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Hematopoese UFPE 2017 Alunos

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11/08/2017 
1 
Hematopoese 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto IV da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS 
CURSO DE BIOMEDICINA 
Biomedicina 5ºP (BR256) 
 
Hematologia 
• Ciência que estuda o sangue, sua origem, suas 
células, seus constituintes plasmáticos, os órgãos 
hematopoéticos e as doenças com estes acima 
relacionados; 
 
 
TECIDO SANGUÍNEO ou SANGUE 
 Tecido fluído formado por uma massa heterogênea 
de células diferenciadas suspensa em uma fase líquida 
denominada plasma. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
•pH = 7,4 
•Viscosidade = 4,5 
•Densidade = 1048 - 1066 
•PORÇÃO CELULAR (45%): glóbulos vermelhos (hemácias 
ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas 
(trombócitos). 
 
 
 
 
 
•PLASMA (55%): água, lipídeos, glicídios, sais minerais e 
proteínas. 
 
•SORO: fase líquida do sangue coletado sem anticoagulante 
(fibrinogênio plasmático transforma-se em fibrina originando 
o coágulo). 
TECIDO SANGUÍNEO ou SANGUE 
11/08/2017 
2 
TECIDO SANGUÍNEO ou SANGUE 
FUNÇÕES: 
•Transporte de gases 
•Defesa 
•Coagulação 
•Nutrição 
•Regulação térmica e hídrica para tecidos e órgãos 
•Manutenção do equilíbrio aquoso, ácido-básico e iônico. 
Hematopoese 
• Processo de formação, desenvolvimento e maturação 
dos elementos do sangue 
• Os processos envolvidos na gênese dos diversos tipos 
de células do sangue a partir das células-tronco; 
• Esses incluem: 
- A auto regeneração das células tronco; 
- A restrição da progênie da célula tronco (células 
precursoras) a uma única linhagem celular; 
- A proliferação e diferenciação das células precursoras 
em células maduras e funcionais. 
 
Hematopoese 
Origem e maturação das células do sangue: 
• Eritropoese 
• Leucopoese 
• Trombopoese 
 
 Período Intra-Uterino Período Pós-Natal 
- Fase mesenquimal - Fase da criança 
- Fase visceral - Fase do adulto 
- Fase medular - Fase senil 
Período Intra-Uterino 
FASE MESENQUIMAL (1º mês) 
Células mesenquimais do saco vitelínico 
• Células periféricas: endotélio vascular 
• Células centrais: células sanguíneas primitivas 
 
FASE VISCERAL (2º mês) 
• Fígado 
• Baço 
• Timo 
• Linfonodos 
 
FASE MEDULAR (3º - 4º meses de vida fetal) 
• Clavícula 
• Demais ossos (ossos longos) 
* Fígado e baço: atividade 
persiste até primeira semana 
de vida extra-uterina. 
 
11/08/2017 
3 
Sítios de hematopoese Hematopoese Pós-Natal 
• Medula óssea (MO) 
 
– Tecido localizado dentro das cavidades dos ossos 
 
• Dois tipos de MO 
 
– MO vermelha 
• Hematopoeticamente ativa 
 
– MO amarela 
• Inativa, composta primariamente por adipócitos 
Período Pós-Natal 
• FASE DA CRIANÇA (nascimento à puberdade) 
 - Ossos longos e ossos chatos do crânio (medula funcionante). 
 
• FASE DO ADULTO (puberdade até 40 anos) 
 - Medula ativa: vértebras, ossos chatos do crânio, esterno e 
epífises proximais de fêmur e úmero (Esqueleto axial). 
 
• FASE SENIL 
 - Menor atividade hematopoética (medula amarela é 
substituída por medula cinza). 
Biopsia de MO fixada e corada com hematoxilina-eosina 
100x 400x 
11/08/2017 
4 
Locais de crescimento ativo da medula 
óssea de fetos e adultos 
Fígado 
e baço 
Saco 
vitelínico 
Ossos 
longos 
Esqueleto 
axial 
H
e
m
a
to
p
o
ie
s
e
 
1 3 5 7 9 10 20 30 40 50 60 
Meses Anos 
Feto Adulto 
Órgãos Hematopoéticos 
• Medula óssea: Sítio primário de hematopoese do 
nascimento em diante 
 
• Timo 
• Linfonodos 
• Baço 
• Fígado 
Micro- ambiente da hematopoese 
Órgãos hematopoéticos: estroma e células hematopoéticas 
• estroma: constitui o micro-ambiente que possibilita o crescimento e a 
diferenciação das células hematopoéticas: 
 - componente celular: fibroblastos 
 adipócitos 
 macrófagos 
 linfócitos 
 células endoteliais, osteoblastos, osteoclastos 
 - componente acelular: matriz extracelular 
• células hematopoéticas: células tronco (stem cell) 
 células precursoras 
 células diferenciadas 
Micro- ambiente da hematopoese 
• O espaço medular é preenchido por uma complexo de seios 
venosos, cujos sinusóides são formados por uma camada contínua de 
células endoteliais; 
• As células adiposas situam-se adjacentes aos sinusóides e tb 
participam da regulação da hematopoese secretando fatores solúveis 
e funcionando como uma reserva de lípides necessária ao 
metabolismo das células em proliferação; 
• As interações entre as células hematopoéticas e as células 
endoteliais se fazem via moléculas de adesão específicas, as quais 
são importantes para o tráfego e proliferação das células-tronco e 
precursoras da MO. 
 
 
11/08/2017 
5 
Células do estroma 
• Adipócitos 
– Secretam esteróides que influenciam eritropoese 
• Fibroblastos 
– citocinas 
• Células endoteliais 
– Regulam as trocas de partículas no espaço hematopoético 
• Macrófagos 
– Fagocitose e secreção de citocinas 
• Osteoblastos 
– Células formadoras do osso 
• Osteoclastos 
– Reabsorção dos ossos 
Matriz extracelular 
• Secretam moléculas extracelulares 
– Colágeno 
– Glicoproteínas (fibronectina e trombospondina) 
– Glicosaminoglicanos (ácido hialurônico e 
derivados condroitínicos) 
 
– Fatores de crescimento 
 
Micro- ambiente da hematopoese 
Regulação da hematopoese pelo estroma: secreção de fatores de crescimento 
pelas células estromais 
• Fatores de crescimento - glicoproteínas; atuam na sobrevivência, proliferação e 
diferenciação das células hematopoéticas 
• Classificação: de acordo com tipo de receptor de membrana celular: 
 - família das citocinas: GM-CSF ( fator estimulante de colônias granulocíticas e 
 macrocítica) 
 G-CSF (fator estimulante de colônias granulocíticas) 
 EPO (eritropoetina) 
 TPO (trombopoetina) 
 IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, IL-6 
 interferon a, b, g) 
 - família do receptores tirosino-quinase: Fosforilam diretamente os mensageiros 
citoplasmáticos 
ligante do kit (SCF - stem cell factor) e TGF-a (fator de crescimento tumoral) 
Micro- ambiente da hematopoese 
11/08/2017 
6 
As Células Hematopoéticas 
• Células-tronco: possuem uma característica fundamental, a 
divisão assimétrica, ou seja ao se dividirem dão origem a uma 
nova célula tronco e a uma célula precursora comprometida com 
uma linhagem celular específica. 
• Células precursoras: se caracterizam pela perda do potencial 
de auto-regeneração e pelo comprometimento com uma dada via 
de diferenciação. As células precursoras são geralmente 
designadas como Unidade Formadora de Colônias (CFU). 
• Células diferenciadas: são as células que morfologicamente 
podem ser identificadas à microscopia óptica. Constituem a maior 
parte das células da MO. 
MEDULA ÓSSEA 
CÉLULAS TRONCO 
 
 células que realizam a divisão assimétrica: ao se dividirem, 
originam um nova célulatronco (auto-regeneração) e uma célula 
precursora comprometida com uma linhagem específica (células 
progenitoras). 
 
 
MEDULA ÓSSEA 
PLASTICIDADE DAS CÉLULAS TRONCO 
 
 
a) Totipotentes: – geração de todos os tecidos do organismo e 
a placenta (que nutre o embrião). 
b) Pluripotentes: geração de todos os tecidos do organismo, 
exceto a placenta. 
c) Multipotentes: geração de várias células (número limitado) 
de um tecido especializado. 
d) Unipotentes (Precursoras): originam uma linhagem celular. 
 
 
MEDULA ÓSSEA 
Quanto a origem, as CÉLULAS TRONCO são: 
 
 
a) Embrionárias: Totipotentes ou Pluripotentes 
b) Adultas: Multipotentes ou especializadas em um tecido: 
 
• Célula tronco hematopoética (mielóide e linfóide) 
• CT epitelial (fígado, etc) 
• CT nervosa (tecido nervoso) 
• CT mesenquimal (músculo, tendão, cartilagem, etc) 
 
 
11/08/2017 
7 
MEDULA ÓSSEA 
CÉLULAS TRONCO 
 
•Unipotente ou comissionada (Células 
precursoras): 
 
 Ao se dividirem perdem o 
potencial de auto-renovação. São células 
determinante de linhagem (cada linhagem 
tem seu blasto específico): 
MIELOBLASTO, MONOBLASTO, 
MEGACARIOBLASTO, 
PROERITROBLASTO, LINFOBLASTO. 
 
 As células precursoras são 
chamadas UNIDADES FORMADORAS 
DE COLÔNIAS (CFU). 
•CÉLULAS DIFERENCIADAS 
MEDULA ÓSSEA 
São as células que morfologicamente podem ser 
identificadas à microscopia óptica. Constituem a maior 
parte das células da Medula óssea. 
 
 
Célula-tronco 
Células 
precursoras 
Monócito Granulócito 
Neutrófilos 
Eosinófilos 
Basófilos 
Megacariócito 
Plaquetas 
Eritrócito 
Células 
diferenciadas 
Célula T Célula B 
Linfócitos maduros 
Células hematopoéticas 
11/08/2017 
8 
M.O. 
Esquema Simplificado da Diferenciação das Células Hematopoéticas 
Componentes do Sangue 
• Três diferentes linhagens 
celulares 
 
– Glóbulos vermelhos ou 
eritrócitos 
– Glóbulos brancos ou leucócitos 
– Plaquetas ou trombócitos 
 
• Plasma 
 
– 90% água 
– Proteínas, Lipídios, Glícidios e 
sais minerais 
 
Soro: plasma sem fribrinogênio 
Eritrócitos (hemácias) 
• Transportar oxigênio dos pulmões ao tecidos 
 
• Transportar CO2 dos tecidos aos pulmões 
 
– Principal componente: Hemoglobina 
 
• Constituem a maior população de células no 
sangue 
 
11/08/2017 
9 
Eritrócitos normais HEMÁCIA (Eritrócito ou glóbulo vermelho) 
FUNÇÃO: transporte da molécula de Hemoglobina,ou seja, transporte de O2 
Leucócitos 
• Defesa do organismo – 
estrutura o sistema 
imunológico 
• Leucócitos mononucleares 
– Linfócitos, plasmócitos e 
monócitos 
• Leucócitos 
polimorfonucleares 
(granulócitos) 
– Neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos 
Neutrófilo 
Neutrófilos adultos são os que possuem o lóbulo torcido e com muitos segmentos 
•Tonalidade neutra nas colorações de Romanowsky 
11/08/2017 
10 
 Neutrófilos Segmentados 
Células Periféricas 
 
Neutrófilos 
• Neutrófilos jovens são 
chamados bastonetes, pois 
não possuem nenhum tipo 
de segmento, nem o 
lóbulo torcido 
Neutrófilos 
Neutrófilos Segmentados 
Função: Resposta Imune Inata (fagocitose) 
Eosinófilos 
• Grânulos com alta afinidade pela eosina (corante 
ácido das colorações de Romanowsky) 
Geralmente bilobulados e possuem grânulos básicos 
11/08/2017 
11 
 Eosinófilos 
EOSINÓFILO 
Função: processos inflamatórios associados à alergia; defesa contra parasitas 
helmínticos; em certos distúrbios cutâneos alérgicos e neoplásicos. 
 Eosinófilos 
Basófilo 
• Grânulos que se tingem 
com corantes básicos nas 
colorações usuais em cor 
purpúrea-escura 
Os grânulos basófilos grosseiros dessas células frequentemente cobrem o núcleo 
 Basófilo 
11/08/2017 
12 
BASÓFILOS 
Função: resposta imune; participam de processos alérgicos (histamina). 
Monócitos 
• Circulação: monócitos 
• Tecidos: macrófagos tissulares 
* São geralmente os maiores leucócitos. 
O núcleo é em geral pregueado ou 
retorcido com um padrão de cromatina 
moderadamente frouxa, citoplasma 
abundante, de coloração cinza ou azul-
claro acinzentada. É comum encontrar 
vacúolos citoplasmáticos nestas células. 
 Monócitos 
Monócito 
 Função: Fagocitose, Apresentação de Ag, Reposta inata e adaptativa 
11/08/2017 
13 
Linfócitos 
• Linfócitos T 
• Linfócitos B 
• Linfócitos NK 
Célula de tamanho pequeno, regulares e arredondadas, relação N/C elevada com 
núcleo ocupando cerca de 90% da área da célula, citoplasma escasso e basófilo, 
núcleo regular e esférico 
 Linfócitos 
Linfócitos 
Função: Resposta imune humoral e celular 
Plasmócito 
Originados dos linf. B maduros. São facilmente distinguíveis dos 
linfócitos. São células esféricas ou ovóides, o citoplasma é abundante, 
basófilo, normalmente azul-escuro, de caráter granular. Existe uma região 
citoplasmática perinuclear clara onde se encontra o complexo de golgi. 
11/08/2017 
14 
Megacariócito maduro com muitos lóbulos nucleares 
e pronunciada granulação citoplasmática 
Precursor Medular das Plaquetas 
Plaquetas - sangue periférico PLAQUETAS 
FUNÇÃO: participa dos processos de hemostasia e coagulação sanguínea 
11/08/2017 
15 
Precursores medulares 
Eritropoese 
Pós-Graduação – Especialização em Hematologia Clínica 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
Eritropoese 
• Processo pelo qual as células vermelhas originam-se na MO 
pela proliferação e maturação dos eritroblastos. 
 
• Produção de hemácias  manutenção da massa 
eritrocitária do organismo 
– 200 bilhões de eritrócitos são produzidas por dia 
substituindo aquelas que foram destruídas (0,83% do 
total) 
– Tempo de vida médio: 90-120 dias 
– Formato: disco bicôncavo, flexível, capaz de atravessar 
a pequena circulação. 
• Regulada pela eritropoetina 
– 90% produzida no tecido renal 
– Altamente sensível à hipóxia 
ERITROPOESE – 
Gênese dos eritrócitos 
 
 Processo pelo qual as células vermelhas originam-se na MO pela 
proliferação e maturação dos eritroblastos. 
 
 Produção de hemácias  manutenção da massa eritrocitária do 
organismo 
– 200 bilhões de eritrócitos são produzidas por dia substituindo 
aquelas que foram destruídas (0,83% do total) 
– Tempo de vida médio: 90-120 dias 
– Formato: disco bicôncavo, flexível, capaz de atravessar a pequena 
circulação. 
 Regulada pela eritropoetina 
– 90% produzida no tecido renal 
– Altamente sensível à hipóxia 
11/08/2017 
16 
Eritropoese 
Reticulócito 
(pro) 
normoblasto CFU-E 
BFU-E 
tardio 
BFU-E 
precoce “Stem-cell” 
Eritrócito 
circulante 
Sensor 
de O2 
Células 
peritubulares 
intersticiais do 
córtex externo 
Eritropoetina 
MEDULA 
ÓSSEA 
RIM 
liberação 
de 
oxigênio 
Sítios de eritropoese 
Célula tronco BFU-E CFU-E 
BFU-E: burst-forming unit-erythroid (unidade formadora de crescimento rápido eritroide) 
CFU-E: colony-forming unit erythroid (unidade formadora de colônia eritróide) 
Eritrogênese: estágios de diferenciação eritróide 
Maturação dos eritrócitos 
Proeritroblasto 
Eritroblasto 
basófilo 
Eritroblasto 
policromático 
Eritroblasto 
ortocromático 
(picnótico) 
Reticulócito Eritrócito 
maduro 
11/08/2017 
17 
ERITROPOESE – 
Gênese dos eritrócitos 
 
•Compartimento de reprodução: 
 PROERITROBLASTO – ERITROBLASTO BASÓFILO – 
ERITROBLASTO POLICROMÁTICO.•Compartimento de maturação: 
ERITROBLASTO ORTOCROMÁTICO - RETICULÓCITO – 
ERITRÓCITO 
 
 
Eritron - conjunto dos eritrócitos e seus precursores medulares. 
Tamanho Núcleo Cromatina Composição 
1. Diminuição do tamanho 
celular 
 
2. Citoplasma vai do azul 
para salmão 
 
3. Núcleo vai da cor 
púrpura-vermelho para 
azul escuro 
Morfologia dos eritrócitos 
ERITROPOESE – 
Gênese dos eritrócitos 
 
AS CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DOS 
PRECURSORES ERITRÓIDES REFLETE DUAS 
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS: 
 
•Intensa capacidade proliferativa 
 
•1 Proeritroblasto = 16 Eritrócitos 
 
 
•Intensa Síntese Proteíca 
 
•95% é Hemoglobina (genes das globinas muito ativos = 
grande quantidade de RNAm correspondente) Seqüência de amplificação e maturação no desenvolvimento de 
eritrócitos maduros a partir do proeritroblasto 
11/08/2017 
18 
Maturação dos eritrócitos 
•Intensa Síntese Proteíca 
ERITROPOESE – 
Gênese dos eritrócitos 
 
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DOS PRECURSORES 
ERITRÓIDES (DOIS RECEPTORES) 
 
•Receptor de Eritropoetina 
 
•Precursores: BFU-E e CFU-E 
•Máxima expressão: Proeritroblasto e Eritroblasto Basófilo 
 
•Receptor de Transferrina (CD71) 
 
•Todas as células do organismo. 
•Alta expressão nos precursores eritróides, sobretudo nos 
Eritroblastos ortocromáticos 
 
•Presença de Glicoforina A na membrana celular desta linhagem 
ERITROPOESE – 
Gênese dos eritrócitos 
 
 
Reticulócitos 
 
 
•Célula anucleada 
•Conserva resquícios de algumas organelas: Ribossomos, 
Retículo Endoplasmático e Mitocôndrias 
•Baixa síntese proteíca: 10%-20% da Síntese de Hb 
•Certa capacidade de Respiração Aeróbica 
 
Eritrócitos 
 
•Cessa a síntese proteíca e o metabolismo aeróbio 
•Metabolismo via Embden-Meyerhoff e shunt das pentoses 
•Exocitose de proteínas e lipídios = Perde TfR 
 
Precursores eritróides 
11/08/2017 
19 
Pró-eritroblasto 
•Núcleo: cromatina avermelhada, 
homogênia, frouxa 
 
•Relação N/C 8:1 
 
•Citoplasma: azul por causa da 
concentração de organelas 
 
Pró-eritroblasto 
Aspirado de MO 
Eritroblasto basófilo 
• Núcleo: cromatina começa a 
condensação 
 
• Relação N/C 6:1 
 
• Citoplasma: mais azulado 
que estágio anterior, por isso 
o nome basófilo 
 
Eritroblasto basófilo 
Aspirado de MO 
Prof. Dr. Marcos André Bezerra 
UFPE/HEMOPE 
11/08/2017 
20 
Eritroblasto policromático 
•Núcleo: condensação reduz 
tamanho do núcleo 
 
•Relação N/C 4:1 
 
•Citoplasma: evidente vermelho 
associado com a Hb. 
 
Eritroblasto policromático 
Aspirado de MO 
•Núcleo: completamente condensado 
 
•Relação N/C 1:2 
 
•Citoplasma: reflete a produção quase 
completamente de Hb 
 
•Perde núcleo num processo ativo de 
extrusão 
Eritroblasto ortocromático 
Eritroblasto ortocromático 
Aspirado de MO 
11/08/2017 
21 
Hemácia 
policromatófila 
•Não há núcleo 
 
•Citoplasma: característico da 
presença de Hb 
 
•Localização: reside na MO por 1 
dia e move-se para a circulação 
periférica (1 dia) 
 
Reticulócito 
Corante supra-vital 
(Azul de Cresil Brilhante) 
•Restos de material 
reticular que não 
apresentam afinidade por 
corante comum 
Eritrócito 
•Disco bicôncavo, flexível, capaz de 
atravessar a pequena circulação 
 
•Não há núcleo 
 
•Tempo de vida médio: 90-120 dias 
Eritrócito 
Sangue periférico 
11/08/2017 
22 
Precursores eritróides: Proeritroblasto - eritr. Basofílico - erit. Policromático 
 Eritr. Ortocromático - reticulócito - eritrócito 
Eritropoetina 
Prof. Dr. Marcos André Bezerra 
UFPE/HEMOPE 
Pró-eritroblasto 
Eritroblasto Basófilo 
Eritroblasto Policromático 
11/08/2017 
23 
Eritroblasto Ortocromático 
Eritrócito Policromático 
Reticulócito 
Eritrócito 
ao hemograma colaração supravital 
Reticulócitos 
11/08/2017 
24 
Precursores medulares dos eritrócitos 
 Pró-
eritroblasto Eritroblasto Basófilo 
Eritroblasto Policromático 
Eritroblasto Ortocromático 
Reticulócito 
Eritrócito 
Cultura de Células CD34+ em Metilcelulose 
CD34+ 
Beads magnética – esfera magnética 
conjugada com Ac anti- CD34 
11/08/2017 
25 
Proeritroblastos 
Pró-eritroblasto 
Eritroblasto Basófilo 
Eritroblasto basófilo 
11/08/2017 
26 
Eritroblasto policromático/ortocromático 
Prof. Dr. Marcos André Bezerra 
UFPE/HEMOPE 
Eritroblastos ortocromaticos em diferentes fases 
Reticulócito 
Eritroblasto 
ortocromatico 
Eritroblasto 
policromático 
Hemácia 
Prof. Dr. Marcos André Bezerra 
UFPE/HEMOPE 
Célula em divisão 
11/08/2017 
27 
11/08/2017 
28 
11/08/2017 
29 
Bibliografia Básica 
Azevedo, M.R.A. Hematologia Básica: Fisiopatologia e Estudo Laboratorial. 4ª ed. 
Livraria Luana Editora, 2008. 
 Bain, B.J. – Células Sanguíneas – Um Guia Prático. Editora Artmed, Porto Alegre, 
2004. 
Failace, R. Hemograma: Manual de Interpretação. Porto Alegre. 5ª ed. Artmed, 
2009. 
Grotto, H.Z.W. Interpretação Clínica do Hemograma. São Paulo. Atheneu Editora, 
2009. 
Hoffbrand, AV; Moss, PAH & Pettit, JE. Fundamentos em Hematologia. 5ªed. Porto 
Alegre: Artmed, 2006. 
Hoffbrand A.V. & Pettit J.E. – Atlas Colorido de Hematologia Clínica, 3ª ed. Editora 
Manole São Paulo, 2001. 
 Lewis, M. S.; Bain, B.J. e Bates, I. – Hematologia Prática de Dacie & Lewis, 9ª ed. 
Editora Artmed, Porto Alegre, 2006. 
 Loffler, H & Rastetter, J. Atlas Colorido de Hematologia. Editora REVINTER Ltda. 
5ªed. Rio de Janeiro, 2002. 
Oliveira, R.A.G. Hemograma: Como Fazer e Interpretar. 1ª ed. LPM Editora, 2008. 
Zago, M. A.; Falcão, R. P. e Pasquini, R. – Hematologia – Fundamentos e Prática, 
Editora Atheneu, São Paulo, 2001. 
11/08/2017 
30 
Polimorfonucleares 
(Granulócitos) 
Pós-Graduação – Especialização em Hematologia Clínica 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
 Leucócitos que, no estágio maduro, contêm grânulos 
específicos no citoplasma: neutrófilos, eosinófilos e 
basófilos. 
 Estas células são produzidas na MO, passam algumas 
horas no sangue e, atravessando as paredes dos vasos 
sanguíneos, vão para os tecidos onde exercem suas 
funções, em especial a fagocitose e a destruição de 
agentes patogênicos. 
Neutrófilo 
Basófilo 
Eosinófilo 
11/08/2017 
31 
Polimorfonucleares 
Geração e maturação de células na MO - Hematopoese 
Geração e Maturação dos Granulócitos na MO - 
Granulocitopoese 
Dinâmica e Função 
dos Granulócitos 
11/08/2017 
32 
Cinética e Função dos Neutrófilos 
• É o leucócito mais abundante no sangue periférico 
(SP) de adultos (2,5 – 7,5 x 109 /L) 
• São produzidos na MO a partir de células 
progenitoras multipotenciais, sob ação de 
numerosos mediadores G-CSF e GM-CSF. 
• Os neutrófilos são liberados da MO para o SP 
onde sua meia-vida é de 6-10 horas. 
Cinética e Função dos Neutrófilos 
• Neutrofilia Verdadeira – A MO solicita neutrófilos, 
enviando células, inclusive mais imaturas. 
• Pseudoneutrofilia – Estímulo da adrenalina – Zona 
Marginal  Periférico 
• Indução – Glicocorticoides. Estímulo pela droga. 
• Ao contrário do macrófago, o neutrófilo não reside nos 
tecidos saudáveis, migrando para locais de danos 
teciduais; sendo os tecidos o local de consumo. 
Cinética e Função dos Neutrófilos 
• É a principal célula fagocítica e microbicida das 
defesasimunes inatas. 
• A principal função é prevenir ou retardar a introdução 
de agentes infecciosos e outros materiais estranhos no 
ambiente do hospedeiro. Essa função é executada 
pela fagocitose e digestão do material. 
• Os neutrófilos também liberam várias substâncias em 
seu ambiente – função secretora. 
Cinética e Função dos Neutrófilos 
• A Interleucina-8 aumenta a capacidade do neutrófilo de 
destruir bactérias pela intensificação da fagocitose, 
produção de superóxido e liberação de grânulos, 
desencadeia dessa forma uma firme adesão do neutrófilo 
a célula endotelial, promove a migração para os tecidos e 
ativa seu mecanismo efetor. 
• Os neutrófilos são atraídos pelo estímulo quimiotáxico 
mediado por produtos bacterianos, componentes do 
complemento. Isso é o início do processo da resposta 
imediata. Ocorre em menos de uma hora. 
11/08/2017 
33 
Migração dos Neutrófilos 
• Rolagem ou adesão primária: os neutrófilos que estão fluindo 
próximos à parede endotelial podem estabelecer contato 
transitório com o endotélio 
• Adesão secundária: repentinamente o fenômeno de rolagem 
pode cessar, indicando que o neutrófilo está mais firmemente 
aderido à superfície da célula endotelial 
• Diapedese: os neutrófilos firmemente aderidos às células 
endoteliais penetram nas falhas entre duas células, passando 
para a matriz dos tecidos 
Quimiotaxia: atração dos neutrófilos para o local de lesão tecidual. Isto 
depende da ação de numerosas substâncias liberadas no processo 
inflamatório. 
Migração dos Neutrófilos 
Cinética e Função dos Eosinófilos 
• Assim como os neutrófilos, os eosinófilos são 
produzidos e armazenados na MO. 
• Os eosinófilos são atraídos para tecidos onde há 
invasão por parasitas ou sítios de reações alérgicas. 
• Três citocinas têm um papel central na diferenciação 
dos eosinófilos: IL-3, IL-5 e o fator estimulador de 
granulócitos e macrófagos (GM-CSF). 
Cinética e Função dos Eosinófilos 
• A migração extravascular dos eosinófilos segue passos 
similares dos neutrófilos, começando com interações de 
baixa intensidade entre o eosinófilo e a célula endotelial; 
em seguida, formam-se interações mais fortes, levando à 
firme adesão do eosinófilo que depende de moléculas de 
adesão. 
Funções: Os eosinófilos têm uma atividade 
proinflamatória e citotóxica, participando da reação e 
patogênese de numerosas doenças alérgicas, 
parasitárias e neoplásicas, e na remoção de fibrina 
formada durante a inflamação. 
11/08/2017 
34 
Cinética e Função dos Basófilos 
• Os grandes grânulos são ricos em histamina, 
serotonina, sulfato de condroitina e leucotrienos. 
• São portanto a principal fonte de histamina em 
circulação, que são liberadas pela desgranulação 
determinada pela interação de seus receptores Fc com 
IgE. 
• A histamina, liberada pelos basófilos, é um potente 
agente quimiotático para os eosinófilos. 
MATURAÇÃO 
GRANULOCÍTICA 
MIELOBLASTO 
 
PROMIELÓCITO 
 
MIELOCITO 
 
METAMIELÓCITO 
 
BASTONETE 
 
SEGMENTADO 
Características durante a seqüência 
maturativa 
• O núcleo vai perdendo sua característica imatura, os nucléolos 
desaparecem, a cromatina é condensada aos poucos, e o formato 
do núcleo vai evoluindo de arredondado para chanfrado, 
reniforme, e finalmente segmenta-se. Em geral são de 3 a 4 
segmentos irregulares, ligados por um delicado filamento. 
 
• O citoplasma vai perdendo a basofilia (tonalidade de azulada na 
coloração de Leishman), e vão aparecendo grânulos. Inicialmente 
são grânulos azurófilos mais grosseiros, seguidos de grânulos 
específicos (secundários) e grânulos terciários (ou de gelatinase). 
Mieloblasto 
• Mieloblasto é a célula mais imatura da linhagem 
granulócitica. Apesar de seu aspecto pouco diferenciado e 
sua capacidade de multiplicação, o mieloblasto já é uma 
célula restrita, comprometida com uma diferenciação 
granulocítica, não devendo pois ser encarada como uma 
forma de célula progenitora. 
• O núcleo ocupa quase toda a superfície e tem uma relação 
núcleo-citoplasma elevada (6:1) e núcleo redondo ou ovalado. 
O núcleo volumoso tem característica imatura, com cromatina 
delicada e nucléolos visíveis (1-5, + comum 2 a 3). O 
citoplasma é bastante basófilo e em geral contém alguns 
grânulos azúrofilos que permitem reconhecer seu vínculo com 
a linhagem granulocítica. 
11/08/2017 
35 
Mieloblasto Promielócito 
• Célula ligeiramente maior que o mieloblasto. Redonda 
ou Ovalada. 
• Ao compará-lo com o mieloblasto, verifica-se que a 
relação núcleo-citoplasma é menor e o citoplasma mais 
basófilo. Núcleo grande, ligeiramente excêntrico. Por 
vezes denteado de cromatina púrpura clara. Exibe 
nucléolos menos nítidos que o mieloblasto. 
• Citoplasma mais abundante, claro, exibindo numerosos 
grânulos de coloração azurófila. 
 
Promielócito Mielócito 
• É menor que o promielócito. Célula de núcleo 
arredondado ou ovalado, com granulações 
neutrofílicas quase que específicas. A cromatina 
mostra grau moderado de condensação e não 
são evidenciados nucléolos. O citoplasma é 
mais acidófilo que o promielócito. 
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36 
Mielócito Metamielócito 
• Apresenta todas as características citológicas do 
mielócito, diferenciando apenas pelo núcleo reniforme ou 
em forma de U. 
• Núcleo com cromatina densa, distribuído por numerosos 
fragmentos delimitado de forma mais nítida que o do 
mielócito. 
• Apresenta citoplasma acidófilo. É o mais jovem dos 
granulócitos que podem ser encontrado no sangue 
circulante. 
Metamielócito Bastonete 
• São encontrados em pequena quantidade em 
sangue periférico. 
• Cromatina mais condensada, e diferenciam-se das 
formas mais imaturas por uma maior condensação 
da cromatina e modificação da morfologia nuclear 
que assume a forma de um bastão. Célula ainda 
desprovida de lóbulos nucleares. 
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37 
Bastonete Neutrófilo Neutrófilo Segmentado 
• Apresenta-se como uma célula de núcleo 
multilobulado (2-5 lóbulos) de cromatina purpúrea 
escura e densa, cujos lóbulos são interligados por uma 
filamento de cromatina. 
• O citoplasma é abundante, fracamente rósseo, 
contendo fina granulação específica. A granulação 
azurófila perde a sua coloração escura neste estágio 
de maturação. 
Neutrófilo Segmentado 
MATURAÇÃO GRANULOCÍTICA 
11/08/2017 
38 
11/08/2017 
39 
11/08/2017 
40 
Promielócito 
Labcen 2012 
Labcen 2012 
11/08/2017 
41 
11/08/2017 
42 
11/08/2017 
43 
Mielócito Neutrófilo Bastonete Neutrófilo 
Labcen 2012 
Labcen 2012 
11/08/2017 
44 
Labcen 2012 Labcen 2012 
Labcen 2012 Labcen 2012 
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45 
Labcen 2012 Labcen 2012 
Eosinófilo 
• Apresentam no citoplasma grânulos com alta 
afinidade pela eosina, um corante ácido utilizado nas 
colorações de Romanowsky. 
• Citoplasma abundante rico em grânulos eosinofílicos. 
• Núcleo de cromatina densa e na maior parte das 
vezes bilobulado. 
Eosinófilo 
11/08/2017 
46 
Mielócito Eosinófilo 
Labcen 2012 
Labcen 2012 
Labcen 2012 
11/08/2017 
47 
Metamielócito Eosinófilo 
Labcen 2012 
Bastonete Eosinófilo 
Basófilo 
• Granulócitos mais escassos no sangue; 
• Caracterizados pela presença de grânulos 
citoplasmático que se tingem com corantes básicos nas 
colorações usuais em cor purpúra-escura. 
• Núcleo multilobulado apresenta cromatina densa. 
• São a principal fonte de histamina em circulação 
11/08/2017 
48 
Basófilo 
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49 
11/08/2017 
50 
11/08/201751 
11/08/2017 
52 
11/08/2017 
53 
11/08/2017 
54 
11/08/2017 
55 
Células Mononucleares e 
Plaquetas 
Pós-Graduação – Especialização em Hematologia Clínica 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
Leucócitos 
11/08/2017 
56 
Geração e Maturação dos Linfócitos - 
Linfopoese Linfoblasto 
• Célula blástica precursora da linhagem linfocítica, apresentando-se 
redonda ou oval, normalmente ausente no sangue periférico, sendo 
encontrada em condições normais nos orgãos linfóides e na MO. 
• Citoplasma quase sempre basofílico com grânulos ausentes. 
• Núcleo central, cromatina fina e membrana regular. A cromatina 
nuclear púrpura é fina e reticular, apresenta-se agregada em torno da 
membrana nuclear. Em geral é menos delicada que a do mieloblasto. 
• Os nucléolos são em número de um a dois, não muito bem 
delimitado e por vezes ausentes. 
Linfoblasto Linfoblasto 
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57 
Pro-Linfócito 
• Esta célula, em condiçoes normais, só é encontrada nos 
orgãos linfóides e na MO. 
• Apresenta núcleo oval ou levemente chanfrado, apresentando 
uma cromatina mais condensada que a do linfoblasto corada 
em púrpura panoticamente. 
• Ao microscópio óptico é possível, visualizar-mos geralmente 
01 nucléolo, corado panoticamente em azul. 
• Apresenta citoplasma basófilo, de tonalidade azul menos 
intenso que a do citoplasma do linfoblasto, podendo apresentar 
escassa granulação primária. 
 
 
Pro-Linfócito 
Labcen 2012 
Leucemia Prolinfocítica-B 
Prolinfócitos com nucléolo central proeminente 
e citoplasma abundante e pálido 
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58 
Linfócito 
• Citoplasma com basofilia não muito intensa, membrana regular. 
• Núcleo central, cromatina densa, nucléolos ausentes e 
membrana regular 
• População linfóide é heterogênea, constituída de pequenos, 
médios e grandes linfócitos. 
• São mononucleares 
 
Linfócito 
Linfócito Atípico 
Linfócitos atípicos apresentam morfologia pleomórfica: 
• Aumento do volume celular; 
• Tamanhos variados; 
• Núcleo pleomórfico, as vezes com nucléolo; 
• Citoplasma abundante, quase sempre hiperbasofílico, as 
vezes adaptando-se ao contorne de glóbulos vizinhos. 
• Todo esse pleomorfismo morfológico são as 
transformações reativas. 
Linfócitos Atípicos 
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59 
Plasmócito 
• São células ligeiramente 
esféricas e elípticas. 
• Citoplasma abundante e quase 
sempre basofílico apresenta uma 
zona perinuclear clara e bem 
definida que contem o aparelho de 
golgi. 
• Núcleo excêntrico, redondo ou 
oval. 
Linfócitos: (a) Linfócito pequeno, (b) linfócito ativado, (c) linfócito 
grande e granular, (d) plasmócito. 
Cinética e função dos linfócitos 
• Os linfócitos têm sua origem a partir da célula-tronco progenitora 
na medula óssea que dá origem ao progenitor linfóide comum. Este 
origina os linfócitos da linhagem linfóide, que são os linfócitos T e 
B (pequenos) e os natural killer (NK), maiores. 
Funções dos Linfócitos 
 Linfócitos T e B: Componentes da imunidade adaptativa 
LB: imunidade humoral 
Secreção de anticorpos (IgM, IgG, IgA, IgE) 
LT: imunidade celular 
CD8+: citotóxico ou citolítico: citotoxicidade 
celular dependente de MHC de classe I, resposta 
contra antígenos endógenos 
CD4+: auxiliar ou helper: gerencia o sistema 
imune através da secreção de citocinas, resposta 
contra antígenos exógenos dependente de MHC de 
classe II 
11/08/2017 
60 
Funções dos Linfócitos 
•Linfócito Natural Killer (NK) : 
 
•Participa da imunidade inata 
•Possui Receptores de Ativação de Lise (KAR) e de Inibição de 
Lise (KIR) 
•Grânulos contém: Perforinas e Granzimas (Lise da célula-alvo) 
•Realiza citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCC) 
•Atua contra Vírus e Tumores (Antígenos Intracelulares) 
•Alorreatividade pós-transplante 
•Proliferação dependente principalmente de IL-12 e IL-15 
•Marcadores de superfície: CD16, CD56, CD57 
Linfócitos 
• Valores Normais: (20-40%) 800 - 4.400 mm3 
 
• Núcleo esférico e grande, citoplasma escasso 
 
• Linfócitos T (cerca de 80% dos linfócitos circulantes) e 
Linfócitos B (10-20% dos linfócitos circulantes): indiferenciáveis 
pela microscopia, sendo portanto, diferenciáveis pelas técnicas 
imunocitoquímicas para detecção de receptores específicos de 
membrana. 
Monopoese 
11/08/2017 
61 
Sistema reticuloendotelial: distribuição dos macrófagos 
Maturação Monocítica 
Monoblasto 
• Célula blástica precursora da linhagem monocítica, presente em 
condições normais na MO e ausente no sangue periférico. 
• A diferenciação em termos morfológicos entre o monoblasto e o 
mieloblasto é difícil, sendo quase impossível a distinção à 
microscopia óptica. 
• Apresenta núcleo geralmente grande, redondo ou oval, com uma 
cromatina muito fina e delicada de cor púrpura claro. 
Normalmente possui de 01 à 02 nucléolos. 
• O citoplasma é levemente basófilo, podendo apresentar escassas 
granulações primárias. 
Monoblasto 
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62 
Promonócito 
• Célula encontrada nnormalmente na MO, estando ausente no 
sangue periférico. 
• Núcleo redondo ou denteado com a cromatina menos delicada e 
púrpura mais escuro que a do monoblasto, podendo conter nucléolo. 
• Citoplasma ligeiramente basofílico, apresentando grânulos 
lisossomais finos. 
Promonócito 
Monoblasto/Promonócito Monócito 
• Encontrado em condições normais na MO e no sangue periférico 
Valores Normais: (3-11%) 120 – 1.210 mm3 
• O monócito é a maior célula normal circulando no sangue. 
• Exibe núcleo oval, riniforme, redondo, denteado, ou com outras 
formas, e grande. Cromatina delicada, revelando-se aspecto 
considerado frouxo, corando-se de púrpura claro a púrpura de 
mediana intensidade. Ausência de nucléolos. 
• Citoplasma abundante, normalmente cinza azulado. Podendo 
apresentar inúmeros vacúolos citoplasmáticos. 
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63 
Monócito 
Cinética e função dos monócitos 
• Origem idêntica aos granulócitos neutrófilos, a diferença é que 
os neutrófilos migram para região lesada. 
• Os monócitos são originados na medula óssea, nela encontramos 
as formas imaturas - monoblastos, promonócitos; eles são 
liberados da medula óssea para o sangue periférico e, onde o 
tempo de meia vida 8.4 horas, e daí para os tecidos. Nestes 
sobrevivem por alguns anos como macrófagos tissulares. 
Função dos monócitos 
• Removem e processam as células senescentes e restos teciduais; 
• Destroem parasitas intracelulares e células malignas; 
• Participam das reações de imunidade humoral e celular: 
processamento e apresentação de antígeno; 
• Sintetizam e secretam certos fatores de crescimento: IL-1, TNF, 
Interferon, fatores de estimulação de colônias. 
 
Megacariopoese 
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64 
Megacarioblasto 
• Célula blástica precursora da linhagem plaquetária encontrada 
em condições normais na MO. Apresenta 16 a 25 microns de 
diâmetro. 
• Apresenta 1 ou 2 núcleos lobulados de cromatina púrpura escura, 
reticulada e fina. Possui de 2 a 5 nucléolos 
• O citoplasma é panoticamente basófilo, muito escasso, não 
apresentando grânulos, podendo apresentar vacúolos. 
Megacarioblasto 
Megacarioblastos em vários estágios de maturação 
Promegacariócito 
• Encontrado em condições normais na MO. Apresenta de 20 a 
25 mícrons de diâmetro. 
• Apresenta 1 ou mais núcleos com cromatina corada em 
púrpura, sendo mais condensado que o a do megacariobasto. 
Possui de 1 a 2 nucléolos 
• O citoplasma é moderadamente basófilo,podendo apresentar 
próximo ao núcleo raros grânulos azurófilos finos. 
Promegacariócito 
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65 
Megacariócito 
• Esta é a maior célula do sistema hematopoético, encontrada na 
MO num percentual de 01 a 3,0%. Apresenta de 40 a 100 microns 
de diâmetro. 
• Geralmente possui de 2 a 8 núcleos, com cromatina condensada 
distribuída em forma de grosseiros grumos. 
• Podemos evidenciar com pouca clareza de 2 a 4 nucléolos ou não 
seram evidenciados em função do arranjo cromatínico. 
• O citoplasma apresenta 3 estágios maturativos a saber: 
megacariócito basófilo, megacariócito granuloso e megacariócito 
plaquetário. 
Megacariócito 
Megacariócito e Megacarioblasto Megacariócitos 
(a) Forma imatura com citoplasma basófilo, (b) forma madura com 
muitos lobos nucleares e granulação intensa 
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66 
Megacariócitos 
• O megacariócito amadurece por replicação endomitótica 
sincrônizada (isto é, replicação do DNA sem haver divisão 
do núcleo ou citoplasmática); 
• Aumentando o volume do citoplasma e o número de lobos 
nucleares em múltiplos de dois; 
• Plaquetas formam-se pela fragmentação do citoplasma do 
megacariócito, originando-se 1.000 a 5.000 de cada 
megacariócito. 
 
Megacariopoese ou Megacariocitopoese 
•Receptor transmembrana polipeptídico – Mpl: 
Plaquetas, Megacariócitos e Células CD34+ na Medula 
Óssea. 
•Ligante para o Receptor Mpl (gene c-Mpl): ML, Fator de 
desenvolvimento do megacariócito (MGDF), Megapoetina, 
Trombopoetina (TPO). 
•A TPO é produzida no Fígado e Rins e seu nível correlaciona-
se melhor com a massa total de megacariócitos e plaquetas do 
que com o grau de trombocitopenia. 
Megacariopoese ou Megacariocitopoese 
•Funções da TPO: 
Formação de grânulos específicos das plaquetas; 
Expressão de proteínas específicas da membrana 
plaquetária (GPIIb/IIIa) 
Desenvolvimento das membranas de demarcação no 
megacariócito (invaginação da membrana); 
Endomitose (Replicação do DNA sem divisão de 
citoplasma) e resultante estado de poliploidia (32n-64n) 
 
Megacariócitos 
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67 
Megacariócitos 
• O principal regulador da produção de plaquetas é a 
trombopoetina, constitucionalmente produzida pelo 
fígado e pelos rins. 
• A trombopoetina aumenta o número e o ritmo de 
maturação dos megacariócitos via receptor c-Mpl. 
Plaquetas 
• Fragmentos do citoplasma de 
células gigantes da MO chamadas 
megacariócitos; 
• Vida média: 10-14 dias 
• Distribuição: 70-80% circulando 
 
 20-30% no baço 
• Destruição: macrófagos (baço e 
fígado) 
Plaquetas 
• As plaquetas são muito pequenas e discóides, com 
diâmetro 2-4m, e o volume médio de 7 – 11 fL. 
•Valores normais: 150.000 – 450.000/ mm3 
• < 50.000  Tendência hemorrágica 
• < 5.000  Risco de sangramento fatal (SNC) ou 
hemorragia G.I. intensa 
Plaquetas: Funções 
• A principal função das plaquetas é a formação do tampão 
mecânico durante a resposta hemostática normal à lesão 
vascular. 
• A imobilização das plaquetas nos sítio de lesão vascular 
requer interações específicas plaqueta-parede vascular 
(adesão) e plaqueta-plaqueta (agregação). 
• Outras funções: manutenção e regulação do tônus vascular; 
inflamação; defesa do hospedeiro. 
11/08/2017 
68 
Plaquetas: Funções 
Bibliografia Básica 
Azevedo, M.R.A. Hematologia Básica: Fisiopatologia e Estudo Laboratorial. 4ª ed. 
Livraria Luana Editora, 2008. 
 Bain, B.J. – Células Sanguíneas – Um Guia Prático. Editora Artmed, Porto Alegre, 2004. 
Failace, R. Hemograma: Manual de Interpretação. Porto Alegre. 5ª ed. Artmed, 2009. 
Grotto, H.Z.W. Interpretação Clínica do Hemograma. São Paulo. Atheneu Editora, 2009. 
Hoffbrand, AV; Moss, PAH & Pettit, JE. Fundamentos em Hematologia. 5ªed. Porto 
Alegre: Artmed, 2006. 
Hoffbrand A.V. & Pettit J.E. – Atlas Colorido de Hematologia Clínica, 3ª ed. Editora 
Manole São Paulo, 2001. 
Lewis, M. S.; Bain, B.J. e Bates, I. – Hematologia Prática de Dacie & Lewis, 9ª ed. 
Editora Artmed, Porto Alegre, 2006. 
Loffler, H & Rastetter, J. Atlas Colorido de Hematologia. Editora REVINTER Ltda. 5ªed. 
Rio de Janeiro, 2002. 
Oliveira, R.A.G. Hemograma: Como Fazer e Interpretar. 1ª ed. LPM Editora, 2008. 
Zago, M. A.; Falcão, R. P. e Pasquini, R. – Hematologia – Fundamentos e Prática, Editora 
Atheneu, São Paulo, 2001. 
Zago, M. A.; Falcão, R. P. e Pasquini, R. – Tratado de Hematologia, Editora Atheneu, São 
Paulo, 2014. 
Melo, M.A.W.; Silveira, C.M. Laboratório de Hematologia: Teorias, Técnicas e Atlas - 
Editora Rubio, 2014. 
11/08/2017 
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