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Antropologia (2° Bimestre) - Prof. Eduardo

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Antropologia 
2º Bimestre 
Letícia Vidal Jaime 
 
 
 
Antropologia estrutural de Lévi-Strauss 
 Antropologia estrutural é um método de procurar entender a história de 
sociedades primitivas, que não a têm; 
 A proibição do incesto possui ao mesmo tempo a universalidade das 
tendências e dos instintos e o caráter coercitivo das leis e das 
instituições, entretanto, a proibição não existe, mas é intrínseca. Se faz 
sem pensar; 
 Mitos  Meio de narrar a história tribal, como expressões legitimas de 
manifestações de desejos e projeções ocultas; Conjunto de normas pelo 
qual se preserva diferentes culturas; formas inconscientes que moldam o 
pensamento; moldam o pensamento e o comportamento dos povos; 
 Cultura  Pode substituir a vida ou transformar a vida do indivíduo; Ora 
sobreposta, ora justaposta à vida. O elemento biológico do homem é tido 
como separado da condição social dele. 
 Relações visíveis x Relações invisíveis. 
 
Método Linguístico-estrutural 
 2 sentidos 
1 )Estrutura inconsciente; 
2) Elementos que só adquirem significado quando vistos dentro dessa 
estrutura. 
 Lacan: O inconsciente (= aquilo que não tenho domínio) é estruturado 
pela linguagem (= pensamento se descola para adquirir uma estrutura); 
 Significado: Depende do contexto; 
 Significante: Palavra (casa, vela, vaca, etc.)  Pode assumir 
significados diferentes; Ex: velar um campo ≠ ficar de vela. 
 A Estrutura trata das propriedades gerais e específicas de toda a vida 
social; 
 
 
 
 
 
Freud 
 Tentou separar a consciência do biológico; 
 Histeria  Conflitos inconscientes surgem na forma de severa 
dissociação mental ou como sintomas físicos.  Ansiedade implícita 
convertida em sintoma físico. 
 Por meio da análise de sonhos, descobrir o que eles “dizem” 
 Arranjo com sentidos diferentes: A criança feliz foi ao parque / Feliz, a 
criança foi ao parque; 
 Proibição do incesto  Ligada a aspectos sociais e desejos 
inconscientes que o próprio sujeito rejeita. 
Incesto 
 O casamento, na maioria das sociedades primitivas, apresenta uma 
importância econômica; 
 “A proibição do incesto tem logicamente em primeiro lugar, por 
finalidade, “imobilizar” as mulheres no seio da família, a fim de que a 
divisão delas ou a competição em torno delas, seja feita no grupo e não 
em regime privado”; 
 “A proibição do incesto é uma regra de reciprocidade porque não 
renuncio à minha filha ou à minha mãe, senão com a condição que meu 
vizinho também renuncie”; 
 Proibição do incesto  Cultura  Não é biológico e nem moral; 
 Estado de natureza Biológico x Estado de sociedade Cultural 
 Proibição do incesto: Regra universal; 
Os Na da China*** 
 Sociedade matrilinear e matrilocal; 
 Composta por irmãs e filhos, que também são tios maternos; 
 É uma sociedade sem casamento e que desconhece a figura paterna; 
 Matrilinhagem dividida em: 
1) Consanguíneos; 
2) Estranhos. 
 Liberdade sexual = princípio sagrado e intocável; 
 4 tipos de prática sexual: Visita furtiva (regra geral), visita ostensiva, 
coabitação sem e com ritual; 
 A interdição do incesto é presente, sendo proibida a relação sexual entre 
consanguíneos  Nem se fala em vida afetiva com consanguíneos por 
ser algo qualificado como obsceno); 
 Questão do casamento na tribo: não invalida a questão do incesto, pois 
o homem não faz parte da mesma família que a mulher a quem ele 
visita. Os irmãos da mulher atuam na criação dos filhos dela, mas 
apenas homens de famílias alheias podem fazer visitas. Dessa forma, o 
incesto continua proibido; 
****OBS: Também chamada de tribo MOSUO, é a última tribo matrilinear 
existente na China. 
Marcel Mauss – Teoria do Fato Social 
Obra “Ensaio sobre a Dádiva” 
 Estudo do sistema de trocas em sociedades primitivas  As trocas de 
“dádivas” constituem fatos sociais, todos os aspectos de um sistema 
social estão envolvidos; 
 O Fato Social exerce diversos domínios sobre a vida coletiva: 
Religiosos, morais, econômicos, políticos, etc.; 
 As trocas não são uniformes em todas as sociedades; 
 Sociedades não capitalistas: Cada troca envolvia um fato social  O 
ato de troca implica em uma ligação existente entre instituições, 
pessoas, objetos, etc.; 
 O sistema capitalista reduz a troca à razão econômica; 
 Exemplificando o sistema de trocas: Potlach  Consiste em uma 
cerimônia de homenagem que é praticada entre os índios do Alasca; 
O homenageado renuncia a todos os seus bens materiais, que devem 
ser entregues a parentes e amigos. 
 Sistema do Don  Dar gera a obrigação de restituir; 
 Lógica universal  Estrutura universal; 
 Economia moral: é “reconhecer”, “observar” o valor do indivíduo em 
determinado sistema social; 
 Princípio da reciprocidade. 
 
Antropologia Interpretativa – Clifford Geertz 
 Distancia-se do método Estrutural; 
 Diminuição do conceito de cultura  Culturas como sistema simbólico 
que fornece relato do mundo e um conjunto de regras para atuar nele; 
 Papel do antropólogo: compreender o significado das ações dos 
indivíduos e o modo como as demais pessoas interpretavam suas 
ações; explicar explicações e interpretar interpretações. 
Relações Direito x Antropologia – Geertz 
 Fatos não nascem espontaneamente, constroem-se por todos os 
elementos jurídicos – Regulamentos, evidências, relatórios, etc. 
 “Parte Jurídica”  Além de um conjunto de normas. Parte de um modo 
específico de imaginar a realidade; trata-se do que acontece aos olhos 
do Direito, e não do que aconteceu. 
 Direito: Sistema de descrição do mundo e do que acontece nele em 
termos explicitamente judiciosos. É um esforço organizado para que a 
descrição deste esteja correta. 
 
 
“O Saber Local: Novos ensaios em Antropologia Interpretativa” 
 - Clifford Geertz 
 Necessidade de um “ir e vir hermenêutico” entre o Direito e a 
Antropologia; 
 Adjudicação: Enquadramento da realidade social ao que é considerado 
legal; 
 “Processo de Juridicização”: modo que cada sociedade organiza e 
transpõe determinados aspectos e elementos da vida social (elementos 
extrajurídicos) para o universo jurídico. 
 O Caso Regreg (Bali)  A esposa de Regreg fugiu com um homem de 
outra aldeia, ele então exigiu que o conselho de sua aldeia tomasse 
providências, mas não foi atendido e se recusou a tomar posse como 
um dos Chefes. Foi abandonado pela tribo e perdeu seus direitos. 
Regreg ficou louco. 
Pluralismo Jurídico 
 O fenômeno jurídico não se esgota nas leis, pois ele é fruto das relações 
sociais; 
 Possibilita uma multiplicidade de manifestações ou práticas normativas 
num mesmo espaço sócio-político; 
 É negado pelo positivismo jurídico, pois possui o entendimento de que o 
Estado é que tem o monopólio da sanção no caso de descumprimento.

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