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Competência: STF e STJ – são competentes para julgar a revisão de suas próprias condenações; TRF – é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das condenações dos juizes federais; TJ – é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das condenações dos juizes de 1º grau, que são da sua competência recursal; TACrim – é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das condenações dos juizes de 1º grau, que são da sua competência recursal; No Tribunal de Justiça e Tribunal de Alçada Criminal quem julga é o grupo de Câmaras, que é composto por duas Câmaras. Legitimidade Para Propor Revisão Criminal: réu, pessoalmente; procurador com poderes especiais; réu morto – cônjuge, ascendente, descendente e irmão; Ministério Público – o tema é polêmico, mas prevalece a posição que pode, pois age como custus legis. A vítima não participa do processo de revisão criminal. Aspectos procedimentais: Réu solto não precisa recolher-se à prisão (Súmula 393 do STF). Cabe ao réu provar o trânsito em julgado da sentença. Ao autor da ação cabe provar o que alegou. A revisão não tem efeito suspensivo. O pedido pode ser indeferido liminarmente, seja pelo Presidente, seja pelo Relator. Desta decisão cabe Agravo Inominado (Art. 625 do CPP). O Tribunal querendo poderá converter o julgamento em diligências. Ordem Procedimental Admitida a revisão, os autos vão ao Ministério Público. Ato seguinte, vão para o relator, que deve ser distinto do relator do processo. Depois, os autos vão para o revisor. Ato seguinte os autor vão para o julgamento. Recursos Cabíveis Embargos de Declaração; às vezes cabem Recurso Extraordinário e Recurso Especial; jamais são cabíveis embargos divergentes ou de nulidade. Decisões Possíveis do Tribunal desclassificar a infração e impor pena menor; absolver o réu; modificar a pena para melhor; anular o processo. Nas três primeiras hipóteses tem-se o juízo rescindente e o juízo rescisório. O Tribunal rescinde a sentença anterior e julga o assunto, proferindo nova sentença. Na quarta hipótese só existe juízo rescindente, porque o Tribunal anula o processo, fazendo-o voltar ao órgão do 1º grau. Na anulação do processo, o juiz pode impor pena maior da que a pena anterior ? Resp.: Não, não pode haver reformatio in pejus. O Tribunal pode deferir a revisão por fundamento distinto do pedido do réu ? Resp.: Sim, pode, pois a decisão favorece o réu. Se o réu for absolvido na revisão criminal, todos os seus direitos são restabelecidos automaticamente. Indenização Civil: Quando o réu é condenado por erro judiciário, ele tem direito a uma indenização civil. Cabe ao réu entrar com uma ação autônoma de indenização ou pedir a indenização no próprio pedido de revisão (Art. 630, CPP). Neste último caso, se o Tribunal reconhecer o direito a indenização, ele não fixa o quantum. Cabe ao réu, antes de executar a decisão, liqüidá-la. A responsabilidade objetiva de pagar a indenização é do Estado. Se a condenação foi pela Justiça Federal, quem paga é a União. Já, se a condenação foi pela Justiça Estadual, quem paga a indenização é o Estado-Membro. Observações finais: não importa se tenha havido ação privada. Está revogado o § 2º do Art. 630 do CPP; se o réu concorreu para a sentença injusta, não terá direito a indenização; a indenização não ofende a coisa julgada. Questões Finais: A revisão criminal ofende a soberania do Júri ? Resp.: Não ofende. A sentença estrangeiro, depois de homologada pelo STF, admite a revisão criminal no Brasil ? Resp.: Não, é impossível. Hipótese de várias condenações: é um pedido de revisão criminal para cada condenação. Abolitio Criminis – não cabe revisão criminal, pois ela apaga todos os efeitos penais. Anistia – não cabe revisão criminal, pois ela apaga todos os efeitos penais. Art. 580, CPP – efeito extensivo – revisão concedida a um co-réu estende-se ao outro co-réu, salvo se a revisão teve um motivo pessoal. Havendo empate na decisão, prevalece a mais favorável ao réu.
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