Buscar

PATOLOGIAS DO APARELHO URINÁRIOmenorResumidoNOVO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre
*
*
*
PATOLOGIAS DO APARELHO URINÁRIO
Daniela Mello Vianna Ferrer; MSc.; DSc.
*
*
*
1.INTRODUÇÃO 
 Anatomia e Fisiologia
*
*
*
1.INTRODUÇÃO 
 Anatomia e Fisiologia
*
*
*
2.INSUFICIÊNCIA E FALÊNCIA RENAL 
 Definição: uma perda parcial da função renal é descrita como insuficiência renal e quando os rins não podem mais regular o líquido corpóreo e a composição de solutos, ocorre a falência renal.
.A função renal depende da integridade de cada néfron, por isso a insuficiência pode ocorrer por: anormalidade no fluxo sangüíneo renal, taxa de filtração glomerular e eficiência da reabsorção tubular.
 Etiologia: causas da IR e, conseqüentemente, de falência renal e uremia são divididas em pré-renais, renais e pós-renais.
 Patogênese: vai depender da doença primária que estiver causando as lesões renais e, conseqüentemente, a alteração da função renal.
*
*
*
2.INSUFICIÊNCIA E FALÊNCIA RENAL 
 Sinais Clínicos e Clínicopatotógicos: vai depender da localização anatômica da lesão e do desequilíbrio entre as funções glomerular e tubular. Se a disfunção renal for bastante grave, impossibilitando a sobrevivência do animal, observa-se o estágio da falência renal e a síndrome clínica de uremia. Os achados clínicos variam com a velocidade de desenvolvimento e estágio da IR.
 Patologia Clínica: testes da função renal (hemograma, bioquímica e urinálise) e testes do exame diagnóstico (radiografia, biópsia renal e ultra-sonografia).
 Tratamento: líquidos e eletrólitos, e antimicrobianos. Na IRA o tratamento é auxiliado pela remoção da causa primária e na IRC o tratamento vai depender do estágio da doença e do valor econômico do animal. O uso de diuréticos (Furosemida 1-2mg/kg a cada duas horas ou Manitol 0,25-2g/kg em uma solução a 20%) deve ser utilizado, nos casos em que a oligúria permanecer após a correção do volume de líquido. 
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS 
 Nefrose: consiste nas lesões degenerativas e inflamatórias que acometem primeiramente os túbulos renais. Pode ocorrer como uma seqüela de isquemia renal ou após uma agressão tóxica dos rins. É a causa mais comum de falência renal aguda. A uremia causada pela nefrose pode desenvolver-se de forma aguda ou ocorrer nos estágios terminais da doença crônica renal.
A) Isquemia Renal: Qualquer condição que predispõe o animal à hipotensão marcante e liberação de agentes endógenos que pode, potencialmente, iniciar uma isquemia renal aguda mediada por fatores hemodinâmicos e falência renal. A isquemia pode ser aguda (emergências circulatórias gerais (choque, desidratação, anemia hemorrágica aguda, insuficiência cardíaca aguda), embolia da artéria renal em eqüinos e distensão ruminal externa em bovinos) e crônica (Insuf. Circulatória Crônica (ICC).
.Patogênese: a redução do fluxo sangüíneo pelos rins, normalmente resulta de uma insuficiência circulatória geral. Se a isquemia for grave e duradoura as alterações degenerativas são irreversíveis causando lesão renal permanente.
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS
.Achados Clínicos: a isquemia renal não aparece como uma doença distinta, e seus sinais são mascarados pelas doenças primárias.
.Patologia Clínica (exames laboratoriais) e Achados de Necrópsia
.Tratamento: correção dos distúrbios dos líquidos, eletrólitos e ácido-básico.
B) Nefrose Tóxica: a maioria dos casos de nefrose é causada por ação direta de toxinas, mas alterações hemodinâmicas também podem contribuir para a patogênese. Toxinas: metais, antimicrobianos, uso de vitaminas K3, D2 e D3 em eqüinos, tratamento em eqüinos com AINE (superdosagem ou uso prolongado), oxalato em plantas e fungos, a maioria de toxemias não-específicas endógenas e exógenas causam um certo grau de nefrose temporária e etc. Os rins são, particularmente, vulneráveis às toxinas endógenas e exógenas, porque recebem uma grande parte do débito cardíaco total e também porque as substâncias são concentradas nos rins para excreção.
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS
.Achados Clínicos: os sinais clínicos podem não ser relacionados com o sistema urinário. Na nefrose aguda há oligúria e proteinúria com sinais de uremia (depressão, desidratação, anorexia, hipotermia, débito cardíaco lento ou elevado e pulso fraco). A diarréia intensa pode estar presente em alguns casos causando uma desidratação clínica. Nos casos crônicos observa-se a presença de poliúria. Em casos graves poderá ser observada a falência renal. 
.Patologia Clínica: exames laboratoriais (hemograma, bioquímica sérica e urinálise) e exame ultra-sonográfico em potros.
.Achados de Necrópsia: o rim pode ficar com um aspecto tumefato e úmido na superfície do corte, assim como edema, especialmente no tecido perirrenal. Na histologia observa-se necrose e descamação do epitélio tubular e cilindros hialinos estão presentes nos túbulos dilatados.
.Tratamento: deve ser direcionado para o tratamento de suporte geral da doença renal aguda. Se a toxina for identificada deverá ser removida. Deverá ser instituído um tratamento específico para cada tipo de toxina que estiver causando o problema. 
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS 
 Pielonefrite
 Etiologia: a pielonefrite pode-se desenvolver de várias formas como secundariamente à infecção bacteriana do trato urinário inferior, disseminação da nefrite embólica de origem hematológica, como, a septicemia em bovinos pela Pseudomonas aeruginosa e a pielonefrite específica causada pelo Corynebacterium renale em bovinos.
 Patogênese: desenvolve-se quando uma bactéria do trato urinário inferior, ascende dos ureteres e se estabelece na pelve e medular renal. As bactérias são auxiliadas, no caminho ascendente, pelos ureteres, pela estase urinária e pelo refluxo urinário da bexiga. A estase urinária pode ocorrer como resultado do bloqueio dos ureteres por edema, processos inflamatórios ou por urolitíase obstrutiva. A pielonefrite causa sinais sistêmicos de toxemia e febre, e se o envolvimento for bilateral e extenso pode desenvolver a uremia. A pielonefrite é sempre acompanhada por piúria e hematúria por causa das lesões inflamatórias dos ureteres e bexiga. 
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS 
 Achados Clínicos: os sinais clínicos variam entre as espécies. Na maioria dos animais acometidos morrem sem apresentar doença premonitária.
 Patologia Clínica: exames laboratoriais (hemograma, bioquímica sérica e urinálise) e cultura e antibiograma da urina.
 Achados de Necrópsia: os rins mostram se normalmente aumentados, e as lesões do parênquima se apresentam em vários estágios de desenvolvimento. As lesões são características de necrose e ulceração da pelve e da papila, sendo que a pelve está dilatada com grumos de pus e urina turva.
 Tratamento: antimicrobianos e terapia de suporte
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS
 Glomerulonefrite: pode ocorrer como doença primária ou um componente de doenças que acometem vários sistemas corpóreos, como a AIE. Na glomerulonefrite primária, a doença envolve somente o rim, acometendo predominantemente os glomérulos, apesar de o processo inflamatório estender-se ao tecido intersticial e vasos sangüíneos ao redor. As glomerulonefrites primárias e secundárias não são comuns de doenças clínicas em animais pecuários.
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS
 Hidronefrose: ocorrer dilatação da pelve renal com atrofia progressiva do parênquima renal. Pode ser congênita ou adquirida após a obstrução do trato urinário. A extensão e a duração da obstrução do trato urinário são importantes na determinação da gravidade da lesão renal. Nos casos de obstrução completa os sinais observados são anúria, disúria ou estrangúria. As obstruções crônicas e parciais causam distensão progressiva da pelve renal e atrofia por pressão do parênquima renal. A obstrução pode ser unilateral ou bilateral (apesar de raras em animais de grande porte). A ultra-sonografia pode ser usada como método auxiliar de diagnóstico. 
 Neoplasias
Renais: tumores primários nos rins são raros. Pode se observar carcinomas e adenocarcinomas (crescimento lento). O aumento do tamanho renal é sinal característico em bovinos e eqüinos. Os sinais clínicos observados são perda de peso, diminuição do apetite, ataques intermitentes de dor abdominal, ascite maciça, hemoperitônio ou hematúria. Invasão local e metástase para o fígado e pulmão são comuns. 
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS
 Hidronefrose
*
*
*
3.DOENÇAS DOS RINS
 Carcinoma Renal
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA
Cistite
 Etiologia: ocorre esporadicamente devido à introdução de infecção da bexiga, quando há trauma ou estagnação da urina. As causas mais comuns de cistite são os cálculos císticos, parto difícil, cateterização contaminada, final de gestação e como seqüela de paralisia de bexiga. Nestes casos, a população bacteriana normalmente é misturada com o predomínio da Escherichia coli. Isolados casos de Escherichia coli, Streptococcus e Pseudomonas spp. podem ser observados.
 Patogênese: bactérias penetram na bexiga com freqüência, mas são removidas pela ação do jato da urina eliminada, antes de invadirem a mucosa. A agressão da mucosa facilita a invasão, mas a estagnação da urina é a causa predisponente mais importante. As bactérias normalmente penetram na bexiga por ascensão pela uretra, porém infecção descendente de nefrite embólica também pode ocorrer. 
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Achados Clínicos: sensação dolorosa e vontade de urinar devido a uretrite, micção com freqüência, gemidos de dor, volume de urina eliminado é pequeno, pode haver febre, dor abdominal moderada, observada por coices na barriga e pateamento dos membros posteriores no chão.
 Patologia Clínica: exames laboratoriais e cultura e antibiograma da urina.
 Achados de Necrópsia: hiperemia, hemorragia e edema da mucosa com presença de urina turva e com muco. Em alguns casos, se pode observar o espessamento da parede da bexiga e a superfície da mucosa fica enrugada e granular.
 Tratamento: ATBs por no mínimo 14 dias e terapia de suporte.
 Ruptura da Bexiga e Neoplasias de Bexiga (HEB, angioma, carcinoma do epitélio e endotelioma vascular benigno) 
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Cistite
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Carcinoma de Bexiga
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Hematúria Enzoótica dos Bovinos: ocorre em bovinos, devido a intoxicação por “samambaia do campo” (Pteridium aquilinum), que apresenta uma ação cancerígena muito grande à nível de bexiga, causando a hematúria. 
.É determinada por processos neoplásicos e/ou hiperplásicos da mucosa da bexiga. Pode invadir o músculo Detrusor e a mucosa sem causar metástase para o resto do organismo. Não tem tanta ação metastática. 
.Ocorre em animais mais velhos (acima de 2 anos), em condições de fome, vício, feno, escassez de material fibroso e camas. O rizoma da planta é a parte mais tóxica. Apresenta uma evolução crônica com mortes após meses e até mesmo anos após o seu início. Intervalos sem sintomas podem ocorrer e perdurar por semanas ou por meses. 
.As lesões são caracterizadas por dilatação e espessamento da parede da bexiga, nódulos milimétricos até formações com aspecto de couve-flor de vários cm, urina misturada com sangue e presença de coágulos. 
.A sintomatologia se caracteriza, principalmente, por hematúria intermitente, anemia e emagrecimento. Os animais também tem micção freqüente, debilidade, pelagem sem brilho, obstrução e infecções secundárias do trato urinário. 
.Tratamento não se conhece, mas se sabe que a retirada dos animais dos pastos invadidos pela planta, no início da doença, e dando lhes boa alimentação, pode causar a melhora do animal acometido, mas não a cura.
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Pteridium aquilinum
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Pteridium aquilinum
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Pteridium aquilinum
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Hematúria Enzoótica
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Hematúria Enzoótica
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Urolitíase em Ruminantes: é um distúrbio subclínico comum entre os ruminantes criados em sistema de manejo em que a ração é bastante concentrada, pois é composta principalmente de grãos ou quando os animais consomem certos tipos de pastagem (pastos com oxalato, estrogênio e sílica). Nessas situações, 40-60% dos animais podem desenvolver cálculos no trato urinário. A urolitíase torna-se uma doença clínica importante em ruminantes machos, castrados quando o cálculo causa obstrução do trato urinário, normalmente ocorrendo na uretra. Isto ocorre principalmente na flexura sigmóide em novilhos castrados, bem como todos os locais em que a uretra se torna mais estreita. A obstrução da uretra caracteriza-se clinicamente pela retenção de urina, pelas tentativas freqüentes e sem sucesso de urinar, bem como distensão da bexiga. Perfuração da uretra e ruptura da bexiga podem ser seqüelas. A mortalidade é alta nos casos de obstrução uretral e o tratamento é cirúrgico. Como resultado, a prevenção é importante para diminuir as perdas por urolitíase. Temos como principal método de prevenção da doença o manejo correto, que deve ser empregado nas propriedades com predisposição para a enfermidade. 
 Etiologia: são formados por solutos urinários inorgânicos ou orgânicos. Estes ocorrem como cristais ou “depósitos” amorfos. Os cálculos se formam em um longo tempo pelo acúmulo gradual de precipitados ao redor de um núcleo. Vários fatores afetam a taxa de formação do urólito. 
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Patogênese: os cálculos podem estar presentes nos rins, ureteres, bexiga ou uretra. Em poucos animais a pielonefrite, cistite e obstrução uretral podem ocorrer. A obstrução de um dos ureteres pode causar hidronefrose unilateral com compensação do rim colateral. A principal manifestação clínica da urolitíase é a obstrução uretral, principalmente em novilhos castrados. Essa constitui uma diferença importante entre a urolitíase e a urolitíase obstrutiva. A urolitíase tem importância relativamente pequena, porém a urolitíase obstrutiva é uma doença fatal, a menos que a obstrução seja desfeita. Pode ocorrer a ruptura da bexiga ou da uretra e o animal morre de uremia ou de infecção bacteriana secundária.
 Achados Clínicos: os cálculos na pelve renal ou ureteres normalmente não são diagnosticados antes da morte, apesar de a obstrução de um ureter pode ser detectada durante o exame retal, principalmente se houver presença de hidronefrose. Observa-se na saída pelve uma distensão aguda, com bastante dor, acompanhada de andar rígido e dor quando se pressiona o lombo. Os cálculos na bexiga podem causar cistite. Observa-se ainda sinais de obstrução da uretra e sinais de ruptura da uretra ou da bexiga.
Patologia Clínica: exames laboratoriais (hemograma, bioquímica sérica e urinálise), abdominocentese e aspiração com agulha do tecido subcutâneo e ultra-sonografia.
 Tratamento: urolitíase obstrutiva é o tratamento cirúrgico. 
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Urólito Renal
*
*
*
4.DOENÇAS DA BEXIGA, URETERES E URETRA 
 Urolitíase em Eqüinos: a urolitíase ocorre esporadicamente em eqüinos e a prevalência é baixa. Os urólitos são mais comuns na bexiga, apesar de também ocorrem na pelve renal, ureteres e uretra. Na maioria dos casos ocorre uma pedra única e discreta, porém um depósito arenoso se acumula em casos de paralisia da bexiga. Quase todos os urólitos dos eqüinos são compostos por carbonato de cálcio. Os fatores que contribuem para a formação destes urólitos ainda não são compreendidos. A nefrolitíase pode surgir como seqüela de um processo inflamatório ou degenerativo nos rins, no qual os debris inflamatórios servem como núcleo à formação do cálculo.
Achados Clínicos: estrangúria, polaquiúria, incontinência que resulta em queimadura por urina do períneo em fêmeas ou da fase medial dos membros posteriores em machos, micção dolorosa com hematúria associada com cistite e infecção bacteriana. Espessamento da parede da bexiga e cálculos grandes podem ser palpados por exame retal.
 Patologia Clínica: exames laboratoriais (hemograma, bioquímica sérica e urinálise), abdominocentese e aspiração com agulha do tecido subcutâneo e ultra-sonografia.
 Tratamento: é o tratamento cirúrgico e terapia de suporte.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando