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Terminação do contrato de trabalho

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
DIREITO DO TRABALHO II – profa. Benizete Ramos
AULA VI (roteiro) – TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Aula ministrada em __/__/__ Turma _______
Revisada em 28.03.2011 – 09.012 acrescentando questões de OAB 04]09-012mexendo em 07.06.013 coloquei hj
“Quase nada no mundo pode deter uma pessoa com atitude positiva que tenha uma meta bem clara” (Dennis Waitley)
I - INTRODUÇÃO 
► CF – art. 7º, I.,III e XVII; 10, I, ADCT 
►Conv. 158/82 aprovado pelo Dec. 68/92 e Dec. 1855/96 -Princípio basilar é a continuidade e conservação do contrato de trabalho 
► CLT Art. 14, 147, 165; 467, 484 e 482, 483, 487,477 e seguintes, c/c 
►CC- 2002- art. 1. 170 
►L. 8036/90 FGTS.
► TST Ss. 10, 13,14, 32, 69,73,44,125, 157, 160,171,173,212, 261,241,330,339,II,363,369,IV 388,330,314 e 
OJ SDI-I – 14, 238,244,247,162,207,270,351,361
STF- s. 316 (greve) 
II – TERMOS
Gênero: terminação, cessação, extinção ou dissolução.
A CLT utiliza diversas nomenclaturas, empregando-as como sinônimas
►De qualquer sorte, segundo Gustavo Garcia,� a cessação do contrato de trabalho pode ser conceituada como o término do referido negócio jurídico, o fim da relação jurídica de emprego. 
►Para Sergio P. Martins “ Cessação “é a terminação do vínculo de emprego, com a extinção das obrigações para os contratantes”
Podemos ainda encontrar as seguintes espécies dessa divisão:
II.1 – Resilição: Segundo S.Pinto.Martins �. É a cessação dos efeitos do contrato por vontade de uma das partes, ou para Volia Bomfim, “extinção do contrato sem justa causa”;
II. 2 – Resolução – Art. 482, 483 CLT c\c 475,478 e 479 CC - Segundo Délio Maranhão, é a dissolução do contrato por culpa de uma das partes. Também pode ser por ambas- .
II.3 – Rescisão – S. 363 e OJ 1 99 (SDI-I)TST- Ruptura do contrato em razão de nulidade – 
Ex. Contratação de funcionário público sem concurso.
II.4 – Distrato (ou dissolução) – Ou ainda resilição bilateral, segundo Gustavo Garcia �-Quando as próprias partes desfazem, por acordo de vontades – CCb. Art 472 CLT.Ou como Volia Bomfim � comum acordo entre as partes. A legislação trabalhista não previu as obrigações em caso de distrato. Não benéfica nada o trabalhador, pois a lei do FGTS não autoriza o levantamento do FGTS e não é devido o aviso prévio. Mas alguns autores (Orlando Gomes, Gabriel Saad, Sussekind e Russomano e Sergio P. Martins), admitem o distrato, para este último, sem o levantamento do FGTS. E finaliza “ Podemos concluir que o distrato só pode ser admitido na teoria, pois não tem cabimento na prática”
OJ 270 SDI-I-(Plano de demissão voluntária)
►Tais terminologias, nem sempre são unânimes entre os doutrinadores, tanto que Volia Bomfim � analisando as teorias, aponta a seguinte divisão:
“ resilição – distrato, despedida e demissão;
Resolução – justa causa, rescisão indireta e culpa recíproca;
Rescisão – nulidade do contrato;
Força maior – impossibilidade de execução do contrato;
Morte- do empregador pessoa física ou do empregado
Extinção da empresa, fechamento, cessação da atividade e falência- s. 388 TST;
Aposentadoria compulsória e espontânea (esta apenas nos casos que extingue)
Ope judicis – por terminação judicial – art. 496 da CLT. Ex. empregados estáveis
Suspensão disciplinar por mais de 30 dias consecutivos – art. 474 da CLT”
III – ORIGEM
Segundo Sergio Pinto Martins � a cessação do contrato, pode ocorrer:
III. 1 – Decisão do empregador
a) Dispensa ou despedida sem justa causa – arbitrária – 7º. CF 7º. I e XVII; 10, I, ADCT; Arts.14, 147, 165 (conceitua); 487,477 da CLT; Lei Complementar 110/01 (p/50%); L. 4090/62, art 3º.; Lei 7998/90, art 18 § 1º. e 20, I ( Seg. Desemprego); Lei 8036/90 FGTS); TST s. 171, 212 
►É o exercício do direito potestativo; não há motivação, não se funda em qualquer causa disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Gustavo Garcia � distingue a despedida arbitrária, como sendo a do art. 165 da CLT, da dispensa sem justa causa, sendo essa “ feita pelo empregador sem motivo dado pelo empregado”
Para volia Bomfim “ é a declaração unilateral constitutiva (negativa) e receptícia de vontade, feita pelo empregador ao empregado, no sentido de romper o contrato sem justa causa”
► Não há forma específica, apenas expressa (oral ou escrita)
► Requisitos de validade: declaração de vontade; capacidade das partes; legitimidade de quem emite adeclaração (preposto ou sócio) e a homologação do TRCT para contratos com mais de um ano (art. 477, par. 1º. CLT) 
►Questão que causa polêmica é o servidor público celetista – OJ 247 SDBI-I (entendimento de dispensa com motivação) e os empregados públicos ( art. 173, par. 1º., II CF) – Para estes NÃO precisa de motivação, mas não é pacífico. Para outros, é necessário a motivação da dispensa, ante a aprovação em concurso publico ( 37,II CF c\c L. 9.962\200 – regime do emprego público), 
b) Obstativa – Quando pretende fraudar os direitos do trabalhador. Ex.; evitar aposentadoria, estabilidade. (S. 26 do TST Cancelada ); 
c) retaliativa – represália. Ex. quando é testemunha de colega ou ajuíza ação trabalhista; participa de greve, piquete
d) dispensa motivada ou com justa causa- Vem do poder diretivo (gestão , hierárquico e disciplinar)
►CLT – arts. 482; 508;240 (ferroviário); 158 par. Únic ; 433,II (menor aprendiz); L.7.783/89, art. 15 (greve); L. 99.62/00, art. 3º. (empregado público); Dec. L. 95.247/87, art. 78º. p. 3º. (vale transporte); Dec. 73.626/74, art. 23, par. Ú – (rural); L. 5859/72 (doméstico)art. 6º.A; L. 6.354/76 – art. 20- atleta futebol; L. 6.019/74- art. 13 (temporário):
► Há autores que distinguem a falta grave da justa causa, conforme seja o empregado estável ou não. Mas para Volia Bomfim� e Sergio Pinto Martins, na prática tem pouca importância e são expressões sinônimas. 
arts. 482; 453; 240 § único; 492493;495;433, II e III; 158 § único e 508.
► É todo ato doloso ou culposamente grave que faça desaparecer a confiança e a boa-fé que deve existir, tornando impossível o prosseguimento da relação. 
No dizer de Gustavo Garcia � “A dispensa por justa causa, ocorre quando o empregador decide pelo término do vínculo de emprego, por meio do exercício de seu poder disciplinar, tendo em vista falta disciplinar praticada pelo empregado” A falta grave é a prática da justa causa, que por sua natureza ou repetição, representa séria violação dos deveres e obrigações do empregado, rompendo a confiança
Amauri Mascaro Nascimento, �entende que é taxativo e não comporta analogia, Sergio Pinto Martins � diverge " se o art. 482 da CLT fosse taxativo não seriam permitidos outros tipos de faltas graves previstos em outros comandos da CLT”. 
Gustavo Filipe Garcia � aponta três sistemas para essa disputa, o taxativo; o livre ou genérico (O Poder judiciário estabelece); e o misto (a lei fixa os casos mas, o judiciário também autoriza)
Volia Bomfim, �leciona que “os fatos a serem punidos, não podem extravasar os contornos fixados em lei, pois estes tipos são taxativos, apesar de muito pláticos, pois permitem diversas interpretações”
► Ao juiz não é dado graduar a pena, já que não é detentor do poder disciplinar, resta elidir ou manter a penalidade.
►Não se anota penalidade na CTPS – art. 29, par. 4º. CLT
► Para que a Justa causa seja válida, necessários certos requisitos:
►b.1) Elemento subjetivo – culpa do empregado (negligência, imprudência ou imperícia); ou dolo.- Fora da responsabilidade do empregado, não pode ser penalizado.
►b.2) Elemento objetivo
 - gravidade do fato – tem que ser suficientemente grave à ensejar a pena máxima- é requisito essencial, segundo Volia Bomfim� “deve ser tão grave a ponto de tornar insuportável a continuidade da relação de emprego. É a quebra da confiança e deve ser avaliada em caso caso concreto;
 - proporcionalidade entre a falta e a punição –– Não há ordem, mas deve ser proporcional. Deve ser suficientemente grave, gravíssima a ensejar a pena máxima, senão, as mais leves
 - Non bisin idem – (Amauri = singularidade) Dupla punição pelo mesmo ato. Ex. Achar a pena branda e aplicar outra. Mas, a justa causa pode ser pela reiteração ou agravamento dos atos praticados – Ato instantâneo – Insubordinação ou Ato habitual – embriaguez; pode também ocorrer por diversas faltas.
►Os descontos dos dias de faltas, no salário não caracteriza bis in idem. 
 - Imediatidade – (ou imediação, ou atualidade) A pena deve ser aplicada o mais rápido possível ou logo após o conhecimento. Ex. A partir da conclusão do inquérito ou da sindicância, senão ocorre o perdão tácito.
► Tal espaço de tempo, é a partir do momento em que o empregador toma conhecimento da falta. Pode a empresa, estabelecer investigação prévia e interna, que pode ser mais ou menos longo.
 - Conexidade – (ou causalidade) – A ocorrência deve ser em serviço, ou relacionada com o contrato; Ex. dois empregados que brigam nas imediações da empresa.
 - Vinculação ou Tipificação (ou nexo de causalidade ou ainda, caráter determinante)– ou , como prefere Volia Bomfim � “teoria da vinculação dos fatos ou dos motivos determinantes da punição ou do catráter determinante da falta ou nexo causal” – O empregador tem que informar ao empregado a figura ocorrida, para que não ocorra fraude. Comum na atualidade para escapar da reparação por dano moral.Deve haver o nexo causal
 - Não discriminação – Se ocorreu com vários empregados – tratamento igual.
- Não ocorrência de perdão expresso ou tácito – esse requisito citado por Volia Bomfim �
b.3) Figuras da justa causa- 482
 ►improbidade – É o ato lesivo ao patrimônio da empresa ou do terceiro relacionado com o trabalho; Bolia Bomfim � “todo ato de desonestidade, ato contrário aos bons costumes, à moral, à lei.”. Há correntes que entendem que é somente lesão ao patrimônio do empregador (minoritária)Ex. furto, falsificação de recibos, documentos, etc...
► Desnecessário o BO para sua caracterização
►incontinência de conduta – Comportamento irregular, incompatível com a moral. Ato imoral praticado pelo empregado, quando à moral sexual, impróprios ao ambiente de trabalho. Ligado ao desequilíbrio sexual. Ex. assédio sexual; ato de pornografia, libidinoso. Perda de respeitabilidade. Pressupõe habitualidade. Para Volia Bomfim � “quando o empregado levar uma vida irregular fora do trabalho que, de alguma forma, influencia direta ou indiretamente no emprego, ferindo a sua imagem funcional ou da empresa[...]Ex. aparece na mídia de forma negativa; beijoqueiro; devedor contumaz na praça; desvio ou exarcebação sexual”
 ► mau procedimento– Assim como a incontinência de conduta, á grande dificuldade na doutrina para conceituar o mau procedimento.- “ Amauri M. Nascimento “Ato incompatível com as normas exigidas pelo senso comum do homem médio”. Conduta irregular, faltosa e grave e que não se enquadra nas demais hipóteses Ex. violação de uma regra de conduta; infringência a norma ética;Para Volia Bomfim � “ausência de polidez,de educação, de paciência no trato com o outro [...] quebra das regras básicas de boa conduta”
 ► negociação habitual – (art. 1.170 CC) praticar atos de comércio com freqüência, sem permissão do empregador e , ainda que fora do serviço se representar atos de concorrência ou prejudicial ao serviço; 
►não impede a existência de dois contratos simultâneos;
►condenação criminal – sem sursci; com condenação transitada em julgado e que não haja suspensão condicional da pena
►Desídia – Desempenhar as funções com negligência. Ex. faltas reiteradas, chegar atrasado; desinteresse, desleixo; preguiça, desmazelo; indiferença
►Aqui é freqüente a reiteração de pequenas faltas, que no conjunto revelam comportamento desidioso, sem se configurar bis in idem; desnecessária a existência de punições anteriores. Não é unânime, tanto que Alice Monteiro e Mauricio Godinho sustentam a aplicação gradual das penalidades, sob pena de se estar perdoando
►Embriaguez habitual – Álcool e drogas no serviço ou fora dele com reflexo no trabalho, atualmente considerado doença, mas não é unânime na doutrina, tanto que só pode receber o auxilio doença se houve internação para tratamento;
Em serviço , basta uma vez para ensejar a justa causa.
 ► Violação de segredo- É devedor do empregado manter o segredo acerca dos dtalhes que cercam a atividade do empregador; o modus operandi – não precisa causar prejuízo. Ex. divulgar a fórmula do produto; fichários, receituários, pastas de clientes. Revelar ato criminoso não se enquadra aqui.
►Indisciplina – Descumprir ordens gerais; desobediência; Esta ordem é dirigida a todos empregados. Ex. Descumprir regulamentos; não fumar no local; usar uniformes
► Insubordinação – Descumprimento intencional de ordem pessoal (do chefe, do encarregado) salvo se imoral ou ilegal; Esta ordem é dirigida diretamente ao empregado.
► Abandono de emprego – O elemento subjetivo é o animus abandonandi, que segundo volia Bomfim, pode estar presente ou não. S. 32 TST ( 30 dias ininterruptos) – 
►- Ato lesivo a honra e a boa fama – É dirigido ao empregador, superior hierárquico; Ex. calúnia, injúria, difamação, tanto com palavras quanto com gestos;
►Ofensa física – Não precisa haver lesão corporal e pode ser a qualquer pessoa da empresa, sócios, diretore, colegas, clientes; dentro ou fora da empresa; nas imediações. Para Volia bomfim �, que seguindo Delio maranhão e Sussekind “ caracteriza-se por qualquer ato, mesmo fora dos contornos do Direito Penal, desde que abale a hora ou a boa fama do empregado”.
 ►jogos de azar – Tem que ser constante, habitual. Ex. loterias, bingos, roletas, rifas, etc. Há quem ( sussekind) sustente que somente os jogos relacionados à contravenção
 ► Atos atentatórios a Segurança Nacional – Inserido na época da revolução-1966 – pouco uso atualmente;
 - Outras hipóteses:
► falta contumaz no caixa bancário – art. 508 CLT;
► não observância de norma de segurança – art. 158 parágrafo único CLT;
► movimento paredista sem observância da Lei – piquetes, astentar contra o patrimônio do empregador.– art. 6º. 7.783/89 (Lei de greve);
► falta reiterada do menor aprendiz – art. 433, III CLT.
b.4) Efeitos da Justa Causa:
Não faz jus ao aviso prévio; férias proporcionais; 13º proporcional; FGTS, nem 40%, nem Seguro Desemprego.
Faz jus a saldo de salários e férias vencidas;
b.5) Local da falta – Fora ou dentro da empresa. Ex. Propagandista.
b,6- Momento – No curso do contrato, ainda que interrompido ou suspenso e pode ser cometido no curso do aviso.
b.7) Ônus da prova – É do empregador – art. 818 CLT e 333, II, CPC.
III.2 Por decisão do empregado
a) Pedido de demissão – Art. 487 CLT e S. 261 (direitos com menos de um ano de contrato) e 276, do TST. Não precisa ser aceita. 
► Para Volia Bomfim, � “não se trata, na verdade, de um pedido e sim de uma comunicação, um aviso, uma notícia, pois o pedido independe da concordância da outra parte para ser aceito ou não” 
► É um direito potestativo, ou seja, uma faculdade jurídica; é receptícia e se aperfeiçoa quando o notificado toma ciência da denúncia; 
► Não há forma especial, apenas que seja expressa (escrita ou oral)
► Mesmos requisitos do dispensa imotivada (vide acima). A doutrina dominante não o aceita sem a homologação ou o pedido de demissão; há divergência também quanto a necessidade da homologação em 10 dias. Majoritária é que sim e segundo a Volia Bomfim as parcelas devem ser pagas no prazo independente do tipo de extinção do contrato, mas se quem der causa por o empregado a multa é indevida
►Efeitos: Não saca o FGTS e nem faz jus a multa de 40 %. Recebe férias e 13º, inclusive os proporcionais.
b) Aposentadoria espontânea – Extingue ou não o contrato?
Atualmente NÃO, foi cancelada a OJ 177 , TST- 326, 327 (complementação) e 288–
 Lei 8.213/91, 49, I, b e art 453 § 1º. CLT
c) Rescisão indireta ou dispensa indireta; ou para alguns, rescisão forçada
 ► Art. 483; art. 487 § 4º CLT; art. 483,§ 3º (afastamento imediato do empregado em determinadascircunstâncias). É a resolução contratual de iniciativa do empregado.No dizer de volia Bomfim � “é a faculdade que possui o empregado de romper o contrato por justo motivo quando o empregador praticar uma das hipóteses previstas em lei como justa causa”
É a culpa patronal – Amauri M. Nascimento� entende que ocorrendo a justa causa, o empregado deve logo se afastar sob pena de haver o perdão e face ao princípio da imediação .É mto discutida essa posição). Não precisa de aviso ao empregador. Já SPMartins, acha que sim.
►- Requisitos – gravidade da falta do empregador; imediatidade, atualidade e contemporaneidade; vinculação dos fatos; inexistência de perdão tácido
Forma – Segundo V. Bomfim � depende da declaração de vontade do empregado ao empregado, não havendo necessidade de pronunciamento do judiciário.O ajuizamento da ação destina-se a cobrar as verbas daí decorrentes e não o rompimento do pacto. Não é unânime, pois , se controvertido, o judiciário tem que declarar, até para que o empregado não seja punido por abandono.
►Alguns autores (Mauricio Godinho e V. Carrion) entendem que , todas as faltas elencadas, o empregado pode permanecer ou não em serviço. Mas, não é assim no parágrafo terceiro do art. 483
c.1) Figuras da Justa Causa: art. 483 CLT
► Serviços superiores à força – arts. 390 e 405, CLT – Força física ou intelectual.
► Exigência de serviços defesos por lei – Art. 7º, XXXIII, CF;
Ceder ao sexo, ofensa moral – art. 216 – A, CP; tarefas ilícitas
► Serviços alheios ao contrato – Alteração de função, rebaixamento. Ex. exigir que executivo passe a fazer faxina
► Tratamento com rigor excessivo. Intransigência exagerada, má-educação, maus-tratos, falta de cortesiaEx. Punir somente um empregado e não a outros; falar com xingamentos
► Exposição a perigo manifesto – Correr riscos anormais, não previstos no contrato ou da função. E, para Volia Bomfim �” todo ato que importe em risco à integridade física ou a saúde do empregado enquadra-se no tipo em estudo” Ex. Local infectado, objetos perigosos;
► Descumprimento do empregador com obrigação básica. Ao admitir o empregado o empregador assume o compromisso de cumprir com as obrigações decorrentes de lei, do contrato, de norma coletiva, RI ou outra norma.A mais importante é dar trabalho e pagar salário. Ex.: Não pagamento de salário, falta de anotação de CTPS (este, segundo S.P.Martins, não caracteriza, porque o contrato pode ser tácito) 
A doutrina diverge bastante acerca de descumprimento básico, grave, oyu o que torna insuportável a continuidade do contrato. Ex. disso é a ausência de FGTS. 
►Ofensa a honra e boa fama – Calúnia, injúria, difamação;
► Ofensa física;
► Redução do trabalho – Tem ampliação mais ampla do que a Lei, pos, desde que cause redução do salário, desde que não seja por culpa do empregador.
Alice M. Barros�, entende que a redução do número de aulas para professor acarreta a justa causa do patrão. Há contudo a OJ 244 SDI-I;
 
E, quando no curso da ação de rescisão indireta há a dispensa, qual prevalece? A ÚLTIMA
III. 3 – Justa Causa Recíproca – art. 484, CLT e S. 14 TST.
III.4 Extinção por iniciativa de ambas as partes – Art. 477 CLT- Vide anotações acima II.4 – distrato. 
III. 5 Desaparecimento de uma das partes
Morte do empregado – Não tem férias proporcionais, nem aviso, nem 40%, nem Seguro Desemprego. O restante, a família recebe.
Morte do empregador – Só interfere se for pessoa física – Art. 483 § 2º CLT c/c 10 e 448 CLT; saca FGTS
Extinção da empresa – Força maior – arts. 501, 503. Ex. tsunami, terremoto e factus principis – Art. 486 CLT. Ex. Desapropriação – Saca-se o FGTS;
IV – CONTRATOS À PRAZO.
1 – Extinção:
Cumprimento do prazo – Saca o FGTS da lei 9601/98; saldo de salários, 13ºs, férias e FGTS;
2 – Rescisão antecipada – Sem justa causa – férias e 13º, O contrato de experiência pode ser com aviso ou sem aviso.
V – HOMOLOGAÇÃO – S. 330, TST – É ato de controle administrativo; S. 314 (multa pelo trintídio). OJ 16 e 351 SDI- I
V.1 – Assistência do Sindicato e DRT (qdo com mais de um ano)- assistência gratuita – OJ 16
V.2 – Descontos – Só o da Lei 10.820/03 – Empréstimos financeiros
V.3 – Prazo – art. 477 § 6º e 8º, CLT. 
v-4- multas- Discussões na doutrina, se o pagamento tempestivo com AUSENCIA de homologação gera a multa
► Se pedido de demissão, também, o entendimento majoritário é que as parcelas devem ser pagas no prazo, mas, se quem der causa por o empregado, a multa é indevida.
► OJ- 351 – Se houver fundada controvérsia quanto a existência da obrigação, a penalidade é indevida. Não é pacífico.
ANEXO I – SUMULAS E OJ 
SUM-13 MORA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O só pagamento dos salários atrasados em audiência não ilide a mora capaz de determinar a rescisão do contrato de trabalho.
SUM-14 CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
SUM-73 DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direi-to às verbas rescisórias de natureza indenizatória.
SUM-160 APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei (ex-Prejulgado nº 37).
SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
SUM-314 INDENIZAÇÃO ADICIONAL. VERBAS RESCISÓRIAS. SALÁRIO CORRIGIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Se ocorrer a rescisão contratual no período de 30 (trinta) dias que antecede à da-ta-base, observado a Súmula nº 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com o salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis nºs 6.708, de 30.10.1979 e 7.238, de 28.10.1984.
SUM-330 QUITAÇÃO. VALIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágra-fos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. 
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo. 
II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do con-trato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente con-signado no recibo de quitação. 
Histórico: Súmula alterada - Res. 108/2001, DJ 18, 19 e 20.04.2001
SUM-363 CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
SUM-388 MASSA FALIDA. ARTS. 467 E 477 DA CLT. INAPLICABILIDADE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 201 e 314 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
A Massa Falida não se sujeitaà penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 201 - DJ 11.08.2003 - e 314 - DJ 08.11.2000)
	
OJ-SDI-I	
OJ-SDI1-244 PROFESSOR. REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA. POSSIBI-LIDADE (inserida em 20.06.2001) 
A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula.
OJ-SDI1-247 SERVIDOR PÚBLICO. CELETISTA CONCURSADO. DES-PEDIDA IMOTIVADA. EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECO-NOMIA MISTA. POSSIBILIDADE (alterada – Res. nº 143/2007) - DJ 13.11.2007 
CONCURSO VII – tipo 1 - 2012
Questão 73
É correto afirmar que a CLT prevê, expressamente,
A) a advertência verbal, a censura escrita e a suspensão
como medidas disciplinares que o empregador pode
adotar em relação ao descumprimento das obrigações
contratuais do empregado.
B) somente a suspensão do contrato e a dispensa, por justa
causa, como medidas disciplinares que o empregador
pode adotar em relação ao descumprimento das
obrigações contratuais do empregado.
C) a advertência, verbal ou escrita, a suspensão e a
dispensa, por justa causa, como medidas disciplinares
que o empregador pode adotar em relação ao
descumprimento das obrigações contratuais do
empregado.
D) a censura escrita, a suspensão e a dispensa, por justa
causa, como medidas disciplinares que o empregador
pode adotar em relação ao descumprimento das
obrigações contratuais do empregado.
Questão 72
O trabalhador José foi dispensado, sem justa causa, em
01/06/2011, quando percebia o salário mensal de R$ 800,00
(oitocentos reais). Quando da homologação de sua rescisão, o
sindicato de sua categoria profissional determinou à empresa
o refazimento do termo de quitação, sob o fundamento de
que o empregador compensou a maior, no pagamento que
pretendia efetuar, a quantia de R$ 1.200,00 (hum mil e
duzentos reais), correspondente a um empréstimo concedido
pela empresa ao trabalhador no mês anterior.
Diante do exposto, assinale a alternativa correta.
A) O sindicato agiu corretamente. A compensação não pode
ser feita no valor fixado, devendo se limitar ao valor de
R$ 800,00 (oitocentos reais), o que importa na
necessidade de refazimento do termo de quitação, para
o ajuste.
B) O sindicato agiu corretamente. A compensação não pode
ser feita no valor fixado, devendo se limitar ao
equivalente a 50% (cinquenta por cento) de um mês de
remuneração do empregado, devendo o termo ser
refeito para o ajuste.
C) O sindicato agiu incorretamente. A compensação pode
ser feita no valor fixado.
D) O sindicato agiu incorretamente. A compensação pode
ser feita em qualquer valor, inexistindo limite legalmente
fixado.
Questão
Orientação Jurisprudencial da SBDI-1 C-55 I - A despedida de empregados de empresa pública e de sociedade de economia mista, mesmo admitidos por concurso público, independe de ato motivado para sua validade; 
II - A validade do ato de despedida do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está condicionada à motivação, por gozar a empre-sa do mesmo tratamento destinado à Fazenda Pública em relação à imunidade tributária e à execução por precatório, além das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais. 
Histórico: 
Redação original - Inserida em 20.06.2001
OJ-SDI1-351 MULTA. ART. 477, § 8º, DA CLT. VERBAS RESCISÓRIAS RECONHECIDAS EM JUÍZO (cancelada) – Res. 163/2009, DEJT divulgado em 23, 24 e 25.11.2009 
Incabível a multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT, quando houver fundada controvérsia quanto à existência da obrigação cujo inadimplemento gerou a multa. 
Legislação: 
CLT, art. 477, “caput”, §§ 6º e 8º
	ANEXO II - jurisprudencias
 
� Op cit. P. 353
� MARTINS. Sergio Pinto. Direito do Trabalho. Ed.atlas, p. 351
� GARCIA. Gustavo Filipe. Direito do Trabalho, Ed. Método. P.352
� OP cit. 1004 ess.
� BOMFIM. Volia. Direito do Trabalho, 5ª. Ed. Ed. Impetus, p. 1053
� Op cit.p. 351
� OP cit. P.368
� Op cit. p. 1042
� Op cit. p; 372
� NASCIMENTO. Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabaho. Ed. Saraiva. RJ. 24ª. Ed.
� Op cit. P. 354
� Op cit. P. 374
� Op coit. P. 1043
� Op cit. p. 1051.
� Op. cit p. 1053
� Op cit. p. 1055.
� Op. cit p. 1056
� Op. cit; p; 1057
� Op. cit. p. 1059
� Op cit. p. 1081
� Op cit.p.1013
� Op cit. p. 1092
� Op cit.
� Op cit. p. 1095
� Op cit. p. 1101
� BARROS. Alice Monteiro. Curso de Direito do trabalho. Ed. Ltr.SP p. 866
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