Buscar

PET LIGHT

Prévia do material em texto

�
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE QUEIMADOS - RJ. 
ANTONIO CARLOS MONTEIRO DO AMARAL, brasileiro, solteiro eletricista, portador da carteira de identidade nº 08492183-2 expedida pelo DETRAN inscrito no CPF nº 011182417-07 endereço eletrônico: toninhoamaral@gmai.com, residente e domiciliado na Rua Mesquita, 573 – Centro – Queimados vem, propor a presente
AÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de EMPRESA DE ENERGIA ELÉTRICA LIGTH, inscrita no CNPJ nº 60.444.437/0001-46, situada na Av. Marechal Floriano 168 Rio de Janeiro/RJ cep.: 20080-002 pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
FATOS E FUNDAMENTOS
A parte autora é consumidora dos serviços de energia elétrica fornecidos pela ré, estando o cadastro sob o nº 31524692.
Convém informar que a parte autora sempre se manteve adimplente junto a empresa ré, conforme comprovam docs. em anexo.
Ocorre que em 06/06/2017 compareceu um preposto da ré a residência da parte autora, apresentando um Termo de Ocorrência de Irregularidade baseado numa suposta infração.
Diante da situação, a parte autora compareceu a empresa ré onde foi informado pelo preposto desta que havia sido constatada uma irregularidade e que havia um débito a ser pago no valor de R$ 146,32 referente a fatura de MAIO/2017 sendo esta fatura paga na data de 13/07/2017.
Cumpre esclarecer que ao receber a fatura acima o autor recebeu da empresa uma promessa de faturamento para regularizar a cobrança indevida já que seu consumo regular não ultrapassava o valor de R$ 76,61.
Ocorre que ao receber as faturas seguintes viu que tal promessa não fora cumprida pela empresa e os valores dos meses de JUNHO/2017, JULHO/2017 e AGOSTO/2017 apresentaram-se da seguinte forma: R$464,57, R$ 398,01 e R$ 372,09 respectivamente, mostrando-se exorbitante com a atual situação financeira do autor.
A parte autora, que se encontra desempregada, se dirigiu a sede municipal da empresa com a intenção de sanar a irregularidade cobrada acima por entender serem indevidas, pois desconhece a irregularidade alegada, porém sem sucesso e por essa situação se encontra inadimplente com as demais faturas dos meses subsequentes.
Dessa forma, a empresa realizou o desligamento e a retirada do medidor sem a presença do autor ou de um responsável alegando haver irregularidades impondo uma multa no valor de R$ 6.335,22 diluído em 47 parcelas de R$ 175,87 discriminado na fatura de consumo do cliente sem o seu consentimento.
Certo é que a parte autora desconhece totalmente a irregularidade alegada pelo preposto da empresa ré, tanto que vinha efetuando regularmente o pagamento de suas faturas mensais de consumo.
O direito da parte autora encontra amparo no art. 22 da Lei 8.078/90, onde determina que os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços ADEQUADOS e EFICIENTES, podendo, face ao descumprimento do ora estabelecido, serem compelidas a manter a continuidade do serviço.
A empresa Ré vem agindo em total desacordo com a Constituição Federal que, em seu art. 37, dispõe:
“Art. 37 - A administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência”.
Observa-se ainda, que no caso em tela é cabível, inclusive o disposto no §6º do mesmo dispositivo legal:
“ § 6º - As Pessoas Jurídicas de direito público e as de Direito Privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, segurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Portanto, não há que se falar em serviço adequado, eficiente e seguro pela qual a ré se obrigou a prestar, não restando a parte autora, outro meio, senão de intentar a presente medida para ver assegurado o seu direito.
Nesse sentido existem os seguintes julgados prolatados pelas Turmas Recursais do Rio de Janeiro:
(SELECIONAR JURISPRUDÊNCIA)
DO DANO MORAL
 O direito da parte autora encontra amparo no art. 6º, inciso VI da Lei 8.078/90, onde determina a reparação pelos danos morais causados.
 No caso em pauta é indiscutível o cabimento de indenização por dano moral, que, ainda que seja pelo máximo permitido na Lei 9099/95, jamais reparará o sofrimento e a tortura psicológica causada pelo descaso e abuso da Ré. É de se observar que a jurisprudência tem evoluído bastante neste sentido, atuando o legislador e a justiça pelo estabelecimento de um efetivo equilíbrio entre contratantes. Corroborando este entendimento, o ilustre mestre e Desembargador Sylvio Capanema de Souza esclarece com a clareza que lhe é peculiar que
“a indenização tem que se revestir de um caráter pedagógico e profilático, sendo de tal monta que iniba o ofensor de repetir seu comportamento” (3ª Câmara Cível - Apelação nº 3187).
Assim, a indenização que ora se pleiteia tem cunho não meramente compensatório, mas também e principalmente pedagógico, nos exatos termos do que vem sendo adotado por nossos Colendos Tribunais de todo o país, como forma de coibir tamanho desrespeito ao consumidor, parte fraca da relação e que, por isso mesmo merece tratamento protecionista. E já dizia o ilustre Rui Barbosa “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na proporção em que se desigualam”.
Destarte, por arrebatadores que são os entendimentos no sentido de acolher a reparação, por via de indenização, do dano moral, nada mais resta a parte autora que acreditar na procedência de seu pedido.
DO PEDIDO
Ante todo o exposto, vem requerer a V. Ex.a.:
01.	a concessão de TUTELA DE URGÊNCIA nos moldes do art. 300 do CPC e 84, parágrafo 3º da lei 8078/90 intimando-se a ré por mandado a ser cumprido por OJA a, no prazo de 24h, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais) :
a)	ABSTER-SE de suspender o fornecimento de energia elétrica para a residência da parte autora;
02. a citação da empresa ré para responder à presente ação e sua intimação para comparecer à audiência de conciliação, que poderá ser imediatamente convolada em AIJ, caso não cheguem as partes a acordo, sob pena de revelia;
03. seja declarado NULO, ABUSIVO E INDEVIDO o débito apontado face a suposta irregularidade no relógio medidor localizado da residência do autor no valor atual de R$________;
04. seja a empresa ré condenada ao pagamento de uma indenização a parte autora a título de danos morais no valor equivalente a _______salários mínimos vigentes à época do efetivo pagamento; 
05. seja concedida a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, Lei 8.078/90;
06.seja a tutela antecipada transformada em definitiva ao final da ação.
             
PROVAS
           Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos na amplitude do art. 32 da lei 9099/95.
VALOR DA CAUSA: R$ ___________
Queimados ____ de ___________ de 20___.
__________________________________
Dr. Eloy Teixeira, nº 165, 2º andar, Centro, Queimados, RJ. (Centro Comercial Queimados)
Tel. (021) 2663-4824

Continue navegando