Buscar

resumo civil av2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1)Em que consiste o contrato de troca?
R: Consiste em acordo pelo qual as partes se obrigam mutuamente a dar uma coisa por outra. 
3 09 - Em que consiste o contrato de doação?
 R.: É o contrato unilateral, consistindo em ato de liberalidade de uma pessoa (doador), que transfere bens ou vantagens de seu patrimônio, a título gratuito, para outra pessoa (donatário)
 Com a aceitação deste último Como pode ser celebrado o contrato de doação?
 R.: Por escritura pública, por escritura particular ou verbalmente.
 Há validade jurídica na promessa de doação?
 R.: Embora combatida pela doutrina mais antiga, a promessa de doação, por não contrariar qualquer princípio de ordem pública e por não ser defesa em lei, produz efeitos jurídicos. Não sendo cumprida, poderá ser pleiteada judicialmente, na forma de execução, como qualquer obrigação de fazer, prevista no Código de Processo Civil (CPC)
 Em que consiste, genericamente, o contrato de locação? 
R.: É aquele pelo qual uma das partes (locador) se compromete a fornecer, por período de tempo determinado ou indeterminado, o uso e gozo de uma coisa, a prestação de um serviço ou a execução de determinado trabalho para a outra parte (locatário) mediante remuneração paga por este
 Em que consiste o contrato de locação de coisas?
 R.: É aquele pelo qual uma das partes se obriga a ceder à outra o uso e o gozo de coisa não fungível por tempo determinado ou indeterminado, mediante pagamento.
 Em que consiste o contrato de locação de serviços?
 R.: É aquele pelo qual uma das partes se compromete a prestar serviço a outra mediante pagamento
 O que é o contrato de empreitada?
 R.: É aquele em que uma das partes (empreiteiro) se propõe a fazer ou mandar fazer determinada obra mediante pagamento, por parte de outra (dono da obra), pela obra toda ou proporcional à extensão do serviço executado
 Em que modalidades pode-se concluir contrato de empreitada?
 R.: Há duas formas: 
 a) o empreiteiro executa a obra, cobrando somente por seu trabalho, o que caracteriza obrigação de fazer; e 
b) o empreiteiro executa a obra, contribuindo com seu trabalho e fornecendo os materiais, o que caracteriza dupla obrigação, de fazer e de dar Qual a diferença entre o contrato de locação de serviços e o contrato de empreitada?
 R.: Na locação de serviços, há relação de subordinação entre o locador e o locatário, pois o locador supervisiona e dirige a execução dos trabalhos, contratando e demitindo pessoal.
 Na empreitada, há relação de coordenação entre o dono da obra e o empreiteiro, pois quem supervisiona e dirige a execução dos trabalhos é o empreiteiro, a quem cabe contratar e demitir pessoal Em que consiste o contrato de comodato?
 R.: É o contrato unilateral, gratuito e real, mediante o qual uma das partes (comodante) empresta coisa não fungível à outra parte (comodatário), para seu uso por tempo determinado ou indeterminado, mas sempre temporário, devendo a coisa ser restituída
 Quais as obrigações do comodatário?
 R.: Deverá conservar a coisa e usá-la de acordo com o contrato ou com a natureza da coisa, respondendo pelos danos.
 Se constituído em mora, deverá pagar aluguel e demais conseqüências da mora, como se se tratasse de locação A partir de que momento deverá o comodatário restituir a coisa?
 R.: Se o comodato for por prazo determinado, ao término do prazo (dies interpellat pro homine); se for por prazo indeterminado, ao cessar a causa que deu origem ao empréstimo da coisa
 Caso o comodatário não restitua a coisa dada em comodato, como deverá proceder o comodante para reaver seu bem?
 R.: Deverá ingressar em juízo com ação de reintegração de posse, pois o comodatário estará praticando esbulho. Se o contrato for por tempo indeterminado, o comodatário deverá ser inicialmente constituído em mora, ao cessar a causa que deu origem ao comodato
 Em que consiste o contrato de mútuo?
 R.: É o contrato através do qual uma das partes (mutuante) empresta à outra (mutuário), temporariamente, coisa fungível, mediante remuneração, ou a título gratuito, ficando o mutuário obrigado a devolver a coisa emprestada
 Quais as diferenças entre os contratos de comodato e de mútuo?
 R.: Ambos são espécies diversas do mesmo gênero: o contrato de empréstimo. Diferenciam-se, porque, no comodato, o empréstimo é de coisa infungível, para uso, não havendo transmissão do domínio e não podendo, pois, o comodatário alienar a coisa; no mútuo, o empréstimo é de coisa fungível, para consumo, ocorrendo transmissão do domínio, podendo, pois, o mutuário transferir para terceiros a coisa emprestada. Além dessas diferenças, no contrato de comodato, o comodatário obriga-se a restituir a própria coisa emprestada, enquanto no contrato de mútuo, o mutuário obriga-se a restituir coisa de mesma espécie, qualidade e quantidade
 Em que consiste o contrato de depósito?
 R.: É o contrato mediante o qual uma das partes (depositante) entrega à outra parte (depositário) coisa móvel, para que a guarde, temporária e gratuitamente, para restituí-la na data acordada, ou quando lhe for exigida. 
5 25 - Quais as formas existentes de depósito? R.: O depósito pode ser voluntário, quando resultar de acordo entre as partes, escolhendo o depositante o depositário que desejar. Pode ser necessário, quando as circunstâncias o exigirem independentemente de acordo entre as partes. E pode também ser legal, quando resultar do cumprimento de obrigação imposta por lei.
 Quais as obrigações do depositário?
 R.: O depositário deverá guardar a coisa depositada, com o cuidado e diligência que costuma ter com o que lhe pertence, e restituí-ia com todos os frutos e acrescidos quando exigido pelo depositante.
 Quais as obrigações do depositante?
 R.: Deverá ressarcir o depositário pelas despesas feitas com a conservação da coisa e outros eventuais prejuízos advindos deste contrato
 Qual a sanção imposta ao depositário que não restitui a coisa?
 R.: Não restituída à coisa, poderá o depositante reivindicá-la judicialmente, pedindo ainda a prisão do depositário infiel. Esta prisão, que não poderá ultrapassar o prazo de um ano, é uma das duas únicas modalidades de prisão civil admitidas pelo Direito brasileiro, ao lado da prisão do devedor de alimentos (CF, art. 5.º, LXVII)
 Em que consiste o contrato de mandato?
 R.: Consiste na outorga de poderes, por uma parte (mandante) a outra (mandatário ou representante) para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses
 De que espécies podem ser os representantes?
 R.: Podem ser legais, quando a lei confere mandato para administrar bens e interesses alheios (ex.: tutor, curador); judiciais, quando nomeados pela autoridade judiciária (ex.: inventariante, depositário judicial); e convencionais, quando o mandato é expresso ou tácito, outorgado por outra pessoa.
 Quais as características do contrato de mandato?
 R.: É contrato no qual predomina a confiança entre as partes, podendo ser gratuito ou remunerado, mas somente se perfazendo após a aceitação, que, no entanto, não costuma figurar no instrumento do mandato. É contrato consensual, podendo ser verbal, embora, em casos específicos, seja exigido instrumento público. Sua finalidade exclusiva é a realização de atos jurídicos e não a simples prática de atos materiais. Via de regra, é contrato bilateral imperfeito, pois só gera obrigações para o mandatário acidentalmente.
 Em que consiste a gestão de negócios?
 R.: É a atuação de uma pessoa (gestor) que, espontaneamente, e, pois, sem mandato, cuida de negócios de outrem, o dono do negócio, configurando uma das espécies do quase-contrato. 
6 33 - Com que orientação deve o gestor tratar dos negócios alheios? R.: O gestor deve agir segundo o interesse e a vontade presumida do dono do negócio, e sua intervenção deve ser motivada por necessidade premente e inadiável, ou então por sua reconhecida utilidade Em que consiste o contrato de sociedade? R.: É o contrato consensual por meio do qual duas ou mais pessoas combinam esforços ou recursos para a obtenção de objetivosfixados de comum acordo.
 Quais as formas de que pode revestir-se o contrato de sociedade?
 R.: A sociedade pode ser comercial ou civil. Esta última pode ser de fins econômicos ou de fins não-econômicos
 Qual a diferença entre sociedade e a simples comunhão de interesses?
 R.: Na sociedade, existe a affectio societatis entre os sócios, isto é, o sentimento comum que une a todos, de que o trabalho de cada um a todos aproveita. Além disso, a sociedade é estável, duradoura; somente se extingue pela morte de um dos sócios, exceto por convenção em contrário. A affectio societatis não existe na simples comunhão, que é efêmera, transitória, podendo extinguir-se pela simples vontade de um dos co-participantes. A sociedade é sempre constituída por ato voluntário, consolidando acordo de vontades, a ser firmado por quem tenha capacidade civil. A comunhão simples não é organizada intencionalmente, podendo ser obra do acaso ou da lei, não exigindo de seus participantes capacidade civil. A sociedade tem forma e regras legais e pode adquirir personalidade jurídica; a comunhão não é legalmente disciplinada e escapa à sistematização
 Em que consiste o contrato de seguro?
 R.: É aquele pelo qual uma das partes se obriga para com a outra mediante pagamento (denominado prêmio), a indenizá-la de prejuízos resultantes de eventos futuros e incertos, previstos no contrato.
 Qual a classificação do contrato de seguro?
 R.: É contrato bilateral, consensual, comutativo, oneroso e aleatório
 Qual o instrumento usual do contrato de seguro?
 R.: É a apólice, que deve descrever os limites do objeto segurado, seu valor e também os riscos assumidos pelo segurador
 O que é jogo?
 R.: É o contrato pelo qual duas ou mais pessoas (as perdedoras) se obrigam a pagar a uma dentre as participantes (a vencedora), na prática de determinado ato, do qual todos participam. 
 O que é aposta? 
 R.: É o contrato pelo qual duas ou mais pessoas, de opiniões divergentes, se obrigam a pagar determinada soma àquela, dentre os apostadores, cuja opinião se revele, a final, verdadeira ou vencedora.
 Qual a diferença entre jogo e aposta?
 R.: No jogo, todos participam ativamente, sendo a atuação dos jogadores fator importante para a apuração do resultado. Na aposta, o acontecimento decisivo depende de ato incerto de terceiro, ou de fato independente da vontade do participante.
 Quais as conseqüências jurídicas do jogo?
 R.: Para efeitos civis, o jogo é ato ilícito, não obrigando os jogadores a pagamento. Assim, serão também nulas as promessas de pagamento baseadas em jogos ou apostas. Paga, entretanto, a dívida de jogo, não poderá ser recobrada, em gera.
l Em que casos pode ser recobrado o dinheiro pago por dívida de jogo?
 R.: Em dois casos: se o jogo foi ganho com dolo, ou se aquele que perdeu for menor ou interdito
 Em que consiste o contrato de fiança?
 R.: É o contrato formal, escrito, pelo qual uma pessoa se obriga por outra, perante seu credor, a satisfazer a obrigação, caso o devedor não o faça. É contrato acessório, unilateral, de garantia (caução) fidejussória, de natureza pessoal, gratuito em relação ao devedor (em geral), mas oneroso em relação ao credor.
 Quem tem qualidade para prestar fiança?
 R.: Qualquer pessoa que tenha livre disposição de seus bens. O marido, sem autorização da esposa, não pode prestá-la, qualquer que seja o regime de bens
 Quais as espécies de fiança?
 R.: São 3: a) legal, se resultar de disposição de lei;
 b) judicial, se resultar de exigência do processo;
 e c) convencional, se resultar de acordo entre as partes.
 O que é benefício de ordem (ou benefício de excussão)?
 R.: Não pagando o devedor, e sendo o fiador demandado pelo credor, poderá exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiramente excutidos os bens do devedor. O fiador poderá nomear, para tal, bens do devedor, sitos no mesmo Município, livres e desembargados.
 O que é benefício de divisão? 
R.: Consiste na convenção expressa entre fiadores de um único débito, dispondo que cada qual responderá pela parte que lhe couber, não sendo reconhecido o compromisso de solidariedade entre eles.
 Qual a conseqüência jurídica do pagamento integral da dívida por um dos fiadores? 7
 R.: O fiador que pagou integralmente a obrigação fica sub-rogado nos direitos do credor.
 Como pode desobrigar-se o fiador?
 R.: Pode desobrigar-se em 3 situações: 
 a) se o credor conceder moratória ao devedor, sem consentimento do fiador;
 b) se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências; e
 c) se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção
 Dar exemplos de declarações unilaterais de vontade que criam obrigações para aquele que as emitiu.
 R.: Nosso CC disciplina, particularmente, os títulos ao portador e a promessa de recompensa
 O que são títulos ao portador?
 R.: São documentos escritos, em que consta a obrigação de pagar determinada quantia, referida à dívida contraída por alguém, a quem quer que detenha o título, apresentado a partir da data do vencimento e dentro dos prazos legais
 Quais as principais características dos títulos ao portador?
 R.: O credor é pessoa incerta, que apenas vem a ser identificado por ocasião da apresentação do título; a transmissão do título ao portador pode ser feita por simples tradição, independentemente de concordância por parte do devedor; apresentado o título, presume-se que o credor esteja autorizado a dele dispor; a simples detenção do título confere ao portador o direito de exigi-lo; a emissão de título ao portador exige autorização legal
 Citar 5 tipos de títulos ao portador. 
R.: Títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal; ações ao portador nas sociedades anônimas; bilhetes de loteria; títulos de capitalização; pules do Jockey Clube
 Em que consiste a promessa de recompensa?
 R.: É negócio jurídico unilateral, que obriga aquele que emitir declaração pública de vontade, prometendo algo a alguém, a partir do momento de sua divulgação, independentemente de aceitação por parte daquele que se apresentar tendo realizado o serviço, ou preenchido as condições estipuladas na promessa
 Quais os requisitos de validade da promessa de recompensa?
 R.: Deve ter sido originada de pessoa capaz, lícita quanto ao objeto e pública a promessa
 Que tipo de obrigação é a recompensa de gratificação?
 R.: O promitente contrai obrigação de fazer, que consiste em gratificar aquele que realizou tarefa ou preencheu condição estipulada. 
 A promessa de recompensa pode ser revogada?
 R.: O promitente pode revogar a promessa de recompensa se o fizer antes da realização do serviço ou do preenchimento da condição, devendo, no entanto, emprestar à revogação a mesma publicidade dada ao ato de promessa.
Adiplemento substancial 
Para entendermos tal teoria precisamos, antes de tudo, defini-la. Como regra geral, se houver descumprimento de obrigação contratual, a parte prejudicada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos, conforme dispõe o artigo 475 do Código Civil (CC). 
Assim, se alguém contrata a construção de uma casa em terreno próprio, por exemplo, e o construtor não entrega a casa no prazo combinado, nem dá mostras de que irá entregar, a parte prejudicada pode pedir a resolução do contrato (seu cancelamento) e os prejuízos que tiver suportado com o descumprimento do contrato (perdas e danos). 
Mandato
é o contrato por meio do qual uma pessoa, denominada mandatário, recebe poderes de outra, designada mandante, para, em nome e por conta desta última, praticar atos jurídicos ou administrar interesses. O mandato é um contrato nominado regulado pelo código o mandato civil como o contrato através do qual se atribui a outrem poderes representativos, ou seja, para que ajaem nome e por conta doutrem.
 POSSÍVEL REVOGAR UMA PROCURAÇÃO COM CLÁUSULA DE IRREVOGABILIDADE?
É comum aparecer na serventia um usuário solicitando a lavratura de um ato notarial de revogação de procuração que ele mesmo outorgou com cláusula de irrevogabilidade. Em um exame leigo e superficial do caso poder-se-ia concluir: ora, se ele deu uma procuração dizendo ser irrevogável, não pode agora querer revogar.
Porém, existem situações em que se torna inafastável a postura do Tabelião de lavrar a revogação da procuração, ainda que o outorgante tenha inserido cláusula de irrevogabilidade. Situações fáticas e questões jurídicas fundamentam esta conclusão.  
Veja-se o caso da esposa que outorga procuração com cláusula de irrevogabilidade ao marido para que ele administre o patrimônio da família. Havendo quebra de fidelidade, por exemplo, fatalmente estará aniquilada a confiança embasadora da outorga, não sendo crível que esta esposa fique impossibilitada de revogar os poderes que outorgou quando o afeto vigia
1. DEFINIÇÃO DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
os defeitos ou vícios do negocio jurídico, consistem em negócios em que a real vontade do agente não foi observada, havendo a presença de fatos que o tornam nulo ou passível de anulação. São, pois, falhas, anomalias, que fazem com que a vontade não seja corretamente ou totalmente manifestada e observada. Como consequência fazendo que o negocie acabe provocando efeitos indesejados, efeitos esses que não são o que realmente queria o agente, e causando prejuízo ao próprio agente ou a outrem. De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, defeitos do negocio jurídico “são imperfeições que nele podem surgir decorrentes de anomalias na formação da vontade ou na sua declaração”
Da outorga conjugal na fiança
A fiança é garantia fidejussória (pessoal) de qualquer dívida juridicamente exigível. Sua finalidade é garantir o adimplemento de dívida contraída pelo devedor principal, sendo que, na inadimplência deste, o patrimônio do fiador será exposto à execução do credor. Por essa razão, quando o fiador for casado, a fiança requer a autorização ou outorga do cônjuge. Tal exigência já era prevista pelo Código Civil de 1916 que, nos termos do inciso III, do art. 235, dispunha que o marido não poderia, sem o consentimento de sua mulher, qualquer que fosse o regime de bens, prestar fiança.
o marido não poderia, sem o consentimento de sua mulher, qualquer que fosse o regime de bens, prestar fiança. Da mesma forma, o inciso I, do art. 242, daquele mesmo ordenamento civilista, determinava que "A mulher não pode, sem autorização do marido (art. 251): I - praticar os atos que este não poderia sem o consentimento da mulher".
Problema que se propõe, neste campo, é o de saber se a fiança, sem outorga uxória, é ato nulo ou anulável. Em favor da nulidade se encontra o argumento legal, pois o art. 145, IV, declara nulo o ato em que for preterida solenidade que a lei declara essencial. Ora, a outorga uxória é solenidade essencial, portanto a fiança, dela desacompanhada, é ato nulo. Ora, o ato nulo é imprescritível, irratificável e pode ser alegado por qualquer interessado, pelo Ministério Público, e deve ser declarado de ofício, pelo juiz, quando encontrar provado. A possibilidade óbvia de ratificação da fiança e o fato de só poder ser argüida pela mulher ou outro interessado, a meu ver, tiram o ato do campo restrito das nulidades absolutas.
A fiança prestada sem o consentimento do cônjuge é apenas anulável, desonerando apenas anulável, desonerando apenas os bens do cônjuge prejudicado. [Extinto Tribunal de Alçada de Minas Gerais. Apelação Cível 400.012-8. Relator Mauro Soares de Freita
"Pelos títulos de dívida de qualquer natureza, firmados por um só dos cônjuges, ainda que casados pelo regime de comunhão universal, somente responderão os bens particulares do signatário e os comunse até o limite de sua meação 
benefício de ordem,
O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor. Esse é o chamado benefício de ordem, pois a responsabilidade do fiador é subsidiária (posterior) à do devedor principal.
O que se entende por contrato de mútuo?
O contrato de mútuo está disciplinado no art. 586 do Código Civil e consite no empréstimo de coisa fungível e consumível ao mutuário, que por sua vez deverá restituir ao mutuante coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Por meio do contrato de mútuo se transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, o qual fica responsável por todos os riscos desde a tradição.
Note-se que, a coisa emprestada é consumível, portanto, após o consumo desaparecerá, mas restará a obrigação de devolver outra de mesma espécie e quantidade. O melhor exemplo desse empréstimo de consumo é o empréstimo de dinheiro, pois nos termos do art. 85 do CC bem fungível são os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Quando o empréstimo de dinheiro é feito por uma instituição financeira, certamente, será na modalidade de mútuo oneroso, o qual implica na cobrança de juros (remuneração devida pela utilização de capital alheio) e também na exigência de garantia (real ou fidejussória) da devolução desse dinheiro, o que por sua vez ocorrerá nos termos do art. 590 do CC : "O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica".
DOAÇÃO
São muitas as espécies de doação contempladas no direito brasileiro, como se refere abaixo:
 1)doação pura: mero benefício sem imposição de qualquer encargo ao donatário; 2)doação com encargo: Onde se impõe ao donatário uma contraprestação que ele deva cumprir para receber a doação ou em virtude de tê-la recebido. O encargo poderá consistir em uma vantagem para o próprio doador ou para terceiros; 
3) doação remuneratória realizada com o propósito de agraciar o donatário em virtude de agradecimento por um ato anterior realizado pelo mesmo, v.g, doação de bens para quem lhe salvou a vida; 
4) doação realizada em virtude de casamento futuro: negócio jurídico que tem por motivo determinante a realização de um casamento, poderá ser feita entre os nubentes ou em favor dos mesmos por uma terceira pessoa . Trata-se de doação cujo elemento acidental é uma condição suspensiva; 
5) doação com cláusula de retorno: onde o negócio jurídico possui uma condição resolutiva expressa (art. 547 caput);
 6) doação inter vivos: negócio jurídico celebrado para produção de efeitos em vida do doador; 
7) doação mortis causa: negócio jurídico realizado para produção de efeitos após a morte do doador.
Quanto à exigência da forma podemos mencionar que o legislador estabeleceu a seguinte disciplina: necessidade, em regra, de um documento escrito público ou particular (art. 541 caput ); a possibilidade de doação verbal se tiver por objeto bens móveis de pequeno valor, desde que acompanhada da tradição (art. 541); a doação com dispensa de colação deverá constar de declaração expressa (art. 544 ). Em algumas vezes a doação obedecerá as regras do direito societário, quando se tratar de cessão de ações ou cotas sociais, contudo, é de se ressaltar que mesmo quando a forma da doação possa obedecer tais normas, por se tratar de transferência, por liberalidade, serão mantidas as regras relativas as relações de Direito Familiar e Sucessório, entre doador e donatário. Assunto debatido
 FORMAS DE REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
Revogar é promover uma ação para desfazer o contrato celebrado. Essa hipótese de revogação é numerus clausus, ou seja, só serão revogados os casos que incorrerem exatamente de acordo com o disposto na lei nos arts. 557 e 558 do CC
3.1 Atentado contra a vida do doador ou homicídio doloso contra ele.
 O sentido moral é constrangido quando se trata de alguém beneficiado pelo doador possa atentar contra sua vida. A ação pode ser movida pelo doador e unicamente prosseguida por seus herdeiros.
Não há necessidade queo atentado à vida seja julgado pelo juízo criminal. A responsabilidade civil independe da penal. Devendo ser um crime de homicídio doloso praticado por agente capaz, sendo um inimputável é nula, a tentativa culposa também é excluída
Ofensa física contra o doador
Para se caracterizar ofensa física é necessário que a agressão tenha se consumado e havido o dolo
Revogação da doação por inexecução do encargo
A doação onerosa poderá ser revogada por inexecução do encargo, caso o donatário incorrer em mora quando não houver prazo para o seu cumprimento. Essa revogação somente acontecerá mediante decisão judicial que reconheça o descumprimento, salvo se as partes houverem por bem destratar-se.
3 HIPÓTESES DE REVOGAÇÃO DAS DOAÇÕES POR INGRATIDÃO
doação será declarada nulo se não observar qualquer dos requisitos do art. 104 do CC, se for inoficiosa, ou se o doador doa mais do que possui, ou ainda se doa de forma a provocar situação de fraude contra credores ou incorrendo qualquer vicio do consentimento
Ofensa física contra o doador. 
Para se caracterizar ofensa física é necessário que a agressão tenha se consumado e havido o dolo.
3.3 Injúria grave e calúnia contra o doador.
 Para Venosa, os conceitos de calúnia e injúria são os encontrados no Código Penal. Não é possível na hipótese de difamação, não cominada pela lei civil. Não se fazendo necessária a condenação criminal, dirimindo-se a questão no juízo civil, admitidos os reflexos da sentença penal, como acenado. Estes crimes de calunia e injuria dependem de queixa. Nada obsta que o doador lance Mao de ambas as ações ou se restrinja unicamente à ação civil. Neste caso também poderá ocorrer à revogação quando os ofendidos forem cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador. Caberá ao juiz concluir se a injúria perpetrada pelo donatário contra o cônjuge, o filho, o neto, o pai ou o irmão do doador se configura de tal monta e de tal gravidade que autorize a revogação da doação por este (VENOSA, 2004, p. 132).
Recusa de alimentos ao doador
Para configurar nesta hipótese de revogação da doação se faz necessário que o doador necessite de alimentos, que não existam parentes próximos capazes de prestá-los e que o donatário esteja, em situação de fazê-lo, recusando-se. Este conceito e conteúdo recusando-se.
 Este conceito e conteúdo de alimentos são fornecidos pelo direito de família
Pode também ocorrer a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo antecedente, for cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou por irmão do doador (VENOSA, 2004, p. 132).
DIREITOS DE ROVAÇÃO DA DOAÇÃO 
A lei entende personalíssimo o direito de revogar, atribuindo legitimidade unicamente ao doador, tendo o direito à propositura não se transmite aos herdeiros do doador. 9 No entanto, uma vez iniciada e contestada a ação, podem eles prosseguir, continuando inclusive contra os herdeiros do donatário. 
Caso iniciada a ação pelo doador poderá os herdeiros dar prosseguimento a ação contra aos herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide. Porém morto o donatário, antes da propositura da ação, não podem ser acionados seus herdeiros. Nessa hipótese, não há como ser revogada a doação.
Outra disposição é quando o doador perdoa o donatário, desaparecendo o interesse de agir. O perdão implica renuncia ao interesse de agir.
 5 PRAZO DECADENCIAL DA AÇÃO REVOGATÓRIA 
O prazo decadencial para a revogação é de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato autorizador da revogação. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada em um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor (VENOSA, 2004, p. 133). A iniciativa da ação cabe exclusivamente ao doador, mas tendo falecido podem os herdeiros prosseguir, assim como pode ser transferida aos herdeiros do donatário, vindo este a falecer depois de ajuizada a lide. Morrendo antes o donatário o, a lide não poderá ser instaurada, a exceção é em caso de homicídio doloso do doador, quando poderá ser intentada pelos o, a lide não poderá ser instaurada, a exceção é em caso de homicídio doloso do doador, quando poderá ser intentada pelos herdeiros.
6 DOAÇÕES QUE NÃO PODEM SER REVOGADAS
 Conforme art. 564 do Código Civil, não se revogam doação por ingratidão quando: as doações forem puramente remuneratórias; oneradas com encargo já cumprido; que se fizer em cumprimento de obrigação natural ou ainda as feitas para determinada casamento.
 7 LEGITIMIDADE PARA A AÇÃO REVOGATÓRIA
 A lei entende como personalíssimo o direito de revogar da doação, atribuindo legitimidade unicamente ao doador. Este direito à propositura não se transmite aos herdeiros do doador, no entanto, uma vez iniciada e contestada a ação, podem os herdeiros prosseguir, continuando inclusive contra os herdeiros do donatário. De acordo com Venosa o atual Código Civil aclarou suficientemente a questão ao dispor que os herdeiros podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide. Morto, porém o donatário, antes da propositura da ação, não podem ser acionados seus herdeiros. Nessa hipótese, não há como ser revogada a doação. Conforme Venosa, deverá ser entendido o dispositivo da intransmissibilidade cum granum salis quanto ao que foi dito acerca do homicídio praticado pelo donatário conta o doador. Não se esquecendo de que no caso de homicídio doloso do doador, os herdeiros terão legitimidade para ação, segundo o atual diploma de acordo com art.561. Mas caso o doador perdoe o donatário, desaparecerá o interesse de agir, o perdão implica na renúncia tácita ao interesse de agir. 
11 CONCLUSÃO 
O ordenamento jurídico tem como objetivo disciplinar a vida em sociedade, no entanto, essas normas nada mais são do que a vontade coletiva de ver as pessoas dessa mesma sociedade se respeitando mutuamente. Assim, é da vontade da lei, o dever de solidariedade que deve existir entre as pessoas, como obrigação geral a que estamos submetidos na convivência social. O Código Civil, regula sobre os negócios jurídicos onde no artigo 555, prevê as formas em que as doações poderão ser revogadas, atinados com o intuído de resolver os conflitos das doações. Desta forma as doações poderão ser revogadas por inexecução do encargo ou em hipótese de ingratidão do donatário para o doador. A lei entende como personalíssimo este direito de revogar, atribuindo legitimidade unicamente ao doador, tendo o direito à propositura não se transmite aos herdeiros do doador. Somente quando já estiver sido iniciada e contestada à ação, podem os herdeiros dar prosseguimento, continuando inclusive contra os herdeiros do donatário. 
Em se tratando de doação é obrigatório o aceite do donatário, conforme também era assim o sistema do Código Civil de 1916.
            Porém o atual código civil, estabeleceu algumas exceções a esta regra de obrigatoriedade que vamos estuda-las.
            A primeira exceção é a aceitação tácita, que é elencada no artigo 539, do Código Civil, senão vejamos:
Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
            Neste caso, onde há um prazo estipulado para o aceite, se o donatário se omitir, entende-se que este o aceitou, neste caso prevalece à declaração negativa da vontade, sem está o ato está aceito e é perfeito e acabado.
            Neste diapasão, vejamos o comentário de Ricardo Fiuza[1] que assim aduz:
            ‘A aceitação é pressuposto necessário para aperfeiçoar, pela consensualidade, o contrato. Cabe ao donatário declarar que aceita o ato de liberalidade do doador, e no seu silêncio, presume-se o consentimento (aceitação tácita), quando a doação é pura, feita sem encargos ou condições, isto é, inteiramentebenéfica, sem quaisquer ônus para o favorecido.’
            Do mesmo modo aduz Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery[2], senão vejamos:
            ‘A aceitação da doação por parte do donatário é essencial para a sua existência, como negócio jurídico bilateral (contrato) que é. A aceitação deve ser expressa. O CC 539 abre uma exceção a essa regra: se o doador fixa prazo para o donatário declarar que aceita, ou não, a liberalidade, e este, ciente do prazo, não faz a declaração dentro dele.’
            É importante tecer que: ‘o ato de aceitação da liberalidade deve-se dar antes da morte do doador’[3].
            Outra exceção apontada por Ricardo Fiuza é: ‘Dispensa-se a aceitação quando o donatário for absolutamente incapaz (art. 544)’.
            Diante do exposto, concluímos que a aceitação na doação é a regra geral, dispondo de duas exceções, a) quando o instrumento prevê um prazo para a aceitação e ciente o donatário que não o faz, presume-se aceita tacitamente a doação e b) quando os donatários são menores incapazes o aceite é dispensado, por força do artigo 544 do Código Civil.

Outros materiais