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resumo de direito civil CONTRATOS

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ELEMENTOS DO CONTRATO:
No art. 104, do Código Civil são encontrados os elementos essenciais do negócio jurídico: agente capaz, objeto lícito e forma prescrita ou não proibida pela lei. No contrato, esses elementos podem ser vistos pelo prisma genérico dos negócios jurídicos: são nulos os contratos a que faltar qualquer dos elementos essenciais genéricos.
Cada contrato, porém, pode requerer outros elementos essenciais, específicos de sua natureza: assim, para a compra e venda são elementos essenciais específicos a coisa, o preço e o consentimento POR EXEMPLO. 
São elementos naturais os decorrentes da própria razão de ser, da essência ou natureza do negócio, sem que haja necessidade de menção expressa na contratação. Vide (art. 441) e pelos riscos da evicção (art. 447).
Os elementos acidentais dos contratos são os que se acrescem aos negócios para modificar alguma ou algumas de suas características naturais. No Código, estão presentes a condição, o termo e o encargo. Quando uma condição, termo ou encargo é aposto num negócio jurídico, passa a ser elemento integrante da avença. O elemento é tratado como acidental apenas porque as partes é dado inseri-lo ou não no contrato. Uma vez estipulados, devem ser obedecidos. Pacta sunt servanda.
 O contrato pode existir, possuir um aspecto material, mas não ter validade, por lhe faltar, por exemplo, agente capaz. Ainda, o contrato pode existir e ser válido, mas ineficaz, quando, por exemplo, pendente de implemento de uma condição suspensiva
VONTADE DAS PARTES: O papel da vontade. Muito antes de ser exclusivamente um elemento do negócio jurídico, é questão antecedente, é um pressuposto do próprio negócio, que ora interferirá em sua validade, ora em sua eficácia, quando não na própria existência, se a vontade não houver sequer existido. Um contrato no qual vontade não se manifestou, gera quando muito, mera aparência de negócio, porque terá havido, simples aparência de vontade. Há necessidade de ao menos duas vontades para perfazer um contrato, salvo o autocontrato. Haverá tantas partes em um contrato quantos forem os centros de interesse no negócio. Daí podemos verificar que a parte contratual tanto pode ser uma única pessoa, como um conjunto de pessoas, ou uma coletividade. Eles não obrigam senão as partes contratantes, não tendo efeito com relação a terceiros. Já de plano percebemos que ninguém pode vincular a vontade de outrem. No entanto, na prática, há situações em que terceiros certamente serão atingidos pelos contratos.
A parte compromete-se por si ou por representante. Por isso, nem sempre quem assina um contrato, ou por outra forma o conclui, é parte no negócio. Como o desaparecimento do titular da relação de direito nem sempre faz extinguir essa mesma relação, existem formas de sucessão na posição do contratante. Como com a morte o patrimônio do de cujus se transmite aos herdeiros, nesse patrimônio os débitos e créditos estão incluídos.
 Nos casos de obrigações personalíssimas, que são intransmissíveis, dada a sua natureza. Nos contratos intuitu personae (personalíssimo), o que buscamos são as qualidades da pessoa contratada. Também não se transmitem os contratos em que as partes dispuseram expressamente em contrário.
O objeto sobre o qual repousa a vontade dos contratantes deve ser determinado. Não é possível obrigar o devedor a pagar alguma coisa, ou a exercer alguma atividade, de forma indeterminada. Por vezes, o objeto não é determinado no nascimento do contrato, mas deve ser determinável em seu curso. É o que ocorre, por exemplo, quando deixamos a fixação do preço a cargo de terceiro. O objeto poderá ser de corpo certo, infungível, ou de coisas fungíveis, quando basta indicar-lhes a espécie, qualidade e quantidade (art. 85). O objeto e as prestações de um contrato devem ser possíveis. Essa possibilidade tanto deve ser física como jurídica. O objeto do contrato deve ser lícito. Não pode contrariar a lei e os bons costumes. Não é licito um contrato de contrabando, nem é moral um contrato que obrigue uma pessoa a manter-se em ócio, sem trabalhar.
FORMAÇÃO DO CONTRATO: PRIMEIRAMENTE É a fase também conhecida por negociações. Essas tratativas ocorrem na presença ou na ausência das partes, como veremos, bem como por meio de representantes ou núncios. As pessoas jurídicas fazem-se representar por seus órgãos, nem sempre aqueles que celebrarão o negócio. As negociações preliminares não obrigam, enquanto não firmado o contrato. As concordâncias paulatinas obtidas ainda constituem tratativas; não são contratos. Essas tratativas podem ocorrer unicamente sob a forma oral, mas também podem ser documentadas, com correspondência entre os interessados, anotações etc. por vezes, há interesse das partes de se assegurarem por escrito nessa fase pré-contratual, denominada pontuação, em que pode surgir um esboço ou rascunho do contrato, ou uma carta de intenções. 
A oferta ou proposta, também denominada policitação, é a primeira fase efetiva do contrato, disciplinada na lei. Na proposta existe uma declaração de vontade pela qual uma pessoa (o proponente) propõe a outra (o oblato) os termos para a conclusão de um contrato. Para que este se aperfeiçoe, basta que o oblato a aceite. 
A proposta deve ser clara e objetiva, descrevendo os pontos principais do contrato. Nesse aspecto, apresenta-se, portanto, de forma diversa das negociações preliminares. Art, 427 e 428. 
A aceitação é o ato de aderência à proposta feita. Somente é aceita proposta existente e válida, o que deve ser examinado em cada caso. A aceitação sob condição ou com novos elementos equivale a uma nova proposta, uma contraproposta. Decorre daí que, para ser idônea a formar o contrato, a aceitação deve equivaler à proposta formulada. A aceitação deve ser pura e simples, obedecendo aos requisitos de tempestividade de forma, se houver. Exterioriza-se a aceitação com um simples aquiescer, um “de acordo”, um “sim” ou palavra equivalente. A simples aposição de um “visto” do oblato não significa que a proposta tenha sido aceita. Nada impede, porém, que a aceitação venha com redação mais completa, inclusive com repetição de todos os termos da oferta. Também a rejeição da proposta ocorre de forma singela, com um simples “não aceita”, “rejeitada” ou equivalente. Nas ofertas ao público em geral, são elas aceitas à medida que os interessados se apresentam no estabelecimento do ofertante, quando não se tratar de reembolso postal ou outra modalidade de compra. 
QUESTIONARIO 
Questionário:
É possível a estipulação em favor de terceiros? Explique.
SIM, vimos, brevemente, que o contrato pode, excepcionalmente, produzir efeitos em relação a terceiros, desde que a lei assim o permita. princípios gerais, aliás não alinhavados em nossa lei, que não define o instituto, há estipulação em favor de terceiro quando uma das partes (o estipulante) contrata em seu
próprio nome com a outra parte (o promitente), que se obriga a cumprir uma prestação em favor de terceiro (o beneficiário). Os contratantes, portanto, celebram um contrato em nome próprio, tendente a proporcionar diretamente uma vantagem a terceiro, estranho a esse negócio. O parágrafo único do art. 436 e art. 438, ambos do Código Civil, tratam da possibilidade de substituição do beneficiário.
Quem é o terceiro na estipulação em favor de terceiros?
Terceiro é aquele que não participa do negócio jurídico, para quem a relação é absolutamente alheia. Na primeira fase, existe o pacto entre o estipulante e o promitente. O terceiro somente é mencionado no bojo do contrato como beneficiário da avença. Numa segunda fase, que pode ocorrer somente quando a prestação já for exigível, é necessário saber se o terceiro concorda ou não com o benefício. Com a concordância do beneficiário, completa-se o negócio em sua integralidade, perante o cumprimento da prestação ou ao menos sua exigibilidade. 
Quem é o estipulante?
é aquele que estipula que alguém realize uma obrigação em favor  de terceiro.
Quem é o promitente?
é aquele que realiza o contrato com o estipulantese obrigando a realizar algo em favor de um terceiro.
O terceiro é obrigado a aceitar o benefício?
sendo que o consentimento do beneficiário não é necessário para a constituição do contrato. O que não pode acontecer é negar ao terceiro a escolha de recusar a estipulação em seu favor.
O que se entende por promessa de fato de terceiro?
A promessa de fato de terceiro está prevista nos artigos 439 e 440 do Código Civil e ela implica no fato de que uma pessoa se compromete com outra a obter o consentimento de uma terceira pessoa na conclusão de um contrato sem ter recebido preliminarmente o consentimento desta última pessoa para a conclusão deste contrato. A eficácia deste contrato depende da ratificação posterior da terceira pessoa que não está, a priori, obrigada a nada.
7) Diferencie estipulação em favor de terceiro e promessa de fato de terceiro.
8) Explique o art. 440, do Código Civil.

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