Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Procedimentos e Resultados Experimentais Os materiais utilizados na pra´tica foram: um potencioˆmetro, uma lupa, uma tabela com co´digo de cores (presente no manual de pra´ticas), cabos me´dios e grandes, garras jacare´, um mult´ımetro digital (em que foi utilizado o ohmı´metro associado), sete resistores acoplados em uma placa e 5 resistores fixados sobre uma base de madeira cada um. Figura 1 - Materiais Utilizados. Fonte: Carlos Germano Lima de Sousa (2017). ola PROCEDIMENTO 1: Escalas do ohmı´metro. O primeiro procedimento da pra´tica consistiu na observac¸a˜o e anotac¸a˜o das escalas do ohmı´metro as- sociado ao mult´ımetro digital fornecido para a realizac¸a˜o da pra´tica. Os valores das resisteˆncias indicados na escala foram, em ordem crescente e um unidade de Ohm (Ω), os seguintes nu´meros: 600, 6 k, 60 k, 600 k, 6 M, 60 M. As letras k e M ao lado dos valores indicam, respectivamente, a multiplicac¸a˜o do valor da resisteˆncia por 103 e 106. PROCEDIMENTO 2: Identificac¸a˜o do valor da resisteˆncia pelo co´digo de cores. O segundo procedimento da pra´tica teve como foco a identificac¸a˜o dos valores das resisteˆncias de sete resistores contidos em uma placa pela leitura do co´digo de faixas de cores presentes em cada resistor. Utilizando-se da tabela de co´digo de cores presente no manual de pra´ticas (pa´gina 5), a Tabela 1 foi preenchida, tomando-se cuidado com a ordem de leitura das faixas coloridas nos resistores e da quan- tidade de faixas presentes, de modo a escrever corretamente os valores nominais das resisteˆncias e suas toleraˆncias. A identificac¸a˜o de cada resistor por R1, R2, etc, deu-se por uma marcac¸a˜o pro´xima de um dos resistores presente em um dos extremos da placa e a visualizac¸a˜o das faixas foi facilitada pelo uso de uma lupa. 1 Tabela 1 - Identificac¸a˜o da resisteˆncia pelo co´digo de cores. R Cores Rnominal (Ω) Toleraˆncia 1 Laranja, Laranja, Vermelha, Dourada 33.102 = 3,3 k 5% 2 Cinza, Vermelho, Dourada, Dourada 82.10−1 = 8,2 5% 3 Amarelo, Violeta, Marrom, Dourada 47.101 = 470 5% 4 Cinza, Vermelha, Marrom, Dourada 82.101 = 820 5% 5 Marrom, Preta, Preta, Vermelha, Marrom 100.102 = 10 k 1% 6 Marrom, Cinza, Marrom, Dourada 18.101 = 180 5% 7 Laranja, Azul, Preta, Vermelha, Marrom 360.102 = 36 k 1% Fonte: Manual de pra´ticas modificado (2017). ola Uma vez que em cinco dos resistores havia uma faixa dourada com apenas outra faixa colorida pro´xima (ou seja, a faixa dourada estava em uma ”extremidade”da sequeˆncia de faixas coloridas), tornou-se fa´cil saber a ordem de leitura da resisteˆncia pois os valores nominais na˜o comec¸am com a faixa dourada, de acordo com a tabela dos co´digos de cores, sendo assim a faixa dourada relativa a toleraˆncia do resistor. Ja´ os outros dois resistores que na˜o continham uma faixa dourada tinham uma das faixas mais afastadas e/ou maiores do que as outras (a faixa marrom), sendo esta a faixa indicativa da toleraˆncia do resistor. PROCEDIMENTO 3: Medida da resisteˆncia. O terceiro procedimento da pra´tica foi realizado de modo a obter os valores das resisteˆncias dos 7 resis- tores utilizados no procedimento anterior com o manuseio do ohmı´metro digital. Para isto, o mult´ımetro digital utilizado durante a pra´tica foi ligado e um cabo me´dio azul (ponto de prova) foi conectado ao terminal COM do mult´ımetro e outro cabo me´dio vermelho foi conectado ao terminal V/Ω. Em seguida, garras jacare´ foram ligados a`s pontas livres dos cabos e, para cada resistor presente na placa e com base nas resisteˆncias obtidas pelas faixas coloridas, a escala adequada era escolhida no ohmı´metro e os dois cabos foram conectados nas extremidades dos resistores, de modo a obter no visor do mult´ımetro o valor da resisteˆncia desejada. Os valores nominais (ja´ presentes na Tabela 1) e medidos das resisteˆncias para cada resistor foram anotados na Tabela 2, juntamente com a escala utilizada para cada medic¸a˜o e o erro percentual de cada medida em relac¸a˜o ao valor nominal, dado pelo mo´dulo da diferenc¸a destes valores divido pelo valor no- minal e multiplicado por 100. Os valores medidos sa˜o mostrados do mesmo modo que foram apresentados no visor de mult´ımetro. Tabela 2 - Valores medidos de resisteˆncia e determinac¸a˜o do erro. R Rnominal (Ω) Rmedido (Ω) Escala Erro (%) 1 3,3 k 3,254 k 6 k 1,39 2 8,2 8 600 2,44 3 470 465,7 600 0,915 4 820 0,815 k 6 k 0,610 5 10 k 9,95 k 60 k 0,500 6 180 177,2 600 1,56 7 36 k 35,95 k 60 k 0,139 Fonte: Manual de pra´ticas modificado (2017). ola Comparando as Tabelas 1 e 2 e´ poss´ıvel observar que todas as resisteˆncias do resistores utilizados estavam dentro das toleraˆncias fornecidas pelo fabricante dos resistores. PROCEDIMENTO 4: Associac¸a˜o de resistores. O quarto procedimento da pra´tica consistiu na associac¸a˜o de resistores de modo a obter e medir as resisteˆncias equivalentes da associac¸a˜o. Para tal procedimento, foram utilizados cabos pequenos e 5 2 resistores contidos cada um em uma base de madeira. Cada resistor continha em sua base os valores nominais de suas resisteˆncias, com excec¸a˜o de um deles, sendo sua resisteˆncia descoberta pela leitura do co´digo das faixas coloridas. Em cada base dos resistores haviam entradas que permitiam liga´-los entre si e/ou ao mult´ımetro por meio de cabos. De in´ıcio, os valores nominais dos resistores foram lidos (tanto pelo co´digo de cores, quanto pela indicac¸a˜o presente em suas bases) e anotados na Tabela 3. Em seguida, cada resistor teve sua resisteˆncia medida pelo ohmı´metro presente no mult´ımetro digital e os valores obtidos foram tambe´m anotados na Tabela 3. Igualmente a` Tabela 2, os valores medidos sa˜o mostrados do mesmo modo que foram apresen- tados no visor de mult´ımetro. Tabela 3 - Identificac¸a˜o dos resistores fornecidos. Rnominal (Ω) Rmedido (Ω) 1 k 0,997 k 1 k 0,991 k 1 k 1,003 k 3,3 k 3,289 k 3,3 k 3,253 k Fonte: Manual de pra´ticas modificado (2017). ola De acordo com a tabela acima, haviam treˆs resistores de 1 kΩ e dois de 3,3 kΩ. Em seguida, asso- ciac¸o˜es em se´rie e em paralelo foram feitas entre os resistores de modo a serem medidas as resisteˆncias equivalentes das associac¸o˜es por meio do mult´ımetro. Para a construc¸a˜o da associac¸a˜o em se´rie, os ter- minais dos resistores utilizados eram conectados entre si atrave´s dos cabos dispon´ıveis e a resisteˆncia equivalente era medida entre os terminais livres dos resistores das pontas da associac¸a˜o. Figura 2 - Exemplo da associac¸a˜o em se´rie dos resistores da pra´tica. Fonte: Brehmer Braga Bernardo (2017). ola Para a associac¸a˜o em paralelo, um terminal de cada resistor precisava estar conectado com outro terminal de cada um dos outros resistores utilizados em um ponto em comum, denominado ponto A. Tal conexa˜o era poss´ıvel pois nas pontas dos cabos existiam entradas que possibilitavam que outros ca- bos conectados a outros resistores pudessem se conectar. Os terminais livres de cada um dos resistores tambe´m eram conectados em um outro ponto em comum, denominado ponto B. A resisteˆncia equivalente era medida pela inserc¸a˜o dos cabos do mult´ımetro nos pontos A e B. 3 Por fim, para uma associac¸a˜o mista, um ponto de encontro da associac¸a˜o em paralelo, por exemplo o ponto B mencionado anteriormente, era conectado a` um terminal de um resistor (que na˜o fazia parte da associac¸a˜o em paralelo) e a resisteˆncia equivalente era medida entre os pontos A e o terminal livre do u´ltimo resistor da associac¸a˜o mista. Todas as associac¸o˜es constru´ıdas com os cinco resistores deste procedimento seguidos dos valores das resisteˆncias equivalentes medidas esta˜o listadas abaixo: • Associac¸a˜o em se´rie de dois resistores de 1 kΩ = 1,988 kΩ • Associac¸a˜o em paralelo de dois resistores de 1 kΩ = 498,5 Ω • Associac¸a˜o em se´rie de treˆs resistores de 1 kΩ = 3,040 kΩ • Associac¸a˜oem paralelo de treˆs resistores de 1 kΩ = 332,7 Ω • Associac¸a˜o mista de treˆs resistores de 1 kΩ = 1,491 kΩ • Associac¸a˜o em se´rie de dois resistores de 3,3 kΩ = 6,59 kΩ • Associac¸a˜o em paralelo de dois resistores de 3,3 kΩ = 1,637 kΩ • Associac¸a˜o em se´rie de um resistor de 1 kΩ com outro de 3,3 kΩ = 4,254 kΩ • Associac¸a˜o em paralelo de um resistor de 1 kΩ com outro de 3,3 kΩ = 0,761 kΩ Sabendo-se que a resisteˆncia equivalente de uma associac¸a˜o em se´rie e´ igual a` soma das resisteˆncias associadas, e que o inverso da resisteˆncia equivalente de uma associac¸a˜o em paralelo e´ igual a soma dos inversos das resisteˆncias associadas, os resultados obtidos mostrados acima foram condizentes com os resultados teo´ricos esperados, como por exemplo o valor 498,5 Ω para a resisteˆncia equivalente de uma associac¸a˜o em paralelo entre dois resistores de 1 kΩ, quando o resultado teo´rico esperado era de 500 Ω. Figura 4 - Exemplo de associac¸a˜o mista de resistores R1, R2 e R3. Fonte: Ca´ssio Ce´sar Silva Soares (2017). ola PROCEDIMENTO 5: Potencioˆmetro. O u´ltimo procedimento da pra´tica baseou-se na utilizac¸a˜o de um potencioˆmetro cujo valor da sua resisteˆncia ma´xima, impresso em seu corpo, era de 10 kΩ. Os dois terminais das extremidades do po- tencioˆmetro eram denominados de A e C, e o terminal central era denominado de B. As resisteˆncias entre A e B e entre B e C podiam ser variadas a partir de um cursor presente no potencioˆmetro. Para cada valor em negrito da Tabela 4, o valor da resisteˆncia entre os terminais indicados foi ajustado com o aux´ılio do ohmı´metro e, em seguida, a resisteˆncia entre os outros terminais requeridos na tabela foi medida e anotada, de modo a anotar tambe´m a soma das duas resisteˆncias obtidas. 4 Quando na˜o foi poss´ıvel ajustar os valores das resisteˆncias nos nu´meros exatos indicados na tabela pela dificuldade em se obteˆ-los pelo uso do cursor, os valores mais pro´ximos alcanc¸ados foram tomados e estes foram anotados ao lado dos valores em negrito requeridos. A soma das resisteˆncias foi efetuada com apenas os valores medidos. Tabela 4 - Medida das resisteˆncias nos terminais de um potencioˆmetro. Resisteˆncia entre A e B, RAB Resisteˆncia entre B e C, RBC RAB + RBC 1 kΩ — 0,996 kΩ 9,54 kΩ 10,536 kΩ 3,581 kΩ 7 kΩ 10,581 kΩ 5 kΩ — 4,995 kΩ 5,585 kΩ 10,58 kΩ 4,589 kΩ 6 kΩ — 6,001 kΩ 10,59 kΩ Fonte: Manual de pra´ticas modificado (2017). ola De acordo com a tabela acima, a resisteˆncia ma´xima do potencioˆmetro estava em torno do valor de 10,57 kΩ (me´dias dos somas RAB + RBC), o que difere de 570 Ω (5,7%) do valor fornecido do po- tencioˆmetro (10 kΩ). Quando medido diretamente por meio do mult´ımetro, o valor ma´ximo da resisteˆncia foi de 10,40 kΩ. Prova´veis imperfeic¸o˜es tanto nos cabos utilizados no mult´ımetro quanto nos terminais podem ter contribu´ıdos para as discrepaˆncias obtidas. Figura 3 - Potencioˆmetro e sua resisteˆncia entre dois terminais. Fonte: Brehmer Braga Bernardo (2017). ola Questiona´rio 1- Um resistor apresenta as seguintes faixas: Branca, Verde, Laranja, Vermelha e Ver- melha. Qual o valor nominal da resisteˆncia? E qual a toleraˆncia? Utilizando a tabela com co´digo de cores (pa´gina 5 do manual de pra´ticas) e sabendo-se que a u´ltima faixa representa a toleraˆncia do resistor pois ha´ cinco faixas, enta˜o o valor nominal da resisteˆncia e´, de acordo com a ordem de leitura, igual a 953.102 Ω = 95,3 kΩ. A toleraˆncia do resistor referente a u´ltima faixa vermelha e´ de 2 %. 2- Quais as cores das faixas indicativas do valor nominal de um resistor de 4,87 kΩ e 2 % de toleraˆncia? Temos que 4,87 kΩ = 4,87.103 Ω. Desse modo, a resisteˆncia tem 3 algarismos significativos, e pode- mos reescreveˆ-la como sendo igual a 487.10 Ω. Logo, o resistor tem quatro faixas que indicam seu valor 5 nominal e uma que indica sua toleraˆncia. As 4 faixas que indicativas do seu valor nominal, de acordo com a u´ltima forma do valor da resisteˆncia escrita sa˜o, utilizando a tabela com co´digo de cores: Amarela, Cinza, Violeta e Marrom. A faixa indicativa da sua toleraˆncia e´ a Vermelha. 3- Que e´ a toleraˆncia de um resistor? A toleraˆncia de um resistor e´ o valor em porcentagem fornecido pelo fabricante que indica a margem de erro do valor da resisteˆncia fornecida pelo mesmo. Assim, o nu´mero obtido ao multiplicar-se a to- leraˆncia com o valor da resisteˆncia fornecida pode ser somado ou subtra´ıdo com a resisteˆncia indicada no aparelho de modo a` descobrir o menor e o maior valor da resisteˆncia real poss´ıvel do resistor, tendo assim a faixa de valores aceita´veis da resisteˆncia. 4- Um resistor de 8,2 kΩ tem uma toleraˆncia de 5 %. Qual o valor mı´nimo esperado para o valor da resisteˆncia do mesmo? E qual o valor ma´ximo? Temos que 8,2 kΩ = 8200 Ω e que 8200 x 5% = 8200 x 0,05 = 410. Assim, o valor mı´nimo esperado para a resisteˆncia e´ de (8200 – 410) Ω = 7790 Ω = 7,79 kΩ e o valor ma´ximo esperado e´ de (8200 + 410) Ω = 8610 Ω = 8,61 kΩ. 5- Dois resistores teˆm valores 50 Ohms e 100 Ohms respectivamente com toleraˆncias de 5 %. Quais as toleraˆncias de suas montagens em se´rie e em paralelo? Temos que 5% de 50 e´ igual a 0,05 x 50 = 2,5 e que 5% de 100 e´ igual a 0,05 x 100 = 5. Tais valores calculados sa˜o as incertezas nos valores das resisteˆncias. Se escrevermos cada resisteˆncia com sua incerteza separadas com o s´ımbolo ± e respeitando as regras de escrita que envolvem algarismos significativos, enta˜o: • Resistor de 50 Ohms: Resisteˆncia = (50 ± 2) Ω. • Resistor de 100 Ohms: Resisteˆncia = (100 ± 5) Ω. O nu´mero 2 da incerteza no valor de 50 Ohms e´ devido ao fato de que o nu´mero 2,5 tem seu u´ltimo algarismo igual a 5 e, como o nu´mero que o precede e´ par, este na˜o e´ incrementado de 1 no arredonda- mento. Uma vez que a resisteˆncia equivalente de uma montagem em se´rie de resistores e´ igual a soma individual da resisteˆncia de cada resistor, enta˜o a incerteza da resisteˆncia equivalente pode ser obtida atrave´s de uma propagac¸a˜o de erros. Se δxi e´ a incerteza do termo xi, enta˜o a incerteza da soma de todos os termos, δsoma, e´ tal que: (δsoma) 2 = n∑ i=1 (δxi) 2 (1) Desse modo, temos que a incerteza da resisteˆncia equivalente e´ igual a √ 22 + 52 = 5 Ω (usando no- vamente a notac¸a˜o com apenas um algarismo significativo). O valor da resisteˆncia equivalente e´ igual a soma de 50 Ohms com 100 Ohms, ou seja, 150 Ohms. Logo, a resisteˆncia equivalente a` associac¸a˜o em se´rie pode ser escrita com sua incerteza, obtendo assim o valor de (150 ± 5) Ω. Uma vez que 5 e´ 3,3 % de 150, enta˜o a toleraˆncia da resisteˆncia equivalente em se´rie e´ de 3,3 %. Para a montagem em paralelo, o inverso da resisteˆncia equivalente Req de dois resistores em paralelo e´ igual a soma dos inversos das resisteˆncias R1 e R2 de cada resistor, enta˜o: 1 Req = 1 R1 + 1 R2 = R1 +R2 R1R2 → Req = R1R2 R1 +R2 (2) A incerteza de uma multiplicac¸a˜o ou divisa˜o de termos com incertezas tambe´m e´ dada por uma pro- pagac¸a˜o de erros. Sejam R e S dois nu´meros com incertezas δR e δS respectivamente. A incerteza total 6 do produto RS, δproduto, e´ tal que: (δproduto) 2 (RS)2 = ( δR R )2 + ( δS S )2 (3) Uma equac¸a˜o similar e´ dada para a incerteza do raza˜o RS , δquociente: (δquociente) 2 D2 = ( δR R )2 + ( δS S )2; oD = R S (4) Pela ana´lise anterior, temos que a soma das resisteˆncias e´ igual a (150 ± 5) Ω. Utilizando a Eq.3 pode-se calcular o valor da multiplicac¸a˜o das resisteˆncias da questa˜o, ou seja, (100 ± 5) x (50 ± 2) = (5000 ± 300). Assim, pela Eq. 2, a incerteza da resisteˆncia equivalente para uma associac¸a˜o em paralelo dos resistores em questa˜o e´ dada pela propagac¸a˜o de erros referente a` divisa˜o do produto das resisteˆncia, (5000 ± 300) Ω2,com o valor da soma das resisteˆncias, (150 ± 5) Ω. Logo, utilizando a Eq. 4 com os dois u´ltimos valores citados, a incerteza da resisteˆncia equivalente na montagem em paralelo tem o valor de 2 Ω. Utilizando os valores de 50 e 100 Ohms, obtemos que Req na Eq. 2 e´ igual a 33 Ω. Logo, es- crevendo a resisteˆncia equivalente na montagem em paralelo com a sua incerteza, obte´m-se o valor de (33 ± 2) Ω. Uma vez que 2 e´ igual a 6 % de 33, enta˜o a toleraˆncia da montagem em paralelo e´ igual a 6 %. 6- Determine teoricamente qual a resisteˆncia equivalente a` associac¸a˜o em se´rie de n re- sistores iguais de resisteˆncia R e compare a previsa˜o teo´rica, para os casos em que n = 2; n = 3 e R = 1000 Ω com os resultados experimentais desta pra´tica. Comente os resultados. A resisteˆncia equivalente Req de uma associac¸a˜o em se´rie de n resistores de resisteˆncias Ri e´ dada por: Req = n∑ i=1 Ri (5) Se cada resisteˆncia tiver o mesmo valor R, enta˜o a resisteˆncia equivalente e´ a soma de n termos iguais e a equac¸a˜o acima pode ser reescrita da seguinte forma: Req = nR (6) Para os casos em que n = 2, n = 3 e R = 1000 Ω temos: • n = 2: Req = 2 x R = 2 x 1000 Ω = 2 kΩ. • n = 3: Req = 3 x R = 3 x 1000 Ω = 3 kΩ. Comparando os valores acima com os resultados obtidos experimentalmente iguais 1,988 kΩ e 3,040 kΩ para os casos de n igual a 2 e 3 respectivamente, temos que o erro percentual para o caso em que n = 2 foi de 0,6 % e para o caso de n = 3 foi igual a 1,3 %. Assim, e´ visto que o maior erro percentual obtido foi de 1,3 %, que e´ muito menor que o erro experimental aceita´vel de 10 %, indicando bons resultados obtidos e validando da Eq. 6 para o ca´lculo das resisteˆncias equivalentes requeridas. 7- Determine teoricamente qual a resisteˆncia equivalente a` associac¸a˜o em paralelo de n resistores iguais de resisteˆncia R e compare a previsa˜o teo´rica, para os casos em que n = 2; n = 3 e R = 1000 Ω; com os resultados experimentais desta pra´tica. Comente os resultados. 7 A resisteˆncia equivalente Req de uma associac¸a˜o em paralelo de n resistores de resisteˆncias Ri e´ tal que: 1 Req = n∑ i=1 1 Ri (7) Quando todos os resistores teˆm resisteˆncias iguais a R, o lado direito da Eq. 4 e´ uma soma de n termos iguais e, portanto: 1 Req = n R → Req = R n (8) Para os casos em que n = 2, n = 3 e R = 1000 Ω temos: • n = 2: Req = R2 = 10002 Ω = 500 Ω. • n = 2: Req = R3 = 10003 Ω = 333,3 Ω. Os resultados experimentais para os valores da resisteˆncia equivalente a` associac¸a˜o em paralelo de dois e treˆs resistores de 1000 Ω foram, respectivamente, de 498,5 Ω e 332,7 Ω. Comparando com os resultados teo´ricos listados acima e´ poss´ıvel ver que as diferenc¸as entre os valores foram muito pequenas. De fato, fazendo uma ana´lise em relac¸a˜o aos erros percentuais assim como no caso da questa˜o anterior, obte´m-se o erro de 0,3 % para n = 2 e 0,2 % para n = 3, evidenciando resultados ainda melhores do que os encontrados para a associac¸a˜o em paralelo e mostrando o quanto a Eq. 8 determinada esta´ de acordo com o resultado real. Conclusa˜o A pra´tica realizada proporcionou o uso de resistores, em que foi poss´ıvel aprender a identificar os va- lores de suas resisteˆncias e suas toleraˆncias atrave´s das faixas coloridas presentes em seu corpo (co´digo de cores). Tambe´m foi realizado o estudo sobre o funcionamento do ohmı´metro (associado a um mult´ımetro digital) pela utilizac¸a˜o do mesmo, nas escalas apropriadas, para medir as resisteˆncias dos resistores dispon´ıveis e verificar a validade das toleraˆncias dos mesmos, obtendo resultados condizentes com as toleraˆncias fornecidas pelo fabricante dos resistores. A pra´tica tambe´m possibilitou a montagem de resistores em se´rie, em paralelo e de forma mista, sendo poss´ıvel a medic¸a˜o direta por meio do ohmı´metro da resisteˆncia equivalente das associac¸o˜es, em que foram obtidos resultados bem pro´ximos aos esperados pelas equac¸o˜es das resisteˆncias equivalentes das diferentes associac¸o˜es. Por fim, foi verificado como um potencioˆmetro funciona pelas variadas medic¸o˜es das resisteˆncias entre seus terminais, observando que a resisteˆncia ma´xima do potencioˆmetro e´ sempre igual a` soma das resisteˆncias individuais podem ser previamente modificadas. No caso do potencioˆmetro utilizado na pra´tica, a soma da resisteˆncia entre os terminais A e B com a resisteˆncia entre os terminais B e C sempre era igual a um mesmo nu´mero que representava a resisteˆncia ma´xima do aparelho. 8
Compartilhar