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padrões de distribuição

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“Riqueza de espécies e 
distribuição espacial e 
temporal em comunidade 
de anuros (amphibia, 
Anura) em uma localidade 
de Tijucas do sul, Paraná, 
Brasil”
Conte & Machado, 2005
 Adrielly Rodrigues
Introdução
O estudo da distribuição temporal e espacial dos 
organismos é fundamental para o entendimento de muitos 
processos de inter-relação com o ambiente (Brewer, 1994).
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Introdução
[...] a tolerância diferenciada à temperatura e à chuva 
determina variações nos períodos de atividade, segregando 
os anuros sazonalmente (Duellman & Trueb 1986).
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Introdução
Já a segregação espacial no grupo envolve a utilização 
distinta de habitats e sítios de vocalização para atividade 
de vocalização e desova, estando intimamente relacionada 
aos modos reprodutivos das espécies (Duellman & Trueb 
1986).
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Introdução
● Maior ocorrência de abordagens sobre o tema- 
Região Sudeste (Sítios de vocalização, habitats de 
reprodução, período reprodutivo e turnos de 
vocalização).
● Região sul, particularmente o Estado do paraná- 
Anurofauna pouco conhecida.
● Agravante da realidade - Cobertura florestal e perda 
de habitats
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Objetivo
Verificar a utilização dos 
recursos espacial e temporal 
em habitats com diferentes 
graus de conservação, bem 
como inventariar uma região 
nunca antes estudada, em 
área de Floresta Ombrófila 
Mista, no município de Tijucas 
do Sul, Paraná, Brasil
Material e Métodos
● Área de estudo:
Município: Tijucas do Sul, localizado na porção do 
primeiro planalto Paranaense, a 60 km de Curitiba
Clima: Subtropical úmido mesotérmico, com verões 
frescos e ocorrência de geadas severas e frequentes, 
com média de temperatura entre 22 e 18 ° C
Pluviosidade: precipitação média anual de 1400 mm, 
com concentração de chuvas no período de outubro 
a março, sem uma estação seca definida.
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Material e Métodos
● Área de estudo:
Vegetação: se enquadra, a maioria, nos domínios de 
Florestas Ombrófilas Mista, em suas formações 
Montanas e Aluvial.
 Vegetação alterada e Reflorestamento de Pinus spp. 
e Eucalyptus spp. 
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Material e Métodos
● Seleção de três habitats:
Área 1: Interior da floresta- Ribeirão com cerca de 3 m 
de comprimento com 1 m de largura que desemboca 
em um brejo (2 m x 3 m). Possui em seu entorno 
uma densa formação herbácea, arbustiva e arbórea. 
Localizado em fragmento florestal alterado de aprox. 
6 hectares, com perfil de araucárias preservado.
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Material e Métodos
● Seleção de três habitats:
Área 2: Borda florestal- Açude parcialmente 
circundado por floresta, com cerca de 150 m em seu 
maior comprimento e 30 m em sua maior largura. 
Possui várias taboais (Typha spp.) Um margem é 
circundada pelo fragmento florestal da área 1 e a 
outra por um gramado com grande quantidade de 
árvores, porém sem sub-bosque. 
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Material e Métodos
● Seleção de três habitats:
Área 3: Área aberta - açude em área aberta (45 m x 
20 m) de propriedade particular que fica a 3 km de 
distâncias das demais áreas. Em uma margem se 
encontram poucas árvores de pequeno porte e uma 
pocilga com escoamento de dejetos diretamente no 
açude. Na outra margem há uma pequena área de 
capoeirão (7 m x 3 m), sendo o restante circundado 
por plantação de fumo.
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Material e Métodos
● Coleta de dados e análise estátistica:
Visitas: 13 com frequência mensal ao campo e três 
dias de duração, 1 para cada habitat.
Período: Entre março de 2000 e março de 2001
Coletas: Noturnas, entre 19h e 23h (spp em atividade 
de vocalização e sítios)
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Material e Métodos
● Coleta de dados e análise estátistica:
Constância: Definida em- 
a) espécies comuns (>50% da amostragem)
b) espécies relativamente comuns (entre 25% e 
50%)
c) espécies esporádicas (<25%)
Comparação: Índice de afinidade de Jaccard e 
posterior análise de agrupamento (“clustering”) pelo 
método de média não ponderada.
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Material e Métodos
● Coleta de dados e análise estátistica:
Influência da temperatura, precipitação pluviométrica 
e umidade relativa do ar no número de espécies em 
atividade de vocalização:
1) Média mensal, considerando 30 dias antes da fase de 
campo
2) Média do período amostral, obtido durante a fase de 
campo.
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Os exemplares testemunhos foram 
depositados na Coleção Científica do 
Departamento de Zoologia e Botânica 
da Universidade Estadual Paulista, 
Campus de São José do Rio preto. 
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Resultados
● Riqueza de espécies e sazonalidade
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Resultados
● Riqueza de espécies e sazonalidade:
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Resultados
● Riqueza de espécies e sazonalidade:
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Resultados
● Riqueza de espécies e sazonalidade:
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Resultados
● Riqueza de espécies e sazonalidade:
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Resultados
● Uso dos habitats:
- Onze espécies foram encontradas vocalizando em 
habitat fortemente impactado (A2)
- Cinco espécies foram encontradas vocalizando 
apenas na borda florestal (A2)
- quatro espécies foram encontradas vocalizando 
somente no ribeirão no interior da floresta (A1)
- Dendropsophus minutus, H. bischoffi e S. perereca 
-espécies generalistas.
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- Os habitats com maior similaridade foram A2 e 
A3.
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Resultados
● Utilização dos diferentes sítios de vocalização:
Área A1: foi o habitat que apresentou o menor número 
de espécies (n = 8) em atividade de vocalização
- Machos das espécies vocalizaram em diferentes 
sítios de vocalização: 
Sobre o solo, em formações brejosas: P. boiei.
Empoleirados em vegetação herbácea emergentes e 
marginais: Scinax perereca e H. bischoffi (5-100 cm 
de altura), B. circumdata (50-70 cm de altura), S. 
berthae (15-30 cm de altura) e Dendropsophus 
minutus que vocalizou sobre vegetação flutuante até 
50 cm de altura.
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Resultados
- Machos das espécies vocalizaram em diferentes 
sítios de vocalização: 
Empoleirados em árvores e/ou arbustos ao redor do 
ribeirão: A. albosignatus (50-400 cm de altur)
Chão da floresta: distante dos corpos d’água: A. 
marmorata, vocalizando diretamente na serapilheira 
ou empoleirados em vegetação herbácea até 10 cm 
de altura.
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Resultados
Resultados
● Área A2: este foi o habitat que apresentou o maior 
número de espécies (n = 16) em atividade de 
vocalização.
No nível d’água: machos de P. gracilis, e P. cuvieri 
vocalizaram nas partes rasas do açude, em pequenas 
depressões parcialmente flutuando. 
Machos de B. ictericus, B. abei, L. ocellatus e O. 
americanus vocalizaram na margem do açude com 
ou sem vegetação rasteira, sobre o solo ou 
parcialmente submersos, nesse caso com os 
membros apoiados no fundo do açude ou em galhos. 
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Resultados
● Área A2: este foi o habitat que apresentou o maior 
número de espécies (n = 16) em atividade de 
vocalização.
Empoleirados em taboal no interior do açude: H. 
albopunctatus e H. prasinus (5-40 cm de altura), D. 
sanborni (50-75 cm de altura), H. faber até 30 cm de 
altura e S. surdus até 100 cm de altura. 
Empoleirados em arbustos e herbáceas na margem 
do açude: Aplastodiscus perviridis (40-150 cm de 
altura), H. bischoffi e S. perereca (10-100 cm de 
altura) e D. minutus até 50 cm de altura. 
Vegetação flutuante na altura da superfície d’água: H. 
faber, D. minutus e S. surdus.
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Resultados
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Resultados
● Área A3: machos de 11 espécies foram encontrados 
em atividade de vocalização (Tab. I, Fig. 8) – as 
espécies apresentaram o mesmo comportamento no 
uso dos sítios de vocalização do habitat A2, diferindo 
apenas para os machos de S. surdus e H. 
albopunctatus.
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Resultados
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Conclusões
- O número de espécies registradas (n = 23) representa 
19% daquelas conhecidas para o Estado do Paraná, 
que é de aproximadamente 120 spp.
- Cycloramphus bolitoglossus, Proceratophrys boiei e 
Sphaenorhynchus surdus. 
- O período de atividade de vocalização da anurofauna 
local segue o padrão sazonal, no qual a maioria das 
espécies são encontradas em atividade de 
vocalização durante os meses mais quentes e 
chuvosos do ano. Este padrão também foi observado 
para anurofauna das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
- (HEYER et al. 1990,ROSSA-FERES & JIM 1994, 
POMBAL JR. 1997, BERTOLUCI 1998, BERNARDE & 
KOKUBUM 1999)31

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