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Plano de Aula: Unidade 6: Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Superiores e Inferiores CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA - SDE0057 Título Unidade 6: Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Superiores e Inferiores Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 12 Tema Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Superiores Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Descrever os segmentos que constituem a cadeia do complexo superior; Identificar os movimentos das articulações da cintura escapular e ombro; Identificar exercícios e atividades da vida diária que envolvam as articulações da cintura escapular e ombro; Identificar a participação muscular exercícios e atividades da vida diária que envolvam as articulações da cintura escapular e ombro; Descrever possíveis error de execução do movimento que gerem potencial de lesão. Estrutura do Conteúdo Análise dos Movimentos Articulares dos Segmentos Superiores - BMC APLICADA A CINTURA ESCAPULAR E COMPLEXO DO OMBRO. A cintura escapular é formada por dois pares ósseos, que são: clavícula e escápula. Esta cintura apresenta uma maior condição de livre movimentação para os membros superiores, fazendo com que os movimentos sejam mais eficientes e cadenciados, graças a um conjunto de articulações e segmentos. A cintura escapular é considerada um anel incompleto, o que permite movimentos independentes para membros superiores direito e esquerdo, o mesmo não ocorre para os membros inferiores. Os membros superiores estão mais capacitados a realizarem habilidades de manipulação, destreza e coordenação motora fina. A cintura escapular deve ser inicialmente compreendida a partir das articulações esternoclavicular e da acromioclavicular. O ponto de união da cintura escapular e do membro superior com o restante do esqueleto ocorre na articulação esterno clavicular (manúbrio), e é classificada como articulação sinovial deslizante, com um disco fibro cartilaginoso, sendo suportada pelos ligamentos interclavicular, esternoclavicular e costoclavicular (o mais importante). A integridade postural da cintura escapular depende diretamente da tensão residual dos músculos envolvidos com os movimentos desta cintura. MOVIMENTOS DA CLAVÍCULA NA ARTICULAÇÃO ESTERNO CLAVICULAR: movimento para cima e para baixo (elevação e depressão). Movimento para frente e para trás (protação e retração). A clavícula roda aproximadamente 50 graus em torno do seu eixo longo (rotação anterior e posterior). Os movimentos da cintura escapular são caracterizados a partir dos movimentos da escapula A articulação acrômio clavicular é classificada como articulação sinovial deslizante pequena e possui disco fibro-cartilaginoso. A articulação acrômio-clavicular fica sobre o topo da cabeça do úmero e pode restringir os movimentos do braço. A articulação acrômio clavicular é reforçada por uma capsula densa e tensão ligamentar, em especial do ligamento córaco-clavicular. MOVIMENTOS DA ESCAPULA NA ARTICULAÇÃO ACRÔMIO- CLAVICULAR: movimento para frente e para trás a partir do eixo longitudinal: protação ou abdução; e retração ou adução. Ocorre no plano transverso. Protação: afastamento da borda medial da escapula da linha média do corpo. Retração: aproximação da borda medial da escapula da linha média do corpo. Movimento alar: ocorre no plano frontal. Eixo ântero/posterior. Referência: ângulo inferior da escapula. Rotação superior: ângulo inferior da escapula gira para fora ou lateralmente. Rotação inferior: ângulo inferior da escapula gira para dentro ou medialmente. Movimento da escapula para cima e para baixo: são movimentos de depressão ou elevação. Não existe eixo de movimento, ocorre no plano frontal (movimento de translação). Amplitude de mais ou menos 30 graus na articulação acrômio-clavicular. A clavícula funciona como um braço móvel no movimento da escápula na cintura escapular. Movimento da escápula (elevação e depressão) sobre o eixo é denominado translação Rotação superior/ inferior: plano frontal, eixo ântero posterior. Os movimentos na articulação esterno clavicular são opostos aos movimentos na articulação acrômio clavicular para elevação, depressão, protação e retração. A articulação escapulotorácica é uma articulação fisiológica (funcional), a escápula apoia-se sobre dois músculos: o serrátil anterior e o subescapular. Dos 180 o conseguidos para os movimentos de elevação da articulação do ombro (flexão e abdução do ombro), 120 o pertencem a articulação do ombro e 60 o a articulação escapulotorácica. Articulação do ombro ou glenoumeral. É uma articulação de cabeça e cavidade, sendo considerada a articulação de maior amplitude do corpo humano. Sua constituição estrutural faz com que esta articulação seja diartrose, sinovial e triaxial. Cápsula frouxa e suporte ligamentos limitados. A cavidade glenóide envolve somente 25% da cabeça umeral, sendo a participação de uma estrutura fibrocartilaginosa, chamada lábio glenóide, responsável por aumentar em 75% a área de contato na cabeça do úmero. Juntamente com o lábio glenóide, os tendões do manguito rotador (infra e supra espinhal, subescapular e redondo menor) auxiliam na fixação da cabeça do úmero à cavidade. A cápsula articular tem aproximadamente o dobro do volume da cabeça umeral. Articulação do ombro: ativo = rotação / passivo = rotação/ translação. Movimentação da articulação do ombro (glenoumeral). Plano sagital / eixo latero lateral: flexão (180 o ), extensão (180 o ) e hiperextensão (60 o ). Plano frontal / eixo antero posterior: Abdução (180 o ) e adução (180 o ) Plano transverso /eixo longitudinal: Rotação interna (90 o ) e rotação externa (90 o ) Flexão – adução – horizontal (135o) Extensão – abdução – horizontal (45o) Os movimentos combinados do complexo do ombro – os movimentos da escápula e da articulação do ombro quando ocorrem simultaneamente são denominados ritmo escapuloumeral. Nos primeiros 30 o de abdução e 45 o /60 o de flexão da articulação do ombro a escápula tende a permanecer estática. A partir desta amplitude de movimento a escápula começa a movimentar-se, permitindo assim, um ajuste da cintura escapular e consequentemente, a facilitação do movimento para a articulação do ombro. Basicamente o ritmo e que o ajuste ocorre é de 2:1. À medida que o braço abduz acima de 90 o , o tubérculo maior na cabeça do úmero aproxima-se do arco córaco-acromial, a compressão dos tecidos moles começam a limitar uma abdução adicional e a tuberosidade faz contato com o acrômio. Se o braço é girado externamente, podem ocorrer 30 o de abdução quando o tubérculo maior é movido para fora do arco. A abdução é limitada ainda mais e pode ocorrer 30 o / 60 o com rotação interna do ombro, já que o tubérculo maior é mantido sob o arco. Ações musculares na articulação do ombro: Os músculos que contribuem para os movimentos de abdução e flexão da articulação do ombro são similares. O deltóide gera cerca de metade da força muscular para elevação do braço. O movimento de flexão solicita, prioritariamente, o deltóide anterior. Já a abdução da articulação do ombro, solicita o deltóide médio, sendo este mais ativo em 90 o e 180 º Acima de 90 o de elevação da articulação do ombro a força da bainha rotatória diminui, deixando a articulação do ombro mais vulnerável a lesões. A força adução dos músculos do ombro é o dobro da força domovimento de abdução, embora o movimento de abdução e seu grupo muscular sejam usados mais freqüentemente em atividades esportivas ou diárias. As ações articulares mais fracas da articulação do ombro são os movimentos de rotação, sendo a rotação externa mais fraca que a rotação interna. Os músculos do ombro são fáceis de alongar e de fortalecer, devido à mobilidade da articulação. O benefício do exercício com resistência manual ou movimento passivo de manipulação, é que a força externa aplicada por um parceiro, pode ser prontamente ajustada para um nível possível de ser vencido. Os músculos que agem na articulação do ombro e cintura escapular geralmente trabalham combinados, fazendo com que seja difícil isolar um músculo específico em um exercício. Um grupo muscular importante, que deve ser enfatizado em uma rotina de alongamento e de fortalecimento do complexo do ombro e da bainha rotatória, já que estes músculos estabilizam a articulação do ombro e realizam uma ampla variedade de movimentos do ombro. Os micro-traumas são mais comuns como causa das lesões do complexo do ombro, em especial, na chamada área de compressão. Dois tipos de lesões aparecem com freqüência, a saber: miosite ou tendinite do supra-espinhoso e bursite sub- acromial, porém, antes da instalação das lesões, surgem indícios subjetivos como desconforto articular e dor por compressão na região. Aplicação Prática Teórica Hall, S. J. Biomecânica Básica, 5ª ed. São Paulo: Manole, 2009. Hamill, J.; Knutzen, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 1a ed. São Paulo: Manole,1999.
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