Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof.a Francislaine Miguel
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
Marília/SP
2023
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
08
19
36
48
62
72
84
92
102
112
120
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E 
APLICABILIDADE PARA A ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 
APLICADO NA GESTÃO FINANCEIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS I - LIQUIDEZ E 
ENDIVIDAMENTO
ANÁLISE HORIZONTAL/VERTICAL E 
LUCRATIVIDADE
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS II - ÍNDICE DE ATIVIDADES/
PRAZO MÉDIO E RENTABILIDADE
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO I - 
FUNDAMENTOS E GIRO OPERACIONAL
ADMINISTRAÇÃO CAPITAL DE GIRO II - 
GESTÃO DE DUPLICATAS A RECEBER/PAGAR 
E ESTOQUE
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO III - 
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E EBITDA
DECISÃO DE FINANCIAMENTO I
DECISÃO DE FINANCIAMENTO II - 
ALAVANCAGEM FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
128
139
153
169
PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO I
PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO II - 
ORÇAMENTOS OPERACIONAIS
DECISÃO DE INVESTIMENTO I - NOÇÕES
DECISÃO DE INVESTIMENTO II - RISCO E 
RETORNO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a), as mudanças advindas desde a Revolução Industrial até a 
globalização e, hoje, a tecnologia revolucionaram o campo do conhecimento como 
um todo. Um dos campos que recebeu maior impacto foi o setor financeiro, no qual 
a necessidade de adaptação e reestruturação é um fator de diferencial competitivo 
para as organizações.
Diante disso, a necessidade da evolução do conhecimento é urgente e um fato 
indiscutível, afetando todos os âmbitos da sociedade. Um dos campos mais afetados e 
que precisa de adequação urgente é o das organizações como um todo, não importando 
em qual ramo de atuação. Seja comércio, indústria ou prestação de serviços, o 
conhecimento é necessário para que as empresas consigam competitividade, coesão 
organizacional, estratégias fundamentadas etc.
Na nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária, vamos nos 
aprofundar sobre os aspectos que fornecem ferramentas e metodologias aplicáveis 
ao setor financeiro e orçamentário das organizações. A utilização e o aprofundamento 
da área de finanças são relevantes à administração macro das organizações. Dessa 
forma, esperamos que o conteúdo o(a) auxilie com esse objetivo. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS DA 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
Olá, prezado(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à nossa disciplina de Administração 
Financeira e Orçamentária. Aqui, veremos vários aspectos, ferramentas, metodologias 
e procedimentos necessários voltados à gestão financeira com o objetivo de auxiliar 
o administrador a tomar decisões fundamentadas.
A gestão financeira exerce um papel fundamental para o andamento da empresa 
e sua continuidade. Segundo informações fornecidas pelo Sebrae (FERRAMENTAS…, 
2019), o setor financeiro é fator determinante para a gestão adequada das atividades 
da organização e é essencial para a perenidade e continuidade do negócio.
É necessário que a gestão financeira possua ferramentas que possibilitem ao 
administrador uma visão clara e objetiva para a gestão de seu negócio como um 
todo, a fim de direcionar sua empresa a obter a máxima da administração financeira 
e orçamentária, que é a maximização da riqueza.
Dessa forma, prezado(a) aluno(a), a administração financeira e orçamentária, 
basicamente, pode ser dividida em planejamento e controle financeiro, planejamento 
orçamentário e tomada de decisão, que serão estudados no decorrer deste livro.
Segundo Gitman (2010, p. 3), “o campo de finanças é amplo e dinâmico, afetando 
diretamente a vida de todas as pessoas e organizações”.
A gestão financeira, em grande parte, é tida como um campo fundamental em 
várias metodologias de gestão, desde a operacionalidade rotineira de um negócio até a 
administração estratégica. Um exemplo no campo estratégico é o Plano de Negócios, 
que é um guia para os empreendedores que pretendem abrir uma nova empresa. 
Dentro de seu escopo, a gestão financeira é uma das etapas mais importantes.
No campo de atuação da operacionalidade do negócio, alguns exemplos que 
podemos citar são: decisões relacionadas à formulação de preço, cálculo de lucro e 
análise de viabilidade de negócios ou produtos/serviços.
A administração financeira possui uma amplitude dos negócios, sendo este um 
fator impactante no seu resultado final.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 9
Ainda, a administração orçamentária e financeira traz em sua estrutura questões 
relacionadas ao fator tempo, podendo analisar o fator histórico da empresa, levantando 
se as questões financeiras e econômicas de determinado negócio estão saudáveis 
ou não. Além disso, observando o fator tempo, no âmbito da projeção futura, a 
administração financeira e orçamentária fornece ferramentas e metodologias que 
auxiliam na tomada de decisão ao determinar se um negócio, produto/serviço, projeto 
etc. terão um resultado esperado pelo empresariado.
Portanto, caro(a) aluno(a), neste capítulo, veremos os seguintes aspectos:
1 - Fundamentações e objetivos da administração financeira e orçamentária;
2 - Papel da administração financeira e orçamentária;
3 - Funções da administração financeira e orçamentária;
4 - Campo de atuação da administração financeira e orçamentária.
ISTO ESTÁ NA REDE
Para maiores informações sobre os dados do Sebrae, acesse: 
https://datasebraeindicadores.sebrae.com.br/resources/sites/data-sebrae/
data-sebrae.html
Para maior aprendizado sobre Plano de Negócios, acesse: 
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/conteudos/planodenegocio
1.1 Objetivo da administração financeira e orçamentária
Título: Administrar finanças e orçamento
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/euro-seem-currency-ball-bullet-447209/
https://datasebraeindicadores.sebrae.com.br/resources/sites/data-sebrae/data-sebrae.html
https://datasebraeindicadores.sebrae.com.br/resources/sites/data-sebrae/data-sebrae.html
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/conteudos/planodenegocio
https://pixabay.com/illustrations/euro-seem-currency-ball-bullet-447209/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 10
Caro(a) aluno(a), falamos anteriormente sobre a relevância da gestão financeira e 
orçamentária para a continuidade do negócio, além de ser um diferencial na gestão 
total do negócio.
Qual é o objetivo central da administração financeira e orçamentária e qualseria a 
atuação do administrador financeiro?
São muitos os aspectos relevantes fornecidos pela gestão financeira, porém, para 
podermos aprender de forma mais objetiva e lógica, devemos entender qual o objetivo 
dessa disciplina e qual a importância da administração financeira para a administração 
dos negócios de modo geral.
O aspecto principal que devemos entender é que a administração financeira e 
orçamentária pode ser dividida em gestão financeira e gestão orçamentária. No 
decorrer dos capítulos, veremos inicialmente os conceitos e as práticas voltados à 
administração financeira; posteriormente, analisaremos o papel do orçamento para 
a administração financeira.
De forma sucinta, o objetivo da administração financeira e orçamentária é a 
“maximização da riqueza” da empresa em específico, direcionada aos proprietários, 
sócios, acionistas e investidores.
Segundo Hoji (2012, p. 3), “para a administração financeira, o objetivo econômico 
das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará 
sendo aumentada a riqueza de seus proprietários”.
Ainda, conforme Padoveze (2015, p. 39), “o objetivo de uma empresa deve ser a 
criação de valor para seus acionistas ou proprietários”.
Além disso, parafraseando Salazar (2010, p. 4), “o objetivo fundamental das finanças 
corporativas é a maximização do valor das empresas [...]. A maximização da riqueza 
dos proprietários”. 
A administração financeira e orçamentária traz em seu escopo este objeto de estudo: 
a riqueza, pois se o objetivo da administração financeira é maximizar a riqueza da 
empresa, automaticamente surge o questionamento sobre a conceituação de riqueza 
advinda da gestão de empresa, ou seja, o que é a riqueza gerada pela empresa? Ainda, 
o lucro, tão difundido, inclusive, pelos empreendedores brasileiros, é a única forma de 
riqueza gerada pela empresa? A lucratividade é apenas um fator determinante para a 
sobrevivência de uma organização?
Essas questões serão aprofundadas com maior profundidade no capítulo 2, porém 
é relevante termos uma análise sobre riqueza e lucratividade, trazendo luz a dúvidas 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 11
advindas do empreendedorismo brasileiro, pois, culturalmente, o empresariado brasileiro 
tem o conhecimento sobre lucro e acredita ser apenas este o fator que determina 
a continuidade de seu negócio. Dessa forma, é importante incluirmos a análise do 
objetivo da administração financeira e orçamentária.
Riqueza na percepção da gestão financeira não se resume apenas ao lucro. Uma 
organização que produz riqueza traz em seu escopo fatores como: lucratividade, 
rentabilidade, gestão de endividamento de longo prazo, gestão de endividamento no 
curto prazo, alavancagem financeira e operacional, gestão do capital de giro, gestão 
orçamentária etc.
Segundo Padoveze (2015, p. 41), “maximizando a riqueza, maximiza-se a criação 
de valor. A riqueza compreende o valor patrimonial de alguém ou de uma empresa, 
mensurado economicamente”. Complementando, segundo o mesmo autor (PADOVEZE, 
2015, p. 41), “[...] riqueza é o valor do capital próprio representado pelo capital investido e 
os lucros retidos. Em termos contábeis, esse valor é expresso pela figura do patrimônio 
líquido”.
Conforme Hoji (2012, p. 4), “Os proprietários de empresas privadas esperam que 
seu investimento produza um retorno compatível com o risco assumido, por meio de 
geração de resultados econômicos e financeiros (lucro e caixa)”.
Além do lucro — que, realmente, é um fator relevante —, temos vários aspectos 
necessários que evidenciam a riqueza gerada pela empresa. De acordo com Salazar 
(2010, p. 4), “[...] as decisões dos diretores e/ou administradores financeiros devem 
considerar as expectativas dos investidores, bem como variações do risco-retorno 
das operações. [...] Depende dos fluxos de caixa presentes e futuros”.
Dessa forma, verificamos que a maximização da riqueza é o objetivo da administração 
financeira e orçamentária, ou seja, a maximização da riqueza inclui não somente o 
lucro, mas um resultado macro que inclui vários outros aspectos, como caixa, retorno 
etc. (não somente o lucro evidencia a riqueza gerada pela empresa). Esses aspectos 
serão estudados no decorrer deste livro.
ANOTE ISSO
O objetivo da administração financeira e orçamentária = maximização da riqueza da 
empresa.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 12
1.2 Papel e estrutura da administração financeira
Como vimos anteriormente, a gestão financeira exerce um papel fundamental na 
gestão macro do negócio; ela impacta em vários aspectos, em especial na tomada 
de decisão. Neste tópico, vamos analisar o papel tanto da administração financeira e 
orçamentária quanto do administrador financeiro.
A gestão financeira e orçamentária possui influências com outras áreas do 
conhecimento, pois, assim como todas as disciplinas estudadas em gestão, está 
vinculada ao processo de gestão macro do negócio. Ainda, a empresa está alocada 
em determinada região, estado e país, ou seja, ela não está isolada e deverá ser 
avaliada no contexto em que se encontra. Portanto há algumas ciências, como a 
economia e a contabilidade, que exercem influências diretas na administração financeira 
e orçamentária.
Dessa forma, podemos alistar muitos aspectos de atuação da administração 
financeira e orçamentária para a gestão das organizações, mas, para isso, é necessário 
analisarmos outras áreas do conhecimento, como a economia e a contabilidade.
1.2.1 Economia e administração financeira e orçamentária
No âmbito da economia, é fundamental entender aspectos que influenciam o papel 
da administração financeira e orçamentária na gestão do negócio. Uma análise mais 
criteriosa é fundamental para conhecermos a divisão da economia em microeconomia 
e macroeconomia.
Título: Economia e administração financeira
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/c%C3%A9dulas-dinheiro-real-nota-1195065/ 
No aspecto da microeconomia, a administração financeira e orçamentária deve 
utilizar as informações que são fatores que a impactam, como índices de preços ao 
https://pixabay.com/pt/photos/c%C3%A9dulas-dinheiro-real-nota-1195065/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 13
consumidor de determinada região, salários, demanda e oferta de regiões específicas 
etc.
No âmbito da macroeconomia, dados relevantes aplicados à administração financeira 
e orçamentária são os índices de modo geral, como PIB, Inflação, IPCA etc.
Para o bom desempenho da empresa e, consequentemente, a eficiência com respeito 
às questões orçamentárias e financeiras, o administrador financeiro deverá conhecer 
em profundidade os fatores que interferem nelas. Deverá manter-se atualizado com 
respeito ao ambiente econômico tanto das questões políticas do contexto em que a 
organização está inserida quanto das questões políticas mundiais.
Com respeito à economia, mais adiante entraremos de forma mais profunda e 
prática nos dados fornecidos por ela, os quais são relevantes à gestão financeira e 
ao processo do planejamento orçamentário.
1.2.2 Contabilidade e administração financeira e orçamentária
Além da economia, que tem fatores relevantes no papel da administração financeira 
e orçamentária — em especial na tomada de decisão —, a contabilidade é uma ciência 
fundamental que impacta a atuação na gestão financeira e de orçamento.
A contabilidade como ciência social fornece ferramentas fundamentais para a tomada 
de decisão na gestão financeira, em especial no momento do planejamento orçamentário.
Citando Gitman (2010, p. 9), “o setor de finanças e a contabilidade estão intimamente 
ligados e, via de regra, se sobrepõem. Muitas vezes é difícil distinguir a administração 
financeira da contabilidade”.
[...] a contabilidade geral possibilita o controle da movimentação 
do patrimônio com o objetivode fornecer, por meio de relatórios, 
informações acerca das variações ocorridas principalmente aos 
usuários externos. [...] pode ser conceituada como sistema de 
informações que tem o objetivo de suprir a entidade com informações 
não só de natureza econômica, financeira, patrimonial, física e de 
produtividade, como também com outras informações de natureza 
operacional, para que possa auxiliar os administradores nas suas 
tomadas de decisões (MARION; RIBEIRO, 2018, p. 3).
Ainda, segundo Iudícibus (2017, p. 9), “O objetivo das demonstrações contábeis é 
oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho 
(demonstração do resultado) e fluxos de caixa, que sejam úteis aos usuários”.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 14
A contabilidade será estudada nos próximos capítulos de forma mais aprofundada, 
porém um dos aspectos mais importantes são os relatórios trazidos por ela, como o 
Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado de Exercício (DRE).
Mas precisamos entender dois aspectos que refletem diretamente no papel da 
administração financeira e orçamentária:
1- Tratamento de fundos;
2- Tomada de decisão.
Com respeito ao tratamento de fundos, o contador, de modo geral, prepara 
as demonstrações financeiras na ótica do chamado regime de competência. O 
administrador financeiro deve ter sua atenção voltada à solvência da empresa, 
reconhecendo as receitas e as despesas quando envolvem a entrada e a saída de 
caixa, ou seja, quando o administrador financeiro analisa as demonstrações contábeis-
financeiras, terá como padrão de análise o regime de caixa, estabelecendo como 
fatores relevantes custo, lucro e venda.
O regime de competência é um princípio contábil geralmente aceito e traduz o 
método contábil por meio do fato gerador no qual o reconhecimento das receitas de 
despesas ocorre mesmo que elas não tenham sido recebidas ou pagas.
As demonstrações financeiras mais relevantes na análise financeira que está debaixo 
do regime de competência são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE), pois é de ambos que aplicamos metodologias e ferramentas que 
fornecem dados para a tomada de decisão na administração financeira e orçamentária.
O regime de caixa é o método contábil mais aplicado a questões financeiras, pois 
traduz movimentações que partem de cálculo simples de desembolso e entrada de 
valores e aplica-se em específico na demonstração do fluxo de caixa, relevante para 
a análise financeira em vários aspectos. Já no regime de competência, o contador 
constrói e elabora as demonstrações contábeis no fluxo de caixa e é desenvolvido 
com base no regime de caixa, trazendo, dessa forma, ao administrador financeiro um 
olhar gerencial voltado a movimentações de curto prazo, liquidez e solvência, que 
veremos com maior profundidade posteriormente neste livro.
Segundo Gitman (2010, p. 10), “o administrador financeiro aplica este regime de 
caixa para reconhecer as receitas e despesas apenas quando das entradas e saídas 
efetivas de caixa”.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 15
Ainda, conforme Hoji (2012, p. 11), “A administração financeira adota o regime de 
caixa para planejar e controlar as necessidades e sobras [...] pelo regime de caixa as 
receitas são reconhecidas no momento do efetivo recebimento, e as despesas no 
momento do efetivo pagamento”.
Segue exemplo:
Determinada empresa no ramo industrial de móveis obteve no mês de julho/2021 
uma venda de um de seus guarda-roupas de madeira maciça no valor de R$ 100.000,00. 
O cliente pagará com vencimento daqui a 120 dias. Ainda, a empresa, para poder 
fabricar, comprou do seu fornecedor a madeira no valor de R$ 15.000,00, pago à 
vista. Confira, por meio da Demonstração do Resultado, a percepção dos regimes de 
caixa e de competência:
1- Receita Bruta: R$ 100.000,00 - recebimento daqui a 120 DIAS;
2- Despesas e Custos: R$15.000,00 - pagamento À VISTA.
Tabela 1 – Exemplo de resultado - regime de competência x regime de caixa 
Fonte: da própria autora.
Notamos que na visão contábil, obedecendo ao regime de competência como 
princípio, constatamos que a empresa no mês de julho obteve o resultado de R$ 
85.000,00, e isso é positivo na visão financeira. Já utilizando o regime de caixa, vemos 
que o resultado é negativo em R$ 15.000,00; isso ocorre pois, na formulação da 
demonstração por meio do regime de competência, o reconhecimento das despesas 
e receitas ocorre mesmo que não tenham sido pagas ou recebidas.
No regime de caixa, o reconhecimento ocorre do fato efetivo de movimentação 
de caixa que, no exemplo, foi somente o pagamento ao fornecedor, à vista, de R$ 
15.000,00. Dessa forma, cabe ao administrador financeiro entender essa distinção para 
poder utilizar corretamente da ciência contábil na gestão financeira e orçamentária.
Na tomada de decisão, o administrador financeiro deve levar em conta as 
demonstrações contábeis-financeiras para a tomada de decisão, pela leitura criteriosa 
e utilizando-se de ferramentas gerenciais de análise, as quais veremos posteriormente. 
O papel do contador, nesse caso, é formular os relatórios contábeis, e não tomar a 
decisão; esta ação cabe ao administrador financeiro e orçamentário.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 16
Segundo Gitman (2010, p.10), “[...] há duas diferenças básicas entre finanças e 
contabilidade: ênfase nos fluxos de caixa e a tomada de decisão”.
Ainda, conforme Marin e Ribeiro (2018, p. 5), “[...] qualquer decisão a ser tomada 
[...] encontrará na informação contábil gerencial o fundamento necessário para que a 
opção encontrada seja mais benéfica possível para o desenvolvimento da organização”. 
Dessa forma, o papel em específico da administração financeira e orçamentária é 
reflexo de outras ciências como a economia e a contabilidade. 
Para a rotina de gestão financeira, planejamento, controle e tomada de decisão, o 
ramo da contabilidade consegue, por meio de relatórios, estruturar, de forma lógica, a 
realidade da empresa, evidenciando sua saúde. O papel da administração financeira 
e orçamentária nesse momento é utilizar-se dessas informações para uma gestão 
adequada à organização, com metas e resultados mais qualitativos e quantitativos. 
Veremos mais adiante quais as ferramentas e metodologias aplicadas à contabilidade 
que produzem informações essenciais à atuação no processo gerencial financeiro e 
orçamentário.
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja no link a seguir o vídeo do professor Gustavo Cerbasi sobre a importância da 
contabilidade para a gestão financeira:
https://www.youtube.com/watch?v=iYma9_gpEUQ
1.3 Funções da administração financeira e orçamentária
Segundo Hoji (2012, p. 7), “as funções típicas do administrador financeiro de uma 
empresa são: a) análise, planejamento e controle financeiro; b) tomadas de decisões 
de investimentos; e c) tomadas de decisões de financiamentos”. 
Para Gitman (2010, p. 11), além do envolvimento do administrador financeiro, 
inicialmente no planejamento financeiro, outras atribuições devem ser direcionadas 
à tomada de decisão de investimento e financiamento, ou seja, definir onde captar 
e levantar recursos no âmbito de decisão de financiamento e a aplicação desses 
recursos.
Sendo assim, prezado(a) aluno(a), após analisarmos o papel fundamental e o impacto 
de outras ciências que fornecem dados para a administração financeira e orçamentária, 
é necessário entendermos quais são as suas funções.
https://www.youtube.com/watch?v=iYma9_gpEUQ
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17
As funções da administração financeira e orçamentária são:
1 - Planejamento e controle;
2 - Levantamento de recursos financeiros;
3 - Investimento de recursos financeiros.
A etapa de planejamento e controle incluiações voltadas à elaboração dos planos 
globais, previsões de curto prazo e relatórios que confrontam o plano previsto com 
o realizado.
O levantamento de recursos financeiros inclui ações voltadas à visão da estrutura 
de capital do negócio para a tomada de decisão de quais fontes serão levantados tais 
recursos, definindo assim se de fontes próprias, de terceiros ou ambas.
Na etapa de investimento de recursos financeiros, o administrador financeiro deverá 
ter como meta a maximização do retorno desse investimento.
Dessa forma, as funções do administrador financeiro acompanham a estrutura 
da administração financeira e orçamentária. Nas etapas de decisão de investimento, 
financiamento e da destinação do lucro/dividendo, é fundamental que ele, em 
seu papel, tenha essa visão macro da gestão financeira e entenda como liderar 
sua equipe para o resultado positivo e adequado em cada processo decisório e 
operacional.
Além das atividades principais citadas anteriormente, a alçada do administrador 
financeiro se estende à rotina do setor financeiro, seja em pequenas ou grandes 
organizações. Acima de tudo, ele deve ter um olhar voltado sempre à meta da 
administração financeira, que, como vimos, é a maximização da riqueza da empresa.
Os dados [...] devem ser transformados em informações que permitirão 
ao administrador financeiro: avaliar a situação econômico-financeira 
da empresa, a formação do resultado, os efeitos de decisões tomadas 
anteriormente etc.; tomar novas decisões, corrigindo o rumo indesejado; 
e desenvolver planos operacionais e de investimentos (BRAGA, 2015, 
p. 33).
ISTO ESTÁ NA REDE
https://www.youtube.com/watch?v=JBQ9VcTbGw0
Veja no vídeo do Conselho Regional de Administração - SP (CRA-SP) sobre a 
atuação do administrador financeiro e orçamentário.
https://www.youtube.com/watch?v=JBQ9VcTbGw0
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 18
1.4 Campo de estudo da administração financeira e orçamentária 
O campo de estudo da administração financeira e orçamentária é amplo, pois sua 
relevância para a gestão macro do negócio é vital para a saúde financeira da organização 
poder se manter.
Seguem os itens que fazem parte do escopo da gestão financeira e orçamentária:
1- Orçamento de capital;
2- Estrutura de capital;
3- Fluxos de caixa;
4- Análise de risco e retorno;
5- Índices ou fórmulas.
Orçamento de capital é dispêndio de capital, processo de realização e gestão de 
gastos com ativos de longa duração. Essa etapa inclui a gestão da tomada de decisão 
voltada a ativos de longa duração investidos pelas organizações.
Estrutura de capital é uma questão que diz respeito ao lado direito do balanço 
patrimonial. Envolve as opções que a empresa tem para levantar recursos financeiros 
para custear os dispêndios de capital necessários. Nesse campo de estudo, analisa-se 
a proporção de capital próprio e capital de terceiros de curto e longo prazo.
Como deve ser gerido o fluxo de caixa da empresa? É essa a principal resposta 
que veremos sobre o fluxo de caixa. Esse campo de estudo está relacionado à parte 
superior do balanço, fornecendo uma visão financeira da gestão, além de informações 
relacionadas à liquidez do negócio. 
Risco e retorno são campos necessários à gestão financeira e orçamentária. Em 
especial, no momento em que o administrador financeiro formula seu orçamento, deverá 
utilizar das informações relevantes trazidas pelos parâmetros de risco e rentabilidade de 
determinado projeto. Tanto a análise do retorno quanto o risco em um dado decisório 
têm como base o auxílio da matemática financeira, da probabilidade e da estatística.
De que forma conseguimos levantar informações e determinar a saúde financeira 
e econômica de determinada organização? Essa questão será o guia para a imersão 
no campo de estudo voltado à análise das demonstrações contábeis, por meio de 
índices/fórmulas já estabelecidos pela literatura e aplicáveis à gestão financeira e 
orçamentária. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 19
CAPÍTULO 2
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
E APLICABILIDADE PARA A 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA
Prezado(a) aluno(a), após conhecermos os fundamentos iniciais e o papel de atuação 
da administração financeira e orçamentária, é necessário entendermos quais são os 
relatórios advindos da contabilidade a serem utilizados na prática financeira dentro 
das organizações.
De modo geral, as demonstrações contábeis trazem em seu escopo uma visualização 
completa e estruturada da realidade da empresa em um dado tempo.
As demonstrações mais utilizadas para a gestão geral da empresa são o Balanço 
Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e a Demonstração do 
Fluxo de Caixa (DFC). 
O artigo 176 da Lei n. 6.404/1976, atualizada pela Lei n. 11.638/2007, deixa claro 
que determinadas organizações específicas, conhecidas como Sociedades por Ações, 
deverão formular certas demonstrações contábeis (BRASIL, 1976; BRASIL, 2007). Estão 
listados nesse rol o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício 
e a Demonstração do Fluxo de Caixa. 
Algumas empresas específicas, como as micro e pequenas empresas enquadradas 
pela Lei Complementar n. 123/2006, quanto ao seu faturamento, não recebem a exigência 
de formular demonstrações contábeis, porém vale ressaltar que tais demonstrações 
são extremamente relevantes, em especial no processo decisório da prática financeira 
e orçamentária.
“A ciência da contabilidade fornece dados consistentes e de fácil interpretação 
sobre as operações das empresas, tanto passadas como presentes. Esses dados são 
apresentados [...] por meio de demonstrativos contábeis”, conforme afirma Salazar 
(2010, p. 34).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 20
Para entendermos a realidade da empresa, estudaremos de agora em diante as duas 
demonstrações mais utilizadas pela gestão: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do 
resultado do Exercício. Posteriormente, no decorrer dos próximos capítulos, estudaremos 
em profundidade a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) e suas outras estruturas 
e aplicabilidades.
[...] a contabilidade geral possibilita o controle da movimentação do 
patrimônio com o objetivo de fornecer, por meio de relatórios, informações 
acerca das variações ocorridas principalmente aos usuários externos. [...] 
pode ser conceituada como sistema de informações que tem objetivo 
suprir a entidade com informações não só de natureza econômica, 
financeira, patrimonial, física e de produtividade, como também com 
outras informações de natureza operacional, para que possa auxiliar 
os administradores nas suas tomadas de decisões (MARION; RIBEIRO, 
2018, p. 3).
ISTO ESTÁ NA REDE
https://www.youtube.com/watch?v=R2DioFbwoTE
https://www.youtube.com/watch?v=F6wZpN-E9L4
Veja nesses dois vídeos, desenvolvidos pelo Sebrae, a importância da 
contabilidade para a gestão financeira e os negócios criados com a união da 
gestão financeira e da contabilidade. 
2.1 Demonstrações Contábeis Financeiras: Balanço Patrimonial e Demonstração 
de Resultado
A contabilidade como ciência social fornece em seu escopo metodologias que 
auxiliam na gestão financeira e orçamentária; além disso, fornece relatórios que 
traduzem, de forma lógica e estruturada, a realidade patrimonial e de resultado da 
organização. Nesse caso, precisamos partir de alguns conceitos iniciais para podermos 
entrar na estrutura desses dois relatórios contábeis.
Um dos conceitos que precisamos entender é o das contas patrimoniais e das 
contas de resultado.
Assim como vimos sobre a distinção de regime de caixa e de competência, notamos, 
por meio da percepção financeira, que os resultados apresentados necessitam trazer 
dois dados imprescindíveis: informações do resultado financeiro e do resultado 
https://www.youtube.com/watch?v=R2DioFbwoTE
https://www.youtube.com/watch?v=F6wZpN-E9L4ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 21
econômico. Dessa forma, a Demonstração Contábil do Balanço Patrimonial utiliza-se 
das contas patrimoniais, e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) utiliza-se 
das contas de resultado.
As contas patrimoniais evidenciam os fatos contábeis voltados a um determinado 
tempo. São conhecidas como recursos, obrigações, valores residuais e, de modo prático, 
como bens, direitos e obrigações.
As contas de resultado evidenciam informações vinculadas diretamente e 
indiretamente às vendas, que são conhecidas como receita na estrutura formal da DRE.
Assim, as demonstrações fornecem, de forma lógica e organizada, informações da 
realidade da empresa, porém a união das duas demonstrações é fundamental para 
uma série de proposições necessárias à administração financeira e orçamentária.
ANOTE ISSO
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e 
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) são as demonstrações mais 
utilizadas para a gestão financeira.
2.1.1 Balanço patrimonial
Conforme já verificamos, a demonstração Balanço Patrimonial é um relatório de 
grande relevância para a gestão financeira e orçamentária, mas qual a causa disso? 
É o que responderemos a seguir.
O Balanço Patrimonial é uma demonstração exigida pela Lei n. 6.404/1976, atualizada 
pela Lei n. 11.638/2007, para as organizações de grande porte e faturamento determinado 
pela legislação, a exemplo das empresas conhecidas como Sociedades por Ações. 
A Lei n. 11.638, de 28 de dezembro de 2007, em seu artigo 3º, estabelece: 
Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta Lei, a 
sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, 
no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 
(duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita bruta anual superior 
a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) (BRASIL, 2007, 
online).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 22
Essa demonstração expressa a estrutura patrimonial de uma organização em 
determinada data. Usualmente, ela é conhecida como uma “foto” estática da realidade 
patrimonial de uma empresa em determinada data.
Dois pontos são relevantes, antes de aprendermos sobre a estrutura das organizações:
1- Patrimônio das organizações;
2- Data em que a demonstração é apresentada.
Quando falamos sobre o patrimônio no âmbito financeiro, de modo geral, entendemos 
como “aquilo que possuímos”. Isso advém de um conceito cultural passado de geração 
a geração, ou seja, o empresariado entende patrimônio como “coisas” que possuímos, 
pois seus antecessores, provavelmente, explicaram dessa forma.
Para a visão empresarial, temos que entender que o patrimônio vai além desse 
conceito. Já na visão financeira e contábil, o patrimônio traz uma estruturação e uma 
definição aquém dos conhecimentos muitas vezes trazidos da pessoa física para a 
pessoa jurídica.
Patrimônio é o objeto de estudo da contabilidade. 
Patrimônios são bens, direitos e obrigações, na linguagem formal. No sentido contábil 
e financeiro, são ativos, passivos e patrimônios líquidos que são as estruturas ou os 
grupos básicos do Balanço Patrimonial.
“Em contabilidade, portanto, a palavra ‘patrimônio’ tem sentido amplo: por um lado, 
significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por 
outro lado, inclui as obrigações a serem pagas” (MARION, 2015, p. 39).
Com respeito ao período de apresentação do Balanço Patrimonial, é conhecido 
como Exercício Social, o qual representa 12 meses, ou um ano, ou seja, a data de 
encerramento pode ser definida pelas empresas, porém o mais utilizado é o padrão de 
31 de dezembro do ano corrente. Por questões de didática, utilizaremos esse padrão 
em nossos estudos. 
ANOTE ISSO
PATRIMÔNIO = BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÃO.
EXERCÍCIO SOCIAL = ANO.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 23
Conforme Iudícibus (2017, p. 39), “o exercício social tem a duração de um ano, não 
há obrigação que coincida com ano civil, no entanto, quando definido em seus atos 
constitutivos, não deve ser alterado [...]”.
Segundo Hoji (2012, p. 242), “cada empresa pode determinar a data de encerramento 
do balanço [...], mas a maioria das empresas brasileiras encerra o balanço em 31 de 
dezembro de cada ano, coincidindo com o encerramento do ano civil”.
Após deixarmos claros esses conceitos, seguimos com a estrutura e a importância 
do Balanço Patrimonial para a gestão financeira e orçamentária.
O Balanço Patrimonial, como já foi dito, é uma demonstração que evidencia o 
patrimônio da organização em determinada data.
Usualmente, o Balanço Patrimonial está dividido em dois lados: o lado direito evidencia 
o grupo de contas patrimoniais denominadas PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO; e o 
lado esquerdo, o ATIVO.
Estrutura básica do Balanço Patrimonial:
Ativo: lado esquerdo.
Passivo e Patrimônio Líquido: lado direito.
Sua estrutura está dividida em três grandes grupos de contas patrimoniais:
1- Ativo;
2- Passivo;
3- Patrimônio Líquido.
2.1.1.1 Ativo
O ativo é composto das contas patrimoniais vinculadas a aplicações financeiras 
advindas da utilização de capital de terceiros e próprio.
Usualmente, é conhecido como a relação de bens e direitos. Ativo é um recurso 
controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera 
que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
O grupo é dividido em duas vertentes:
1- Ativo Circulante;
2- Ativo Não Circulante.
O Ativo Circulante é composto pelas seguintes contas:
• caixa: representa as variações realizadas por meio de pagamento e entrada de 
valores monetários, no formato de pagamento à vista;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 24
• banco: representa as variações por meio de depósitos bancários e saídas de 
valores monetários;
• boletos/duplicatas a receber: representam a forma de pagamento na geração 
de boletos bancários aos clientes. São um direito a receber contra o cliente;
• estoque: na indústria, representa a matéria-prima estocada para posterior venda 
ao cliente, podendo ser de vários formatos: estoque de produtos em elaboração, 
estoque de produtos prontos etc. No comércio, representa o valor monetário 
com a mercadoria de revenda estocada.
• O Ativo Não Circulante é composto pelos subgrupos a seguir:
• imobilizado: composto por bens duráveis e palpáveis de longo prazo, móveis 
e utensílios, imóveis, máquinas e equipamentos, terreno, edifício, veículos etc.;
• depreciação: cálculo exigido pela legislação contábil que diminui o imobilizado 
correspondente. É a conta patrimonial que evidencia a perda por ação da natureza, 
tempo e obsoletismo do imobilizado;
• investimento: composto pelas participações em outras empresas;
• intangível: composto pelos bens duráveis não palpáveis, marcas e patentes, 
software, lista de clientes etc.
Vale lembrar que essas são algumas das contas patrimoniais que compõem o 
grupo ativo, mas existem outras que fazem parte desse grupo.
2.1.1.2 Passivo
O passivo é composto das contas patrimoniais vinculadas à origem de valores 
advindos da utilização do capital de terceiros e gera uma contrapartida que é a obrigação 
de liquidação. Passivo é uma obrigação advinda de fatos contábeis passados com vias 
a benefícios econômicos futuros que subentendem uma liquidação dessa obrigação 
por meio de saída de recursos, ou desembolso. Também é conhecido como exigível.
O passivo é dividido em dois grupos:
1- Passivo Circulante;
2- Passivo Não Circulante.
No grupo Passivo Circulante, temos:
• fornecedores: obrigação a pagar por meio de negociação realizada com o 
fornecedor. Usualmente, no segmento industrial, o crédito é obtido com o 
fornecedor pela compra de matéria-prima; em outros segmentos, essa conta 
ADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 25
pode ser identificada como contas a pagar, duplicatas/boletos a pagar, títulos 
a pagar etc.;
• salário a pagar: é a obrigação do pagamento aos empregados das organizações, 
“folha de pagamento”;
• impostos a recolher: também conhecidos como impostos a pagar, são as 
obrigações com respeito à legislação fiscal e tributária, ao pagamento ao 
“governo”;
• financiamentos a pagar: obrigações de crédito obtido por meio de credores e 
capital de terceiros, em contrapartida com a alienação de um bem, um credor. Por 
exemplo: banco no qual a organização obteve esse crédito. Dentro do exercício 
social;
• empréstimos a pagar: obrigações de crédito obtido por meio de credores e 
capital de terceiros, em contrapartida com contrato assinado entre as partes, um 
credor. Por exemplo: banco no qual a organização obteve esse crédito. Dentro 
do exercício social.
• Já no Passivo Não Circulante, temos:
• financiamentos a pagar: obrigações de crédito obtido por meio de credores e 
capital de terceiros, em contrapartida com a alienação de um bem, um credor. 
Por exemplo: banco no qual a organização obteve esse crédito; 
• empréstimos a pagar: obrigações de crédito obtido por meio de credores e 
capital de terceiros, em contrapartida com contrato assinado entre as partes, 
um credor. Por exemplo: banco no qual a organização obteve esse crédito.
Vale lembrar que essas são algumas das contas patrimoniais que compõem o 
grupo passivo, mas existem outras que fazem parte desse grupo.
2.1.1.3 Patrimônio líquido
O patrimônio líquido é composto das contas patrimoniais vinculadas à origem de 
valores advindos da utilização do capital próprio, ou seja, advindos da integralização 
de valores monetários realizados pelos sócios e acionistas, resultados econômicos 
(lucro ou prejuízo) do exercício social corrente e anteriores a reservas constituídas 
sobre o lucro.
Seguem algumas contas que compõem a estrutura sugerida a micro e pequenas 
empresas:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 26
• capital social integralizado: valor integralizado totalmente pelo sócio na 
organização;
• capital social subscrito: promessa formalizada contratualmente de valor que 
deverá ser integralizado em uma data específica;
• lucro do exercício: resultado positivo ou superavitário do exercício social corrente;
• lucro acumulado: resultados positivos ou superavitários de exercícios sociais 
anteriores;
• prejuízo do exercício: resultado negativo ou deficitário do exercício social corrente;
• prejuízo acumulado: resultado negativo ou deficitário de exercícios anteriores.
Seguem algumas contas que compõem a estrutura sugerida pela Lei n. 6.404/1976 
e atualizada pela Lei n. 11.638/2007, na qual o grupo Patrimônio Líquido deverá ser 
apresentado na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), obrigatória 
para as Sociedades por Ações (Sociedades Anônimas — S.A.):
• capital social: é o valor integralizado pelos acionistas no exercício social corrente;
• reserva de lucros: é um grupo composto de valores transacionados advindos dos 
resultados correntes, sejam eles superavitários ou deficitários (lucro ou prejuízo). 
É composta por: reserva legal. reserva de contingência, reserva estatutária e 
reserva de lucros a realizar;
• reserva de capital: 
A Lei 6.404/1976, em seu art. 182, define que serão classificadas 
como reserva de capital: 
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor 
nominal e a parte do preço de emissão das ações sem o valor 
nominal que ultrapassar a importância destinada à formação 
do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações e 
debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de 
subscrição;
c) o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto 
não realizado [...] (IUDÍCIBUS, 2017, p. 49).
Vale lembrar que essas são algumas das contas patrimoniais que compõem o 
grupo patrimônio líquido, mas existem outras que fazem parte desse grupo.
Segue um modelo com a estrutura do Balanço Patrimonial:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 27
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
Caixa Fornecedor
Banco Contas a pagar
Contas a receber Salários a pagar
Estoque Impostos a pagar
Financiamento Curto Prazo
Empréstimos Curto Prazo
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO Exigível a longo prazo
Imóveis Financiamento a longo prazo
Terrenos Empréstimo a longo prazo
Móveis e Utensílios
Máquinas e equipamentos
Veículos
INVESTIMENTOS
Participações em outras empresas
INTANGÍVEL
Marcas e patentes
Software
TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO + PL
Título: Balanço Patrimonial - Modelo
Fonte: adaptada de Marion (2015).
Uma informação relevante que devemos entender é a equação contábil básica, na qual 
o significado do balanço patrimonial fica explícito. Já aprendemos que o Grupo do Ativo 
fica estruturado no lado esquerdo; e o Grupo do Passivo e o PL ficam à direita. Dessa 
forma, surge uma noção de igualdade contábil necessária para nosso entendimento, 
primordial para a nossa disciplina Administração Financeira e Orçamentária.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 28
O TOTAL DO ATIVO é igual à soma do TOTAL DO PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
Ainda, o PATRIMÔNIO LÍQUIDO é igual à subtração entre ATIVO e PASSIVO, ou seja, o 
termo usual na contabilidade é “bater balanço”. Para podermos gravar de forma mais 
simples, segue:
ATIVO (=) PASSIVO (+) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (=) ATIVO (-) PASSIVO
Título: Equação Contábil Básica
Fonte: adaptada de Marion (2015).
Em suma, para a administração financeira e orçamentária, é fundamental o 
conhecimento da estrutura do Balanço Patrimonial, pois é a partir dessa demonstração 
que conseguimos realizar algumas técnicas aplicadas que nos fornecerão informações 
como análise financeira e econômica, gestão de estoque, ciclo de pagamentos e 
recebimentos, gestão e geração de caixa, dados financeiros sobre obtenção de recursos 
por meio de capital de terceiros e próprio etc. 
São muitas as informações advindas por esse relatório, mas é importante, ainda, 
entendermos alguns pontos que o administrador financeiro deverá levar em consideração 
quando realizar a análise do Balanço Patrimonial.
Os pontos são os seguintes:
1- Liquidez;
2- Capital de terceiros x Capital próprio;
3- Valor de Mercado x Valor Contábil.
2.1.1.4 Análise de liquidez
Título: Liquidez financeira
Fonte: https://pixabay.com/photos/puzzle-money-business-finance-2500328/
https://pixabay.com/photos/puzzle-money-business-finance-2500328/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 29
Liquidez refere-se à velocidade e à facilidade com a qual um ativo pode ser convertido 
em dinheiro. Por exemplo: ouro é um ativo relativamente líquido; uma instalação fabril 
já não é. 
A liquidez possui duas dimensões: a facilidade de conversão e a perda de valor. 
Qualquer ativo pode ser convertido rapidamente em dinheiro desde que se reduza o 
preço suficientemente. Um ativo altamente líquido é o que pode ser vendido rapidamente 
sem perda significativa de valor. Um ativo ilíquido é aquele que não pode ser convertido 
rapidamente em dinheiro sem redução substancial de preço.
A disposição das contas do grupo ativo tem como parâmetro a liquidez, ou seja, a 
disposição das contas do ativo segue ordem decrescente de liquidez — da conta mais 
líquida (caixa ou equivalente de caixa) para a menos líquida; por exemplo: software.
Segue um exemplo:
Título: Ativo em ordem decrescente de liquidez
Fonte: do próprio autor.
Os ativos imobilizados são relativamente ilíquidos. Na percepção financeira, são 
recursos que propiciam as operacionalidadesda empresa com o objetivo do resultado 
final: o lucro. Como exemplo, podemos citar o imóvel que sedia o parque fabril de 
determinada organização; a disposição e o layout desse imóvel têm por objetivo servir 
à execução do ciclo operacional, mas usualmente o imóvel não se converte em dinheiro 
facilmente.
Outra questão quanto à liquidez: ela define o valor dos ativos. Quanto mais líquida 
for a empresa, menos favorável é que ocorram dificuldades financeiras. Infelizmente, 
os ativos líquidos são menos rentáveis, pois o parâmetro quanto ao retorno exigido 
dos investidores excede a capacidade de conversão em dinheiro em percentual. Um 
exemplo é o saldo de caixa: é o mais líquido de todos, mas não tem rendimento ínfimo, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 30
se comparado com outros ativos. Assim, há uma compensação entre as vantagens 
da liquidez e o sacrifício de possibilidades de lucro.
A liquidez é uma métrica muito utilizada para medir a saúde financeira de uma 
empresa. É ampla, e conseguimos visualizar sua aplicação em vários campos da 
administração financeira e orçamentária, como nos índices da análise de Balanço 
Patrimonial, nas operacionalidades da empresa, no fluxo de caixa, nas decisões de 
investimentos, nas projeções de investimentos em projetos etc. Para tanto, ela será 
estudada com mais profundidade em outros capítulos.
ISTO ESTÁ NA REDE
Aprenda mais sobre liquidez com base no artigo da Endeavor. Segue o link: 
https://endeavor.org.br/financas/liquidez/
2.1.1.5 Capital de terceiros versus capital próprio
À medida que uma organização toma dinheiro emprestado, geralmente oferece aos 
credores preferenciais em relação aos seus fluxos de caixa. Os sócios e acionistas 
têm direito somente ao valor residual, aquela parcela remanescente após todos os 
pagamentos terem sido feitos aos credores.
O valor dessa parcela residual é o patrimônio dos proprietários da empresa, ou seja, 
o valor do ativo menos o valor exigível da empresa.
Patrimônio dos sócios/investidores = ATIVO - EXIGÍVEL.
O uso do capital de terceiros na estrutura de capital de uma empresa produz o que se 
chama de alavancagem financeira. Quanto mais capital de terceiros uma empresa utilizar 
(proporcionalmente a seus ativos), maior será seu grau de alavancagem financeira. 
A alavancagem financeira aumenta a remuneração potencial dos acionistas, mas 
também aumenta as possibilidades de dificuldade financeira e quebra da empresa.
Dessa forma, é fundamental uma visão objetiva quando observamos o lado direito 
do Balanço Patrimonial, que contém os grupos ativo e patrimônio líquido, pois ambos, 
na visão financeira, relacionam os valores disponíveis que a empresa já utilizou, e 
esses recursos obtidos devem ser administrados corretamente.
A estrutura de capital — que nada mais é do que a visão financeira e orçamentária de 
como financiar uma organização — será estuda em profundidade posteriormente, pois 
na etapa em que o administrador financeiro toma a decisão de financiamento, deverá 
https://endeavor.org.br/financas/liquidez/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 31
entender com clareza o lado direito do Balanço Patrimonial e que se faz necessária a 
correta gestão do uso do capital de terceiros (Passivo) e do capital próprio (Patrimônio 
Líquido).
Segundo Hoji (2012, p. 200), “Basicamente, o capital de terceiros pode ser obtido 
por meio de empréstimos, financiamentos e emissão de títulos de dívida”.
Ainda, conforme Padoveze (2015, p. 162), “O valor das fontes dos acionistas, 
considerados fornecedores internos de capital, é denominado capital próprio”.
ANOTE ISSO
CAPITAL DE TERCEIROS X CAPITAL PRÓPRIO
CAPITAL DE TERCEIROS PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Título: Capital de terceiros x capital próprio
Fonte: do próprio autor.
2.1.1.6 Valor de mercado versus valor contábil
Os valores apresentados no Balanço Patrimonial, no que se refere aos ativos, são valores 
contábeis e, geralmente, não representam o valor monetário dos ativos. De acordo com 
as normas contábeis, as demonstrações financeiras apresentam os ativos a seu custo 
histórico, ou seja, os ativos são contabilizados pelo que se pagou em determinada data, 
utilizando o fato gerador como parâmetro; dessa forma, apresentam o valor histórico 
naquela data, e não o valor atualizado ou de mercado.
Além disso, os ativos valiosos de uma empresa, difíceis de quantificação — como 
gerenciamento eficaz, boa reputação da organização, empregados talentosos etc. —, não 
são evidenciados no Balanço Patrimonial, mas é um fato que são diferenciais que, na visão 
de mercado, são geralmente relevantes na decisão de investir ou não em determinada 
empresa.
Portanto é fundamental que o administrador financeiro leve em conta essa percepção 
na leitura do Balanço Patrimonial.
2.1.2 Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração de Resultado é uma demonstração exigida pela legislação voltada às 
sociedades por ações, enquanto as organizações que não estão debaixo dessa legislação 
e não têm a obrigação de fazê-lo deveriam refletir bem, pois essa demonstração traz uma 
série de informações relevantes para a administração financeira e orçamentária.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 32
Segundo Assaf Neto (2014, p. 110), “Essa demonstração tem finalidade exclusiva de 
apurar o lucro ou prejuízo do exercício. Engloba as receitas, as despesas, os ganhos e 
perdas do exercício, apurados por Regime de Competência”.
Conforme Salazar (2010, p. 37), “A demonstração de resultados mede o desempenho 
operacional da empresa durante o período, comparando o que ela conseguiu vender 
(receitas) e [...] (custo e despesas)”.
Ainda, de acordo com Iudícibus (2017, p. 51):
A demonstração do resultado do exercício é um resumo ordenado das 
receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses). É 
apresentado de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-
se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).
A Demonstração de Resultado evidencia basicamente a venda bruta designada como 
Receita Operacional Bruta, deduzida de Custos e Despesas, resultando em Lucro ou Prejuízo 
Líquido.
Segue um modelo básico da estrutura da DRE:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)
RECEITA
(-) CUSTOS/DESPESAS
(=) LUCRO/PREJUÍZO
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), no modelo completo sugerido pela Lei 
n. 6.404/1976 para as Sociedades por Ações, relaciona as seguintes contas de resultado:
• receita operacional bruta: representa a venda de produtos, mercadoria e prestação 
de serviço. A venda é bruta, sem nenhuma dedução. Para maior explanação, ela é 
conhecida também como faturamento;
• deduções: nesse grupo estão listados os impostos sobre venda (IPI, PIS, Cofins, 
ICMS e ISS), as devoluções incondicionais, os abatimentos e a devolução de venda. 
Esse grupo de contas subtrai a receita operacional bruta;
• receita operacional líquida: representa resultado após a subtração das deduções;
• custo: conhecido como Custo da Mercadoria Vendida (CMV), Custo do Produto 
Vendido (CPV) e/ou custo da prestação de serviço, o custo é o gasto vinculado 
diretamente ao processo produtivo/venda de mercadoria. Usualmente, no segmento 
industrial, são as matérias-primas, as embalagens e os empregados da produção;
• lucro bruto ou resultado operacional líquido: evidencia o resultado após a dedução 
do custo do produto/serviço ou prestação de serviço. O lucro bruto é um parâmetro 
fundamental para a gestão financeira e orçamentária, pois evidencia o resultado 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 33
após o sacrifício financeiro para a geração do produto/serviço ou a prestação de 
serviço vendido;
• despesas operacionais: nesse grupo, constam despesas de vendas(comercial), 
despesas administrativas e despesas financeiras, subtraindo-as da receita financeira. 
Esse grupo evidencia o sacrifício financeiro direcionado diretamente à receita, ou 
seja, a despesa tem por objetivo a obtenção de receita;
• outras despesas e receitas operacionais: são despesas/receitas que não estão 
vinculadas diretamente à atividade-fim da organização. Um exemplo é a venda 
de um imobilizado; o ganho ou a perda dessa venda deve ser contabilizado na 
demonstração;
• Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (LAIR): 
o resultado após a subtração das despesas operacionais e antes da dedução dos 
impostos IR e CSLL;
• Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido: são impostos devidos com base na legislação para cada especificidade 
das organizações;
• lucro/prejuízo líquido: é o resultado após a dedução das participações direcionadas 
à remuneração a empregados e a administradores definidos em estatuto, das 
debêntures (um título de “empréstimos” obtidos ao público geral) e das doações 
formalizadas a instituições ou a fundos de assistência ou previdência de empregados.
Segue um modelo sugerido da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE):
Receita Bruta de Venda de Bens e Serviços
(-) Impostos sobre venda
(-) Devoluções, Descontos Comerciais e Abatimentos
Receita Líquida
(-) Custos dos Produtos e Serviços Vendidos
Lucro Bruto
(-) Despesas de Vendas
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Despesas Financeiras Líquidas
(-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
Lucro antes do Imposto de Renda
(-) Provisão para o Imposto de Renda
(-) Participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias
Lucro Líquido do Exercício
Título: Demonstração do Resultado do Exercício - modelo sugerido
Fonte: Assaf Neto (2014, p. 111).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 34
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja o artigo desenvolvido pelo Sebrae sobre a relevância da DRE para as micro e 
pequenas empresas. Acesse:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-fazer-um-
demonstrativo-de-resultados,48f3ace85e4ef510VgnVCM1000004c00210aRCRD
Assim como os aspectos que foram levantados para o Balanço Patrimonial, para 
a DRE, há três aspectos relevantes quando analisamos a visão da administração 
financeira e orçamentária, para que o administrador financeiro entenda com clareza 
em sua leitura desse demonstrativo.
Os três aspectos a serem levados em conta são:
1- Os princípios contábeis geralmente aceitos;
2- A distinção entre itens monetários e itens não monetários;
3- A relação entre prazo e custos.
2.1.2.1 Princípios contábeis geralmente aceitos na Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE)
A Demonstração do Resultado do Exercício, em sua estrutura, indicará as receitas 
quando são obtidas. Isso não coincide necessariamente com o momento em que há 
recebimento de dinheiro ou saída concreta de caixa.
As despesas, da mesma forma, não evidenciam saída de caixa efetiva; desse modo, 
seguem o regime de competência.
Como já explicado, a distinção entre regime de competência e regime de caixa deve 
fazer parte do conhecimento do administrador financeiro. As principais demonstrações 
financeiras são formalizadas e pautadas no regime de competência e, dessa forma, 
nem todas as contas de resultados apresentadas na estrutura da DRE possuem entrada 
ou saída efetiva de valores monetários, variando, assim, o caixa.
A ideia básica, nesse caso, é determinar primeiramente as receitas aos custos 
associados à sua produção para poder realizar uma análise mais clara da demonstração 
do resultado.
2.1.2.2 Itens monetários e itens não monetários
Uma razão fundamental pela qual o lucro contábil difere do fluxo de caixa é a de 
que a demonstração do resultado do exercício contém itens não monetários, ou seja, 
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-fazer-um-demonstrativo-de-resultados,48f3ace85e4ef510VgnVCM1000004c00210aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/como-fazer-um-demonstrativo-de-resultados,48f3ace85e4ef510VgnVCM1000004c00210aRCRD
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 35
não há saída concreta de caixa ou não há desembolso ou qualquer dispêndio, mesmo 
essa conta de resultado impactando o lucro e diminuindo-o.
Um exemplo, nesse caso, é a conta de resultado que é listada nas Despesas 
Administrativas (a depreciação), que é uma conta que diminui o lucro por compor a 
estrutura e seguir uma legislação específica das normas contábeis, porém ela não 
representa um desembolso financeiro.
Suponhamos que uma empresa compre um ativo imobilizado por R$ 5.000,00 e faça 
o pagamento à vista. Obviamente, há nesse fato contábil um desembolso financeiro 
em valor monetário — nesse caso, de R$ 5.000,00.
Esse ativo imobilizado será depreciado pelo contador. Por exemplo, por cinco 
anos, se a depreciação for linear, o ativo terá seu valor reduzido a zero durante esse 
período, portanto o valor da depreciação seria descontado anualmente como despesa 
na estrutura da demonstração de resultado, mas essa dedução não representa saída 
de caixa.
2.1.2.3 Prazos e custos
É útil considerar o futuro de duas partes: o curto e o longo prazo. Esses dois 
períodos não são exatos.
• No longo prazo: todos os custos são variáveis na visão financeira;
• No curto prazo: temos custos fixos e custos variáveis.
A distinção entre custos fixos e custos variáveis é importante para o administrador 
financeiro. A Demonstração do Resultado do Exercício agrega os custos fixos e variáveis 
em vários itens, e é normal separá-los em custo de produção e despesas operacionais, 
sendo, portanto, necessário “abri-los” para melhor classificação.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 36
CAPÍTULO 3
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO 
DE CAIXA APLICADO NA 
GESTÃO FINANCEIRA
Prezado(a) aluno(a), após entendermos sobre a estrutura e importância para a 
nossa disciplina, vamos entender sobre a terceira demonstração que é fundamental 
para as entidades de modo geral. Segundo a legislação citada anteriormente, além das 
demonstrações financeiras, do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado 
do Exercício, está listada como uma das mais relevantes demonstrações financeiras 
contábeis a Demonstração do Fluxo de Caixa.
A Demonstração do Fluxo de Caixa evidencia, de forma sintática, a variação da 
conta patrimonial caixa que faz parte do escopo do grupo ativo circulante, presente 
no Balanço Patrimonial. A visão financeira sintetiza o fluxo de caixa no período do 
curto prazo, enquanto as contas patrimoniais do passivo não circulante e do ativo não 
circulante traduzem fatos administrativos e contábeis no âmbito do longo prazo. O 
olhar direcionado ao fluxo de caixa é focado nas operacionalidades, nas estratégias 
e no processo decisório voltado ao curto prazo, a algo imediatista.
Segundo Dornelas (2018, p. 172), “Trata-se de uma ferramenta estratégica que 
auxilia o empreendedor no gerenciamento e no planejamento das ações que serão 
tomadas no dia a dia e no futuro da empresa”.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) passou a ser obrigatória 
com a Lei nº 11.638/07, sendo adotada em substituição à (DOAR). 
A DFC centra sua atenção nas origens e aplicações de caixa, ou 
seja, revela onde os recursos de caixa foram obtidos e onde foram 
investidos, no exercício.
A DFC é muito importante para a avaliação da situação financeira da 
empresa, podendo se conhecer sua efetiva capacidade de pagamento 
(ASSAF NETO, 2014, p. 115).
Ainda, conforme afirma Santos (2010, p. 43), “O fluxo de caixa é o instrumento capaz 
de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas de 
informação da empresa”.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINEMIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 37
3.1 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 
A Demonstração do Fluxo de Caixa tem por finalidade básica explicar a variação 
da conta patrimonial caixa de um ano para outro.
Com a atualização da Lei n. 6.404/1976 pela Lei n. 11.638/07, essa demonstração 
tornou-se obrigatória para as empresas de capital aberto e as grandes, incluindo as 
limitadas, porém a companhia fechada com o patrimônio líquido na data do Balanço 
Patrimonial inferior a dois milhões de reais não está obrigada à elaboração.
De modo geral, o fluxo de caixa é uma ferramenta muito difundida em específico 
na gestão financeira. É aplicável não somente à obediência da legislação contábil; 
existem muitas outras utilidades e aplicabilidades para o fluxo de caixa.
O fluxo de caixa é fundamental para a administração financeira e orçamentária 
das organizações. Sua ausência é um dos motivos de as empresas entrarem em 
processo de falência, pois sem o fluxo de caixa a empresa não consegue obter um 
conhecimento do seu curto prazo além do longo prazo.
A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com 
as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que 
permitem que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da 
entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e 
sua capacidade para mudar os montantes e à época de ocorrência dos 
fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e 
oportunidades (CPC, 2010, p. 2).
Notamos que muitos aspectos da gestão financeira são levantados pelo fluxo de 
caixa, como a necessidade de financiamento, a sobra de recursos para aplicar no 
mercado financeiro, ganhos ou perdas com juros, a necessidade de redução de custo 
de capital de terceiros etc.
ISTO ESTÁ NA REDE
Prezado(a) aluno(a), veja neste vídeo da Endeavor sobre a importância de geração e 
gestão do caixa nas organizações.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=eHvyWO3r4VY.
São muitas as finalidades da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). As principais 
são:
https://www.youtube.com/watch?v=eHvyWO3r4VY
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 38
1- Avaliação da geração e uso de caixa pela administração;
2- Predição do fluxo de caixa futuro;
3- Determinação da habilidade que a empresa tem para pagar juros, dividendos e 
dívidas, na ocasião de seus vencimentos.
Há três tipos de Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). São eles:
• Caixa das Atividades Operacionais (CAO);
• Caixa das Atividades de Investimento (CAI);
• Caixa das Atividades de Financiamento (CAF).
3.1.1 Modelo Direto
O Modelo Direto é uma metodologia da estrutura do fluxo de caixa que parte do 
cálculo das cobranças, subtraindo-se os desembolsos operacionais.
Esse modelo é o mais utilizado entre as micro e pequenas empresas, pois a sua 
estrutura tem como objetivo determinar se o saldo do caixa total foi gerado ou 
consumido. Dessa forma, são fornecidas informações relevantes para a tomada de 
decisão para a administração financeira e orçamentária.
Destacam-se objetivamente as entradas e saídas de dinheiro, informando-se a origem 
(fonte) e o uso (aplicação). É um modelo mais revelador e facilmente analisado pelo 
leigo em contabilidade. O Modelo Direto é mais simplificado de formalizar, trabalhando 
com os conceitos de entrada e saída de valores monetários.
Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de 
recebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas 
alternativamente: (a) dos registros contábeis da entidade; ou (b) pelo 
ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços 
vendidos (no caso de instituições financeiras, pela receita de juros e 
similares e despesa de juros e encargos e similares) e outros itens da 
demonstração do resultado ou do resultado abrangente referentes 
a: (i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas 
operacionais a receber e a pagar; (ii) outros itens que não envolvem 
caixa; e (iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das 
atividades de investimento e de financiamento (CPC, 2010, p. 6).
Segue um exemplo do Modelo Direto:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 39
Título: Modelo Direto (DFC)
Fonte: CPC (2010, p. 17).
3.1.2 Modelo Indireto
O Modelo Indireto é uma metodologia da estrutura do fluxo de caixa que parte do 
cálculo do valor demonstrado pelo Lucro Líquido da DRE.
Evidencia quais foram as alterações no giro (Ativo Circulante e Passivo Circulante) 
que provocaram aumento ou diminuição no caixa, sem explicar diretamente as entradas 
e saídas de dinheiro. O Modelo Indireto responde objetivamente à pergunta do porquê 
temos na Demonstração de Resultado (DRE) prejuízo líquido (resultado econômico, lucro 
econômico e prejuízo econômico), enquanto na conta caixa do grupo Ativo Circulante 
temos um aumento de valor monetário.
Dessa forma, o Modelo Indireto se pauta no conceito de análise dos dois demonstrativos 
para, então, gerar nele o fluxo de caixa, pois inicia com o lucro econômico, conhecido 
também como lucro ajustado, e posteriormente é realizada a análise das variações do 
ativo e do passivo circulante registrados em aumento ou diminuição.
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo 
das atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido 
ou prejuízo quanto aos efeitos de: (a) variações ocorridas no período 
nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; (b) itens 
que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos 
diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de 
equivalência patrimonial quando aplicável; e (c) todos os outros 
itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de 
investimento e de financiamento (CPC, 2010, p. 6).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 40
Segue um exemplo de Modelo Indireto:
Título: Modelo Indireto (DFC)
Fonte: CPC (2010, p. 18).
3.1.3 Caixa das Atividades Operacionais (CAO)
Você verá que são três os tipos de metodologia para a formulação da Demonstração 
do Fluxo de Caixa. Para a legislação contábil, são três os tipos a serem realizados 
pelas empresas que estão obrigadas a fazê-lo.
Para relembrar, os tipos são:
1- Caixa das Atividades Operacionais;
2- Caixa das Atividades de Investimentos;
3- Caixa das Atividades de Financiamento.
Todos são relevantes para a gestão financeira e orçamentária das entidades, e um 
dos mais difundidos e que gera grande preocupação dos administradores financeiros é 
o fluxo de caixa direcionado à atividade-fim do negócio, ou seja, das operacionalidades 
ou do ciclo operacional do negócio.
Essa demonstração traz em seu escopo fatos contábeis ou contas da contabilidade 
que traduzem a existência principal de qualquer negócio. A ideia focal é conseguir 
formular de forma estruturada e organizada para chegar ao resultado final, se a 
organização, no âmbito operacional, obteve a geração ou o consumo do caixa.
Algumas atividades relacionadas ao Caixa das Atividades Operacionais (CAO) são:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 41
1- Venda dos produtos, serviços e prestação de serviço;
2- Recebimento da venda dos produtos, serviços e prestação de serviço;
3- Pagamento de compra de estoque de matéria-prima, mercadoria de revenda ao 
fornecedor;
4- Pagamento a empregados.
Segue modelo do Caixa das Atividades Operacionais (CAO):
Caixa das Atividades Operacionais (CAO) Mod. Direto
(+) ENTRADA DE VALORES R$
Recebimentos de clientes R$
(-) SAÍDAS R$
Pagamento a Fornecedores e Empregados R$
Pagamento de aluguéis R$
Pagamento de juros R$
Pagamento de IR R$
CAIXA GERADO OU CONSUMIDO R$
Título: Modelo Caixa das Atividades Operacionais (CAO)
Fonte: do próprio autor.
3.1.4 Caixa das Atividades de Investimento (CAI)O Caixa das Atividades de Investimento (CAI) também é muito relevante, mas pouco 
conhecido entre o empresariado brasileiro.
Segundo a legislação contábil anteriormente vista, na formulação da Demonstração 
do Fluxo de Caixa, o CAI é obrigatório.
A ideia central na formulação desse fluxo de caixa é evidenciar as movimentações 
relacionadas ao investimento nas entidades. Na nossa disciplina, é fundamental 
entendermos algumas nomenclaturas utilizadas no dia a dia da gestão financeira e 
orçamentária, e esse fluxo de caixa deixa bem clara essa relevância.
A nomenclatura “investimento” diz respeito ao gasto com ativo fixo de longo prazo. 
Esse termo faz parte do escopo de gastos, no qual visualizamos vários elementos, 
como custo, despesa, perda etc. O investimento é entendido como um gasto em ativo 
fixo com o objetivo de lucro e retorno do valor injetado.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 42
O conceito de ativo fixo de longo prazo nos remete ao grupo do ativo não circulante. 
Conforme estudamos anteriormente, os grupos, nesse caso, são: imobilizado, 
investimento e intangível. Para que possamos entender de forma mais objetiva quais 
são as movimentações que deverão ser listadas no fluxo de caixa de investimento, vale 
lembrar esses conceitos voltados à nomenclatura de investimento e a visão financeira 
e contábil das movimentações que podem ser consideradas de investimento.
Dessa forma, seguem algumas movimentações que são registradas no fluxo de 
caixa de investimento:
1- Recebimento da venda de imobilizado;
2- Pagamento na compra de imobilizado, intangível;
3- Pagamento de participações em outras empresas.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento 
são: (a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, 
intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem 
aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos 
ativos imobilizados de construção própria; (b) recebimentos de caixa 
resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de 
longo prazo; (c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos 
patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e 
participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos 
referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou aqueles 
mantidos para negociação imediata ou futura); (d) recebimentos de caixa 
provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de 
dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures 
(exceto aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados como 
equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou 
futura); (e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros 
(exceto aqueles adiantamentos e empréstimos feitos por instituição 
financeira); (f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos 
ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles 
adiantamentos e empréstimos de instituição financeira); (g) pagamentos 
em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando 
tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou 
os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; 
e (h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e 
swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação 
imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como 
atividades de financiamento (CPC, 2010, p. 5).
Segue exemplo do Caixa das Atividades de Investimento (CAI):
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 43
CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (CAI) Mod. Direto
(+) ENTRADA DE VALORES R$
Alienação de Imobilizado R$
Juros Recebidos R$
Dividendos Recebidos R$
(-) SAÍDA DE VALORES R$
Aquisição de Imobilizado R$
CAIXA GERADO OU CONSUMIDO R$
Título: Modelo Caixa das Atividades Investimentos (CAI)
Fonte: do próprio autor.
3.1.5 Caixa das Atividades de Financiamento (CAF)
A Demonstração do Fluxo de Caixa possui uma análise criteriosa na visão de 
financiamento das entidades. Vimos a visão operacional e de investimentos formalizados 
pela empresa. A visão de como uma organização é financiada é fundamental para a 
administração financeira e orçamentária.
O conceito de financiamento faz parte da análise da estrutura de capital que 
abordaremos em maior profundidade. Esse conceito responde à máxima: Quais as 
formas de financiamento de uma entidade?
Conceitualmente, podemos financiar uma empresa por meio da utilização de capital 
de terceiros (Passivo) e/ou capital próprio (Patrimônio Líquido). Dessa forma, o fluxo 
de caixa direcionado às movimentações de financiamento registra as variações que 
dizem respeito ao levantamento de recursos para a entidade.
Princípio-função de financiamento
Os diretores e/ou administradores das empresas devem selecionar 
uma combinação de dívida e patrimônio líquido para financiar seus 
projetos de investimento (SALAZAR, 2010, p. 16).
Ainda, conforme Padoveze (2015), a entrada de dinheiro advindo a título de entrada 
de capital é denominada capital próprio, pois a fonte desses recursos são os donos da 
empresa. Já a entrada de dinheiro de terceiros, por meio de obtenção de empréstimos 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 44
e financiamento em bancos e no mercado financeiro, tem como fonte o capital de 
terceiros. 
Algumas movimentações que pertencem ao Caixa das Atividades de Financiamento 
(CAF):
1- Integralização de capital;
2- Obtenção de empréstimos;
3- Pagamento de dividendos aos acionistas.
• Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são: (a) 
caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; (b) 
pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; 
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, 
outros títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; 
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e (e) pagamentos em caixa 
pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento (CPC, 2010, 
p. 6).
Segue modelo do fluxo de caixa de financiamento:
CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (CAF) Mod. Direto
(+) ENTRADA DE VALORES R$
Aumento de capital R$
Empréstimos obtidos R$
(-) SAÍDA DE VALORES R$
Pagamento de empréstimos R$
CAIXA GERADO OU CONSUMIDO R$
Título: Modelo Caixa das Atividades de Financiamento
Fonte: do próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 45
3.1.6 Transações que afetam o caixa
Vimos anteriormente, em cada uma das Demonstrações de Fluxos de Caixa, algumas 
movimentações que afetam em específico cada caixa em sua atividade.
Para maior aprendizado, seguem algumas movimentações que afetam o caixa.
3.1.6.1 Transações que aumentam o caixa
• Integralização do capital pelos sócios ou acionistas: são os investimentos 
realizados pelos proprietários. Se a integralização não for em dinheiro, mas em 
bens imobilizados, estoques, títulos etc., não afetará o caixa.
• Empréstimos bancários e financiamentos: são os recursos financeiros oriundos 
das instituições financeiras. Normalmente, os empréstimos bancários são 
utilizados como capital de giro (circulante); e os financiamentos, para aquisição 
de ativo fixo.
• Venda de itens do ativo fixo: embora não seja comum, a empresa pode vender 
itens do ativo fixo. Nesse caso, teremos uma entrada de recursos financeiros.
• Venda à vista e recebimento de duplicatas a receber: normalmente, a principal 
fonte de recursos do caixa, sem dúvida, é aquela resultante da venda.
• Outras entradas: juros recebidos, dividendos recebidos de outras empresas, 
indenizações de seguros recebidas etc.
3.1.6.2 Transações que diminuemo caixa
• Pagamentos de dividendos aos acionistas: se os investimentos dos proprietários 
da empresa representam entrada em caixa, os dividendos pagos, em cada 
exercício, significam diminuição de caixa.
• Pagamento de juros e amortização da dívida: o resgate das obrigações junto às 
instituições financeiras bem como os encargos financeiros (juros, comissões 
etc.) significam saída de dinheiro do caixa.
• Aquisição de item do ativo fixo: são aquisições de imobilizado e de itens do 
subgrupo de investimentos (ações).
• Compra à vista e pagamentos a fornecedores: são aquelas saídas de numerários 
referentes a matéria-prima e material secundário.
• Pagamento de despesa/custo, contas a pagar e outros: são os desembolsos 
com despesas administrativas de vendas, com itens do custo e outros.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 46
3.1.6.3 Transações que não afetam o caixa
• Depreciação, amortização e exaustão: são reduções de ativo, sem afetar o caixa, 
no exercício em que são contabilizadas.
• Provisão para devedores duvidosos: estimativa de prováveis perdas com clientes 
que não representam desembolso para a empresa, no momento.
• Acréscimos (ou diminuições): de itens de investimentos pelo método de 
equivalência patrimonial, poderá haver aumentos ou diminuições em itens de 
investimentos sem significar que houve vendas ou novas aquisições.
Leia no artigo a seguir, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de 
Finanças (IBEF), um case sobre a Mastercard vinculado à decisão com respeito ao 
fluxo de caixa.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Tesouraria: Análise do case de disrupção na gestão de fluxo de caixa da 
Mastercard
A Comissão Técnica de Tesouraria e Riscos do IBEF-SP debateu o tema de 
disrupção na gestão de fluxo de caixa a partir da análise do caso da Mastercard 
Brasil. A reunião técnica, realizada em 9 de novembro, contou com a participação 
de Cesar Teixeira, Controller na Mastercard Brasil, Ana Paula Maximiliano, VP 
Desenvolvimento de Negócios da Boost Brasil, e moderação de Igor Matos Bueno, 
líder da Comissão.
O case tratado se refere a uma solução que a Mastercard implantou para melhorar 
os seus controles internos e que impactou automaticamente tudo o que fosse 
relacionado à operação e ao fluxo financeiro desse processo. Cesar Teixeira explicou 
aos participantes como surgiu a demanda, por que houve um empenho em 
implantar essa solução e quais os ganhos financeiros e operacionais obtidos com 
esse processo.
Pagamentos com cartão – A solução encontrada foi realizar os pagamentos com 
cartão, simplificando todo o processo, em parceria com a fintech Boost.
A solução possibilitou um aumento de performance com o atendimento operacional 
de contas a pagar terceirizado, proporcionando, por exemplo, um único pagamento 
semanal, conciliação sistêmica, opção de antecipação de recebíveis para o 
fornecedor. “Dessa forma é muito mais fácil programar o fluxo de caixa, pois a data 
do pagamento efetivo é a data da fatura. Na Mastercard foi organizada a agenda de 
pagamentos que não é mais diária. O processo se torna mais simples, muito mais 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 47
fácil, menos burocrático e se obtém uma otimização na utilização de recursos”, 
acrescentou Teixeira.
Resultados – A redução do tempo para reconciliação passou de 20 dias para 
apenas 3 dias, ocasionando uma redução de 100% nos custos de reconciliação 
com terceiros e uma redução de 80% de recursos operacionais.
Com relação à inadimplência com boletos, que no mercado que chega ao 
patamar de 60%, com a solução da Boost foi possível reduzir 100% dos custos de 
reemissão dos boletos e da cobrança. Além disso, a eficiência operacional com a 
automatização de processos e a melhoria na reconciliação proporcionaram um 
ganho operacional de até 80% e uma redução de 30% na margem de erros.
Fonte: IBEF-SP (2021, online).
https://ibefsp.com.br/tesouraria-analise-do-case-de-disrupcao-na-gestao-de-fluxo-de-caixa-da-mastercard/
https://ibefsp.com.br/tesouraria-analise-do-case-de-disrupcao-na-gestao-de-fluxo-de-caixa-da-mastercard/
https://ibefsp.com.br/tesouraria-analise-do-case-de-disrupcao-na-gestao-de-fluxo-de-caixa-da-mastercard/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 48
CAPÍTULO 4
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS I - LIQUIDEZ E 
ENDIVIDAMENTO
Prezado(a) aluno(a), até o momento, conseguimos visualizar e entender na prática 
sobre as principais demonstrações financeiras e sua importância para a disciplina 
Administração Financeira e Orçamentária.
A partir deste capítulo, vamos visualizar várias informações elencadas em 
metodologias desenvolvidas com o intuito de fornecer parâmetros que somados se 
tornam base para a gestão financeira e orçamentária, em sua operacionalidade, seus 
projetos e sua tomada de decisão.
Na administração financeira e orçamentária, notamos a necessidade de métodos e/
ou ferramentas que evidenciem, de forma prática e clara, a situação em que a entidade 
se encontra financeiramente. Vimos que as principais demonstrações evidenciam a 
realidade da empresa, no âmbito patrimonial, de resultado financeiro no curto prazo, 
mas o administrador financeiro, muitas vezes, encontra dificuldade de traduzir essas 
informações de forma lógica e organizada nos campos de atuação da área financeira 
e de orçamento. Dessa forma, este capítulo tem por objetivo elencar as principais 
metodologias que possam sanar essa questão.
A análise das demonstrações financeiras das empresas de qualquer ramo de 
atividade, geralmente, indica os pontos fracos e fortes do seu desempenho operacional 
e financeiro. A informação resultante da análise financeira das entidades utilizada 
para o desempenho financeiro e organizacional fornece os seguintes benefícios à 
organização:
1- Prevê como as decisões estratégicas ou a expansão das atividades econômicas 
de uma organização são capazes de afetar os desempenhos financeiros futuros;
2- Fornece maior visualização da saúde financeira e econômica da entidade;
3- Traça aspectos que deverão ser corrigidos para direcionar à meta de maximização 
de riqueza;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 49
4- Evidencia quais os fatores positivos e negativos que a organização apresenta.
Segundo Iudícibus (2017, p. 87), a análise das demonstrações financeiras das 
empresas, “de um lado, mais aponta problemas a serem investigados do que indica 
soluções; de outro, desde que convenientemente utilizada, pode transformar-se num 
poderoso ‘painel de controle’ da administração”. “Trata-se de um processo de meditação 
sobre os demonstrativos contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa 
em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros”, de acordo, 
ainda, com Padoveze (2015, p. 219).
As informações constantes das quatro demonstrações financeiras 
básicas são de grande importância para diversas partes interessadas 
que necessitam regularmente de medidas relativas ao desempenho 
da empresa. A palavra-chave aqui é relativa, pois a análise de 
demonstrações financeiras se baseia no uso de índices, ou 
valores relativos. A análise de índices envolve métodos de cálculo 
e interpretação de índices financeiros para analisar e monitorar o 
desempenho da empresa. Os insumos fundamentais para a análise 
de índices são a demonstração do resultado e o balanço patrimonial 
(GITMAN, 2010, p. 49).
Além das informações anteriores, a análise das demonstrações financeiras é uma 
técnica fundamental para o levantamento dos seguintes dados:
1- Desempenho financeiro e operacional das entidades;
2- Pontos fortes e fracos da liderança do setor financeiro;
3- Parâmetro para tomada de decisão;
4- Projeções futuras;
5- A situação financeira e econômica;
6- Ferramenta nas decisões estratégicas;
7- Ferramentapara decisão de expansão do negócio.
As demonstrações que vimos anteriormente — Balanço Patrimonial, Demonstração 
do Resultado do Exercício e Demonstração do Fluxo de Caixa — são analisadas, porém 
há enfoque maior no Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultado, pois é 
por meio deles que se evidencia a situação financeira da organização.
Uma técnica que veremos é a Análise Horizontal e Vertical.
Outra metodologia aplicável ao campo da análise diz respeito aos índices financeiros. 
Os índices consistem em ferramentas de comparação e investigação das relações 
entre diferentes informações financeiras elencadas. São:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 50
1- Liquidez = índices de solvência a curto prazo;
2- Endividamento = índices de solvência a longo prazo;
4- Análise Horizontal e Vertical;
3- Giro = índices de gestão de ativos;
4- Lucratividade = índice relacionado ao resultado econômico.
Neste capítulo, veremos: índice de liquidez e endividamento (solvência); no próximo 
capítulo, veremos sobre giro ou índice de atividades, análise horizontal e vertical e 
lucratividade. Outros índices, como rentabilidade, duplicatas a receber e gestão de 
estoque, serão analisados em maior profundidade nos capítulos seguintes.
Conforme afirma Iudícibus (2017), a técnica de análise financeira por quocientes 
é um dos mais importantes desenvolvimentos da contabilidade, pois é muito mais 
indicado comparar, digamos, o ativo com o passivo do que simplesmente analisar 
cada um dos elementos individualmente.
O uso dos quocientes tem como finalidade principal permitir ao analista extrair 
tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da 
análise é mais do que retratar o que aconteceu no passado; fornece algumas bases 
para inferir o que poderá acontecer no futuro.
A periodicidade da análise depende dos objetivos que se pretende alcançar. Tratando-
se de análise para finalidades externas, basicamente, um cálculo anual ou semestral 
é suficiente.
4.1 Análise de liquidez
Como vimos anteriormente, liquidez é a capacidade de um determinado ativo 
convergir em dinheiro. Fatores como tempo e perda de valores estão inclusos nessa 
análise.
O índice de liquidez evidencia, de forma objetiva, a capacidade da organização de 
pagar suas contas a curto prazo. Como sabemos, as bases de análise de gestão de 
pagamento de dívidas estão dispostas na estrutura do Balanço Patrimonial, mais 
especificamente na comparabilidade de ativo e passivo, ou seja, recursos e exigibilidades 
serão os dados para o cálculo de liquidez.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 51
ANOTE ISSO
LIQUIDEZ = CAPACIDADE DE CONVERSÃO EM DINHEIRO.
O índice de liquidez é interessante para a análise de credores a curto prazo. 
Como os administradores financeiros operam constantemente com bancos 
e outros fornecedores a curto prazo, é essencial que se compreenda e 
interprete esse índice.
Segundo Assaf Neto (2014), os indicadores de liquidez visam medir a 
capacidade de pagamento (folga financeira) de uma empresa, ou seja, sua 
habilidade em cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas.
Ainda, conforme Gitman (2010), como precursor comum de dificuldades 
financeiras é uma liquidez baixa ou em declínio, esses índices podem 
fornecer sinais antecipados de problemas de fluxo de caixa e insolvência do 
negócio.
Os seguintes índices são analisados:
1- Liquidez Corrente;
2- Liquidez Seca;
3- Liquidez Imediata;
4- Liquidez Geral.
ISTO ESTÁ NA REDE
No link a seguir, veja sobre a importância da liquidez para a saúde financeira 
das organizações, a partir do texto desenvolvido pela Endeavor.
Acesse: https://endeavor.org.br/financas/liquidez/?gclid=Cj0KCQjw9deiBhC1A
RIsAHLjR2B9GQG3EWzP35Mptuzi5LwFglcI8Fo6Xi86MG50Ftu1D3CgQLVlPtA
aAq9vEALw_wcB
https://endeavor.org.br/financas/liquidez/?gclid=Cj0KCQjw9deiBhC1ARIsAHLjR2B9GQG3EWzP35Mptuzi5LwFglcI8Fo6Xi86MG50Ftu1D3CgQLVlPtAaAq9vEALw_wcB
https://endeavor.org.br/financas/liquidez/?gclid=Cj0KCQjw9deiBhC1ARIsAHLjR2B9GQG3EWzP35Mptuzi5LwFglcI8Fo6Xi86MG50Ftu1D3CgQLVlPtAaAq9vEALw_wcB
https://endeavor.org.br/financas/liquidez/?gclid=Cj0KCQjw9deiBhC1ARIsAHLjR2B9GQG3EWzP35Mptuzi5LwFglcI8Fo6Xi86MG50Ftu1D3CgQLVlPtAaAq9vEALw_wcB
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 52
4.1.1 Liquidez Corrente
Título: Liquidez
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/anonimo-fundo-segundo-plano-experiencia-6802045/ 
Esse índice indica quanto uma determinada empresa tem de dinheiro para cada unidade 
monetária de obrigações de curto prazo. Portanto é uma medida a curto prazo, pois analisa 
as informações dentro do exercício social.
Como os ativos e passivos circulantes são convertidos em dinheiro dentro de 12 meses 
(1 ano), a liquidez corrente é a medida dessa liquidez. A unidade de medida é monetária, 
e sua análise deve seguir a estruturação a seguir:
Faixa de Avaliação
Até 1,00 - Liquidez corrente péssima.
De 1,10 a 1,40 - Liquidez corrente baixa.
De 1,40 até 1,70 - Liquidez corrente adequada.
Acima de 1,70 - Liquidez corrente excelente.
Esses são os parâmetros de análise.
Fórmula de cálculo:
ILC = Ativo Circulante/Passivo Circulante
A fórmula evidencia quanto a empresa possui para cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo.
Exemplo:
Ativo Circulante: R$ 10.000,00 
Passivo Circulante: R$ 5.000,00
Índice de Liquidez Corrente: 10.000/5.000 = 2
https://www.pexels.com/pt-br/foto/anonimo-fundo-segundo-plano-experiencia-6802045/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 53
Análise: Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a organização possui R$ 2,00 no 
ativo circulante para saldar a dívida de curto prazo.
Parâmetro para análise do resultado: Acima de 1,70 - Liquidez corrente excelente.
Dessa forma, evidencia-se que a empresa possui folga em sua liquidez corrente.
Vale ressaltar que quanto mais elevado o índice de liquidez corrente, melhor, pois isso 
denota liquidez, ou a capacidade de a gestão financeira pagar as contas de curto prazo. 
Além disso, é relevante para a análise também do credor, pois em uma análise dos credores, 
uma empresa que quita suas dívidas é uma organização que evidencia solidez e uma 
adequada gestão do negócio.
ANOTE ISSO
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE (ILC) = AC/PC = QUANTO MAIOR, MELHOR!
4.1.2 Liquidez Seca
Esse índice é conhecido também como Índice Ácido, o qual indica ao administrador 
financeiro se a organização consegue quitar suas dívidas de curto prazo sem a utilização 
do estoque, ou seja, esse índice de liquidez seca demonstra quanto uma determinada 
organização possui de bens e direitos mais rapidamente conversíveis em dinheiro para 
cada unidade monetária de obrigações de curto prazo.
O estoque usualmente considerado menos líquido do grupo do ativo circulante é o 
ativo para o qual os valores contábeis são menos confiáveis como medida de valor 
de mercado, pois deve ser avaliada a questão quantitativa e qualitativa, e a qualidade 
do estoque, muitas vezes, não é fato preponderante em sua mensuração. 
Eliminando-se os estoques do numerador, estamos eliminando uma 
fonte de incerteza. Por outro lado, estamos eliminando influências 
e distorções que a adoção desse ou daquele critério de avaliação 
de estoques poderia acarretar, principalmente se os critérios foram 
mudados ao longo dos períodos (MARION; RIBEIRO, 2018, p. 171).
Segue a fórmula:
ILS = Ativo Circulante (-) Estoques / Passivo Circulante
A fórmula evidencia quanto a empresa possui para cada R$ 1,00 de dívida a curto 
prazo, sem a utilização do estoque.
Exemplo:
1- Ativo Circulante: R$ 10.000,00
2- Estoque: R$ 5.000,00
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 54
3- Passivo Circulante: R$ 5.000,00
Índice de Liquidez Seca: 10.000 (-) 5.000,00 / 5.000,00 = 1
Análise: Paracada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a organização possui R$ 1,00 
no ativo circulante sem o estoque para saldar a dívida de curto prazo.
Parâmetro para análise do resultado: Até 1,00 - Liquidez corrente péssima.
Levando-se em conta que, para poder operar, a empresa necessita do estoque, nesse 
caso, é preocupante, pois a empresa possui “par a par”, ou seja, sem o estoque, ela quita 
sua dívida de curto prazo, porém não há um valor para sustentação, reinvestimento 
ou qualquer decisão estratégica.
Este índice é um teste de força aplicado à empresa; visa medir o grau 
de excelência da sua situação financeira. [...] O índice de Liquidez 
Seca conjugado com o índice de Liquidez Corrente é um reforço à 
conclusão de que a empresa é uma “atleta de liquidez” (MATARAZZO, 
2010, p. 108).
ANOTE ISSO
ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA (ILS) = AC(-) ESTOQUE/PC = QUANTO MAIOR, MELHOR!
4.1.3 Liquidez Imediata
Esse índice indica quanto uma determinada empresa tem de dinheiro disponível 
para cada unidade monetária de obrigações de curto prazo.
Algumas literaturas não utilizam esse índice devido a questões relacionadas a certas 
situações específicas, como inflação, pois o comparativo entre um valor imediato 
como o caixa em comparação com o total de passivos circulantes que possuem um 
diferencial muito grande com respeito à data de vencimentos não é uma análise tão 
interessante de fazer, mas como faz parte do escopo da análise das demonstrações 
financeiras, está incluso neste livro.
Fórmula para o cálculo:
ILI = Disponível / Passivo Circulante
A fórmula evidencia quanto a empresa possui para cada R$ 1,00 de dívida a curto 
prazo, utilizando recursos imediatamente disponíveis, como o caixa, banco e aplicações 
financeiras de liquidez imediata.
Exemplo:
1- Disponibilidades: R$ 2.500,00 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 55
2- Passivo Circulante: R$ 5.000,00
Índice de Liquidez Imediata: 2.500 / 5.000 = 0,50
Análise: Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a organização possui R$ 0,50 
de disponibilidades para saldar a dívida de curto prazo.
Parâmetro para análise do resultado: Até 1,00 - Liquidez corrente péssima.
ANOTE ISSO
ILI = DISPONÍVEL/PASSIVO CIRCULANTE = QUANTO MAIOR, MELHOR!
4.1.4 Liquidez Geral
Esse índice indica quanto uma determinada empresa tem de dinheiro disponível 
para cada unidade monetária de obrigações de curto e longo prazo.
Os índices de liquidez corrente, seca e imediata trabalham com a exigibilidade de 
curto prazo. Na liquidez geral, o administrador financeiro consegue visualizar também 
o passivo no longo prazo, diluindo a seguinte questão: no curto e longo prazo, quanto 
a empresa possui de ativos para cobrir suas dívidas totais?
Segundo Assaf Neto (2014), esse indicador retrata a saúde financeira da empresa 
a longo prazo. 
Fórmula para o cálculo da Liquidez Geral:
ILG = Ativo Circulante + RLP / Passivo Circulante + ELP
A fórmula evidencia quanto a empresa possui para cada R$ 1,00 de dívida a curto 
prazo e longo prazo.
Exemplo:
1- Ativo circulante + RLP: R$ 2.500,00 
2- Passivo Circulante + ELP: R$ 5.000,00
Índice de Liquidez Geral: 2.500 / 5.000 = 0,50
Análise: Para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, a organização possui R$ 0,50 
de ativo curto prazo e realizável a longo prazo para saldar a dívida.
Parâmetro para análise do resultado: Até 1,00 - Liquidez corrente péssima.
A utilização desses quociente é válida, porém é importante ressaltar que devido ao 
pouco uso de amostragem, à quantificação das contas abordadas e à proporção entre 
si, muitas vezes, pode ser necessário usar de critério, pois se há grandes valores a 
receber no longo prazo, isso pode afetar a análise do curto prazo. O contrário também 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 56
se aplica: se há um peso maior no curto prazo, isso pode afetar a análise do longo 
prazo.
Como nos fala Hoji (2012, p. 284), “Mas se a empresa apresentar problema financeiro 
no curto prazo, o índice ‘bom’ do longo prazo não será válido. O principal problema [...] 
é que diversos valores correntes de diferentes datas se misturam”.
Ainda, de acordo com Iudícibus (2017), se não contarmos com grandes aplicações em 
valores a receber de longo prazo, a posição de liquidez no longo prazo fica comprometida.
ANOTE ISSO
ILG = ATIVO CIRC. + RLP/PASSIVO CIRC. = QUANTO MAIOR, MELHOR!
Em suma, cabe ao administrador financeiro utilizar os quocientes listados 
anteriormente, porém a análise das demonstrações contábeis traz em seu estudo 
outras metodologias que, somadas, serão mais adequadas à sua aplicabilidade.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
O link a seguir apresenta um artigo sobre a aplicação de liquidez nas companhias 
aéreas TAM e Gol. 
Acesse: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/risco-de-
liquidez.
4.2 Análise de Endividamento (Solvência de Longo Prazo)
O Índice de Endividamento, também conhecido como Índice de Solvência de Longo 
Prazo, tem por objetivo mensurar a capacidade das entidades para saldar suas 
obrigações de longo prazo. 
Essa ferramenta relaciona as várias fontes de fundos entre si, 
procurando retratar a posição do capital próprio em relação ao capital 
de terceiros. São índices de muita importância, pois indicam a relação 
de dependência da empresa com a utilização de capital de terceiros 
(IUDÍCIBUS, 2017, p. 104).
Parafraseando Gitman (2010), quanto maior o endividamento, maior o risco de 
a entidade honrar com os pagamentos contratuais. Dessa forma, a situação de 
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/risco-de-liquidez
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/risco-de-liquidez
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 57
endividamento de uma empresa indica o volume de dinheiro de terceiros usado para 
gerar lucros. Assim, o administrador financeiro estará mais preocupado com as dívidas 
de longo prazo.
Usualmente, quando se fala em dívidas, há um certo receio, principalmente em 
empresas micro e pequenas, nas quais o sócio é detentor do conhecimento e possui o 
papel principal na tomada de decisão. É interessante ressaltar, porém, que o processo de 
formar dívidas é comumente difundido entre as empresas e é positivo às organizações 
que as administram corretamente, por isso a importância desse índice, que auxilia na 
gestão das dívidas de longo prazo.
Os Índices de Endividamento são:
1- Quociente de Capital de Terceiros x Capital Próprio: relação do Passivo com o 
Patrimônio Líquido;
2- Quociente de Composição do Passivo: participação do exigível a curto prazo 
sobre o exigível total;
3- Endividamento Geral: participação de capitais de terceiros sobre os recursos totais.
A análise desses quocientes tem como parâmetro a medida em percentual. Dessa 
forma, seguem os dados:
De 0 até 30% = endividamento nulo
De 30% até 50% = endividamento baixo
De 50% até 70% = endividamento normal
Acima de 70% = endividamento elevado
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja, no vídeo do Sebrae Talks, dicas sobre a gestão financeira das dívidas. 
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=3srmTcx-Q00.
4.2.1 Quociente de Capital de Terceiros x Capital Próprio: relação do Passivo 
com o Patrimônio Líquido
Conforme vimos anteriormente, o capital próprio representa os fundos originados 
de valores aplicados pelos sócios e/ou acionistas. Dessa forma, a entidade deverá 
cumprir com esses recursos introduzidos.
Capital Próprio = Patrimônio Líquido
https://www.youtube.com/watch?v=3srmTcx-Q00
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 58
Capitais de terceiros são recursos financeiros advindos das contas que fazem 
parte do passivo, como empréstimos levantados na rede bancária, financiamentos, 
fornecedores etc.
Capital de Terceiros = Passivo
Esse quociente evidencia a dependência de recursos de terceiros em comparação 
à utilizaçãode recursos próprios. De modo geral, se o quociente manter-se acima de 
1 por longos exercícios sociais, mostra que o administrador financeiro tem que se 
atentar, devido a essa dependência.
Fórmula para o cálculo do Quociente de Relação Passivo e PL:
Relação Passivo/PL = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante / Patrimônio 
Líquido
A fórmula evidencia quanto a empresa possui de dívidas de longo prazo.
Exemplo:
1- Passivo Circulante + Passivo Não Circulante: R$ 1.000.000,00
2- Patrimônio Líquido: R$ 700.000,00
Índice de Relação Passivo/PL: 1.000.000/ 700.000 = 1,43
Análise por índice: acima de 1 = dependência de capital de terceiros.
Análise em percentual: o índice multiplicado por cem = acima de 100% mostra 
dependência de capital de terceiros.
Parâmetro para análise do resultado: acima de 70% = endividamento elevado.
Interpretação: é preocupante, pois a participação do capital de terceiros se sobrepõe 
aos fundos de recursos próprios.
De acordo com Assaf Neto (2014), a relação indica, para cada uma das formas 
de cálculo, quanto a empresa possui de recursos de terceiros (a curto prazo, a longo 
prazo ou total) para cada unidade monetária aplicada de capital próprio.
ANOTE ISSO
ÍNDICE DE RELAÇÃO EXIGÍVEL/PL =
= PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO NÃO CIRCULANTE / PL
4.2.2 Quociente de Composição do Passivo: participação do exigível a curto prazo 
sobre o exigível total
Conforme vimos anteriormente, o capital de terceiros representa os fundos originados 
de valores aplicados pela captação de recursos fora da organização, como bancos, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 59
fornecedores etc. “Esse quociente revela qual a proporção existente entre as obrigações 
de curto prazo e as obrigações totais, isto é, quanto a empresa terá de pagar em curto 
prazo para cada real do total das obrigações existentes” (MARION; RIBEIRO, 2018, p. 
164).
O quociente em questão levanta alguns pontos a respeito da utilização de dívidas 
no curto prazo em relação ao longo prazo. No conceito financeiro, é interessante 
uma administração adequada quanto à captação desses recursos de curto prazo, 
pois a ideia usual é a de que as dívidas de longo prazo são mais interessantes para 
a organização devido ao “respiro financeiro”, ou seja, o longo prazo auxilia no giro do 
curto prazo, não afetando diretamente o caixa, por exemplo.
Ainda, é importante que a entidade avalie bem a obtenção de fundos no longo prazo 
no sentido da rentabilidade dessa captação, pois se está direcionada à expansão ou 
a um projeto novo, talvez tenha impacto direto na gestão financeira. Devido a esses 
fatores, existe esse quociente e tantos outros, para que o tomador de decisão se 
conscientize.
Fórmula para o cálculo do Quociente de Exigível a Curto Prazo/Longo Prazo:
Composição Passivo = Passivo Circulante / Exigível Total
A fórmula evidencia quanto a empresa possui de dívidas de curto prazo em relação 
ao longo prazo.
Exemplo:
1- Passivo Circulante: R$ 1.000.000,00
2- Exigível total: R$ 700.000,00
Índice de Composição Passivo: 1.000.000/ 700.000 = 1,43
Análise por índice: acima de 1 = dependência de capital de terceiros.
Análise em percentual: o índice multiplicado por cem = acima de 100% representa 
dependência de capital de terceiros.
Parâmetro para análise do resultado: acima de 70% = endividamento elevado.
Interpretação: é preocupante, pois a participação do capital de terceiros se sobrepõe 
aos fundos de recursos próprios.
ANOTE ISSO
ÍNDICE DE COMPOSIÇÃO DO PASSIVO = PASSIVO CIRCULANTE / EXIGÍVEL
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 60
4.2.3 Endividamento geral: participação de capitais de terceiros sobre os recursos 
totais
Conforme vimos anteriormente, o capital de terceiros é o fundo captado junto a 
entidades terceiras ao contrato social, ou seja, não faz parte da administração da 
empresa. Exemplos: rede bancária, fornecedores etc.
O Índice de Endividamento Geral que o endividamento representa sobre os fundos 
totais, além disso, significa qual a participação do ativo total financiado com os fundos 
de capital de terceiros.
Segundo Gitman (2010, p. 54), “o índice de endividamento geral mede a proporção 
do ativo total financiado pelos credores da empresa”.
Fórmula para o cálculo do Índice de Endividamento Geral:
Endividamento Geral = Exigível Total / Ativo Total
Exemplo:
1- Exigível total (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante): R$ 1.000.000,00
2- Ativo Total: R$ 700.000,00
Índice de Composição Passivo: 700.000/1.000.000 = 0,70
Análise em percentual: o índice multiplicado por cem = acima de 100% representa 
dependência de capital de terceiros
Parâmetro para análise do resultado: acima de 70% = endividamento elevado.
Interpretação: é preocupante, pois grande parte dos recursos (ativos) está sendo 
financiada por capital de terceiros. Quanto maior esse índice, consequentemente, 
maiores serão as dívidas da organização e a alavancagem financeira, que será estudada 
posteriormente.
ANOTE ISSO
ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO GERAL = 
= PASSIVO CIRCULANTE + PASSIVO NÃO CIRCULANTE / ATIVO TOTAL
Os Índices de Endividamento e Liquidez, se utilizados em conjunto na análise, 
poderão trazer informações relevantes. O papel de cada índice e sua especificidade 
em complemento com outros índices são necessários para uma visão macro da análise 
das demonstrações financeiras.
Querido(a) aluno(a), não se esqueça de que a soma dos vários índices e os conteúdos 
que serão abordados posteriormente, que fazem parte do “todo” da nossa disciplina, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 61
são fundamentais. Dessa forma, necessitamos aprender sobre as outras metodologias 
de análise, que seguem nos próximos capítulos.
“Por fim, mesmo quando a interpretação dos quocientes que revelam o grau de 
endividamento evidenciar tendência de desequilíbrio financeiro, para saber se a empresa 
se encontra ou não em situação de insolvência, será preciso interpretar os Quocientes 
de Liquidez” (MARION; RIBEIRO, 2018, p. 166).
Além disso, conforme afirma Matarazzo (2010), nunca deve ser esquecida a 
importância atribuída a cada índice pelos analistas de grande experiência em análise 
de empresas.
ISTO ESTÁ NA REDE
Prezado(a) aluno(a), leia, no link a seguir, o artigo da empresa Suno Consultoria 
sobre a importância da aplicabilidade do índice de endividamento. Acesse: https://
www.suno.com.br/artigos/indice-de-endividamento-geral/.
FÓRMULAS - ÍNDICES DE LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO
LIQUIDEZ
1- LIQUIDEZ CORRENTE AC ÷ PC Quanto maior, melhor.
2- LIQUIDEZ SECA AC - ESTOQUE ÷ PC Quanto maior, melhor.
3- LIQUIDEZ IMEDIATA DISPONÍVEL ÷ PC Quanto maior, melhor.
4- LIQUIDEZ GERAL RLP + AC ÷ ELP + PC Quanto maior, melhor.
ENDIVIDAMENTO *Solvência
1- RELAÇÃO ENTRE PASSIVO E 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)
PASSIVO TOTAL ÷ PL Quanto menor, melhor.
2- COMPOSIÇÃO DO PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE ÷ 
PASSIVO TOTAL
Quanto menor, melhor.
3- ENDIVIDAMENTO GERAL
PASSIVO TOTAL ÷ ATIVO 
TOTAL
Quanto menor, melhor.
Título: Fórmulas - índice de liquidez e endividamento
Fonte: adaptada de Iudícibus (2017).
https://www.suno.com.br/artigos/indice-de-endividamento-geral/
https://www.suno.com.br/artigos/indice-de-endividamento-geral/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 62
CAPÍTULO 5
ANÁLISE HORIZONTAL/
VERTICAL E LUCRATIVIDADE
Olá, aluno(a)! Devido à grande demanda do setor financeiro, é natural que, ao 
desenvolvermos a análise dos relatórios financeiros e contábeis que já conhecemos 
(Balanço Patrimonial e DRE), existam vários aspectos a serem levantados.
A análise das demonstrações financeiras é necessária para a verificação periódica 
da situação da saúde econômica e financeira das entidades. Dessa forma, são muitos 
os aspectos a serem levados em conta. O administrador financeiro tem a funçãode 
possuir uma visão macro da administração financeira e orçamentária. Para isso, a 
literatura nos fornece mecanismos que auxiliam de forma objetiva e clara.
Caro(a) aluno(a), nós vimos a relevância de dois índices ou quocientes que 
trazem informações sobre a situação de liquidez e endividamento. Por meio dessas 
metodologias, podemos responder a algumas questões do rol de questionamentos 
a serem feitos pelo administrador financeiro: A organização paga suas dívidas no 
curto e longo prazo? E de que forma paga? Qual o impacto dos empréstimos e dos 
financiamentos bancários em relação à fonte aportada pelos sócios/acionistas?
É com a utilização dos quocientes de liquidez e endividamento que conseguimos, 
caro(a) aluno(a), responder a essas questões.
Agora, vamos analisar duas metodologias relevantes para a posição financeira 
da entidade. Ambos os índices a serem analisados serão aprofundados em outros 
capítulos, para somarem à carga de conhecimento necessária dos aspectos por vir.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 63
Título: Análise horizontal e vertical
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/brainstorming-business-working-report-concept-547290181
Neste capítulo, as metodologias a serem abordadas inicialmente serão as técnicas de 
análise horizontal e análise vertical; posteriormente, veremos o índice de lucratividade.
5.1 Análise horizontal e vertical
O estudo da análise por meio da horizontalidade tem por objetivo tomar os valores 
monetários e as contas alocadas nas demonstrações financeiras de forma a apresentar 
uma lógica de clareza e objetividade na comparabilidade entre exercícios sociais, ou 
seja, ano a ano. 
Usualmente, as empresas, quando utilizam essa metodologia, realizam a análise de 
três exercícios sociais (anos) antes. Dessa forma, há uma decomposição de elementos 
das demonstrações analisadas para melhor visualização.
Um fator no processo decisório que é levado em conta na construção de relatórios 
financeiros é o “tempo”. Assim, a análise horizontal nada mais é do que uma visualização 
de cada conta de anos anteriores para elencar e evidenciar se houve evolução ou 
retrocesso da conta em específico
5.1.1 Análise horizontal
Marion e Ribeiro (2018) deixam claro que esse tipo de análise possibilita o 
acompanhamento do desempenho de cada uma das contas que compõem a 
demonstração em questão, ressaltando as tendências em cada uma delas, sejam de 
evolução ou de retração.
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/brainstorming-business-working-report-concept-547290181
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 64
Ainda, conforme Matarazzo (2010), verificamos que a análise horizontal baseia-se 
na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação 
à demonstração anterior.
O objetivo da análise horizontal é fornecer informações úteis da situação financeira 
no âmbito patrimonial e de resultado para o administrador financeiro.
ANÁLISE HORIZONTAL = Analisa períodos (ano a ano).
ANOTE ISSO
Segue a fórmula:
AH = 
Exemplo:
1- Conta analisada: caixa;
2- Caixa ANO 20X1 - R$ 100.000;
3- Caixa ANO 20X2 - R$ 90.000,00.
Cálculo:
= Valor 20x2 / Valor 20x1
= 90.000 / 100.000
= 0,9
= 0,90 (-) 1 (x) 100 = 90
Ou seja, nota-se que no ano 20x1, que é base de análise (100%), a conta caixa 
diminuiu para 90%.
Para conferirmos qual o percentual de aumento, façamos o seguinte cálculo:
90 / 100 (-) 1 x 100 = 10% de diminuição em 20x2 em relação a 20x1.
ATIVO CIRC ANO 20x1 AH ANO 20x2 AH
Caixa 100.000 100 90.000 90
Segue outro exemplo de análise de forma horizontal:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 65
ANO BASE
ATIVO 20X1 AH 20X2 AH
ATIVO 
CIRCULANTE
R$ 139.805,00 100 R$ 161.225,00 15,32
Investimento R$ 20.000,00 100 R$ 20.000,00 100
Imobilizado R$ 101.250,00 100 R$ 125.975,00 24
Intangível R$ 18.555,00 100 R$ 15.250,00 -17
Tabela 2 – Análise horizontal (exemplo)
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
Cálculos:
1- Ativo Circulante: 20x1 R$ 139.805,00 e 20x2 R$ 161.225,00
= Valor 20x2 / Valor 20x1
= 161.225 / 139.805 = 1,1532 (-) 1 (x) 100 = 15,32
Ou seja, nota-se que no ano 20x1, que é base de análise (100%), houve uma evolução 
de cerca de 15% sobre o ano anterior.
2- Investimento: 20x1 R$ 20.000,00 e 20x2 R$ 20.000,00
= Valor 20x2 / Valor 20x1
= 20.000 / 20.000 = 1 (-) 1 (x) 100 = 0
Ou seja, nota-se que o ano 20x1, que é base de análise (100%), manteve-se sem 
alteração.
3- Imobilizado: 20x1 R$ 101.250,00 e 20x2 R$ 125.975,00
= Valor 20x2 / Valor 20x1
= 125.975 / 101.250 = 1,244 (-) 1 (x) 100 = 24,42
Ou seja, nota-se que o ano 20x1, que é base de análise (100%), evoluiu em torno 
de 25% sobre o ano anterior.
4- Intangível: 20x1 R$ 18.555,00 e 20x2 R$ 15.250,00
= Valor 20x2 / Valor 20x1
= 15.250 / 18.555 = 0,8218 (-) 1 (x) 100 = - 17,81
Ou seja, nota-se que o ano 20x1, que é base de análise (100%), diminuiu em torno 
de 18% sobre o ano anterior.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 66
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja, no link a seguir, o artigo sobre a aplicabilidade das análises horizontal e vertical 
no mercado financeiro e de capitais voltados para a tomada de decisão na área de 
investimento, da Warren Magazine. 
Acesse: https://warren.com.br/magazine/analise-vertical/.
5.1.2 Análise vertical
O estudo da análise por meio da verticalidade tem por objetivo tomar os valores 
monetários e as contas alocadas nas demonstrações financeiras de forma a apresentar 
uma lógica de clareza e objetividade na comparabilidade de cada conta em relação 
a seu grupo.
Para a realização do cálculo do Balanço Patrimonial, analisamos cada conta em 
relação ao Ativo Total/Passivo Total.
Para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), analisamos cada conta em 
relação à Receita Operacional Líquida.
Para a realização do cálculo das contas do Balanço Patrimonial, deve-se dividir o 
valor de cada conta pelo valor total do ativo ou do passivo, lembrando que o ativo/
passivo é igual a 100%.
No Balanço Patrimonial =
AV = CONTA ANALISADA / VALOR ATIVO/PASSIVO (X) 100
Na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) =
AV = CONTA ANALISADA / VALOR DA ROL (X) 100
Na análise, é levantado o percentual de participação da conta no grupo em que 
está inserido em relação ao total do grupo — total do ativo, total do passivo e Receita 
Operacional Líquida (ROL) para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
A análise vertical da demonstração de resultados é muito mais 
significativa que a do balanço patrimonial, pois, pelo fato de atribuir 
100% à receita operacional, permite uma visão da estrutura de 
custos e despesas da empresa, em termos de média sobre venda 
(PADOVEZE, 2015, p. 220).
https://warren.com.br/magazine/analise-vertical/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 67
Ainda, conforme Hoji (2012), a análise vertical facilita a avaliação da estrutura 
do ativo e do passivo, bem como a participação de cada item da Demonstração de 
Resultado na formação do lucro e prejuízo.
Para complementar, com base em Iudícibus (2017), esse tipo de análise é importante 
para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo, pois se a 
análise horizontal permite uma visualização de cada conta ano a ano, a análise vertical 
vai além, já que evidencia a participação pelo total do grupo.
Portanto:
ANOTE ISSO
ANÁLISE VERTICAL = Analisa a participação da conta no seu grupo respectivo.
Seguem as fórmulas:
AV = 
AV = 
Exemplo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ANO 20X1
1- Conta analisada: caixa;
2- Caixa ANO 20X1 - R$ 100.000;
3- Ativo ANO 20X1 - R$ 1.350.000,00
AV = CONTA ANALISADA/ATIVO TOTAL X 100
AV = 100.000 / 1.350.000 X100 = 7,41%
Ou seja, nota-se que a participação da conta caixa (liquidez) em relação ao total 
dos recursos(Ativo Total) representa em torno de 8%.
ANO 20X1
1- Conta analisada: caixa;
2- Caixa ANO 20X2 - R$ 90.000;
3- Ativo ANO 20X2 - R$ 1.350.000,00
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 68
AV = CONTA ANALISADA/ATIVO TOTAL X 100
AV = 90.000 / 1.350.000 X100 = 6,66%
Ou seja, nota-se que a participação da conta caixa (liquidez) em relação ao total 
dos recursos (Ativo Total) representa em torno de 7%.
ATIVO ANO 20x1 AV ANO 20X1 AV
Caixa 100.000 7,41% 90.000 6,66%
TOTAL ATIVO 1.350.000 100% 1.350.000 100%
Tabela 3 – Análise vertical (exemplo)
Fonte: adaptado de HOJI (2012).
ANOTE ISSO
ANÁLISE HORIZONTAL
AH = CONTA ANO ATUAL / CONTA ANO ANTERIOR 1 - X100
ANÁLISE VERTICAL
AV = CONTA / GRUPO DE CONTAS (ATIVO/PASSIVO/ROL) X100
5.2 Índice de lucratividade
Título: Lucratividade
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/o-neg%C3%B3cio-trabalhando-escrit%C3%B3rio-6608336/
Prezado(a) aluno(a), até o momento, aprendemos sobre alguns índices relevantes 
para levantar a saúde financeira de uma entidade. Vimos, também, uma das ferramentas 
mais utilizadas e eficientes da análise das demonstrações financeiras: a análise 
https://pixabay.com/pt/illustrations/o-neg%C3%B3cio-trabalhando-escrit%C3%B3rio-6608336/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 69
horizontal e vertical. Veremos outros índices relevantes (rentabilidade e índice de 
atividades) no próximo capítulo.
O índice de lucratividade, muitas vezes, não é especificado pela literatura voltada à 
análise da demonstração financeira, mas sim pela literatura voltada à contabilidade 
e à gestão de custos.
Em geral, o leigo no segmento financeiro não tem conhecimento da distinção entre 
rentabilidade e lucratividade. Dessa forma, é um fato que o empresariado, principalmente 
no Brasil, confunda essas áreas do conhecimento da administração financeira e 
orçamentária.
Rentabilidade, que será estudada em profundidade nos próximos capítulos, é o 
retorno sobre o capital investido pelos sócios/acionistas, normalmente definida em 
valores percentuais. Por exemplo, um investidor fez aporte a determinada empresa no 
valor de R$ 500.000,00 com a intenção de uma rentabilidade de 18% sobre o capital 
investido.
Perceba, caro(a) aluno(a), que a rentabilidade definida pelo investidor é em percentual, 
e nesse caso específico, ele definiu que a taxa mínima de atratividade é de 18%, 
portanto, retorno sobre o valor investido.
No caso, o lucro ou a lucratividade é o objetivo de todo empresário que pretende 
empreender. O lucro, basicamente, é o resultado da venda bruta subtraída das despesas 
e dos custos. Trata-se de um fator determinante da saúde financeira da empresa, 
porém não é o único. Como vimos até agora, são muitos os aspectos que definem a 
saúde financeira e econômica da organização, por isso estudaremos a lucratividade 
e também a rentabilidade.
ANOTE ISSO
DIFERENÇA ENTRE LUCRATIVIDADE E RENTABILIDADE:
LUCRATIVIDADE = Resultado da venda bruta subtraída dos custos e das despesas. 
O resultado é em valor monetário;
RENTABILIDADE = Retorno exigido em contrapartida de determinado valor injetado. 
Valor apresentado em percentual.
O índice de lucratividade é fundamental para a empresa, pois tem por objetivo 
exatamente aquilo que o investidor ou sócio/acionista busca atingir.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 70
Sua análise recai diretamente sobre as vendas brutas, ou seja, esse índice evidencia 
se o investidor está tendo resultado positivo sobre suas vendas brutas.
Fórmula:
LUCRATIVIDADE = Lucro Líquido / ROB x100
*ROB: Receita Operacional Bruta (Venda Bruta)
O seu resultado evidencia para cada R$ 1,00 quanto ele ganha em resultado.
Exemplo:
Determinada empresa obteve no exercício social 20x1, em sua Demonstração do 
Resultado do Exercício, os seguintes valores:
ROB = R$ 4.500.000,00
LUCRO LÍQUIDO = R$ 200.000,00
Cálculo:
LUCRATIVIDADE = Lucro Líquido/ROB x 100
LUCRATIVIDADE = 200.000/4.500.000 x 100
LUCRATIVIDADE = 4,44
Análise: nota-se que para cada R$ 1,00 que a empresa vende, ela ganha uma margem 
de 4,44.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Veja a seguir a transcrição da conclusão, elencada por Nogueira e Silva (2019), 
sobre “Um estudo de caso com análise vertical e horizontal das demonstrações 
contábeis do Banco do Brasil S/A nos períodos de 2017 e 2018”.
CONCLUSÃO
Os resultados adquiridos a partir da confecção deste projeto visam o suporte à 
contabilidade gerencial, e também permitiu verificar por meio das Análises Vertical e 
Horizontal as variações que incidiram sobre o Banco do Brasil S/A, durante os períodos 
de 2017 e 2018.
De acordo com as resoluções da análise vertical, o lucro líquido apresentou um 
aumento em seu percentual, foi de 8,35% e atingiu 12,55% em 2018; já horizontalmente 
ele cresceu 22,90%, tendo como base o período de 2017, isto confirma a alavancagem 
da empresa que tende a continuar progredindo.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 71
O Banco do Brasil S/A é uma empresa que está sempre buscando crescimento, e 
maneiras de manter a continuidade de suas atividades, que no decorrer dos anos se 
mostram promissoras, desta forma analisar as atividades financeiras desenvolvidas 
pela mesma é uma maneira de projetar mudanças e confirmar táticas que de alguma 
maneira beneficiarão a empresa. As análises realizadas nas demonstrações contábeis 
contemplam vários aspectos importantes, além de funcionar como uma ferramenta 
de controle ela auxilia no processo decisório e ajuda na avaliação dos efeitos em 
diferentes momentos.
Conclui-se que os métodos de análise vertical e horizontal revelam-se eficientes 
para traduzir números em elementos importantes e adequados para definir a saúde 
empresarial da entidade, sendo assim uma forma de auxílio para a gestão, investidores 
e outros usuários.
Fonte: Nogueira e Da Silva (2019, p. 24).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 72
CAPÍTULO 6
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS II - ÍNDICE DE 
ATIVIDADES/PRAZO MÉDIO E 
RENTABILIDADE
Caro(a) aluno(a), as metodologias aplicáveis para o levantamento da saúde financeira 
de determinada organização são necessárias e fornecem uma visão estruturada e 
organizada da realidade da entidade, pois em uma situação contrária — ao analisar as 
demonstrações financeiras de forma menos estruturada e metódica, ou seja, apenas 
levantando dados e olhando de forma analítica —, a demanda de tempo seria superior, 
além de ser uma tarefa que demandaria uma equipe maior e uma visão aquém das 
teorias financeiras.
É com a utilização desses quocientes verificados até agora que conseguimos 
analisar o desempenho financeiro, a análise da gestão de curto (caixa) e longo prazo 
(solvência), as evoluções ou o crescimento e o enfoque dado a cada movimentação 
das contas apresentadas no ativo, passivo e resultado.
A análise de balanços é considerada uma arte, apesar de utilizar 
fórmulas matemáticas e métodos científicos para extrair dados, 
pois, dependendo do grau de conhecimento teórico, conhecimento 
do ramo, experiência prática, sensibilidade e intuição, cada analista 
poderá produzir diagnósticos diferentes a partir de um mesmo 
conjunto de dados (HOJI, 2012, p. 272).
Para relembrarmos, os quocientes que vimos até agora são:
1- Índice de Liquidez = evidencia se a entidade honra seus pagamentos de curto 
prazo;
2- Endividamento (solvência) = evidencia se a entidade honra seus pagamentos 
no longo prazo;
3- Análise Horizontal = evidencia a evolução ano a ano das contas dos grupos do 
ativo, passivo e de resultado;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 73
4- Análise Vertical = evidencia a participação de cada conta em relação ao seu 
grupo (ativo, passivoe receita operacional líquida);
5- Lucratividade = evidencia a margem que a entidade possui em relação ao seu 
faturamento.
Neste capítulo, vamos aprender sobre dois índices relevantes da administração 
financeira e orçamentária.
São eles:
1- Índice de prazos médios;
2- Índice de rentabilidade.
O índice de prazo médio também é conhecido como índice de atividades e índice 
de rotatividade. 
No caso do índice de rentabilidade, veremos as fórmulas, porém, posteriormente, 
vamos retomar em profundidade o tema sobre o retorno na decisão de investimento.
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja, no link a seguir, o vídeo do Professor José Carlos Marion sobre 
o levantamento da situação financeira das organizações e como as 
demonstrações financeiras podem ajudar.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=vUtWYY_
Mdw4&list=RDCMUCucbLdf3RPhhgEh60Ot8cmg&index=15.
6.1 Índice de prazos médios 
Título: Lucratividade
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/nota-titulo-cedula-despesas-6289070/ 
https://www.youtube.com/watch?v=vUtWYY_Mdw4&list=RDCMUCucbLdf3RPhhgEh60Ot8cmg&index=15
https://www.youtube.com/watch?v=vUtWYY_Mdw4&list=RDCMUCucbLdf3RPhhgEh60Ot8cmg&index=15
https://www.pexels.com/pt-br/foto/nota-titulo-cedula-despesas-6289070/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 74
O índice de rotatividade mede o desempenho da empresa em utilizar seus ativos. 
Em específico, essa análise recai sobre:
1- Estoque;
2- Contas a pagar;
3- Contas a receber. 
O estoque é um ativo que necessita de um olhar diferenciado, pois há um impacto 
direto dele na gestão financeira. O enfoque é entender a eficiência aplicada pela empresa 
com a qual esta usa seus ativos para gerar vendas.
É uma análise conjuntural que utiliza contas da posição patrimonial (Balanço 
Patrimonial) e contas de resultado (DRE).
A importância de tais quocientes consiste em expressar 
relacionamentos dinâmicos - daí a denominação de quocientes 
de atividade (rotatividade) - que acabam, direta ou indiretamente, 
influindo bastante na posição de liquidez e rentabilidade (veremos 
posteriormente) (IUDÍCIBUS, 2017, p. 113).
 Conforme Marion e Ribeiro (2018), esses quocientes expressam a velocidade com 
que determinados elementos patrimoniais se renovam durante certo período.
Os índices que serão elencados são:
1- Prazo Médio de Recebimento de Venda;
2- Prazo Médio de Pagamento;
3- Prazo Médio de Estocagem.
6.1.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas/Cobrança 
O Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) traz em sua fórmula a receita 
operacional bruta e as duplicatas a receber.
Esse índice mede o tempo, em média, que uma organização demora para receber 
o total de suas vendas. Usualmente, o administrador financeiro realiza este cálculo 
para chegar na média da rotatividade em dias.
Segue a fórmula:
PMRV = VALORES A RECEBER / ROB x 360
Exemplo: 
Determinada empresa apresentou em seu Balanço Patrimonial e na Demonstração 
de Resultado os seguintes valores:
1- Receita Operacional Bruta (ROB) = R$ 360.000,00
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 75
2- Valores a Receber (Ativo Circulante) = R$ 30.000,00
PMRV = VALORES A RECEBER / ROB x 360
PMRV = 30.000 / 360.000 x 360 = 
= 0,0833 x 360 
= 29,99
Aproximação = 30 dias
Resultado: em média, o recebimento das vendas é de 30 dias.
Para podermos analisar a rotação ou o giro durante o ano, ou seja, quantas vezes 
durante o exercício social analisado os valores a receber são renovados, temos:
Giro Valores a Receber = 360 dias / PMRV
Giro VR = 360 / 30 = 12 vezes
Resultado para a análise: os valores a receber são renovados doze (12) vezes ao 
ano, e o prazo médio de rotatividade do recebimento de vendas é de 30 dias.
Neste capítulo, vamos nos concentrar em conhecer o índice e sua fórmula. Quanto 
à análise mais aprofundada, será utilizada no capítulo 8. 
De acordo com Gitman (2010), o prazo médio de recebimento é útil para avaliar as 
políticas de crédito e cobrança. Esse índice é fundamental para manter uma correta 
administração, principalmente do âmbito do contas a receber da empresa, pois impacta 
a estrutura financeira de modo geral.
Ressalte-se que a empresa deve abreviar, sempre que possível, o 
prazo de recebimento de suas vendas. Com isso, poderá manter 
recursos disponíveis para outras aplicações mais rentáveis por prazos 
maiores, e elevar o giro de seus ativos [...] (ASSAF NETO, 2014, p. 125).
ANOTE ISSO
PMRV = VALORES A RECEBER / ROB X360
Prazo médio de recebimento de vendas: indica qual o tempo médio para receber as 
vendas.
GIRO VR = 360 dias/ PMRV
Giro Valores a Receber = indica, no ano, o giro dos valores a receber das 
vendas.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 76
6.1.2 Prazo Médio de Pagamento de Compra 
O período de pagamento ao fornecedor é o índice que mede o tempo, em média, 
que a organização demanda para pagar a ele. O período médio de pagamento de 
compra é, usualmente, calculado em dias.
Conforme afirma Hoji (2012), o valor das compras brutas deve ser extraído de 
registros internos, pois estes não estão evidentes em demonstrações contábeis de 
publicação obrigatória.
Segue a fórmula:
PMPC = FORNECEDORES / COMPRAS X 360
Para a fórmula do PMPC, devemos entender como definir o valor do numerador: 
COMPRAS.
Para achar as COMPRAS, segue a fórmula:
COMPRAS = CMV - ESTOQUE INICIAL + ESTOQUE ANO 1
Exemplo: 
Determinada empresa apresentou em seu Balanço Patrimonial e na Demonstração 
de Resultado os seguintes valores:
1- Fornecedores = R$ 5.000,00;
2- Compras = R$ 180.000,00
PMPC = FORNECEDORES / COMPRAS x 360
PMRV = 5.000 / 180.000 x 360 = 
= 0,0277 x 360 
= 9,99
Aproximação = 10 dias
Resultado: em média, o pagamento ao fornecedor é feito em 10 dias.
Para podermos analisar a rotação ou o giro durante o ano, ou seja, quantas vezes 
durante o exercício social analisado são renovadas as contas a pagar, temos:
Giro Fornecedores = 360 dias / PMPC
Giro Fornecedores = 360 / 10 = 36 vezes
Resultado para a análise: as contas a pagar são renovadas 36 vezes ao ano, e o 
prazo médio de rotatividade do recebimento de vendas é de 10 dias.
ISTO ESTÁ NA REDE
Leia, no link a seguir, o artigo da Money Times sobre a aplicabilidade dos 
prazos médios. 
Acesse: https://www.moneytimes.com.br/capital-de-giro-saiba-como-usar-o-
prazo-medio-de-pagamento-e-de-recebimento-para-melhora-lo/.
https://www.moneytimes.com.br/capital-de-giro-saiba-como-usar-o-prazo-medio-de-pagamento-e-de-recebimento-para-melhora-lo/
https://www.moneytimes.com.br/capital-de-giro-saiba-como-usar-o-prazo-medio-de-pagamento-e-de-recebimento-para-melhora-lo/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 77
ANOTE ISSO
PMPC = FORNECEDORES / COMPRAS X 360
Prazo médio de pagamento de compra: indica o tempo médio para pagar as 
compras de fornecedores.
GIRO FORNECEDORES = 360 dias / PMPC
Giro valores a pagar = indica, no ano, o giro dos valores a pagar aos fornecedores.
6.1.3 Prazo Médio de Estocagem 
O período médio de estocagem mede, geralmente em dias, o tempo que os estoques 
levam para serem renovados.
Iudícibus (2017) deixa ciente que esse quociente, muito divulgado, procura (mensurado 
pelo custo das vendas) representar quantas vezes o estoque por causa das vendas 
foi “renovado”.
Ainda, conforme Hoji (2012), nota-se que as empresas procuram aumentar o giro 
dos estoques, pois quanto mais rápido venderem, mais o lucro aumentará.
Segue a fórmula:
PMRE = ESTOQUE / CMV X 360
Para a fórmula do PMRE, devemos entender como definir o valor do numerador: Custo 
da Mercadoria Vendida (CMV). Essa conta de resultado encontra-se na Demonstração 
do Resultado do Exercício.
Exemplo: 
Determinada empresa apresentou em seu Balanço Patrimonial e na Demonstração 
do Resultado os seguintes valores:
1- Estoque = R$ 60.000,00
2- CMV = R$ 360.000,00
PMRE = ESTOQUE / CMV x 360
PMRE = 60.000/360.000x 360 = 
= 0,1666 x 360 
= 59,99
Aproximação = 60 dias
Resultado: em média, a rotatividade do estoque é de 60 dias.
Para podermos analisar a rotação ou o giro durante o ano, ou seja, quantas vezes 
durante o exercício social analisado é renovado o estoque, temos:
Giro Estoque = 360 dias / PMRE
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 78
Giro Estoque = 360 / 60 = 6 vezes
Resultado para a análise: o estoque é renovado 6 vezes ao ano, e o prazo médio 
de rotatividade do estoque é de 60 dias.
ANOTE ISSO
PMRE = ESTOQUE / CMV x 360
Prazo médio de renovação do estoque: indica qual o tempo médio para renovar o 
estoque.
GIRO ESTOQUE = 360 dias / PMRE
Giro Valores a Pagar = indica, no ano, o giro dos valores a pagar aos fornecedores.
RECEBIMENTO DE VENDA - PMRV = VALORES A RECEBER / ROB x 360
PAGAMENTO DE COMPRA - PMPC = FORNECEDORES / COMPRAS x 360
RENOVAÇÃO DE ESTOQUE - PMRE = ESTOQUE / CMV x 360
6.2 Rentabilidade 
Uma das análises mais relevantes e desenvolvidas para a gestão financeira 
das organizações é a rentabilidade. Esse índice analisa o retorno do investimento 
realizado pelo investidor. Multifacetado, o retorno é abordado em vários aspectos, da 
operacionalidade à projeção de orçamento e viabilidade econômica.
Caro(a) aluno(a), lembre-se de que rentabilidade é diferente de lucratividade. Conforme 
já foi abordado, o índice de lucratividade se pauta no lucro em específico, enquanto 
o retorno é mais amplo e trata também do lucro que é objeto de uma das fórmulas, 
porém direciona o enfoque nos recursos (ativo) e no capital próprio (patrimônio líquido).
O administrador financeiro deve entender as diferenças e as abordagens de cada um 
dos aspectos financeiros e orçamentários: lucro, caixa (liquidez), retorno e solvência, 
pois as informações obtidas pela análise das demonstrações tendem a alcançar vários 
aspectos. Uma empresa, nesse caso, pode ser lucrativa, mas pode ter uma liquidez 
deficitária, e o retorno pode não ser alcançado ou, ainda, não ser lucrativo, mas pode 
haver liquidez e solvência controladas com o retorno alcançado.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 79
ANOTE ISSO
Lucro: é o resultado das vendas subtraídas das despesas e dos custos, 
apresentado em valor monetário.
“Rentabilidade: é o retorno sobre o capital investido, apresentado em 
percentual” (PADOVEZE, 2015, p. 67).
Dessa forma, quando estudamos a análise das demonstrações financeiras, o 
administrador financeiro deve ter ciência da importância dos dados integrados dos 
índices como um todo.
O retorno — ou a rentabilidade — é um dos objetivos direcionados pelo investidor, seja 
ele um investidor externo, o sócio, o proprietário ou o acionista, pois quando injetado 
o capital na organização, a ideia é ter um parâmetro de retorno que, usualmente, é 
em percentual.
“Há muitas medidas de rentabilidade. Tomadas em conjunto, essas medidas permitem 
aos analistas avaliar os lucros da empresa em relação a um dado nível de vendas, 
um dado nível de ativos ou o investimento dos proprietários” (GITMAN, 2010, p. 58).
Ainda, conforme Assaf Neto (2014), os indicadores de rentabilidade costumam 
exercer influências significativas sobre as decisões que envolvem a empresa em análise, 
tomadas no mercado de crédito e acionário.
Para tanto, o índice de rentabilidade atinge aspectos da organização como um todo. 
Seguem os índices que serão estudados:
1- Rentabilidade sobre Patrimônio Líquido (ROE);
2- Rentabilidade sobre o Ativo Total (ROA);
3- Margem Bruta;
4- Margem Líquida.
6.2.1 Retorno sobre o Patrimônio Líquido (Return on Common Equity - ROE)
É uma medida de desempenho do investimento dos sócios/acionistas durante o 
ano. Como o objetivo da administração financeira e orçamentária é maximizar riquezas 
para os sócios/acionistas, o ROE traduz muito bem esse objetivo.
O retorno sobre o patrimônio líquido (capital próprio) é a medida de desempenho 
em termos de lucro. Quanto mais alto for o resultado, melhor será para os sócios/
acionistas.
Segue a fórmula:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 80
ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido
Parâmetros para avaliação:
• Até 2% → rentabilidade péssima
• De 2% a 10% → rentabilidade baixa
• De 10% a 16% → rentabilidade boa
• Acima de 16% → rentabilidade excelente
Exemplo:
Determinada organização apresentou os seguintes valores em seu Balanço 
Patrimonial e sua Demonstração do Resultado:
1- Patrimônio Líquido: R$ 1.754.000,00
2- Lucro Líquido: R$ 297.000,00
ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido x 100
ROE = 297.000 / 1.754.000 x 100
ROE = 16,93%
• Parâmetros para avaliação: Acima de 16% → rentabilidade excelente
Análise: para cada R$ 1,00 de capital próprio, a empresa gerou em torno de 17 
centavos de lucro.
6.2.2 Retorno sobre o ativo total (ROA - Return on Total Assets)
A rentabilidade pautada no ativo tem por objetivo trazer uma medida de lucro, um 
comparativo dos recursos (ativos) criados pela gestão empresarial em comparação com 
o resultado (lucro) que a empresa está fornecendo, por isso esse índice é conhecido 
como uma medida de lucro.
Utilizado para demonstrar a capacidade de resultado produzido pela empresa em 
suas atividades em relação ao ativo, o ROA mede quanto a empresa obtém de lucro 
para cada R$ 1,00 de investimento total, por isso sua análise recai diretamente sobre 
seu ativo total, ou seja, sobre seu investimento total.
O retorno sobre o ativo total (ROA), muitas vezes chamado de retorno 
sobre o investimento (ROI), mede a eficácia geral da administração na 
geração de lucros a partir dos ativos disponíveis. Quanto mais elevado 
o retorno sobre o ativo total de uma empresa, melhor (GITMAN, 2010, 
p. 60).
Segue a fórmula para cálculo:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 81
ROA = Lucro Líquido / Ativo Total
Parâmetros para avaliação:
• Até 8% → rentabilidade baixa
• De 8% a 14% → rentabilidade normal
• De 14% a 20% → rentabilidade boa
• Acima de 20% → rentabilidade excelente
Exemplo:
Determinada organização apresentou os seguintes valores em seu Balanço 
Patrimonial e sua Demonstração do Resultado:
1- Ativo Total: R$ 3.754.000,00
2- Lucro Líquido: R$ 117.000,00
ROA = Lucro Líquido / Ativo Total x 100
ROA = 117.000 / 3.754.000 x 100
ROA = 3,12%
Parâmetros para avaliação: 
Até 8% → rentabilidade baixa
Análise: para cada R$ 1,00 de investimento no ativo, a empresa gerou em torno de 
3,12 centavos de lucro.
6.2.3 Margem bruta (margem de lucro bruto)
Prezado(a) aluno(a), as medidas advindas dos cálculos de margem pautada no lucro 
têm por objetivo evidenciar a distribuição do lucro em relação a parâmetros como as 
vendas brutas, as vendas líquidas após a diluição do custo, as vendas líquidas após 
as despesas, e assim por diante.
Comumente utilizado como índice para a análise das demonstrações, o cálculo de 
margem de lucro é um diferencial para uma visualização mais estruturada e focada 
da demonstração do resultado para o administrador financeiro e os interessados. No 
caso da margem de lucro bruto, é uma medida que fornece a distribuição do lucro 
bruto em relação à receita de vendas. Mas precisamos saber: o que seria o lucro bruto?
Muito difundido na literatura e na gestão financeira das organizações, o lucro bruto 
tem sido matéria de estudo de várias áreas, como gestão da produção e operações, 
gestão de projetos, gestão orçamentária, controladoria, contabilidade de custos etc. 
O lucro bruto é o resultado apresentado na estrutura da Demonstração do Resultado 
do Exercício (DRE). Deduzimos da receita líquida operacional o custo e, dessa forma, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 82
conseguimos decompor a demonstração de resultado. Assim, o administrador financeiroconsegue entender qual impacto o custo exerce sobre as vendas.
ISTO ESTÁ NA REDE
Caro(a) aluno(a), saiba que o custo é o gasto financeiro vinculado diretamente 
ao processo produtivo, e que Lucro Bruto = Receita (ROL) - Custo. Veja, no artigo 
apresentado no link a seguir, a importância do lucro bruto para a administração 
financeira e orçamentária.
Acesse: https://www.suno.com.br/artigos/lucro-bruto/.
A margem do lucro bruto é uma medida que evidencia quanto a organização 
possui de lucro bruto para cada R$ 1,00 de receita líquida. Segundo Hoji (2012), 
esse índice indica quanto a empresa obtém de lucro bruto para cada R$ 1,00 de 
receita líquida.
Com base em Braga (2015), a margem bruta indica a porcentagem do remanescente 
da receita operacional líquida após a dedução do custo das vendas.
Segue a fórmula para cálculo:
MB = Lucro Bruto / Receita Operacional Líquida
Parâmetros para avaliação: quanto mais elevado, melhor.
Exemplo:
Determinada organização apresentou os seguintes valores em seu Balanço 
Patrimonial e sua Demonstração do Resultado:
1- Receita Operacional Líquida (ROL): R$ 754.000,00
2- Lucro Bruto: R$ 317.000,00
MB = Lucro Bruto / ROL x 100
MB = 317.000 / 754.000 x 100
MB = 42%
Parâmetros para avaliação: quanto maior, melhor.
Análise: para cada R$ 1,00 de receita líquida, a organização obtém 42% de lucro 
bruto, ou seja, com 42% de lucro bruto, a organização precisa ter cobertura para as 
despesas operacionais e financeiras e, ainda, gerar lucro líquido.
https://www.suno.com.br/artigos/lucro-bruto/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 83
6.2.4 Margem líquida (margem de lucro líquido)
A margem líquida é um índice que tem por objetivo evidenciar a participação do 
lucro líquido em relação às receitas de vendas líquidas. De acordo com Gitman (2010, 
p. 59), “a margem de lucro líquido mede a porcentagem de cada unidade monetária 
de vendas remanescentes após a dedução de todos os custos e despesas. [...] quanto 
mais elevada a margem de lucro líquido de uma empresa, melhor”.
Caro(a) aluno(a), a margem bruta tem por parâmetro de cálculo o lucro bruto, que, 
como aprendemos, é o resultado das vendas após a subtração dos custos, enquanto 
a margem líquida ou margem do lucro líquido tem como parâmetro o resultado após 
todos os itens que devem ser deduzidos para obtermos o lucro líquido do exercício. 
Deve-se levar em conta que esse índice evidencia uma amplitude maior, pois estão 
envolvidas contas além dos custos.
Dessa forma, a margem líquida fornece uma medida que, após descontados custos 
e despesas, a organização obteve de determinado resultado líquido.
Segue a fórmula para cálculo:
ML = Lucro Líquido / Receita Operacional Líquida
Parâmetros para avaliação: quanto mais elevado, melhor.
Exemplo:
Determinada organização apresentou os seguintes valores em seu Balanço 
Patrimonial e sua Demonstração do Resultado:
1- Receita Operacional Líquida (ROL): R$ 754.000,00
2- Lucro Líquido: R$ 98.000,00
ML = Lucro Líquido / ROL x 100
ML = 98.000 / 754.000 x 100
ML = 13%
Parâmetros para avaliação: quanto maior, melhor.
Análise: para cada R$ 1,00 de receita líquida, a organização obtém 13% de lucro 
líquido. Após descontados os custos e as despesas, sobraram 13% das receitas líquidas 
da organização.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 84
CAPÍTULO 7
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL 
DE GIRO I - FUNDAMENTOS E 
GIRO OPERACIONAL
Caro(a) aluno(a), como vimos anteriormente, a administração financeira e 
orçamentária pode ser um dos fatores de maior peso para o sucesso ou a falência de 
um negócio, por isso é necessário o know-how pautado em ferramentas e metodologias 
que auxiliam o administrador financeiro no tocante à gestão operacional, estratégica 
e decisória das finanças empresariais.
A ideia principal deste livro é fornecer, de forma ampla, os pontos principais voltados 
à gestão financeira e orçamentária e sua aplicabilidade nas rotinas das organizações. 
Dessa forma, um dos entendimentos que obtivemos até o momento foi sobre uma 
das ferramentas mais amplas para o levantamento da saúde econômico-financeira 
das entidades: a análise das demonstrações financeiras.
Aprendemos sobre a aplicação dos índices financeiros, também conhecidos como 
quocientes ou fórmulas. Notamos a relevância de cada uma das metodologias aplicadas 
ao negócio e constatamos que ambas as demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial 
e Demonstração do Resultado do Exercício - DRE) são utilizadas para os cálculos dos 
resultados específicos de cada temática estudada.
Neste capítulo, vamos analisar uma temática que possui uma grande participação 
no processo decisório e estratégico para a administração financeira e orçamentária. 
Aprenderemos sobre a administração do capital de giro.
Para o aprendizado do capital de giro da entidade, veremos sobre:
1. Ciclo operacional e financeiro;
2. Aplicação dos prazos médios;
3. Cálculo da necessidade do capital de giro;
4. Administração de duplicatas a receber;
5. Administração de duplicatas a pagar.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 85
São muitos os aspectos relacionados à administração do capital de giro. Vamos 
entender sobre o que é o capital de giro e o porquê da sua importância para a gestão 
financeira dos negócios.
Conforme Salazar (2010), operacionalmente, os diretores e/ou administradores 
financeiros enfrentam o problema de como a empresa pode manter o capital de giro 
em quantidade suficiente para obter um ótimo desempenho.
7.1 Fundamentos iniciais
Uma das áreas do conhecimento da administração financeira e orçamentária é a 
gestão do capital de giro. Trata-se de uma temática que tem como base inicial os 
ciclos empresariais: ciclo operacional e ciclo financeiro, ambos provêm da premissa 
que é o caixa.
O caixa é o instrumento financeiro que traduz adequadamente o ciclo operacional 
e financeiro, pois é a partir dele que temos o quantitativo quanto à dependência e à 
busca de capital para aportar na organização.
Outros componentes que fazem parte da estrutura de análise da administração do 
capital de giro são os ativos e os passivos circulantes levantados a partir do Balanço 
Patrimonial. Dessa forma, notamos que o giro de capital deve ter uma visão a curto 
prazo, ou seja, dentro do exercício financeiro.
Para tanto, o administrador financeiro necessita entender:
1. O que é capital de giro?
2. Quais as ferramentas e metodologias aplicáveis à gestão do capital de giro?
3. Qual a importância para o “todo” da administração financeira e orçamentária?
4. Qual o impacto da má administração do capital de giro para o setor financeiro 
das entidades?
Esses questionamentos serão diluídos no decorrer deste capítulo. A princípio, 
precisamos entender o que é capital de giro.
Capital de giro corresponde aos ativos correntes ou ativos circulantes, os quais 
constituem o capital da empresa que circula até transformar-se em dinheiro dentro 
de um ciclo de operações. Em suma, é o tempo para que o dinheiro gire, desde a 
compra até o recebimento.
Para Salazar (2010, p. 54), “A conceituação de capital de giro é a constatação de 
uma inevitável defasagem de tempo entre o desembolso dos gastos e o recebimento 
das receitas da empresa”.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 86
De acordo com Padoveze (2015, p. 193), “Podemos definir a gestão do capital de 
giro como a gestão do ciclo de comprar, produzir e vender ou revender produtos e 
serviços.”
Ainda, conforme afirma Braga (2015, p. 81):
Muitas vezes ouvimos dizer que determinada empresa tornou-
se insolvente devido ao excesso de imobilizações. Em geral isto 
significa que foram desviados para outra finalidade recursos que 
deveriam estar financiando o capital de giro ou então, que os planos 
de expansão não levaram em conta as necessidades adicionaisde 
recursos para financiar o giro das operações.
ANOTE ISSO
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO = Dinheiro direcionado ao Ciclo Operacional
7.2 Fluxo de caixa operacional
Como vimos no capítulo 3, a demonstração do fluxo de caixa possui três formatos: 
operacional, de investimento e de financiamento. Para a gestão do capital de giro, 
devemos entender em profundidade a estrutura da Demonstração de Fluxo de Caixa 
Operacional, conhecida como Caixa das Atividades Operacionais (CAO).
Como vimos na introdução, a conta caixa que faz parte do grupo ativo circulante e 
que possui uma demonstração específica, que foi estudada no capítulo 3 deste livro, 
representa basicamente a essência e a forma do capital giro no quadrante de nossa 
disciplina.
No tocante a isso, devemos relembrar o que representa o fluxo de caixa; em 
específico, o operacional.
O fluxo de caixa operacional é composto por contas que sintetizam o ciclo operacional 
das organizações. Basicamente, o ciclo operacional, também conhecido como “giro”, 
traz a ideia de etapas sequenciais relacionadas à atividade-fim do negócio.
Basicamente, a operacionalidade da empresa se resume em: 
1ª Etapa - Compra de insumos: compra de matéria-prima e mercadoria de revenda 
que é alocada no ESTOQUE;
2ª Etapa - Transformação do insumo: processamento da matéria-prima e/ou 
disposição para a venda da mercadoria de revenda;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 87
3ª Etapa - VENDA do produto: após produto elaborado ou revenda de mercadoria 
à disposição, efetua-se a venda;
4ª Etapa - RECEBIMENTO da venda: recebimento em valores monetários que 
retornam ao caixa operacional.
Fluxo dos ciclos (giro) nas empresas:
Na INDÚSTRIA:
Caixa = Materiais/Despesas = Produção = Produtos Acabados = Vendas = Devedores 
= Caixa
No COMÉRCIO:
Caixa = Materiais/Despesas = Vendas = Devedores = Caixa 
Em INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:
Caixa = Devedores/Despesas = Caixa
O volume necessário do capital de giro depende do tempo do ciclo de caixa:
1- Quanto maior o ciclo de caixa, maior a necessidade de capital de giro;
2- Quanto maior a taxa de rotação dos elementos do capital em giro, maior será a 
necessidade de financiamento.
Segue a representação gráfica do ciclo de caixa:
Título: Fluxo de caixa operacional
Fonte: do próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 88
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja, no link a seguir, sobre a aplicabilidade do fluxo de caixa operacional, com base 
no Jornal Contábil. 
Acesse: https://www.jornalcontabil.com.br/fluxo-de-caixa-operacional-quais-
os-componentes-e-como-calcular/
Segue modelo do fluxo de caixa operacional, conforme já abordado no capítulo 3:
Caixa das Atividades Operacionais (CAO) Mod. Direto
(+) ENTRADA DE VALORES R$
Recebimentos de clientes R$
(-) SAÍDAS R$
Pagamento a fornecedores e empregados R$
Pagamento de aluguéis R$
Pagamento de juros R$
Pagamento de IR R$
CAIXA GERADO OU CONSUMIDO R$
Título: Modelo do fluxo de caixa operacional
Fonte: do próprio autor.
7.3 Administração do capital de giro
A necessidade do capital de giro é uma análise pautada em dois aspectos:
1- Fluxo de caixa operacional;
2- Capital circulante líquido.
Segue a estrutura que evidencia as contas vinculadas na análise do capital de giro:
https://www.jornalcontabil.com.br/fluxo-de-caixa-operacional-quais-os-componentes-e-como-calcular/
https://www.jornalcontabil.com.br/fluxo-de-caixa-operacional-quais-os-componentes-e-como-calcular/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 89
Título: Estrutura do capital de giro
Fonte: do próprio autor.
Para o cálculo do Capital de Giro Líquido (CGL), temos que trabalhar com as contas 
a curto prazo, com base nos conceitos de liquidez e operacionalidade do caixa.
Segue fórmula do Capital de Giro Líquido:
CGL = AC - PC
Sendo:
CGL = Capital de Giro Líquido;
AC = Ativo Circulante;
PC = Passivo Circulante.
Para a análise, devemos entender quais são as contas que compõem tanto o ativo 
circulante quanto o passivo circulante.
O grupo ativo circulante representa o capital de giro de uma organização e evidencia 
os recursos que, se administrados corretamente, serão necessários para que o ciclo 
operacional da entidade ocorra.
Se o ativo circulante é superior em contraponto com o passivo circulante, a empresa 
está administrando corretamente seu giro de capital líquido, mas se seu ativo circulante 
é inferior, há falhas na administração do capital de giro.
As contas que compõem o ativo circulante e que devem ser analisadas para as 
questões voltadas à gestão do capital de giro são:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 90
1- CAIXA/BANCO: vimos que o giro é a representação do ciclo operacional da empresa, 
que nada mais é do que o processo de compra de insumos e transformação deste, 
venda e, por fim, recebimento, o qual supõe entrada de valores monetários no caixa.
2- DUPLICATAS A RECEBER: também conhecida como de boletos a receber, essa 
conta traz o conceito do direito a receber a venda. Dessa forma, em ocasião da venda 
ao cliente, a empresa, pelo regime de competência, registra, e o valor ficará disponível 
no ato do pagamento; então, há uma entrada de valor no caixa. Dessa forma, inicia-se 
o processo do ciclo. Essa conta deverá ser administrada corretamente com base nos 
prazos médios aplicados, que veremos posteriormente.
3- ESTOQUE: seja de produtos elaborados ou prontos e para o segmento do comércio, 
revenda de mercadoria. Essa conta deverá ser administrada corretamente para positivar 
o capital de giro, pois sua movimentação faz parte do giro, e a gestão dos prazos médios 
deverá ser condizente com o recebimento do cliente e o pagamento ao fornecedor. A 
aplicação dos prazos médios será vista posteriormente.
Vamos, mais tarde, aprofundar as abordagens sobre a aplicabilidade dos prazos 
médios das duplicatas a pagar e receber e a rotação de estoque.
Dessa forma, podemos ter três situações na análise do capital de giro:
Situação 1: AC maior que PC = situação favorável. É a situação normal na maioria 
das empresas. Há uma Necessidade de Capital de Giro (NCG) para a qual a empresa 
deve encontrar fontes adequadas de financiamento.
Situação 2: AC igual a PC = nesse caso, a Necessidade de Capital de Giro (NCG) 
é igual a zero, portanto a empresa não tem necessidade de financiamento para giro.
Situação 3: AC menor que PC = a empresa tem mais financiamentos operacionais 
do que investimentos operacionais. Sobram recursos das atividades operacionais, os 
quais poderão ser usados no mercado financeiro ou para a expansão da Planta Fixa.
Exemplo: 
Determinada empresa possui em seu Balanço Patrimonial os seguintes valores:
1- Total do Ativo Circulante: R$ 1.500.000,00;
2- Total do Passivo Circulante: R$ 2.500.000,00.
AC = 1.500.000,00
PC = 2.500.000,00
Fórmula = CGL = AC - PC
CGL - 1.500.000 - 2.500.000
CGL = - 1.000.000
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 91
Resultado = nota-se que a empresa está com o capital de giro deficitário.
Análise: Situação 3: AC menor que PC = a empresa tem mais financiamentos 
operacionais do que investimentos operacionais. Sobram recursos das atividades 
operacionais, os quais poderão ser usados no mercado financeiro ou para a expansão 
da Planta Fixa.
O primeiro passo para entendermos sobre a gestão do capital de giro foi dado. 
Aqui, entendemos qual é a fórmula básica para o cálculo do capital de giro líquido e 
as contas que fazem parte da estrutura do giro.
Também vimos o entendimento necessário que precisamos ter sobre o fluxo de 
caixa operacional e seu ciclo, que faz parte do entendimento quanto ao giro financeiro 
e sua necessidade.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 92
CAPÍTULO8
ADMINISTRAÇÃO CAPITAL 
DE GIRO II - GESTÃO DE 
DUPLICATAS A RECEBER/PAGAR 
E ESTOQUE
Anteriormente, vimos sobre o cálculo do capital circulante líquido e a aplicação do 
fluxo de caixa operacional para a gestão do capital de giro.
Neste capítulo, teremos como objetivo entender sobre o ciclo operacional e financeiro, 
utilizando o que já aprendemos sobre o índice de prazos médios, conhecido também 
como quociente de atividades.
Além disso, após termos uma introdução da administração do capital de giro 
e elencarmos sua necessidade, vamos entender, de forma prática, o cálculo do 
levantamento da necessidade de capital de giro das organizações.
Para reafirmarmos a importância da gestão do giro das entidades, vale ressaltar, 
assim como Matarazzo (2010), a sua necessidade. Capital de giro (NCG) é um conceito 
fundamental não apenas para análise da empresa do ponto de vista financeiro, ou 
seja, análise do caixa, mas também do ponto de vista de expansão dos negócios, 
estratégias de financiamento e lucratividade.
Assim, grande parte do tempo do gestor financeiro é destinada à 
solução de problemas de capital de giro, como financiamento de 
estoques, gerenciamento da inadimplência de clientes e administração 
das insuficiências de caixa. Esses problemas podem ser minimizados 
ou mesmo evitados por meio de uma administração de capital de giro 
que valorize a prevenção de sua concorrência (SANTOS, 2010, p. 211).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 93
Título: Gestão de contas a pagar e receber
Fonte: https://www.pexels.com/pt-br/foto/terminal-de-pagamento-preto-2988232/
8.1 Índice de atividades e ciclo operacional
O índice de prazos médios traz à luz conceitos como o ciclo operacional e financeiro, 
pautas que vêm sendo estudadas e conhecidas pelo administrador financeiro.
Quando analisamos a gestão de capital de giro, é essencial o conhecimento sobre 
os prazos médios que, em suas fórmulas, evidenciam os prazos administrados pela 
empresa nos fatores:
1- PMPC - Prazo médio de pagamento de compra;
2- PMRV - Prazo médio de recebimento de venda;
3- PMRE - Prazo médio de rotação/renovação de estoque.
Os três índices mostram os prazos de cada um dos itens citados, lembrando que 
são itens que compõem os grupos do ativo e do passivo circulante. Dessa forma, 
como ferramenta para a gestão do capital de giro, os prazos médios conseguem 
demonstrar o ciclo financeiro e operacional da entidade. 
Quando a empresa entra em operação, o gestor financeiro transfere 
sua prioridade para o capital de giro, entidade representada pelos 
ativos circulantes. Essa alteração de foco acontece porque o 
capital de giro é bastante suscetível às mudanças que acontecem 
continuamente no ambiente econômico em que a empresa atua 
(SANTOS, 2010, p. 211).
Fatos contábeis que serão analisados por meio dos índices de prazos médios:
https://www.pexels.com/pt-br/foto/terminal-de-pagamento-preto-2988232/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 94
1- Estoque - Renovação;
2- Valores a receber - prazo de recebimento;
3- Custo das operações;
4- Fornecedores - prazo de pagamento.
Vejamos um resumo de cada prazo médio, para entendermos o ciclo operacional.
8.1.1 Gestão do Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV)
O prazo médio de recebimento de vendas indica o volume de investimentos em 
duplicatas a receber. A fórmula é composta pelas contas do ativo circulante (capital 
de giro) e da demonstração de resultado (ROB), que evidenciam, basicamente, itens 
que têm impacto na gestão financeira e nos trazem a ideia necessária para sabermos 
a necessidade do capital de giro.
Segue a fórmula:
PMRV = Valores a Receber / ROB x 360
A fórmula traz a seguinte lógica:
VENDAS → DUPLICATAS A RECEBER → PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS
Vale lembrar que o fluxo de entrada de recursos em caixa não depende do PMRV. 
Na realidade, os valores a receber funcionam como uma espécie de reservatório que 
é alimentado pelas vendas e, ao mesmo tempo, alimenta o caixa.
O nível é o volume de investimentos efetuados em duplicatas a receber. O fluxo 
de entrada e saída do reservatório não depende de seu nível, mas de quanto entra 
diariamente no reservatório; isso significa que a entrada de caixa será igual em 
qualquer que seja o nível de reservatório. Dessa forma, notamos que o prazo médio de 
recebimento de vendas não afeta o fluxo de caixa, somente o volume de investimentos 
em duplicatas a receber.
Se, por exemplo, a empresa optar por ampliar seu PMRV de 30 para 45 dias, ela 
terá um investimento, mantendo as vendas diárias em R$ 10,00, de R$ 450,00, ou 
seja, R$ 150,00 adicionais.
Possivelmente, nesse momento, a empresa deverá obter um financiamento (pela 
rede bancária, talvez). Como os desembolsos diários continuarão, e considerando 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 95
que o lucro gerado pelas vendas, no curto prazo, é pequeno, a empresa dificilmente 
gerará recursos suficientes para pagar empréstimos bancários.
ANOTE ISSO
Empréstimos bancários só podem ser pagos a longo prazo.
8.1.2 Gestão do Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) e Prazo Médio 
de Renovação de Estoque (PMRE)
O volume de estoques é um dos ativos mais importantes da empresa — notadamente, 
é em muitas das empresas do comércio que representa o maior ativo. É importante a 
perfeita administração dos estoques, por isso deve-se buscar o equilíbrio desse volume.
1- Superdimensionamento; Inconvenientes: custo do dinheiro investido, custo do 
manuseio, armazenagem, seguro, perdas etc.;
2- Subdimensionamento; Inconvenientes: perda de vendas, aumento do custo de 
produção, problemas com o pessoal por falta de produtos.
Também vale lembrar que existem vários tipos de estoques, conforme o ramo de 
atividade, tais como:
Mercadoria de revenda = empresas comerciais;
Matéria-prima, produtos em elaboração e produtos acabados = empresas industriais.
Faz-se necessário trabalhar com o custo de estoque na ótica correta, ou seja, 
retirando impostos. Por exemplo:
1- CUSTO CONTÁBIL:
Impostos recuperáveis: na indústria, ICMS e IPI; no comércio, ICMS;
Fretes e seguros, quando são pagos pelo comprador, constituem custos.
2 - CUSTO ECONÔMICO:
A segunda grande variável que necessita ser analisada, para efeito de negócios, é 
o juro teórico “embutido” no preço da compra realizada, quando se tem a opção de 
pagá-la a prazo.
O custo econômico é o custo real para estoque. Ele não consta em nenhum controle 
contábil, a não ser em empresas muito bem estruturadas com instrumentos de 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 96
controles gerenciais avançados, habituadas a trabalhar e analisar seus resultados 
desconsiderando a inflação ou os juros embutidos.
Conhecer o custo real de seu produto ou serviço é condição essencial para o êxito 
de qualquer empreendimento, porque a partir dele é que se torna possível avaliar o 
resultado alcançado por qualquer operação de venda.
Fórmulas:
1- Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC)
PMPC = Fornecedores / compras x 360
2- Prazo Médio de Renovação de Estoque (PMRE)
PMRE = Estoque / CMV x 360
8.1.3 Ciclo operacional e ciclo financeiro
Ciclo operacional: é o período de tempo que uma indústria demanda para produzir 
seu estoque, vendê-lo e receber as duplicatas geradas na venda, entrando em caixa. 
Em outras palavras, é o tempo que a empresa demora para produzir, vender e receber 
o produto que ela fabrica.
O ciclo operacional de um supermercado é relativamente rápido (em média, 30 
dias), pois esse tipo de empresa tem um giro rápido e vende à vista.
Uma metalúrgica, por exemplo, tem um ciclo mais lento, pois, além de produzir 
(industrializar), tradicionalmente vende a prazo (seu ciclo é de, normalmente, mais 
de 90 dias).
Há empresas cujo ciclo operacional é bastantelongo. Um exemplo é a pecuária de 
corte, em que desde o nascimento do bezerro até a venda do boi gordo e o respectivo 
recebimento do pagamento, o ciclo pode ultrapassar quatro anos.
Conforme Deliberação CVM n. 488/2005 e Pronunciamento Ibracon n. 27, as empresas 
configuradas pelas Sociedades por Ações de Capital Aberto devem efetuar, com base 
na natureza de suas operações, a apresentação de ativos e passivos circulantes e 
não circulantes em separado no próprio balanço.
Quando uma entidade fornece mercadorias ou serviços dentro de um ciclo operacional 
claramente identificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes e 
não circulantes no próprio balanço oferece informações úteis, distinguindo-se o ativo 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 97
líquido, que está continuamente circulando como capital de giro, daqueles usados nas 
operações de longo prazo da entidade.
O ciclo operacional de uma entidade é definido como o período entre a aquisição de 
materiais utilizados na produção e sua realização na forma de dinheiro ou equivalente 
a dinheiro. Ativos circulantes são ativos (como estoques e contas a receber de clientes) 
que são vendidos, consumidos e realizados dentro do ciclo operacional da entidade, 
desde que sejam realizados no prazo de 12 meses. No caso do passivo circulante, 
se é esperada sua liquidação dentro dos 12 meses seguintes à data de balanço, se é 
mantido com a finalidade de ser transacionado ou a entidade não tem nenhum direito 
de postergar sua liquidação por período que exceda os 12 meses.
Os índices de prazos médios são calculados através da análise de balanços em 
conjunto. Eles podem indicar elementos importantes para a estratégia empresarial, 
sendo a combinação do Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV), o Prazo 
Médio de Renovação dos Estoques (PMRE) e o Prazo Médio de Pagamento das Contas 
(PMPC) um indicativo da análise dos ciclos operacional e de financeiro (caixa) na 
organização.
Segue a fórmula:
CICLO OPERACIONAL = PMRE + PMRV
Sendo: 1- PMRE = Prazo Médio de Renovação do Estoque
PMRE = ESTOQUE / CMV x 360
2- PMRV = Prazo Médio de Recebimento de Venda
PMRV = VALORES A RECEBER / ROB x 360
O ciclo financeiro é a diferença no dia em que entram recursos como caixa da 
empresa com a data em que saiu o dinheiro do caixa para pagar os fornecedores, por 
exemplo. É um prazo, é o tempo em que a empresa depende de recursos de terceiros 
(que busca no sistema financeiro), que são onerosos.
Exemplo: 
Prazo grande para pagar fornecedores é bom para o ciclo financeiro, pois o giro é 
menor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 98
Título: Ciclo operacional - Modelo
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
ANOTE ISSO
CICLO FINANCEIRO = é um prazo, é o tempo em que a empresa depende de 
recursos de terceiros (que busca no sistema financeiro), que são onerosos.
CICLO OPERACIONAL = é o período entre a aquisição de materiais utilizados na 
produção e sua realização na forma de dinheiro ou equivalente a dinheiro.
CICLO OPERACIONAL = PMRE + PMRV
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Veja o trecho da análise realizada pela empresa GE Company como case da 
Ambev. Foram levantados os ciclos financeiros e operacionais (2013 a 2015). Para 
a leitura do artigo por completo, segue o link: http://www.gecompany.com.br/
educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-financeiro/
“Analisando a AMBEV, verificamos o CICLO OPERACIONAL de 129 dias em 2015 
e o prazo médio de pagamento aos fornecedores em 210 dias; denotando que os 
FORNECEDORES financiam a operação da empresa com resultados positivos ao 
CAPITAL DE GIRO.”
Fonte: Wander (2015, online).
Seguem 4 exemplos de formatos de Ciclos Financeiros e Operacionais:
EXEMPLO - EMPRESA 1:
http://www.gecompany.com.br/educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-financeiro/
http://www.gecompany.com.br/educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-financeiro/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 99
Título: Ciclo operacional - exemplo empresa 1
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
Análise: PMRE = 40 dias é um prazo longo. O caixa fica deficitário porque paga no 
dia 18, e ainda dá 10 dias de prazo para recursos de terceiros. É ruim para a empresa 
ter um ciclo financeiro de 32 dias.
EXEMPLO - EMPRESA 2:
Título: Ciclo operacional - exemplo empresa 2
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
Análise: pode ocorrer em alguns prestadores de serviços e comércio. O CF é muito 
melhor que na empresa 1; o prazo de 7 dias no CF é menor, portanto razoável.
EXEMPLO - EMPRESA 3:
Título: Ciclo operacional - exemplo empresa 3
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 100
Análise: muito bom. O Ciclo Operacional praticamente sustentou a compra e o 
pagamento a fornecedores.
EXEMPLO - EMPRESA 4
Título: Ciclo operacional - exemplo empresa 4
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
Análise: pode ocorrer em empresas de transporte de passageiros.
Em suma, apesar de limitações impostas pelo mercado em alguns setores da 
economia, é necessário que a empresa averigue com regularidade o comportamento 
dos ciclos, uma vez que eles interferem de forma direta no caixa.
Independentemente do setor em que atua, toda empresa deve promover os esforços 
necessários para tornar o seu Ciclo Financeiro o menor possível. Valores menores de 
Ciclo Financeiro pressupõem melhor situação econômica e financeira.
Há sempre margem para melhorar a administração desses ciclos por meio de:
• Negociações com fornecedores;
• Negociações com clientes ou, mais comum, implantando medidas internas para 
reduzir o prazo de produção e o tempo em que as mercadorias e a matéria-
prima permanecem no estoque.
A Administração do Ciclo Operacional e Financeiro tem como objetivos:
• Aumentar a sua eficiência operacional;
• Viabilizar uma situação favorável de caixa;
• Torná-la menos dependente de recursos de terceiros;
• Conquistar a sustentabilidade (capacidade de financiar os seus próprios capitais 
de giro).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 101
ANOTE ISSO
PARA FIXAÇÃO:
CICLO FINANCEIRO = é um prazo, é o tempo em que a empresa depende de 
recursos de terceiros (que busca no sistema financeiro), que são onerosos.
CF = PMRE + PMRV - PMPC
CICLO OPERACIONAL = o período entre a aquisição de materiais utilizados 
na produção e sua realização na forma de dinheiro.
CO = PMRE + PMRV
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 102
CAPÍTULO 9
ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL 
DE GIRO III - NECESSIDADE DE 
CAPITAL DE GIRO E EBITDA
Anteriormente, vimos sobre o cálculo do capital circulante líquido, a aplicação do 
fluxo de caixa operacional para a gestão do capital de giro e a gestão dos prazos na 
administração dos valores a receber e a pagar.
 Neste capítulo, teremos como objetivo entender sobre o cálculo da necessidade 
do capital de giro e obter uma noção sobre o efeito tesoura.
Para reafirmarmos a importância da gestão do giro das entidades, vale ressaltar, 
assim como Matarazzo (2010), que a Necessidade de Capital de Giro (NCG) é um 
conceito fundamental para análise da empresa não apenas do ponto de vista financeiro, 
ou seja, análise do caixa, mas também do ponto de vista de expansão dos negócios, 
das estratégias de financiamento e da lucratividade.
Assim, grande parte do tempo do gestor financeiro é destinada à solução 
de problemas de capital de giro, como financiamento de estoques, 
gerenciamento da inadimplência de clientes e administração das 
insuficiências de caixa. Esses problemas podem ser minimizados ou 
mesmo evitados por meio de uma administração de capital de giro que 
valorize a prevenção de sua concorrência(SANTOS, 2010, p. 211).
Título: Necessidade de Capital de Giro
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/ball-to-protect-hands-euro-hand-665090/
https://pixabay.com/illustrations/ball-to-protect-hands-euro-hand-665090/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 103
9.1 Necessidade de capital e giro líquido
Primeiramente, vamos retomar alguns conceitos para podermos apurar a Necessidade 
de Capital de Giro (NCG):
1- Ativo Circulante Operacional (ACO): é o investimento que decorre automaticamente 
das atividades de compra/produção/estocagem/venda.
2- Passivo Circulante Operacional (PCO): é o financiamento, também automático, 
que decorre dessas atividades.
A diferença entre esses investimentos (ACO) e financiamentos (PCO) é o quanto a 
empresa necessita de capital para financiar o giro, ou seja, a necessidade de capital 
de giro, e é exatamente aquilo que o financiamento operacional não cobre.
Portanto: NCG: ACO - PCO
Situações resumidas nas empresas:
ACO > PCO: é a situação normal na maioria das empresas. Há uma NCG para a 
qual a empresa deve encontrar fontes adequadas de financiamento.
ACO = PCO: nesse caso, a NCG = 0 e, portanto, a empresa não tem necessidade 
de financiamento para o giro.
ACO < PCO: a empresa tem mais financiamentos operacionais do que investimentos 
operacionais. Sobram recursos das atividades operacionais, os quais poderão ser 
usados no mercado financeiro ou para expansão da planta fixa.
Conforme afirma Hoji (2012, p. 296):
Os balanços patrimoniais fornecem dados para cálculo da necessidade 
de capital de giro. A Necessidade Líquida de Capital Giro (NLCG) é 
a diferença entre o Ativo Circulante Operacional (ACO) e o Passivo 
Circulante Operacional (PCO).
O ACO, à medida que vai sendo realizado, é substituído por outro ativo 
de mesma natureza, para manter o nível das atividades de operações. 
O PCO, à medida que vai sendo liquidado, também é substituído por 
outro passivo de mesma natureza. Portanto, as contas do ACO e do 
PCO são chamadas contas cíclicas.
ISTO ESTÁ NA REDE
No link a seguir, leia o e-book disponibilizado pelo Sebrae e pelo Serasa sobre 
Capital de Giro. 
Acesse: Ebook Necessidade de Capital de Giro 1.cdr (sebrae.com.br).
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RS/Anexos/Ebook%20Necessidade%20de%20Capital%20de%20Giro%202.pdf
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 104
Segue a fórmula da Análise de Capital de Giro:
NCDG: Estoques + Valores a Receber
(-) Fontes: Fornecedores + Desp. Operacionais a pagar + Imposto a pagar 
(=) NLDCG: 
CDGP: PL - AP (ativo imobilizado - depreciação + investimento + intangível)
Longo Prazo: ELP - RLP
Tesouraria: demais contas do ativo circulante e demais contas do passivo circulante.
Seguem exemplos de cálculo:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO ANO 2017 ANO 2018
CIRCULANTE 1.954.080,00 2.372.105,00
Caixa/Banco 110.705,00 297.238,00
Aplic. financeiras 161.942,00 163.463,00
Clientes a Receber 1.078.578,00 1.291.437,00
Estoques 558.279,00 537.563,00
Outras contas 44.576,00 82.404,00
NÃO CIRCULANTE 1.739.353,00 1.868.537,00
RLP 154.804,00 174.343,00
Investimentos 222.301,00 214.391,00
Imobilizado 1.383.518,00 1.590.644,00
Deprec. Acumulada -61.983,00 -150.494,00
Imobilizado 1.383.518,00 1.590.644,00
Intangíveis 40.713,00 39.653,00
TOTAL ATIVO 3.693.433,00 4.240.642,00
Tabela 4 – Balanço patrimonial ativo - exemplo de NCG
Fonte: do próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 105
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO ANO 2017 ANO 2018
CIRCULANTE 821.986,00 995.122,00
Fornecedores 222.116,00 227.777,00
Empréstimos 293.606,00 372.668,00
Contas a pagar 119.725,00 180.702,00
Impostos a pagar 84.015,00 95.471,00
Prov. do IR 102.524,00 118.504,00
NÃO CIRCULANTE 633.099,00 718.621,00
ELP 633.099,00 718.621,00
TOTAL PASSIVO 1.455.085,00 1.713.743,00
PL
Capital Social 1.874.496,00 1.797.496,00
Reserva de Lucro 363.852,00 729.403,00
Prejuízo Acum. 0,00 0,00
TOTAL PL 2.238.348,00 2.526.899,00
TOTAL PASS + PL 3.693.433,00 4.240.642,00
Tabela 5 – Balanço patrimonial passivo - exemplo de NCG
Fonte: do próprio autor.
DRE ANO 2017 ANO 2018
ROB 4.183.373,00 4.850.239,00
(-) Imp. sobre venda 1.137.349,00 1.304.244,00
(=) ROL 3.046.024,00 3.545.995,00
(-) CMV 1.298.184,00 1.474.969,00
(=) Lucro Bruto 1.747.840,00 2.071.026,00
(-) Desp. Operacionais 1.268.426,00 1.566.522,00
Adm. 261.617,00 261.611,00
Comercial 944.826,00 1.216.400,00
Depreciação 61.983,00 88.511,00
(+) Receitas Finan. 45.087,00 53.157,00
(=) Resultado Op. 524.501,00 557.661,00
(-) Desp. Finan. 58.125,00 73.606,00
(=) LAIR 466.376,00 484.055,00
(-) Prov. IR 105.524,00 118.504,00
(=) LL 363.852,00 365.551,00
Tabela 6 – DRE - exemplo de NCG
Fonte: do próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 106
Resolução:
Análise de Capital de Giro:
NCDG: Estoques + Valores a Receber
(-) Fontes: Fornecedores + Contas a pagar + Imposto a pagar + IR
(=) NLDCG: 
CDGP: PL - AP (ativo imobilizado - depreciação + investimento + intangível)
Longo Prazo: ELP - RLP
ANO 2017 ANO 2018
NCDG 1.636.857,00 1.829.000,00
(-) FONTES 528.380,00 622.454,00
(=) NLDCG 1.108.477,00 1.206.546,00
CDGP 653.799,00 832.705,00
LONGO PRAZO 478.295,00 544.278,00
TESOURARIA 23.617,00 170.437,00
Tabela 7 – Cálculo de NLCG - exemplo
Fonte: o próprio autor.
Análise: notamos que a necessidade líquida de um ano a outro obteve aumento. 
Dessa forma, é fundamental, e, ao mesmo tempo, a necessidade de longo prazo também 
aumentou. Ainda, o ponto que a seta demonstra é o ponto alto do efeito tesoura. 
Título: Gráfico - NCG - efeito tesoura
Fonte: do próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 107
2017 2018
(=) NLDCG 1.108.477,00 1.206.546,00
CDGP 653.799,00 832.705,00
CDGP: PL - AP (ativo imobilizado - depreciação + investimento + intangível)
Nota-se que a situação deverá ser administrada corretamente, pois a “abertura da 
tesoura” tende a aumentar.
ANOTE ISSO
O efeito tesoura é a relação entre a Necessidade Líquida de Capital de Giro e a 
Capacidade de Giro Próprio.
QUANTO MAIOR A ABERTURA, MAIOR A ATENÇÃO NECESSÁRIA.
9.2 EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) - LAJIDA: 
Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização
EBITDA é a sigla em inglês que significa o lucro antes dos juros, impostos, depreciação 
e amortização. De acordo com Assaf Neto (2015, p. 224), “depara-se com um indicador 
de desempenho bastante conhecido desde longa data pelos analistas de balanços”.
Essa ferramenta, muito difundida em outros países, no Brasil, é conhecida como 
LAJIDA. Trata-se de um parâmetro para a concessão ou não de empréstimo, realizada 
pela rede bancária. Faz parte do escopo de análise de capital de giro, pois, em essência, 
o EBITDA é o lucro operacional.
Ultimamente, o EBITDA passou a ser utilizado no Brasil como indicador de desempenho 
das empresas de capital aberto. Adquiriu notoriedade nos Estados Unidos na década 
de 70, quando as empresas começaram a utilizá-lo como medida temporária para 
analisar somente o período que uma empresa, investindo em infraestrutura, levaria para 
prosperar no longo prazo, a partir do instante em que, excluindo os juros do dinheiro 
tomado, emprestado e somado à depreciação dos ativos, os investidores teriam uma 
medida de performance futura da empresa, avaliando apenas a parte operacional.
Em linhas gerais, o EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia, 
ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, 
sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 108
Cálculo:
Umprimeiro passo é calcular o lucro operacional, que, de acordo com o critério 
utilizado para análise econômica e financeira, é obtido com a subtração, a partir da 
receita líquida, do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) e das despesas operacionais, 
somados às receitas financeiras.
Para calcular, é preciso somar ao lucro operacional a depreciação e a amortização 
inclusas no CPV e nas despesas operacionais, isso porque essas contas não representam 
saída de caixa efetiva no período. Em resumo, a depreciação de um equipamento 
quantifica a perda de sua capacidade produtiva graças ao uso ou ao tempo e, portanto, 
a perda de seu valor para a empresa. Essa perda, vale ressaltar, é econômica e não 
financeira, ou seja, não há um desembolso efetivo de recursos no período.
Outra conta que deve ser acrescentada ao Lucro Operacional é a despesa financeira, 
que foge do escopo de análise do indicador, ou seja, de efetivo desempenho operacional. 
Ou seja, para o cálculo do EBITDA, adicionam-se os juros, a depreciação e a amortização 
ao Lucro Operacional Líquido antes dos impostos.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
2017 2018
Receita Operacional Bruta 4.183.373 4.850.239
Imposto sobre vendas (1.137.349) (1.304.244)
Receita Operacional Líquida 3.046.024 3.545.995
Custo do produto vendido (1.298.184) (1.474.969)
Lucro Bruto 1.747.840 2.071.026
Despesas operacionais
Administrativas 261.617 261.611
Comerciais 944.826 1.216.400
Depreciação 61.983 88.511
Soma das Despesas Operacionais (1.268.426) (1.566.522)
Receitas financeiras 45.087 53.157
Resultado ou Lucro Operacional 524.501 557.661
Despesas financeiras (58.125) (73.606)
Resultado antes do IR e CSLL 466.376 484.055
Imposto de renda e CSLL (102.524) (118.504)
Resultado ou Lucro Líquido 363.852 365.551
Tabela 8 – DRE - EBITDA
Fonte: o próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 109
Lembrando que o EBITDA é o resultado antes dos juros, dos impostos, da depreciação 
e da amortização.
Se partimos do Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL, já eliminamos os 
impostos. Como os juros (Despesas Financeiras) já foram subtraídos, para encontrar 
o Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL, devemos somá-los. A depreciação, 
como os juros, também já foi subtraída; para encontrar o Resultado antes do Imposto 
de Renda e CSLL, devemos somá-la.
Vamos ao cálculo:
1. Localizar na DRE o Resultado antes do Imposto de Renda. No ano 1: 436.376; 
e no ano 2: 484.055.
2. Localizar na DRE o valor das Despesas Financeiras. Preste atenção: na DRE, as 
Despesas Financeiras aparecem entre parênteses, demonstrando que o valor 
está sendo deduzido. Para os demais cálculos, o valor é grafado sem parênteses. 
No ano 1: 58.125; e no ano 2: 73.606.
3. Localizar na DRE o valor das Depreciações. No ano 1: 61.983; e no ano 2: 88.511.
4. De posse de todas as informações, resta-nos somente somar os três valores para 
encontrarmos o Resultado antes da Depreciação, dos juros e do IR. Vamos lá:
• ANO 1: Resultado antes do IR, que também é conhecido como LAIR: 466.376, 
mais o valor das Despesas Financeiras: 58.125. Finalmente, mais o valor das 
Depreciações: 61.983.
• ANO 2: Resultado antes do Imposto de Renda, que também é conhecido como 
LAIR: 484.055, mais o valor das Despesas Financeiras: 73.606. Finalmente, mais 
o valor das Depreciações: 88.511.
Pronto, já calculamos o EBITDA! Vejamos o resumo a seguir:
Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL 466.376 484.055
+ Despesas Financeiras 58.125 73.606
+ Depreciação 61.983 88.11
EBITDA 586.484 646.172
Tabela 9 – EBITDA - Cálculo
Fonte: o próprio autor.
Análise: 
• ANO 1: EBITDA 19,25% da ROL; 
• ANO 2: EBITDA 18,22% da ROL.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 110
Do ano 1 para o ano 2, houve uma pequena redução de 1 ponto percentual que, 
com pouco esforço, será revertida.
Receita Operacional Líquida 3.046.024 3.545.995
EBITDA: ANO 1: 586.484; e ANO 2: 646.172
ANO 1: 586.484 / 3.046.024 = 19,25%
ANO 2: 646.172 / 3.545.995 = 18,22%
Como a empresa opera com vendas a prazo e o EBITDA é calculado como se a 
Receita Operacional Bruta fosse totalmente à vista, devemos analisar o Caixa das 
Atividades Operacionais ajustado. 
Para encontrarmos o CAO ajustado, vamos retirar o Imposto de Renda a pagar e 
acrescentar as Receitas Financeiras. Assim, o CAOA aproxima-se do EBITDA, uma vez 
que excluímos o efeito tanto do Imposto de Renda quanto das Receitas Financeiras.
Caixa das Atividades Operacionais Ajustado (CAOA)
CAO 376.442
+ Imposto de Renda 102.524
+ Receitas Financeiras 53.157
= CAOA para comparação com o EBITDA 532.123
Percentual da ROL 15,01%
Tabela 10 – EBITDA - Cálculo com o CAO
Fonte: o próprio autor.
A tabela mostra que também o CAOA tem uma boa geração de caixa. O mercado 
financeiro limita o crédito das empresas em 2,5 vezes o EBITDA, comparado com o 
Passivo Oneroso.
Passivo Oneroso ANO 1: 926.70
Passivo Oneroso ANO 2: 1.091.289
EBITDA ANO 1: 586.484
EBITDA ANO 2: 646.172
Relação Passivo Oneroso/EBITDA do ANO 1: 1,58, isto é, a relação entre o Passivo 
Oneroso e o EBITDA mostra que a empresa, no ano 1, tinha capacidade de contratar 
novos empréstimos no mercado financeiro, pois sua relação é menor que 2,5.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 111
Relação Passivo Oneroso/EBITDA do ANO 2: 1,69, isto é, a relação entre o Passivo 
Oneroso do EBITDA mostra que a empresa, no ano 2, tinha a capacidade de contratar 
novos empréstimos no mercado financeiro, pois sua relação é menor que 2,5.
De acordo com Assaf Neto (2015, p. 224):
O EBITDA revela, em essência, a genuína capacidade operacional de 
geração de caixa de uma empresa, ou seja, sua eficiência financeira 
determinada pelas estratégias operacionais adotadas. Quanto maior 
o índice, mais eficiente se apresenta a formação de caixa proveniente 
das operações (ativos), e, melhor ainda, a capacidade de pagamento 
aos proprietários de capital e investimentos demonstrada pela 
empresa. A relação entre o EBITDA e as despesas financeiras de 
competência de determinado período é consagrada pelos analistas 
financeiros como o índice de cobertura de juros, denotando o potencial 
operacional de caixa da empresa em remunerar seus credores.
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja, no artigo a seguir, da Infomoney, a aplicabilidade do EBITDA como fator da 
gestão do giro.
Acesse: https://www.infomoney.com.br/guias/ebitda/.
ANOTE ISSO
O mercado financeiro limita o crédito das empresas em 2,5 vezes o EBITDA.
https://www.infomoney.com.br/guias/ebitda/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 112
CAPÍTULO 10
DECISÃO DE FINANCIAMENTO I
Uma das etapas do escopo da administração financeira e orçamentária é a decisão 
de financiamento.
Para lembrarmos, as três decisões que são direcionadoras da gestão financeira são:
1- Decisão operacional;
3- Decisão de financiamento;
4- Decisão de investimento.
Todas possuem sua relevância e amplitude em nossa disciplina, mas com o mesmo 
foco direcionador: a maximização da riqueza para os sócios/acionistas.
Título: Decisão de financiamento - Gráfico
Fonte: https://pixabay.com/photos/financial-planning-report-chart-3207895/
Neste capítulo, iremos aprender quais são as metodologias e ferramentas aplicadas 
para o processo decisório na etapa de escolha de financiamento da organização.
Anteriormente, vimos que o administrador financeiro necessita entender quais são 
as opções disponíveis para poder manter a organização ativa em sua rotina operacional 
e que para isso ele deve entender a estrutura do Balanço Patrimonial, em específico, 
na captação de recursos, seja por meio do capital próprio ou do capital de terceiros.
https://pixabay.com/photos/financial-planning-report-chart-3207895/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINEMIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 113
Quando o administrador opta por financiar a organização pelo capital de terceiros, 
deve ter ciência do quão custoso é e quais impactos causam na estrutura da gestão 
financeira a curto e longo prazo. 
Diante disso, algumas perguntas surgem:
1- Qual opção de captação de recursos é mais adequada: a própria ou terceirizada?
2- Qual taxa seria interessante que remunerasse o investimento feito?
3- Na utilização de ambas as formas de financiamento, qual dado identifica que a 
empresa está “caminhando” corretamente?
4- O que é o custo de capital?
Essas questões serão abordadas neste capítulo.
Além disso, abordaremos os seguintes tópicos:
1- Custo de Capital;
2- Alavancagem financeira (caixa);
3- Estrutura de capital.
10.1 Estrutura de capital
Uma das mais relevantes ações da administração financeira e orçamentária é a 
etapa decisória sobre a definição da obtenção de recursos financeiros.
O termo “financiamento”, ou “decisão de financiamento”, é comumente utilizado na 
gestão financeira das empresas, tanto pela literatura quanto na prática. Ele evidencia 
a necessidade da utilização de valores advindos de recursos captados no mercado 
para satisfazer questões relacionadas à continuidade, à lucratividade, à perpetuidade 
e à sobrevivência das organizações.
A literatura sobre a decisão de financiamento traz uma série de conteúdos que 
evidenciam, de forma estruturada, quais são as opções de captação de recursos 
financeiros no mercado.
Inicialmente, devemos conhecer a estrutura por meio do Balanço Patrimonial, que 
nos fornece uma visão da opção de captação por recursos próprios e de terceiros. 
Vale ressaltar que, dentro das contas pertencentes ao grupo passivo, vamos direcionar 
atenção ao passivo de longo prazo (não circulante), pois as contas de curto prazo são 
comumente entendidas como operacionais e fazem parte da decisão de curto prazo.
Segue modelo sugerido da estrutura de capital:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 114
Título: Estrutura de capital
Fonte: Hoji (2012, p. 187).
Hoji (2012, p. 186) afirma:
Para fins de análise e tomada de decisões sobre estrutura de capital, 
são considerados somente os fundos permanentes e de longo prazo, 
pois as estruturas de capital, por serem de natureza estratégica, não 
são frequentemente alteradas. Entretanto, pela escassez do capital 
de longo prazo, o capital de curto prazo pode assumir importância 
significativa em algumas empresas.
Ainda, conforme Padoveze (2015, p. 161), “dentro da estrutura do passivo, não se 
consideram fontes de capital os passivos normais decorrentes do financiamento dos 
custos das operações da empresa [...]”, pois a análise utilizando as ferramentas de 
alavancagem e custo de capital focam as fontes de longo prazo. Dessa forma, vamos 
aplicar e manter esse conceito no decorrer do capítulo.
Seguem as contas que serão relevantes para o cálculo do grau de alavancagem 
financeira e custo de capital.
Para o grupo Passivo Não Circulante: 
1- Empréstimos a longo prazo;
2- Financiamento a longo prazo;
3- Exigível a longo prazo.
Para o grupo Patrimônio Líquido:
1- Integralização de capital;
2- Ações preferenciais e ordinárias;
3- Reserva de lucro;
4- Reserva de capital.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 115
Para a análise da utilização das fontes de capital próprio e de terceiros, o administrador 
financeiro necessita conhecer algumas contas da estrutura da Demonstração do 
Resultado do Exercício, como despesas financeiras, vendas brutas e líquidas etc.
Agora que aprendemos a estrutura de capital, a diferença entre capital próprio e 
de terceiros e a importância do uso dessas fontes para o crescimento da entidade, 
devemos entender quais são as ferramentas que propiciam um auxílio na tomada de 
decisão entre elas.
Além disso, o uso das fontes acarreta custos. O gestor financeiro deve levantar 
esses valores e controlar de forma a não ser exacerbado o suficiente para prejudicar 
a saúde financeira. Dessa forma, quando há a possibilidade de projeção ou orçamento 
do uso de capital de terceiros, de capital próprio ou de ambos, é importante ter ciência 
antecipadamente do impacto que isso terá no longo prazo no âmbito financeiro.
Após entendermos sobre a estrutura de capital, a seguinte etapa é conhecer as 
ferramentas para a decisão de financiamento. As metodologias que auxiliam nesse 
caso são:
1- Custo de Capital - CMPC;
2- Alavancagem do caixa. 
ANOTE ISSO
CAPITAL DE TERCEIROS = Passivo - captação externa de capital;
CAPITAL PRÓPRIO = PL - captação interna de capital.
10.2 Custo de capital
Existem vários meios e opções no mercado para a captação de recursos financeiros. 
O administrador financeiro tem o papel de conhecer as ferramentas que auxiliem 
para obter e utilizar recursos advindos de capital de terceiros ou próprio, além de sua 
aplicabilidade prática na organização.
Conforme afirma Padoveze (2015), o custo de capital é definido como a taxa de 
retorno mínima requerida pelos investidores. Dessa forma, partimos da ideia de que 
uma taxa que proporcione uma análise adequada do capital ideal, ou seja, a captação 
de recursos de terceiros e/ou próprio, auxilia o administrador quanto a qual escolha 
deve fazer na aplicação do seu negócio. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 116
Para tanto, o conceito de custo de capital tem suma importância para chegarmos 
à fórmula que nos interessa.
O custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa precisa para 
obter nos projetos em que investe, para manter o valor de mercado 
de sua ação. Também pode ser considerada a taxa de retorno exigida 
pelos fornecedores de capital no mercado, para que seus fundos 
sejam atraídos para a empresa. [...] O custo de capital é um conceito 
de extrema importância (GITMAN, 2010, p. 432).
O custo de capital é um mecanismo de medição que é afetado por vários fatores 
externos e internos, portanto o administrador financeiro deverá ter ciência desses 
impactos que possam afetar o cálculo do custo. Além disso, na estrutura da fórmula, 
são utilizadas relações entre risco e retorno (serão abordadas mais à frente) que 
evidenciam fatores positivos e, dessa forma, podem oscilar, portanto o ideal é atentar-
se quanto aos riscos e entendê-los.
Os conceitos sobre risco e retorno serão abordados em profundidade nos capítulos 
voltados à decisão de investimentos, porém é fundamental para a etapa financeira da 
decisão de financiamento conhecer alguns exemplos de possíveis riscos aderentes à 
empresa e aquéns à organização.
Exemplo: risco de que a empresa não consiga arcar com os custos operacionais 
e as obrigações financeiras (aluguéis, juros etc.).
A ideia é captar os custos de fontes específicas de capital e sua combinação para 
determinar o custo médio ponderado de capital. Serão focados os fundos de longo 
prazo, pois são eles que proporcionam o financiamento permanente. O financiamento 
de longo prazo sustenta os investimentos da empresa em ativos imobilizados. São 
eles: dívidas de longo prazo, ações preferenciais, ações ordinárias e lucros retidos 
para empresas de grande porte com abertura na bolsa de valores; para as menores, 
utilizam-se dívidas de longo prazo.
ANOTE ISSO
Capital Ideal = equilíbrio entre a aplicação de fontes de capital de terceiros e 
capital próprio.
CUSTO DE CAPITAL = taxa de retorno mínima requerida pelos investidores.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 117
Título: Fonte de capital de longo prazo
Fonte: adaptada de Gitman (2010).
Por que precisamos determinar o custo médio ponderado de capital de uma empresa?
1ª Situação 
Suponha que uma empresa tenha a oportunidade de investimento:
• Investimento inicial: R$ 100.000
• Duração: 20 anos
• TIR: 7%
• Custo da fonte mais barata de financiamento,capital de terceiros: 6%
Em vista dessas informações, o administrador financeiro da empresa estaria disposto 
a aceitar realizar o investimento.
2ª Situação
Uma semana mais tarde a empresa, tem outra oportunidade de investimento:
• Investimento inicial: R$ 100.000,00
• Duração: 20 anos
• TIR: 12%
• Custo da fonte de financiamento mais barato, capital próprio: 14%
Nesse caso, a empresa rejeita a oportunidade de investimento, pois o custo de 
financiamento de 14% é superior ao retorno esperado de 12%
3ª Situação 
Agora, suponha que a empresa possa utilizar as duas fontes, com metade do capital 
de cada fonte: 50% de cada.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 118
Tabela 11 – Comparativo custo próprio x de terceiros
Fonte: o próprio autor.
Com esse custo, a primeira oportunidade de investimento teria sido rejeitada (7% 
TIR < 10% do custo médio ponderado); e a segunda, aceita (12% TIR > 10% do custo 
médio ponderado). Esse resultado seria preferível.
Como ilustrado no exemplo, o uso desse enfoque para avaliar oportunidades de 
investimento projeto a projeto não é o mais adequado aos acionistas da empresa. 
No longo prazo, a empresa deve fazer investimentos que maximizem seu valor, e isso 
só pode ser conseguido quando a empresa aceita projetos que oferecem retornos 
superiores ao seu custo médio ponderado de capital.
10.2.1 Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)
O Weighted Average Cost of Capital (WACC), conhecido como Custo Médio Ponderado 
de Capital (CMPC), é a rentabilidade mínima exigida pelos credores e acionistas/sócios 
ou a média ponderada pelo valor de mercado dos custos de capital de terceiros e 
próprio.
Fórmula:
WACC = (Ke * We) + Kd * (1-t) * Wd
Ke = Custo de Capital próprio
Kd = Custo do Capital de terceiros
We = Percentual do capital próprio na estrutura de capital
Wd = Percentual de capital de terceiros na estrutura de capital
t = Alíquota efetiva de impostos de renda e contribuição social da companhia
Exemplo prático:
Um negócio requer o investimento de R$ 500.000,00, sendo que:
• o capital próprio = R$ 400.000,00 ou 80% virão dos sócios;
• o capital de terceiros = R$ 100.000,00 ou 20% virão de credores e bancos;
• sócios = esperam receber em forma de dividendos 18% a.a. sobre R$ 400.000,00;
• terceiros = juros de 15% sobre R$ 100.000,00.
A empresa terá que pagar ao ano:
• aos sócios = (18% * 400.000,00) = 72.000,00 ao ano de dividendos;
• a terceiros = (15% * 100.000,00) = 15.000,00 de juros aos bancos/credores;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 119
• total a pagar = R$ 87.000,00;
• custo de capital = 87.000 / 500.000 = 17,4%.
Ou:
WACC = 18% * 80% + 15% * 20% = 17,4%
Lembrando que t é a taxa de benefício do regime tributário. Nesse caso, para uma 
empresa que opta pelo Lucro Real, como os juros pagos pela dívida são dedutíveis 
de imposto de renda, aplicam-se.
O benefício fiscal da dívida (tax shield) tem que ser refletido no Custo de Capital, 
portanto a fórmula fica desta forma: alíquota de imposto sobre o lucro tributável = 34%.
WACC = (Ke * We) + Kd * (1-t) * Wd
WACC = 18% * 80% + 15% * (1-34%) * 20% = 16,38%
Custo de Capital Efetivo = 16,38% ou 5.100,00 de benefício fiscal.
Conforme o exemplo, é importante considerarmos alguns aspectos:
1. Para fixação, a fórmula é: WACC = (Ke * We) + Kd * (1-t) * Wd.
2. A fórmula fornece uma taxa que analisa o peso ponderado da utilização de cada 
uma das fontes e determina um percentual. O administrador financeiro é quem 
determinará qual a taxa adequada à realidade da empresa e o que ela busca.
3. É fundamental não esquecer os conceitos voltados ao risco, que pode ser interno 
ou externo, e quando complementado com o retorno, usualmente é positivo. Deve-
se olhar de forma realista e não se esquecer de que se trata de um parâmetro 
resultante de uma probabilidade por ter erro acima ou abaixo.
Conforme afirma Hoji (2012, p. 203):
Quanto maiores forem as incertezas, maiores serão os riscos e, portanto, 
maiores deverão ser os retornos dos investimentos. As taxas de juros 
determinam o custo de capital e flutuam muito no longo prazo, o que 
dificulta a estimativa das taxas futuras. [...] O custo do capital deve ser 
determinado de forma a ser o mais “realista” [...]. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Leia, no artigo a seguir, sobre a utilização do CMPC (WACC) para as 
organizações.
Acesse: https://investorcp.com/financas-corporativas/custo-medio-ponderado-de-
capital/.
WACC = (Ke * We) + Kd * (1-t) * Wd
https://investorcp.com/financas-corporativas/custo-medio-ponderado-de-capital/
https://investorcp.com/financas-corporativas/custo-medio-ponderado-de-capital/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 120
CAPÍTULO 11
DECISÃO DE FINANCIAMENTO II 
- ALAVANCAGEM FINANCEIRA
Prezado(a) aluno(a), seguindo o conceito de decisão de financiamento, vamos 
aprender, neste capítulo, outra metodologia para o controle e o gerenciamento do 
uso de capital de terceiros como forma de financiamento para a organização.
Vimos, no começo deste livro, o objetivo principal da administração financeira 
e orçamentária: maximização da riqueza da entidade para os sócios/acionistas. 
Dentro da visão de riqueza, listamos, até agora, conceitos e ferramentas de análise 
das demonstrações financeiras, gestão do capital de giro e das duplicatas a pagar e 
receber e gestão de decisão de financiamento.
No capítulo anterior, notamos a necessidade de entender qual o impacto das decisões 
de financiamento e que se pode fazer por meio de capital de terceiros e capital próprio, 
porém relevante foi a abordagem de que, com uma determinada taxa, conseguimos 
trilhar caminhos mais seguros e pautados em parâmetros para o uso dessas fontes, 
seja optando por uma delas ou utilizando ambas para a gestão financeira.
Quando a organização decide utilizar o capital de terceiros em seu processo de 
financiamento empresarial, ela está aplicando fontes que deverão ser muito bem 
gerenciadas para obter o equilíbrio financeiro.
Anteriormente à utilização da metodologia do cálculo do CMPC, verificamos que essa 
ferramenta fornece dados para tomarmos decisões de forma mais lógica e estruturada, 
sejam elas estratégicas ou operacionais.
Agora, com base na literatura, vamos entender que, ao utilizar a fonte de capital 
de terceiros, a empresa está alavancando seu negócio e, se bem equilibrada, poderá 
ter resultados positivos no curto e longo prazo.
A metodologia da alavancagem financeira traz em sua fórmula uma junção de 
aspectos financeiros de curto e longo prazo, contas essas elencadas dos demonstrativos 
Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Vejamos, então, qual sua utilidade e quais pontos afetam a administração financeira 
e orçamentária.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 121
11.1 Alavancagem financeira (caixa)
Título: Alavancas
Fonte: https://pixabay.com/illustrations/success-strategy-business-solution-2081167/ 
Alavancagem é o uso das fontes de capital de terceiros dentro do processo de 
decisão de financiamento da organização. 
No levantamento da decisão de financiamento, possuímos dois tipos de alavancagem:
1- Alavancagem financeira;
2- Alavancagem operacional.
Neste capítulo, vamos estudar sobre a alavancagem financeira e seus aspectos.
Alavancagem resulta do uso de ativos ou fundos a custo fixo para 
multiplicar os retornos aos proprietários da empresa. De modo geral, 
aumentá-la resulta em maior retorno e risco, ao passo que reduzi-la 
diminui ambos (GITMAN, 2010, p. 468).
Confirmando o conceito, Santos (2010), sobre a importância do uso do conceito 
da alavancagem, afirma que a justificativa econômica para uso de capital de terceiros 
baseia-se no conceito de alavancagem financeira, que o é parâmetro que indica a 
relação entre a variação da rentabilidade do capitalpróprio e a variação da rentabilidade 
do investimento total.
Ainda, conforme Hoji (2012), a análise do grau de alavancagem financeira é um 
importante instrumento de gestão financeira.
Em suma, com base em nosso aprendizado da estrutura de capital, entendemos que 
a alavancagem financeira é a utilização do passivo e sua relação sobre o patrimônio 
líquido, ou seja, quando a empresa emprega valores advindos das fontes de terceiros a 
um determinado custo com os objetivos de lucro e aumento da riqueza dos acionistas.
https://pixabay.com/illustrations/success-strategy-business-solution-2081167/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 122
O sentido etimológico da palavra “alavancagem” vem de alavancar, ou criar uma 
alavanca, para fomentar ou mover “algo”. Aplicado no sentido da administração financeira 
e operacional, é fato que uma organização é financiada conforme sua estrutura 
de capital. Nesse caso, a utilização do passivo é recorrida pelos administradores 
financeiros para mover ou fomentar uma determinada necessidade, podendo ser um 
projeto específico, um investimento em algum setor da empresa ou, simplesmente, 
objetivar o lucro.
Ainda, conforme já aprendemos sobre o grau de endividamento, é evidente que 
é uma consequência. Quando a organização busca captar fundos no mercado, o 
endividamento é um fato, porém isso é comum na gestão financeira das organizações 
de modo geral.
O ponto alto nesse aspecto é a organização preocupar-se com a administração 
adequada da alavancagem para obter um resultado positivo, por isso, no cálculo, 
temos três possíveis situações do grau de alavancagem:
1- Grau de alavancagem positiva ou alavancada;
2- Grau de alavancagem negativa ou prejudicada;
3- Grau nulo de alavancagem.
Veremos, no próximo tópico, sobre cada um dos resultados possíveis do grau de 
alavancagem.
A estrutura da fórmula para o cálculo da alavancagem financeira contém contas 
trazidas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
Algumas das contas que são utilizadas para o cálculo são:
1- Despesas financeiras: DRE;
2- Empréstimos: Passivo - Balanço Patrimonial;
3- Exigível a longo prazo: Passivo - Balanço Patrimonial.
Ainda, na alavancagem financeira, temos as fontes de financiamento nas quais 
obtemos recursos para o giro do negócio. Dentro do mercado de crédito direcionado 
ao capital de terceiros, é uma das formas de obtenção de recursos, e no capital próprio, 
temos o mecanismo de integrar um novo sócio ou abrir o capital para oferecer ações 
ao mercado de capitais.
De acordo com Padoveze (2015, p. 179), seguem as formas de fontes de financiamento:
Os mercados monetários, de crédito e de capitais são as fontes de 
financiamento. Elas são classificadas em fontes de recursos próprios 
ou de terceiros, caso sejam ou não de crédito dos sócios ou acionistas.
As fontes de recursos próprios são:
• integralização de capital social;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 123
• reinversão de lucros.
• As principais fontes de recursos de terceiros são:
• financiamentos bancários;
• emissões de títulos de dívidas;
• debêntures;
• project finance;
• leasing.
11.1.1 Cálculo da alavancagem financeira
Alavancagem financeira é a utilização de recursos onerosos de terceiros pela 
empresa em benefício dos sócios.
Se o GAF for igual a 1,0 = prejudicada.
Se o GAF for maior que 1,0 = alavancada.
Se o GAF for menor que 1,0 = não alavancada.
GAF = TRI + (TRI – CD) x (PO / PL)
 TRI
GAF: Grau de Alavancagem Financeira 
Dentro do ativo: usualmente, o administrador financeiro utiliza o capital quando 
sobra no caixa para estoque ou o coloca no mercado financeiro.
A estrutura da fórmula da alavancagem financeira reúne as taxas de remuneração 
do investimento somadas ao custo da dívida e à distribuição do passivo oneroso com 
o patrimônio líquido.
Anteriormente, vimos sobre o passivo oneroso. Dentro da estrutura do passivo, 
trabalhamos com contas que são onerosas e não onerosas.
As contas onerosas são aquelas vinculadas a juros advindos da captação desse 
recurso, como o empréstimo.
GAF = TRI + (TRI – CD) x (PO / PL)
 TRI
TRI: Taxa que Remunera o Investimento = Resultado Operacional / Invest. x 100
 *Atenção = Investimento da fórmula não é do ativo.
Investimento = Ativo Total (-) Passivo Não Oneroso
PO: Passivo Oneroso = Empréstimo Curto Prazo (+) ELP (Exigível a Longo Prazo)
PÑO: Passivo Não Oneroso = Total Passivo (-) Empréstimo e ELP
CD: Custo da Dívida = Despesa Financeira / Passivo Oneroso x 100
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 124
Título: Alavancagem financeira
Fonte: Hoji (2012, p. 190).
Exemplo:
Conforme os dados da Sociedade Empresária, a seguir, formule o Grau de 
Alavancagem Financeira (GAF) e sua análise:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO ANO 2017 ANO 2018
CIRCULANTE 1.954.080,00 2.372.105,00
Caixa/Banco 110.705,00 297.238,00
Aplic. financeiras 161.942,00 163.463,00
Clientes a Receber 1.078.578,00 1.291.437,00
Estoques 558.279,00 537.563,00
Outras contas 44.576,00 82.404,00
NÃO CIRCULANTE 1.739.353,00 1.868.537,00
RLP 154.804,00 174.343,00
Investimentos 222.301,00 214.391,00
Imobilizado 1.383.518,00 1.590.644,00
Deprec. Acumulada -61.983,00 -150.494,00
Imobilizado 1.383.518,00 1.590.644,00
Intangíveis 40.713,00 39.653,00
TOTAL ATIVO 3.693.433,00 4.240.642,00
Tabela 12 – Balanço Patrimonial Ativo - exemplo de alavancagem financeira
Fonte: o próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 125
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO ANO 2017 ANO 2018
CIRCULANTE 821.986,00 995.122,00
Fornecedores 222.116,00 227.777,00
Empréstimos 293.606,00 372.668,00
Desp. Oper. a Pagar 119.725,00 180.702,00
Impostos a Pagar 84.015,00 95.471,00
Prov. do IR 102.524,00 118.504,00
NÃO CIRCULANTE 633.099,00 718.621,00
ELP 633.099,00 718.621,00
TOTAL PASSIVO 1.455.085,00 1.713.743,00
PL
Capital Social 1.874.496,00 1.797.496,00
Reserva de Lucro 363.852,00 729.403,00
Prejuízo Acum. 0,00 0,00
TOTAL PL 2.238.348,00 2.526.899,00
TOTAL PASS. + PL 3.693.433,00 4.240.642,00
Tabela 13 – Balanço Patrimonial Passivo - exemplo de alavancagem financeira
Fonte: o próprio autor.
DRE ANO 2017 ANO 2018
ROB 4.183.373,00 4.850.239,00
(-) Imp. sobre venda 1.137.349,00 1.304.244,00
(=) ROL 3.046.024,00 3.545.995,00
(-) CMV 1.298.184,00 1.474.969,00
(=) Lucro Bruto 1.747.840,00 2.071.026,00
(-) Desp. Operacionais 1.268.426,00 1.566.522,00
Adm. 261.617,00 261.611,00
Comercial 944.826,00 1.216.400,00
Depreciação 61.983,00 88.511,00
(+) Receitas Finan. 45.087,00 53.157,00
(=) Resultado Op. 524.501,00 557.661,00
(-) Desp. Finan. 58.125,00 73.606,00
(=) LAIR 466.376,00 484.055,00
(-) Prov. IR 105.524,00 118.504,00
(=) LL 363.852,00 365.551,00
Tabela 14 – DRE - exemplo de alavancagem financeira
Fonte: o próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 126
Resolução:
2017 2018
Ativo Total 3.693.433,00 4.240.642,00
Passivo não oneroso -528.380,00 -622.454,00
Investimentos 3.165.053,00 3.618.188,00
Passivo Oneroso -926.705,00 -1.091.289,00
PL 2.238.348,00 2.526.899,00
Tabela 15 – Resolução - exemplo de alavancagem financeira
Fonte: o próprio autor.
Ano 2017
Primeiramente, vamos descobrir a Taxa de Retorno de Investimento:
TRI = RO / Investimento x 100
TRi = 524.501 / 3.165.053 x 100
TRi = 16,57%
Depois, descobrimos o Custo da Dívida:
CD = DF / PO x 100
CD = 58.125 / 926.705 x 100 = 6,27%
CD = 6,27%
GAF = 16,57 + (16,57 - 6,27) x ( 926.705 / 2.238.348) / 16,57
GAF = 16,57 + (10,30) x (0,41) / 16,57
GAF = 16,57 + 4,22 / 16,57
GAF = 1,25
Ano 2018
Primeiramente, vamos descobrir a Taxa de Retorno de Investimento:
TRI = RO / Investimento x 100
TRi = 557.661 / 3.618.188 x 100
TRi = 15,41%
Depois, descobrimoso Custo da Dívida:
CD = DF / PO x 100
CD = 73.606 / 1.091.289 x 100 = 6,74%
CD = 6,74%
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 127
GAF = 15,41 + (15,41 - 6,74) x (1.091.289 / 2.526.899) / 15,41
GAF = 15,41 + (8,67) x (0,43) / 15,41
GAF = 15,41 + 3,73 / 15,41
GAF = 1,24
Resultado final:
GAF ano 2017: 1,25%
GAF ano 2018: 1,24%
Análise: em ambos os anos, o grau de alavancagem foi maior que 1, portanto a 
empresa está alavancada. Dessa forma, a utilização de recursos onerosos de terceiros 
pela empresa está em benefício dos sócios/acionistas.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 128
CAPÍTULO 12
PLANEJAMENTO 
ORÇAMENTÁRIO I
Prezado(a) aluno(a), conforme já aprendemos, a administração financeira e 
orçamentária é uma ciência que objetiva a maximização da riqueza da empresa para 
os sócios/acionistas. Diante disso, há vários questionamentos de como obter riqueza 
e de quais ferramentas e metodologias aplicáveis à empresa nos movem a atingirmos 
esse objetivo.
Neste livro, conseguimos conhecer algumas dessas metodologias que, aplicadas 
nas organizações, auxiliam na busca do resultado positivo da gestão financeira do 
negócio.
Nos capítulos anteriores, vimos, em várias etapas sequenciais, os seguintes tópicos 
que fornecem base para uma série de ações possíveis de aplicação prática para 
conseguirmos visualizar como está a administração financeira do negócio e como 
trilhar o caminho que direciona a saúde econômico-financeira positiva.
Inicialmente, vimos a necessidade do conhecimento da estrutura da empresa, e 
uma das formas de se obtê-la é conhecer as demonstrações financeiras. O Balanço 
Patrimonial evidencia a situação patrimonial da organização, enquanto a Demonstração 
do Resultado do Exercício mostra a situação líquida da empresa e se o resultado 
(lucro) está adequado à necessidade da organização.
Outra demonstração extremamente relevante é a Demonstração de Fluxo de Caixa, 
que nos mostra a situação financeira nos âmbitos operacional, de financiamento e 
investimento.
Outras metodologias que abordamos no decorrer no livro direcionam a entidade ao 
objetivo macro da administração financeira e orçamentária: a maximização da riqueza.
O primeiro passo foi dado. Nos capítulos iniciais, trabalhamos no sentido de conhecer 
a real situação econômico-financeira da empresa. Temáticas como liquidez, solvência, 
rentabilidade, lucratividade etc. trazem consigo pontos que, somados, mostram a 
realidade do negócio no âmbito financeiro.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 129
O segundo passo foi entendermos se a organização possui uma administração do 
seu capital de giro e se administrava corretamente o uso de financiamento, objetivando 
um equilíbrio na captação de fontes de terceiros e própria.
Perceba que tais conteúdos nos proporcionaram um olhar do fator histórico da 
empresa: o de “como” a organização está agora. 
A etapa que vamos iniciar agora é um olhar ao “futuro”; usar mecanismos de projeção 
que auxiliem o administrador financeiro a planejar de forma a reduzir custos e otimizar 
seu resultado, ou seja, vamos entender e conhecer sobre o orçamento e suas diferentes 
abordagens.
 
12.1 Orçamento
Título: Plan - planejar orçamento
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/vetor/infogr%C3%A1fico-de-diagrama-do-c%C3%ADrculo-pdca-com-estilo-plano-gm1320094390-
406762846?phrase=PDCA 
Um dos estudos provenientes da gestão de negócios é conhecido como ciclo PDCA, 
que fornece uma visão das etapas da administração de uma empresa. Esse conceito 
muito amplo lista ações que, colocadas por etapa, objetivam um resultado positivo 
para a gestão como um todo.
Uma das etapas do ciclo PDCA é o “Planejamento”, a primeira etapa a ser cumprida 
quando aplicada. Nessa etapa, o administrador tem como foco um vislumbre da meta 
que se propõe a chegar, mas não de forma lúdica e sim de forma estruturada e lógica.
O “Orçamento” é uma das fases mais importantes aplicadas à gestão das 
organizações. Trata-se de uma ferramenta que faz parte do planejamento da 
administração financeira e orçamentária.
Algumas questões que serão respondidas ao estudarmos este capítulo são:
https://www.istockphoto.com/br/vetor/infogr%C3%A1fico-de-diagrama-do-c%C3%ADrculo-pdca-com-estilo-plano-gm1320094390-406762846?phrase=PDCA
https://www.istockphoto.com/br/vetor/infogr%C3%A1fico-de-diagrama-do-c%C3%ADrculo-pdca-com-estilo-plano-gm1320094390-406762846?phrase=PDCA
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 130
1- O que é o orçamento?
2- O que compõe o orçamento?
3- Quais os formatos de orçamentos aplicáveis à gestão financeira das organizações?
Mas o que é o orçamento?
O orçamento é o plano financeiro para implementar a estratégia da 
empresa para determinado exercício. É mais do que uma simples 
estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores em 
termos de metas a serem alcançadas (FREZATTI, 2009, p. 46).
Ainda, conforme Caggiano e Figueiredo (2017, p. 21), “o conceito de orçamento, 
além de ser parâmetro para avaliação dos planos, permite a apuração do resultado 
por área de responsabilidade [...]”.
O orçamento tem como objetivo acompanhar o desempenho da empresa e assegurar 
que os desvios sejam analisados e adequadamente controlados. Para isso, faz-se 
necessário seu acompanhamento diário.
Dentre os objetivos do orçamento, destacam-se: 
1) o planejamento, que permite programar as atividades de longo prazo da empresa; 
2) a coordenação, que ajuda a administrar as atividades das diversas áreas;
3) a comunicação, que disponibiliza informações sobre os objetivos da empresa 
aos gerentes; 
4) a motivação, que fornece estímulo aos gerentes para que atinjam metas;
5) o controle, que nada mais é do que comparar o planejado com o executado e, 
por fim, a avaliação de cada gerente em seus respectivos departamentos. 
Em síntese, as características de um orçamento podem ser vistas como a projeção 
do futuro, a flexibilidade na aplicação e a participação direta dos responsáveis.
12.1.1 Composição do orçamento
O orçamento é um mecanismo que pode apresentar vários orçamentos por área 
ou individuais.
Seguem alguns dos orçamentos mais utilizados:
1- Orçamento de vendas;
2- Orçamento de produção e custo;
3- Orçamento de materiais e estoque;
4- Orçamento de despesas gerais;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 131
5- Orçamento de investimentos e financiamentos.
Além dos orçamentos direcionados às necessidades específicas por setor na 
empresa, existem modelos de orçamento e sua utilidade específica. Veremos, ainda 
neste capítulo, sobre eles. 
Seguem alguns modelos utilizados nas organizações:
1- Orçamento contínuo;
2- Orçamento base zero;
3- Orçamento flexível;
4- Orçamento estático.
ANOTE ISSO
Orçamento = objetiva acompanhar o desempenho da empresa e assegurar que 
os desvios sejam analisados e adequadamente controlados. Para isso, faz-se 
necessário seu acompanhamento diário.
12.1.2 Vantagens e desvantagens do planejamento orçamentário
O “Planejamento Orçamentário” é amplo e atinge vários setores. Mesmo que o 
administrador financeiro desenvolva com o setor financeiro, ele necessita de coesão 
entres os líderes de setores, pois, quando formalizado o orçamento, há a necessidade 
de aspectos vinculados a determinado setor, ou seja, quando é definido um objetivo 
para o orçamento em desenvolvimento, há objetivos específicos dos setores.
Dessa forma, nesta etapa, poderão surgir vantagens e desvantagens, porém 
vale lembrar que, para o orçamento fornecer um resultado positivo, ele deverá ter a 
participação de todos os envolvidos.
Seguem algumas vantagens de sua aplicação:
1- Traz uma visão de futuro para o negócio como um todo, sempre direcionando 
para um resultado positivo;
2-Possui uma estrutura clara e objetiva, traduzindo, assim, as etapas, os objetivos 
e a meta que os envolvidos desejam alcançar;
3- Tem linguagem legível e clara para todos os usuários;
4- Fornece o melhor parâmetro de avaliação do desempenho objetivado pela empresa, 
por trazer expectativas bem definidas;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 132
5- Ajuda na integração dos objetivos individuais com o objetivo macro da organização 
no planejamento do orçamento;
6- Gera integração entre departamentos, funções e atividades, direcionando a meta 
orçamentária.
O orçamento possui várias vantagens, como as listadas anteriormente, as quais, 
infelizmente, são as mesmas que podem chegar a se tornar desvantagens se não 
possuírem um direcionamento adequado, coesão dos envolvidos e sua revisão.
O orçamento tem determinada amplitude que envolve vários setores da organização 
e, dessa forma, pode gerar situações indesejáveis e conflituosas se não houver um 
controle adequado.
Além disso, outra desvantagem pode ser a necessidade de atenção dispensada 
para a formulação do orçamento que, muitas vezes, engessa a empresa e trava a 
criatividade, gerando insatisfação.
Veremos sobre algumas metodologias de orçamento.
12.2 Metodologias de orçamento
Os modelos mais utilizados de orçamento são os seguintes:
1- Orçamento contínuo;
2- Orçamento Base Zero (OBZ);
3 - Orçamento flexível;
4 - Orçamento estático ou fixo.
Abordaremos cada um dos orçamentos, lembrando que são algumas das 
metodologias abordadas neste livro.
12.2.1 Orçamento contínuo
Um dos princípios referentes ao planejamento orçamentário é a necessidade de 
avaliação do orçamento definido e implementado. Deve-se sempre verificar o previsto 
versus o realizado, para, se necessário, fazer ajustes e conferir se os objetivos gerais e 
específicos estão se cumprindo conforme estabelecido no orçamento. Um dos modelos 
que auxilia nesse conceito é o orçamento conhecido como contínuo, ou rolling forecast.
Qual a diferença entre budget e forecast?
Budget é o valor executado que será utilizado durante a aplicabilidade do orçamento. 
É definido com base em análises feitas em projeção de custos, despesas e gastos 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 133
provenientes do orçamento. O budget está mais alinhado à meta e aos objetivos 
gerais do orçamento.
 O forecast é um ajuste necessário a ser feito quando o administrador financeiro 
avalia o orçamento.
Conforme Padoveze (2015, p. 244), “a terminologia inglesa budget é mais utilizada 
entre as empresas transnacionais e se refere basicamente ao orçamento dentro do 
conceito estático. A terminologia forecast é utilizada para o conceito de projeções”.
Quando é implementado, o orçamento, usualmente, tem um começo e fim, e os 
responsáveis fazem a avaliação final e confrontam o previsto versus o realizado.
No caso do modelo de orçamento contínuo, a ideia é, mês a mês, avaliar, e, se 
necessário, será feito o ajuste e será inserido um novo mês, eliminando o que já 
passou. Dessa forma, cria-se um ciclo no qual o orçamento dura os doze (12) meses.
São muitas as vantagens do orçamento contínuo. Uma delas diz respeito à precisão, 
pois como é feita essa avaliação mês a mês e prolonga-se mais um mês à frente, e 
a revisão é constante, a precisão desse modelo de orçamento pode ser superior à 
dos outros modelos.
Além disso, a complexidade é menor por já ter estruturado o orçamento em 11 
meses anteriores. Para a organização, é muito interessante sua aplicação, já que 
possui ciclos voláteis.
Em contrapartida, uma das desvantagens é o alto custo, devido às avaliações 
mensais que devem ser feitas e o engajamento necessário da equipe envolvida no 
orçamento.
 
12.2.2 Orçamento Base Zero (OBZ)
O Orçamento Base Zero, ao contrário do orçamento contínuo ou rolling forecast, 
tem como base um desenvolvimento de orçamento por projeto, processo ou atividade.
Como pauta, no conceito de que nem todos os eventos ocorridos no atual ano vão 
se repetir no próximo, é necessário estipular despesas, gastos e custos pautados em 
cada processo, projeto ou atividade, para estabelecer a meta e os objetivos gerais e 
específicos.
Diferentemente do modelo de orçamento tradicional, o OBZ não é pautado com base 
em exercícios anteriores; não necessita de uma média das despesas e dos custos 
calculada com base nos anos anteriores, e sim deixar a especificidade de cada setor 
definir a projeção a ser estipulada para o orçamento.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 134
A filosofia do Orçamento Base Zero está em romper com o passado. 
Consiste basicamente em dizer que o orçamento nunca deve partir 
da observação dos dados anteriores, pois neles podem conter 
ineficiências que o orçamento de tendências acaba de perpetuar 
(PADOVEZE, 2015, p. 241).
Por não ter a visão de anos anteriores, impulsiona os gestores de cada setor a serem 
meticulosos e definirem os dados necessários aplicados e projetados no orçamento, 
visando, assim, uma eficiência de forma estratégica.
O foco direcionador desse modelo de orçamento é a eficiência, reduzindo custos, 
alocando recursos com base na meta atual da empresa e trabalhando, de forma 
meticulosa, a avaliação do previsto e do realizado.
Existem três preceitos que norteiam o Orçamento Base Zero. São eles:
1- Torre: os envolvidos classificam as atividades em ordem de prioridade de forma 
estratégica;
2- Limiar: definem em uma situação crítica que a organização tenha que passar 
e estipulam as atividades, as tarefas e os gastos mínimos que vão incorrer nessa 
situação;
3- Incrementos: definição de despesas e custos das atividades de um departamento, 
evidenciando, assim, o perfil meticuloso que o Orçamento Base Zero propõe.
Por ter como base a especificidade de atividades por setor, uma das vantagens é a 
precisão desse orçamento. Há a visão, de forma clara, de ameaças ao negócio, além 
da possibilidade de adaptação a possíveis mudanças que possam surgir.
Em respeito às desvantagens, pelo fato de o OBZ ser meticuloso, demanda mais 
tempo e engajamento da equipe, além da necessidade de a equipe envolvida estar 
preparada para possíveis mudanças que possam surgir. 
Outro ponto que pode afetar negativamente é a definição de custos mínimos, gastos 
e despesas. Como esse modelo de orçamento não se baseia em exercícios anteriores, 
a dificuldade em elencar, de forma precisa, os valores se torna uma tarefa complexa.
12.2.3 Orçamento flexível
O orçamento flexível, muito utilizado e difundido entre os administradores financeiros, 
traz como escopo a flexibilidade de adaptação e os ajustes necessários no decurso 
da aplicação do orçamento.
Um dos parâmetros utilizados para o orçamento flexível define os gastos variáveis, 
sejam eles custos ou despesas. Essa variação é um fator que caracteriza o orçamento 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 135
flexível e tem como premissa a variabilidade de vendas ou de produção, dependendo 
do segmento de atuação da organização, da indústria, do comércio ou da prestação 
de serviços.
Orçamentos flexíveis são aqueles que, uma vez elaborados, permitem 
modificações ou ajustes de suas previsões em decorrência dos 
desvios observados durante a sua execução entre o que foi fixado 
e o que foi realizado. Esses reajustes podem estar previstos em 
decorrência do prazo de abrangência do orçamento ou mesmo em 
decorrência das oscilações que são normais entre o padrão fixado e 
o desempenho realizado (MARION; RIBEIRO, 2018, p. 200).
Diferentemente do Orçamento Base Zero, o orçamento flexível tem sua base de 
cálculo para os valores previstos baseados nos dados históricos da organização. 
As únicas questões são a variabilidade de ocorrência para mais ou para menos e a 
preparação dos objetivos para osreajustes necessários no período de execução.
Uma das vantagens do orçamento flexível é a possibilidade de efetuar reajustes 
no decorrer da execução orçamentária, pois não é desgastante; pelo contrário, essa 
abertura das correções necessárias é o ponto alto desse modelo de orçamento. 
Para tanto, isso é um dos fatores que explica seu uso para organizações recentes 
que não possuam, ainda, fatores históricos de grande data, com definições já precisas 
dos gastos, dos custos e das despesas, ou que necessitem de mudanças estruturais 
ou conjunturais do mercado e da própria empresa. Empresas com abertura recente 
ainda não têm fatores históricos já definidos, e isso é fator relevante para a aplicação 
do orçamento flexível.
O custo para manter a execução do orçamento flexível é uma das desvantagens, 
pois, devido aos reajustes feitos no decorrer da execução, isso dependerá muito da 
equipe envolvida e de tempo, além de exigir um perfil muito flexível e adaptável à sua 
execução.
12.2.4 Orçamento estático ou fixo
Diferentemente do orçamento flexível, que possibilita adaptações e reajustes no 
período de execução do orçamento, no orçamento estático ou fixo, os envolvidos 
definem seus parâmetros em um determinado valor e não permitem essas alterações 
posteriormente.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 136
O orçamento estático é muito utilizado e difundido entre as organizações, talvez o 
tipo de orçamento mais antigo a ser utilizado. Inicialmente, a equipe cria definições 
pautadas nos fatores como despesas, custos, gastos e investimentos, fixadas de forma 
a serem a projeção definida, e não há abertura para os ajustes diante de mudanças 
ou adequações necessárias.
Esse modelo de orçamento é muito utilizado em grandes organizações, pois 
conseguem aplicar individualmente orçamentos por setores ou atividades distintas, 
porém em qualquer mudança não há necessidade de alteração, pois o orçamento 
geral da entidade não é substancialmente afetado.
Orçamentos fixos são aqueles que, uma vez elaborados, seus objetivos 
não serão modificados até a sua execução final, ainda que desvios 
ocorram na sua execução em relação ao que foi nele padronizado 
para alcançar (MARION; RIBEIRO, 2018, p. 200).
 Por ser estático, uma das vantagens é não ter um custo alto durante sua execução, 
além de não haver necessidade de atuação tão meticulosa quanto no orçamento flexível 
ou o de base zero. O tempo será menor para sua condução e seu controle. Ainda, o 
orçamento estático proporciona uma visão mais explícita de cada setor e, desse modo, 
os gestores das áreas conseguem medir de forma mais específica, gerando, assim, 
fatores de variação e métricas mais fáceis de serem levantados.
Para as empresas de grande porte, é interessante sua aplicação para a tomada 
de decisão e controle, principalmente quando a empresa possui muitas filiais, pois 
define um orçamento mestre e os orçamentos por empresa e setores, e a amplitude 
do orçamento estático é um guia muito relevante nesse caso.
De acordo com Padoveze (2015, p. 242), “O motivo básico dessa utilização é a grande 
necessidade de consolidação dos orçamentos de todas as suas unidades dispersas 
geograficamente, em um orçamento mestre e único da corporação”.
Como o orçamento no modelo estático não traz abertura para flexibilidades, diante 
de situações em que, talvez, fosse interessante um ajuste ou uma complementação, 
pode haver sofrimento em algum aspecto. Nesse caso, como exemplo, foi estabelecido 
o orçamento estático para o setor de cobrança. O mercado no período de execução 
do orçamento traz oportunidades de poder de negociação e abertura para fechar 
acordos com os clientes inadimplentes. O orçamento, por ser “engessado”, não permite 
aproveitar melhor a oportunidade do momento.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 137
12.3 Estratégia e orçamento
Em relação à formulação e à definição do orçamento na organização, o administrador 
financeiro deverá estipular qual modelo é o mais aplicável à realidade da empresa. O 
cenário em que se encontra o mercado onde a empresa está inserida deverá, também, 
ter uma visão tanto estratégica quanto operacional do orçamento.
1- Planejamento estratégico: na definição do orçamento, a organização deve levar 
em conta a leitura e a análise do ambiente e construir cenários de probabilidades de 
ocorrências. Para isso, o administrador deverá pensar de forma estratégica, controlando 
o curto e o longo prazo.
Nesse ponto, a organização deve levantar informações sobre o mercado de atuação 
e fatores como cenário político, social e econômico.
A análise sistemática das informações gerenciais constitui 
um elemento fundamental para a qualidade do planejamento 
orçamentário. Essa análise permite conhecer mais profundamente 
o comportamento das variáveis internas e externas que interferem 
nas atividades e nos resultados (BRAGA, 2015, p. 231).
2- Planejamento operacional: nessa etapa, deve-se levantar as peças orçamentárias 
que serão abordadas no orçamento. No âmbito operacional, são normalmente elencadas 
várias delas, que condizem com as necessidades táticas e operacionais de cada setor 
da organização envolvido no orçamento.
Na etapa operacional, notamos quase que um espelho da demonstração do resultado 
do exercício, pois são refletidos os setores ou as peças orçamentárias abordadas no 
orçamento.
O orçamento operacional compreende as seguintes peças 
orçamentárias:
a) orçamento de vendas;
b) orçamento de produção;
c) orçamento de compras de materiais e estoques;
d) orçamento de despesas departamentais (PADOVEZE, 2018, p. 
250).
Segue gráfico que nos auxilia a visualizar estratégia e operacionalidade para a 
formulação do orçamento:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 138
Imagem: Estratégia x orçamento
Fonte: Padoveze (2015, p. 243).
No próximo capítulo, aprenderemos sobre os orçamentos operacionais.
ISTO ESTÁ NA REDE
Veja, no link a seguir, sobre os modelos de orçamentos, com base em 
Ferreira Filho Associados.
Acesse: FFA Insights #14 - (TOP 3) Orçamentos: Qual o Melhor Tipo? - 
YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=XPad719mIBc
https://www.youtube.com/watch?v=XPad719mIBc
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 139
CAPÍTULO 13
PLANEJAMENTO 
ORÇAMENTÁRIO II - 
ORÇAMENTOS OPERACIONAIS
Prezado(a) aluno(a), vimos no capítulo anterior quais são os formatos dos orçamentos 
mais aplicados na administração financeira e orçamentária, a importância da prática 
orçamentária, as vantagens e desvantagens do orçamento e qual impacto tem o 
orçamento dentro da organização.
Título: Orçamento - Budget
Fonte: https://picjumbo.com/budget/
A etapa do planejamento operacional, que segue a etapa posterior ao planejamento 
estratégico, é um dos mecanismos orçamentários mais praticados nas entidades. 
De suma importância, o processo da projeção ou provisão do orçamento no âmbito 
operacional engloba a temática “finanças corporativas”. Assim como vimos que o fluxo 
de caixa operacional traz uma visão financeira do negócio, a projeção de orçamentos 
operacionais aplica esse conceito financeiro.
https://picjumbo.com/budget/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 140
Para relembrarmos, o orçamento tem como objetivo acompanhar o desempenho da 
empresa e assegurar que os desvios sejam analisados e adequadamente controlados 
e, para isso, faz-se necessário seu acompanhamento diário.
Diante disso, surgem algumas dúvidas que serão diluídas no decorrer deste capítulo. 
Alguns tópicos que serão abordados são:
1- Orçamento de vendas;
2- Orçamento de matéria-prima;
3- Orçamento de mão de obra;
4- Orçamento de custos indiretos de fabricação;
5- Orçamento das despesas de vendas e administrativas;
6- Orçamentode investimento;
7- Projeções das demonstrações contábeis.
Sabemos, até o momento, que a operacionalidade de uma organização é vinculada 
à atividade-fim da entidade, ou seja, é a essência do seu negócio, entrada de insumos, 
transformação, saída do produto, venda e recebimento da venda.
Em todas essas etapas do ciclo operacional, notamos a necessidade de uma 
projeção, e, se observamos, essas etapas nos conectam à estrutura da demonstração 
do resultado do exercício.
Dessa forma, vamos aprender sobre os orçamentos operacionais e sua relevância 
para as organizações.
ANOTE ISSO
O CICLO OPERACIONAL = são necessárias projeções.
ORÇAMENTO = metodologia de projetar ao futuro ações determinadas no presente; 
auxilia no controle do previsto com o realizado.
13.1 Orçamento de vendas
O orçamento de vendas constitui um plano de vendas da empresa, para determinado 
período de tempo. Sua função é a determinação do nível de atividades futuras da 
empresa. 
Todos os demais orçamentos parciais são desenvolvidos em função do orçamento 
de vendas, ou seja, tendo determinado o que será vendido, em que quantidade e quando, 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 141
e contam com informações principais para a determinação dos recursos necessários 
para o atendimento dessas vendas em quantidade, qualidade e por período de tempo.
A responsabilidade pela elaboração do orçamento de vendas cabe ao gestor dessa 
área de operações em conjunto com a equipe das definições, porém, dada a sua 
importância para toda a empresa, cabe ao administrador financeiro e à diretoria da 
organização a sua revisão final e aprovação. 
Variáveis consideradas para a projeção do orçamento de vendas:
1- Variáveis de mercado consumidor;
2- Variáveis de produção;
3- Variáveis de mercado fornecedor e trabalho;
4- Variáveis de recursos financeiros.
Essas variáveis afetam, em maior ou menor grau, todas as empresas.
Segundo Hoji (2012, p. 420):
A finalidade do orçamento de vendas é determinar a quantidade e 
o valor total dos produtos a vender elaborados pelas unidades de 
vendas e/ou executivos e especialistas em marketing. Esse orçamento 
é complementado com o orçamento de Despesas de Vendas.
Os componentes e alguns pontos relevantes que fazem parte da estrutura do 
orçamento de vendas são os seguintes:
1- Quantidade de produtos: a previsão deverá ser efetuada com base na quantidade 
projetada de cada produto, de forma individual, seja em percentual de crescimento 
futuro ou em quantidades;
2- Clientes a receber: diante da quantidade de produtos provisionados, deve-se 
projetar os valores de recebimento dos clientes;
3- Impostos: extremamente relevantes devido a seu impacto. Projetar os impostos 
sobre a venda desses produtos é necessário;
4- Preços: deve-se formalizar a projeção dos preços unitários dos produtos;
5- Ressalta-se que o ideal seria formalizar o orçamento na moeda corrente. Se 
necessário, converter para a moeda a que o mercado consumidor se direciona.
Conforme afirma Padoveze (2015, p. 252), “O ponto chave do orçamento operacional 
é o orçamento de vendas. Na realidade, o orçamento de vendas é o ponto de partida 
de todo processo de elaboração das peças orçamentárias”.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 142
Encontram-se, hoje, empresas operando com capacidade produtiva ociosa, por falta 
de mercado consumidor, pela concorrência acirrada, dentre outros fatores. A dificuldade 
se encontra, muitas vezes, na falta de informação necessária e na impossibilidade de 
algumas variáveis.
Segue modelo de orçamento:
Tabela 16 – Orçamento de vendas - exemplo
Fonte: Padoveze (2015, p. 79).
ANOTE ISSO
ORÇAMENTO DE VENDAS: projeção de vendas futuras adequadas a unidades, 
preços, impostos e valores a receber previstos.
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Segue o resultado da pesquisa elaborada por Oliveira (2014), em algumas 
indústrias da cidade de Bauru-SP, sobre orçamento de vendas. Caso queira 
conferir o artigo completo, acesse: https://revistas.unifacs.br/index.php/rgb/article/
download/2751/2522.
“Após análise e discussão dos resultados da pesquisa nas empresas, pode-se 
concluir que: 
a) Existe a predominância de empresas do tipo limitada (Ltda.), de capital fechado 
e nacional, e sua contabilidade efetuada dentro da empresa. A maioria possui 
até 50 funcionários, mas as que possuem mais de 200 funcionários têm grande 
https://revistas.unifacs.br/index.php/rgb/article/download/2751/2522
https://revistas.unifacs.br/index.php/rgb/article/download/2751/2522
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 143
representatividade. Mais da metade das empresas possui abrangência de mercado 
nacional e internacional; 
b) Encontra-se alto nível de dificuldades em relação à elaboração das estratégias 
e metas a serem alcançadas, bem como seu alinhamento com as operações; 
c) 57% elaboram periodicamente o orçamento de vendas. Estas possuem o maior 
nível de faturamento e também a maior quantidade de funcionários. Elas compreendem, 
utilizam e dão mais importância aos instrumentos de mensuração quantitativa e de 
gestão; 
d) Aquelas que possuem o menor faturamento e a menor quantidade de funcionários 
apresentam dificuldades em gerenciar e integrar os instrumentos de mensuração 
quantitativa e de gestão, algumas nem os conhecem; 
e) É importante, para a implantação do planejamento orçamentário, a classificação 
adequada dos dados, para o gerenciamento da informação; 
f) Os principais responsáveis pela elaboração do orçamento nas empresas são os 
Diretores/Gerentes e Contador/Controller, desenvolvendo esta atividade em conjunto; 
g) Predominam as empresas que elaboram o orçamento de vendas para os próximos 
doze meses. Estas definem o orçamento com base na expectativa de crescimento 
dos negócios, na utilização de resultados do período anterior e na percepção sobre 
os negócios; 
h) A maioria utiliza, para a elaboração do orçamento de vendas, a percepção da 
empresa sobre o mercado e boa parte também utiliza a média das vendas dos últimos 
períodos; 
i) Para a elaboração do orçamento empresarial e a disponibilização de suas 
informações aos usuários, é necessário o aumento do nível de conhecimento dos 
administradores da empresa, ter um programa computacional que permita o tratamento 
eletrônico dos dados, gerando informações para a elaboração do orçamento, interesse 
daqueles que utilizam tais informações e maior conhecimento da realidade interna 
da empresa.” 
Fonte: Oliveira (2014, p. 498-499).
13.2 Orçamento de matéria-prima
Após o levantamento de projeções das quantidades de produtos a serem produzidos, 
se a organização estiver no segmento de indústria, o próximo passo é desenvolver o 
orçamento para a matéria-prima a ser utilizada para a produção.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 144
O orçamento de matéria-prima, também conhecido como orçamento de material, 
é o plano que especifica as quantidades de matéria-prima, ou material a ser utilizado, 
e inclui os seguintes aspectos:
1- Tipo de material a ser adquirido;
2- Período de compra;
3- Preços;
4- Áreas da organização a serem atendidas;
5- Estoque mínimo;
Deve ser elaborado partindo das necessidades informadas pela área de fabricação, 
e o setor de compras será responsável pela aquisição do material e pelas quantidades 
estimadas.
ANOTE ISSO
ORÇAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA: plano que especifica as quantidades de matéria-
prima ou de material a ser utilizado.
O setor de compras deve adquirir o material no momento certo e em quantidades 
suficientes para suprir estoques mínimos planejados, uma vez que manter um estoque 
grande gera perda financeira. 
Alguns pontos elencados pelo orçamento de matéria-prima são:
1- Evidencia padrões de consumo ou a relação entre a quantidade de cada matéria-
prima e o volumefísico de produção;
2- Indica o consumo de matéria-prima e de horas de Mão de Obra Direta (MOD), 
ou horas-máquinas para a produção.
Para a realização de um bom orçamento para compra de matéria-prima, são 
necessários alguns requisitos: 
1- Determinação das quantidades exigidas para o atendimento da fabricação e do 
fornecimento das informações à área de compras; 
2- Estabelecimento das políticas de estocagem de matérias-primas; 
3- Elaboração do programa de suprimentos, além de informações sobre qualidade 
e desperdício; 
4- Determinação do custo estimado das matérias-primas necessárias à fabricação, 
incluindo o plano de investimento e as informações à área financeira;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 145
5- Tipos de materiais, quantificar os materiais que são diretos ou indiretos aos 
produtos fabricados;
6- Orçamento de estoque;
7- Orçamento de compras;
8- Orçamento de contas a pagar (fornecedores).
Ainda, conforme Padoveze (2015, p. 258):
O orçamento de materiais compreende quatro peças:
a) de consumo de materiais;
b) de estoque de materiais;
c) de compras de materiais;
d) do saldo final mensal de contas a pagar a fornecedores.
O orçamento de consumo de materiais é o primeiro a ser elaborado e 
indica o custo dos materiais consumidos pelo programa de produção. 
ISTO ACONTECE NA PRÁTICA
Assista, no link a seguir, o vídeo do Sebrae Minas referente a orçamento de 
matéria-prima, estoque e compras.:
Acesse: Gestão de Compras e Estoques - YouTube.
Empresas que possuem sua produção em série têm maior facilidade e vantagem em 
acertar no planejamento de Orçamento de Matéria-Prima, comparadas com empresas 
que têm seu processo de produção não seriada. 
A produção não seriada acarreta a dificuldade em fazer seu planejamento através 
dos dados históricos e também dos dados previstos, pois a necessidade de produção 
é baseada na demanda de clientes.
Dessa forma, cabe aos gestores dos departamentos analisar o custo de oportunidades 
em manter sua matéria-prima estocada, ou fazer a compra somente no fechamento 
de pedido, o que pode resultar no atraso de entrega da produção.
Segue modelo de orçamento:
https://www.youtube.com/watch?v=_aQf-tKNrTs
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 146
Tabela 17 – Orçamento de matéria-prima - exemplo
Fonte: Padoveze (2015, p. 261).
13.3 Orçamento de mão de obra
Orçamento de mão de obra é o planejamento e o controle de mão de obra direta 
necessária à produção, ou seja, mão de obra envolvida diretamente na produção.
Segundo Hoji (2012, p. 432), “A finalidade do orçamento de mão de obra direta 
(MOD) é determinar a quantidade e o valor de horas de mão de obra diretamente 
aplicados na produção”.
ANOTE ISSO
ORÇAMENTO DE MÃO DE OBRA = planejamento e controle da mão de obra 
necessária a determinada produção.
Esse orçamento quantifica:
1- Os tipos de mão de obra;
2- As quantidades de horas de trabalho necessárias para a produção de determinado 
bem ou serviço;
3- Os valores de cada tipo de mão de obra.
O orçamento de mão de obra deve observar os seguintes itens: 
1- Volume necessário de mão de obra direta e indireta; 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 147
2- Número de empregados exigidos no processo produtivo; 
3- Custo unitário de fabricação; 
4- Necessidades de fluxo de caixa; 
5- Controle do trabalho realizado.
No orçamento de mão de obra, é fundamental o levantamento dos custos e dos 
controles à parte. O planejamento de mão de obra exige envolvimento de diversas áreas 
que se compõem diferentes atividades, como o dimensionamento de necessidade de 
recursos humanos, recrutamento, treinamento, avaliação e especificação de tarefas, 
avaliação de desempenhos, negociações com sindicatos e administração salarial.
Conceitualmente, o orçamento de mão de obra serve para a gestão de quantidade 
de força de trabalho e seus custos, inclusive para subsidiar a contratação de pessoal, 
podendo ser constituído de demonstrativos que espelham dois tipos de dados: horas 
de mão de obra e custos de mão de obra.
Os fatores em que se baseiam os administradores na elaboração do orçamento de 
mão de obra são diversos. Seguem alguns exemplos:
1- Do método de pagamento de salários; 
2- Dos tipos de produção envolvidos; 
3- Da disponibilidade de tempos-padrão de trabalho; 
4- Da adequação dos registros de contabilidade de custos relativos à mão de obra.
Alguns autores recomendam orçar separadamente custos com pagamento de 
horas-extras, prêmios e gratificações, pois esses são esporádicos e não devem ser 
previstos nos custos de produção. 
O gestor deve, por cautela de controle, orçar a mão de obra indireta juntamente 
com os custos indiretos de produção.
Além de o planejamento de custos de mão de obra permitir orçar dispêndios com 
trabalhadores no processo produtivo, há outros benefícios gerados para a empresa, 
como o auxílio na gestão de recursos humanos e na gestão financeira, controle e 
redução de custos etc.
ISTO ESTÁ NA REDE
Assista, no link a seguir, um vídeo da Reinaldo Cafeo Soluções em Gestão 
sobre as questões relacionadas ao orçamento de custo de mão de obra.
Acesse: Economia de Empresas | Saiba o custo da mão de obra - YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=lFLX1DasPHk
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 148
13.4 Orçamento de custos indiretos de fabricação
O orçamento de custos indiretos de fabricação requer critérios menos simples 
de apropriação aos produtos, pois esses custos não são associáveis facilmente a 
produtos específicos, ou seja, não são diretamente vinculados a determinado produto. 
Assim, os custos indiretos de fabricação constituem a parte do custo total de 
fabricação que não é diretamente identificável com produtos específicos.
São custos referentes à fabricação, por exemplo: material indireto, custos de mão de 
obra indireta (custo da administração, manutenção), despesas diversas de fabricação 
(a exemplo de impostos, seguros, depreciação, luz, água, telefone e gás e outros de 
menor ocorrência), cuja identificação do centro de custo exige critério de rateio para 
apropriação.
Esses custos se apresentam sob duas categorias, do ponto de vista da apuração 
do valor e do controle: 
1- Custos indiretos controláveis: são custos cujos valores podem ser influenciados 
pelo gestor e pelos empregados. Se o gestor e o empregado influenciam tais custos, 
ambos podem ser responsabilizados pela sua ocorrência. Por exemplo: material indireto, 
mão de obra indireta e embalagem;
2- Custos indiretos não controláveis: são os custos sobre os quais o gestor e o 
empregado não têm gestão. Se o gestor e o empregado não têm poder para autorizá-
los, não podem ser responsabilizados pelo monitoramento e pelo controle. Por exemplo: 
depreciação, aluguel de fábrica e energia elétrica.
O orçamento de custos indiretos de fabricação reúne os itens anteriormente citados, 
ou seja, os custos indiretos de fabricação necessários à produção, incluindo o custo 
total estimado para cada item de custo indireto de fabricação.
ANOTE ISSO
ORÇAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS = plano e controle de custos não apropriados 
diretamente à produção do produto fabricado.
13.5 Orçamento das despesas de vendas e administrativas
O orçamento das despesas de vendas e administrativas é constituído por todos os 
gastos necessários para manter a organização em funcionamento e que irão incorrer 
no período que está sendo projetado, exceto os custos de produção.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 149
Esse orçamento trata todos os gastos necessários para administrar e vender os 
produtos ou serviços aos clientes da empresa e, geralmente, compreende: 
1- Os gastos de administração pertinentes a pró-labore da diretoria, salário do pessoaladministrativo e materiais de expediente; 
2- As despesas comerciais e tudo o que é necessário antes, durante e depois do 
evento de venda; 
3- As despesas financeiras oriundas de operações de crédito de curto e longo prazo;
4- As despesas tributárias representadas pelas taxas e pelos tributos a recolher 
pela empresa no período orçado.
O orçamento das despesas de vendas e administrativas, geralmente, estará 
relacionado a itens classificados como gastos fixos, ou seja, que acontecerão 
independentemente de a empresa vender ou não, como aluguéis, salários etc. Por 
isso, geralmente, a análise dos dados históricos da própria empresa constitui-se como 
uma boa fonte para a estimativa desse orçamento.
ANOTE ISSO
ORÇAMENTO DE VENDAS/ADM. = gastos, exceto custos de produção.
O gerente de cada um desses setores deve ser o principal responsável pelo 
planejamento e pelo controle das suas operações. Após serem preparados pelos 
gerentes das respectivas unidades administrativas, os orçamentos devem ser aceitos 
pela alta administração de forma idêntica à que foi descrita para todos os orçamentos.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 150
Tabela 18 – Orçamento de despesas de vendas e administrativas - exemplo
Fonte: Padoveze (2015, p. 272).
13.6 Orçamento de investimentos
Segundo Hoji (2012, p. 451), “O orçamento de investimentos (ou orçamento de 
capital) visa determinar os valores de aquisições e baixas do ativo permanente, bem 
como apurar as contas de depreciação, exaustão e amortização”.
O orçamento de investimentos compreende os investimentos dos planos operacionais 
já deflagrados no passado e em execução no período orçamentário, bem como aqueles 
detectados necessários para o período em curso. 
Exemplos desses investimentos — definidos em horizonte de curto prazo, e não 
ligados, necessariamente, a planos operacionais maiores — são os investimentos para 
manutenção e reformas de equipamentos operacionais, reformas de obras civis, troca 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 151
de máquinas da atual estrutura de operações, aquisição de equipamentos menores 
como computadores, software, móveis, veículos etc.
Esses investimentos podem ser pagos de uma única vez ou parcelados. Geralmente, 
a empresa utiliza o próprio lucro gerado em sua operação para a realização de novos 
investimentos, mas também é muito comum o uso de financiamentos e de linhas de 
crédito para a aquisição de bens.
Algumas empresas também utilizam os lucros gerados e as sobras de caixa para 
realizar investimentos financeiros, ou seja, ao invés de investir na ampliação do 
patrimônio da empresa, opta-se por colocar os recursos em fundos de investimentos 
ou até mesmo por comprar ações de outras empresas.
Ainda, conforme Padoveze (2015, p. 274):
Podemos então ter as seguintes peças orçamentárias de investimento:
a) orçamento de aquisição de investimentos em outras empresas;
b) orçamento de venda de investimentos em outras empresas;
c) orçamento de aquisição de imobilizados;
d) orçamento de venda de imobilizados;
e) orçamento de despesas geradoras de intangíveis;
f) orçamento de baixa de ativos intangíveis;
g) orçamento de depreciações, exaustões e amortizações das novas 
aquisições e baixas.
O orçamento de investimento será estudado em profundidade nos capítulos 14 e 
15, em Decisão de Investimento.
Segue exemplo do orçamento:
Tabela 19 – Orçamento de investimentos - exemplo
Fonte: Padoveze (2015, p. 99).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 152
13.7 Projeções dos demonstrativos contábeis
A projeção dos demonstrativos contábeis é a conclusão do processo orçamentário em 
que todas as peças orçamentárias são reunidas dentro dos formatos de Demonstração 
de Resultados e Balanço Patrimonial. 
A projeção dos demonstrativos contábeis baseia-se em um Balanço Patrimonial 
Inicial, na Demonstração de Resultados do período orçamentário, no Balanço Final 
após a Demonstração de Resultados e no Fluxo de Caixa como consequência dos 
itens anteriores.
De acordo com a maioria dos autores, os demonstrativos a serem projetados são: 
a) Demonstrativo de Resultado (DRE); 
b) Balanço Patrimonial (BP); e 
c) Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC).
Assim, a Projeção do Demonstrativo de Resultado do Exercício é elaborada a partir 
dos orçamentos operacionais, como: Orçamento de Vendas, Orçamento de Produção 
e Orçamento de Despesas Operacionais.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 153
CAPÍTULO 14
DECISÃO DE 
INVESTIMENTO I - NOÇÕES
Olá, aluno(a)! Estamos cientes de que o objetivo da administração financeira e 
orçamentária é a maximização da riqueza na organização para os sócios/acionistas.
Para tanto, desde o começo de nossos estudos, vimos os seguintes tópicos voltados 
a fornecer informações gerenciais necessárias ao processo decisório e ao planejamento 
operacional, tático e estratégico:
1- Conceitos fundamentais sobre o estudo da administração financeira e orçamentária 
e sua aplicabilidade prática;
2- Estruturas das demonstrações financeiras mais utilizadas na gestão financeira 
das empresas de grande porte: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE) e Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC);
3- Índices de análise das demonstrações financeiras: Liquidez; Endividamento; 
Lucratividade; Rentabilidade; Índice de Atividades etc.;
4- Análise horizontal e vertical;
5- Administração da necessidade de capital de giro;
6- Decisão de financiamento: alavancagem do caixa;
7- Planejamento orçamentário.
No decorrer dessas temáticas analisadas, notamos a importância da “leitura” da 
organização no sentido de sua posição econômico-financeira, ou seja, olhamos os 
fatos históricos para realizarmos o levantamento de como está a saúde empresarial 
no aspecto financeiro e orçamentário para concluirmos uma série de fatores, e um 
deles é o investimento a longo prazo de projetos, processos ou ações ao futuro.
Neste capítulo, a temática de tomada de decisão voltada a investimento será 
apreciada por meio de fundamentos, princípios e metodologias direcionadas a prover 
uma base de fundamentação teórica e prática utilizada nas entidades.
Os tópicos que serão abordados neste capítulo são:
1- Viabilidade econômica;
2- Payback;
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 154
3- Taxa Interna de Retorno (TIR) e Taxa Mínima de Atratividade.
14.1 Decisão de investimento
Título: Decisão de investimento
Fonte: https://pixabay.com/photos/modern-technologies-marketing-1263422/ 
Uma das temáticas mais relevantes da administração financeira e orçamentária é a 
tomada de decisão financeira, em específico, em uma situação que necessita de uma 
fundamentação que traga dados, estatísticas, projeções e métodos que, aplicáveis à 
situação, de fato, forneçam uma visão mais sólida do resultado após decisão tomada.
ISTO ESTÁ NA REDE
No link a seguir, você verá um vídeo interessante do CRA-SP sobre tomada 
de decisão financeira nas organizações.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=VnA8mAy83-w.
A literatura nos fornece um vasto conhecimento a respeito da área de investimento 
nas organizações, mas conforme foi apresentado a você no início deste capítulo, 
vamos nos aprofundar nas metodologias mais práticas utilizadas no meio corporativo.
A questão inicial que devemos nos fazer é: O que é investimento de capital no 
âmbito empresarial?
Conforme Caggiano e Figueiredo (2017, p. 80):
https://pixabay.com/photos/modern-technologies-marketing-1263422/
https://www.youtube.com/watch?v=VnA8mAy83-w
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 155
Um investimento de capital pode ser definido como um investimento 
que oferece retorno durante muitosperíodos futuros e se diferencia 
dos outros tipos de investimentos cujo retorno pertence ao período 
de tempo corrente. As decisões de investimento de capital dizem 
respeito aos seguintes assuntos:
1. aquisição de ativos de longa duração, como imóveis ou 
maquinários;
2. investimento em outros fundos, dos quais as receitas serão 
derivadas;
3. um projeto especial, que afetará a capacidade futura de ganho da 
firma, com projetos de pesquisa ou uma campanha promocional; 
4. ampliação do leque de atividades da firma, que envolva saídas 
de capital, como uma nova linha de produção ou mesmo um 
novo produto;
5. desenvolvimento de projetos de capacitação de pessoal de alto 
nível para as empresas prestadoras de serviço como universidades, 
empresas de pesquisa, consultorias, alta tecnologia de gestão etc.
Ainda, de acordo com Hoji (2012, p. 167), um investimento permanente, ou conhecido 
como orçamento de capital, diz respeito aos recursos aplicados em ativos de natureza 
permanente, para manutenção das atividades operacionais, e produzem resultados 
por longo prazo.
Para acrescentar, podemos complementar, com base no conceito trazido por Assaf 
Neto (2014, p. 347):
As decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e 
seleção de propostas de aplicações de capital efetuadas com 
o objetivo, normalmente de médio e longo prazos, de produzir 
determinado retorno aos proprietários de ativos.
Dessa forma, chegamos ao ponto essencial deste capítulo: o investimento de capital 
visa aplicações a longo prazo em ativos fixos ou decisões aplicadas a investimentos 
e longo prazo em projetos específicos, obtenção de ativos imobilizados, expansão 
estrutural e dos negócios etc. Portanto, a ideia central é iniciarmos com o conceito 
de orçamento de capital e, então, adentrarmos nas metodologias quantitativas que 
permitam ao administrador financeiro tomar a decisão mais adequada à necessidade 
da organização.
14.1.1 Fundamentos de orçamento de capital
Pontos a serem abordados:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 156
1- Compreender os principais motivos para a realização de investimento de capital 
e as etapas do processo de orçamento de capital;
2- Definir a terminologia básica do processo do orçamento de capital;
3- Entender sobre o fluxo de caixa descontado, aplicado ao orçamento de capital;
4- As metodologias aplicáveis à decisão de investimento e à viabilidade econômica 
de negócios.
Entendemos anteriormente que o orçamento é ferramenta imprescindível à tomada 
de decisão e ao negócio como um todo, e sua aplicação é diversificada em vários 
aspectos, podendo ser formulado por setores, processo, operacionalidades específicas 
e projetos.
Ainda, “capital” é um conceito amplo, mas que aplicado à nossa disciplina, diz 
respeito a valores monetários representativos para as decisões no âmbito financeiro 
(fluxo de caixa) e econômico (técnicas de viabilidade de negócio). Neste capítulo, 
vamos analisar o conceito no sentido que preceitua a ideia de um retorno econômico-
financeiro para o valor investido pelos sócios/acionistas, respaldado pela meta da 
administração financeira e orçamentária.
Portanto, orçamento de capital é uma metodologia que reúne dados baseados em 
métricas que analisam, selecionam e evidenciam possíveis investimentos de longo 
prazo que direcionam para o objetivo do retorno do capital investido feito pelos sócios/
acionistas.
Quais são as possíveis ações financeiras de que a organização precisará para o 
orçamento de capital?
Podemos citar algumas:
1- Expansão da organização;
2- Investimento em ativos fixos de longo prazo, como maquinário, móveis e utensílios, 
imóveis, equipamentos etc. — o grupo imobilizado que conhecemos tão bem;
3- Aumento da estrutura do parque fabril;
4- Investimento em outras entidades.
Além de outras decisões de investimento, as técnicas apresentadas neste capítulo 
são amplas e podem ser aplicadas até mesmo para ideias de negócios, ou seja, para 
futuros empresários, é interessante usar essas ferramentas que podem ser aplicadas 
ainda dentro da estrutura do plano de negócios.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 157
ISTO ESTÁ NA REDE
Para maior aprendizado, leia, no link a seguir, do Sebrae, sobre a metodologia Plano 
de Negócios. Bons Estudos!
Acesse: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/
ferramentas-para-voce-criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM20000
03c74010aRCRD.
De acordo com Gitman (2010, p. 326):
Investimento de capital é um desembolso de fundos que uma empresa 
faz na expectativa de produzir benefícios a longo prazo superior a um 
ano. Um investimento operacional é um desembolso que resulta na 
obtenção de benefícios em um prazo inferior a um ano.
Ainda, conforme afirma Braga (2015, p. 277), sobre o orçamento de capital:
A importância dessas decisões requer um processo específico para 
determinar onde, quando e quanto investir. Esse processo está 
compreendido no orçamento de capital, cujo escopo é a seleção de 
um conjunto de investimentos que seja mais vantajoso em termos 
de retorno e risco.
Além de entendermos sobre orçamento de capital e decisão de investimento, alguns 
conceitos e terminologias precisam ser aprendidos, que são:
1- Projetos independentes e projetos que se excluem: na etapa da seleção do projeto 
que será escolhido, deve-se entender que, dentre as propostas avaliadas, há projetos 
que são sequenciais e/ou são pertinentes ou se excluem, e o parâmetro é a finalidade.
Um exemplo de independentes ou não relacionados é a aquisição de uma máquina 
para aumento da produção de determinado produto, ou investimento em pesquisa e 
desenvolvimento de determinado produto ainda não fabricado. Um exemplo dos que 
excluem é que, para aumentar a produção, a empresa toma a decisão de investir por 
aquisição de outra empresa, terceirizar produção ou construir um novo parque fabril. 
São decisões que têm uma finalidade única.
2- Fundos racionalizados ou ilimitados: o budget do orçamento de capital poderá 
ser limitado a um valor monetário específico ou não terá um teto do valor monetário 
investido.
Um exemplo:
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/ferramentas-para-voce-criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM2000003c74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/ferramentas-para-voce-criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM2000003c74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/ferramentas-para-voce-criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM2000003c74010aRCRD
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 158
Tabela 20 – Projetos fundos racionalizados e ilimitados
Fonte: do próprio autor.
3- Fluxo de caixa linear e não linear ou convencional e não convencional: na aplicação 
da técnica do fluxo de caixa descontado há fluxos de caixa que possuem na projeção 
somente entradas de caixa e fluxos de caixas com entradas e saídas de valores.
Exemplo:
Título: Fluxo de caixa convencional e não convencional
Fonte: do próprio autor.
14.1.2 Processo de orçamento de capital
Uma das principais razões para a realização de um investimento de capital é, 
usualmente, a expansão das operações, substituição ou reforma de ativos imobilizados. 
Para tanto, é necessária a formalidade do orçamento de capital. Alguns autores sugerem 
a formalização em etapas.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 159
Com base em Gitman (2010), seguem algumas etapas sugeridas:
1ª Etapa: a geração da proposta deverá ser feita em conjunto com a equipe envolvida 
e em todos os níveis organizacionais envolvidos;
2ª Etapa: após formalizada a geração da proposta do projeto, é fundamental que a 
equipe e os gestores designados revisem e analisem, para constatar se estáadequada 
com o que foi definido;
3ª Etapa: após análise do projeto, deverá ser tomada a decisão da escolha do 
projeto ou dos projetos aplicáveis. A organização pode tomar a decisão pautada nos 
parâmetros definidos, como teto de valor, menor risco de projetos, melhor retorno, 
melhor tempo etc.;
4ª Etapa: após escolhido o projeto, implementar;
5ª Etapa: controle gerencial do projeto implementado, buscando avaliar se a meta 
definida está sendo cumprida e avaliar o orçamento de capital previsto com o orçamento 
de capital realizado.
14.1.3 Metodologias de orçamento de capital
Serão abordadas as seguintes metodologias:
1- Payback: analisa o tempo de retorno do capital investido;
2- Valor Presente Líquido (VPL): ferramenta que utiliza métricas e retorna o resultado 
do cálculo em valores monetários;
3- Taxa Interna de Retorno: técnica que, em conjunto com o VPL, retorna um resultado 
em percentual que deve ser comparado com a taxa mínima de atratividade definida 
pelos sócios/acionistas do projeto em questão.
14.1.3.1 Payback
Também conhecido como método payback, é uma das metodologias aplicáveis 
à decisão de investimento. Fornece em seu cálculo um resultado obtido em anos e 
responde à seguinte máxima: Quanto tempo a entidade terá em anos de determinado 
projeto investido?
Dessa forma, seu cálculo, com base nas projeções de valores de caixa a longo 
prazo e trazidos ao valor presente, responde em quanto tempo o capital investido 
retorna ao sócio/acionista.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 160
Segundo Hoji (2012, p. 173), “o período de payback é o período em que o valor do 
investimento é recuperado, ou seja, é o prazo em que os valores dos benefícios líquidos 
de caixa se igualam ao valor do investimento inicial”. 
Assim, o payback deixa evidente se um investimento é interessante ou não e auxilia 
nas escolhas entre projetos excludentes, mas que tenham o mesmo fim. Para a análise, 
o projeto de retornar em menos tempo o valor do investimento inicial, teoricamente, 
seria o melhor.
As informações básicas, como duração de tempo de retorno, valor do investimento e 
valor dos fluxos de caixas projetados, são estipuladas pela equipe que está coordenando 
o projeto de decisão de investimento em questão.
Apesar de não ser uma técnica considerada sofisticada ou possuir falhas por não 
considerar o valor do dinheiro no tempo, pois sabemos que o dinheiro sofre oscilações 
advindas por inflação, índices econômicos e questões sociopolíticas, o payback ainda 
é muito aplicado para a decisão de investimento e até mesmo para a decisão de 
abertura de um novo empreendimento. 
Nesse aspecto, é interessante uma utilização da metodologia do payback com as 
outras técnicas, como o valor presente líquido, a taxa interna de retorno em comparação 
com a taxa mínima de atratividade e o fluxo de caixa descontado, as quais serão 
abordadas posteriormente.
ANOTE ISSO
A análise do payback deverá ser analisada em conjunto com as técnicas VPL e TIR, 
para melhor resultado.
Título: Análise payback
Fonte: do próprio autor.
Segue exemplo prático do payback:
Determinada companhia do ramo industrial desenvolveu, em seu orçamento de 
capital, dois projetos pautados em fluxos de caixa projetados no retorno do investimento 
nas máquinas que precisam ser adquiridas para aumentar sua produção:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 161
1- MÁQUINA A = Investimento inicial de R$ 42.000,00
2- MÁQUINA B = Investimento inicial de R$ 45.000,00
A empresa necessita aplicar uma das metodologias que auxiliam na tomada de 
decisão. Seguem os cálculos do payback:
PROJETO A PROJETO B
INVESTIMENTO INICIAL R$ 42.000,00 R$ 45.000,00
ANO FLUXO CAIXAS PROJETADOS FLUXO CAIXAS PROJETADOS
1 R$ 14.000,00 R$ 28.000,00
2 R$ 14.000,00 R$ 12.000,00
3 R$ 14.000,00 R$ 12.000,00
4 R$ 14.000,00 R$ 10.000,00
5 R$ 14.000,00 R$ 10.000,00
Tabela 21 – Payback - exemplo
Fonte: adaptada de Hoji (2012).
Cálculo do payback:
1 - PROJETO A: 
Período de anuidades iguais 
Fórmula: INVESTIMENTO INICIAL / ENTRADA DE CAIXA ANO 1
= 42.000 / 14.000 = 3,0 ANOS
Análise: em 3 anos e meio, o Projeto A já supera o investimento inicial.
2 - PROJETO B: 
Período de séries mistas 
Fórmula: INVESTIMENTO INICIAL / ENTRADA DE CAIXA ANO 1
= 45.000 
= ano 1 + ano 2 + ano 3 
= 28.000 + 12.000 + 12.000 
= 52.000, portanto = 2,5 anos
Análise: em 2 anos e meio, o Projeto B já supera o investimento inicial.
Para analisar qual projeto será aprovado, a diretoria deverá tomar a decisão com 
base no tempo.
Se o período máximo aceitável de payback da empresa no exemplo fosse 2,7 anos, 
o Projeto A seria rejeitado; e o Projeto B, aceito. 
Se o período máximo aceitável de payback fosse 2,2 anos, ambos não seriam aceitos.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 162
Se o período fosse por classificação, o Projeto B teria preferência em relação ao 
Projeto A, pois apresenta um período de payback menor.
Investidor = retorno em 1 ano = rejeita os dois projetos;
Investidor = retorno em 2 anos = rejeita os dois projetos;
Investidor = retorno em 2 anos e 6 meses = aprova o Projeto B;
Investidor = retorno em 4 anos = ambos os projetos se adequam, mas o retorno 
do Projeto B é mais rápido.
PROJETO A = 3 ANOS
PROJETO B = 2,5 ANOS
14.1.3.2 Valor Presente Líquido (VPL)
O valor presente líquido é uma metodologia que aplica em seu conceito a ideia das 
oscilações do dinheiro no tempo. O cálculo dos fluxos de caixa projetados trazidos a 
valor presente líquido é o parâmetro utilizado nessa técnica.
Comumente utilizada nas disciplinas de matemática financeira, estatística, 
probabilidade e engenharia econômica, a Metodologia do Valor Presente Líquido, ou 
VPL, leva em consideração o valor do dinheiro no tempo, diferentemente da técnica 
do payback.
No seu cálculo, os fluxos de caixa projetados são trazidos à data do investimento 
inicial descontados a uma determinada taxa, definida pelo administrador financeiro, 
taxa específica para o projeto específico do orçamento de capital.
A taxa de desconto, também conhecida como custo de capital ou custo de 
oportunidade, é uma definição que utiliza vários conceitos para chegar a um determinado 
percentual.
É calculado subtraindo o investimento inicial (FCo) do valor presente das entradas 
de caixa (FCt) do projeto, sendo destas descontada a taxa de custo de capital da 
empresa (r).
VPL = Valor presente das entradas de caixa - Investimento inicial
O Valor Presente Líquido (VPL) é calculado para sabermos qual o valor atual de um 
investimento, bem como a sua rentabilidade.
O cálculo do VPL é feito atualizando todo o fluxo de caixa de um investimento para 
o valor de hoje, utilizando uma taxa de desconto no cálculo, conhecida como Taxa 
Mínima de Atratividade (TMA).
A fórmula para o cálculo do VPL é a seguinte:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 163
O cálculo indica uma média aritmética dos fluxos de caixa trazidos ao valor presente 
descontado a uma taxa definida pelo administrador financeiro subtraindo o investimento 
do projeto.
Vejamos um exemplo que nos ajuda no aprendizado:
Determinada sociedade empresária definiu, em seu orçamento de capital, as 
informações a seguir e precisava analisar a viabilidade econômica quanto à decisão 
do projeto. A empresa em questão necessita aumentar a sua capacidade produtiva e, 
dessa forma, decidiu adquirir uma máquina que vai auxiliar, porém precisa constatar 
se é interessante ou não o investimento. O cálculo do VPL auxilia nessa decisão:
DADOS - PROJETO A - MÁQUINA:
1- INVESTIMENTO INICIAL: R$ 15.000,00;
2- PROJEÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA EM 5 ANOS A ANUIDADES IGUAIS: R$ 3.500,00;
3- TMA: 4% a.a.
Período (j) Fluxo Cx (FC) Fórmula VPL Fluxo Caixa Atualizado 
0 -R$ 15.000,00 -15.000 / (1+0,04)0 -R$ 15.000,00
1 R$ 3.500,003500 / (1+0,04)1 R$ 3.365,38
2 R$ 3.500,00 3500 / (1+0,04)2 R$ 3.235,95
3 R$ 3.500,00 3500 / (1+0,04)3 R$ 3.111,49
4 R$ 3.500,00 3500 / (1+0,04)4 R$ 2.991,81
5 R$ 3.500,00 3500 / (1+0,04)5 R$ 2.876,74
TOTAL = R$ 15.581,37
VPL = (15.581,37 - 15.000) R$ 581,38
Tabela 22 – Cálculo VPL - exemplo
Fonte: do próprio autor.
Atenção para o cálculo do VPL:
VPL = Investimento inicial (-) Somatório dos caixas trazidos ao presente
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 164
VPL = 15.000 (-) 15.581,37
VPL = 581,38
Portanto, notamos que o PROJETO A, com o investimento inicial em R$ 15.000,00 
a uma taxa mínima de 4% a.a e fluxos de caixa projetados a 5 anos, no valor de R$ 
3.500,00, retorna a um Valor Presente Líquido (VPL) POSITIVO, ou seja, esse projeto 
é rentável.
Para realizarmos a análise do VPL, o resultado deve apresentar um valor positivo.
ANOTE ISSO
ANÁLISE DO VPL
VPL POSITIVO PROJETO ADEQUADO
VPL NEGATIVO PROJETO INADEQUADO
 
Outra forma de podermos calcular é utilizando a calculadora HP12c; ela possui 
as funções para o cálculo direto do Valor Presente Líquido (VPL). Nesse caso, você 
deverá utilizar as teclas em azul e laranja para o resultado.
Título: HP12c - VPL
Fonte: https://visualhunt.com/f7/photo/99397254/082e6573c2/
Veja a fórmula como ficaria na HP12c:
1- Tecla CHS: significa que, como o investimento inicial foi desembolsado, ele é 
negativo. Dessa forma, temos que usar a tecla CHS quando inserimos o valor de R$ 
15.000,00 para a fórmula;
https://visualhunt.com/f7/photo/99397254/082e6573c2/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 165
2- Tecla g: significa que devo usá-la antes de utilizar as teclas azuis CFo e CFJ, pois 
muda, para cálculos estatístico e não financeiro, como a tecla f;
3- Tecla CFo (azul): é o investimento inicial;
4- Tecla CFj (azul): representa os caixas projetados;
5- Tecla Nj (azul): quando houver anuidades iguais de caixas projetados;
5- Tecla f: para usar as teclas financeiras (laranjas);
6- Tecla i: é a taxa;
7- Tecla NPV (laranja): é o VPL (NPV - Net Present Value, que, traduzido, é Valor 
Presente Líquido).
Segue a fórmula do PROJETO A:
15.000 → CHS → g → CFo - investimento inicial
3.500 → g → CFj - caixas projetados
5 → g → Nj - 5 anos de projeção de caixa
4 → i - taxa
Ao final, as teclas: f → NPV = R$ 581,38 = positivo = investimento viável.
Como o valor presente líquido (VPL) considera explicitamente o 
valor do dinheiro no tempo, é considerado uma técnica sofisticada 
de orçamento de capital. Todas as técnicas desse tipo descontam 
de alguma maneira os fluxos de caixa da empresa a uma taxa 
especificada. Essa taxa - comumente chamada de taxa de desconto, 
retorno requerido, custo de capital ou custo de oportunidade - consiste 
no retorno mínimo que um projeto precisa proporcionar para manter 
inalterado o valor de mercado da empresa (GITMAN, 2010, p. 369).
Ainda sobre a ideia central da técnica do Valor Presente Líquido, citando Salazar 
(2010, p. 101):
A lógica do valor presente líquido é a de que os fluxos de caixa dos projetos 
de investimento sejam suficientes somente para recuperar o capital 
investido à taxa de desconto no mercado escolhida. Especificamente, 
se um projeto tiver um VPL positivo, então ele estará gerando mais caixa 
do que necessário para recuperar capital investido.
Assim como na análise das demonstrações contábeis, o uso das várias metodologias 
traz um resultado mais concreto da saúde econômico-financeira da entidade. A utilização 
das metodologias em conjunto é interessante para a decisão de investimento, ou seja, 
o ideal é utilizar nos projetos, além do método do valor presente, a técnica do payback.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 166
Outro aspecto relevante é, ao fazer o cálculo do fluxo de caixas projetados, utilizar 
uma moeda-base, como o dólar, ou então, em nosso caso, o real, devido às oscilações 
advindas da inflação. Assim, como sinaliza Hoji (2012, p. 175), “é recomendável utilizar 
os valores em moeda forte ou em moeda de poder aquisitivo constante, pois as taxas 
de inflação anuais podem ser significativas durante o prazo do projeto”.
14.1.3.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)
O Valor Presente Líquido e a técnica de payback, utilizados em conjunto, trazem resultados 
significativos para a tomada de decisão na administração financeira e orçamentária. Dessa 
forma, sua aplicabilidade é incentivada a ser utilizada para que forneça ao administrador 
financeiro um parâmetro mais adequado na decisão de por qual projeto optar.
Outra metodologia muito relevante nessa etapa é a do entendimento sobre a Taxa 
Interna de Retorno (TIR), que, em inglês, é Internal Rate Return, ou IRR. Uma das teclas 
laranjas da HP12c fornece o resultado da TIR.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) fornece um valor em percentual do projeto em 
questão que evidencia qual seria a rentabilidade se optassem por ele. Essa taxa de 
retorno que o projeto possui deve ser avaliada em relação à taxa mínima de atratividade, 
ou seja, a avaliação será a de comparação entre o que o projeto traz de retorno em 
percentual e a taxa requerida do projeto pelos sócios/acionistas.
Dessa forma, a Taxa Interna de Retorno (TIR) fornece a taxa em que o valor líquido 
presente dos caixas projetados seria igual a zero, ou seja, no dado momento em que 
o investimento não fornece lucro ou prejuízo.
A taxa interna de retorno (TIR) é, provavelmente, a mais usada 
das técnicas sofisticadas de orçamento de capital, embora seja 
consideravelmente mais difícil de calcular à mão do que o VPL. A taxa 
interna de retorno (TIR) consiste na taxa de desconto que faz com 
que o VPL de uma oportunidade de investimento seja igual a $ 0 (já 
que o valor presente das entradas de caixa iguala-se ao investimento 
inicial) (GITMAN, 2010, p. 371).
ANOTE ISSO
ANÁLISE DA TIR
TIR > TMA PROJETO ADEQUADO
TIR < TMA PROJETO INADEQUADO
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 167
Para o projeto ser viável, a Taxa Interna de Retorno (TIR) deverá ser maior que a 
Taxa Mínima de Aceitação (TMA).
O cálculo para um único período é feito por meio da seguinte fórmula:
Porém, é aplicado somente se for um exercício, pois o cálculo é o somatório do 
caixa subtraindo o investimento inicial sob uma taxa mínima de atratividade definida.
Para o cálculo com mais fluxos de caixa, devido à complexidade da equação, utiliza-
se a calculadora HP12c por meio da tecla (laranja) IRR (TIR), após termos calculado 
o Valor Presente Líquido (VPL). 
Segue exemplo para melhor entendimento:
Período ( j ) Fluxo Cx (FC) Fórmula VPL Fluxo Caixa Atualizado 
0 -R$ 15.000,00 -15.000/(1+0,04)0 -R$ 15.000,00
1 R$ 3.500,00 3500/(1+0,04)1 R$ 3.365,38
2 R$ 3.500,00 3500/(1+0,04)2 R$ 3.235,95
3 R$ 3.500,00 3500/(1+0,04)3 R$ 3.111,49
4 R$ 3.500,00 3500/(1+0,04)4 R$ 2.991,81
5 R$ 3.500,00 3500/(1+0,04)5 R$ 2.876,74
TOTAL = R$ 15.581,37
VPL = (15.581,37 - 15.000) R$ 581,38
Tabela 23 – Cálculo TIR - exemplo
Fonte: do próprio autor.
Segue a fórmula do PROJETO A:
15.000 → CHS → g → CFo - investimento inicial
3.500 → g → CFj - caixas projetados
5 → g → Nj - 5 anos de projeção de caixa
4 → i - taxa = Ao final, as teclas: f → NPV = R$581,38 = positivo = investimento viável.
Para cálculo da TIR = TIR = f IRR (TECLA FV) = 5,37% = TMA = 4% e TIR = 5,3% - 
VIÁVEL.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 168
Título: HP12c - Cálculo IRR ou TIR
Fonte: https://visualhunt.com/f7/photo/99397254/082e6573c2/ 
Retomando:
Para o cálculo da TIR, suponhamos que a taxa de 4%, definida no exemplo anterior, 
seja a Taxa Mínima Aceitável (TMA) pelo projeto.
Dessa forma:
TMA: 4%
TIR: ? = cálculo com a HP12c, pela tecla laranja correspondente, conforme a figura 
anterior.
 = TIR = f IRR (TECLA FV) =5,37% = TMA= 4% E TIR= 5,3% - VIÁVEL
Portanto, chegamos à conclusão de que o exemplo usado para o cálculo do Valor 
Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) evidenciou os seguintes 
resultados:
1- VPL = R$ 581,38 - resultado positivo - projeto viável;
2- TIR = 5,3% maior que a TMA: 4% - o retorno se sobressai ao retorno desejado.
Para chegarmos à conclusão, nesse caso, podemos elencar o cálculo do payback, 
da seguinte forma:
PAYBACK: 15.000 / 3500 = 4,30 – 4 ANOS E 3 MESES
Nota-se, portanto, com base no cálculo, que o retorno do investimento inicial (R$ 
15.000,00) será antes de findar a projeção para 5 anos. Caso o padrão de payback 
definido pela diretoria ou o administrador financeiro para o projeto fosse 5 anos, o 
projeto seria aceito, somando, ainda, os resultados do VPL e da TIR.
https://visualhunt.com/f7/photo/99397254/082e6573c2/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 169
CAPÍTULO 15
DECISÃO DE INVESTIMENTO II - 
RISCO E RETORNO
Neste capítulo, trataremos sobre metodologias aplicadas para a decisão de 
investimento na administração financeira e orçamentária.
Estudamos, no capítulo 14, sobre as metodologias que possibilitam o administrador 
financeiro visualizar, com mais precisão, se determinado investimento a longo prazo 
poderá fluir num resultado positivo e desejado, atingindo o objetivo geral e específico 
do projeto em questão.
Para relembrarmos, as metodologias estudadas foram as seguintes:
1- Payback: sua utilização possibilita diluir a dúvida em respeito ao tempo do retorno 
do investimento inicial de determinado projeto;
2- Valor Presente Líquido (VPL ou NPV): uma ferramenta que, aplicada a fluxos 
de caixa projetados a determinada taxa e trazidos ao valor presente, possibilita um 
resultado que evidencia se determinado projeto é viável ou não;
3- Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR): fornece a taxa de retorno do projeto de 
investimento avaliado e em comparabilidade com a taxa desejada pelos sócios/
acionistas para visualizarem se o projeto compensa.
Notamos, no decorrer dos capítulos anteriores, que o processo decisório é uma das 
etapas mais complexas de nossa disciplina, sejam decisões operacionais, táticas ou 
estratégicas. Aprendemos sobre várias ferramentas que possibilitam ao administrador 
financeiro atingir o objetivo central da administração financeira e orçamentária. 
Neste capítulo, vamos nos aprofundar sobre os temas de rentabilidade e conhecer 
sobre risco. Algumas aspectos que vamos estudar são:
1- O que é risco no âmbito da decisão de investimento?
2- Qual ferramenta quantitativa fornece meios de calcular o risco de determinado 
projeto de investimento?
3- Mensuração de retorno sobre projeto de investimento.
4- Utilização das informações de risco e retorno para tomada de decisão.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 170
15.1 Fundamentos de risco e retorno
Um dos fatores mais impactantes no dia a dia da gestão financeira das organizações 
é o risco. 
O risco vem sendo estudado de forma ampla pela literatura, em setores como 
mercado financeiro e de capitais, seguro de acidentes pessoais e de bens, probabilidade 
e estatística, jogos lícitos realizados pela loteria etc. Ele está presente em vários 
aspectos do cotidiano e dentro da administração financeira e orçamentária. Para 
nossa aplicação, utilizaremos o estudo, em específico, da probabilidade e da estatística.
Com respeito ao retorno, já adentramos nesse conteúdo anteriormente para a etapa 
de análise das demonstrações financeiras. Entendemos que a rentabilidade é o retorno 
no valor investido pelos sócios/acionistas, podendo ocorrer em valores monetários 
ou percentuais.
Veremos, neste tópico, sobre as nomenclaturas de risco e retorno, quais as distinções 
entre eles e quais impactos eles exercem na decisão de investimento. 
Título: Decisão de investimento - Fundamentos
Fonte: https://pixabay.com/photos/digital-marketing-seo-google-1725340/
ISTO ESTÁ NA REDE
Leia, no link a seguir, uma matéria da Suno sobre o impacto de risco nos 
negócios de modo geral.
Acesse: https://www.suno.com.br/artigos/analise-risco/.
https://pixabay.com/photos/digital-marketing-seo-google-1725340/
https://www.suno.com.br/artigos/analise-risco/
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 171
15.1.1 Gerenciamento do risco
Basicamente, risco é a incerteza em referência à variabilidade de retorno. Dessa forma, 
entendemos que o risco está vinculado diretamente ao retorno, pois é a possibilidade 
ou a probabilidade de ocorrência de perda financeira, que, explicitamente, é o retorno.
Em um mundo ideal para a gestão financeira, a ideia de risco é tratada com seriedade 
e deve ser gerenciada, pois pode surtir como efeito negativo e incide diretamente na 
rentabilidade dos sócios/acionistas. Nessa construção, é fundamental entendermos 
sobre rentabilidade, pois ela está atrelada diretamente à definição do risco. 
Vamos verificar alguns exemplos para explanar melhor o conceito de risco:
Exemplo 1- Quando não temos uma variabilidade no retorno.
Uma sociedade empresária determinou investir o valor de R$ 10.000,00 em 
determinado projeto de investimento. O retorno exigido pelos sócios/acionistas é de 
5% sobre o projeto após 1 mês.
Análise: a grosso modo, podemos dizer que não há risco, pois não há uma variabilidade 
ou incerteza do retorno. A definição está pautada em 5%.
Exemplo 2- Quando temos uma variabilidade no retorno.
Uma sociedade empresária determinou investir o valor de R$ 10.000,00 em 
determinado projeto de investimento. O retorno possível desse investimento, após 
análises de viabilidade, está entre 5% e 15% sobre o projeto após 1 mês.
Análise: a grosso modo, podemos concluir a existência de risco em confronto com 
a variabilidade do retorno.
Tecnicamente, em finanças, o risco significa a variabilidade em 
relação ao retorno esperado. A variabilidade, portanto, pode ser para 
mais ou para menos. Contudo, o resultado inferior ao planejado é 
que prejudica o processo de investimento, o risco pode ser definido 
como probabilidade de perda em relação a resultados esperados 
(PADOVEZE, 2015, p. 52).
Na gestão financeira como um todo, há definições a despeito do perfil do investidor. É 
interessante entendermos, de forma a agregar maior conhecimento sobre a necessidade 
dos sócios/acionistas, quanto à percepção que eles possuem diante do risco inerente 
à decisão de investimento.
 Dentro dos conceitos de risco, há preferências. Segundo Padoveze (2015, p. 53), 
em conjunto ao conhecimento usual do mercado financeiro aplicado à análise de 
perfis levantados pela rede bancária, podemos listar desta forma:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 172
1- Perfil avesso ao risco ou conservador: usualmente, não tolera riscos e exige um 
aumento da taxa de retorno caso o risco aumente;
2- Perfil tendente ao risco ou moderado: usualmente, tolera determinado nível de 
risco para ter consequente resultado do retorno. A taxa de retorno pode diminuir, 
mesmo que o risco aumente;
3- Perfil indiferente ao risco ou agressivo: usualmente, exige altos retornos e, dessa 
forma, tem ciência do risco maior que acompanha esse tipo de investimento. Não 
exige mudanças de retorno caso o risco aumente.
Com base em Gitman (2010) e Padoveze (2015), podemos classificar o risco da 
seguinte forma:
Risco sistêmico, de mercado ou não diversificável: incide de modo geral em todas 
as empresas, pois são riscos alinhados e existentes no mercado ou na economia e 
afetam todas as organizações. Não há a possibilidade de diversificar esse tipo de 
risco, pois ele é inerente à existência das entidades nos mercados. Um exemplo de 
fixação é o período da pandemia do coronavírus, em que as organizações do mundo 
todo foram afetadas de alguma forma.
Exemplos derisco sistêmico: além do já citado período pandêmico, podemos citar 
guerras, inflação, incidentes internacionais, decisões políticas, situações sociais de 
grande escala etc.
Risco não sistêmico ou diversificável: é inerente à gestão específica na organização, 
pois situações que ocorrem dentro da organização são fatores que produzem esse 
tipo de risco. Trata-se de um formato de risco que é encarado como diversificável, 
pois há a possibilidade de gerenciamento pela gestão.
Exemplos do risco não sistêmico: situações específicas da empresa, greves, decisões 
da liderança, perdas advindas de situações específicas, processos judiciais etc.
ANOTE ISSO
RISCO
CLASSIFICAÇÃO
FORMATOS EXEMPLO
SISTÊMICO INCIDE SOBRE TODAS AS ORGANIZAÇÕES; NÃO É DIVERSIFICÁVEL. PANDEMIA
NÃO SISTÊMICO ESPECÍFICO “DENTRO” DA ORGANIZAÇÃO; É DIVERSIFICÁVEL. GREVE
Título: Classificação de riscos sistêmicos e não sistêmicos
Fonte: adaptada de Padoveze (2015). 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 173
Basicamente, os riscos são operacionais e financeiros, além de poderem ser divididos 
entre riscos sobre o negócio, sobre os sócios/acionistas e que afetam a organização 
e os sócios/acionistas.
Seguem, conforme Gitman (2010, p. 204), os tipos de riscos existentes:
Riscos específicos da empresa:
• Risco Operacional: A possibilidade de que a empresa não seja 
capaz de cobrir seus custos operacionais. Seu nível é determinado 
pela estabilidade das receitas da empresa e pela estrutura de seus 
custos operacionais (fixos versus variáveis);
• Risco Financeiro: A possibilidade de que a empresa não seja 
capaz de fazer frente a suas obrigações financeiras. Seu nível é 
medido pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da 
empresa e por suas obrigações financeiras de custo fixo.
• Riscos específicos de um acionista:
• Risco da Taxa de Juros: A possibilidade de mudanças, os 
investimentos perdem valor quando a taxa de juros aumenta e 
ganham valor quando a taxa de juros cai.
• Risco de Liquidez: A possibilidade de que um investimento não 
possa ser facilmente liquidado a um preço razoável.
• Risco de Mercado: A possibilidade de que o valor de um 
investimento caia devido a fatores de mercado (fatores 
econômicos, políticos e sociais).
Riscos que afetam as empresas e os acionistas:
• Risco de evento: A possibilidade de que algum evento inteiramente 
imprevisto exerça efeito significativo em um investimento ou na 
empresa.
• Risco de câmbio: A exposição dos fluxos de caixa esperados 
futuros a flutuações da taxa de câmbio, maior a chance de 
flutuações, maior o risco e como consequência menor valor da 
empresa e investimento.
• Risco de poder aquisitivo: A possibilidade de que inflação ou 
deflação possa afetar os fluxos de caixa e o valor da empresa 
e investimentos. Quando acompanham os níveis gerais de 
preço, possuem menor risco de poder aquisitivo; quando não 
acompanham, apresentam elevado poder aquisitivo.
• Risco tributário: A possibilidade de que sobrevenham mudanças 
desfavoráveis na legislação tributária.
15.1.2 Retorno
Conforme falamos sobre a temática “rentabilidade” anteriormente, notamos que um 
dos pontos relevantes para a tomada de decisão é o retorno sobre os investimentos. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 174
Vimos que o risco é a incerteza em relação à variabilidade de retorno, e que uma 
situação que possua possibilidades de variação de retorno é uma situação propensa a 
risco. Dessa forma, o que seria o retorno no campo da gestão financeira e orçamentária?
Retorno é o resultado positivo ou negativo em relação ao investimento de determinado 
projeto. De acordo com Padoveze (2015, p. 67), “A rentabilidade é uma relação percentual 
do resultado obtido com o valor do investimento”.
Vimos no capítulo 6, em “Análise das Demonstrações Financeiras”, que há meios de 
levantar os retornos com base nos índices calculados por meio de fórmulas (retornos 
sobre o investimento).
Com relação a projeções futuras, para cálculos de decisões de investimento, 
utilizamos a seguinte fórmula:
Rt = Ct + Pt - Pt-1 / Pt-1
Sendo:
Rt: taxa de retorno efetivo;
Ct: fluxo de caixa recebido durante o período de t-1 a t;
Pt: preço (valor) do ativo no tempo t;
Pt-1: preço (valor) do ativo no tempo t-1.
A fórmula em questão fornece um resultado pautado em trazer a divisão da soma 
da variação do preço inicial do fator histórico (compra) em dado momento e o preço 
de mercado atual, ou seja, conseguimos analisar se determinado imobilizado investido 
tem valor de mercado e qual retornou valores adequados para a organização.
Exemplo:
Determinada sociedade empresária necessita analisar o retorno produzido por duas 
máquinas que fazem parte do processo produtivo. 
Seguem dados de ambas as máquinas para o cálculo do retorno: 
A máquina A foi adquirida há um ano por R$ 20.000,00 e gerou R$ 800,00 em 
receitas após impostos; seu valor de mercado atual avaliado é de R$ 21.500,00. A 
máquina B foi adquirida há 4 anos pelo valor de R$ 12.000,00 e gerou R$ 1.700,00 
em receitas após os impostos; seu valor de mercado é avaliado em R$ 11.800,00.
Calcular a taxa de retorno (R) de cada uma das máquinas:
MÁQUINA VALOR COMPRA CAIXA GERADO VALOR MERCADO TEMPO COMPRA
MÁQUINA A R$ 20.000,00 R$ 800,00 R$ 24.500,00 1 ANO
MÁQUINA B R$ 12.000,00 R$ 1.700,00 R$ 11.800,00 4 ANOS
Tabela 24 – Cálculo de retorno - exemplo
Fonte: do próprio autor.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 175
Resolução:
Rt = Ct + Pt - Pt-1 / Pt-1
Máquina A:
Rt: ?
Ct: 800
Pt: 21.500
Pt-1 : 20.000
Máquina A = 800 + 21.500 - 20.000 / 20.000 = 2.300 / 20.000 = 11,5%
Rt = Ct + Pt - Pt-1 / Pt-1
Máquina B:
Rt: ?
Ct: 1.700
Pt: 12.000
Pt-1 : 11.800
Máquina B = 1.700 + 11.800 - 12.000 / 12.000 = 1.500 / 12.000 = 12,5%
Resultado:
Retorno Máquina A = 11,5%
Retorno Máquina B = 12,5%
Nota-se que o retorno da máquina B, mesmo tendo uma desvalorização em seu valor 
de mercado, ainda sobrepõe-se ao retorno da máquina A. Essa é uma constatação 
necessária da importância do caixa criado pela máquina B (1.700), que supera o caixa 
gerado pela máquina A (800).
ANOTE ISSO
Rt = Ct + Pt - Pt-1 / Pt-1
15.1.3 Cálculos de avaliação do risco
Para o cálculo do risco de determinado projeto de investimento, deve-se levar em 
conta alguns aspectos relevantes antes de conhecermos e utilizarmos uma das formas 
de calcular.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 176
Uma das premissas iniciais é entender sobre a análise de cenários, no sentido 
de que, no mercado em que está inserida a organização, são possíveis três tipos de 
cenários de ocorrência do risco:
1- Cenário otimista: situação favorável em que o retorno esperado de determinado 
projeto de investimento retorna após o cálculo de uma rentabilidade desejada e com 
risco baixo;
2- Cenário mais provável: situação mediana e realista, maior probabilidade de 
ocorrência, possui rentabilidade desejada, porém um risco já esperado;
3- Cenário pessimista: alto risco da não ocorrência de retorno desejado.
Dentro da premissa de análise de cenário, precisamos entender a amplitude atingida 
entre os cenários pessimista e otimista que traduz a extensão possível alcançada da 
medida do risco.
ANOTE ISSO
CENÁRIO: definir probabilidades de ocorrência de risco e retorno.
CENÁRIO OTIMISTA: risco baixo e retorno alto.
CENÁRIO PROVÁVEL: risco e retorno medianos.
CENÁRIO PESSIMISTA: risco alto e retorno abaixo do desejável.
Para podermos entender melhor a metodologia aplicada à questão da utilização 
dos cenários e o cálculo da amplitude, vamos verificar um exemplo, com base em 
Gitman (2010): 
Determinada organização do ramo industrial possui decisão de investimento de 
determinado projeto entre dois ativos imobilizados: são dois edifícios para o novo parque 
fabril.Para ambos os edifícios, a empresa dispõe de um investimento inicial de R$ 
10.000,00, e a taxa de retorno mínima aceitável determinada pelos sócios/acionistas 
é de 15%. O primeiro passo do administrador financeiro foi estimar, em conjunto com 
a equipe financeira envolvida no projeto, medidas nos cenários otimista e pessimista. 
Dessa forma, segue a planilha do orçamento de capital do projeto:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 177
INVESTIMENTOS ATIVO A ATIVO B
INVESTIMENTO INICIAL R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
Taxa de Retorno Anual 
Pessimista 13% 7%
Mais Provável 15% 15%
Otimista 17% 23%
Amplitude (medida de risco) 4% 16%
Tabela 25 – Análise de cenários - Risco de Retorno
Fonte: adaptada de Gitman (2010).
Após levantarmos os cenários e a amplitude da probabilidade de risco e retorno, 
precisamos utilizar um método para que possamos chegar ao valor. 
15.1.3.1 Mensuração do risco - Desvio-padrão
Uma das metodologias utilizadas para a mensuração do risco vem das áreas de 
estudos da estatística e da probabilidade.
Temos o cálculo por meio do desvio-padrão quando possuímos um valor específico 
de retorno para cada projeto de investimento e o coeficiente de variação aplicado 
quando possuímos retornos e riscos diferentes para o projeto de investimento.
Para o cálculo do desvio-padrão, vamos utilizar a fórmula:
Título: Desvio-padrão (retorno e risco)
Fonte: Risco… (2017, p. 5).
Em que:
σk= desvio padrão dos retornos;
Ki= retorno obtido;
K = retorno médio esperado;
Pri= probabilidade de ocorrência de Ki;
n = número de ocorrências.
Vamos aplicar em um exemplo para melhor entendimento:
Uma sociedade empresária necessita levantar o risco e o retorno de determinado 
projeto de investimento vinculado ao aumento da capacidade produtiva. Foram 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 178
levantados dois orçamentos de capitais para aquisição de duas máquinas que virão 
importadas da Alemanha.
Na primeira etapa, a equipe responsável para o orçamento, em conjunto com o 
administrador financeiro, levantou estimativas quanto aos três cenários de ocorrências 
(pessimista, mais provável e otimista), conforme apresentado a seguir:
Ativo Máquina: A
MÁQUINA A
Cenário Probabilidade Retorno
Pessimista 25% 11%
Mais provável 40% 13%
Otimista 35% 15%
Tabela 26 – Máquina A (decisão de investimento - desvio-padrão)
Fonte: adaptada de Gitman (2010).
Ativo Máquina: B
MÁQUINA B
Cenário Probabilidade Retorno
Pessimista 25% 5%
Mais provável 40% 13%
Otimista 35% 19%
Tabela 27 – Máquina B (decisão de investimento - desvio-padrão)
Fonte: adaptada de Gitman (2010).
Vamos calcular inicialmente o retorno médio esperado = K:
Máquina A 
KA = ∑ (K x Pri)
KA = (0,11 x 0,25) + (0,13 x 0,40) x (0,15 x 0,35) 
KA = 0,13
KA = 13%
Máquina B 
KB = ∑ (K x Pri)
KB = (0,05 x 0,25) + (0,13 x 0,40) x (0,19 x 0,35) 
KB = 0,13
KB = 13%
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 179
Após encontrado o K = 13%, vamos lançar na fórmula para o cálculo do risco:
Título: Desvio-padrão (retorno e risco)
Fonte: Risco… (2017, p. 5).
MÁQUINA A:
σA= 
σA= 1,41%
MÁQUINA B:
σB= 
σB= 5,35%
Resultado:
Máquina A = Retorno médio: 13%; e Risco: 1,41%
Máquina B = Retorno médio: 13%; e Risco: 5,35
Portanto o investimento quanto à Máquina B contém um risco superior em relação 
à Máquina A.
15.1.3.2 Mensuração do risco - Coeficiente de variação
Notamos que, por meio do desvio-padrão, conseguimos obter o risco do projeto 
desde que o retorno seja o mesmo para ambos os projetos. Dessa forma, necessitamos 
de uma metodologia que consiga nos fornecer o risco mesmo que os retornos sejam 
diferentes entre os projetos.
O coeficiente de variação, muito utilizado no campo das probabilidades, auxilia 
nesse aspecto.
Segundo Gitman (2010, p. 212), “O coeficiente de variação, CV, consiste em uma 
medida de dispersão relativa que é útil na comparação dos riscos de ativos com 
diferentes retornos esperados.”
Segue a fórmula:
CV = σK / Kmédio
Em que:
σK : desvio-padrão dos retornos;
Kmédio: retorno médio esperado.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 180
Exemplo: 
Uma sociedade empresária necessita levantar o risco e o retorno de determinado 
projeto de investimento vinculado ao aumento da capacidade produtiva. Foram 
levantados dois orçamentos de capitais para aquisição de duas máquinas que virão 
importadas da Alemanha.
Máquina A= retorno 13% e risco 7%;
Máquina B = retorno 19% e risco 9%.
Segue o cálculo:
Máquina A:
CV = σK / Kmédio
CVA = 7 / 13 = 53,85%
Máquina B:
CVB = 9 / 19 = 47,37%
O resultado evidencia o desvio de variação. Nesse exemplo, notamos que a Máquina 
A, mesmo tendo um risco menor (7%) do que o da Máquina B (9%), demonstra uma 
variabilidade superior.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 181
CONCLUSÃO
Estudamos, no decorrer dos capítulos, as importantes ferramentas, metodologias e 
procedimentos necessários à administração financeira e orçamentária. Acima de tudo, 
nos aprofundamos no objetivo central da gestão financeira, que é a maximização da 
riqueza da entidade para os sócios/acionistas e investidores.
Nos primeiros capítulos, entendemos sobre as demonstrações financeiras e 
a importância de cada aspecto em que elas direcionam a visão do administrador 
financeiro.
Vimos que o Balanço Patrimonial é fundamental, não importando o tamanho 
da organização. Esse relatório financeiro proporciona à empresa várias temáticas 
desenvolvidas no decorrer dos capítulos, como a estrutura de capital, o ciclo operacional, 
endividamento, liquidez etc.
Com a Demonstração do Resultado do Exercício, notamos a importância de fazê-lo 
e de chegarmos ao objetivo de qualquer empresa, que é o lucro.
O estudo sobre a Demonstração do Fluxo de Caixa deixou clara a relevância da sua 
gestão e da leitura que ela nos proporciona no sentido financeiro e de curto prazo.
Todas as metodologias proporcionam, acima de tudo, bases fundamentadas para 
a gestão operacional, tática e estratégica, além da tomada de decisão operacional, 
de financiamento e investimento.
Esperamos que você tenha conseguido absorver ao máximo o conteúdo e que ele 
tenha proporcionado conhecimento direcionado para resultados positivos e adequados 
para a sua atuação nas organizações.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 182
ELEMENTOS COMPLEMENTARES 
LIVRO
Título: Princípios de administração financeira
Autores: Chad J. Zutter e Lawrence J. Gitman
Editora: Pearson
Sinopse: O livro consegue reunir de forma organizada a 
disciplina de Administração Financeira e Orçamentária. 
Traz uma linguagem clara e objetiva, além de possuir 
cases práticos de cada aspecto da AFO.
FILME
Título: Fome de poder
Ano: 2017
Sinopse: A história da ascensão do McDonald’s. Após 
receber uma demanda sem precedentes e notar uma 
movimentação de consumidores fora do normal, o 
vendedor de Illinois Ray Kroc (Michael Keaton) adquire 
uma participação nos negócios da lanchonete dos 
irmãos Richard e Maurice “Mac” McDonald, no sul da 
Califórnia. Pouco a pouco, eliminando os dois da rede, 
Kroc transforma a marca em um gigantesco império 
alimentício.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 183
WEB
O link a seguir traz um curso prático de gestão financeira e orçamentária, formulado 
pelo Sebrae-SP, direcionado às micro e pequenas empresas. O material traz conceitos 
sobre fluxo de caixa, giro de caixa e análise de estoque.
<https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline/gestao-financeira,7370b8a6
a28bb610VgnVCM1000004c00210aRCRD>
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline/gestao-financeira,7370b8a6a28bb610VgnVCM1000004c00210aRCRDhttps://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline/gestao-financeira,7370b8a6a28bb610VgnVCM1000004c00210aRCRD
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 184
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: Um enfoque econômico-
financeiro. São Paulo: São Paulo, 2015.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2014.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: 
Atlas, 2015.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre Sociedades por 
Ações. Brasília, DF: Presidência da República, 1976. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em: 01 maio 2023. 
BRASIL. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos 
da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 
1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração 
e divulgação de demonstrações financeiras. Brasília, DF: Presidência da República, 
2007. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11638.htm. Acesso em: 01 maio 2023. 
CAGGIANO, Paulo Cesar; FIGUEIREDO, Sandra. Controladoria: teoria e prática. São 
Paulo: Atlas, 2017.
CPC – COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Correlação às Normas 
Internacionais de Contabilidade – IAS 7 (IASB – BV2010). CPC, 2010. Disponível em: 
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/183_CPC_03_R2_rev%2021.pdf. Acesso 
em: 11 jul. 2023.
DORNELAS, José. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. São 
Paulo: Empreende, 2018.
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/183_CPC_03_R2_rev%2021.pdf
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 185
FERRAMENTAS para você criar seu plano de negócio. Sebrae, 29 jan. 2019. Disponível 
em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/ferramentas-para-voce-
criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM2000003c74010aRCRD. Acesso 
23 abr. 2023.
FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. São 
Paulo: Atlas, 2009.
GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2010.
HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentário: matemática financeira 
aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. São Paulo: Atlas, 2012.
IBEF-SP – INSTITUTO BRASILEIRO DE EXECUTIVOS DE FINANÇAS DE SÃO PAULO. 
Tesouraria: Análise do case de disrupção na gestão de fluxo de caixa da Mastercard. 
IBEF-SP, 26 nov. 2021. Disponível em: https://ibefsp.com.br/tesouraria-analise-do-case-
de-disrupcao-na-gestao-de-fluxo-de-caixa-da-mastercard/. Acesso em: 11 jul. 2023.
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. São Paulo: Atlas, 2017.
MARION, José Carlos. Contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2015.
MARION, José Carlos; RIBEIRO, Osni Moura. Introdução à contabilidade gerencial. 
São Paulo: Saraiva, 2018.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 
São Paulo: Atlas, 2010.
NOGUEIRA, Thais Carolyne de Oliveira; DA SILVA, Anderson Carlos. Um estudo de 
caso com análise vertical e horizontal das demonstrações contábeis do Banco do 
Brasil S/A nos períodos de 2017 e 2018. 2019. 28 f. Estudo de Caso (Bacharelado 
em Ciências Contábeis) – Universidade de Anápolis, Anápolis, 2019. Disponível em: 
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/10773/1/UM%20ESTUDO%20DE%20
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/ferramentas-para-voce-criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM2000003c74010aRCRD
https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/df/sebraeaz/ferramentas-para-voce-criar-seu-plano-de-negocio,31f40d58df4f5410VgnVCM2000003c74010aRCRD
https://ibefsp.com.br/tesouraria-analise-do-case-de-disrupcao-na-gestao-de-fluxo-de-caixa-da-mastercard/
https://ibefsp.com.br/tesouraria-analise-do-case-de-disrupcao-na-gestao-de-fluxo-de-caixa-da-mastercard/
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/10773/1/UM%20ESTUDO%20DE%20CASO%20COM%20AN%C3%81LISE%20VERTICAL%20E%20HORIZONTAL%20DAS%20DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES%20CONT%C3%81BEIS%20DO%20BANCO%20DO%20BRASIL%20S%20A%20.pdf
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
E ORÇAMENTÁRIA
PROF.a FRANCISLAINE MIGUEL 
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 186
CASO%20COM%20AN%C3%81LISE%20VERTICAL%20E%20HORIZONTAL%20DAS%20
DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES%20CONT%C3%81BEIS%20DO%20BANCO%20
DO%20BRASIL%20S%20A%20.pdf. Acesso em: 11 jul. 2023. 
OLIVEIRA, Carlos Eduardo de. Orçamento de vendas: um estudo acerca das 
indústrias de um distrito industrial. Gestão & Planejamento, Salvador, v. 15, n. 3, p. 
487-500, jul./dez. 2014. Disponível em: https://revistas.unifacs.br/index.php/rgb/article/
download/2751/2522. Acesso em: 13 jul. 2023.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à administração financeira: texto e exercícios. 
São Paulo: Cengage Learning, 2015.
RISCO e retorno. PUC Goiás, 2017. Disponível em: https://professor.pucgoias.edu.
br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3843/material/RISCO%20E%20INCERTEZA%20
5%2017gabAULAS.pdf. Acesso em: 14 jul. 2023.
SALAZAR, German Torres. Fundamentos de finanças corporativas: teoria e aplicações 
práticas. São Paulo: Atlas, 2010.
SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e média empresa. 
São Paulo: Atlas, 2010.
WANDER, Alexandre. Indicadores de atividade – ciclo operacional e financeiro 
com case: AMBEV. GeCompany, [2015]. Disponível em: http://www.gecompany.
com.br/educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-
financeiro/#respond. Acesso em: 12 jul. 2023.
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/10773/1/UM%20ESTUDO%20DE%20CASO%20COM%20AN%C3%81LISE%20VERTICAL%20E%20HORIZONTAL%20DAS%20DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES%20CONT%C3%81BEIS%20DO%20BANCO%20DO%20BRASIL%20S%20A%20.pdf
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/10773/1/UM%20ESTUDO%20DE%20CASO%20COM%20AN%C3%81LISE%20VERTICAL%20E%20HORIZONTAL%20DAS%20DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES%20CONT%C3%81BEIS%20DO%20BANCO%20DO%20BRASIL%20S%20A%20.pdf
http://repositorio.aee.edu.br/bitstream/aee/10773/1/UM%20ESTUDO%20DE%20CASO%20COM%20AN%C3%81LISE%20VERTICAL%20E%20HORIZONTAL%20DAS%20DEMONSTRA%C3%87%C3%95ES%20CONT%C3%81BEIS%20DO%20BANCO%20DO%20BRASIL%20S%20A%20.pdf
https://revistas.unifacs.br/index.php/rgb/article/download/2751/2522
https://revistas.unifacs.br/index.php/rgb/article/download/2751/2522
https://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3843/material/RISCO%20E%20INCERTEZA%205%2017gabAULAS.pdf
https://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3843/material/RISCO%20E%20INCERTEZA%205%2017gabAULAS.pdf
https://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/3843/material/RISCO%20E%20INCERTEZA%205%2017gabAULAS.pdf
http://www.gecompany.com.br/educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-financeiro/#respond
http://www.gecompany.com.br/educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-financeiro/#respond
http://www.gecompany.com.br/educacional/financas/indicadores-de-atividade-ciclo-operacional-e-financeiro/#respond
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.bqcjshtd8u5m
	_heading=h.ibwoq47h528x
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.msb5eh34c44b
	_heading=h.tcw8la2liy03
	_heading=h.k6p95vhxkgw7
	_heading=h.3lpveoxu62h1
	_heading=h.2dsnjt5jesat
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.e35uzrwy8nu
	_heading=h.k2k7gjheoofv
	_heading=h.oaa79sbwgfs8
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.l4ok6x4cfyr5
	_heading=h.96aeh0gxjkkr
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy_heading=h.kh86d3aslr30
	_heading=h.2nxsgp49ovre
	_heading=h.88m6fx1tgaz6
	_heading=h.n3280zq19o3z
	_heading=h.n3280zq19o3z
	_heading=h.g08k4nkqg2tw
	_heading=h.61h2log7cjod
	_heading=h.6yuzmt7c2gui
	_heading=h.5qeyqral9rh0
	_heading=h.w38dsp8hr6lk
	_heading=h.ywpk9qefqysb
	_heading=h.8y3mx76qa7bd
	_heading=h.msdt4ajg8b3v
	_heading=h.35nkun2
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.num2hh7cbxgc
	_heading=h.yrtrecwr36n7
	_heading=h.wtwsres3oop7
	_heading=h.wtwsres3oop7
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.bnyxorf9k3bj
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.uz93e3786apj
	_heading=h.j7g4v459ncbw
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.zb9716kjrhci
	_heading=h.6rs8gc47nzbk
	_heading=h.dz4cl2k5z9gh
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.ov3ft1lsv0z8
	_heading=h.oh9ohhlabca4
	_heading=h.9u2m4gbomz3t
	_heading=h.bzksi9eh7xrv
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.xhvjp567vk6b
	_heading=h.u25utdnejoii
	_heading=h.444nityyy3du
	_heading=h.a72zxpucw41i
	_heading=h.8kd2ewe5e15s
	_heading=h.6vndzs1ete3e
	_heading=h.on5p1nc1jtuk
	_heading=h.972hyfg61bvw
	_heading=h.4ykdtmdryovk
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.nvgw5v4p0qxk
	_heading=h.5gbv37akfjxy
	_heading=h.1pwumpfajefb
	_heading=h.51yi1wz3t6ic
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.r1gpl3l4wi3
	_heading=h.s491kptwc8oj
	_heading=h.7dc8ts9etfcz
	_heading=h.i1e3myfwt2y2
	_heading=h.e9psjzvlg0ww
	_heading=h.aqld03vfiu28
	_heading=h.n7vc8r8tx15l
	_heading=h.ftr34xlne63e
	_heading=h.s491kptwc8oj
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.d3r4zyvidv8o
	_heading=h.y38l69mrnuvq
	_heading=h.s55har98knuy
	_heading=h.hwlp834vd4uc
	_heading=h.veylsuxxbnbd
	_heading=h.lgklkqd5khkl
	_heading=h.s0ir7e15tebt
	_heading=h.qhms9wkk0e33
	_heading=h.r4jhsg8kbctg
	_heading=h.zgydesh74iv8
	_heading=h.hqn0oys1tyn4
	_heading=h.9z7g054hz4w5
	_heading=h.gmyv0smo0105
	_heading=h.pnhpqdsh4ey5
	_heading=h.6c50imv1gpg5
	_heading=h.1lq6shyenn19
	_heading=h.ew0ym3g4yuxn
	_heading=h.5k82cu9493xq
	_heading=h.3msnopokhcf9
	_heading=h.lsu21wg253zi
	_heading=h.t6dfs5hte1cs
	_heading=h.4px1rhkz2k6
	_heading=h.8pye7k4ahsd9
	_heading=h.t6dfs5hte1cs
	_heading=h.vu41u0ih4ur3
	_heading=h.pqwcimp65s13
	_heading=h.1nzkhztzxbg
	_heading=h.r4z768bqf4zo
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.uj9ll4n1pame
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ew1v4g9pw4iy
	_heading=h.2rbkxmzfnu5k
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.hphnjj88xd8f
	_heading=h.jwyw4riqk3na
	_heading=h.wp8qylynpaxd
	_heading=h.d0zhue3uq8fl
	_heading=h.ap96o8qf2s5g
	_heading=h.ltluf93syjtu
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.h0fcuh6ra2mm
	_heading=h.c89qc5takg1i
	_heading=h.fc913j9pin4c
	_heading=h.9046yanpg51b
	_heading=h.a1oty5o7sje6
	_heading=h.cttvpiuvhimh
	_heading=h.ato44z70ifng
	_heading=h.975aw1v4ru42
	_heading=h.wiq8v4keq7k3
	_heading=h.kry76s1qziyg
	_heading=h.82y8wpirw68d
	_heading=h.h8jvyx8f1774
	_heading=h.mt4lw0kwquti
	_heading=h.r2yubxzi3fqm
	_heading=h.heq98ty3k5ms
	_heading=h.lclujev3c3tl
	_heading=h.1ndbeygr4m93
	_heading=h.jqp018h71gek
	_heading=h.kgs33gkbahpd
	_heading=h.1ksv4uv
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.19gmmeihhq5p
	_heading=h.o5tzlkp5fskb
	_heading=h.97gvn9kmncv2
	_heading=h.jw6mgnad0c8c
	_heading=h.1f3uxok5hdng
	_heading=h.a13r7xat8l7
	_heading=h.8e94ex4y52yq
	_heading=h.ua8hefbsu7kd
	_heading=h.nbq1x9qqaywl
	_heading=h.om013iuz5loe
	_heading=h.k1p6c8ehyu4i
	_heading=h.biyg0uyaujl
	_heading=h.8c92ztfz5umh
	_heading=h.mtyf18ildzxt
	_heading=h.8invk9qjhvl2
	_heading=h.5dufkvkq3xe2
	_heading=h.ci2l2k1snn28
	_heading=h.tbobqeob92vj
	_heading=h.grlom9lybmqj
	_heading=h.bmgfs51b8pck
	_heading=h.jctg1h14amnv
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.2ek326hdo1z0
	_heading=h.bmgfs51b8pck
	_heading=h.wmw2ttagh3px
	_heading=h.q6d0m0ol1sqa
	_heading=h.q6d0m0ol1sqa
	_heading=h.svyvyd92uu53
	_heading=h.k7ger8xjwipl
	_heading=h.7zu6vjxubgk9
	_heading=h.xn6foiq1884h
	_heading=h.ojip0j9f6ym6
	_heading=h.uy23g6pvqay4
	_heading=h.rhhf21594sjx
	_heading=h.cvazg8ulc7lr
	_heading=h.1pzszprxmihb
	_heading=h.j5hvo5v12c2v
	_heading=h.ql9ulshwckhs
	_heading=h.ogs04f113hjh
	_heading=h.vwelevidj0m3
	_heading=h.jj30qfo5t87v
	_heading=h.i5sjtbu3kb5v
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.zh1b0uuhgifm
	_heading=h.eduoxtfl0366
	_heading=h.lqttbdff4rwe
	_heading=h.lg03ktfk8vjy
	_heading=h.emrzo9aiowwo
	_heading=h.twt4qr7tag1
	_heading=h.pic5gewi9q5z
	_heading=h.49u14hn7pzoc
	_heading=h.u4qf6df3b3af
	_heading=h.zh1b0uuhgifm
	_heading=h.4d6c30z70fv8
	_heading=h.xmav06yzqo36
	_heading=h.4eys5vare9e3
	_heading=h.kymzj3x9horm
	_heading=h.ctiy9qgnp7mx
	_heading=h.3iojffgr0wik
	_heading=h.yd9n5o8c6vsz
	_heading=h.22yjvi5f4sep
	_heading=h.vilwcd3ex1nc
	_heading=h.ig1yskfrurut
	_heading=h.61zmgxk2d8cj
	_heading=h.mwrzukoxupbh
	_heading=h.f8e25ovy2dig
	_heading=h.bpe0u2d42d4a
	_heading=h.fxe3abdhg73t
	_heading=h.ttdrc9or5mx0
	_heading=h.lsdc46lyimsx
	_heading=h.o9cx7st0ol8a
	_heading=h.2nmhxytnj86s
	_heading=h.27zt3go66zh0
	_heading=h.j1enl9sh4qru
	_heading=h.6z4s54ng83on
	_heading=h.we5lwh2pmr4t
	_heading=h.5hu2ytujt5bc
	_heading=h.5hu2ytujt5bc
	_heading=h.zf1o0uur8zv5
	_heading=h.xf68ie7b5h88
	_heading=h.htvbtaxaoyuc
	_heading=h.la4obymzm69a
	_heading=h.bimz1eimv65f
	_heading=h.jctg1h14amnv
	_heading=h.f5n4c9que1bz
	_heading=h.u4pizavs39yo
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.o2q20zrv9rqp
	_heading=h.o2q20zrv9rqp
	_heading=h.wyxjl2jao0zl
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.r82b5rdy8pgs
	_heading=h.30nzn5b6av3
	_heading=h.5ko6nceeg406
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.gtjls0g4cwuu
	_heading=h.dzzxuog6k8zd
	_heading=h.t5xi2totxoot
	_heading=h.7x9pvoh8mzyx
	_heading=h.qdhrttgzb1y
	_heading=h.xtf535jh4ohi
	_heading=h.d2kv21odna5k
	_heading=h.aqhxeubf18hv
	_heading=h.qf9oxnkwu6vf
	_heading=h.iymm4b4phtk7
	_heading=h.20byj0m5luzr
	_heading=h.ht8cpfdhhch1
	_heading=h.eh49mu3qh564
	_heading=h.62ylyt13ma6p
	_heading=h.y1v9nq42pdq8
	_heading=h.80rnd7qh6tof
	_heading=h.njalf8yb2os5
	_heading=h.ctg923yz4cd
	_heading=h.uhnircx3s0xl
	_heading=h.zftp2zdxirjx
	_heading=h.pjv4xuz79uy
	_heading=h.fb5wrx2kfnos
	_heading=h.ey8ux4xnlc5a
	_heading=h.ey8ux4xnlc5a
	_heading=h.rszaqqs2aceg
	_heading=h.lkwsmfi43zq7
	_heading=h.4xsh4z7s36vw
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.qmyhf4kq7wf4
	_heading=h.vprtsi4v99j0
	_heading=h.vprtsi4v99j0
	_heading=h.wqlk4xrccu0
	_heading=h.perhjsjaoe2o
	_heading=h.tjfs5zuxtvd
	_heading=h.rf6ugog6ncc2
	_heading=h.rip72zr2aov3
	_heading=h.tjfs5zuxtvd
	_heading=h.q3hs9zhlhqlc
	_heading=h.ux1l4qw7rmqh
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.j2f4qr5udma2
	_heading=h.4ri7oxr7e5ku
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.jmg4wuo56kdt
	_heading=h.sso0i75tb5ff
	_heading=h.4agy47ubxb9e
	_heading=h.mse5i41vbh2m
	_heading=h.d5jxgsxhs28t
	_heading=h.fesyzhpyqke
	_heading=h.ch4ln8wggkue
	_heading=h.9or09144xxoc
	_heading=h.eyn4ywxfm7hd
	_heading=h.8k9ailq7r0iv
	_heading=h.6hic3lwvafwd
	_heading=h.q3bhgsgestgz
	_heading=h.kdcy2rgqcerg
	_heading=h.xo2gdp6yqsx
	_heading=h.r8ty039srebx
	_heading=h.fijaukv8qji2_heading=h.knzwyomgg6ij
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.sy7fpqde0s0m
	_heading=h.g2qdsiqa2qzp
	_heading=h.pn0hg7m6wau3
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.epx6l4lp1431
	_heading=h.eaxkx8mjn0o
	_heading=h.7r3liw30jysk
	_heading=h.isl8qmnep9u5
	_heading=h.wzrrixn6aass
	_heading=h.fs03yaxk8k9p
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.gn3gv2nbajok
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.y9no066u8gf
	_heading=h.d05smaicibvy
	_heading=h.lmcm1e6i2eh1
	_heading=h.axp9w4maqvud
	_heading=h.k25c6mw2xr9e
	_heading=h.fta8gvwb5sw4
	_heading=h.dr45ouyanov7
	_heading=h.8i7n0791wyti
	_heading=h.gzgti4nriree
	_heading=h.oq8ilbtacweo
	_heading=h.5ga0f3y5nbth
	_heading=h.u8aw5u9wull3
	_heading=h.nagbi05p0vwj
	_heading=h.62ogsalf1gxz
	_heading=h.w5soykpoa7ih
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.7jvur4hodrki
	_heading=h.xwev2t4evguh
	_heading=h.oq8ilbtacweo
	_heading=h.hy5nawnp7exv
	_heading=h.hy5nawnp7exv
	_heading=h.tk3m7ur907l
	_heading=h.bicwkr6yj09j
	_heading=h.oq8ilbtacweo
	_heading=h.au33neeb0ky2
	_heading=h.7uhqtldf2938
	_heading=h.77v8ltml2hjz
	_heading=h.o42gbyvrw383
	_heading=h.ycxi33xtzj6y
	_heading=h.hcjj81wfrbjp
	_heading=h.8iaq7apzexj1
	_heading=h.xfi2yry8ez8b
	_heading=h.o91qnbc6012n
	_heading=h.oq8ilbtacweo
	_heading=h.1depv2ub0gt
	_heading=h.905dfmc2hfct
	_heading=h.7q2qjsxr0lm9
	_heading=h.a8q5htit5e1g
	_heading=h.oq8ilbtacweo
	_heading=h.ab7rnx9lwy8o
	_heading=h.oq8ilbtacweo
	_heading=h.tutkhusbc5w
	_heading=h.9yqmjn2olxku
	_heading=h.qsmlbl1d4src
	_heading=h.5kcaxcdr1tm6
	_heading=h.83lbzh5n5h62
	_heading=h.wwqo8u8mumxd
	_heading=h.mv36xqctk2lz
	_heading=h.enm78ie0umlj
	_heading=h.kk50m8s97tsy
	_heading=h.7c1jwh4n8w0l
	_heading=h.gtuxcqtxpm0
	_heading=h.wctaeebmoz54
	_heading=h.zg51bmc591hy
	_heading=h.o9kkr8223lul
	_heading=h.djlrl04d3bqk
	_heading=h.djlrl04d3bqk
	_heading=h.hzxsmn28n09r
	_heading=h.pnsufnwmcka9
	_heading=h.o9kkr8223lul
	_heading=h.2o5cdpmq2cr1
	_heading=h.5oo0ykce005t
	_heading=h.l05258d3gukx
	_heading=h.7nazuu2jrjfe
	_heading=h.39pslj5hxbik
	_heading=h.99sj4zl6zs6
	_heading=h.k5djv95bgvew
	_heading=h.o9kkr8223lul
	_heading=h.nrqyf1w78njp
	_heading=h.fo6y9xyarss9
	_heading=h.wyuvfle22oxo
	_heading=h.kdso4zw3tf7h
	_heading=h.w4kaf2onabpw
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.uekhri17vc9l
	_heading=h.mj4w1u5lunde
	_heading=h.wyuvfle22oxo
	_heading=h.q2wvslnhedm1
	_heading=h.q2spfnl4m3uh
	_heading=h.urie2eotkpul
	_heading=h.i0ji53in7vrh
	_heading=h.m0tw5ktpic4n
	_heading=h.tutkhusbc5w
	_heading=h.37zqsk685n1
	_heading=h.a81mzubmzhju
	_heading=h.nxa95cmhw8jh
	_heading=h.vflij78rc3ca
	_heading=h.l44m251wiep1
	_heading=h.e6nciyd85t1c
	_heading=h.h4hiaknm3sbx
	_heading=h.tutkhusbc5w
	_heading=h.13twvuekxfm5
	_heading=h.qmtu3gxaidy5
	_heading=h.7w46mdnkabjl
	_heading=h.m7ykf6hbwws1
	_heading=h.e6nciyd85t1c
	_heading=h.gjf5pjdpbv1s
	_heading=h.amc3ky3j2gbe
	_heading=h.x5uyteya0nf0
	_heading=h.bxz7cv1fd6z0
	_heading=h.n63vaknoqdwz
	_heading=h.pcbvslmz5gdl
	_heading=h.3myicluzresv
	_heading=h.5dxlh67c4dn4
	_heading=h.5dxlh67c4dn4
	_heading=h.e67q3gy1u6rw
	_heading=h.5dxlh67c4dn4
	_heading=h.w0eeoknni73p
	_heading=h.2o6corfef9hk
	_heading=h.oi9xy2c1lmit
	_heading=h.ec1apsoft1l9
	_heading=h.h9vcuknkplbb
	_heading=h.cl20iiq8do8a
	_heading=h.a2e7kqqzxe5q
	_heading=h.jm90zrczut0h
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.5v9t2cw8m7ye
	_heading=h.n63vaknoqdwz
	_heading=h.omguajritj9c
	_heading=h.jk4fq41ir6t4
	_heading=h.xzgjxhu74i67
	_heading=h.s8mpociustz1
	_heading=h.ituwyjs22jed
	_heading=h.omguajritj9c
	_heading=h.jk4fq41ir6t4
	_heading=h.xzgjxhu74i67
	_heading=h.s8mpociustz1
	_heading=h.e3q0ao1hthp0
	_heading=h.d6te96lvv1kr
	_heading=h.32t0ehjfw9so
	_heading=h.ituwyjs22jed
	_heading=h.h9vcuknkplbb
	_heading=h.y15atede7k8l
	_heading=h.inb93gtoxnzm
	_heading=h.ngzvhz9hsfmm
	_heading=h.dnnmt7qsttps
	_heading=h.dnnmt7qsttps
	_heading=h.dnnmt7qsttps
	_heading=h.dnnmt7qsttps
	_heading=h.dnnmt7qsttps
	_heading=h.dnnmt7qsttps
	_heading=h.2dwlzspczza3
	_heading=h.e6nciyd85t1c
	_heading=h.li2boxml847r
	_heading=h.s6a9d0omvonm
	_heading=h.hn9tefj9ig3y
	_heading=h.cortzldvpirw
	_heading=h.lf9qkoynvv5h
	_heading=h.azt64hc0p2fm
	_heading=h.21o48qimeiss
	_heading=h.o1o8cod5aubq
	_heading=h.o5nvg1y1rehk
	_heading=h.j132cqubttr
	_heading=h.y3xuscp3tifw
	_heading=h.i8kxio7hwrc9
	_heading=h.3ziam8k6yjft
	_heading=h.94n1jyc8r4vy
	_heading=h.uonzo5gw39v5
	_heading=h.wgwxhtb3qaal
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.8yudalaxtsb9
	_heading=h.rpvhrea2x683
	_heading=h.cv3oyk6bnw49
	_heading=h.x6e2zgpg7lda
	_heading=h.5mcokye7ba1r
	_heading=h.othmrsfx02hs
	_heading=h.4ipctorbb2an
	_heading=h.15ed10hud3cl
	_heading=h.3g4w53epwknq
	_heading=h.6m953skana06
	_heading=h.sbqf9s3a47fw
	_heading=h.jr4le8gqh3g5
	_heading=h.3bk0e6yhn0d7
	_heading=h.capnh9imwm6z
	_heading=h.1t4x9vm6qwlm
	_heading=h.xqkpc1l2c99z
	_heading=h.nuv11kli4dgv
	_heading=h.p7mbvx9ayttb
	_heading=h.beu9phyhmnv5
	_heading=h.wumfsrp4uy9e
	_heading=h.58kaj5wv27rf
	_heading=h.u80fa3qgmgc8
	_heading=h.s585djvtw0yh
	_heading=h.nslbcgi4fd0n
	_heading=h.2xlnjzqwodxf
	_heading=h.l3mwid5tiddq
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.lojue2yx827y
	_heading=h.hn9tefj9ig3y
	_heading=h.2gvxsg1qngxn
	_heading=h.c4gfrhmjpgj2
	_heading=h.9nc3k6dhppgt
	_heading=h.45nv9s7r3xxf
	_heading=h.n9wdsj9v6t1o
	_heading=h.p7mbvx9ayttb
	_heading=h.1mybuq32fs1u
	_heading=h.g6jsx9k0s0a8
	_heading=h.e6nciyd85t1c
	_heading=h.zb7sblpolpgz
	_heading=h.dyszavljbfd
	_heading=h.arckom6qdyvu
	_heading=h.x6tc3tx8s9xa
	_heading=h.9iwb9boz3bn6
	_heading=h.sbqf9s3a47fw
	_heading=h.6m953skana06
	_heading=h.1n5upmbcbob0
	_heading=h.ik033wrvdx0z
	_heading=h.iq3d4vi6loc0
	_heading=h.q26c5d98gvxd
	_heading=h.vps1i6doegly
	_heading=h.7n199bqf6aip
	_heading=h.xdvz78cvcbyz
	_heading=h.k0h93rswu1na
	_heading=h.ghgk38b2sl4i
	_heading=h.l3mwid5tiddq
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.4qgrx0z31ne3
	_heading=h.67mb2ip9vmbq
	_heading=h.whex9rz8cy3z
	_heading=h.x4tij6y93uxd
	_heading=h.tj9jog8h85le
	_heading=h.wjtpd6wdqch5
	_heading=h.6sehdl9asd8h
	_heading=h.whex9rz8cy3z
	_heading=h.gbni6opo7bl0
	_heading=h.jid2bz6tkz76
	_heading=h.rvty77msarrg
	_heading=h.9000svs5jfr
	_heading=h.varx4f9uo8io
	_heading=h.5pqh5rw79pbm
	_heading=h.b8bcfwtcdlxi
	_heading=h.w3q7oe5q7sm4
	_heading=h.5pqh5rw79pbm
	_heading=h.l7wowmolgdft
	_heading=h.i7zwjpcdl3le
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_heading=h.5fgi1757b6p4
	_heading=h.5fgi1757b6p4
	_heading=h.1fob9te
	_heading=h.3znysh7
	_heading=h.g4s0y2nj0nqx
	_heading=h.yputklu1ri86
	_heading=h.712n4jomjwkf
	_heading=h.ut2gv55zedyw
	_heading=h.40uim3mu6gmt
	_heading=h.oguwxlgm9uw
	_heading=h.ut2gv55zedyw
	_heading=h.gewb42pffuoe
	_heading=h.a5kr00tw46op
	_heading=h.ozrx01lsytfl
	_heading=h.57i7sr7m0u4m
	_heading=h.ut2gv55zedyw
	_heading=h.5d6dd0hxtjt9
	_heading=h.1o63cp2yknsf
	_heading=h.vyizc48ylzx7
	_heading=h.gan75hdwfba9
	_heading=h.7qhgrrjaz9jg
	_heading=h.bnpf7xel5k4e
	_heading=h.c7hnklrfgrjm
	_heading=h.akvdn3wxi349
	_heading=h.vaajja9m1bs3
	_heading=h.ou3w6h7d5gda
	_heading=h.sdfa8y59tb8b
	_heading=h.nmzp9h9go4sv
	_heading=h.ktu6h8inmkw5
	_heading=h.c7lo3midvxuw
	_heading=h.ou3w6h7d5gda
	_heading=h.bmj464smjlab
	_heading=h.2xr35fut7rmt
	_heading=h.2xr35fut7rmt
	_heading=h.2xr35fut7rmt
	_heading=h.jrvvelwdrz2k
	_heading=h.tiz4jfeo55wl
	_heading=h.ht6hzbu1beey
	_heading=h.vy1h4yvki3et
	_heading=h.9x18ht9cbis9
	_heading=h.dg32l8ity4ci
	_heading=h.u3peozygsdkm
	_heading=h.9xvn4r63xoev
	_heading=h.mndd1kqr0su9
	_heading=h.8x3z9z1f0v3p
	_heading=h.8lowzv79u6m9
	_heading=h.4szi4xlomy3w
	_heading=h.9xvn4r63xoev
	_heading=h.4noz3497v1pl
	_heading=h.ampr5qcx83q8
	_heading=h.3h50mvmax9c4
	_heading=h.3si4wxpfxmmv
	_heading=h.4fse7dety9v2
	_heading=h.kq4jeu59fjs0
	_heading=h.s1kgvcfveihg
	_heading=h.14gsshzcu1ud
	_heading=h.ktu6h8inmkw5
	_heading=h.47tvg0a7r1a8
	_heading=h.9xvn4r63xoev
	_heading=h.mndd1kqr0su9
	_heading=h.8x3z9z1f0v3p
	_heading=h.8lowzv79u6m9
	_heading=h.4szi4xlomy3w
	_heading=h.9xvn4r63xoev
	_heading=h.bpg1kachvdpv
	_heading=h.udw0w9o2ntuu
	_heading=h.9xvn4r63xoev_heading=h.mndd1kqr0su9
	_heading=h.8x3z9z1f0v3p
	_heading=h.8lowzv79u6m9
	_heading=h.4szi4xlomy3w
	_heading=h.9xvn4r63xoev
	_heading=h.7roj8ak8oti
	_heading=h.9jklskz679no
	_heading=h.568o9v3eiir6
	_heading=h.2sb7mcsnr51t
	_heading=h.r3dsz3mq13z6
	_heading=h.kearydbd8d05
	_heading=h.ewqyy099tt6a
	_heading=h.9xvn4r63xoev
	_heading=h.keonpufgxhnj
	_heading=h.jt9s7ba8pe3
	_heading=h.ht6hzbu1beey
	_heading=h.p5hebmns0u8w
	_heading=h.w4a7gbg8hlcf
	_heading=h.i9cmqos3wd7e
	_heading=h.wmt0tlp90hry
	_heading=h.ij2kgp6onv9m
	_heading=h.2g4s0rchvrzp
	_heading=h.82q2a6fawcog
	_heading=h.ciirzra3ta5k
	_heading=h.2hbce46uosrz
	_heading=h.13dt948ynnt6
	_heading=h.kb4zw92cn3ts
	_heading=h.3bc0yyzcma3q
	_heading=h.d9bm17e1jv6j
	_heading=h.yitah2cc95k3
	_heading=h.yitah2cc95k3
	_heading=h.ktu6h8inmkw5
	_heading=h.2a8y772gdjia
	_heading=h.q4xjmdw34g22
	_heading=h.v6by3v9etdcw
	_heading=h.3rf24726z99u
	_heading=h.ts5v2tgu6941
	_heading=h.8rqsno5ukedd
	_heading=h.15jkhzk6q84b
	_heading=h.q11y1hmmtfdo
	_heading=h.mr9devi3gc9i
	_heading=h.mr9devi3gc9i
	_heading=h.zcq4a577wwmd
	_heading=h.cu57ud5ipizt
	_heading=h.vrid3ckitamb
	_heading=h.kssobf9n46os
	_heading=h.pl55ajy6v2gx
	_heading=h.lcayj9n88uyx
	_heading=h.r154m2cjyf5y
	_heading=h.1vyh14aqjwyp
	_heading=h.ts5v2tgu6941
	_heading=h.8ywjmeutivi
	_heading=h.qg1tki450mxd
	_heading=h.p8k1hiek9kp7
	_heading=h.3ie22kvsjnke
	_heading=h.6253o5lb3l2l
	_heading=h.6253o5lb3l2l
	_heading=h.p8k1hiek9kp7
	_heading=h.3ie22kvsjnke
	_heading=h.6253o5lb3l2l
	_heading=h.rmcb4xvpkwk8
	_heading=h.8ywjmeutivi
	_heading=h.705rp8k2btjw
	_heading=h.lmcxgqmvbr44
	_heading=h.wjkyyqi6w3br
	_heading=h.rp7xdyjsw0sf
	_heading=h.vaa3opews7ar
	_heading=h.hkl6o3jxkhsq
	_heading=h.705rp8k2btjw
	_heading=h.lmcxgqmvbr44
	_heading=h.wjkyyqi6w3br
	_heading=h.rp7xdyjsw0sf
	_heading=h.vaa3opews7ar
	_heading=h.5a955tait0h
	_heading=h.59ayojaathh6
	_heading=h.q11y1hmmtfdo
	_heading=h.mr9devi3gc9i
	_heading=h.mr9devi3gc9i
	_heading=h.vzi4i1enwjjj
	_heading=h.7uo0lzmjo1ls
	_heading=h.vrid3ckitamb
	_heading=h.vrid3ckitamb
	_heading=h.45gnf5i75dg7
	_heading=h.7uo0lzmjo1ls
	_heading=h.vrid3ckitamb
	_heading=h.vrid3ckitamb
	_heading=h.lh1kf6zi8brv
	_heading=h.m60v4n71kdnj
	_heading=h.d26t3hb4p17b
	_heading=h.4yfkziz1mibq
	_heading=h.vbncnmcjt7r9
	_heading=h.p9ny10qen5ch
	_heading=h.ts5v2tgu6941
	_heading=h.pkehudgkg5r
	_heading=h.rav2prq10g1u
	_heading=h.8iqd508pnntc
	_heading=h.we8nkvfo81ad
	_heading=h.e6rf4fi5i6v7
	_heading=h.we8nkvfo81ad
	_heading=h.we8nkvfo81ad
	_heading=h.pkehudgkg5r
	_heading=h.5zwv3rybj9en
	_heading=h.y216ywmb0qp
	_heading=h.qkxmvme9wrjn
	_heading=h.ydyaoha0rlc4
	_heading=h.pb7xavxvkfq
	_heading=h.we8nkvfo81ad
	_heading=h.we8nkvfo81ad
	_heading=h.kdeb5xbh4j1n
	_heading=h.pribmwnyrv5h
	_heading=h.we8nkvfo81ad
	_heading=h.2jxafyvgpco
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.30j0zll
	_GoBack
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.gpbrjci8d7d0
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.rvhd7gyn074q
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.82bqbtrq8nci
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.7ogsj8surv82
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.5febdaudqj2a
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.62a7eymz06hm
	_heading=h.duhgr8z4zj94
	_heading=h.g0ydrpewzpgg
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.4cxd5ciugjth
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.n93aut1t1dui
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.9ptypintba9
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.21n719tb2v7s
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.du2z0jkb05j8
	_heading=h.9qaiuw6wla6z
	_heading=h.43xm93hkk7ab
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.1wrnrlrv617m
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.77oknhu1qvqp
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.ce5st5ry3sbc
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.6u41j074zhm9
	_heading=h.6k42kltzeku
	_heading=h.9gqteq6ehkkr
	_heading=h.wchew2uv34x4
	_heading=h.7l82kc2tdyib
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.rpap6xnjg8nv
	_heading=h.8434r16h6nur
	_heading=h.n2btkmctq1ef
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.zbn89zyti773
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.gjdgxs
	_heading=h.gjdgxs
	FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
	DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E APLICABILIDADE PARA A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
	DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA APLICADO NA GESTÃO FINANCEIRA
	ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS I - LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO
	ANÁLISE HORIZONTAL/VERTICAL E LUCRATIVIDADE
	ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS II - ÍNDICE DE ATIVIDADES/PRAZO MÉDIO E RENTABILIDADE
	ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO I - FUNDAMENTOS E GIRO OPERACIONAL
	ADMINISTRAÇÃO CAPITAL DE GIRO II - GESTÃO DE DUPLICATAS A RECEBER/PAGAR E ESTOQUE
	ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO III - NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E EBITDA
	DECISÃO DE FINANCIAMENTO I
	DECISÃO DE FINANCIAMENTO II - ALAVANCAGEM FINANCEIRA
	PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO I
	PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO II - ORÇAMENTOS OPERACIONAIS
	DECISÃO DE INVESTIMENTO I - NOÇÕES
	DECISÃO DE INVESTIMENTO II - RISCO E RETORNO

Mais conteúdos dessa disciplina