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Estrutura Anuros no Pampa

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Estrutura e organização espacial de duas comunidades de anuros do bioma Pampa Victor M. Lipinski & Tiago G. dos Santos
Juliana Gomes
Letícia dos Santos Alves
Introdução
Bioma Pampas x ações humanas;
Estudos de ecologia de comunidades de anuros existentes estão concentrados na região da Planície Costeira;
Crescente número de estudos, o conhecimento dos padrões de composição, diversidade e distribuição espacial dos anuros ainda são escasso;
50 espécies de anfíbios conhecidas no bioma Pampa - 8 endêmicas;
Fatores espaciais, pressões predativas e de competição modificam padrões de composição e endemismo de espécies e isso contribui para a distribuição diferencial destas nos locais de ocorrência;
Introdução
Para os anfíbios do Pampa:
 - Heterogeneidade da paisagem campestre proporciona um mosaico de corpos d’água e amplia o número de recursos a serem utilizados; 
A manutenção das áreas abertas e dos mosaicos formados pela vegetação, relevo e corpos d’água são fundamentais para a manutenção dos nichos responsáveis pelas espécies;
OBJETIVO
Ampliar o conhecimento dos padrões de distribuição espacial, riqueza e composição da anurofauna do bioma Pampa em duas áreas com diferentes tipos de exploração da terra.
Material e Métodos 
Área de estudo: Duas regiões fisiográficas do bioma Pampa: Depressão Central (DC) e Serra do Sudeste (SS), nos municípios de Santa Maria  e Caçapava do Sul;
Hábitats amostrados: Corpos d’água que foram selecionados de acordo com a distância entre os mesmos e as características da paisagem 
 – 10 Serra do Sudeste e 11 na Depressão Central;
Caracterizados por: Área total da poça; Altitude; Movimentação da água; Número de tipos de margem; Cobertura vegetal no espelho d’água; Profundidade e Origem da poça. 
E parâmetros físico-químicos como: A) Temperatura; B) pH; C) Oxigênio dissolvido; D) Condutividade elétrica e E) Turbidez.
Material e Métodos 
Material e Métodos 
Amostragem: As áreas foram estudadas mensalmente de setembro de 2011 a agosto de 2012, totalizando 12 amostragens de aproximadamente 24 dias;
Indivíduos vocalizando - riqueza e dados de abundância; 
Indivíduos avistados perto das poças ou que não estivessem vocalizando - estimativas de riqueza das áreas;
 Anuros em estágios larvais e potenciais predadores de larvas;
Espécimes-testemunho foram coletados e eutanasiados e conservados na Coleção de Herpetologia da Universidade Federal de Santa Maria;
	
Material e Métodos 
Análise de dados: 
Suficiência amostral - curva de acumulação com base na riqueza; 
Para dados de uso do habitat e a relação ambiental - análise “Bioenv”;
Teste de Mantel - influência da distância geográfica sobre as comunidades;
 Análise de espécies indicadoras para detectar a preferência das espécies quanto às regiões amostradas;
Análise de regressão para verificar se existe relação da presença de predadores com a abundância e riqueza de anuros;
Resultados
Riqueza e abundância:
Foram registradas 24 espécies distribuídas em 12 gêneros e 5 famílias:
 Bufonidae (2), Odontophrynidae (1), Hylidae (10), Leptodactyliade (10) e Microhylidae (1). Destas espécies, 15 foram também registradas em estágio larval.
 Serra do Sudeste: Scinax granulatus, Physalaemus gracilis e Pseudis minuta – adultos.
Hypsiboas pulchellus, S. granulatus, Odontophrynus americanos – estágios larvais.
Depressão Central: Dendropsophus minutus, D. sanborni e S. Squalirostris – adultos.
S. fuscovarius, S. granulatus e S. squalirostris foram mais abundantes – estágios larvais.
Resultados
Similaridade das Comunidades:
Análises de similaridade obteve-se diferença significativa na composição de espécies;
Preferência de habitats: 
Depressão Central: Physalaemus biligonigerus e Scinax squalirostris; 
Serra do Sudeste: P. gracilis, Rhinella schneideri e S. uruguayus;
Resultados
Influências bióticas e abióticas: 
Riqueza de predadores larvais não mostrou relação com incremento ou decréscimo na abundância;
Estruturas das comunidades foram afetadas pelos parâmetros físicos e químicos da água;
O teste de Mantel mostrou que não existe influência da distância geográfica entre as poças amostradas, tanto na Serra do Sudeste quanto na Depressão Central;
Discussão
Foram registradas 24 espécies de anuros para as duas áreas, o que já era esperado devido a bibliografia; 
Apenas 2 são endêmicas do bioma Pampa
Devido a reprodução de algumas espécies serem concentradas em curtos períodos - padrão de ocorrência tenha sido subamostrado;
A diferença já reconhecida entre as duas regiões amostradas, pode refletir uma estrutura diferente de anurofauna;
Presença de espécies terrícolas, arborícolas e aquáticas – ambiente heterogêneo, apresentando diferentes microambientes.
Phyllomedusa iheringii
Physalaemus gracilis
Discussão
A segregação entre as áreas e as variáveis ambientais, agem como reguladores da presença tanto de adultos quanto de larvas; 
Mecanismos reguladores se apresentam na forma de distúrbios de comportamento e/ou disfunções fisiológicas, modificações na colonização, aumento/diminuição do número de microambientes como sítios reprodutivos ou de abrigo;
Fatores relacionados à sazonalidade climática, como temperatura, também são conhecidos pela forma reguladora:
Hypsiboas pulchellus: atividade pronunciada nos meses mais frios;
Rhinella schneideri : afeta no regime hídrico, espécie beneficiada nos meses mais secos;
Conclusão
Os fatores como, a alta permeabilidade da pele, a ectotermia e a dependência da água em pelo menos um estágio, tornam o grupo sensíveis às variações ambientais, refletindo nas variações de estrutura, riqueza e nos padrões de distribuição das comunidades;
Formações em mosaico (campo/floresta), podem apresentar uma estrutura de comunidade alterada, devido distúrbios nos ambientes;
Comunidades de anuros do Pampa parecem ser beneficiadas pela heterogeneidade horizontal da paisagem, proporcionada pela variação no número de ambientes disponíveis;
Importância da manutenção destes ambientes e da criação de unidades de conservação nestes locais fragilizados pela ação antrópica.

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