Relatório do estágio Daniel

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RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE INGLÊS I
DANIEL FERNANDES SCHRAMM
BOA VISTA - RR
NOVEMBRO DE 2017
DANIEL FERNANDES SCHRAMM
RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE INGLÊS I
Este trabalho é pré-requisito para aprovação na disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Inglês I, do Curso de Letras-Inglês, ministrada pela professora Maria Francisca Teresa Velloso Porto Ferreira, da Universidade Estácio.
BOA VISTA - RR
NOVEMBRO DE 2017
Sumário
	Introdução.....................................................................
	4
	Estrutura e Funcionamento da Escola............................
	5
	. Aspecto físico, humano e material..............................
	6
	1.2. Projeto Político-Pedagógico........................................
	7
	1.3. A escola como um grupo social...................................
	8
	2. Considerações finais....................................................
	14
	3. Referências bibliográficas.............................................
	15
	4. Anexos......................................................................
	16
INTRODUÇÃO
O presente relatorio consiste em expor as experiências vividas durante as atividades propostas pela disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I da Faculdade Estácio. As atividades que serão aqui relatadas ocorreram na Escola Estadual Professor Antônio Ferreira de Souza, localizada na rua Dr. Reinaldo neves, número 558 no Bairro Jardim Floresta I, no período de 14 de agosto a 14 de novembro de 2017, no horário de 16h40minh as 22h40min na cidade de Boa Vista – Roraima. Tem por objetivo relatar minha experiência pessoal, estando nesta escola como estagiário do curso de Letras – Inglês. Os assuntos aqui abordados relacionam-se ao reconhecimento da estrutura e funcionamento de uma escola nas turmas de Ensino Fundamental II (8º ao 9º ano da EJA), observando e analisando aspectos no que se refere às práticas docentes, como plano de aula, metodologia, materiais utilizados, avaliação, regência de sala de aula, comportamento dos alunos e etc. Tendo como tarefa também, analisar a implementação do Plano Político Pedagógico na rotina da escola confrontando teoria e prática, observar e auxiliar nas atividades propostas em sala de aula, bem como na elaboração de avaliações orais, escritas e atividades. O relatório de estágio é um processo avaliativo e criativo que nos remete a novas experiências enriquecedoras a partir da observação do funcionamento escolar, melhorando nossa visão de futuro docente, nos preparando para vida profissional.
Estrutura e Funcionamento da Escola
A Escola Estadual Professor Antônio Ferreira de Souza situada à rua Dr. Reinaldo Neves Nº558, no bairro Jardim Floresta I, na cidade de Boa Vista- RR, foi fundada no dia 06 de março de 1987, sendo amparado pelo decreto nº 026 de 12 de agosto de 1988.
O nome da escola homenageia um grande homem público, que prestou relevantes serviços desde a época do ex-território Federal de Roraima. Foi o escritor, professor e exerceu vários cargos e funções de confiança.
Atualmente a escola funciona nos três turnos, durante os turnos matutino e vespertino funciona o ensino fundamental II e no noturno funciona a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos) também do Ensino Fundamental II com turmas de 8º e 9º anos.
Aspecto físico, humano e material
O espaço físico conta com 08 salas de aulas que infelizmente não são climatizadas, 01 sala de professores, 01 sala da gestão, 01 sala da orientação educacional, 01 sala de coordenação pedagógica, 01 laboratório de informática, 01 sala de leitura, 01 quadra de esporte coberta, além de biblioteca, sanitários, cantina, pátio, almoxarifado e área de serviço.
A escola não recebe uma reforma desde muito tempo, as condições de trabalho são precárias, mas os professores tem muito boa vontade de trabalhar, ou seja, dar para perceber o quanto eles estão satisfeito para ministrar aulas.
Sobre o aspecto humano foi me repassado a seguinte situação: existe na escola 04 cargos comissionados, 13 professores de apoio, 08 professores do quadro federal que também são do apoio, 10 que são pessoal administrativo do ex-Território Federal de Roraima, 04 Interprete de Libras e cuidadores, 17 pessoas na Gestão, e 19 professores atuantes em sala de aula.
Projeto Político-Pedagógico
A instituição de ensino possui um Projeto Político Pedagógico com o pressuposto de “ressignificar” o processo educacional que foi elaborado pelo grupo de coordenadoras sob a supervisão da gestão escolar. Este projeto é de conhecimento de todo corpo docente e é aplicado a través de projetos interdisciplinares. Sua Proposta político-pedagógica é assumir compromissos com a pessoa humana que ao entrar para escola já faz parte da comunidade escolar, onde tem direitos e também deveres. O trabalho pedagógico objetiva desenvolver os aspectos cognitivos, emocional, físico e social de cada aluno, sendo respeitadas diferenças individuais e visando sempre a sua integração com a comunidade escolar, conscientizando-os de seu papel na sociedade e na própria história do país. 
Ao ser elaborado, o PPP, foram levados em consideração três eixos básicos: Ensino de qualidade, cidadania e democratização, estando voltado para a vida presente e futura do aluno. Uma das principais ferramentas para trabalhar o conteúdo programáticos e envolver o aluno, são os projetos temáticos. O trabalho com projetos propicia diferentes mecanismos para desenvolver o processo de aprendizagem, não só na área cognitiva com o também na área afetiva, social, emocional ao buscar equilíbrio e desenvolvimento das inteligências inter e intrapessoal.
1.3. A escola como um grupo social 
O papel da escola como um todo se modificou ao longo dos anos acompanhando os avanços e necessidades da sociedade, mudanças essas que foram significativas para o país, principalmente no que diz respeito ao funcionamento e acesso à população brasileira ao ensino público.
Neste contexto, a Escola Estadual Professor Antônio Ferreira de Souza, traçou objetivos parecidos, isto se deu por meio de levantamento de opiniões da comunidade escolar, e pressuposição de traços que norteassem toda a ação educativa em busca de uma escola pública de qualidade.
Nesse processo de produção as questões pedagógicas foram priorizadas e definidas pelos educadores, elaboração de metas, filosofias, projetos e medidas que norteavam o trabalho institucional definidos no plano geral da escola.
Relaciono – me as informações coletadas com os gestores e coordenação pedagógica, os dados acima foram analisados e tabulados, por uma equipe de sistematização e os resultados serviram como ponto inicial para desenvolvimento do próximo passo, que foram submetidos ao olhar dos professores e administração escolar, os resultados foram tidos como ponto de partida para a formulação do marco inicial do PPP e definição da finalidade.
A escola nesses momentos de reflexão questionou acerca de seu papel ante as transformações econômicas, políticas, sociais e culturais. Essas alterações do capitalismo criam novas demandas e exigências para a escola, dentre as quais: a) O estabelecimento de finalidades educativas mais compatíveis com os interesses do mercado e do mundo do trabalho; b) A aquisição de habilidades e competência que tornem os trabalhadores mais flexíveis e polivalentes para a vida profissional; c) A implementação de práticas docentes e escolares mais compatíveis com a chamada sociedade do conhecimento e da informação; d) As mudanças nas atitudes no comportamento e, sobretudo, no trabalho docente, que tem por base expectativas, objetivos e ações externamente delineadas. 
Então, pude observar as consistênciasdestes propósitos e aplicação deste planos no estágio, e de fato a escola põem em técnica estes novos modelos para o mercado de trabalho em sua prática cotidiana, pois os materiais de línguas estrangeira moderna em inglês estão relacionados com esta prática educativa.
 
1.3. Atividades docentes e discentes
A prática pedagógica teve o seu início no dia 14 de agosto de 2017 com a apresentação do professor estagiário à turma. Neste dia, fui um observador atento às aulas da professora, pude desta maneira verificar o modo de funcionamento das aulas, o método de ensino da professora e o tipo de alunos presentes nesta turma. Esta aula serviu, sobretudo, para facilitar a minha integração na turma e pensar acerca das atividades e métodos mais apropriados a ser utilizados na turma em questão.
Devo salientar que procurei informar-me sobre o trabalho anterior, realizado pela professora cooperante que já vinha do 8.º ano com esta turma e continuou pelo 9.º ano. Sendo assim, a minha autonomia em termos de planificação e adopção de estratégias esteve condicionada pela necessidade de se integrar num trabalho que já estava sendo feito anteriormente.
Começámos, então, por especificar o tema da unidade didática para este ciclo de ensino, que foi só uma: “The world of work and work activities”. Este tema ou unidade é sempre um tema que suscita bastante interesse por parte dos alunos visto que pode vir a ser bastante útil no futuro, não só no Inglês, mas também na sua língua materna. O mais correto, segundo o ensino por tarefas, seria que os alunos escolhessem os temas que lhes interessam mais dentro da unidade do mundo do trabalho. Isso porque, também segundo o ensino acima mencionado, a motivação e o interesse do aluno serão maiores e a sua aprendizagem mais significativa se houver possibilidade de negociação entre professor e alunos. No entanto e como se poderá verificar no decorrer da descrição das aulas, não é por haver falta de negociação neste ponto da planificação que os alunos se tornarão menos motivados pelas tarefas intermédias ou pela tarefa final.
A tarefa está sempre na apostila, que acredito ser uma forma de organização da professora levar o máximo de conhecimento possível de vocabulário e, além disso, empreendedorismo, já que as atividades sempre está relacionada com o mundo dos negócios e do trabalho. Observei também que a professora sempre apresenta conteúdos formais – gramaticais, funcionais, lexicais…input, que funcionam como objetivos facilitadores para levar a cabo de forma adequada a tarefa final. O aluno tem de assumir um papel, isto é, o que se propõe é uma atividade de simulação ou de role-play de uma entrevista de trabalho.
O decorrer das aulas foram tranquilas e cheias de aprendizagem. Algumas delas tiveram como objetivo a revisão e apresentação de vocabulário relacionado com as profissões. Utilizei o Power Point para apresentar imagens relacionadas com as profissões e os alunos tiveram que identificar as profissões e o que fazem as pessoas relacionadas com essas profissões e o que é necessário para desempenhar determinada profissão. Foi uma atividade de apresentação de vocabulário, mas como os alunos tiveram que responder às perguntas que eu fui fazendo enquanto apresentava as imagens, permitiu-lhes praticar a oralidade e utilizar funções da linguagem para obter informações acerca das profissões e suas características.
Depois desta atividade, propus aos alunos uma atividade comunicativa de “information gap” em trabalho de pares. Distribuí umas fichas que continham vocabulário das profissões e frases com a descrição de outras profissões. Um aluno teve que dar ao outro a informação da descrição de uma profissão e o outro teve de verificar na sua folha qual a profissão em questão, completando a informação que lhe falta. No final da aula os alunos fizeram uma ficha de consolidação de vocabulário.
Na aula seguinte, comecei com a correção dos trabalhos de casa (conclusão da ficha da última aula) e seguidamente passou-se à realização de um jogo que intitulei “Game of the Professions”. Este jogo é constituído por cartões de dois tipos: A - cartões com nomes de profissões e B - cartões com a descrição relacionada com a atividade realizada por essas profissões. Os cartões foram distribuídos pelos alunos aleatoriamente. Um aluno fica com uma profissão e outro fica com uma atividade.
Distribuí os cartões pelos alunos: metade da turma ficou com o cartão A - profissão e a outra metade ficaram com o cartão B - descrição da atividade. Por exemplo, perguntei a um aluno qual era a profissão que tinha no seu cartão, ao que ele respondeu “waiter” o aluno que tinha a descrição da atividade de “waiter” respondeu “serve drinks”. Esta atividade permitiu aos alunos, de maneira lúdica, ativar conteúdos já aprendidos e usar funções comunicativas que lhes permitiu obter informações para resolverem determinado problema.
Os alunos gostaram muito desta atividade e penso que o objetivo desta atividade foi conseguido porque depois deste jogo distribuí uma ficha de consolidação que teve como função ativar vocabulário e as funções deste. Os alunos responderam prontamente ao questionário da ficha, por escrito, e sem nenhuma dificuldade. Fica demonstrado mesmo que o jogo anterior tenha sido realizado de forma oral, quando os alunos tiveram que aplicar os seus conhecimentos por escrito fizeram-no sem qualquer dificuldade. Daí a aplicação de uma ficha de consolidação de vocabulário para verificar se tinham retido o anteriormente aprendido.
A aula seguinte foi dedicada às profissões ligadas à hotelaria. Como atividade de motivação, comecei por dizer aos alunos que iam abrir um hotel em Lousada e pedi-lhes para escolherem um nome para o hotel. Depois, perguntei-lhes se conheciam algum hotel e que profissões estariam relacionadas com este tipo de atividade. Seguidamente, perguntei-lhes se gostariam de trabalhar num hotel e o que gostariam de fazer.
Depois da atividade acima descrita, e para além da resolução de alguns exercícios de ligação de profissões com as atividades realizadas num hotel, os alunos tiveram que fazer um trabalho de pares, que consistiu em escrever as vantagens e inconvenientes de uma profissão relacionada com a hotelaria. Cada par teve uma profissão diferente. No final, cada par teve que apresentar as suas conclusões à turma.
Claro que foram realizados outros tipos de atividades durante a aula que acabei de me referir, mas devo alertar para o fato de não poder relatar de forma exaustiva todas as atividades realizadas em todas as aulas lecionadas ao longo de todo o estágio. Observando o risco de tornar este trabalho exaustivo e enfadonho. Assim, referirei apenas as que sejam pertinentes para o objetivo pessoal e que me levou a assumir as práticas letivas na perspectiva do ensino baseado em tarefas.
2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim, cheguei no término do estágio proposto pela disciplina de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Língua Inglesa I da Faculdade Estácio, nas turmas do Ensino Fundamental II do 6º ao 9º ano na modalidade EJA, e a grande surpresa é que alguns alunos não dão muita atenção à disciplina e a certeza é de que quem gosta e valoriza e realmente serão aqueles que mais se destacarão neste tão concorrido mercado de trabalho. A interação com professores e todos aqueles envolvidos na rotina escolar foi extremamente enriquecedora. Pude vivenciar todo processo educacional, desde o planejamento das aulas, confecção das apostilas, algumas avaliações, correções de exercícios e até do desfile do dia 07 de setembro. Com essas experiências, pude também perceber que a matéria de língua Inglesa, funciona para as alunos como algo bastante enriquecedor, é como se fosse uma aula de qualquer outra disciplina. E esse é um ponto positivo, os alunos aprendem bastante, perguntam questionam, e a professora explora o conteúdo ao máximo.
Pude também ministrar algumas atividades e participar da elaboração de alguns planos de aula e do desenvolvimentode algumas atividades desenvolvidas pela professora do curso que foram muito bem aceitas pelos estudantes. Sinto que as turmas em qual tive a participação foram bem receptivas e o trabalho desenvolvido foi bem aceito. Sinto-me apenas triste com a realidade e o estado em que a escola se encontra, pois há muito tempo não recebe uma reforma e as salas de aula não tem um clima favorável, pois não tem refrigeração. Espero que este problema se resolva, neste contexto, o aprendizado se torna mais eficaz em um ambiente de estudo favorável. 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Marisa Vorraber et al. O Currículo nos Limiares do Contemporâneo. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1999.
GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Ática, 1988.
LIBÂNEO, José Carlos.  Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1990.
BENTO, Cristina et al. (2005). Orientações Programáticas: Inglês no 1º ciclo do ensino básico. Lisboa: Associação Portuguesa de Professores de Inglês.
Conselho da Europa (2001). Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. Aprendizagem, ensino e avaliação. Porto: Edicões Asa.
Programa Curricular Inglês de 2º ciclo (1996). Lisboa: Ministério da Educação.
4. ANEXOS
Imagens da escola e da sala de aula.
Algumas atividades utilizadas em sala de aula.