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Áreas de Figuras Planas O estudo da área de figuras planas está ligado aos conceitos relacionados à Geometria Euclidiana, que surgiu na Grécia antiga embasada no estudo do ponto, da reta e do plano. No mundo em que vivemos, existem inúmeras formas planas existentes, que são construídas a partir dos elementos básicos citados anteriormente. Desde a antiguidade, o homem necessitou determinar a medida da superfície de áreas, com o objetivo voltado para a plantação e a construção de moradias. Dessa forma, ele observou uma melhor organização na ocupação do terreno. Atualmente, o processo de expansão ocupacional utiliza os mesmos princípios criados nos séculos anteriores. A diferença é que hoje as medidas são padronizadas de acordo com o Sistema Internacional de Medidas. Dentre as medidas de área existentes temos: - km²: quilômetro quadrado - hm²: hectômetro quadrado - dam²: decâmetro quadrado - m²: metro quadrado - dm²: decímetro quadrado - cm²: centímetro quadrado - mm²: milímetro quadrado Uma área com 1 km² equivale a uma região quadrada com lados medindo 1 km e para as outras medidas segue-se o mesmo raciocínio. De acordo com o Sistema de Medidas, a unidade padrão para a representação de áreas é o m² (metro quadrado). Utiliza–se o km² em situações relacionadas à medição de áreas de cidades, estados, países, continentes, etc. Na Geometria, as formas mais conhecidas são: triângulo, quadrado, retângulo, paralelogramo, losango, trapézio e círculo. Todas essas formas possuem fórmulas matemáticas para o cálculo da medida de suas superfícies. Para o cálculo de área envolvendo as figuras mais complexas desenvolvemos cálculos matemáticos específicos entre outras técnicas. Neste trabalho será abordado o cálculo da superfície das principais formas planas existentes, relacionando a figura com sua fórmula matemática. Tabela – Fórmulas para o cálculo do Perímetro e Área das principais figuras planas Exemplos, Problemas e Situações-problema no Cálculo do Perímetro e da Área das Principais Figuras Planas; Com base na classificação de Dante (2000), os exemplos a seguir foram elaborados como sendo do tipo exercício, porque trabalham conceitos específicos e aplicação direta de fórmulas, que no caso são os conceitos e as fórmulas para o cálculo de perímetro e área das principais figuras planas e algoritmos básicos: Exemplo 1 – Perímetro e área do Quadrado Calcule o perímetro do quadrado ao lado: P =4 x 3 P = 12 u Calcule a área do quadrado ao lado: A = l A = 3 A = 9 u.a Exemplo 2 – Perímetro e área do Retângulo Calcule o perímetro do retângulo ao lado: P = 2 x 2 + 2x 4 P =4 +8 P = 12 u Calcule a área do retângulo ao lado: A = bh A =4 x 2 A = 8 u.a Exemplo 3 – Perímetro e área do Trapézio Calcule o perímetro do trapézio ao lado: P =2 +6 +3 +5 P =8 +8 P = 16 u Calcule a área do trapézio ao lado: A = [(B + b)h] / 2 A = [(6 + 2) x 3] / 2 A = [8 x 3] / 2 A = 24 / 2 A = 12 u.a Exemplo 4 – Perímetro e área do Triângulo Calcule o perímetro do triângulo ao lado: P =4 +5 +3 P =9 +3 P = 12 u Calcule a área do triângulo ao lado: A = (bh) / 2 A = (3 x 4) / 2 A = 6 u.a Exemplo 5 – Perímetro e área do Losango Calcule o perímetro do losango ao lado: P = 4 x 2,24 23 P = 8,96 u Calcule a área do losango ao lado: A = (Dd) / 2 A = (4 x 2) / 2 A =8 / 2 A = 4 u.a Exemplo 6 – Perímetro e área do Paralelogramo Calcule o perímetro do paralelogramo ao lado: P = 4 + 4 + 2,24 + 2,24 P = 8 + 4, 48 P = 12,48 u Calcule a área do paralelogramo ao lado: A = bh A =4 x 2 A = 8 u.a Exemplo 7 – Perímetro e área do Círculo Calcule o perímetro do círculo ao lado: C=2 r C=2 x4 C=8 u Calcule a área do circulo ao lado: A = r A = x 4 A = 16 u.a 24 INTRODUÇÃO ________________________________________________________________________________ Em nossa vida cotidiana podemos encontrar vários exemplos da aplicabilidade desses conceitos. Por exemplo, para saber quantos metros quadrados de ladrilhos serão usados para revestir uma determinada área, para determinar quantos metros de arame serão necessários para cercar um terreno ou para a construção de uma caixa-d’água para que ela tenha uma determinada capacidade. O estudo sobre área e perímetro de figuras planas é importante também porque eles são conceitos fundamentais para outros conteúdos da Geometria, principalmente a área, para a determinação do volume de sólidos geométricos, como por exemplo: o volume do cubo, do paralelepípedo, do cilindro, entre outros. Além disso, como são conceitos geométricos, segundo PAVANELLO (1993), mantém relações com a Aritmética, a Álgebra e a Trigonometria, trazendo grandes contribuições para a construção do conhecimento matemático. Isto é verdade, pois há inúmeras situações- problema envolvendo o conceito de área e perímetro de figuras planas que podem ser resolvidas relacionando-os à conceitos aritméticos, algébricos, ou trigonométricos. INTRODUÇÃO ________________________________________________________________________________ Em nossa vida cotidiana podemos encontrar vários exemplos da aplicabilidade desses conceitos. Por exemplo, para saber quantos metros quadrados de ladrilhos serão usados para revestir uma determinada área, para determinar quantos metros de arame serão necessários para cercar um terreno ou para a construção de uma caixa-d’água para que ela tenha uma determinada capacidade. O estudo sobre área e perímetro de figuras planas é importante também porque eles são conceitos fundamentais para outros conteúdos da Geometria, principalmente a área, para a determinação do volume de sólidos geométricos, como por exemplo: o volume do cubo, do paralelepípedo, do cilindro, entre outros. Além disso, como são conceitos geométricos, segundo PAVANELLO (1993), mantém relações com a Aritmética, a Álgebra e a Trigonometria, trazendo grandes contribuições para a construção do conhecimento matemático. Isto é verdade, pois há inúmeras situações- problema envolvendo o conceito de área e perímetro de figuras planas que podem ser resolvidas relacionando-os à conceitos aritméticos, algébricos, ou trigonométricos. Volume de Corpos O problema de determinar o volume de um corpo remonta a antiguidade. Surgiu em relação à necessidade prática do homem, como calcular o volume de grãos armazenados. A ideia que temos de volume é do espaço ocupado por um objeto. Exemplo: Como fazemos para calcular o volume de uma pessoa que pesa 120 kg? A resposta é colocar esta pessoa dentro de um recipiente que tenha uma escala com a marcação dos volumes. Quando colocado dentro deste recipiente totalmente submerso, a pessoa deslocar um volume que será marcado pela escala. O volume que foi deslocado será o mesmo volume da pessoa. Porém, se formos calcular o volume de um objeto muito grande ou muito pequeno, esse método não pode ser considerado. Para calcular o volume de um objeto temos que usar uma unidade comum, como por exemplo o m3, cm3, litro, mililitro etc. Vejamos agora como calcular o volume de alguns sólidos mais simples, como um cubo e um paralelepípedo retângulo. Imaginemos dois recipientes, um na forma de um cubo e outro em uma forma arbitrária, como podemos ver na Figura. Figura: Um cubo e um recipiente qualquer. Suponhamos que ambas estejam cheias do mesmo tipo de líquido, contendo no primeiro m litros deste líquido e n litros no segundo. Para saber quanto o segundo é maior que o primeiro, basta tomar a parte 1/m do primeiro, multiplicar por n, ou seja, o segundo recipiente é n/m vezes maior que o primeiro. Chamamos de volume do segundo recipiente o número que indica quantas vezes o segundo é maior que o primeiro. Neste caso, o primeiro recipiente é a unidade de medida,que vamos chamar de cubo unitário, pois o seu volume é igual a 1. Desta definição de volume se obtém as seguintes propriedades. • Primeiro: uma vez que para encher todo o recipiente se necessita de uma quantidade determinada de líquido, resulta que todo recipiente tenha um volume (positivo) determinado; • Segundo: para encher recipientes iguais necessita-se da mesma quantidade de líquido e, por isso, os recipientes iguais têm volumes iguais; • Terceiro: se dividirmos o recipiente em duas partes, a quantidade de líquido necessária para encher todo o recipiente constará das quantidades de líquido necessárias para encher suas partes. Por isso, o volume de todo o recipiente é igual à soma dos volumes de suas partes. De acordo com esta de definição, para saber o volume de um recipiente é preciso enchê-lo de líquido. Porém, na prática, o que devemos saber é quanto de líquido cabe num recipiente sem enchê-lo. Logo, temos que conhecer o recipiente e conhecer as fórmulas que nos permita calcular seu volume. A seguir vamos mostrar como calcular o volume de um prisma, mas para isso, vamos mostrar como calcular o volume de um paralelepípedo retangular e de um paralelepípedo oblíquo. Volume de um Paralelepípedo retângulo Determinemos primeiro o volume do bloco retangular ou paralelepípedo retângulo. Um paralelepípedo retângulo é um sólido limitado por 6 retângulos. Esses retângulos são as faces do paralelepípedo, e os lados do retângulos são chamados de arestas do paralelepípedo. A Figura 2.22 representa um cubo com aresta igual a 1 e um paralelepípedo retangular cujo volume deve ser medido. Se tomarmos um paralelepípedo retângulo cujas medidas das arestas são 3, 2 e 2, então o volume do paralelepípedo retângulo é igual a 3 · 2 · 2 = 12 cubos unitários, como mostra a Figura 2.22. Figura: Cubo unitário e retângulo de lados inteiros. Agora, se as arestas tiverem medidas não inteiras, ou seja, suas medidas forem números fracionários ou irracionais? Neste caso, vejamos a proposição seguinte. Proposição 2.6.1 O volume de um paralelepípedo retângulo de lados a, b e c é igual a V=a·b·c. Prova: Dados um cubo unitário e um paralelepípedo retângulo de lados a, b e c. Dividamos as arestas do cubo em N partes iguais e tracemos pelos pontos de divisão planos perpendiculares a estas arestas. O cubo será dividido em N3 cubos pequenos. O volume do cubo grande é igual à soma dos volumes dos cubos pequenos, sendo assim, como volume do cubo grande é igual a 1 e temos um total de N3 cubos pequenos, então o volume do cubo pequeno é igual a 1/N3. Na Figura 2.23, as arestas do cubo foram divididas em quatro partes cada uma. Logo, o número de cubos pequenos é de 16 · 4 = 43 e, por conseguinte, o volume do cubo pequeno é 1/64. Figura: Um cubo e um paralelepípedo retângulo. Seja q a aresta do cubo pequeno, então, q = 1/N e, por isso, o volume do cubo pequeno é q3 = 1/N3. Indiquemos por l o número inteiro da divisão de a por q, por m o número inteiro da divisão de b por q e por n o número inteiro que resulta da divisão de c por q. Então, o número de cubos que contém o paralelepípedo é lmn, enquanto que o número de cubos contidos no retângulo não será maior que (l+1)(m+1)(n+1). Daí, resulta que o volume V do paralelepípedo retângulo está entre os números lmnq3 e (l + 1)(m + 1)(n + 1)q3, ou seja, lmnq3 ≤ V <(l+1) (m+1) (n+1) q3. Demonstraremos agora que o produto a · b · c está compreendido entre estes números. Como temos l · q ≤ a < (l + 1)q, m · q ≤ b < (m + 1)q m · q ≤ b < (m + 1)q e n · q ≤ c < (m + 1)q(n + 1)q. Daí temos lmnq3 ≤a·b·c<(l+1)(m+1)(n+1)q3, ou seja, lmnq3 ≤ abc < lmnq3 +lmq3 +lnq3 +mnq3 +mq3 +nq3. Sabendo que ambos os números, V e a · b · c que estão compreendidos entre os números (l + 1)(m + 1)(n + 1)q3 e lmnq3, diferem no máximo (l + 1)(m + 1)(n + 1)q3 −lmnq3, ou seja, diferem no máximo lmq3 +lnq3 +mnq3 +mq3 +nq3. Tomando o número N su cientemente grande e usando que lq ≤ a, mq ≤ b e nq ≤ c e que q = 1/N, temos Isso resulta que a diferença entre V e abc é tão pequena quanto se queira. Assim, isso ocorre se, e somente se, eles forem iguais. Portanto, V = abc. Volume de um Paralelepípedo Oblíquo O volume de um Paralelepípedo oblíquo é igual ao produto da área da base pela altura. Prova: Dado um paralelepípedo oblíquo ABCDA1B1C1D1 de base ABCD como ilustrado na Figura a seguir. Figura: Paralelogramo oblíquo. Considere, sem perda de generalidade, a aresta AA1 e suas paralelas como sendo menores ou iguais às outras arestas. Agora, tracemos um plano que passa pela aresta BC e que é perpendicular à base ABCD. Um dos sólido formado é um paralelepípedo de base triangular BB1B2CC1C2, em que B2 e C2 são pontos internos das arestas A1B1 e C1D1 respectivamente. Considere os pontos A2 e D2 que pertencem respectivamente a A1B1 e a C1D1 e ao plano perpendicular a ABCD, que passa pela aresta AD, como podemos ver na Figura abaixo. Sendo assim, podemos recortar o paralelepípedo BB1B2CC1C2. Figura: Paralelepípedo oblíquo ABCDA1B1C1D1. Separemos agora o prisma BB1B2CC1C2 obteremos um novo paralelepípedo ABCDA2B2C2D2, o qual possui volume igual ao volume do paralelepípedo inicial. Ao realizar com o paralelepípedo as transformações assinaladas, a área da base e a altura se conservam. Também se conservam os planos de duas faces laterais, enquanto outros dois são perpendiculares à base. Aplicando mais uma vez essa transformação, obteremos um paralelepípedo de faces laterais perpendiculares à base, bastando, para isso, traçar pelos segmentos AB e CD planos perpendiculares ao plano ABCD e, usando o mesmo raciocínio anterior, obteremos um paralelepípedo ABCDA3B3C3D3, como podemos ver na figura seguinte. Figura: Paralelepípedo oblíquo ABCDA2B2C2D2. Por m, tracemos pelos segmentos AA3 e CC3 planos perpendiculares ao plano ABA3B3, obteremos o paralelepípedo retângulo ABCDA2B2C2D2. Figura: Paralelepípedo oblíquo ABB4A4A3B3C3D3. O volume do paralelepípedo retângulo é igual ao produto de suas dimensões lineares. O produto de duas dimensões lineares é a área da sua base e a terceira dimensão é sua altura. Logo, o volume do paralelepípedo retângulo é igual ao produto da área de sua base pela altura. Portanto, o volume de todo paralelepípedo é igual ao produto da área base pela sua altura. Volume de um Prisma O volume de um prisma qualquer é igual ao produto da área da base por sua altura. Prova: Consideremos o volume de um prisma de base triangular ABC. Complementemos o prisma como indica a Figura seguinte. O ponto O é o centro de simetria do paralelepípedo. Por isso, o prisma agregado é simétrico ao ponto O e, por isso, seu volume é igual ao volume do prisma inicial. O volume do paralelepípedo construído é o dobro do volume do prisma inicial, que é igual ao produto da área da sua base pela altura. Figura: Paralelepípedo de base triangular. A área da base é igual a área duplicada do triângulo ABC e a altura é igual a altura do prisma inicial. Daqui deduzimos que o volume do prisma inicial é igual ao produto da área da base pela altura. Consideremos agora um prisma qualquer cuja base é um polígono de base n e altura h. Neste caso, o polígono pode ser dividido em n − 2 triângulos, formando assim n − 2 prismas de base triangular, como mostra a Figura abaixo. Figura: Prisma qualquer. Logo, o volume do prisma é igual a somas dos volumes dos prismas, ou seja V=AA1A2A3 ·h+AA1A3A4 ·h+···+AA1An−1An ·h. Como h é um fator comum a todos os termos. Sendo assim, como V = AA1A2A3 + AA1A3A4 + · · · + AA1An−1An = Abase. Portanto, segue que V=Abase ·h.
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