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A Crise da Idade Média na Historiografia

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Aula 10 - 'Crise' da Idade Média
Quando falamos em Historiografia, não necessariamente falamos de todo o conteúdo feito. Falamos muito mais do que o conteúdo das linhas dos grupos. Linhas é o olhar sobre a Idade Média pensada, muito mais no fim da Idade Média, nas relações de poder, nas discussões presentes no fim da Idade Média. Não é só o “têm”, as linhas são completas, a produção historiográfica também será conhecida pelo mundo em que se viva. Alguns autores são um exemplo dessa colocação, o posicionamento que se tem sobre determinado assunto também o direciona para uma linha historiográfica. O marco didático que se chama da Idade Média está chegando ao fim. Marco Didático é uma divisão da linha do tempo em que se usam determinados marcos para fazer uma separação desses períodos. Esses marcos não são verdadeiros, eles são cridos, aceitos, são conjunções, são propostas, ou seja, são inventados. Eles estão necessariamente atrelados nos momentos políticos em que foram propostos. O movimento Iluminista do século XVIII e o Racionalista do século XIX são o que constrói a posição didática na qual temos uma idade antiga, a medieval, a moderna e uma contemporânea. Quando fizeram isso tinham o objetivo de afirmar que o homem, entre a criação da escrita e todo o período da antiguidade, cresceu, evolui, transformou. Durante a idade Média o homem se afundou, ou no mínimo, se estabilizou, não progrediu, não pensou, não criou. Não são mil anos em espaços muitos diferentes. A leitura é de quem olha para trás. No final do século XIX ocorre a crise da razão porque o homem volta a discutir, a pensar. 
A leitura do nosso tempo, e de qualquer tempo, não é correta e nem automática. Não interessa os marcos, temos que pensar em períodos de transição, porque o período de transição marca uma das coisas que é fundamental na concepção de historia: todo e qualquer período é transformado em continuidades e rupturas. Quando falamos em transição, não falamos em todo o mundo medieval, para todo o mundo moderno recortamos. Falamos no período da Europa Medieval, Ocidente, e dentro dessa proposição ocidental, observamos elementos que vão quebrar elementos que se perpetuarão a partir dessa transformação, que entendíamos como mundo medieval e o que didaticamente entendemos como mundo moderno.
Huizinga é o autor do livro “Outono da Idade Média”. Nesse livro ele demonstra como séculos XIV e XV são indicativos e podem ser caracterizados como séculos que vão representar a grande crise e desestruturação da Idade Média, são os séculos que serão marcados como períodos, como uma forma em que a Idade Média fica definitivamente “para morrer”. Como não podemos acreditar em um período que rompa completamente com nada, surge na década de 80 uma oba chamada de “Outono da Idade Média ou Primavera dos Tempos Moderno” de Philip Wolf, que rediscute e tem tentado observar quantos elementos de modernidade ou como os séculos XIV e XV podem ser observados como fundamentos de um período posterior. Os problemas dessas duas obras é que não analisam os elementos do futuro, de continuidades, só observam as culturas. O segundo inverte, olha para o outro lado, procurando elementos de modernidade presentes naquele espaço, são duas linhas historiográficas diferentes. Le Goff propõe que a Idade Média vai até a Revolução Francesa e, anos depois, diz que vai até a Revolução Russa porque ainda que se entenda que elemento foram rompidos na Europa Ocidental, a organização Russa e da Europa Ocidental ainda seriam claramente medieval. O que ele quer sinalizar é que existem continuidades, elementos que se perpetuam e muitas vezes não são vistos. A nomeação de quando começa uma e acaba outra é uma questão menor, devemos perceber que temos uma transição de vários elementos entre o século XIV ao XVI e isso é muito mais rico. Vivemos em uma sociedade com continuidades e rupturas e essas são mais longas do que muitas vezes pensamos. A ideia da revolução de homem para homem ainda está presente. Nada muda ou morre de uma hora para outra, cada momento é específico e tem suas especialidades.
É muito mais lógico não buscar nem o outono nem a primavera que é proposta de Le Goff, ele fala em raízes medievais da Europa. Raízes é origem, organização, a logica base de uma série de relações pessoais, políticas, sociais. O questionamento deve ser outro. O século XIV e XV é normalmente observado com trinômio: peste – guerra – fome. A fome, a peste e a guerra sozinhas não explicam o século XV. Temos a fome, a peste e a guerra, mas isso não é um problema só da Idade Média: Mudam-se as organizações sociais e as praticas, mas elas continuam existindo. Precisamos entender cada prática dentro da sua sociedade e isso é o papel do historiador. Normalmente é usado marcos no fim da Idade Média, com o surgimento de uma nova classe; a burguesia e um novo governo, o estado moderno. A peste surge da forma como aconteceu porque houve um crescimento do comercio, de maneira singular, inclusive com produtos da linha, onde se tem o primeiro marco de organização da peste. Temos o estabelecimento nas cidades, com mais gente circulando, mais trocas. A burguesia não é o grupo que surge na modernidade, ela esta dentro de uma transição de uma sociedade de transição. Esses elementos não acabam com a Idade Média, mas ajudam a transformar uma transição que já existia, é um processo, um longo arco. Os governos, chamados de antigos regimes, se formam através de relações presentes da Idade Média. As guerras estão presentes, vão ser impactantes no século XIV, mas precisamos entende-las dentro de uma construção, de uma reorganização, de uma ação de características governamentais, socioculturais. É impossível qualquer relação humana criada não evoluir, as pessoas mudam e as informações mudam a forma de pensar e de agir constantemente. Qual é processo de fome na Europa, no século XVI e porque ela chama tanto a atenção se temos outros quadros de fomes importantes?
No século XVIII, quando da Revolução Francesa, ocorre uma mudança climática muito interessante e sobre a qual muitos afirmam que o número de revoltas camponesas se deu por conta desse momento climático. Em uma ilha da Islândia teve um vulcão em erupção, e as mudanças geradas ocasionaram uma sequencia de cinco invernos rigorosos, sem comida, sem produção, busca-se alternativas complexas diante do quadro social. Se há dinheiro, vai-se atrás de comida, sem dinheiro, ocorrem saques. No século XVI não se sabe o que aconteceu, mas entre 1315 e 1322 acreditam-se que ocorrer um fenômeno climático típico, o El Nino que conhecemos hoje. Os centros da Igreja e os laicos já faziam censo de população nesse momento, quando foram ver a produção de alimentos cai até 60% nesse período. Muitas pessoas migraram para a cidade. Com mais pessoas, menos produção, mais gente se apoia na Igreja, começa a ocorrer um fenômeno chamado de Carestia, que é a elevação dos preços a ponto de não se poder compra-los; há grupos e mais grupos dependendo da assistência da Igreja, com isso, determinados grupos tendem a aparecer mais ricos e a pobreza fica mais gritante. Aqueles que conseguem uma produção maior e tem relações de poder, os espaços garantidos com o preço subindo, conseguiam vender pelo preço que quisessem. A fome não é necessariamente algo novo, mas ela é um impulso para disputas, batalhas e revoltas.
O senhor que garante boas produções, que tem os seus servos bem organizados, não vai enfrentar revoltas camponesas. Um senhor sem condições, que cobra mais dos camponeses, se apossa de mais produtos tentando lucrar naquele momento em que o quadro de fome é grave e a crise é forte, vai ser um estimulador de revoltas camponesas. Na cidade, o quadro de pobreza estabelecido, grupos heréticos pregando a ideia de um novo governo, de uma nova forma, fica mais fácil para as revoltas urbanas. Isso não é novo, quando falamos em Assis recordamos uma revolta na cidade de Assis no século XIII, da qual o próprio Francisco tenha participado. O que notamos no século XVI, mais do queo aumento das guerras do mediano, temos um redirecionamento das guerras, o que é muito diferente. Antes, as guerras tinham uma revolução local e em estruturas locas se digladiavam. Aqui não encontramos os equipamentos de hoje, a guerra é corpo a corpo, tende a ganhar a guerra aquele que tem o maior exercito, dependendo das estratégias, um exercito menor pode até vencer, mas isso não é regra.
Quando as guerras vão se sofisticando e os cavaleiros começam a aumenta as suas disputas, começamos a ter o que Le Goff chama de o aumento do sentimento nacional, temos a figura do monarca, que nunca desapareceu, mas é o senhor feudal, o senhor de grandes propriedades de terras, mais do que qualquer outro elemento dentro dessa sociedade, é que passa a ser o convocador dessas guerras, e é obvio para ele fazer essa convocação de guerra ou conseguir que um grande numero o siga, necessariamente, ele precisa ter legitimidade nesse juramento. A afirmação medieval permanece, só que ganha uma nova roupagem: é uma fidelidade àquele que representa a centralidade do governo. As maiores guerras ou a mudança que temos no século XIV são uma redução das guerras de características locais e um aumento das guerras de características de grupo de países, de reinos. São essas disputas de alianças que verificamos, no estabelecimento das guerras, muito mais do que disputas feudais, do que disputas relacionadas nos livros, muito mais do que cruzadas saindo no Léo, temos disputas de poder por motivos maiores. São essas alianças que vão começar a marcar de forma clara o século XIV. A aliança de vários grupos começa a vender a ideia de unidade, porque a identificação que marca cada um é comum, como o discurso da igreja legitimado. 
Temos um discurso forte culturalmente, na sociedade, que cada vez mais vai dar de alguma forma uma integração a ela. No campo com estruturas campestres isso é possível, o próprio argumento não sustentaria. Na cidade esses embates, essas disputas ganham outro sentido. Perder um território é uma coisa, perder uma cidade pode representar uma derrota muito maior, porque a monarquia se sustenta da cobrança de imposto e dos dividendos que conseguem; os que na cidade são monetarizações, no campo não são e os benefícios são pequenos. O que temos no século XVI é uma mudança, não do fato da existência da guerra e uma mudança da sua estrutura da guerra. É a mesma mudança que vai dar sentido para depois se pensar em Estados Nacionais e é a mesma mudança que está de um lado e esta do outro que nos ajuda a pensar em um período de transição, continuidades e rupturas. Se começa a guerra com um aporte maior, tem-se a chance de um combate e passa-se a ter mais gente trabalhando para a guerra. Se antes partiam para a guerra com a espada e o escudo, passa-se a ter a chance de treinamento e novos materiais. Uma cidade com mais intelectuais, com grupos produzindo e que começa a idealizar a mulher (que para os clérigos aparecia como bruxa), vai ser pensada como uma donzela, claro, sempre com muito cuidado. Quando falamos da guerra, começamos a ter os profissionais da guerra. Eles são guerreiros profissionais. Eles sempre existiram antes, mas estavam atrelados a uma disputa local, a uma referencia do grupo, Bizâncio usava muito. Aqui, falamos de um grupo profissional contratado, ele vive da disputa de guerras. Não tem nacionalidade, não tem senhor, não tem juramento de fidelidade, um mercenário. 
No século XIV, fica enfraquecida a ideia de o nobre contribuir financeiramente com esses profissionais. O enriquecimento está ligado à estrutura comercial, o nobre utiliza suas forças de maneira concentrada, conforme vai crescendo a figura da monarquia, ele prefere deixar seu grupo à disposição do monarca, de maneira de constante na disputa, até porque o monarca pode usar esse grupo de diversas formas. A mais clássica é a cobrança de impostos. Quem faz a cobrança é aquele militar que está dentro das relações feudais, mas que estão cumprindo de maneira constante o os serviços ao rei. Nesse momento aparecem elementos, sentimentos, práticas entre determinados grupos que lutam em nome da Inglaterra, França e isso acontece em vários espaços europeus. Existem nomes que se tornam mitos dentro dessa construção de nacionalidade. Mais até do que a valorização da guerra, ela se torna, por conta do século XVI, o grande mito da Idade Média; essa é a idade da guerra. É o homem relacionado às armas que constrói o mito, ele é que traz a ideia de que não temos algo muito novo. Os homens e as suas interpretações tendem a ser próximos, mas não necessariamente circulares. É claro que temos alianças, isso faz parte da relação do poder, nesse sentido, ele é recorrente, independente do ciclo ele está sempre voltando. As guerras tendem a acontecer, o problema é que buscamos tantas semelhanças que não observamos o momento e os detalhes de cada lugar. 
Doença não é novidade e ela prova que a questão dos ciclos epidêmicos é pior do que a própria doença, pois a epidemia é sinal que tem um grupo inteiro contaminado. Há o problema, o efeito dos comentários que exagera. Muitas pessoas entendem como o fim do mundo e que não há mais nada a fazer. Uma série de obras incentiva à entrega ao prazer ou grupos criam espaços fechados de oração, esperando a morte porque aquilo é o Juízo. Existem relatos de suicídios coletivos. O medo vira a estrutura colada à própria peste: a peste mata, mas o medo mata mais. A iconografia se usa disso. As imagens começam a ser construídas na época, com o medo. Esse medo, associado à guerra da estrutura nacional, acaba obviamente matando muito mais, traz uma sofisticação das perseguições e a heresia traz o medo. A peste, com uma consolidação das cidades, se dá quando surge maior troca de comercio. Com essa troca, em especial nos navios que chegam, vem também a peste, que é muito mais forte nas cidades litorâneas e mais fracas nas cidades do interior. A cidade é mais populosa que o campo e por isso ocorre à disseminação da doença. A peste é filha da cidade. 
A representação da Igreja começa a ser uma grande disputa. No século XIV, temos um pequeno cisma no século XIV. Cisma é uma cisão, uma briga de dois grupos. O Cisma do Ocidente é a grande divisão do Ocidental. Temos dois papas, um em Roma, protegido pela Inglaterra, pelas cidades italianas e pelo Sacro Império. A Inglaterra apoia o papa de Roma, porque ela não apoiaria a França. A Escócia apoia o da França, para não apoiar o da Inglaterra. A partir do momento em 1417, quando Gregório reassume um concílio que acaba com a briga, estabelece um papado em Roma, mas as disputas não acabam. A Bíblia diz que o papado ficou aprisionado pelo reino francês durante esse período, no novo cativeiro da Babilônia ou Avingnon - usa-se um termo bíblico para explicar o domínio de determinado grupo naquele momento. A Igreja continua associada às relações políticas presentes naquele momento. Quando Urbano IV e Clemente VII se proclamam papas, o primeiro em Roma e o segundo em Avingnon, marcam-se o quadro de transformação no século XIV, que termina no século XV. A partir disso várias mudanças são estabelecidas. Novos intelectuais que defendem, não um posicionamento da Igreja ou a heresia, mas que não se devia seguir nenhuma Igreja, surgem. Temos a presença da prensa mecânica para a difusão de certos materiais. Temos uma transformação econômica, as trocas mundiais vão se ampliando, novos caminhos vão sendo buscados, a economia se sofistica. A Europa começa a negociar da Rússia até a África e Ásia.
Iconografia ( Sua sociedade tem ícones, figuras, práticas, elementos que, de imediato, ao serem observadas sua presença, um núcleo de ideias e praticas vem a sua cabeça. Hoje, isso (iconografia) inclusive virou profissão, mas não é algo novo, e podemos vê-la analisando um pouco a iconografia medieval.
Iconografia Medieval ( O diabo é um bom exemplo de como se manifestam a organização tardia medieval. Se por um lado ele fora transformado no grande inimigo, por outro ele atua como a destra vingadorade Deus, e na verdade seria vencendo o mal, representado pelas figuras diabólicas, que o homem alcançaria a Deus. 
Lembremos que no espaço Baixo Medieval as batalhas ganham sofisticações muito importantes, com armaduras, armas, táticas e o guerreiro passa a ter uma pratica própria, reconhecida. Os exércitos passam por um processo de profissionalização. A Evolução da cidade medieval pode ser pensada de maneira bem interessante na transformação da sociedade. 
O século XIV também é marcado pela peste, que chega com os navios de mercadores. A doença faz um estrago maior na cidade do que no campo e, ao fugirem dela, as pessoas vão para outra cidade e a levam. Nesse momento, a Igreja se torna a grande médica. Existe uma rota comercial desde o Extremo Oriente até a Europa. Os navios que circulavam pelo Oriente já tinham toda uma estrutura comercial que a Europa não conhecia, mas os produtos chegavam à Europa pelo Oriente, sendo distribuídas por duas rotas, uma terrestre, que passa por Constantinopla, e uma marítima, que saía de Damasco e outros cristãos nessa região, se espalhavam pela Europa. Os principais centros de chegadas de mercadores eram os locais com enorme foco nos principais entrepostos. Em Damasco, Constantinopla, Veneza, França, parte da Inglaterra, parte da Cisadina e nas rotas para Castela, a peste se espalhou com muita violência, 1/3 da população europeia morreu. Nas demais regiões teve peste, mas a população, as relações e as rotas comerciais eram menores. Ela aparece em 1333 e estoura em Damasco em 1347. O efeito é cíclico, ela detona uma região e desaparece, aparece em outra região e faz a mesma coisa. A peste se torna uma presença e no discurso ela é castigo, o apocalipse. 
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