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DIREITO SUBJETIVO Leila

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DIREITO SUBJETIVO 
 
A terminologia Direito Subjetivo é usada recentemente pois data do século XIX, onde 
apresenta dualidades de sentidos em várias línguas, como a inglesa no qual identifica 
pela palavra right; na língua alemã a definição é Berechtigung. 
Nas relações sociais, o ter e o poder de cada um, decorre do direito subjetivo, por este 
motivo a definição de Direito Subjetivo é muito amplo, no Direito Romano, o seu de 
cada um era apenas o resultado da aplicação da lei. 
Na doutrina tradicional, enquanto o Direito Objetivo é definido como a norma (lei), ou 
seja o conjunto de regramentos que organiza a sociedade e o Direito Subjetivo como a 
faculdade de agir, garantido pela norma. 
No entanto, essas definições já não são aceitas desta maneira, o Direito Objetivo e o 
Direito Subjetivo, se complementam, ou melhor, um não pode ser pensado sem o 
outro. 
O Direito Subjetivo tem duas vertentes, a da licitude e a da pretensão. A primeira é a 
liberdade de agir que a pessoa tem para atuar em sociedades, dentro dos limites 
impostos a todos pelas normas jurídicas. É a licitude que garante a conduta livre das 
pessoas, dentro dos limites determinados pelas normas, bem como a integridade física 
e moral de cada um. 
Tal conduta é descrita pela doutrina como, reverso material dos deveres jurídicos de 
outros sujeitos, ou seja, é a existência do direito, oriundo dos deveres jurídicos que 
todos os membros da sociedade possui, de respeitar a liberdade individual. 
A pretensão é a possibilidade que o Direito Subjetivo oferece ao seu titular de recorrer 
á justiça, afim de exigir a prestação que lhe é devida. 
Para o jurista Pontes de Miranda, o Direito subjetivo só pode existir, depois que o 
Direito Objetivo é criado. 
Nesta mesma esteira, Miguel Reale define Direito Subjetivo nos dias atuais como: "a 
possibilidade de ser, pretender ou fazer algo, de maneira garantida, nos limites 
atributivos das regras de direito". 
Pelo todo exposto,a natureza do Direito Subjetivo tem várias Teorias, nos quais se 
destacam: 
Teoria da Vontade - É o poder ou vontade que o individuo tem, reconhecido pela 
norma jurídica, elaborada por Bernhard Windscheid (1817-1892). Teoria no qual tinha 
como seu maior crítico Hans kelsen, no qual demonstrava que a existência do Direito 
Subjetivo nem sempre depende da vontade do indivíduo, no qual dá como exemplo os 
incapazes, nos quais mesmo não tendo vontade (no sentido psicológico) possuem 
Direitos Subjetivos, nos quais é exercida pelo seus representantes legais. 
Teoria do Interesse - No qual seu idealizador Rudolf Von Ihering (1818-1892), afirma 
que o Direito Subjetivo seria "o interesse juridicamente protegido", colocando o 
interesse como o elemento principal, os críticos desta Teoria contestam como exemplo 
também os incapazes, pois, não tem também interesse (psicologicamente falando) e 
mesmo assim por meio de seus representantes legais, possuem seus interesses 
juridicamente protegidos. 
Teoria Eclética - Desenvolvida por Georg Jellinek (1851-1911), no qual entendeu serem 
incompletas as Teorias a cima, e afirmou que o Direito Subjetivo é "o bem ou interesse 
protegido pelo reconhecimento do poder da vontade". 
Teoria de Duguit - Na qual afirmou que não existia Direito Subjetivo e sim função 
social, para Duguit (1859-1928) o ordenamento jurídico se fundamenta não na 
proteção dos direitos individuais, mas na necessidade de manter a estrutura social, 
cabendo a cada individuo cumprir uma função social. 
Teoria de Kelsen - Para Kelsen a função básica das normas jurídicas é a de impor o 
dever e, secundariamente, o poder de agir. O Direito Subjetivo não se distingue, em 
essência do Direito Objetivo. Reconheceu o Direito Subjetivo como apenas um simples 
reflexo de um dever jurídico, "supérfluo do ponto de vista de uma descrição 
cientificamente exata da situação jurídica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS 
O Direito Subjetivo tem sua primeira classificação quanto seu conteúdo, dividindo em 
Direito Público e Direito Privado. 
Direito Subjetivo Público - Divide-se em direito de liberdade (ninguém será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei, Artigo 5º, inciso II da 
CRFB); de ação (a possibilidade de exigir do Estado a prestação jurisdicional, ou seja, 
de acionar a justiça); de petição (obter informações administrativas de interesse do 
requerente); e direitos políticos (onde o cidadão pode exercer as funções públicas, 
tanto no exercício da função, executiva, legislativa e judiciária, incluindo o direito de 
votar e ser votado). 
Direito Subjetivo Privado - dividem-se em patrimoniais e não patrimoniais, sendo: 
Patrimoniais - possuem valor de ordem material, podendo ser apreciado em forma de 
valores (dinheiro) subdividindo-se em: reais, obrigacionais, sucessórios e intelectuais. 
Não patrimoniais - tem natureza apenas moral, dividindo-se em personalíssimo e 
familiais, o primeiro são os direitos de pessoa em relação á vida, integridade corpórea 
e moral, nomes, etc. Os familiais decorrem do vinculo familiar, como cônjuges e seus 
filhos. 
 
A segunda classificação se dá quanto à sua eficácia, no qual se divide em absolutos e 
relativos; transmissíveis e não transmissíveis; principais e acessórias e renunciáveis e 
não renunciáveis. 
Absoluto e Relativos- Os direitos subjetivos Absolutos são os que podem ser exigidos 
contra todos os membros da coletividade, como exemplo o direito de propriedade e o 
Direito Subjetivo Relativo, no qual podem ser feitos apenas contra uma pessoa, tendo 
como exemplo o de locação. 
Transmissíveis e não Transmissíveis - como o próprio nome diz, o primeiro pode ser 
passado para outro (exemplo direito a um imóvel) e os não transmissíveis, 
normalmente os personalíssimo, como o direito à vida. 
Direito Principal e Acessório - a existência de um depende do outro, como exemplo do 
dinheiro (capital) é o principal, sendo os juros o acessório. 
Renunciáveis e Não Renunciáveis - também como diz o nome, um pode ser 
renunciado em favor de outra pessoa (exemplo-herança) e Não Renunciáveis, tendo 
como exemplo o direito à vida.

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