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Direito Comercial – é Direito Privado Ética é um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano moral. É a teoria ou ciência do comportamento moral do homem em sociedade. Moral não é estática. É um fato histórico mutável e dinâmico que acompanha as mudanças políticas, econômicas e sociais e onde a existência de princípios absolutos se torna impossível. Segundo a Teoria da Empresa, é considerado empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Os requisitos para atividade empresarial: profissionalismo; exercício da atividade; economia; organização; produção; circulação. “Art. 966 do Código Civil (...) Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.” “Art. 972. Do Código Civil. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.” Existe algum impedimento nas sociedades entre marido e mulher? Há um impedimento chamado relativo. Pela Lei Civil, no seu artigo 977CC, ele determina que marido e mulher podem contratar sociedade entre si, desde que o regime de casamento não seja o da comunhão total ou da separação de bens obrigatória. Tipos de formados e regidos pela Lei Civil. Sociedade entre cônjugues sob o regime de comunhão parcial de bens. Sociedade entre pessoas com união estável Sociedade entre homoafetivos. Outro tipo de sociedade é o casamento entre sócios, já que o impedimento legal estabelecido no Artigo 977CC não se estende para aqueles que já constituíram a sociedade e são designados sócios. O Artigo 973 do Código Civil determina que aquele que exercer atividade empresarial violando o impedimento legal para tal, responderá pelas obrigações contraídas. Para cumprir as suas obrigações, o empresário deve registrar-se na Junta Comercial, manter escrituração regular de seus negócios e levantar demonstrações contábeis periódicas. Regras para escrituração dos livros e a contabilidade? O empresário e a sociedade empresária deverão (art. 1.179 CC) adotar um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, de acordo com a documentação respectiva, devendo levantar, anualmente, o balanço patrimonial e o de resultado. Estabelecimento Empresarial é a reunião organizada dos bens corpóreos e incorpóreos para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária. Bens corpóreos = mercadoria, maquinários, frota, utensílios, ... Bens incorpóreos = imateriais, são bens como: nome e título do estabelecimento, bem como a marca do produto utilizado pelo empresário. Antes da Teoria da Empresa, este instituto era conhecido como Fundo de Comércio. Após o Código Civil, com a previsão no seu artigo 1.142 CC, passou a ser classificado como Estabelecimento Empresarial ou Fundo de Empresa. O trespasse consiste na venda do estabelecimento empresarial. Não podemos confundi-lo com a venda do ponto empresarial. No trespasse há alienação de todo o complexo de bens. Na venda do ponto, subentende-se que a empresa somente mudará o local de exercício da sua atividade empresarial. Observações importantes: Ponto e Locação Empresarial - É o espaço físico, fixo ou não, onde o empresário se estabelece, constituindo um dos elementos incorpóreos do estabelecimento comercial. Em virtude dos investimentos pelo empresário despendidos para sua organização, o ponto gozará de proteção decorrente da Lei do Inquilinato (8.245/91). Nome Empresarial – É a identificação do sujeito para o exercício da empresa (art. 1.155, CC). Não se confunde com a marca, pois esta representa identificação perante o público consumidor e não se confunde com o nome fantasia pois identifica o local em que a atividade é exercida. Marcas dos produtos - Apresenta uma proteção em lei especial conhecida como Lei de Propriedade Industrial, que disciplina a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca. Direito Societário Pela constituição de uma sociedade: É uma pessoa jurídica do direito privado que atende aos interesses de seus membros, atuando com objetivo de lucro, exercendo atividade economicamente organizada. Pelo empresário, individualmente: Apresenta a tranquilidade na lucratividade individual, porém, tem-se o fantasma da responsabilidade ilimitada do empresário, que exerce sua atividade em nome próprio, respondendo com todo o seu patrimônio pelas dívidas contraídas. Contrato Social -> é o elemento constitutivo das normas estabelecidas entre os sócios e o documento que será levado ao Registro Público de Empresas Mercantis. A doutrina estabelece elementos de validade para o contrato social e os classifica em elementos comuns e elementos específicos. Elementos comuns –> Capacidade; Objeto lícito; Forma prescrita ou não defesa em lei. Elementos específicos (chamados assim por tratarem de questões próprias do Direito Societário) – > Pluralidade dos sócios; participação nos resultados; affectio societattis, capital social. Direitos e as obrigações dos agentes societários atuantes na sociedade: Direitos -> Participação nos lucros Assumir a função de sócio administrador Fiscalizar os administradores das sociedades Ter acesso aos dados contábeis Ter direito de retirada Obrigações -> Integralizar o Capital Social Participar das perdas Respeitar as cláusulas pactuadas no Contrato Social Prestar contas quando assumir a função de sócio administrador Desclassificação da qualidade de sócio (quando um sócio deixa de ser sócio): Pela morte do sócio De forma voluntária (por meio do exercício de retirada) Cessão de suas quotas à terceiros Exclusão (obrigatória) Obs.: A terminologia técnica usada para a desclassificação é resolução de um sócio perante à sociedade. As sociedades são classificadas como simples ou empresárias. Sociedades simples -> exercem uma atividade econômica ou não, porém, não organizada e adquirem personalidade jurídica quando fazem inscrição no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de sua sede. Sociedades Empresárias -> Têm por objeto o exercício da empresa e adquirem personalidade jurídica com o registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial. Classificada: quanto à responsabilidade dos sócios e quanto à forma de constituição e dissolução. As sociedades não personificadas são divididas em dois grupos: Sociedade em comum- Não tem seus atos constitutivos inscritos no registro competente; A responsabilidade dos sócios será solidária e ilimitada pelas obrigações sociais; Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum, ainda que irregular. Sociedade em conta de participação- Não tem personalidade jurídica, não possui firma social, nem se revela publicamente a terceiros.; Nela, figuram duas categorias de sócio: ostensivo e participante. Sociedade em Nome Coletivo é uma típica sociedade de pessoas, na qual todos os sócios têm responsabilidade, solidária e ilimitada, pelas obrigações sociais. Somente pessoas físicas podem participar, sejam empresárias ou não. Na Sociedade em Comandita Simples há duas categorias de sócios: os comanditados e os comanditários. A Sociedade Limitada é considerada uma das sociedades mais usuais no Direito Brasileiro, já que a responsabilidade dos sócios está restrita ao valor de suas quotas, estabelecendo nítida separação entre o patrimônio pessoal dos sócios, que não podem ser atingidos pelas obrigações. Seu capital social é a contribuição inicial dos sócios para a formação da sociedade. Direitos-> Participar no resultado social; Contribuir para as deliberações sociais; Fiscalizar a administração. Deveres-> Integralização do capital social;Lealdade; Sigilo; Informação. A Sociedade Anônima é regida pela Lei 6.404/76, usualmente utilizada para constituição de sociedade que necessita de grandes investimentos. Por disposição legal, será sempre mercantil, independentemente de seu objeto social. Sociedade anônima aberta-> os valores mobiliários estão em negociação no mercado de valores mobiliários, a cargo do mercado de balcão ou das bolsas de valores. Sociedade anônima fechada-> seus valores mobiliários não estão em negociação nesses mercados. Mercado de capitais na Sociedade Anônima: Primário- Opera a subscrição de valores mobiliários emitidos pela companhia. Secundário- Opera a compra e venda de ações por intermédio das bolsas de valores. Balcão- Opera emissão de valores mobiliários de companhia aberta, perante terceiros, por meio de um banco. Integra tanto o mercado primário como o secundário. Bolsa de valores- Pessoa jurídica de direito privado cuja função é ampliar o volume de negócios nos mercados de capitais, operando a compra e venda de ações ou de outros valores mobiliários. A Empresa e a relação com o Consumidor: Consumidor- É toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Consumidor por Equiparação- A lei o equipara ao conceito de consumidor, podendo com isso o agente se valer das proteções das regras consumeristas. Fornecedor- É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira e os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Produto- É qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Serviço- É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária. OBS.: Propaganda Abusiva – Anuncia o produto por meios de ferramentas que venham a agredir os bons costumes ou incitam a discriminação racial, a violência, a inocência das crianças, dentre outros mecanismos. Propaganda Enganosa - leva o consumidor ao erro ou ao engano na aquisição do produto ou do serviço Oferta - A evolução das relações de consumo conduziu à necessidade de novo tratamento atinente à oferta e publicidade. TÍTULOS DE CRÉDITO Título de Crédito é todo documento que o portador necessita ter em mãos para poder exigir ou provar o seu direito de crédito contra aquele que assinou o título, dentro dos limites dos valores, datas e segurança de vícios contidos nesse título. Os atributos do Título de Crédito são: literalidade, cartularidade e autonomia. Os títulos de crédito são classificados: Quanto ao modelo; Quanto a circulação; Quanto a circulação; Quanto à estrutura. Agentes cambiários são as pessoas envolvidas nas relações cambiárias: Sacador- aquele titular que emite o título de crédito. Sacado- quem é indicado a pagar o título. Aceitante- o sacado que aceita a indicação de pagar o título. Avalista- terceiro que garante o pagamento daquele obrigado a pagar o título. Endossante- aquele que transfere os direitos contidos no título para um endossatário. Beneficiário- aquele que recebe a quantia estabelecida no título. Institutos cambiários: Aceite Endosso Aval Cessão de crédito Ação cambial e prescrição Vencimento Protesto Modalidades de títulos de crédito: Letra de Câmbio – É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo pela qual o sacador dirige-se ao sacado para que este pague determinada importância a uma terceira pessoa. Nota Promissória – É uma promessa direta de pagamento dada pelo devedor em favor do credor. Cheque – É uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, mediante fundos disponíveis do emitente, em poder do sacado, proveniente de depósito ou de contrato de abertura de crédito. Duplicata – é um título de crédito de origem brasileira que tem a finalidade de documentar as operações mercantis. CONTRATOS EMPRESARIAIS: contratos que envolvem relação entre empresas. Obs.: Os contratos entre particulares, exceto os do trabalho, se submetem a dois regimes: civil e de tutela de consumidores. Os contratos empresariais especificamente formam a relação jurídica dos empresários entre si, haja vista as demais relações apresentarem dispositivos legais próprios como as normas de consumidor, trabalhistas e tributárias. Seus princípios: Princípio da Liberdade de Contratar Princípio da Relatividade Contratual Princípio da Força do Contrato Princípio da Boa Fé Princípio da Igualdade entre as Partes São classificados: Unilateral; Bilateral; Consensual; Solene; Cumulativo; Aleatório; Real; Típico; Atípico. Modalidades de Contratos: Compra e Venda Contrato de seguro Contrato de Penhor Contrato de Fiança Franquia Muitos outros.... 13 no total RECUPERAÇÃO JUDICIAL, EXTRAJUDICIAL E FALÊNCIA DA EMPRESA Com a promulgação da Lei 11.101/05, o Brasil passa a adotar duas formas de evitar a falência do devedor em crise. * Recuperação Judicial e Recuperação Extrajudicial. Administrador Judicial- Profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador ou pessoa jurídica especializada. Comitê de Credores - Órgão facultativo na falência e na recuperação judicial. Sua existência somente se justifica nas empresas com grande complexidade organizacional. A recuperação judicial é de uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do empregado e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Quem é legitimado a requerer a Recuperação Judicial? O empresário A sociedade Empresária O conjugue Sobrevivente Os herdeiros O inventariante O sócio Remanescente Nem todos os credores serão atingidos pelo plano de recuperação judicial: Credores Trabalhistas; Credores Tributários; Credores Titulares; Credor decorrente de adiantamento de câmbio para exportação. Considera-se microempresário aquele que atinge faturamento bruto anual de R$ 244.000,00 e empresário de pequeno porte aquele cujo faturamento bruto anual varie entre R$ 244.000,01 e R$ 1.200.000,00. Os microempresários e os empresários de pequeno porte poderão apresentar um plano especial de recuperação judicial. A falência é uma execução coletiva movida contra um devedor, empresário ou sociedade empresária, atingindo o seu patrimônio para uma venda forçada, partilhando o resultado, proporcionalmente, entre os credores. Quem está sujeito a falência? O empresário e a sociedade empresária, bem como o espólio do devedor empresário e aqueles que, embora expressamente proibidos, exercem atividades empresariais. Para a caracterização do estado de falência é necessário que o devedor se apresente insolvente; como: Impontualidade Execução Frustrada Prática de Atos de Falência.
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