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PROCESSO CIVIL - P1

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PROCESSO CIVIL – P1
28/07/2017
ATOS PROCESSUAIS: Art. 188/293
SUJEITOS DO PROCESSO: Art.139/187
ATOS PROCESSUAIS
São declarações de vontade que visam a criação, modificação ou extinção de situações processuais.
São Manifestações jurídicas que geram consequências no processo. E para gerar consequência no processo, esses atos tem que acontecer dentro dele, e se por acaso ocorrerem fora do processo deve ser incorporado a ele, trazidos para dentro do processo.
Nada impede que as partes tenham convencionado alguma coisa, ou criado situações fora dos autos, mas é preciso que isso seja comunicado ao juiz, seja juntado ao processo para tenha validade
CONTEÚDO:
Forma, Tempo e Lugar dos atos.
Forma: É a maneira como o ato deve se exteriorizar. A necessidade de forma serve como uma segurança jurídica.
Tempo: Os atos processuais devem ocorrer em certas condições de tempo, em que momento esses atos devem ser praticados. Preclusão -> A perda da faculdade processual, ou seja, não se pode mais praticar aquele ato dento do processo, porque não há mais tempo, está fora do prazo.
Lugar: É o espaço físico onde se realizam os atos processuais. Onde posso protocolar, onde posso enviar.
Comunicação dos atos
Citação: é o ato pelo qual o réu ou interessado é chamado a juízo a fim de se defender. É o ato de dar ciência da existência de um processo movido contra o sujeito ou qualquer interessado. É solene e vincula o réu ao processo.
Intimação: serve para solicitar que qualquer uma das partes envolvidas em um processo faça ou deixe de fazer algo. Geralmente feita por meio de um oficial de justiça. Se a pessoa recebe a intimação e não a cumpre nem justifica sua falta, ela pode ser conduzida à vara, ou seja, pode ser levada a força para cumprir seu dever. Mas se a pessoa não tomar ciência da intimação não sofre penalidades por seu descumprimento.
Nulidade dos atos: 
Quando são nulos ou anuláveis e quando posso aproveitar um ato que era nulo e passou a ter validade mesmo havendo nulidade entre ele.
Distribuição e registro dos atos:
Como os documentos ingressam no processo.
Valor da causa:
Todas a petições iniciais tem um valor.
OBJETIVOS DOS AUTOS
É a extinção do processo. O autor quer extinguir o processo através de julgada precedente a sua ação. O réu quer extinguir o processo pela improcedência, ou seja, que o juiz não aceite, a petição do autor. O juiz também quer extinguir o processo, visto que será menos trabalho para ele julgar.
QUEM PRATICA OS ATOS PROCESSUAIS
São os sujeitos do processo, qualquer pessoa que participe do processo, o escrivão, o escrevente, o oficial de justiça, promotor, defensor, os advogados das partes, autor, réu, juiz, os terceiros intervenientes, o denunciante, o denunciado, o opoente, o oposto.
FINALIDADE MULTIPLA
De variadas formas. Ex.: Um servidor da justiça pratica atos específicos como: atos de juntada, atos instrutórios, atos de conclusão, então com essas ações ele quer conservar ou extinguir direitos, ou, criar/modificar direitos.
CARACTERÍSTICAS
Independência das formas ou formalismo relativo:
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Ex.: Uma advogada que precisa juntas a procuração da família inteira, ele pode fazer uma para cada membro ou uma procuração única. Então essa procuração outorgada ao advogado, desde que clara e precisa e preencha a finalidade essencial o juiz pode das validade.
Ax.: Um advogado que vai requerer gratuitamente da justiça, pois seu cliente é pobre na forma da leu 1060/50, desde que esse pedido seja feito de forma correta e objetiva, não importará como levará essa informação ao juiz, pois existe essa independência de forma. Nada é rígido.
Instrumentalidade das formas:
Os atos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente exigir, considerando válido os que, realizados de outro modo preencham a finalidade essencial. 
Esses atos processuais são instrumentos de alcance do direito material, pois não há outra forma mediante os atos para conseguir aquilo que estamos requerendo em juízo, tais como, ato de citação, ato de juntada de documento, ato de juntada de intimação, ato de juntada das testemunhas.
E o que interessa no final das contas é que o autor alcance o seu direito, se ele os tiver.
Aproveitamento dos erros de forma:
Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo Único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.
Erro de forma: seria o erro na escolha do procedimento, e por si só, não pode invalidar todo o processo, apenas anula os atos que não possam ser aproveitados. 
Se o ato processual for considerado nulo, porque foi feito sobre alguém vício que lhe tirou a validade, pode ser aproveitado, desde que que não prejudique as partes, pode ser validado pelo juiz.
Solenidade:
O Processo é solene e complexo, no desenvolvimento de um processo deve haver uma solenidade, não apenas no vocabulário, onde é obrigatório o uso da língua portuguesa corretamente, Vernáculo -> Seria obrigatório o uso da língua portuguesa. Art. 192.
Publicidade:
Os processos são públicos, porém há exceções: Art.189.
Interesse público ou social. (A critério do juiz ele pode ordenar que o processo transcorra em segredo de justiça geralmente no criminal – lavagem de dinheiro).
Família e menores (incapazes). (Casamento, separação de corpos, divórcio, união estável, separação, filiação, alimentos e guarda de criança e adolescente).
Direito constitucional a intimidade.
Arbitragem. (resolução extrajudicial que as partes fazem, por meio de um profissional, o qual tem um curso de arbitragem, e habilitado perante o tribunal para resolver problemas patrimoniais e financeiros)
§1º e 2º - Somente as partes podem consultar os autos e seus respectivos advogados e procuradores. Mas se um terceiro demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz e caberá ao juiz decidir.
Conexão e Interdependência dos Atos:
Os processos decorrem um dos outros, um é consequência do outro. 
A consequência da petição inicial que foi recém ingressada, é o despacho do juiz, desse despacho nasceu a citação do réu, o réu citado irá se defender, que é a contestação, contestou, o juiz abre vistas para o autor impugnar essa contestação, e para aqui na réplica do autor. Ou seja, são interdependentes entre si e entre eles há uma conexão.
02/08/2017
ATOS PRATICADOS FORA DO PROCESSO:
Esses atos praticados fora do processo precisam ser juntados, caso contrário não terão validade processual; eles já têm validade jurídica, mas para que tenham aquela validade processual e gerem consequências no processo precisam ser juntados.
Todos os negócios processuais feitos fora do processo também devem ser juntados pois está ligado a uma questão probatória.
Então a palavra-chave é ‘juntada’ um termo que significa requerer a inclusão no processo algum documento ou algum objeto, provas e até diligências.
Eleição de foro -> Clausula de eleição:
É quando num contrato, as pessoas elegem determinado foro para resolver eventuais problemas entre si. Também chamado foro de competência, pois se escolhe a competência do juiz que vai resolver o problema entre as partes. Se as partes elegerem a comarca de Dourados no contrato, então não poderão ingressar com uma ação em Ponta Porã.
- Nos contratos de adesão o foro é o domicílio do consumido. (Regra)
- Mas se NÃO estamos em uma relação de consumo, o foro de eleição ou clausula de eleição é a que vai ficar valendo, quer dizer, que se as partes elegeram a comarca de Dourados então não poderão ingressar com uma ação em Ponta Porã.
Ex.: Se num contrato de aluguel foi escolhido outra comarca para pagamento, e no caso de ocorreruma ação e não for juntado esse contrato, então valerá o foro onde foi ingressada a ação. Então é um documento de um ato fora do processo que tem que ser juntado para ter validade.
Inclusive o réu terá um prazo de 15 dias para informar a sua defesa que a comarca está errada no processo, que o foro está errado e juntar o contrato de aluguel para provar isso.
Convenção de arbitragem:
É um acordo feito entre as pessoas onde elas elegem um árbitro, para resolver questões patrimoniais, e a decisão de um árbitro tem força de sentença. Mas se por acaso o acordo feito com o árbitro por desrespeitado, como prazos, pagamento, parcelamento de dívidas, as partes podem ingressar com ação e nesse caso vai valer o que o árbitro decidiu, pois tem validade e o juiz não pode modificar isso, não pode decidir de forma diferente.
Então arbitragem é uma forma de resolver os problemas fora do processo. Mas para ter validade deve-se juntar o laudo arbitral.
Negócios Processuais:
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
Somente direitos disponíveis:
- Negócios processuais é o nome dado para outro tipo de acordo ou contrato feito fora do processo, mas que depois deve ser juntado ao processo. Só pode ser feito com direitos disponíveis, todos os direitos que envolvem direitos patrimoniais. 
- Ações que não admitem negócio processual:
Direitos Indisponíveis que não podem ser negociados: Ação de divórcio; Ação de reconhecimento de união estável; Ação de guarda; Ação de adoção; Ação de reconhecimento de paternidade; Ação de reconhecimento de maternidade; Ação de alimentos.
Capacidade das partes:
Também é um direito indisponível, não acata negociação, ou a pessoa é interdito incapaz, ou é capaz para os atos civis, não há meio termo, não existe negociação sobre a capacidade. Ex.: Interdição.
Controle de validade das cláusulas:
O controle de validade dor negócios processuais é feito pelo juiz, inclusive o juiz não dar validade aos negócios processuais. (Parágrafo Único, art. 190) De acordo com o artigo há a situação de vulnerabilidade é quando a pessoa não tem como evitar alguma coisa. Ex.: o Marido verificando que a esposa e os filhos dependem exclusivamente dele, a faz assinar um contrato que seja desfavorável a ela e aos filhos.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
Em relação aos sujeitos:
Sujeitos do processo é toda pessoa que de alguma forma está atuando no processo:
Partes: Autor e Réu
Juiz
Terceiros (Denunciado; Oposto; Assistente; Amicus Curiae; Empresa sofreu desconsideração da PJ.
Serventuário da Justiça (Escrivão; Escrevente; Oficial de Justiça)
Procuradores
Defensores Públicos
Advogados
Atos processuais decorrem de um ônus:
Em relação as partes, e aos terceiros, o ônus é “o preço a se pagar”, não é obrigatório, mas é algo que deve ser feito, e caso não seja feito, acarretará consequências. Quando o autor, o réu ou o terceiro tem que praticar um ato, não será uma obrigatoriedade, será um ônus.
Ex.: Um réu em uma ação, para ser incorporado, deverá ser citado pelo oficial de justiça, para comparecer à audiência, mas ele não é obrigado, nem a comparecer, isso é um ônus, terá que arcar com o ônus da sua revelia, se não comparecer e não se defender fazendo uma contestação; então a falta de defesa tem por consequência à revelia. (Como se ele não estivesse presente).
Ex.: É um ônus processual juntar testemunhas, caso não se faça, será um grande prejuízo ao processo, porque no dia da audiência não poderei produzir prova testemunhal ao juiz, então essa perda do prazo, que é de 10 dias da intimação, prejudicará muito. Preclusão -> é a perda do prazo e depois não pode mais, precluiu o direito.
-> Juiz está obrigado a sentenciar, não é o ônus dele. O ministério público está obrigado a oferecer a denúncia, comprovada a materialidade dos fatos, não é ônus dele. Ou seja, o ônus é só para os terceiros e para as partes, os demais estarão obrigados.
Fixação do calendário processual:
É uma espécie de negócio processual onde as partes estabelecem prazos dentro do processo de comum acordo, os advogados vão peticionar e o juiz irá homologar, e o juiz, está vinculado a isso. O juiz e as partes em diálogo, podem acertar datas para realização dos atos processuais.
A vantagem seria uma eficiente gestão de tempo e as partes serão dispensadas de intimação, a partir da homologação do acordo, nada será mais publicado, pois já estarão formalmente avisados, intimados. Uma questão de economia processual, mas se as partes não cumprirem esse acordo, violarem o calendário processual acarretará a perda do direito processual e a perda da vantagem que poderia ser obtida.
A modificação do calendário pode ocorrer apenas em situações excepcionais e deve ser devidamente justificado por quem pretende a sua alteração.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
04/08/2017
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
EM RELAÇÃO AOS SUJEITOS:
Autor, réu, juiz, escrivão, escrevente, oficiais de justiça, terceiros, etc. Ou seja, são todos que estão cometendo o ato processual, todos que participam do processo.
EM RELAÇÃO AO OBJETO:
Atos de obtenção: 
Quando se junta um documento ao processo, o qual seja de interesse do processo, mas é preciso que tenha uma conexão dos atos.
Postulatório: 
Pedido, requerimento. Todas as vezes que as partes estão pedindo alguma coisa ao juiz, fazendo o requerimento é um ato postulatório.
Ex.: Pedindo juntada do rol testemunha; pedindo juntada do contrato locação; pedindo para nomear um perito.
Instrutório:
Quando está se requerendo não apenas a juntada de uma prova, mas para que essa prova gere consequências no processo, são os atos instrutórios. Juntada de prova ou requerimento de produção de provas.
Ex.: Juntas o exame de DNA em uma investigação de paternidade. Requerendo juntada recibo pagamento.
Atos de mero evento físico:
São os que normalmente ocorrem no processo, são necessários e não se enquadram nem nos atos postulatórios e nem nos atos instrutórios.
Ex.: pagamento de custas processuais.
Atos dispositivos:
É o ato que está a disposição da parte, ela escolhe fazer ou não fazer.
Negócios processuais
Acordos
Estabelecimento do calendário processual
Renúncia: Quando o autor renuncia ao seu direito, o juiz julga com resolução do mérito julgando improcedente -> O autor não pode mais ingressar com a ação.
Reconhecimento: Quando o réu reconhece o direito do autor, o juiz concordará e vai extinguir a ação de forma procedente, julgando o direito do autor e condenando o réu.
Desistência: Teremos uma extinção do processo sem decisão de mérito, somente homologação.
Art. 200.  Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. -> O autor pode ingressar novamente com a ação.
DOS ATOS DAS PARTES
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Esses atos unilaterais e bilaterais servem para extinguir direitos, modificar direitos, e para reconhecer os direitos.
Unilateral -> é aquele produzido unilateralmente pela parte.Ex.: Renúncia, desistência, o reconhecimento, ato postulatório e ato instrutório.
Bilaterais -> São atos produzidos por ambas as partes, e que precisa do consentimento de ambas as partes. Ex.: Art. 190, negócios processuais, calendário processual.
Desistência: Sentença será homologatória (p. único. Art. 200). Homologado pelo juiz com a concordância do réu.
Reconhecimento e a Renúncia: Será sentenciado por meio de sentença com resolução do mérito (C.R.M)
Art. 487.  Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Recibos e Comprovantes dos Atos -> toda vez que a parte comete um ato, tem que possuir um comprovante de que esse ato foi cometido, no peticionamento eletrônico o recibo é automático, no processo físico o recibo será um carimbo ou uma autenticação eletrônica. Art. 201.
Vedação de lançamento de cotas nos autos -> sublinhar e fazer anotações nos autos, rasurar, escrever no processo; o juiz pode condenar a parte que lançar cotas nos autos. Art. 202.
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ
O magistrado profere, ao longo do processo, diversos pronunciamentos. Basicamente o juiz só comete 3 atos: Sentenças, decisão interlocutória e despachos.
Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. § 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o. § 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Sentença: Põe fim ao processo, extinguindo ele. Classifica-se: (Sem resolução de mérito(485)/Com resolução do mérito(487)).
Sem resolução de mérito (487) -> Quando for impossível ao juiz prolatar sentença de mérito, julgando procedente ou improcedente o pedido ou acolher reconhecimento do pedido, transação ou renúncia ao direito.
Sentença terminativa -> É aquele que extingue o processo sem resolução de mérito. I. Indeferimento da petição inicial; II. Processo parado por mais de 1 ano.
Decisão Interlocutória:
É o ato pelo qual o juiz, ao curso do processo, resolve alguma questão que não se enquadre no conceito de sentença. É uma série de decisões que preparam a causa para o julgamento final pela sentença. Não põe fim ao processo.
Ex.: Quando o juiz diz concordo com a necessidade de produzir prova pericial nomeio o perito (é uma decisão interlocutória).
Despachos:
Não tem nenhum conteúdo decisório, sua função é apenas impulsionar o processo. São irrecorríveis podem se dar de ofício ou a requerimento das partes. São atos do dia a dia do cartório, não tem carga decisória, é um ato meramente burocrático.
Ex.: Publique-se .... // Arquive-se ...
Acórdãos:
É o julgamento colegiado proferido pelos tribunais, sendo o acórdão o resultado dessa votação.
Assinaturas:
Toda decisão judicial deve ser assinada pelo juiz, e essa assinatura pode ser eletrônica. Ato judicial sem assinatura é inexistente.
09/08/2017
CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS
SENTENÇA TERMINATIVA:
Extingue o processo sem resolução de mérito. O juiz encerra o processo sem conceder o direito, sem das a parte o que ela pediu
Art. 485 O juiz não resolverá o mérito:
Indeferir a petição inicial: 
Quando o juiz não leva adiante ou nega a petição inicial, bloqueou o andamento da ação devido a um erro ou um vício processual. Ex.: Um advogado que não juntou a procuração do réu ao processo.
Processo ficar parado por mais de 1 ano por negligência das partes: 
Quando as partes deixam de dar prosseguimento. Ex.: Quando autor e réu tentam fazer um acordo e pedem a suspensão do processo, e basta 1 ano parado para o juiz extingui-lo.
Por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 dias: 
O prazo é menor porque a negligência é do autor, pode ocorrer a qualquer momento do processo, na petição inicial, no meio ou no final. Ex.: o autor deixar de pagar uma perícia, passados 30 dias o juiz extingue o processo.
Verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular o processo: 
Seria a capacidade para estar em juízo, menores de 18 anos desacompanhados dos pais no processo, então é a questão da representação dos menores incapazes, citação das partes válidas, etc.
Reconhecer a existência de perempção de litispendência ou de coisa julgada:
Perempção -> ocorre quando o autor abandona por 3 vezes a causa, Art.486, §3º. Se o autor der causa por três vezes a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto a possibilidade de alegar em defesa o seu direito.; 
Litispendência -> A repetição exata igual a uma ação idêntica em curso, é um processo que está em andamento ser repetido, nesse caso a segunda ação proposta que repetiu a primeira será anulada, sem resolução de mérito;
Coisa Julgada -> É o mesmo entendimento da litispendência, só que a ação anterior, a primeira ação, já transitou em julgado, já está finalizada. O juiz decidiu, já não tem mais o que se fazer;
‘E se o autor ingressar novamente com a mesma ação que já foi julgada, ela será extinta sem resolução do mérito. // Se a primeira ação ainda estivesse em grau de recurso e uma das partes, entrasse novamente com a mesma ação, repetida, ai seria Litispendência.
Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual: 
Interesse e agir e Partes legítimas, são condições da ação.
Acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência: 
Significa que as partes contrataram um árbitro e a decisão do árbitro tem força de sentença, mas somente em questões patrimoniais. O árbitro informará o juiz que a competência é dele e não do juiz e o processo será resolvido sem resolução de mérito, pois o mérito já foi resolvido pelo árbitro fora do processo.
Homologar a desistência da ação: 
A desistência extingue o processo sem resolução do mérito, pode-se desistir só 3 vezes.
Em caso de mente da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal: 
Nesse caso que a ação for considerada legalmente intransmissível e falecer a parte autora, extingue-se o processo sem resolução de mérito. A ação personalíssima é intransmissível. Ex.: Ação de divórcio, ação de investigação de paternidade.
SENTENÇA DEFINITIVA:
É aquela que extingue o processo com resolução do mérito. Aqui nessa sentença o juiz da uma resposta, positiva ou negativa, ele resolve a questão.
Art. 487. Haverá resolução mérito quando:
Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção: 
Quando o juiz acolhe ou rejeita o pedido ele está extinguindo o processo com resolução do mérito, pois ele tomou uma decisão. O juiz pode fazer um acolhimento parcial, não tem problema, pois pode-se recorrer sobre a diferença. O juiz pode rejeitaro pedido julgando improcedente.
Decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição. 
A decadência -> Extingue o direito material, acaba com o próprio direito. Ex.: Tenho o direito de ingressas com uma ação de cobrança pelo período de 5 anos, após esse prazo, não poderei mais, pois extinguiu o meu direito.
Prescrição -> É a perda, o fim do direito de mover uma ação. Ex.: Se tenho um cheque, o seu prazo prescricional será de 6 meses, após esse prazo não poderei mais entrar com uma ação de cobrança pois esse cheque prescreveu.
Homologar:
O reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção.
Reconhecer que uma das partes, autor ou réu, tem razão desde que quem reconheceu tenha capacidade para fazê-lo.
Transação.
A transação é todo tipo de acordo judicial ou extrajudicial, inclusive conciliação. A sua celebração resolve o mérito da causa.
Renúncia a pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Quer dizer que o autor está renunciando ao direito. Há uma formação de coisa julgada por isso há resolução do mérito. Pode ocorrer a qualquer tempo no processo, e o juiz tem apenas que homologar por sentença desde que o agente seja capaz e o direito possa ser renunciável.
11/08/2017
DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA
TERMOS E CERTIDÕES
Termo -> Certifica um evento dentro do processo e qualquer fato importante dentro do processo deve ser lavrado com um termo.
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO:
Ocorre quando se inicia o processo, quando uma ação ingressa em juízo, quando o advogado acabou de distribuir uma ação, essa ação tem que sofrer em termo, um registro uma documentação que ocorreu.
Está ligado ao tempo, são importantíssimos ao processo, há o termo inicial da contagem do prazo e o termo final, e é de vital importância serem obedecidos.
Com o peticionamento eletrônico os termos estão muito precisos e no momento que a petição inicial é distribuída o termo é gerado automaticamente, onde haverá um protocolo com uma numeração, com a hora, o minuto e o segundo que essa ação ingressou (seria uma espécie de recibo).
Ex.: O réu que tem 15 dias para se defender, supomos que hoje sexta-feira seja o 15º dia do prazo, então o advogado terá só até as 24:00 será o prazo final, e supomos que a petição chegue a 01:00 da manhã, conforme demonstrará o protocolo, não há como mentir que o prazo foi cumprido pois o termo já estará gravado, uma espécie de certidão. No processo físico, os documentos serão levados até o fórum, até o cartório, somente até as 19:00 horas que é o horário que fecha o fórum e o termo será feito manualmente por autenticação mecânica, e o termo final será as 19:00hs.
O termo de distribuição é aplicado quando no juízo existem dois ou mais juízes.
Ex.: Em Ponta Porã tem 3 varas cíveis, 3 juízes civis, então nesse caso a ação será distribuída, para o juiz A, B, C, e quem faz essa distribuição será o cartório distribuidor.
TERMO DE JUNTADA:
O réu tem 15 dias para se defender para sua contestação, e esse prazo começa a ser contado a partir da juntada da sua citação ou da juntada do termo de mediação que não deu certo, então precisa-se do termo de juntada.
Ex.: O réu foi citado hoje, sexta feira, mas o oficial de justiça só vai fazer o termo de juntada do mandado de citação dele segunda-feira, então quer dizer que o prazo só vai ser contado a partir de terça-feira, então esse termo de juntada vai certificar no tempo em que momento aquela citação foi juntada no processo, porque a partir dali começa o prazo para a defesa.
Juntada significa certificar que se juntou um documento ou algum ato processual no processo.
TERMO DE AUTUAÇÃO:
Autuação é você colocar uma paginação no processo, pois o processo é um conjunto de atos, um conjunto de documentos; onde: na folha 1 é a capa, na folha 2 temos o termo que é o documento que quero juntar. 
Ex.: Certifico que na data de hoje autuei o documento juntado pela parte (termo de autuação).
Autuação significa paginar e certificar que o documento ingressou no processo, criar os autor, um suporte para se materializar os atos.
TERMO DE VISTA:
Esse termo é mais comum nos processos físicos, pois é somente um processo que está arquivado na vara civil. 
Ex.: Supomos que esteja no prazo do réu se defender, então a defesa precisa saber que documentos foram juntados no processo.
Ex.: O ministério público vai se manifestar em um processo, então o cartorário fará um termo de vista para o ministério público.
Ou seja, o termo de vista significa que estamos dando a oportunidade para que outros sujeitos do processo olhem e verifiquem o que foi juntado ao processo, o que consta nele. Caso o advogado queira levar o processo para outro lugar, é feito um termo de carga para que isso ocorra. O prazo para a devolução são 5 dias úteis.
TERMO DE CONCLUSÃO:
Significa que o processo acabou de chegar na mão do juiz, está concluso na mesa do juiz para que ele tome alguma providência. Toda vez que as partes pedem alguma coisa para o juiz, ele vai analisar o pedido e para isso se faz um termo de conclusão.
CERTIDÃO:
É uma certificação que um ato aconteceu, mas a certidão não está ligada ao tempo, então se não houver necessidade de dar tempo para que um ato aconteça, então será uma certidão. Se houver a necessidade de conceder prazo ou iniciar a contagem de algum prazo então terá que se fazer um termo.
Ex.: Saiu um alvará para levantamento do FGTS para o advogado levar até a Caixa Econômica, nesse caso precisará apenas de uma certidão -> Certifico que no dia 16 de agosto o advogado retirou o alvará. Apenas se certifica que aconteceu determinado ato.
Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação.
Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos.
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
DO TEMPO E DO LUGAR
TEMPO:
Os atos processuais têm lugar nos dias úteis, isto é, naqueles que não são feriados forense. Nos dias úteis podem ser praticados dentro do horário hábil para a prática dos atos processuais que será das 06:00 às 20:00hs.
Esse horário não é o mesmo horário forense, o qual o fórum encontra-se aberto ao público para os atos processuais que dependem de petição ou requerimento em processos não eletrônicos.
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
EXCEÇÕES:
Seriam os atos já iniciados, pois não podem ser interrompidos, devem ser terminados.
§1º - Atos já iniciados
Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Poderá o oficial de justiça concluir fora do horário previsto sem prévia autorização judicial, quando o adiantamento prejudicar a diligência ou causar grave dano mas a justificativa tem que constar no auto da diligência.
§2º - Hipóteses
Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
Mas somente se houver uma urgência. Ex.: Uma pessoa precisa ser citada e soube-se que esta pessoa está no aeroporto para viajar e já passa das 21:00hs, então excepcionalmente nesse caso é permitido.
§3º - Horários dos Autos físicos e eletrônicos
Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
Pode ocorrer de o horário bancário ser menor que o horárioforense, nesse caso, nos atos processuais que precisem de comprovação é possível pegar as custas processuais correspondentes no primeiro dia útil subsequente.
Art. 213. - Eletrônico
A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo.
FÉRIAS FORENSES
Vão do dia 20/12 a 20/01, nesse período há a suspensão da contagem do prazo.
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2o;
II - a tutela de urgência.
As tutelas de urgência são para situações que não podem aguardar, ocorrem em qualquer horário e em qualquer dia. Podem ser usadas em casos de natureza do direito de família ou viceis também.
CASOS DE NÃO SUSPENSÃO:
Os alimentos, remoção de tutores e curadores
Os casos de jurisdição voluntária não são suspensas durante as férias forenses
Os atos de conservação de direito também não são suspensos durante o período das férias forenses. 
Ex.: Quando se precisa que o juiz intime a marcha dos sem terra que não invada uma determinada propriedade. Então pode requerer uma tutela de urgência durante as férias forenses para conservar um direito.
Ex.: Alimentos não pode esperar
Ex.: No caso do incapaz maios de 18 há o curador // No caso do capaz menos de 18 anos há o tutor. Ambos podem ser removidos ou trocados se for constatado que representam um potencial perigo ou se não estiverem desempenhando sua função corretamente. 
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
DO LUGAR: 
Os atos realizam-se no fórum, que é a sede do juízo, mas podem também realizar-se em outros lugares também, como ocorre no peticionamento eletrônico.
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
EXCEÇÕES:
Carta Precatória:
É uma comunicação entre os juízes, é um pedido que o juiz que não tem competência naquela comarca faz ao juiz competente de outra comarca, ou seja, o juiz deprecante manda para o juiz que fará o ato, o juiz deprecato.
Carta Rogatória:
Pedidos feitos a jurisdições internacionais, demora uma eternidade, pois é protocolada, daí o juiz envia ao STJ, que envia ao ministério das relações exteriores em Brasília, para despachar até o consulado ou embaixada brasileira no lugar correspondente, e aí seguirá para o fórum da cidade que se quer.
Produção Antecipada de Prova Testemunhal:
Art. 449. (...) Parágrafo único. Quando a parte ou a testemunha, por enfermidade ou por outro motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer, mas não de prestar depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la.
O juiz pode determinar que uma testemunha seja ouvida em outro lugar que não seja o fórum, fora de audiência também. É possível antecipar essa órtica.
Ex.: No caso de testemunha no leito de morte, ou gravemente doente que não aguentaria até o dia da audiência ou até mesmo se deslocar. Nesse caso o juiz vai até o local onde essa testemunha está e colhe o seu depoimento. Obviamente é preciso que a testemunha esteja com seus sentidos intactos para que sirva. Então é possível antecipar essa prova.
Autoridades: (Art. 454)
Prefeitos, desembargadores, deputados, embaixadores, ministros, presidente, governadores, parlamentares, tem foro privilegiado, eles podem ser ouvidos no lugar que eles determinarem ou em sua residência, na hora que determinarem. 
O juiz da causa solicitará a autoridade arrolada como testemunha que designe local, data e hora para ser inquirida, caso a autoridade não o faça, então o juiz o fará; e daí provavelmente será na sede do juízo, após passado 1 mês.
Inspeção Judicial:
O juiz sai do fórum para ir até o local dos fatos para constatar a veracidade, a fim de inspecioná-lo; se for necessário vai até onde encontram-se as pessoas ou os fatos.
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações que considerem de interesse para a causa.
18/08/2017
DOS PRAZOS
São lapsos de tempo concedidos para a realização dos atos. Existem entre o termo inicial e o termo final.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
Justa causa como justificativa:
Art. 223. § 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
Art. 223. § 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Pena de Preclusão:
É a perda do direito de realizar alguma coisa dentro do processo, caso esse ato não seja feito no tempo certo, precluirá. A preclusão não é absoluta, pois se provar para o juiz que houve uma justa causa, ele restituirá o prazo. (Art. 223, §2º)
Justa Causa: 
Seriam os eventos de força maior, mas também podem ser os fortuitos.
Força Maior:
Eventos externos, que estão além do controle das partes e e que não vieram das partes, são eventos da natureza, mas que devem ser fortíssimos ao ponto de impedir um ato. Ex.: Greves. Ex.: Advogado que perdeu um prazo pois pegou dengue devido a uma epidemia.
Caso Fortuito:
Vem da própria pessoa, está relacionado somente a ela, é um fato específico que ocorre somente ao indivíduo. Ex.: Adovogado que perdeu o prazo pois pegou dengue.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS:
Prazos Legais:
São improrrogáveis, que o próprio código concede para que se realize um ato. São fixos e determinados. Ex.: Apelação – Art. 1.003, §5º. Executados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 dias. // Ex.: Contestação – 15 dias.
Prazos Judiciais:
O juiz verificando a complexidade do processo, ele pode conceder prazos maiores ou menores. Ex.: Exame de DNA, o juiz geralmente concede 30 dias, busca e apreensão, perícia nas estruturas de determinado imóvel obviamente o prazo será maior. Então dependerá da natureza do processo. Art. 477.
Prazos Convencionais:
Derivam do acordo entre as partes, elas podem estabelecer em calendário processual chegam num acordo, e convencionam um determinado prazo e o juiz homologa ele. Art. 190.
NATUREZA DOS PRAZOS:
Dilatórios: 
Podem ser reduzidos ou ampliados, podem ser concedidos novamente pelo juiz caso não se consiga fazer um determinado ato no prazo. O juiz pode modificar os prazos para atender as especificações da causa.
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.
§ 1o Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2o Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.
Ex.: Uma comarca que ainda não está informatizada e o advogado tem 15 dias para juntar um documento, mas essa comarca é de difícil acesso, então nesse caso específico o juiz prorrogará por até 2 meses o prazo, até que se consiga realizaro ato.
Peremptórios:
São os prazos que não se prorrogam, não podem ser alterados. Ex.: Apelação e contestação, são 15 dias e não podem ser alterados ou modificados.
REGRAS APLICÁVEIS:
Contagem no Curso do Processo: Não só contaremos os dias úteis e um feriado e um dia não útil se exclui.
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Ex.: Na contestação que são 15 dias de prazo, como teremos que excluir os 2 sábados e os 2 domingos, pois não são dias úteis, o prazo real dessa contestação será de 19 dias, pois acrescentaremos ao final da contagem os 4 dias não úteis. Mas se no meio desses 15 dias houverem: feriados, recesso local ou férias, então esse prazo só aumentará. De certa forma, os dias “inúteis” serão favoráveis a parte que pratica o ato, porque ela ganhará mais prazo.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
Intimação:
É o aviso ou notícia que da ciência as partes dos atos processuais, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa, e os destinatários são qualquer pessoa que participe do processo. 
A partir da intimação que se inicia a contagem do prazo, mas tem que se retirar o primeiro dia, excluir o primeiro dia e começar a contar no primeiro dia útil seguinte a intimação.
O mandado de citação, tem como finalidade maior dar ciência ao réu de que o autor ingressou com uma ação contra ele, nada pode ser feito em segredo, o réu tem direito de saber; a citação também serve para que o réu seja incluído na relação jurídica processual, inicia-se a contagem dos prazos para ele, e a última finalidade da citação seria propiciar a defesa. Mas a defesa deriva de uma intimação, então o réu será intimado a se defender em um prazo de 15 dias, é um ônus, e não uma obrigação, o réu se defende se ele quiser.
Mas esse prazo começa a ser contado só a partir do momento em que o oficial de justiça cumpre o mandado de citação; após citar o réu, juntará ao processo esse documento, esse aviso com a assinatura dele, provando que ele está sabendo e que oficialmente já faz parte do processo. Supomos que o oficial de justiça só consiga fazer a juntada da citação na quarta-feira, então o prazo só começará a contar no dia útil seguinte, pois exclui-se o primeiro dia, então o prazo iniciará quinta-feira.
A regra geral da intimação é pela publicação no diário oficial, pois é o órgão de comunicação oficial. Então será a partir do dia da publicação no diário oficial, o começa do prazo.
Algumas pessoas são intimadas pessoalmente, como por exemplo:
	- Advogado dativo
	- Membros do Ministério Público
	- Defensores e promotores
Termo Final:
Primeiro dia útil seguinte ao vencimento.
Prazos Genéricos: 
É quando não temos nem prazos legais e nem prazos judiciais, não há nada prevendo em qual prazo deve acontecer determinado fato, então o prazo genérico será de 5 dias para as partes.
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
23/08/2017
PRAZOS LEGAIS
JUIZ E AUXILIARES: 
Art. 226. O juiz proferirá:
I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;
Processo concluso, ou autos conclusos significa que está na mesa do juiz para ele despachar, e para conceder um despacho o juiz não precisa decidir nada, ele apenas está movimentando o processo, impulsionando o processo, por essa razão o prazo é pequeno.
II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;
A decisão interlocutória, não encerra o processo, não extingue o processo, apenas decide um incidente no curso do processo. Ex.: Pedir ao juiz a busca e apreensão de um menos.
Toda liminar é uma decisão interlocutória. Liminar -> é uma decisão do juiz dada em caráter de urgência sem consultar a outra parte.
III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.
O juiz tem um prazo de 30 dias para proferir a sentença ou pode ser também ao fim da audiência. Só existe uma sentença.
Art. 366. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
MINISTÉRIO PÚBLICO:
Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
LITISCONSORTES:
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
Quando os vários autores e vários réus que são os litisconsortes, tem advogados diferentes de escritórios diferentes, há prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais em qualquer juízo ou tribunal.
A não ser que somente um réu dos vários litis consortes se defenda, então não haverá mais esse benefício do prazo em dobro, para apenas um réu se defender. Nesse caso cessa a contagem do prazo em dobro.
No processo eletrônico os litisconsortes com procuradores distintos e de diferentes escritórios não tem prazo em dobro. Ou seja, é só para os processos físicos.
PRAZOS PARA RECURSOS (Art. 1.003)
A maioria dos recursos tem prazo de 15 dias, esse prazo começa a ser contado a partir da publicação em diário oficial não esquecendo de excluir esse dia da publicação e começar a contar do dia seguinte útil.
Se o juiz proferir a sentença na audiência, o prazo começa imediatamente não precisa mais aguardar a publicação em diário oficial. Mas também o prazo começa a contar no dia útil seguinte a audiência.
COMUNICAÇÃO POR CARTAS:
Quando se assina um mandado de citação ou um mandado de intimação o prazo começa a contar da juntada desses mandados no processo.
Quando ocorrer comunicações ou diligências do oficial de justiça por carta precatória, rogatória, de ordem. NÃO É preciso esperar voltar essas cartas para que elas sejam juntadas ao processo, elas serão comunicadas imediatamente pelo juiz que fez o ato, que cumpriu a diligência e a partir dessa comunicação eletrônica o prazo começa a contar imediatamente
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da intimação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.
Carta Precatória:
São comunicações entre juízes de competências diferentes, o juiz de Ponta Porã não tem poder ou competência em Dourados, caso o juiz daqui queira citar um réu de oura cidade fará por meio de carta precatória.
Carta Rogatória:
São cartas dirigidas a juízes de competência internacional, através da carta rogatória pode-se pedir a citação de réus que morem no exterior, ou ouvir testemunhas que morem em outros países.
Carta de Ordem: 
É uma ordem que dada dos tribunais superiores para os juízes de 1º grau, então essas ordens que ocorrem do 2º grau para o 1º grau.
25/08/2017
DA VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS E PENALIDADES
PENALIDADES: 
Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuárioexcedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei.
§ 1o Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo administrativo, na forma da lei.
§ 2o Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao juiz contra o serventuário que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei.
Constatado o excesso de prazo, o juiz da causa mandará instaurar um processo administrativo para apurar se houve ou não a existência de motivo legítimo para essa falta do servidor e sua eventual responsabilização. Um excessivo acúmulo de serviço cartorário ou de secretaria constitui motivo.
JUIZ OU RELATOS:
Art. 235. Qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que injustificadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno.
Se for o juiz o alvo da reclamação que não está cumprido o prazo, essa reclamação irá para o corregedor do tribunal.
Se for o relator o alvo da reclamação de que não está cumprindo o prazo, então essa reclamação vai para o CNJ. É o mesmo caso do processo administrativo, será apurado, investigado e se for legítimo, se for constatado, pode gerar uma advertência, nada além disso, nenhuma penalidade mais séria.
NÃO DEVOLUÇÃO DOS AUTOS:
Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.
O advogado pode ficar 5 dias úteis, essa é a carga legal.
PRAZO EM COMUM:
Se o processo for físico, não se pode levar o processo em carga, o processo deverá ficar no cartório; mas se for eletrônico o prazo comum é para ambos porque o processo está no sistema, pode ser visualizado pela internet.
O que pode ser feito é uma carga rápida, descendo até a OAB para tirar cópia e devolver ao cartório no máximo 20min depois.
INTIMAÇÃO PARA DEVOLUÇÃO:
§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
Então se o advogado não devolve o processo após os 5 dias, ele será intimado pelo cartório para devolver em 3 dias.
PERDA DA CARGA E MULTA:
§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.
COMUNICAÇÃO A OAB:
§ 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.
O estatuto da OAB prevê várias sanções, desde uma advertência por escrito a uma multa, e se for um caso muito grave a sua desvinculação da ordem. Ex.: Advogado que faz carga dos autos e falsificou um documento que estava nesse processo.
MULTA DO PROMOTOR DEFENSOR OU PROCURADOR:
§ 4o Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável pelo ato.
DECISÕES FINAIS:
Deponde do regimento interno do tribunal, da Magistratura, da OAB, ou do regimento interno do servidor.
30/08/2017
Da Comunicação dos Atos
Princípio da Publicidade:
Significa que tudo que ocorre no processo é de conhecimento público, com exceção dos atos que transcorrem em segredo de justiça, os atos processuais não se comunicam as partes, não sai publicado no diário oficial, e se sair será somente com as iniciais das pessoas.
Ex.: Ações de família, adoção, separação, alimentos, guarda, divórcio. Ou pela da natureza de causa o próprio juiz pode solicitar que determinado processo transcorra em segredo.
Princípio do Impulso Oficial:
Art. 236. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial.
§ 1o Será expedida carta para a prática de atos fora dos limites territoriais do tribunal, da comarca, da seção ou da subseção judiciárias, ressalvadas as hipóteses previstas em lei.
O princípio do impulso oficial significa que o juiz por meio dos despachos, vai dar andamento ao processo, comunicando os atos que acontecem lá. 
Ex.: Perito juntou o laudo pericial, então o juiz vai ordenar: ‘publique-se a juntada do laudo pericial’.
Obs.: Despachos seriam os atos processuais que dão comunicação no processo. Despachos não são decisões, são atos para impulsionar o processo para que ele tenha começo, meio e fim.
Comunicação fora dos limites da competência -> Cartas:
O juiz tem o poder jurisdicional, mas esse poder encontra limites no próprio território, e na sua função.
Ex.: O poder jurisdicional do juiz da comarca de Ponta Porã abrange somente a comarca de Ponta Potã, e fora desses limites territoriais esse juiz não tem competência, portanto essa necessidade de intimar, de impulsionar o processo, comunicar e dar seguimento ao processo fora dos limites da competência daquele juiz terá que ser feita de uma outra forma, chamada ‘cartas’.
O juiz terá que mandar uma carta para outro juiz que é o competente para aquela diligência, para que ele faça o ato, para que ele diligencie o ato, porque este aqui não tem competência. Então, quando se fala em necessidade de comunicação fora dos limites da competência desse juiz, sempre se dará por cartas.
§ 2o O tribunal poderá expedir carta para juízo a ele vinculado, se o ato houver de se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede.
Recursos em tempo real:
§ 3o Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
Hoje em dia todos os fóruns possuem essa tecnologia, é um programa próprio, mas quando não funciona, utiliza-se o Skype. Acontece muito com testemunhas que moram em outra localidade, então nesse caso fugimos da regra da carta.
Ex.: Se um juiz quiser colher o depoimento de um réu que mora em dourados, e como sabemos que o juiz daqui não tem competência em Dourados, vai pedir para que o juiz de Dourados designe uma data para colher depoimento da pessoa que mora lá, através de uma carta ou se o advogado solicitar e o juiz deferir poderemos fazer o depoimento por via de conferência em tempo real, no fórum, sempre com a presença do oficial e de testemunhas.
Ausência de Justiça Federal:
Art. 237. Parágrafo único. Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida ao juízo estadual da respectiva comarca.
Em cidades onde não há justiça federal, o juiz da JF vai solicitar ao juiz da justiça estadual para que que ele faça o ato. Então, os atos serão feitos na estadual, na falta da federal. 
Espécies de Carta:
Art. 237. Será expedida carta:
I - de ordem, pelo tribunal, na hipótese do § 2o do art. 236;
II - rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
III - precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de cooperação judiciária formulado por órgão jurisdicional de competência territorial diversa;
IV - arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
Carta de Ordem:
Tem a ver com a hierarquia dentro dos tribunais. Temos o juiz da justiça estadual e num plano hierarquicamente superior aos juízes da comarca, estão os tribunais de justiça de 1º estância e acima deles estão os tribunais de justiça. Então teremos um em cada estado, teremos 27 tribunais.
Então, juiz de primeiro grau, por uma questão hierárquica vai obedecer às ordens do juiz que está hierarquicamente acima dele, sempre dentro da esfera de competênciadele, acima do juiz federal de 1º grau, está o tribunal regional federal. Quando o tribunal regional federal de São Paulo quer fazer uma diligência aqui em Ponta Porã vai diligência aqui em Ponta Porã vai utilizar uma Carta de Ordem ao juiz daqui. 
Cartas de Ordem são diligências que os tribunais dão aos juízes de competência inferior. É necessário a existência de vinculação funcional entre o tribunal que a expede e o juiz que a recebe para cumprimento.
Carta Rogatória:
É uma comunicação internacional, aos juízes de outros países, para que lá procedam, ou enviadas por autoridades judiciárias estrangeiras para cumprimento no Brasil.
Carta Precatória:
Quando os juízes estão no mesmo plano de competência, dentro do país, mas não tem a competência fora da sua jurisdição. Então, são cartas para comunicação entre juízes no Brasil.
Pressupõe para sua expedição o mesmo nível de hierarquia entre os juízes deprecante -> aquele que solicita, que manda a carta, e o deprecado -> aquele que recebe a carta e terá que cumpri-la.
Carta Arbitral:
Quando temos a decisão de um árbitro, aquela pessoa contratada pelas partes para decidir algo. A comunicação que se faz para o juiz, para que ele proceda a execução da decisão do árbitro é o laudo arbitral ou carta arbitral. É um instrumento de colaboração entre o poder judiciário e o juízo arbitral.
Ex.: Se o árbitro decidiu uma questão de dívida, então essa dívida será executada via corta arbitral, e o juiz dará executividade a essa decisão através da carta arbitral. 
DAS INTIMAÇÕES E CITAÇÕES
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
- Intimação: (podem ter várias centenas de intimações por processo), é o ato de dar ciência as partes, as pessoas interessadas, ao público em geral dos atos processuais. Elas acontecem via publicação no diário oficial, e tudo que acontece no processo deve ser publicado e a publicação se dá através das intimações.
- Citação: (Podemos ter uma citação, caso tenha 1 réu; mas sempre será uma citação para um réu), é o ato de dar ciência ao réu de que alguém ingressou com uma ação contra ele. É o ato pelo qual eu vou chamar a pessoa para integrar a relação jurídica processual.
Obs.: Réu está convocado a se defender, ou seja, não é uma obrigação, é um ônus processual. Ninguém é obrigado a se defender, é um ônus, caso não se defenda, o réu sofrerá os efeitos da revelia.
Obs.: É feita a citação do réu por meio de mandado de citação, nos processos de jurisdição contenciosa, onde há contenda, lide. 
Então, quando o oficial de Justiça for cumprir o mandado, deverá deixar bem claro a necessidade dele se defender contratando um advogado, sob pena de serem consideradas verdadeiras as alegações, os fatos descritos pelo autor.
O réu ficará com uma cópia do mandado, que se chama contrafé, e nessa cópia estará advertido sobre a revelia, e também constará o prazo para a sua defesa. A contagem do prazo para a defesa se iniciará no dia útil seguinte a fundada do mandado ao processo.
Finalidade da Citação
Formação da relação jurídica processual:
Se refere aos processos de jurisdição contenciosa, onde há desentendimento, lide e brigas. Tem que se formar essa relação integrando o réu ao processo.
Ciência do réu:
O réu estando ciente que alguém entrou com uma ação contra ele pode providenciar a sua defesa.
Oportunizar a defesa -> Princípio do contraditório e da ampla defesa:
Se o réu estiver ausente ou não saber onde se encontre, será citado através de edital, pois essa ciência é conhecimento para oportunizar a sua defesa, o réu poderá contradizer as alegações feitas pelos autos, contar a sua versão da história.
O autor então poderá impugnar o que o réu disse, então quando o réu juntar a contestação, o juiz então intimará e autor para ele impugnar o que o réu disse em 15 dias. Esse prazo de 15 dias começa a contar no primeiro dia útil após a juntada da contestação.
Autor -> Réu -> Autor
O documento que deve ser juntado ao processo para que a partir dali comece o prazo para a defesa é o mandado de citação.
Pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, permite que as partes, autor e réu, participem ativamente da formação do processo, possibilita as manifestações influenciando dessa forma o resultado.
Mandado de Citação:
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá:
I - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências;
II - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução;
III - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver;
IV - se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento;
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória;
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
- Um dos requisitos obrigatórios do mandado de citação é que o réu tem 15 dias para se defender e caso não se defenda ele terá que arcar com o ônus da revelia, e essa advertência tem que estar no próprio mandado e o oficial de justiça também advertirá oralmente.
- Caso não conste no mandado todos esses requisitos do art. 250 tornará ineficaz a citação.
Requisito da Petição Inicial:
O pedido de citação é um requisito da petição inicial, uma petição inicial do autor que não pede a citação do réu é grave, pois é uma necessidade e sem citação, nulo será o processo. Por esse motivo deve-se fornecer o endereço correto do réu, pode-se conseguir esse endereço através da justiça eleitoral.
Inclusive réu não citado ou citado erroneamente pode comparecer a qualquer momento do processo pedindo a devolução do prazo de 15 dias. Pode comparecer até depois do trânsito em julgado, até 2 anos após o trânsito em julgado da decisão.
Necessidade – Pena de Nulidade
Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.
Sem citação o processo é nulo porque estamos formando a relação jurídica processual e dando ciência para que o réu faça sua defesa.
Comparecimento Espontâneo do Réu:
Art. 239. § 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
Alegação de Nulidade:
É tão importante a citação do réu, que ele ode comparecer a qualquer momento do processo e alegando nulidade.
O processo pode ter transcorrido por 4 anos, em primeiro grau, mais 2 anos no TJMS, mais 2 anos em Brasília e nesses 8 anos de tramitação do processo, e em todos esses anos o processo tramitou à revelia, e ele nem compareceu, mas mesmo assim, mesmo após o trânsito em julgado ele pode comparecer alegando a nulidade do processo de tão necessária a citação.
Suprimento do Vício: 
Quando o réu comparecer, ele terá que provar para o juiz o motivo pelo qual não foi citado, terá que provar. Ele poderá alegar o vício da citação, o erro da citação, por vários motivos, tais como: endereço errado, ou que o edital não transcorreu, ou seja, cada réu terá seus motivos pela revelia e esses motivos terão que ser provados.
Devolução e início do prazo para defesa:
Se o juiz se convencer, vai anular a decisão e tudo voltará ao início, e o início do prazo para a resposta será a partir do momento em que o juiz decide se realmente ocorreu um vício na citação. A decisão do juiz saiu hoje então amanhã, se será o dia útil seguinte começa a contagem do prazo de 15 dias. (É uma decisão interlocutória).
Cabe recurso, pois o que o juiz decidirá é se as alegações do réu são convincentes e verdadeiras, e para toda decisãocabe recurso, então a aparte contrária o autor, vai agravar da decisão do juiz em um recurso que se chama agravo de instrumento.
Refeição da Alegação de Nulidade:
§ 2o Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:
I - conhecimento, o réu será considerado revel;
II - execução, o feito terá seguimento.
Se o juiz não concordar com a negação do réu de que não foi citado, então o processo continuará normalmente, o réu será revel.
01/09/2017
Efeitos da Citação -> São 5
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398.
Previne a Jurisdição:
A citação formalmente feita previne a jurisdição, onde teremos o juiz prevento que é o juiz competente para aquela ação, e jurisdição que seria a localização tanto funcional quanto geográfica.
Ex.: Se estou ingressando com uma ação de alimentos, perante o juiz de Ponta Porã, onde é esse juiz que ordenará a citação do réu que é o pai da criança, e no momento em que o mandado de citação for juntado ao processo, então será o momento em que o juiz estará prevenindo a sua competência, ele se torna competente para esse processo, tendo poder sobre ele.
Tudo isso decorrerá da citação e não da petição inicial.
Induz a Litispendência:
Litispendência é um processo pendente onde há uma lide e onde tem uma ação em curso.
Se o juiz preveniu a sua jurisdição, tornando-se competente para aquele processo, então, em nenhuma outra localidade e em nenhum outro fórum pode-se voltar a repetir essa mesma ação, e o réu também não poderá ingressar com essa ação perante nenhum outro juiz, pois teremos assim uma litispendência e não se pode repetir uma ação em curso.
Se ocorrer de uma 2º ação idêntica ser proposta, será extinta sem resolução de mérito (art.458) sentença terminativa, pois não poderá prosseguir se já existe outra em andamento, e o que determina isso é a citação.
Torna a coisa litigiosa:
A citação torna o direito que está sendo questionado no processo litigioso, geralmente ocorre quando temos ações patrimoniais, torna o patrimônio, a garantia da execução, e as questões relativas ao patrimônio indisponível não podendo ser nem negociados e nem vendidos, eles devem ser mantidos e guardados por quem for detentor, pois estão sob litígio, está havendo uma briga.
Então sempre que teremos objetos sob litígio, não poderão ser onerados, vendidos, negociados.
Constitui em mora o devedor:
Mora significa atraso, mas no sentido judicial, processual, a mora significa uma data inicial, um termo inicial para a contagem da dívida nas ações patrimoniais, nas ações de indenização, de cobrança, então esse termo inicial de contagem de prazo para atualização financeira dos juros legais começa a partir da citação; sem prejuízo dos juros legais que são adotados no contrato e das clausulas penais.
Ex.: Hoje o juiz condenou o réu a pagar uma determinada dívida, mas ele foi citado em novembro de 2010, então teremos quase 7 anos de atualização de dívida, do dia em que ele foi citado até hoje, então o termo inicial para a contagem dos juros e a multa que o próprio contrato prevê.
Interrompe a prescrição:
Art. 240. § 1o A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. 
A citação válida interrompe a prescrição, que é a perda do direito de ingressar com a ação, mas só é possível interromper a prescrição uma única vez.
Ex.: Se o meu direito prescricional surgiu em 01/Set/2010, se tenho 5 anos para executar uma dívida, após esse prazo não poderei mais, pois ocorrerá a prescrição. Supomos que ingressei com a ação em 09/agosto/2017, então significa que a partir dessa data de 09/agosto interrompeu a prescrição, e durante toda a tramitação do processo, a qual pode durar anos, estará interrompida a prescrição.
- Então a citação interrompeu a prescrição. Não poderia ser diferente, pois se não houvesse essa interrupção da prescrição, com a demora do judiciário, com a morosidade do processo, sendo que uma ação pode demorar anos e anos, no meio do processo o juiz iria declarar que o direito está prescrito e encerraria o processo.
Portanto não se conta a prescrição enquanto o processo estiver em andamento, e isso habilita os juízes a serem lentos procrastinatórios e o processo de morará o tempo que for.
Se o processo tiver sido arquivado, e a partir do arquivamento inicia-se a contagem do prazo faltante. No caso do ‘exemplo’ faltava 1 mês, então passado esse tempo de um mês prescreverá o direito de ação.
Sentença transitada em julgado antes da citação:
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
No caso de não haver condições para essa ação, e mesmo assim o autor ingressou com a ação, mas nesse caso o juiz antes mesmo de citar o réu, extinguiu a ação sem resolver o mérito. Mas é dever do juiz avisar o réu de que alguém ingressou contra ele, mas aquela ação já foi ectinta e já transitou em julgado. Foi considerada improcedente, e o aviso ao réu é feito através de mandado de citação.
Regras Específicas:
Regra Geral é a Citação Pessoal:
Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.
- A citação tem que ser pessoal para que dê ciência efetiva e adequada a parte. Cumprida por oficial de justiça das 06:00 às 20:00, e não há necessidade de ir até o domicílio, pois pode ser cumprida em qualquer lugar.
Na Pessoa do Representante Legal ou do Procurador:
Demandada a pessoa jurídica a regra é a sua citação na pessoa de seu representante devidamente indicado no contrato social. Mas também é válido entrega do mandado ao gerente geral ou administrador.
Na pessoa do mandatário, administrador ou preposto
Art. 242. § 1o Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
Locador fora do Brasil:
Art. 242. § 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será considerado habilitado para representar o locador em juízo.
- Geralmente acontece nas ações de despejo ou litígio sobre locação
Citação da Fazenda Pública:
Art. 242. § 3o A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
- Neste caso quem será citado no lugar da fazenda pública, será o procurados que é o seu advogado.
Lugar da Citação:
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for conhecida sua residência ou nela não for encontrado.
- Aplica-se também aos integrantes das polícia militar estadual.
Proibição de Citação:
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - de quem estiver participando de ato de culto religioso;
II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;
IV - de doente, enquanto grave o seu estado.
- Se um desses itens não for respeitado, ou seja, a infração deles, constituirá causa de ineficácia da citação. 
Citação do Incapaz ou Impossibilitado:
Art. 245. Não se fará citação quando se verificarque o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la.
- Incapazes seriam os menores de 18 anos ou os maiores de 18 anos interditados pois sofre de algum distúrbio mental, e a citação será feita na pessoa do representante legal, pais ou tutores, se for maior na pessoa do representante legal, pais ou tutores, se for maior na pessoa do curador que é o responsável legal pelos interditados.
§ 1o O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência.
§ 2o Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2o se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste.
§ 4o Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando.
Espécies de Citação:
Art. 246. A citação será feita:
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital;
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto:
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
- Ações de estado, são as que se relacionam com o estado da pessoa e não poderão ser feitas pelo correio, tais como: divórcio, investigação de paternidade, separação, basicamente ações de família e relacionado a nome e capacidade.
- Será feita a citação pelo escrivão ou chefe de secretaria no caso em que o réu comparece espontaneamente, nesse caso a citação será feita em cartório.
- A citação feita por edital é o último recurso, após esgotadas as tentativas por oficial de justiça e por correio, geralmente quando o réu estiver em lugar incerto e não sabido e não puder ser encontrado. Quando frustradas todas as tentativas anteriores.
CITAÇÃO POR HORA CERTA
Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.
Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência.
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
§ 2o A citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado.
§ 3o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
§ 4o O oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia.

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