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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Gestão Financeira e Tributária Gestão Financeira Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Flávio Nastari da Rosa Revisão Textual: Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • O Que São Finanças de Empresas? • O Fluxo Financeiro ou de Caixa • Geração de Lucro versus Geração de Caixa • O Valor do Dinheiro no Tempo • Valor Presente e Taxas de Desconto • Risco e Retorno • Decisões de Investimento, Financiamento e de Dividendos • Análise Financeira • Administração do Capital de Giro Fonte: iStock/Getty Im ages Objetivos • Esta unidade tem como objetivo a compreensão do(a) aluno(a) em relação aos tópicos sobre finanças de empresas, fluxo financeiro ou de caixa, gestão de valores, risco, retorno, decisões de investimento, financiamento e dividendos, custo e estrutura de capital, análise financeira, o planejamento financeiro a administração do capital de giro. • Ao final da unidade, o(a) aluno(a) deverá ter uma visão ampla e crítica sobre gestão financeira. Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Gestão Financeira UNIDADE Gestão Financeira Contextualização Para darmos início a esta unidade, sugerimos como leitura complementar o artigo científico “A Importância da Gestão Financeira nas Empresas”, de autoria de Rafael Cacemiro de Moraes e Wdson de Oliveira, disponível na Revista Científica do Centro Universitário de Araras “Dr. Edmundo Ulson” (Unipar). O artigo trata de analisar a importância da gestão financeira para as empresas das décadas de 1990 e 2000 e identificar ferramentas para auxiliar nos trabalhos do gestor aos novos desafios devido à forte globalização financeira e à competitividade das empresas (MORAES; OLIVEIRA, 2011). O artigo encontra-se disponível no link abaixo disponibilizado: https://goo.gl/HEhMGI 6 7 O Que São Finanças de Empresas? Segundo Ross et al. (2007, p. 23), se você decide montar uma empresa, contrata pessoas para adquirir matéria-prima e organiza um grupo de empregados com o intuito de produzir e vender. Em finanças, se faz investimento em ativos, como estoques, máquinas, equipamentos, instalações e mão de obra. O investimento em ativos deve ser contrabalanceado em um montante equivalente em termos de financiamentos. Ao iniciar as vendas, a empresa gerará caixa, base esta que realiza a criação de valor. O objeto fim da empresa é a criação de valores para você, seu proprietário. Tal valor estará refletido no arcabouço de forma simplificada representado pelo balanço patrimonial da empresa. O Fluxo Financeiro ou de Caixa Pode-se afirmar que a missão das empresas está diretamente relacionada com seus objetivos, dentre eles, a geração de caixa, fazendo-se assim possível a geração de lucros necessários à remuneração do capital investido, permeando um dos princípios fundamentais da contabilidade, o da continuidade, ou seja, sua existência por tempo indeterminado. Assim sendo, de acordo com Padoveze (2005, p. 3), “a compreensão da movimentação financeira, é fundamental para o entendimento das operações da empresa e para a avaliação da viabilidade e retorno do investimento. [...] O retorno necessário é denominado criação de valor”. As operações de produção e venda de produtos e/ou serviços exigem aplicação de recursos, que deverá ser pago em dinheiro. Sua contrapartida será o recebimento deste dinheiro, quando da realização da venda do produto e/ou serviço. Entende-se como geração operacional de caixa a diferença entre os valores despendidos pelos recursos utilizados e os valores recebidos pela venda de produtos e/ou serviços. (PADOVEZE, 2005). Considera-se fluxo financeiro ou de caixa a movimentação básica de recursos. Dessa forma, Padoveze (2005, p. 3) define fluxo financeiro ou de caixa sendo “o conjunto de movimentações financeiras decorrentes do pagamento ou recebimento dos eventos econômicos das operações da empresa e das atividades de captação de recursos e investimentos de capital”. 7 UNIDADE Gestão Financeira Geração de Lucro versus Geração de Caixa Em princípio, é importante entender que o simples fato de uma empresa gerar lucro não significa necessariamente geração de caixa. A geração de lucro está diretamente atrelada com a diferença da negociação de compra e venda de produtos e/ou serviços das empresas, independentemente do desembolso (pagamento) ou reembolso (recebimento). Devemos entender que, uma empresa poderá negociar prazos com seus fornecedores nas suas operações de compra ou mesmo com seus clientes, em uma operação de vendas. Este fator será fundamental para que as transações, apesar de gerarem lucros, não necessariamente gerarão transações financeiras ou de caixa. Quando tratamos de geração de caixa, podemos afirmar que a empresa, em sua transação de compra, gerou o desembolso (pagamento) efetivamente e, em sua operação de venda, gerou o reembolso (recebimento) efetivamente, assim transacionando a operação financeira propriamente dita. Considerando o princípio da continuidade, com uma visão para longo prazo, entende- se que todos os lucros devem se transformar em caixa, no entanto, sabemos que, no mundo real, o momento de geração de lucro não coincide com o momento de geração de caixa, a não ser que todas as operações sejam realizadas à vista (PADOVEZE, 2005). O Valor do Dinheiro no Tempo De acordo com Padoveze (2005, p.103), “o surgimento da moeda como padrão de troca de mercadorias e serviços provocou o surgimento dos juros como remuneração pelo uso em empréstimo dessa mercadoria e a possibilidade de inflação pela alta generalizada e contínua dos preços medidos em moeda”. Sabendo-se disso, Padoveze (2005, p. 103) ilustra que o valor do dinheiro no tempo decorre de: a) Custo (para quem paga); e b) Renda (para quem recebe). Groppelli e Nikbakht (2010, p. 51) afirma que, em termos monetários, o dinheiro em caixa hoje vale mais do que no futuro, ou seja, o valor do dinheiro muda ao longo do tempo. Os investidores dão maior preferência no dinheiro imediato do que ao longo do tempo, pois, assim, podem aumentar o seu valor. Padoveze (2005, p. 103) corrobora com tal afirmação quando explicita que: [...] o dinheiro disponível agora pode ser investido e começar a render juros imediatamente. Além disso, o dinheiro disponível hoje está seguro. O dinheiro emprestado, com o cedente abdicando da liquidez, incorpora o risco de ele não ser devolvido. Portanto, o dinheiro hoje vale mais que um dinheiro com risco no futuro (Grifo nosso). 8 9 Valor Presente e Taxas de Desconto Quando tratamos de valor presente, questionamos: Por que o valor presente é de interesse vital para o pessoal da área financeira? E, afinal, o que é valor presente? Groppelli e Nikbakht (2010, p. 58) descrevem que o valor presente fornece base para comparaçãoda lucratividade em vários projetos ou investimentos diferentes durante um período de vários anos. Dessa forma, afirma que o valor presente “é o valor do dinheiro dos retornos ou rendas futuras, descontada a taxa de capitalização”. A taxa de desconto ou de capitalização “é uma taxa de juro aplicada a uma série de futuros pagamentos ou recebimentos ajustados ao risco e à incerteza do fator tempo”. Risco e Retorno Risco e retorno traduzem as bases de tomadas de decisões racionais e inteligentes sobre investimentos. Entende-se que o risco é uma medida de volatilidade ou incertezas de retornos, enquanto retornos são receitas esperadas ou fluxo de caixa previstos acerca de qualquer investimento (GROPPELLI; NILBAKHT, 2010). Diante disso, questiona-se: Afinal, qual a relação entre risco e retorno? Groppelli e Nikbakht (2010, p. 73) elucida que: “o retorno sobre o seu dinheiro deve ser proporcional ao risco envolvido. Risco é uma medida da volatilidade dos retornos e das incertezas dos resultados futuros [...] é o grau de incerteza associado a um investimento”. Decisões de Investimento, Financiamento e de Dividendos: Quase todos os autores de finanças são contundentes ao definirem as funções fundamentais do administrador financeiro. São elas: decisão de investimento, decisão de financiamento e decisão de dividendos (PADOVEZE, 2005). Conforme Van Horne (1998 apud PADOVEZE, 2005): As funções de finanças envolvem três principais decisões que a companhia tem que tomar: a decisão de investimento, a decisão de financiamento e a decisão de dividendos. Cada uma deve ser considerada em relação ao nosso objetivo; uma ótima combinação das três criará valor. 9 UNIDADE Gestão Financeira Custo de Capital Quando há sobra de recursos financeiros, as pessoas possuem como meta, obviamente, a maximização dos recursos. Para isso, deve decidir em que investir a renda que poupam. O objetivo é obter o maior retorno possível. Segundo Groppelli e Nikbakht (2010, p. 159), para que se determinem os ativos que são e não são rentáveis, os investidores precisam de um ponto de referência. Tal ponto é conhecido como taxa requerida de retorno. O custo de capital é considerado como um modelo para decisões de investimento. Conforme visto no tópico anterior, o gestor financeiro de determinada empresa tem como uma de suas principais funções a responsabilidade de tomar decisões de investimentos. Para tal, utiliza-se de um ponto de referência similar ao apresentado anteriormente, aplicando assim a taxa de retorno desejada pela empresa, conhecida também como custo de capital. A empresa deve buscar uma taxa mínima de retorno para cobrir o custo de geração de fundos para financiar os investimentos, pois ninguém se interessará em comprar seus títulos, ações preferenciais e ações ordinárias se houver um retorno abaixo do esperado (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010). Estrutura de Capital Padoveze (2005, p. 157) ressalta que “qualquer projeto de investimento requer decisão de financiamento, ou seja, quais são as fontes de recursos a serem buscadas que permitirão a efetivação do investimento proposto”. De acordo com Groppelli e Nikbakht (2010, p. 189), “estrutura de capital é a composição do financiamento de uma empresa”. Dentro da estrutura do passivo, não se considera como fonte de capital os passivos considerados decorrentes de financiamento dos custos das operações da empresa, tais como: fornecedores, contas a pagar, salários e encargos sociais a pagar, impostos a recolher e adiantamento de clientes. Estes são considerados como passivo de funcionamento, pois não são remunerados, de forma explicita, com juros e seus prazos de liquidação, existem para dar operacionalidade de rotinas de pagamentos (PADOVEZE, 2005). A estrutura de capital da empresa deve consistir em dívidas de longo prazo, em ações preferenciais e ordinárias (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010). Ainda, segundo Groppelli e Nikbakht (2010, p. 189), quando estudamos a estrutura de capital, é de importância elevada realizar o cálculo do índice de endividamento, pois, ele indicará a proporção entre as dívidas e o patrimônio em ações. Deve-se manter equilíbrio entre as dívidas e o patrimônio líquido, tendo em vista que a elevação de dívidas pode aumentar o risco da empresa, aumentando a apreensão dos investidores acerca de sua capacidade de realização de pagamento aos credores. Isso, por sua vez, pode elevar o custo de capital. 10 11 Análise Financeira De acordo com Silva (2012, p.6), de forma resumida, pode-se dizer que análise financeira de uma empresa, “consiste em exame minucioso de dados financeiros sobre a empresa”. Nesse sentindo, podemos definir que os dados financeiros incluem as demonstrações contábeis, os programas de investimentos, as projeções de vendas e a projeção de fluxo de caixa. Planejamento Financeiro O planejamento financeiro é a sistemática pela qual se calcula o grau de necessidade de financiamento para a continuidade das operações de uma companhia e, com base nesses dados, toma-se a decisão de quando e como os fundos necessários serão financiados (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2010). Segundo Silva (2002, p. 45): O planejamento financeiro obriga a empresa a fazer uma reflexão sobre suas metas. Uma das metas que as empresas perseguem é o crescimento. É sabido que algumas empresas utilizam, como componente básico de seu planejamento financeiro de longo prazo, uma taxa de crescimento explícita e global. Dessa forma, há ligações diretas entre o crescimento que a empresa será capaz de atingir e sua política financeira. Administração do Capital de Giro: Segundo Gitman (1997, p. 616), “Capital de giro refere-se aos ativos circulantes que sustentam as operações do dia-a-dia das empresas.” Dolabella (1995, p. 102) define como: “os recursos financeiros aplicados pela empresa na execução do ciclo operacional de seus produtos, recursos estes que serão reparados financeiramente ao final deste ciclo.” Portanto, quando falamos de capital de giro, nos referimos à “visão circular do processo operacional de geração de lucros: comprar estoques, produzir, vender e receber, voltar a comprar estoques, produzir e vender/receber. Em termos contábeis, o capital de giro é representado pelo total do ativo circulante, também denominado capital de giro bruto” (PADOVEZE, 2011). Para um maior aprofundamento sobre o assunto, leia o artigo sugerido em Contextualização: https://goo.gl/rPK6VQ 11 UNIDADE Gestão Financeira Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Administração Financeira GROPPELLI, A. A.; EHSAN, N. Administração Financeira. Tradução Célio Knipel Moreira; revisão técnica João Carlos Douat; colaboração especial Arthur Ridolfo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. Introdução à Administração Financeira: Textos e Exercícios PADOVEZE, C. L. Introdução à Administração Financeira: textos e exercícios. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. Administração Financeira ROSS, S. A.; WESTERFILED, W. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. Tradução Antônio Zoratto Sanvicente. 2. ed. 6. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. Análise Financeira das Empresas SILVA, P. S. Análise Financeira das Empresas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 12 13 Referências DOLABELLA, M. M. Mensuração e Simulação das Necessidades de Capital de Giro e dos Fluxos Financeiros Operacionais: Um modelo de Informação Contábil para a Gestão Financeira. Dissertação de Mestrado em Contabilidade. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. São Paulo: FEA-USP, 1995. GILMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Herbra, 1997. GROPPELLI, A. A.; EHSAN, N. Administração Financeira. Tradução Célio Knipel Moreira; revisão técnica João Carlos Douat; colaboração especial ArthurRidolfo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. PADOVEZE, C. L. Introdução à Administração Financeira: textos e exercícios. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. PADOVEZE, C. L. Introdução à Administração Financeira. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. ROSS, S. A.; WESTERFILED, W. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. Tradução Antônio Zoratto Sanvicente. 2. ed. 6. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. SILVA, A. A. Gestão Financeira: Um Estudo Acerca da Contribuição da Contabilidade na Gestão do Capital de Giro das Médias e das Grandes Indústrias de Confecções do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. São Paulo: FEA-USP, 2002. SILVA, P. S. Análise Financeira das Empresas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 13
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