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Aulas 2 a 15 - História do Direito

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Aula 2
No Brasil, era o próprio estado português o fomentador, distribuidor e fiscalizador do processo colonizador. Portugal não possuía condições financeiras e humanas para empreender a posse de todas as terras que compunham a América portuguesa. O colono era o elo de ligação entre a terra e o Estado. O colonizador era um escolhido do próprio Estado que beneficiava a si próprio e, em troca, beneficiava a esse Estado. Portugal, para tal empreitada, tinha a necessidade de uma legislação que desse suporte a essa ocupação territorial. 
Cite quais os documentos jurídicos davam suporte ao processo colonizador promovido por Portugal na América Portuguesa? A Carta de Doação, O foral
Descreva as características e conteúdo desses documentos jurídicos
RESPOSTA: A Carta de Doação, pelo qual o soberano concedia as terras aos capitães-mores, com direito de juro e herdade. O foral, fixando os direitos, foros e tributos respectivamente ao Rei e ao capitão-mor. A Carta de Doação era o documento que comprovava a doação de uma Capitania Hereditária a um donatário pela Coroa Portuguesa. A Carta Foral era o documento que regulamentava os direitos e deveres dos donatários sobre a Capitania que recebiam. Dentre eles, a proibição de revendê-la, a de explorar nela o pau-brasil. Caso fosse encontrado metal precioso, a maior parte deles ficaria com a Coroa. Entre os direitos, ao donatário ficaria o de administrar, o de cuidar da justiça e de doar sesmarias. Povoar, fundar vilas eram obrigações dos donatários sobre as Capitanias Hereditárias.
Aula3
Sabemos que as cláusulas pétreas são dispositivos constitucionais ligados à proteção de uma esfera mínima de direitos e garantias do cidadão (Art. 60 § 4º inciso IV da CF/88). Entre elas destaca-se a vedação de penas desumanas ( art. 5º Inciso III da CF/88) que explicita a proteção da vida e da integridade física, psíquica e moral do indivíduo. A partir de uma perspectiva histórica, sabemos também que as leis são o reflexo de uma época, de um tempo, e que surgem de uma demanda social e política, de uma realidade que impulsiona as mudanças e, portanto, o nascimento e a existência de novas leis. Voltando ao século XVIII, por exemplo, o juiz que conduziu o processo que condenou Tiradentes por participação na Conjuração Mineira, aplicou penas que faziam parte de uma realidade jurídica que integrava a sociedade daquela época, tendo em vista essa reflexão, podemos afirmar que a concepção de proteção à integridade física do indivíduo é uma ideia constante na cultura jurídica, presente nas terras brasileiras, desde da colonização portuguesa? 
Responda esta pergunta e justifique seu posicionamento. 
RESPOSTA: Não. Porque o colonialismo remetia à escravidão e a imposição do medo no cidadão que se levantasse contra o monarca absoluto, a coroa ou a autoridades constituídas pela coroa. As penas para quem se insurgisse ou traísse o poder real eram regadas a absurdos e maldades, a qual não protegia a integridade física do indivíduo. Era um processo inspirado na inquisição, onde o acusado não tinha direito à ampla defesa, era torturado para confessar, entre outras humilhações.
Cite a legislação e as penas existentes na América portuguesa que exemplifiquem sua resposta. Dê ao menos um exemplo referente às penas previstas para seus respectivos crimes.
RESPOSTA: No Código Penal do LIVRO V das Orden açõ es F ilipin as, exist ia o crime de le sa-majestade a traição co ntra a au tor idad e, vio la ção a dignidade de um sob erano rein ante ou co ntra o E stado p od eria levar, e m a lg un s ca sos , os con dena do s a ex ecu ção pú blic a p or meio d e tortu ra, esq uartejamen to pu xad o por c avalos, empa lh amento d a cabe ça, c orpo esp alhad o p or lo cais pú blic os, casa demolid a, prop rieda de salgada , fa m íl ia co nde nad a a in fâmia , a lém de conf is co de ben s .
Aula 4
O conteúdo será apresentado com base nos conteúdos estabelecidos pelo Livro Didático de História do Direito no Brasil (págs. 48-68). Nos dias atuais, a separação de poderes é um dos traços fundamentais para caracterizar um Estado Democrático de Direito. Você leu no Capitulo 3 de seu livro didático, que a Independência do Brasil ocorreu em 1822, em conexão com alguns fatos revolucionários que aconteciam na Europa, onde os movimentos liberais-constitucionalistas exigiam a queda dos regimes absolutistas e a submissão do poder dos reis ao império da lei. A ideia de conceder ao Brasil uma constituição tinha por pretensão mostrar que o país já nascia dentro dos padrões modernos e iluministas das grandes nações europeias. Todavia, a intervenção de Pedro I no processo de elaboração da nossa primeira Carta (Constituição de 1824), jogou por terra as esperanças desta elite, que alimentava ambições de exercer maior influência nas decisões políticas do país. Porém, não se pode deixar de realçar que houve conquistas liberais, inseridas no art. 179. 
É possível se falar em independência dos poderes na Carta de 1824? Por quê? 
Não, pois era uma Constituição 100% monárquica! Mesmo com a criação do Poder Moderador, o monarca estava acima dos 3 poderes.
Como dispositivos constitucionais da Carta de 1824 acabaram por referendar aspectos de um continuísmo absolutista típico do período pré-constitucional? 
O poder era unitarista. O imperador é quem nomeava o presidente e, o voto era indireto e censitário na época.
No âmbito penal, é possível afirmar que os Códigos Penal de 1830 e Processual Penal de 1832 encontram bases na Constituição de 1824? Explique
Sim, na questão da existência dos 3 poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Aula 5
De acordo com que você estudou, podemos considerar o Período Regencial (1831-1840) como uma fase politicamente conturbada, com a deflagração de várias crises e revoltas em inúmeras províncias do Império brasileiro, geradas pelas contradições latentes na sociedade, isto é, entre membros das elites, setores médios e camadas populares, e que foram agravadas pelo vácuo de poder deixado pela abdicação de D. Pedro I em 1831. Sabemos que no contexto do período do Primeiro Reinado e após D. Pedro I ter deixado o trono e seguido para Portugal, a demanda por mais autonomia política era uma constante, principalmente por aqueles que detinham o poder local dentro das províncias. “ (...) Os defensores da descentralização do Estado imperial continuavam argumentando em favor da autonomia provincial, reivindicando a saída “”do rigoroso estado de dependência em que se acham [as províncias] por não verem executada a menor de suas resoluções sem a prévia aprovação da capital do Império””. Ao mesmo tempo, reagiam às acusações de conturbadores da ordem e destruidores da unidade imperial (...)” LYRA, M.L.V. O Império em construção: Primeiro Reinado e Regências. São Paulo: Ed. Atual, 2000. Pg. 91. Assim, com a ausência do poder legítimo do Imperador, os governos regenciais se empenharam em criar condições de governabilidade e para tal, criaram a Guarda Nacional, em 1831, e posteriormente editaram o Ato Adicional, em 1834. Baseado nessas informações, responda: 
A criação da Guarda Nacional está ligada a uma desconfiança do poder regencial para com o exército brasileiro do período e está ligada também ao processo de descentralização de poder, demandado pelos poderes locais provinciais. Dito isto, relacione a criação da Guarda Nacional e o surgimento do fenômeno do “coronelismo”. 
A guarda nacional surgiu em um momento onde uma série de tensões políticas ocorria. De um lado, um grupo favorável à descentralização do poder (partido liberal) e de outro, os antilusitanistas. A defesa de uma estrutura política mais descentralizada não significava dizer que os liberais questionassem a ordem social em que viviam. Ao contrário, a manutenção da ordem pública e o perigo da fragmentação do pais estiveram entre as maiores preocupações do gripo. Assim, nesse contexto, foi criada em 1831, a Guarda Nacional. Os comandantes, os chamados, Coronéis, eramaqueles em muitos casos que já o controle político de suas regiões, sendo a eles concedida maior autonomia, ou seja, menor intervenção do governo central na resolução de conflitos locais.
Do ponto de vista político, o que significou o Ato Adicional de 1834? 
Resposta: O Ato adicional concedeu às províncias assembleias e orçamentos próprios e deu a seus presidentes poderes de nomeação e transferência de funcionários públicos, mesmo quando pertencentes ao governo geral
Cite duas medidas relevantes contidas no Ato Adicional de 1834.
Resposta: Extinção do Conselho de Ministros e a transformação de Regência Trina em Regência Una.
Aula 6 - O Segundo Reinado
Leia a notícia abaixo (disponível em http://www.casacivil.gov.br/noticias/2014/06/leique-estabelece-cotas-raciais-no-servico-publico-federal-e-sancionada), noticiada em 09 de junho de 2014 e depois responda as perguntas que seguem:
Lei que estabelece cotas raciais no serviço público federal é sancionada
Foi sancionada no dia 9 de junho de 2014 projeto de Lei que estabelece cotas raciais no serviço público, reservando 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos federais a candidatos pretos e pardos. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, participou da cerimônia que aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília ( DF ). Entre os anos de 2004 e 2013, a parcela de negros que ingressou no serviço público variou de 22% a quase 30%. De acordo com a edição mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), os negros representam 53% do universo da população brasileira.
Para concorrer às cotas raciais, os candidatos deverão se declarar pretos ou pardos no ato da inscrição do concurso, conforme o quesito de cor ou raça usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles concorrerão em todas as etapas de seleção, da mesma maneira que os outros candidatos - provas teóricas, provas de títulos e entrevistas, de acordo com cada edital de seleção - garantindo, portanto, o mérito como critério para o ingresso.
Com a sanção da lei, a regra valerá até dez anos para órgãos da administração pública federal, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.
A adoção das cotas raciais deve acontecer sempre que o número de vagas oferecidas no concurso público for igual ou superior a três e os candidatos negros e pardos aprovados nas vagas gerais não serão computados como cotistas, dando espaço para um novo candidato preencher a vaga.? (Fonte: Portal Brasil e Blog do Planalto). Baseado nos estudos realizados no Capítulo 3, mais especificamente no que se refere a utilização intensiva do sistema de escravidão dos negros originários do continente africano até o fim do Império,
É possível fundamentar no processo histórico a implantação de uma política de cotas para negros e pardos no Brasil? Justifique.
Resposta: Sim, as cotas foram criadas para que o negro esteja inserido na sociedade e trabalhando de forma digna revertendo o racismo histórico.
Há quem afirme que a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários foram concebidas de forma estratégicas para a manutenção da escravidão. Explique essa afirmação, fundamentando-se em dispositivos das próprias Leis.
Resposta: Com a lei do ventre livre com fim da escravidão estava próxima a acabar, começando por crianças que foram geradas a partir da data lei que foi publicada isto colaborou com a manutenção da escravidão, sem contar também que a lei dos sexagenários colaborava aquele que chegava aos seus 65 anos. Estava bem próximo do fim da escravidão, mesmo com a lei alguns escravos não se enquadravam na lei.
É possível correlacionar a abolição da escravatura com a crise vivenciada pelo Segundo Reinado que levou a queda da Monarquia no Brasil? Justifique sua resposta.
Resposta: Com a união dos grupos descontentes veio a colaborar parcialmente com a abolição da escravatura, formou-se um golpe que colocou fim a monarquia no Brasil.
Aula 7
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
A República Velha - a consolidação
Em um curto espaço de tempo o país experimentou mudanças muito importantes: primeiro, com a Abolição da Escravatura ainda no Império e, logo após, a Proclamação da República. Diante de fatos históricos de tanta relevância, as elites políticas e econômicas do período viram a necessidade de buscar a reorganização das estruturas jurídicas do país, levando em consideração as novas realidades política, social e econômica que se apresentavam.
Analisando algumas características da Constituição de 1891, tais como: Unidade Federativa, Sistema Presidencialista, divisão de poderes, separação entre Estado/Igreja Católica e casamento civil, é possível correlacionar estas posições assumidas pelo Estado brasileiro com o modelo de organização política adotado pelos Estados Unidos?
RESPOSTA: Sim. A Constituição de 1891 batizou o País como a República dos Estados Unidos do Brasil, tornando explícito o figurino norte-americano que modelou o seu conteúdo. Inspirados neste modelo, nossa primeira Constituição, pós-império, adotou a República Federativa como sistema institucional, liderado por um regime político presidencialista, onde a população passa a escolher os representantes dos municípios, estados e da federação por meio do voto direto. Os Estados da Federação passaram a ter grande autonomia, podendo empreender medidas próprias nos setores jurídico, fiscal e administrativo. Paralelamente, observamos a separação oficial entre o Estado e a Igreja.
O regime do Padroado foi mantido pela Constituição de 1891? Justifique.
RESPOSTA: Não. A partir da proclamação da República e promulgação da Constituição de 1891, houve a rejeição de qualquer união entre o poder civil e o poder religioso, colocando um fim, ao Regime do Padroado e instaurando-se um novo regime, o da separação Igreja/Estado. Desta forma, caberia ao Estado garantir a liberdade e a igualdade de todos os cidadãos, independente dos valores morais e religiosos, garantindo a secularização do casamento, do registro civil, dos cemitérios, o término da educação pública confessional.
Que razões teriam levado o governo republicano a produzir o Código Penal mesmo antes de organizar o Estado republicano por meio de uma constituição?
RESPOSTA: Até a abolição da escravatura quase a totalidade da força de trabalho rural e também boa parte da urbana era negra, presume-se, então, que o contingente de ex-escravos livres, e que foram as cidades em busca de trabalho, tenha contribuído vertiginos a mente para o crescimento populacional urbano, o que deve ter assustado e muito as minorias dominantes. A criação de uma norma repressora seria alternativa em curto prazo para controlar e disciplinar este novo contingente de negros nas cidades.
Aula 8
Título – A República Velha - (O período Oligárquico) – Respostas do CC 8
Descrição:
Você lembra que no Império o voto era censitário? Pois é... Porém, nos Capítulos 4 e 5 do nosso Livro Didático, você poderá perceber que na República as coisas mudaram e a Constituição de 1891 consagrou o chamado "voto universal", que em princípio aumentaria a possibilidade de que os representantes do povo fossem legítimos representantes da vontade popular. Pois é, mas parece que não foi bem assim na chamada "República Oligárquica". Feitas estas considerações, responda as perguntas abaixo:
O que é o voto de cabresto e o que é curral eleitoral?
RESPOSTA: o voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do coronelismo. Curral Eleitoral é uma expressão que indica uma região, cidade, bairro ou local aonde um político possui grande influência, é bastante conhecido ou aonde é muito bem votado. A origem da expressão vem do tempo em que o voto era aberto. Assim, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiõescontroladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. Nesses locais o coronel possuía todo poder em troca de proteção e trabalho.
Por que razão, a adoção do voto universal na Constituição de 1891 não possibilitou a eleição de autênticos representantes da vontade popular?
RESPOSTA: A introdução do sufrágio universal não aconteceu naquele momento, nem pela acepção do termo corrente durante o século XIX (de voto universal masculino, englobando os analfabetos), nem com a compreensão que se tem atualmente (de incorporação de mulheres e analfabetos). A Constituição de 1891 não introduziu esse tipo de voto no país. O sufrágio universal, que não foi adotado naquele momento, não foi, portanto, obra da República recém-instalada. Em realidade, o Governo Provisório, via decreto, gerou a eliminação do voto censitário como “innovação”. E também manteve a exclusão do direito de voto ao analfabeto (já constante na Lei Saraiva e suas regulamentações). E isso seria chancelado pelo Congresso Constituinte, como se observará em seguida. Por isso não foi um voto de acordo com a vontade popular.
É possível afirmar que o chamado "voto de cabresto" ainda seja utilizado em pleno Século XXI? Justifique sua resposta.
RESPOSTA: Atualmente, as práticas de “voto de cabresto” tornaram-se mais sofisticadas e continuam a vigorar, inclusive nos centros urbanos, onde a figura paramilitar a exercer a violência são as milícias. Logo, a vontade do eleitor é violada por narcotraficantes, milícias, líderes religiosos e pela manipulação das massas - e seus imaginários, por meio do clientelismo gerado pelos programas assistenciais
Aula 9
“EM 26 JANEIRO de 1933, o Diário de Pernambuco iniciou a publicação de uma enquete, realizada junto a "ilustres senhoras e senhorinhas da sociedade pernambucana"1. Dezenove mulheres colaboraram com o jornal, respondendo à indagação "A quem deverá caber a representação da mulher pernambucana na futura constituinte?", sendo o resultado da última consulta publicado em 4 de abril daquele mesmo ano. A pesquisa, inicialmente pensada para restringir-se às pernambucanas, acabou alcançando os Estados vizinhos da Paraíba e de Alagoas. Foram incorporadas à amostra duas associações de mulheres: a Federação Pernambucana para o Progresso Feminino e a Liga Eleitoral Católica, que funcionavam no Recife, perfazendo o total de vinte e duas matérias jornalísticas dedicadas ao assunto. [...] uma das inquiridas [era] a doutora Albertina Correia de Lima, advogada, formada na Faculdade de Direito do Recife e residente na capital paraibana. [..] Partidária da emancipação política
 A quem se assegurava o direito de voto? 
RESPOSTA: O Código determinava que a penas mulheres casadas a autorizadas pelo marido e mulheres solte iras com renda pudessem votar.
O voto feminino era obrigatório ou facultativo? 
RESPOSTA: Facultativo 
Havia igualdade de tratamento entre homens e mulheres neste tema? 
RESPOSTA: Porque apesar dos direitos adquiridos pela mulheres, elas continuavam à margem do processo político, pois não podiam se candidatar a cargos eletivos.
Aula 10
Abaixo apresentamos dois dispositivos da Constituição de 1937, mais especificamente os artigos 11 e 12: (...) Art. 11 - A lei, quando de iniciativa do Parlamento, limitar-se-á a regular, de modo geral, dispondo apenas sobre a substância e os princípios, a matéria que constitui o seu objeto. O Poder Executivo expedirá os regulamentos, complementares. Art. 12 - O Presidente da República pode ser autorizado pelo Parlamento a expedir decretos-leis, mediante as condições e nos limites fixados pelo ato de autorização. (...) Como se sabe, o Estado Novo se configurou em uma ditadura, entre outros motivos, por ter sido governado por meio exclusivo de Decretos-lei emanados pelo Poder Executivo, sem participação legislativa por parte do Parlamento. Todavia, conforme lido acima, era da responsabilidade do Parlamento (Poder Legislativo) limitar e autorizar a emanação dos referidos Decretos (art. 12), sendo que ao Poder Executivo caberia somente expedir os regulamentos, complementares às normatizações gerais estabelecidas pelo Parlamento (art.11) . Pergunta-se: 
Por que razão o Parlamento não se utilizou das prerrogativas que a Constituição lhe conferia? 
RESPOSTA: A ampliação das atividades do Estado Contemporâneo impôs nova visão da teoria da separação dos poderes e novas formas de relacionamento entre executivo e legislativo. Com o voto indireto para os deputados federais, o poder de Getúlio se consolida, reforçando a sua força no parlamento
É possível conceber um regime democrático com a concentração das funções executiva, legislativa e judiciária nas mãos do Chefe do Poder Executivo? 
RESPOSTA: Não, pois o poder outorgado nas mãos de um só homem desvirtua o estado democrático de direito, o qual ficou evidenciado no governo totalitário da Era Vargas
O Estado Novo de Vargas é um caso isolado no período, ou pode ter recebido influências externas na forma como se configurou? Resolva as questões objetivas 1 e 3 do capítulo 6 de seu Livro Didático.
RESPOSTA: O Estado Novo foi instaurado no Brasil ao mesmo tempo e m que uma onda de transformações varria a Europa, instalando governos autoritários e reforçando a versão de que a democracia liberal estava definitivamente liquidada. Mesmo assim, no tocante à liberdade, percebe-se que, tanto do ponto de vista doutrinário como da realidade histórica, o Estado Novo brasileiro não foi a reprodução literal do fascismo italiano.
Aula 11
A adoção de um sistema político pluripartidário constitui uma das mais importantes manifestações da diversidade de opinião a ser garantida pelos regimes que se definem como democracias. Como estudamos anteriormente, a Constituição de 1937 não incentivou a formação de um regime democrático. Nesse sentido: 
Como a Constituição de 1946 tratou do tema e quais os principais partidos políticos do período? 
RESPOSTA: Com relação à organização do processo eleitoral, a Constituição de 1946 aboliu a bancada profissional criada por Getúlio Vargas e ampliou a participação do voto feminino antes restrito às mulheres com cargo público remunerado. A distribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados também foi modificada com o aumento de vagas par o Estado considerados de menor expressão. Apesar de manter o pluribipartidarismo, o Governo Dutra feriu a carta com a cassação do PCB
No que se refere aos direitos eleitorais, quais as diretrizes seguidas pela Constituição de 1946 que a distinguem das Cartas anteriores? 
RESPOSTA: Instituiu a Justiça Eleitoral. Promulgava-se a quinta Constituição brasileira, que congregou princípios liberais e conservadores. Por um lado, assegurou a manutenção da república federativa presidencialista, o voto secreto e universal para maiores de 18 anos, excetuando-se militares analfabetos e os religiosos, a divisão do estado em três poderes independentes, restauração das garantias individuais, fim da censura e da pena de morte. 
Sabe-se que a nossa atual Constituição (1988) exige que os candidatos a Presidente e Vice-Presidente se elejam por uma mesma chapa. A Constituição de 1946 previa a mesma regra? Resolva as questões objetivas 1,2 e 3 do capítulo 7 de seu Livro Didático.
RESPOSTA: Não é imprescindível frisar que pelo Ato Adicional I de 2/09/1961, foi instaurado o parlamentarismo afim de que de corrida a posse do Vice-Presidente João Goulart, em razão da renúncia de Jânio Quadros, fosse admitida pelos militares e conservadores. No entanto, com o plebiscito ocorrido em setembro de 1962, foi reestabelecido o Presidencialismo. 
Aula 12
O Jornal do Brasil (na época um dos jornais mais importantes do país) do dia 14 de dezembro de 1968 noticiou sobre o dia anterior, a sexta-feira do dia 13 de dezembro de 1968 os seguintes trechos: 
Em destaque a manchete da primeira página: Governo baixa Ato Institucional e coloca Congresso em recesso por tempo ilimitado? No centro, logo abaixo, a frase: Tradição que se renova. 
No lado esquerdo da mesma página,a notícia sobre meteorologia afirmava? Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos. Max: 38º, em Brasília. Mín: 5º nas Laranjeiras?. 
À Direita, ainda na primeira página, outra pequena manchete informava? Ontem foi o Dia dos Cegos?. É possível identificar nas três notícias acima que a ausência de liberdade de expressão dos Anos de Chumbo? tornaria cada vez mais difícil o trabalho da imprensa nos dias que estariam por vir. 
Resp. letra B .
É possível correlacionar a notícia meteorológica com o que significou o AI-5 no contexto político do período? Explique. 
RESPOSTA: O jornal usou linguagem metafórica para representar a truculência e a força repressiva desproporcional do Ai -5 através do lutador de sumô ("gigante") diante da fragilidade de uma população estupefata e desprovida de mecanismos de defesa dos direitos individuais, representada por um garoto incapaz de reagir. Enfim, um Regime Militar baseado no monopólio da foça que se impunha repressivamente sobre o povo. 
O que representa a frase? Tradição que se renova naquele contexto? 
RESPOSTA: O motivo das alterações sofridas pelo referido jornal era o endureci mento do Regime Militar após o AI-5 . Através deste decreto, o presidente da república tinha amplos poderes, entre eles o de perseguir e reprimir a oposição, decidir pelo estado de sítio, intervir nos municípios e estados, suspender direitos políticos, cassar políticos e, ainda, suas atitudes não eram submetidas pelo poder Judiciário. Desta forma, após este Ato Institucional, a repressão ampliou, assim como a censura, justificando a necessidade de alterações deste jornal, que temia ser perseguido pelos militares. A Constituição de um Estado Democrático de Direito pode veicular normas que reproduzam o teor das normas do Ato Institucional nº 5.
AULA 13
Há quem afirme, aliás, que uma das sínteses mais exatas da luta ideológica que se fez notar no processo constituinte que originou a Constituição de 1988 pode ser observada no inciso IV do artigo 1º da referida Carta. Este dispositivo afirma que? A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos (...) IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;(...)?. Neste sentido, pergunta-se:
Por que este dispositivo revela um embate ideológico? 
RESPOSTA: Basicamente, os militantes políticos negam legitimidade à lei, resultado do processo democrático – por ser ela o instrumento de opressão das elites. A libertação, claro, vem da mente das soluções ditadas unilateralmente pelos iluminados do partido que sabe compreender os anseios da classe explorada.
Que visão restou privilegiada na norma constitucional: a posição mais à direita, (defendida pelo Centrão), ou a posição mais à esquerda (defendida pelos grupos autodenominados progressistas)?
RESPOSTA: A norma jurídica constitucional, sua classificação e eficácia características ..... normatividade, surge uma nova visão sobre o conteúdo e o alcance das normas ..... Acrescentam que, mesmo considerando se a privilegiada hierarquia normativa 
AULA 14
Como nós estudamos no Capítulo 8 do nosso Livro Didático, as manifestações populares foram absolutamente vedadas pelo regime militar de 1964, por intermédio de vários instrumentos jurídicos e pelo uso violento de medidas de força. Uma geração de jovens brasileiros não teve a oportunidade de participar ativamente da vida política do país, sendo inclusive vedada qualquer manifestação política que se opusesse aos interesses da cúpula militar no poder. Já sob a vigência da Constituição Cidadã, um acontecimento de especial relevo deu-se, então, no ano de 1992, tendo sido denominado "o movimento dos caras pintadas", quase 24 anos após o arbitrário AI-5. Esse fato político teria, inclusive, grande peso no processo de impeachment do Presidente Collor. Neste sentido, responda: 
O que foi o movimento dos "Caras Pintadas" e o que representou no período? 
Caras pintadas foi um movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de 1992 e tinha como objetivo principal o impedimento do Presidente do Brasil e sua retirada do posto. O movimento baseou se nas denúncias de corrupção que pesaram contra o presidente e ainda em suas medidas econômicas, e contou com milhares de jovens em todo o país. O nome caras pintadas referiu se à principal forma de expressão, símbolo do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto. Os caras pintadas foi o nome pelo qual ficou conhecido o movimento estudantil brasileiro realizado no decorrer do ano de 1992 que teve, como objetivo principal, o impeachment do presidente do Brasil na época, Fernando Collor de Melo .
Lembra da frase "tradição que se renova", no exercício da Aula 12? Pois é... Pode o processo de impeachment do Presidente Collor ser considerado como um outro golpe de Estado? 
Qual a diferença entre o afastamento do Presidente Collor, em 1992, e o afastamento do Presidente João Goulart, em 1964?
RESPOSTA: Sim, problema do golpe é político, não é jurídico. Jurídica é a solução do golpe, não o problema. O golpe deve ter seus argumentos racionais, ele depende disso para existir. Foi assim com Fernando Collor (Brasil) em 1992. Com o agravamento da crise econômica e uma guinada política do presidente Jango, que já não contava com apoio no Congresso, o povo foi para as ruas mostrar solidariedade ao presidente, realizando, em março de 1964, na Central do Brasil, uma grande e histórica demonstração popular. Já Collor ausência de uma base parlamentar que lhe desse apoio associada à não recuperação da economia em 1991 e 1992, que se encerrou com uma queda do PIB de 0,5%, inviabilizou uma reação do presidente quando surgiram as primeiras acusações de corrupção em seu governo 
AULA 15
Como tivemos a oportunidade de analisar, a história do Brasil é repleta de permanências e rupturas. O direito não deixa de ser um instrumento de solidificação de algumas permanências (já que o direito também tem por função conceder estabilidade social), mas também pode ser visto como agente de transformação (introduzindo normas que aceleram o processo de mudanças sociais e mentais no seio social). Neste sentido: 
O caso do "mensalão" pode ser considerado um fato isolado em nossa história ou representa uma permanência indesejável de nossa cultura política?
RESPOSTA: um fato isolado em nossa história
O reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo pode ser explicado pela tradição jurídica e mental do povo brasileiro ou representa uma ruptura com um tipo de mentalidade vigente em nosso país cuja superação foi acelerada pelo Direito? 
RESPOSTA: Representa uma ruptura com um tipo de mentalidade vigente em nosso país cuja superação foi acelerada pelo Direito

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