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IIES – INSTITUTO ITAPETININGANO DE ENSINO SUPERIOR 
 
ZULEIKA RODRIGUES SILVA 
RA 83010003348 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRÁFICO DE PESSOAS: 
DIREITO BRASILEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ITAPETININGA - SP 
2017 
RESUMO 
 
No presente trabalho foram abordados os principais pontos sobre tráfico de 
pessoas, apontando seu conceito, história da escravidão brasileira e as legislações 
vigentes no combate a tal prática criminosa. Conceituamos através da breve história 
da construção social, política e jurídica brasileira, analisando de forma especifica a Lei 
n. e o Código Penal Brasileiro em seu artigo 149 – A. Concluimos com a análise atual 
da sociedade brasileira, a qual caminha em paços lentos para a desconstrução da 
vulnerabilidade social, principal ferramenta da prática criminosa. 
 
Palavras- Chaves: tráfico de pessoas, Legislação, Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
In the present work the main points about human trafficking were discussed, 
pointing out their concept, history of Brazilian slavery and the legislation in force in the 
fight against such criminal practice. We conceptualize through the brief history of the 
Brazilian social, political and legal construction, analyzing in a specific way the Law n. 
And the Brazilian Penal Code in its article 149 - A. We conclude with the current 
analysis of Brazilian society, which is moving in slow steps towards the deconstruction 
of social vulnerability, the main tool of criminal practice. 
 
Keywords: trafficking in persons, Legislation, Criminal Code. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 6 
2 – BREVE HISTÓRICO DO TRÁFICO HUMANO NO BRASIL .................................... 7 
2.1 – Lei Eusébio de Queirós. ........................................................................................ 7 
2.2 – Lei Áurea .................................................................................................................... 8 
3 – LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ........................................................................................ 10 
3.2 – Causa de Diminuição de Pena ........................................................................... 11 
4 – CONCLUSÃO.................................................................................................................. 13 
5 – REFERENCIAS ............................................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
Através da pesquisa pretendemos discutir o tema tráfico de seres humanos 
para fins de comercialização e exploração da vida humana. A ocorrência deste delito 
constitui séria violação dos direitos humanos. 
Ao longo do processo histórico da formação civilizatória observamos que o 
tráfico humano, também caracterizado como tráfico de pessoas, é uma atividade ilegal 
que se expandiu até os dias atuais, ou seja, na busca de melhoria na qualidade de 
vida, muitas pessoas são coagidas por criminosos que oferecem empregos e ofertas 
com alta remuneração, ou em outros casos na busca, daqueles que possuem um 
poder econômico privilegiado, em burlar a legislação para benefício próprio. 
Importante dizer que tais “agentes” agem em esferas nacionais e 
internacionais, até mesmo de forma regional, privando a liberdade de indivíduos que 
anseiam um futuro melhor. Assim, primeiramente é necessário denominar tráfico 
humano, segundo a ONU: 
 
(...)recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de 
pessoas, por meio de ameaça ou uso de força ou outras formas de coerção, 
de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de 
vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o 
consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o 
propósito de exploração.” 
 
Desta forma, o tráfico de pessoas consiste em um ato de violação da dignidade 
humana, dos direitos humanos, pois geralmente as vítimas são obrigadas a realizar 
trabalhos forçados sem qualquer pagamento, além de outras atrocidades como por 
exemplo a remoção de órgãos para comercialização, comercialização de bebês, entre 
outros. 
Segundo estimativas da Organização Internacional Humanitária, as mulheres e 
crianças são os principais alvo do tráfico humano, pois há um retorno financeiro maior 
para os traficantes, sendo de 79% de mulheres e os demais entre homens e crianças. 
 
 
 
 
 
7 
 
2 – BREVE HISTÓRICO DO TRÁFICO HUMANO NO BRASIL 
 
O tráfico humano existe desde a antiguidade, sendo que as pessoas tornavam-
se escravos por motivos diversos, tendo como principal prática advinda de derrotas 
em guerras, conquistas territoriais, escravidão por dívidas, piratarias, entre outras. 
Diversos povos antigos deram início ao combate da prática através de legislações, tal 
como na Grécia sob as Leis de Sólon, a qual aboliu a escravidão por dívida. Nos 
escritos religiosos, como a Bíblia, há passagem da escritura que apontam grande 
parte do povo judeu sendo escravizados pela invasão da Judéia, em que muitos eram 
levados a Babilônia. 
No Brasil a prática da escravidão iniciou-se especificamente com o 
Descobrimento do Brasil pelos portugueses, os quais exploraram e domesticaram os 
nativos aqui encontrados, os índios brasileiros, os quais sofrem consequências 
severas até a atualidade. 
 Iniciou-se com o abuso sexual das mulheres indígenas, o genocídio tribal e a 
exploração do Pau- Brasil para exportação, bem como a extração de cana de açúcar 
para a produção açucareira. Encerra-se este período de escravidão indígena quando 
percebe-se que os nativos não resistiam ao trabalho em longos processos de elevado 
esforço, pois os mesmos tinham hábitos diversos dos exigidos e principalmente pela 
introdução da religião católico por meio da catequização jesuíta. 
Assim como na América, os colonizadores fixaram-se ao longo da costa 
Africana, dominando tal rota, o governo Português verificou uma resistência dos 
negros africanos para o trabalho pesado iniciando-se o tráfico dos negros para o Brasil 
e para a América com um todo. Desta forma, observamos em documentos históricos 
que a escravidão e o tráfico negreiro durou mais de 3 (três) séculos na América sendo 
proibido no Atlântico Norte em 1815, pelos ingleses e no Brasil em 1859 pela Lei 
Eusébio de Queirós. 
 
2.1 – Lei Eusébio de Queirós. 
 
Em 1859 instituiu-se no Segundo Reinado, a Lei Eusébio de Queirós, a qual 
proibiu o tráfico de escravos, o qual como visto anteriormente era realizado no Oceano 
Atlântico em sentido ao Brasil. 
8 
 
Apesar de haver muitos políticos desde o século XIX defendendo a escravatura 
brasileira, o Brasil permaneceu sendo um país escravocrata, pois sua mão-de-obra 
era baseada na escravidão. Em 1831 entrou em vigor uma lei que determinava a 
liberdade de todos os escravos que entrassem no Brasil e que os envolvidos com o 
tráfico interno de escravos seriam punidos por conduta criminosa, mas durante a 
década de 1840 muitos escravos chegaram ao Brasil. 
Com a Revolução Industrial a escravidão passou a não ser bem vista no mundo, 
passando a ser substituída por trabalhadores livres na Europa, tendo a Inglaterracomo um país de maior poder e influência mundial, tendo um grande interesse na 
extinção do escravismo, visando uma ampliação do mercado consumidor. Sob a 
influência da Lei de Proibição Inglesa, o Brasil teve um grande impacto pelas relações 
entre os dois países, mas os brasileiros permaneciam a praticar de forma a ludibriar a 
Lei a traficar negros para o país, assim surgindo a expressão “para inglês ver”. 
Desta forma, os ingleses passaram a pressionar os políticos brasileiros para o 
fim da escravidão no Brasil, assim o então Ministro Eusébio de Queirós, do Partido 
Conservador, como porta-voz do Partido Conservador no Poder Legislativo, 
influenciou para a aprovação no dia 04 de setembro de 1851 a aprovação da Lei 
Eusébio de Queirós, a qual não teve efeito imediato. 
 
“Art. 1 – As embarcações brasileiras encontradas em qualquer parte, e as 
estrangeiras encontradas nos portos, enseadas, ancoradouros ou mares 
territoriais do Brasil, tendo a seu bordo escravos, cuja importação é proibida 
pela lei de 7 de setembro de 1831, ou havendo-os desembarcado, serão 
apreendidas pelas autoridades, ou pelos navios de guerra brasileiros, e 
consideradas importadoras de escravos. Aquelas que não tiverem escravos 
a bordo, nem os houverem proximamente desembarcado, porém que se 
encontrarem como os sinais de se empregarem no tráfego de escravos, serão 
igualmente apreendidas e consideradas em tentativa de importação de 
escravos.” 
 
2.2 – Lei Áurea 
 
Vimos anteriormente que apesar da instituição da Lei Eusébio de Queirós, o 
Brasil continuou por longos anos, de forma ilegal a traficar escravos negros, sendo o 
último país do continente americano a abolir o trabalho escravo. Duas décadas mais 
tarde, 1871, promulgou-se a Lei do Ventre Livre, concedendo a liberdade aos filhos 
de negros nascidos no país e em 1885 a Lei dos Sexagenários permitindo a liberdade 
aos escravos de 60 anos ou mais. 
9 
 
Os principais resistentes a liberdade dos escravos foram os cafeicultores, que 
a partir de 1850 começam a visar um novo trabalhador, os assalariados imigrantes, 
devido ao crescimento imigratório no país, mas acostumados com os escravos 
negros, aqueles passam a tratar os imigrantes em trabalhos semiescravos. 
Com a crise Imperial de Dom Pedro II, tanto com a igreja como com os políticos, 
militares e fazendeiros, crescia um discurso abolicionista e republicano. Desta forma, 
a Lei Áurea teve um processo acelerado para sua aprovação e formalização. O projeto 
de lei foi apresentado à Câmara dos Deputados no dia 8 de maio de 1888, e nos dias 
9 e 10 do mesmo mês o projeto foi discutido, votado e aprovado. Aproveitando a 
viagem ao exterior de Dom Pedro II, em 13 de maio de 1888, no Paço Imperial a 
Princesa Isabel sanciona a Lei Áurea, chegando ao fim da escravidão brasileira e 
dando abertura a Proclamação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3 – LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
 
Ao longo das pesquisas realizadas em artigos científicos, doutrinas e 
jurisprudências, destacamos que o tráfico de seres humanos é uma forma de crime 
organizado que viola a liberdade da pessoa física, tendo como maior atuação em 
casos voltada a exploração sexual, mas não descarte os trabalhos forçados e 
escravos, restrições à liberdade individual da vítima. O professor José Afonso da Silva, 
conclui: 
 
“(...) a liberdade consiste na ausência de coação anormal, ilegítima e imoral; 
daí se conclui que toda a lei que limita a liberdade precisa ser lei normal, 
moral e legitima, no sentido de que seja consentida por aqueles cuja liberdade 
restringe; como conceito podemos dizer que liberdade consiste na 
possibilidade de coordenação consciente dos meios necessários à realização 
da felicidade pessoal. O assinalado o aspecto histórico denota que a 
liberdade consiste num processo dinâmico de liberação do homem de vários 
obstáculos que se antepõem à realização de sua personalidade: obstáculos 
naturais, econômicos, sociais e políticos (...)” 
 
No Decreto nº. 5.948, de 26 de outubro de 2006, definiu: 
 
 “Art. 2ª Para os elfeitos desta Política, adota-se a expressão ‘tráfico de 
pessoas” conforme o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas 
contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão 
e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, que 
define como o recrutamento, o transporte, a transferência, 
 
Entende-se o tráfico de pessoas com várias finalidades distintas, 
principalmente a exploração sexual, o trabalho forçado, remoção de órgãos, entre 
outros. 
 Antes do advento da Lei nº 13.344/2016, contava com duas figuras 
incriminadoras no código penal brasileiro, as quais reprimiam o tráfico nacional e 
internacional de pessoas somente com a finalidade de exploração sexual, arts. 231 e 
231 - A. 
Tal Lei suprimiu formalmente os artigos do Código Penal, artigos 231 e 231-A 
previstos no Título VI, modificando-os em um artigo mais amplo no Código Penal, art. 
149 – A, Título I – dos crimes contra a pessoa _ Capítulo IV – dos crimes contra a 
liberdade individual, assim não restringindo a exploração sexual, mas, também, a 
remoção de órgãos, trabalho em condições parecidas com trabalho escravo, servidão 
e adoção. 
11 
 
Com a Lei 13.344/2016, a qual normatizou o art. 149 – A do Código Penal, a 
pena para o tráfico de pessoas cometida dentro do território nacional passou a ser a 
reclusão, de quatro a oito anos, e multa. 
 
“Tráfico de Pessoas 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar 
ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou 
abuso, com a finalidade de: 
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - adoção ilegal; ou 
V - exploração sexual”. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.” 
 
As condutas tem-se crime de ação múltiplas, sendo oito verbos tipificados, 
agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa. 
Quando o agente cometer mais de um verbo previsto no tipo, será crime único 
devendo empregar a vitima grave ameaça violência a (violência moral, perturbando a 
liberdade psíquica da vitima), violência (material, ou seja, emprego de força física), 
coação (constrangimento para que alguém faça ou deixe de fazer algo contra 
vontade), fraude ou abuso. 
 
3.1 – Causas de aumento da pena 
 
O §1º do artigo 149-A do Código Penal anuncia que a pena será aumentada de 
um terço até a metade nas seguintes hipóteses: 
 
“I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções 
ou a pretexto de exercê-las”: trata-se de causa de aumento de pena funcional. 
Conforme já destacado, para a prática do presente crime não se exige 
nenhuma qualidade ou condição especial em relação ao sujeito ativo (crime 
comum), entretanto, caso o agente ostente a condição de funcionário público, 
nos termos do artigo 327 do Código Penal, e pratique o tráfico de pessoa no 
desempenho da função pública ou se valendo da condição de funcionário 
público, sob a justificativa de exercer tal função, sofrerá a presente causa de 
aumento; 
“II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com 
deficiência”: aqui a finalidade foi fazer constar maior reprovabilidade na 
conduta daquele que pratica o crime de tráfico de pessoas contra sujeitos 
presumidamente mais frágeis, vulneráveis. Assim como no inciso anterior, 
porém analisando a vítima, as qualidades pessoais do sujeito passivo 
presentes no inciso II tem a força de aumentar a pena.” 
 
3.2 – Causa de Diminuiçãode Pena 
12 
 
 
O §2º do artigo 149-A do Código Penal apresenta causa de aumento única, na 
qual exige duas condições para sua incidência: 
 
“§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não 
integrar organização criminosa”. 
Conforme acima, através da conjunção aditiva “e”, fica claro a exigência de 
ambos os requisitos de forma cumulativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
4 – CONCLUSÃO 
 
Neste sentido concluímos que traficar é violar a dignidade da pessoa humana, 
os direitos humanos, e que o enfrentamento deve ser efetivo dentro da Legislação 
vigente buscando uma defesa e a inibição de tal pratica de crime organizado. 
Vimos, que a maior dificuldade é focar em um tipo especifico de tráfico, assim 
observamos que diversas organizações mundiais focam em apenas um ponto, e os 
reúnem em um combate em âmbito nacional e internacional. 
Diante de diversas ferramentas como internet, migração, economia, social, 
racial, gênero, trabalhista, criminal e dos direitos humanos, a discussão tem avançado 
no sentido de coibir a pratica criminosa, tal como a discussão e o continuo processo 
renovação da lei especifica e do Código Penal Brasileiro. 
Importante fator a ser combatido hoje pelo Estado é a continua desigualdade 
social e a pobreza, desemprego e acesso à informação, os quais diante da 
vulnerabilidade torna-se demasiadamente fácil a captura de vítimas e a atuação do 
crime organizados, pois há ainda impunidade dos “agentes”. 
Desta forma a melhor forma de combate é a união do Estado e sociedade, a 
atuação das instituições jurídicas e organizações mundiais, nacionais e locais, para 
efetivação do combate por meio de diálogo e educação em políticas públicas para 
manutenção e preservação dos Direitos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
5 – REFERENCIAS 
 
https://jus.com.br/artigos/49094/trafico-humano-e-o-direito-brasileiro 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Eusébio_de_Queirós 
 
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/lei-eusebio-de-queiros/ 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Áurea 
 
http://200anos.fazenda.gov.br/linha-do-tempo/1800-1899/1888-lei-aurea 
 
https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/trafico-de-pessoas/index.html 
 
Silva, José Afonso. Curso de Direito constitucional positivo. Malheiros editores. 2006

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