar de domicílio para local distante, sem 
justificativa, visando dificultar a convivência. 
 
IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!! 
Não há nenhum abuso parental verdadeiro e/ou 
negligência por parte do genitor alienado; 
 Criação, distorção e/ou exagero na interpretações 
de situações cotidianas para “justificar” a 
necessidade do afastamento do outro genitor. 
− Psicopatia grave; 
− Abandono; 
− Abuso sexual; 
− Agressões diversas. 
 
Quem é esse alienador?? 
 
Mãe e/ou familiares X Pai 
Pai e/ou familiares X Mãe 
Pai X Mãe (alienação cruzada) 
 
Ou seja, a genitora materna e/ou seus familiares exercem 
alienação sobre a criança em relação ao seu genitor paterno 
e vise versa. Ainda pode ocorrer casos de alienação cruzada 
onde ambos os genitores desqualificam as condutas um do 
outro para a criança. 
 
*O que pode influenciar a alienação?? Conjugalidade 
e parentalidade. 
 
Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010.Art 5º. Havendo indício da prática de ato de 
alienação parental, em ação autônoma ou incidental, 
o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica 
ou biopsicossocial. 
 
§1º O laudo pericial terá base em ampla 
avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o 
caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal 
com as partes, exame de documentos dos autos, 
histórico do relacionamento do casal e da separação, 
cronologia de incidentes, avaliação da personalidade 
dos envolvidos e exame da forma como a criança ou 
adolescente se manifesta acerca de eventual 
acusação contra genitor. 
 
O que o juiz pode fazer diante da alienação? 
 
I. declarar a ocorrência de alienação parental 
e advertir o alienador; 
II. ampliar o regime de convivência familiar; 
III. estipular multa para o alienador; 
IV. determinar acompanhamento psicológico 
e/ou biopsicossocial; 
V. determinar a alteração da guarda a guarda 
compartilhada ou sua inversão; 
Alienador Alienado 
 Algoz; 
 Cruel; 
 Merece 
punição. 
 Vítima; 
 Merece ser 
defendido. 
Fenômeno familiar – Coautoria 
Ativo > Passivo 
**Falsas memórias causadas 
pela alienação parental 
 
 
18 
VI. determinar a fixação cautelar do domicílio 
da criança/adolescente; 
VII. declarar a suspensão da autoridade 
parental. 
 
 
 
 
1. Análise dos autos do processo; 
 
2. Análise do discurso e do comportamento dos 
genitores nos atendimentos e ao longo do 
estudo psicológico; 
 
3. Análise do discurso e dos comportamentos das 
crianças/adolescentes nos atendimentos e ao 
longo do estudo psicológico; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E nas crianças e adolescentes? 
 
• Denigre o genitor alienado com linguagem 
imprópria e severo comportamento opositor, 
como uma repetição do discurso o alienador. 
Dá motivos frágeis, absurdos ou frívolos para 
sua raiva. Falta de ambivalência afetiva. 
 
• Declara que ela mesma teve a ideia de 
denegrir o pai alienado – Fenômeno do 
“pensador independente”. 
 
Comportamentos comuns aos 
alienadores: 
1. Recusar-se a passar as chamadas 
telefônicas aos filhos; 
 
2. Organizar atividades em momentos de 
visita do outro genitor; 
 
3. Apresentar o novo cônjuge como “seu 
novo pai” ou “sua nova mãe”; 
 
4. Interceptar o contato do filho com o 
genitor; 
 
5. Desvalorizar ou insultar o outro genitor 
na presença dos filhos; 
 
6. Recusar informações importantes ao 
outro genitor; 
 
7. Impedir o direito de visitas; 
 
8. Tomar decisões importantes sobre o 
filho sem consultar o outro genitor; 
 
9. Recusar-se a passar as chamadas 
telefônicas aos filhos; 
 
10. Organizar atividades em momentos de 
visita do outro genitor; 
 
11. Apresentar o novo cônjuge como “seu 
novo pai” ou “sua nova mãe”; 
 
12. Interceptar o contato do filho com o 
genitor; 
 
13. Desvalorizar ou insultar o outro genitor 
na presença dos filhos; 
 
14. Recusar informações importantes ao 
outro genitor; 
 
15. Impedir o direito de visitas; 
 
16. Tomar decisões importantes sobre o 
filho sem consultar o outro genitor; 
 
17. Sair de férias sem os filhos, deixando-
os com outras pessoas que não o 
outro genitor, ainda que este esteja 
disponível e queira ocupar-se dos 
filhos; 
 
18. Proibir os filhos de usar a roupa e 
outras ofertas do genitor; 
 
19. Ameaçar punir os filhos se eles 
telefonarem, escreverem ou se 
comunicarem com o outro genitor de 
qualquer maneira; 
 
20. Culpar o outro genitor pelo mau 
comportamento dos filhos; 
 
21. Ameaçar a mudança de residência 
para lugar longínquo; 
 
22. Telefonar frequentemente (sem razão 
aparente) para os filhos durante as 
visitas do outro genitor. 
 
 
 
19 
• O filho sente a necessidade de proteger o pai 
alienador – Pacto de lealdade. Medo em 
desagradar e de ser abandonado e por isso 
constrói uma aliança. 
 
• Menciona situações que não poderia lembrar 
– implantação de falsas memórias. 
 
• Extensão da animosidade para amigos e/ou 
membros da família do genitor alienado. 
Esquiva, desrespeito e evitações. 
 
• Orientação psicoeducativa para os pais, em 
escolas, creches, ambulatórios e serviços de 
apoio às famílias; 
 
• Acompanhamento psicoterápico individual ou 
familiar; 
 
• Buscar reduzir a intervenção judicial como 
instituição paternalista e fomentadora de 
litígios; 
 
• Fortalecimento de trabalhos de mediação e 
conciliação; 
 
• Estabelecimento da guarda compartilhada nos 
casos cabíveis. 
 
Justiça Familhista 
(A prática do psicólogo) 
 
O estudo da prática do psicólogo na justiça da família 
é imprescindível para o entendimento de toda a 
estrutura envolvendo a família como ramo do direito, 
como por exemplo, os casos de guarda e alienação 
parental. Então, vejamos: 
 
Mudanças na estrutura da organização 
jurídica da família 
 
• Declínio do patriarcalismo: movimento 
feminista (Revolução do séc. XX – década de 
60); 
• Liberalização sexual; 
• Mudanças nas legislações; 
• Confusão nos papeis de masculino e 
feminino; 
• Crise nas famílias? evolução histórica; 
• Família plural e em movimento – Rearranjos; 
 
Evolução da Família 
 
• Ruína do princípio da indissolubilidade do 
casamento; 
 1977: Lei do divórcio – Princípio da 
Liberdade 
• Mulher como Sujeito de Desejo; 
• Mudança de paradigma no Direito de Família: 
família como núcleo econômico e de 
reprodução 
 
 Constituição de 1988: consolidação da 
evolução do Direito de Família: a partir dos princípios 
fundamentais (questão de Direitos Humanos). 
 Ilegitimidade dos filhos; 
 Superioridade do homem; 
 Casamento como única forma de 
família. 
 
 
Novas legislações: 
• Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e do 
Adolescente; 
• Lei 8.560/92 – Investigação de 
paternidade; 
• Leis 8.971/94 e 9.278/96 – União 
estável e concubinato; 
• Código Civil – 2002; 
• Lei 12.318/2010 – Alienação Parental; 
• Lei 13.058/2014 – Guarda Compartilhada. 
 
Palavra de ordem: CIDADANIA 
 
 
20 
Quebra de paradigmas: 
 
 Introdução e interferência da Psicanálise; 
 Inconsciente: consideração da 
subjetividade; 
 Novo entendimento de sexualidade 
revalorizando o amor e o afeto; 
 Afeto como um valor jurídico: legalidade 
da subjetividade. 
 
 
 
 
 
 
 
1. Princípio da dignidade humana: macro princípio 
sob o qual irradiam e estão contidos outros 
princípios e valores essenciais como a liberdade, 
autonomia, cidadania, igualdade e etc. 
 
• Coleção de princípios éticos; 
 
• Kant: O valor intrínseco que faz do 
homem um ser superior às coisas é a 
dignidade. As coisas têm preço e as 
pessoas, dignidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Princípio da monogamia: não é uma norma moral 
ou moralizante. Um principio básico e organizador 
das relações jurídicas da família do mundo 
ocidental; 
• A caracterização do rompimento do 
princípio da monogamia não está nas 
relações; extraconjugais, mas na 
relação extraconjugal em que se 
estabelece uma família simultânea 
àquela já existente; 
 
• Dever de fidelidade recíproca; 
 
• Proibição da bigamia. 
 
3. Princípio do melhor interesse da 
criança/adolescente: criança e adolescente 
como destaque, em razão de não ter alcançado 
maturidade suficiente para conduzir a própria 
vida sozinho; 
• Estão em processo de amadurecimento 
e formação da personalidade; 
 
• Relativo – Sofre variações culturais e 
sociais; 
 
• Análise do caso concreto; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Princípio da igualdade e o respeito às diferenças: 
o respeito às diferenças constituem um dos 
princípios-chave para as organizações jurídicas, 
especialmente o Direito de Família; 
• Sem ele, não há dignidade > Não há 
justiça; 
 
• Se todos são iguais perante a lei, todos 
devem estar incluído no laço social; 
 
A desbiologização da paternidade, 1979 – João 
Baptista Villela – base para a paternidade 
socioafetiva. 
“Dignidade é o pressuposto da ideia de justiça 
humana, porque ela é quedita a condição 
superior do homem como ser de razão e 
sentimento. Por isso é que a dignidade humana 
independe de merecimento pessoal ou social. 
Não se há de ser mister ter de fazer por 
merecê-la, pois ela é inerente à vida e, nessa 
contingência, é um direito pré-estatal” 
 
“A relatividade e o ângulo pelo qual se pode verificar a 
decisão mais justa passa por uma subjetividade que 
veicula valores morais perigosos”. 
 
“Zelar pelo interesse da criança é cuidar da sua boa 
formação moral, social e psíquica. É a busca da saúde mental, 
a preservação da sua estrutura emocional e de seu convívio 
social”. 
“Para se atender ao princípio do melhor interesse da 
criança, devemos abandonar o preconceito e nos 
livrarmos de concepções morais estigmatizantes”. 
 
 
 
21 
• Para se construir um discurso ético, é 
preciso ir além da igualdade genérica. 
Devemos inserir no discurso da 
igualdade o respeito às diferenças; 
 
• É a partir da diferença, da alteridade, 
que se torna possível existir um sujeito. 
 
5. Princípio da autonomia e da menor intervenção 
estatal: direito de família no limite entre o público 
e o privado – controvérsias; 
• Família regulada ostensivamente > 
Família que valoriza o afeto, a 
solidariedade e a cooperação entre 
seus membros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Princípio da pluralidade de formas de família: 
marco histórico na Constituição de 1988, 
rompeu o modelo familiar fundado unicamente 
no casamento. Dispôs de outras formas de 
família: União estável e família monoparental. 
• Paulo Lôbo (2004 ) esclareceu que o rol 
constitucional seria meramente 
exemplificativo, não restringindo as 
entidades familiares às hipóteses 
prescritas no texto legal. Sendo assim, 
além do casamento, da união estável e 
da família monoparental, podemos 
conceber as uniões homoafetivas, as 
famílias parentais, a família extensa ou 
ampliada e as famílias recompostas ou 
reconstituídas entre outras que ainda 
podem surgir. 
 
7. Princípio da afetividade: para que haja uma 
entidade familiar, é necessário um especial ou, 
mais precisamente, afeto familiar, que pode ser 
conjugal ou parental. 
• É o afeto um elemento essencial de 
todo e qualquer núcleo familiar, inerente 
a todo e qualquer relacionamento 
conjugal ou parental. Além do afeto, é 
necessária a ostensibilidade e a 
estabilidade para se considerar a 
família. 
 
• Ex.: Paternidade socioafetiva 
 
8. Princípio da solidariedade: solidariedade implica 
em respeito e consideração mútuos em relação 
aos membros da entidade familiar. A 
solidariedade não é apenas patrimonial, como 
também afetiva e psicológica. Resume-se no 
dever de mútua assistência que os parentes 
possuem uns com os outros. Assim a fonte da 
obrigação alimentar são os laços de 
parentalidade que ligam as pessoas que 
constituem uma família. 
 
9. Princípio da paternidade responsável: significa 
responsabilidade e esta começa na concepção e 
se estende até que seja necessário e 
justificável o acompanhamento dos filhos pelos 
pais, respeitando-se assim, as garantias 
fundamentais. 
• A Paternidade Responsável deve ser 
exercida desde a concepção do filho, a 
fim de que o pai, seja ele biológico ou 
afetivo, responsabilize-se pelas 
obrigações e direitos daí advindos; 
“Vê-se o fim da hierarquização de seus 
componentes, que se igualam em direitos e 
deveres, em que se encontra presente uma 
autonomia de vontade que deve ser 
respeitada, sobretudo, pelo Estado”. 
 
 
“Está-se diante de um notório processo de 
privatização das relações, com propagação 
da interferência mínima do Estado no âmbito 
das relações privadas” 
“A intervenção do Estado deve, apenas e tão 
somente, ter o condão de tutelar a família e 
dar-lhe garantias, inclusive ampla 
manifestação da vontade e de que seus 
membros vivam em condições propícias à 
manutenção do núcleo afetivo” 
 
 
 
 
22 
 
• Tal princípio possui estreita ligação com 
o princípio da dignidade da pessoa 
humana e com o planejamento familiar, 
o qual deve ser exercido de forma 
igualmente responsável. 
 
 Família como primeira instituição com a qual os 
indivíduos mantêm contato e estabelecem 
relações; 
 
 Responsável pela educação e socialização, apoio 
financeiro, geração de proteção e afeto; 
 
 Atribuições materiais e afetivas – além de 
ensinar valores éticos e culturais, regras, 
papéis, crenças; 
 
 Transmissão de herança familiar que perpassa 
gerações. 
 
Intergeracionalidade e família 
 
 Baseada nos estudos de Albert Bandura – 
Aprendizagem social (princípio da modelação); 
 
 Transmissão de conhecimento não só de modo 
formal, mas também pautado na observação 
do comportamento de adultos tidos como 
modelo; 
 
 Família: aprendidas as primeiras convenções 
sociais, e desenvolvidos os padrões de 
comportamento – modelo de relações sociais; 
 
 Durante as transmissões geracionais, podem 
ser feitas modificações criativas e 
transformações na herança geracional, ou se 
pode repeti-las; 
 
 É possível perceber a transmissão tanto de 
experiências benéficas quanto de experiências 
prejudiciais; 
 
 
 
Refere-se aos 
comportamentos dos pais em relação aos filhos 
durante a interação entre eles; 
 Vai além das práticas parentais 
propriamente ditas; 
 
 Pode ser entendido como o clima emocional 
que perpassa as atitudes dos pais, cujo 
efeito é o de alterar a eficácia de práticas 
disciplinares específicas, além de influenciar 
a abertura ou predisposição dos filhos para 
socialização. 
 
Linha do tempo 
 
• Primeiros trabalhos: 
• Atitudes coercitivas (punição física e 
gritos); 
• Atitudes afetivas (demonstrar 
emoções, dar afeto). 
 
• 1966 – Baumrind (até a década de 80) 
• Autoritativo; 
• Autoritário; 
• Permissivo. 
 
• 1983 – Maccoby e Martin 
• Exigência: todas as atitudes que 
buscam controlar o comportamento 
dos filhos, impondo-lhes limites e 
estabelecendo limites. 
• Responsividade: atitudes compreensi-
vas e que visam, através do apoio 
emocional e bi-direcionalidade na 
comunicação, favorecer o 
desenvolvimento da autonomia e da 
autoafirmação. 
 
IEP (inventário de Estilos Parentais) – Gomide 
Práticas educativas positivas 
 
As práticas educativas positivas são: 
 
• Monitoria Positiva: esta prática positiva 
consiste no estabelecimento de regras, 
“Mesmo quando os filhos, ao se tornarem adultos, decidem 
transmitir exatamente o oposto do que aprenderam em suas 
gerações, é comum que essa busca pelo adverso acabe por 
fortalecer, na prática, a dinâmica familiar anterior que 
teoricamente se quer evitar” 
 
 
23 
acompanhamento e supervisão dos pais em 
relação às atividades e companhias dos 
filhos permeados por um diálogo amigo e 
seguro. 
 
• Comportamento Moral: esta prática 
educativa consiste em que os pais ofereçam 
aos seus filhos oportunidades de 
experienciarem as virtudes da solidariedade, 
justiça, empatia e argumentos morais 
inibindo desta forma o desencadeamento de 
comportamentos antissociais. 
 
As práticas educativas negativas são: 
 
• Negligência: esta variável negativa é 
caracterizada pelo baixo nível de controle e 
responsividade, omissão de atenção, 
ausência dos pais, falta de cuidados físicos 
como alimentação, abrigo e higiene. 
 
• Abuso Físico e psicológico: o abuso físico é 
caracterizado pela disciplina corporal que se 
utiliza de agressões corporais como surras 
e pancadas, podendo provocar dano 
corporal com o objetivo de controlar o 
comportamento da criança. 
 
• Monitoria Negativa: a monitoria negativa é 
também chamada de supervisão 
estressante. Caracteriza-se pela exagerada 
vigilância ou fiscalização dos pais em relação 
aos filhos e pela alta frequência de 
instruções repetitivas que em sua maioria 
não são obedecidas e que geram uma 
relação pais-filhos baseada na hostilidade, 
insegurança e dissimulações. 
 
• Punição Inconsistente: na prática educativa 
Punição Inconsistente, também conhecida 
por humor instável, os pais se orientampelo 
seu humor na hora de punir ou reforçar e 
não pelo ato praticado pelo filho. 
 
• Disciplina Relaxada: caracterizada pelo não 
cumprimento das regras pré-estabelecidas. 
Nesta prática educativa os pais 
estabelecem as regras, ameaçam, e quando 
se confrontam com comportamentos 
opositores e agressivos dos filhos, abrem 
mão de seu papel educativo. 
 
 
1. Diálogo; 
2. Expressão de sentimentos de agrado e 
desagrado; 
3. Expressão de opiniões e a solicitação 
adequada de mudança de comportamento; 
4. Cumprir promessas; 
5. Entendimento do casal quanto à educação 
do filho e participação de ambos os 
genitores na divisão de tarefas educativas; 
6. Dizer não, negociar e estabelecer regras; 
7. Desculpar-se. 
 
Atuação do Psicólogo 
(Perícia Psicológica Forense) 
 
 
Como já foi falado no começo dessa apostila os 
cargos de psicólogos no Poder Judiciário foram 
criados no ano de 1980 em São Paulo, antes dessa 
criação as demandas eram direcionadas ao Judiciário, 
e não a um psicólogo. 
 
Trabalho interdisciplinar: como se o Estado 
respondesse ao demandante que aquele problema 
não pode ser resolvido juridicamente se não forem 
compreendidas, avaliadas ou trabalhadas algumas 
questões emocionais” (CFP, 2010). 
 
O trabalho do psicólogo: “Recomendável que o 
profissional inicialmente decodifique, de acordo com 
o conhecimento teórico da Psicologia, as perguntas 
e demandas que lhe são dirigidas, procurando 
interpretar a problemática de acordo com o 
referencial próprio à sua disciplina (...)” (CFP, 2010) 
“(...) se coloca o desafio de não responder a demanda 
nos termos como é formulada, mas subvertê-la, 
 
 
24 
redefini-la, dizer NÃO, ali onde o pedido supera as 
nossas possibilidades” (BARROS, 2002, P.26) 
 
Assim é possível dizer que o psicólogo 
forense trabalha com sua capacidade de tradução 
do interesse dos agentes jurídicos em relação às 
teorias, contratos e comportamentos que podem 
ser observados pelos psicólogos e que teriam 
relevâncias legal para a questão jurídica em 
discussão. 
• Discriminar o que é possível atender, 
considerando os limites da ciência 
psicológica. 
 
Como o psicólogo pode ajudar??? 
 
1. Esclarecimento dos Fatos: Procedimentos 
periciais que visam avaliar a veracidade e a 
validade das provas apresentadas. Avaliar a 
capacidade de responsabilidade dos agentes 
envolvidos; 
 
2. Modo de proceder: Encontrar melhor maneira 
de proceder na busca de fatos como nos 
interrogatórios; 
 
3. Predição de Conduta: Auxilia na definição de 
saídas da prisão, definição de horários de visita 
aos filhos, medidas socioeducativas e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Perícia; 
 
• Assessoramento; 
 
• Orientação; 
 
• Aconselhamento; 
 
• Encaminhamento; 
 
• Atendimento psicológico individual e/ou com 
a família e pessoas significativamente 
implicadas na questão; 
 
• Elaboração de documentos (laudos, 
pareceres.); 
 
• Mediação; 
 
• Participação em audiências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pressupostos das Varas de Família 
 
• Paradigma da interdisciplinaridade; 
 
• Entendimento das situações em sua 
dimensão sociofamiliar; 
 
• Busca-se reconhecer o indivíduo como um 
sujeito singular, conhecendo o conjunto de 
suas características pessoais e sociais; 
 
• A convivência familiar da criança é um 
direito que deve ser mantido, procurando-
se, sempre que possível, a equidade entre 
as responsabilidades parentais. 
 
AVALIAÇÃO 
PSICOLÓGICA 
• Coleta de dados; 
• Exame; 
• Apresentação de 
evidências aos 
propósitos 
judiciais. 
“o trabalho pericial poderá contemplar 
observações, entrevistas, visitas domiciliares e 
institucionais, aplicação de testes psicológicos, 
utilização de recursos lúdicos e outros 
instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas 
pela ciência psicológica (...)” 
 (Art.3º CFP nº 017/2012) 
 
 
25 
Atendimentos 
de seus membros separadamente ou em conjunto 
quando necessário, visando: 
 
• Diagnóstico da situação; 
 
• Orientação; 
 
• Mediação familiar; 
 
• Encaminhamentos. 
 
não se 
recomenda que a criança seja questionada com 
quem deseja ficar (há entendimento que a 
criança/adolescente se culpe posteriormente por 
ter escolhido um ao outro; 
 
• Fenômeno da parentalização: inversão de 
papeis entre pais e filhos > Escolha pela 
fragilidade de um ou de outro genitor; 
 
• Não cabe ao psicólogo a tarefa de inquirir a 
criança para que ela responda com quem 
deseja permanecer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objetivo da avaliação forense 
 
• O objetivo final da avaliação será sempre, 
através da compreensão psicológica do 
caso, responder a uma questão legal; 
 
• Alguns aspectos clínicos – diagnóstico e 
necessidade de tratamento – ficam em 
segundo plano, em relação a outros 
aspectos de relevância legal no caso; 
 
• Principal desafio do psicólogo 
 
“A identificação de estados psicopatológicos na 
avaliação forense só será de interesse se 
apresentar repercussões quanto às questões 
legais” 
 
Compromissos éticos e políticos 
 
• Cabe aos psicólogos averiguar as 
colaborações mais adequadas que possam 
oferecer ao contexto jurídico, não sendo 
indicado que se submetam acriticamente a 
funções previamente estabelecidas; 
 
• Quando solicitado a desempenhar 
determinada tarefa, deve avaliar se esta diz 
respeito às atribuições de um profissional 
de psicologia e qual a melhor maneira de 
desenvolvê-la; 
 
• O psicólogo não deve aguardar que o juiz, ou 
outro operador do Direito, defina a sua 
atuação, mas deve participar ativamente 
das discussões acerca de seu afazer 
profissional. 
Perito 
oficial
Assistente 
técnico
• Confiança do Juiz; 
• Auxilia o juiz nas 
suas decisões; 
• Analisa os fatos de 
uma determinada 
questão; 
• Elabora um laudo. 
 
• Confiança da parte; 
• Auxilia a parte; 
• Analisa os procedi-
mentos e os achados 
do perito; 
• Redige um parecer 
crítico; 
• Trabalho posterior ao 
do perito. 
• 
Resolução CFP nº 008/2010 - Dispõe sobre a 
atuação do psicólogo como perito e assistente 
técnico no Poder Judiciário. 
 
 “O psicólogo assistente técnico não deve 
estar presente durante a realização dos 
procedimentos metodológicos que norteiam o 
atendimento do psicólogo perito e vice-versa, para 
que não haja interferência na dinâmica e qualidade 
do serviço realizado.” (Art. 2ª - CFP nº 008/2010) 
 
 
 
 
26 
Ética e perícia psicológica 
 
• Fundamentado no código de ética da 
profissão; 
 
• Avaliar se há algum relacionamento com as 
partes que possa comprometer a avaliação; 
 
• Avaliar se possui formação adequada para 
a atividade; 
 
• Deixar claro os limites de confidencialidade; 
 
• Seguir o princípio da pertinência 
 
Art. 6 b) Compartilhará somente informações 
relevantes para qualificar o serviço prestado, 
resguardando o caráter confidencial das 
comunicações, assinalando a responsabilidade, de 
quem as receber, de preservar o sigilo. (CEPP, 
2005) 
 
Metodologia da avaliação 
 
1. Iniciação do caso; 
 
2. Preparação do expediente; 
 
3. Avaliação de necessidades e coleta de 
dados; 
 
4. Seleção de estratégias; 
 
5. Elaboração de documento escrito; 
 
6. Participação em audiência. 
 
Iniciação do caso 
 
• Leitura dos autos do processo; 
 
• Avaliação se o profissional sente-se apto 
para realizar o trabalho e se não há conflito 
de interesses; 
 
• Identificar o prazo de entrega do estudo 
(30 dias na teoria); 
 
• Avaliar se há quesitos a serem respondidos; 
 
• No caso de assistentes técnicos, avaliar a 
complexidade do caso para formulação do 
orçamento. 
Preparação para o expediente 
 
• Criação de formulários para organização, 
administração e integração de todos os dados; 
 
• Ficha de dados das partes e do 
processo; 
 
• Cronologia do caso – Resumo; 
 
• Anotações das entrevistas. 
 
OBS.: Guardar todo o material por, no mínimo, 5 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Caucus: técnica da psicologia que 
diz respeito ao atendimentode 
forma separada; 
 
 É preciso guardar todo material da 
avaliação psicológica por no mínimo 
5 anos; 
 
 Tudo o que o psicólogo faz é 
baseado nos princípios. 
Estudo psicológico 
das peças 
processuais 
Entrevistas iniciais 
não-estruturadas 
Primeiras Hipóteses 
Entrevistas semi-
estruturadas 
Anamneses 
Aplicação de testes 
 Busca e coleta de dados mais específicos; 
 Levantamento de novas hipóteses. 
 
 
27 
Instrumentos que podem ser utilizados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
resolução 007/2003. 
 
• PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA: 
 
• Redação bem estruturada e definida, 
expressando o que se quer comunicar; 
 
• Clareza, a concisão e a harmonia. 
 
• PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS: 
 
• Devem se basear exclusivamente nos 
instrumentais técnicos (entrevistas, 
testes, observações, dinâmicas de grupo, 
escuta, intervenções verbais) que se 
configuram como métodos e técnicas 
psicológicas para a coleta de dados, 
estudos e interpretações; 
 
• Deve-se restringir pontualmente às 
informações que se fizerem necessárias, 
recusando qualquer tipo de consideração 
que não tenha relação com a finalidade do 
documento específico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Escrito pelo 
perito oficial
• Resultado da 
avaliação 
psicológica
Laudos
• Escrito pelo 
assistente 
técnico
• Finalidade de 
comentar 
criticamente o 
laudo do perito 
oficial
• Feito após a 
realização da 
perícia
Pareceres
 
 
28 
Laudo ou Relatório 
 
• É uma apresentação descritiva acerca de 
situações e/ou condições psicológicas e 
suas determinações históricas, sociais, 
políticas e culturais, pesquisadas no 
processo de avaliação psicológica; 
 
• A finalidade do relatório psicológico será a 
de apresentar os procedimentos e 
conclusões gerados pelo processo da 
avaliação psicológica; 
 
• O relatório psicológico deve conter, no 
mínimo, 5 (cinco) itens: identificação, 
descrição da demanda, procedimento, 
análise e conclusão. 
 
Parecer 
 
• Parecer é um documento fundamentado e 
resumido sobre uma questão focal do 
campo psicológico cujo resultado pode ser 
indicativo ou conclusivo; 
 
• Tem como finalidade apresentar resposta 
esclarecedora, no campo do conhecimento 
psicológico, através de uma avaliação 
especializada, de uma “questão-problema”; 
 
• O parecer é composto de 4 (quatro) itens: 
 
1) Identificação; 
 
2) Exposição de motivos; 
 
3) Análise; 
 
4) Conclusão. 
 
Resoluções do CFP 
 
 007/2003: Institui o Manual de Elaboração 
de Documentos Escritos pelo psicólogo, 
decorrentes de avaliação psicológica; 
 
 010/2005: Aprova o Código de Ética 
Profissional do Psicólogo; 
 
 008/2010: Dispõe sobre a atuação do 
psicólogo perito e assistente técnico no 
Poder Judiciário; 
 017/2012: Dispõe sobre a atuação do 
psicólogo como Perito nos diversos 
contextos. 
 
para que 
haja ainda mais apoio a família o psicólogo pode 
indicar livros como “20 pedidos dos filhos de pais 
separados” ou “alienação parental, a maior vítima é 
seu filho”, além disso há a oficina de pais e mães 
(CNJ) e o centro de apoio psicossocial (CAP – TJPE). 
 
Falaremos agora mais especificamente do Centro 
de Apoio Psicossocial do TJPE. 
 
• Órgão auxiliar do Tribunal de Justiça de 
Pernambuco; 
 
• Vinculado administrativamente à Secretaria 
Judiciária do TJPE; 
 
• Atualmente regido pela Resolução nº 
302/2010, Seção I, arts. 136 a 139, das 
normas internas do TJPE. 
 
Histórico – CAP: 
• 1992 - Surgimento do CAP 
Solicitação Des. Milton Neves ao Corregedor Etério 
Galvão 
 
• 1998 – Ordem de Serviço 01/98 
Serviço auxiliar do TJPE - Detalhou atribuições e 
competências 
 
• Resolução 302/2010, seção 1, arts. 136 a 
139 
 Atualização à realidade da época. 
 
Atende: 12 Varas de Família do Recife, duas 
de Acidentes de Trabalho e o Juizado Informal de 
Família. 
 
Composição – CAP: 
 
• Chefia Geral: Helena Maria Ribeiro 
Fernandes; 
 
• Chefias dos Núcleos: 
 
 Psicologia: Nathália Della Santa; 
 
 
29 
 Serviço Social: Fabiana da Silva 
Gomes; 
 Apoio Técnico: Maria Quitéria 
Lustosa. 
 
• 10 Assistentes Sociais e 12 Psicólogas 
 
Competência – CAP: 
 
Assessorar a autoridade judiciária em matéria 
condizente com sua habilidade e formação 
profissional, respeitados os Códigos de Ética, as leis 
e as normas internas do TJPE, por meio da emissão 
de laudos e pareceres que contribuam para o 
embasamento técnico das decisões. 
 
Principais atividades – CAP: 
 
• Avaliação psicológica e social no contexto 
jurídico; 
 Entrevistas e atendimentos lúdicos 
 Visitas domiciliares e institucionais; 
 
• Supervisão de visitas de pais a filhos; 
 
• Orientação às partes, sugestão de 
encaminhamento; 
 
• Palestras, promoção e participação em 
eventos. 
 
Trâmite – CAP: 
 
1ª Etapa: Análise de cada ação, verificando os 
prazos e urgências; 
 
2ª Etapa: Distribuição para psicólogo, assistente 
social ou ambos; 
 
3ª Etapa: Realização da perícia; 
 
4ª Etapa: Devolução à Vara de origem. 
 
Tipos de ações mais comuns – CAP: 
 
• Guarda; 
• Regulamentação de Visitas; 
• Alteração de registro civil; 
• Identificação de paternidade socioafetiva; 
• Investigação e anulação de paternidade; 
• Alienação parental; 
• Interdição e curatela. 
 
Vitimologia 
 
“O termo Vitimologia, etimologicamente deriva do 
latim e do grego. Chama-se vítima, entre os povos 
primitivos, ao animal destinado a ser sacrificado para 
aplacar a ira divina ou oferecido em ação de graças 
pelos benefícios recebidos. 
O latim empregava, no primeiro caso, a palavra 
hóstia e, no segundo victima” (MASON: 1962, 1) 
 
“Vitimologia é o estudo da vítima no que se 
refere à sua personalidade, quer do ponto de 
vista biológico, psicológico e social, quer o de 
sua proteção social e jurídica, bem como dos 
meios de vitimização, sua inter-relação com o 
vitimizador e aspectos interdisciplinares e 
comparativos” (apud MOREIRA FILHO, 2004: 
23). 
 
Assim, fica claro que a vítima será estudada sob um 
aspecto amplo e integral, envolvendo: 
 
• Psicológico; 
• Social; 
• Econômico; 
• Jurídico. 
 
Jean Pinatel enquadrou três modalidades de 
relações interpessoais em três tipos de vítimas: 
 
1. Vítima determinante: é aquela que em 
relação neurótica, provoca com seus 
distúrbios de personalidade, atos 
desastrosos para si mesma; 
 
2. Vítima facilitadora: encontra-se na 
relação psicológica, despertando o apetite 
do autor ao gerar a ocasião para o ato 
criminoso, como por exemplo, se evidencia 
na chantagem ou em práticas de 
 
 
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estelionato, quando o delinquente joga com o 
instinto de desonestidade da vítima; 
 
3. Vítima socializável: encontra-se na 
relação onde a possibilidade de readaptação 
social e elevação moral da vítima na 
comunidade se faz através da aplicação dos 
princípios e regras da Pedagogia, Psicologia 
(PINATEL: 1961, 344) 
 
Nesse ponto vamos partir para uma revisão sobre 
personalidade, assim é possível perceber como esse 
assunto é extremamente IMPORTANTE, para todo o 
nosso estudo. Vamos lá: 
 
Personalidade: estão relacionados a 
personalidade, o temperamento e o caráter. Esses 
componentes são de suma importância, porque de 
suas bases pode surgir o desequilíbrio da conduta 
que incide em qualquer hipótese possível de 
precipitação ao crime, no que diz respeito à 
vitimologia. 
 
 Quanto ao caráter, a palavra de origem 
grega, significa marca, sinal, distintivo, 
figura, cunho; 
 
 Ela é empregada em dois sentidos distintos: 
 A maneira de ser de cada um; 
 E de conteúdo ético. 
Não é fácil formar o próprio caráter. É uma luta de 
cada um contra si mesmo, contra os defeitos de seu 
natural. Luta que exige boa vontade, perseverança 
e, sobretudo, paciência do lutador consigo mesmo. 
 
As perturbações da personalidade, em 
conformidade com os ensinamentos de Alfred 
Freedman, Harold Kaplan e Benjamin Sadock (1975) 
compreendem essas

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