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A prática do psicólogo e as questões da infância e juventude Ana Manuela Lima de Santana Aula 13 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - 1990) Os direitos fundamentais de crianças e adolescentes são assegurados pela Constituição Federal (1988) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - 1990). ECA é identificado como a lei federal nº 8.069/1990, cujo pilar é a doutrina de proteção integral. O ECA tratou de direitos das crianças e adolescentes porque seus direitos estavam sendo violados e necessitavam ser revistos, organizados e divulgados. Com base no ECA, crianças e adolescentes passaram a ser considerados cidadãos detentores de direitos. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - 1990) O ECA afirma que crianças e adolescentes devem ser protegidas de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. As crianças e adolescentes precisam ser tratados com dignidade e respeito. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - 1990) O Psicólogo trabalhará com questões ligadas à violência contra crianças e adolescentes em consonância com o Conselho Tutelar no atendimentos destes, de seus responsáveis e nas situações de abrigamento de crianças e adolescentes, quando é impossível a convivência em seus lares. O Psicólogo irá elaborar relatório que possa fundamentar a decisão da autoridade judiciária competente pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta destas crianças e adolescentes. Conselho Tutelar O Conselho Tutelar é um órgão que tem a missão de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente e o potencial de contribuir para mudanças profundas no atendimento à infância e adolescência. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente: Art. 131 - O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não-jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Conselho Tutelar Órgão Permanente: É um órgão público municipal, que tem sua origem na lei, integrando-se ao conjunto das instituições nacionais e subordinando-se ao ordenamento jurídico brasileiro. Criado por Lei Municipal e efetivamente implantado, passa a integrar de forma definitiva o quadro das instituições municipais. Desenvolve uma ação contínua e ininterrupta. Sua ação não deve sofrer solução de continuidade, sob qualquer pretexto. Conselho Tutelar Uma vez criado e implantado, não desaparece; apenas renovam-se os seus membros. Órgão Autônomo: Não depende de autorização de ninguém - nem do Prefeito, nem do Juiz - para o exercício das atribuições legais que lhe foram conferidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: artigos 136, 95, 101 (I a VII) e 129 (I a VII). Em matéria técnica de sua competência, delibera e age, aplicando as medidas práticas pertinentes, sem interferência externa. Conselho Tutelar Exerce suas funções com independência, inclusive para denunciar e corrigir distorções existentes na própria administração municipal relativas ao atendimento às crianças e adolescentes. Suas decisões só podem ser revistas pelo Juiz da Infância e da Juventude, a partir de requerimento daquele que se sentir prejudicado. Conselho Tutelar O que faz o Conselho Tutelar? Atende queixas, reclamações, reivindicações e solicitações feitas pelas crianças, adolescentes, famílias, comunidades e cidadãos. Aplica as medidas protetivas pertinentes a cada caso. Exerce as funções de escutar, orientar, aconselhar, encaminhar e acompanhar os casos. Conselho Tutelar O que faz o Conselho Tutelar? Faz requisições de serviços necessários à efetivação do atendimento adequado de cada caso. Contribui para o planejamento e a formulação de políticas e planos municipais de atendimento à criança, ao adolescente e às suas famílias. Adoção Há previsão no ECA de intervenção obrigatória de uma equipe técnica interprofissional na adoção, com o intuito de elaborar laudo psicossocial (artigo 197 C do ECA). O objetivo desse laudo é analisar a capacidade e o preparo dos candidatos para o exercício de uma paternidade ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios desta Lei. Adoção A interprofissional juntamente com o Ministério Público na fase de habilitação, deve analisar os motivos que levam o habitante a querer adotar, porque não se pode concordar com uma adoção se os motivos que a embasam são: ilegítimos, desumanos, imorais ou se visam a proporcionar o melhor interesse para o adotando e não implicam em benefício para ele. Adoção (Lei 12.010 de agosto de 2009) Após a habilitação dos adotantes, no curso do processo de adoção, o psicólogo irá analisar: por um lado, o contexto psicológico de quem está sendo adotado; do outro, tudo que envolve o adotante, com suas expectativas, compreensões da realidade, capacidade econômica, estrutura psicológica, entre outros dados relevantes que podem interferir na futura convivência entre as partes. Adoção A subjetividade do adotado deve ser analisada, pois o momento anterior à adoção é destinado à verificação de sua capacidade de adaptação em um novo contexto familiar. O Psicólogo fará: um trabalho de avaliação, acompanhamento e de intervenção focal antes, durante e após a adoção: com familiares que oferecem consentimento do poder familiar; com os pretendentes à adoção; e com crianças e adolescentes em condições de serem adotados. Adoção O Psicólogo realizará: preparação prévia com os interessados em adotar; preparação prévia das crianças e adolescentes a serem adotados; acompanhamento do estágio de convivência da criança ou adolescente e o adotante.