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capital de giro

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Prévia do material em texto

MARINGÁ-PR
2012
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
GRADUAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Atualização: Esp. Adriano Aparecido de Oliveira
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
NEAD - Núcleo de Educação a Distância - bl. 4 sl. 1 e 2 - (44) 3027-6363 - ead@cesumar.br - www.ead.cesumar.br
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site PHOTOS.COM”.
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria do NEAD: Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Coordenação Pedagógica: Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenação de Polos: Diego Figueiredo Dias
Coordenação Comercial: Helder Machado
Coordenação de Tecnologia: Fabrício Ricardo Lazilha
Coordenação de Curso: Reginaldo Aparecido Carneiro
Supervisora do Núcleo de Produção de Materiais: Nalva Aparecida da Rosa Moura
Capa e Editoração: Daniel Fuverki Hey, Fernando Henrique Mendes, Luiz Fernando Rokubuiti e Renata Sguissardi
Supervisão de Materiais: Nádila de Almeida Toledo 
Revisão Textual e Normas: Cristiane de Oliveira Alves, Janaína Bicudo Kikuchi, Jaquelina Kutsunugi e Maria Fernanda 
Canova Vasconcelos
 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação
 a distância:
 
C397	 	 Administração	financeira/	Claudir	Rheinheimer,	Adriano	Apa	
	 recido	de	Oliveira.	Maringá	-		PR,	2012.
	 	 175	p.
 “Curso de Graduação em Administração - EaD”.
 
	 					1.	Administração.	2.	Finanças	-	Empresa.	3.EaD.	I.	Título.
	 	 	 	 			CDD	-	22	ed.	658.15	 	
	 	 		 	 			CIP	-	NBR	12899	-	AACR/2
 
Ficha	catalográfica	elaborada	pela	Biblioteca	Central	-	CESUMAR
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Professor Me. Claudir Rheinheimer
5ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para 
todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e solução de problemas com 
eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que 
fizermos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Cesumar – Centro Universitário de Maringá – assume o compromisso 
de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos 
brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-
extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que 
contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade.
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de referên-
cia regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de compe-
tências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão 
universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação 
da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social 
de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também 
pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação 
continuada.
Professor Wilson de Matos Silva
Reitor
6 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Caro aluno, “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua 
produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 25). Tenho a certeza de que no Núcleo de 
Educação a Distância do Cesumar, você terá à sua disposição todas as condições para se 
fazer um competente profissional e, assim, colaborar efetivamente para o desenvolvimento da 
realidade social em que está inserido.
Todas as atividades de estudo presentes neste material foram desenvolvidas para atender o 
seu processo de formação e contemplam as diretrizes curriculares dos cursos de graduação, 
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC). Desta forma, buscando atender essas 
necessidades, dispomos de uma equipe de profissionais multidisciplinares para que, 
independente da distância geográfica que você esteja, possamos interagir e, assim, fazer-se 
presentes no seu processo de ensino-aprendizagem-conhecimento.
Neste sentido, por meio de um modelo pedagógico interativo, possibilitamos que, efetivamente, 
você construa e amplie a sua rede de conhecimentos. Essa interatividade será vivenciada 
especialmente no ambiente virtual de aprendizagem – AVA – no qual disponibilizamos, além do 
material produzido em linguagem dialógica, aulas sobre os conteúdos abordados, atividades de 
estudo, enfim, um mundo de linguagens diferenciadas e ricas de possibilidades efetivas para 
a sua aprendizagem. Assim sendo, todas as atividades de ensino, disponibilizadas para o seu 
processo de formação, têm por intuito possibilitar o desenvolvimento de novas competências 
necessárias para que você se aproprie do conhecimento de forma colaborativa.
Portanto, recomendo que durante a realização de seu curso, você procure interagir com os 
textos, fazer anotações, responder às atividades de autoestudo, participar ativamente dos 
fóruns, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, 
pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os 
desafios na construção de conhecimentos. Para finalizar essa mensagem de boas-vindas, lhe 
estendo o convite para que caminhe conosco na Comunidade do Conhecimento e vivencie 
a oportunidade de constituir-se sujeito do seu processo de aprendizagem e membro de uma 
comunidade mais universal e igualitária.
Um grande abraço e ótimos momentos de construção de aprendizagem!
Professora Gislene Miotto Catolino Raymundo
Coordenadora Pedagógica do NEAD - CESUMAR
7ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
APRESENTAÇÃO
Livro: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Neste momento lhe está sendo apresentado o livro de Administração Financeira. Certamente 
a curiosidade de conhecer o conteúdo é imensa, bem como, uma grande expectativa para 
adquirir novos conhecimentos.
Partindo deste princípio, apresentamos um breve resumo do que você vai encontrar neste 
material, visando empolgá-lo ainda mais para o novo aprendizado que ora se inicia.
Vamos apresentar nossa introdução separada por unidades, já que o material é composto por 
cinco unidades.
Unidade I
O início do estudo passa pelas principais definições de finanças. Recorremos aos grandes 
mestres da área para lhe dar uma noção clara e direta do que realmente é administração 
financeira. Empresários, investidores e homens de negócios em geral, recorrem aos 
profissionais das finanças para obter orientação acerca de suas decisões de investimentos ou 
aplicações. O objetivo principal é obter o maior ganho ao menor risco, ou seja, ganhar bastante 
e não perder. 
Em função disso faz-se uma análise da relação das variáveis-chave da administração 
financeira, que são o retorno, o risco e o tempo.
O planejamento financeiro pode ser separado de curto prazo e longo prazo. Nesta unidade 
falaremos do planejamento financeiro de curto prazo, já que na unidade IV falaremos do 
planejamento financeiro de longo prazo.
No curto prazo, temos uma ferramenta fundamental para realizarmos o planejamento 
financeiro, que é o orçamento de caixa, já que ele apresentatudo que uma empresa tem para 
receber e tudo que tem para pagar em um período futuro. Desta forma, pode-se administrar 
adequadamente o caixa da empresa.
Ainda na unidade I iremos conhecer um pouco sobre a questão tributária das empresas, 
8 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
mais especificamente sobre o imposto de renda da pessoa jurídica, que se constitui em um 
componente relevante para qualquer análise financeira.
A principal fonte de informações para o profissional de finanças são os demonstrativos 
financeiros, principalmente o balanço patrimonial e o demonstrativo de resultado do exercício. 
Por esta razão iremos fazer uma análise detalhada destes dois, que são os principais 
demonstrativos financeiros das organizações.
Unidade II
Nesta unidade, partiremos para os cálculos, já que não se pode falar em finanças sem lançar 
mão de algumas fórmulas, equações e modelos matemáticos.
No caso da análise com uso de índices financeiros, veremos que os demonstrativos financeiros 
de uma organização podem ser escritos em índices e esses, pautados na teoria, nos permitem 
elaborar parecer sobre a situação econômico-financeira das companhias. Claro que existem 
algumas limitações no uso de índices financeiros, que serão contempladas em nosso estudo.
Outro assunto que não poderia ficar de fora é a administração do capital de giro das empresas. 
O capital de giro, como o próprio nome sugere, é o capital que garante a movimentação da 
empresa, desenvolvendo sua atividade e buscando os resultados almejados.
Unidade III
A administração financeira de curto prazo contempla as contas circulantes do patrimônio, mais 
especificamente do ativo circulante e do passivo circulante. Desta forma, iniciaremos o estudo 
pela administração das disponibilidades, que são os fundos imediatamente disponíveis, como 
caixa e bancos conta corrente.
A política de crédito cria uma importância crucial para o desempenho das empresas, já que 
dela depende, em parte, o volume de vendas. Quanto maior o prazo concedido ao cliente, 
teoricamente maior será o volume de vendas, e vice-versa. Logo, o profissional das finanças 
deve conhecer algumas técnicas para aplicar e administrar corretamente a política de crédito 
de uma empresa.
Outro componente patrimonial que pode levar a empresa ao sucesso ou ao fracasso é a 
questão dos estoques. Estoques em quantidade e qualidade adequados constituem fator 
9ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
determinante para o sucesso. Agora, estoques de qualidade e quantidade inadequados, 
são caminho fácil e rápido ao insucesso das companhias. Apresentamos algumas técnicas 
importantes para auxiliá-lo na compreensão e correta administração deste item tão importante 
no contexto das finanças.
As empresas precisam de muitos recursos para desenvolverem suas atividades e nem 
sempre os recursos próprios são suficientes. Precisam, então, buscá-los de fontes externas. 
Estas fontes podem ser espontâneas e sem custo financeiro, como é o caso do crédito junto 
aos fornecedores; ou ser com custo financeiro, no caso de empréstimos e financiamentos 
bancários.
Unidade IV
Nesta unidade iremos falar um pouco das decisões financeiras de longo prazo. Essas decisões 
não constituem o dia a dia do profissional das finanças. Já que dizem respeito a decisões de 
capital, ou seja, de investimentos de longo prazo, como a decisão para comprar uma máquina 
nova, a decisão para ampliar a construção, a decisão de se abrir uma filial entre outras. Verifica-
se-á que estas decisões não são tomadas todos os dias, são eventuais, esporádicas. Então, 
iremos conhecer alguns métodos para auxiliar o profissional a decidir corretamente sobre 
questões tão relevantes e que normalmente envolvem grande soma de recursos e modificam 
a estrutura da empresa para sempre.
Entre os métodos de avaliação de projetos você vai conhecer os mais populares e mais 
utilizados, sem abandonar o rigor técnico que a matéria exige. Selecionamos o Valor Presente 
Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Período de Recuperação do Investimento 
(PRI), também conhecido por payback.
Unidade V
Nesta unidade, discutiremos o mercado financeiro. Certamente você já conhece muitos 
destes processos, em função da sua experiência prática. Mas, talvez carecem de definições e 
procedimentos técnicos mais apurados.
Iniciaremos com a estrutura no Sistema Financeiro Nacional, já que toda e qualquer entidade 
do mercado financeiro, de capitais, de seguros ou de previdência privada, faz parte do SFN.
O profissional do século XXI precisa conhecer as modernas práticas do dia a dia dos mercados, 
10 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
não só financeiro, como é o caso de operações bancárias, mas especialmente do mercado de 
capitais. A globalização da economia trouxe novidades para os mercados e estas novidades 
devem ser absorvidas, compreendidas e aplicadas.
A exemplo de todos os conteúdos já citados, esta unidade é de especial importância para 
formar profissionais atualizados e conectados com o mundo financeiro globalizado. 
SUMÁRIO
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA? ...............................19
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA...........19
RISCO E RETORNO............................................................................................................................21
PLANEJAMENTO FINANCEIRO.......................................................................................................22
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA........................................................................................28
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................32
UNIDADE II
DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA E ÍNDICES
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .............................................................49
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES......................................................................................50
CATEGORIA DE ÍNDICES FINANCEIROS......................................................................................52
CAPITAL DE GIRO...............................................................................................................................59
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO.........................................................................................................60
UNIDADE III
FINANCIAMENTOS
CAIXA ......................................................................................................................................67
ELEMENTOS DE UMA POLÍTICA GERAL DE CRÉDITO.............................................................71
DESCONTOS FINANCEIROS POR PAGAMENTOS ANTECIPADOS........................................73
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DOS ESTOQUES......................................................................77
FONTES DE FINANCIAMENTO.........................................................................................................80
AS FONTES ESPONTÂNEAS DE FINANCIAMENTO EM CURTO PRAZO..............................87
UNIDADE IV
POLÍTICAS DE INVESTIMENTOS DE CAPITAL
ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA ............................................................................92
ORÇAMENTO DE CAPITAL................................................................................................................91
CRITÉRIOS QUANTITATIVOS DE ANÁLISE ECONÔMICA........................................................95
VPL - VALOR PRESENTE LÍQUIDO ......................................................................................96
PRI - PERIODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO - PAYBACK ..............................98
TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR.............................................................................................100UNIDADE V
SISTEMAS FINANCEIROS
SFN – SISTEMA FINACEIRO NACIONAL ............................................................................ 111
BANCO CENTRAL DO BRASIL.......................................................................................................115
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP....................................................142
HISTÓRIA DO SEGURO...................................................................................................................144
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS.......................................................................................160
CONCLUSÃO ........................................................................................................................165
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................175
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
•	 Abordar	os	principais	conceitos	de	administração	financeira,	as	metas	e	objetivos	
do	administrador	financeiro	e	os	principais	pontos	para	introduzir	o	estudante	a	as-
suntos	específicos	das	finanças.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 O	que	é	administração	financeira?
•	 Responsabilidades	contemporâneas	do	administrador	financeiro
•	 Meta	do	gerente	financeiro
•	 Risco	e	retorno
•	 Planejamento	financeiro
•	 Depreciação	e	imposto	de	renda
•	 Demonstrações	financeiras
19ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
A principal pergunta que se pode fazer neste momento: por que estudar finanças? Existem 
muitas razões pelas quais você precisa ter conhecimento de finanças. A escolha da carreira de 
administrador deve ser a principal resposta. Mas, também, para organizar sua vida pessoal. O 
conhecimento das principais técnicas e procedimentos de finanças, que serão estudados neste 
livro, certamente permitirá que você tome as decisões acertadas em sua vida profissional e na 
gestão do patrimônio pessoal.
ALGUMAS	DEFINIÇÕES:	O	QUE	É	ADMINISTRAÇÃO	FINANCEIRA?
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou 
valor total de um negócio. Mais especificamente, maximizar a riqueza significa obter o lucro 
mais elevado possível ao menor risco (GROPPELLI e NIKBAKT, 2006).
Para Gitman finanças são a arte e a ciência para administrar fundos.
Se observarmos os dois conceitos, verificamos que dizem a mesma coisa com palavras 
diferentes. Groppelli diz ter o maior lucro com o menor risco, enquanto Gitman diz que finanças 
administram fundos.
Esta administração de fundos tem, naturalmente, o objetivo de obter o melhor resultado 
possível e para as empresas esse resultado só pode ser o maior lucro.
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, 
assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos 
20 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática da 
escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das 
empresas, assumindo uma definição de maior amplitude.
A administração financeira insere-se em um campo de atuação bastante abrangente e 
crescentemente complexo, exigindo maior conhecimento técnico e sensibilidade no trato de 
seus diversos instrumentos (NETO, 2003).
Verificam-se, claramente, as necessidades de grande conhecimento técnico-científico, além 
da sensibilidade, que nada mais é do que bom-senso na análise e decisão.
A escassez referida pelo autor é a chave dessa equação de difícil solução, já que, em geral, os 
recursos são escassos e as necessidades ilimitadas.
Todo momento encontramos empresas que necessitam de recursos para despesas 
operacionais, para investimentos, para expansão, para pesquisa entre outros. Captar e aplicar 
adequadamente esses recursos é, em última análise, o grande desafio do administrador de 
finanças.
Metas do gerente financeiro
Segundo Gitman algumas pessoas acreditam que o objetivo da empresa é sempre maximizar 
o lucro. Para alcançar essa meta, o gerente financeiro tomaria apenas as ações que gerassem 
uma grande contribuição esperada para o total dos lucros da empresa.
A maximização do lucro fracassa por várias razões: o tempo de retorno ignorado, os fluxos de 
caixa disponíveis para acionistas e o risco.
Ainda no raciocínio de Gitman, a maximização da riqueza deve ser a meta de todos os gerentes 
financeiros, pois é ela que maximiza a riqueza dos proprietários da empresa.
21ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Como maximização da riqueza ele cita o preço das ações, ou seja, quanto mais valorizadas 
forem as ações (ações são partes do capital da empresa), maior será a riqueza dos proprietários.
O lucro certamente contribui para a valorização e aceitação das ações das empresas, por esta 
razão deve ser considerado como fator que conduz à maximização da riqueza.
Toda essa questão citada por Gitman, de que o lucro fracassa em muitos casos e entre as 
causas cita o risco, que estudaremos em tópicos adiante.
RISCO E RETORNO
Definição de risco:
Para Groppelli o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos.
Já para Lawerence J. Gitman, o risco é a chance de perda financeira.
Qual o risco associado a uma decisão? Certamente a resposta seria o quanto se pode perder 
caso o negócio não dê certo. Então, se tem como clara a compreensão de risco.
Definição de Retorno
O total de ganho ou perda ocorrido por meio de um dado período de tempo (Gitman, 2006). 
Para Groppelli retorno são receitas esperadas ou fluxos de caixa antecipados de qualquer 
investimento.
Note-se que agora podemos fazer uma melhor interpretação das metas do administrador 
financeiro.
Se ele considerar apenas a maximização do lucro, despreza o risco e este risco pode 
representar a grande ameaça ao lucro.
22 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Muitas vezes é melhor ganhar menos, com tempo mais prolongado e com pouco risco do que 
querer muito, mesmo que o risco de perder tudo seja grande.
Podemos resumir a maximização do lucro como a combinação entre risco elevado, retorno 
elevado e curto espaço de tempo. Já a maximização da riqueza como a relação de risco 
menor, retorno menor e tempo maior.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O planejamento financeiro começa com planos financeiros em longo prazo, ou estratégicos 
que, por sua vez, guiam a formulação de planos e orçamentos em curto prazo ou operacionais. 
Geralmente, os planos e orçamentos em curto prazo implementam os objetivos estratégicos 
da empresa em longo prazo.
Neste aspecto deve-se compreender bem que os planos de longo prazo formulam a estratégia 
da empresa, ou seja, o que ela pretende, onde pretende chegar. Com base nestas estratégias 
se formulam as ações de curto prazo e estas ações, por sua vez, encaminham a empresa para 
atingir os objetivos maiores, as estratégias estabelecidas.
Pode-se dizer que as empresas, em geral, tomam decisões em três níveis:
Nível estratégico: são decisões que modificam a estrutura da empresa, que mudam sua 
relação com o meio ambiente.
Nível administrativo: são aquelas que se relacionam com a forma da empresa.
Nível operacional: são as decisões associadas ao processo de transformação.
23ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
O planejamento financeiro de curto prazo pode ser melhor compreendido na figura abaixo:
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
Pode-se destacar como plano financeiro de curto prazo o planejamento de caixa, ou 
orçamentos de caixa.Nota-se, no esquema acima, que ele aparece no centro, interligado com 
os demais planos.
Para Gitman (2006) o orçamento de caixa, ou previsão de caixa, é uma demonstração das 
entradas e saídas planejadas no caixa da empresa. É usado pela empresa para estimar o 
caixa exigido a curto prazo, com atenção especial ao planejamento para excedentes de caixa 
e para escassez de caixa.
24 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
O orçamento de caixa pode ser apresentado semanalmente, quinzenalmente, mensalmente 
ou qualquer outro período que a empresa desejar. Prazos menores são mais confiáveis e mais 
fáceis de serem previstos, mas o prazo de até um ano pode ser recomendável.
O principal insumo do planejamento de caixa é a previsão de vendas.
A previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparado pelo departamento 
de marketing. Com base na previsão de vendas, o gerente financeiro estima o fluxo de caixa 
mensal que resultará das receitas de vendas projetadas e das despesas relacionadas à 
produção, estoque e vendas. Determina também o nível de ativos fixos exigidos e o montante 
de financiamentos, se houver, necessário para apoiar o nível de previsão de vendas e de 
produção.
A previsão de vendas pode se basear em uma análise de dados externos, usando-se as 
relações observadas entre as vendas da empresa e certos indicadores econômicos externos 
significativos, como o produto nacional bruto (PNB), renda pessoal disponível, taxa de inflação 
e desemprego entre outros. Por outro lado, os dados internos obtidos por meio dos próprios 
canais de vendas da empresa. As empresas, em geral, usam uma combinação de dados 
externos e internos de previsão para fazerem a previsão final de vendas.
Nota-se que estamos falando de previsões, que são dados prováveis. Todo planejamento de 
caixa depende da confiabilidade da previsão das vendas, já que a maior parte dos outros 
insumos é decorrente desta.
Vejamos: a quantidade de matéria-prima que deve ser comprada depende da quantidade de 
vendas estimadas; o valor dos impostos a ser pago depende da quantidade vendida; o gasto 
com salários e encargos está diretamente ligado ao volume das vendas; o desembolso com 
investimentos fixos depende da quantidade que precisa ser produzida (vendida) e assim, mais 
insumos dependem do volume das vendas.
25ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
O formato geral do fluxo de caixa:
Mais: caixa inicial
desembolso de caixa
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
Gitman (2006) apresenta um exemplo detalhado de um orçamento de caixa. Considere que as 
vendas previstas na tabela a seguir abaixo sejam com os seguintes prazos:
20% à vista, 50% em 30 dias, ou seja, recebidos no mês seguinte e 30% recebidos em 60 
dias, equivalente a dois meses após a venda ser efetivada. Além da venda prevê-se outros 
recebimentos no valor de 30 (em $ 1000).
A Intercon Company reuniu os dados a seguir, necessários para a preparação de um programa de 
desembolsos de caixa para outubro, novembro e dezembro. 
26 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Compras. As compras da empresa representam 70% das vendas. Desse montante, 10% são pagos 
em dinheiro, 70% são pagos no mês imediatamente seguinte ao mês de compra e os 20% restantes 
são pagos dois meses após o mês da compra. 
Pagamentos de aluguel. Um aluguel de $ 5.000 será pago a cada mês. Ordenados e salários O 
custo	fixo	de	salários	para	o	ano	é	de	$	96.000	ou	é	de	$	8.000	por	mês.	Além	disso,	estima-se	que	os	
ordenados correspondam a 10% das vendas mensais. 
Pagamento de impostos. Os impostos de $ 25.000 devem ser pagos em dezembro. 
Despesas	com	ativos	fixos. Nova maquinaria custando $ 130.000 será comprada e paga em no-
vembro. 
Pagamentos de juros O pagamento de juros de $ 10.000 vence em dezembro. 
Pagamentos de dividendos em dinheiro Os dividendos em dinheiro de $ 20.000 serão pagos em 
outubro. 
Pagamentos	do	principal	(empréstimos). O pagamento do principal de m empréstimo no valor de 
$ 20.000 vence em dezembro. 
Recompras	ou	resgates	de	ações. Nenhuma recompra ou resgate de ações é esperado entre ou-
tubro e dezembro.
A programação de desembolsos de caixa a empresa, usando os dados precedentes, é mostrado na 
Tabela 14.3. Alguns itens na tabela são explicados mais detalhadamente a seguir. 
Compras. Esse lançamento serve apenas para informação. Os dados representam 70% das vendas 
previstas para cada mês. Foram incluídos para facilitar o cálculo das compras à vista e os pagamentos 
relacionados. 
Compras à vista As compras à vista representam 10% das compras do mês.
Pagamentos de C/P Esses lançamentos representam o pagamento de contas a pagar (C/P) resultan-
tes das compras nos meses anteriores. 
27ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Prazo de um mês Esses dados representam compras feiras no mês anterior que são pagas no mês 
corrente. Como 70% das compras da empresa são pagas no mês seguinte, as com- pras com prazo 
de mês para pagamento mostrados em setembro representam 70% das compras de agosto, os paga-
mentos de outubro representam 70% das compras de setembro e assim por diante. 
Prazo de dois meses Esses dados representam as compras feitas nos dois meses anteriores, que 
serão pagas no mês corrente. Visto que 20% das compras da empresa são pagas dois meses depois, 
as compras com dois meses de prazo para pagamento mostradas em outubro representam 20% das 
compras de agosto e assim por diante. 
Ordenados e salários Essas quantias foram obtidas adicionando-se $ 8.000 aos 10% vendas a cada 
mês.	Os	$	8.000	representam	o	componente	de	salário	fixo;	o	restante	representa	os	ordenados.	
Os itens restantes em cada programa de desembolsos de caixa são auto-explicativos
Fluxo	de	caixa	líquido,	caixa	final,	financiamento	e	excedente	de	caixa
Examine novamente o orçamento de caixa de formato geral na Tabela 14.1. Temos dados de entrada 
para os dois primeiros lançamentos e depois calculamos as necessidades e caixa da empresa. O 
fluxo	de	caixa	liquido da empresa é encontrado subtraindo-se os desembolsos de caixa dos rece-
bimentos	de	caixa	em	cada	período.	Então	adicionamos	o	caixa	inicial	ao	fluxo	de	caixa	líquido	para	
determinar o caixa	final para cada período Finalmente, subtraímos o saldo de caixa mínimo do caixa 
final	para	encontrar	o	financiamento	total	necessário ou o excedente de caixa.	Se	o	caixa	final	for	
menor que o saldo mínimo de caixa, o financiamento	será	necessário.		Este	financiamento	costuma	
ser	visto	como	de	curto	prazo	e,	portanto,	é	representado	por	títulos	a	pagar.	Se	o	caixa	final	for	maior	
que o saldo de caixa mínimo, há excedente de caixa. Considera-se que qualquer excedente seja 
investido em uma aplicação líquida, de curto prazo, que renda juros, ou seja, em títulos negociáveis 
de curto prazo. 
A Tabela 14.4 apresenta o orçamento de caixa da Intercon Company, com base dados já desenvol-
vidos.	No	final	de	setembro,	o	saldo	de	caixa	da	Intercon	foi	de	$	50.000	e	suas	duplicatas	a	pagar	
e títulos negociáveis foram iguais a $ 0. A empresa deseja manter como reserva para necessidades 
inesperadas, um saldo de caixa mínimo de $ 25.000.
Para	a	Intercon	Company	manter	seu	caixa	final	exigido	de	$	25.000,	ela	precisará	tomar	emprestado	
um total de $76.000 em novembro e $ 41.000 em dezembro. Em outubro, a empresa terá um saldo de 
caixa excedente de $ 22.000, que pode ser mantido em títulos negociáveis que rendam juros. O total 
de	financiamento	necessário	no	orçamento	de	caixa	refere-se	a	quanto	será	devido	no	final	do	mês;	
eles não representam as mudanças mensais nos empréstimos. 
As mudanças mensais nos empréstimos tomados e no excedente de caixa podem ser encontradas 
em uma análise posterior do orçamento de caixa. Em outubro, os $ 50.000 de caixa inicial, que se 
tornam $ 47.000 após a saída líquida de caixa de $ 3.000, resultam em um saldo de caixa excedente 
de $22.000, uma vez que o caixa mínimo de $ 25.000 foi deduzido. Em novembro, os $ 76.000 do 
financiamento	total	exigido	resultaram	da	saída	líquida	de	caixa	de	$	98.000	menos	os	$	22.000	de	
caixa	excedente	de	outubro.	Os	$	41.000	do	financiamento	 total	 exigido	em	dezembro	 resultaram	
da	dedução	de	$	35.000	da	entrada	líquida	de	caixa	em	dezembro	o	financiamento	total	exigido	em	
novembro,	de	$	76.000	em	novembro	menos	$	35.000.	Resumindo,	as	atividades	financeiras	de	cada	
mês foram as seguintes:
Outubro: Investir os $ 22.000 de saldo de caixa excedente em títulos negociáveis.
Novembro: Liquidar os $ 22.000 de títulos negociáveis e tomar emprestados $ 76.000 (títulos a pagar).
28 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Dezembro:	Saldar	$	35.000	de	títulos	a	pagar	para	manter	$	41.000	do	financiamento	total	necessário.	
Fonte: Adm. Financeira – Gitman (2006)
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA
Depreciação pode ser definida como uma despesa pelo desgaste dos bens ou simplesmente 
pela perda de valor pelo passar do tempo.
Nas finanças as depreciações são classificadas como item não monetário, já que seu valor 
não representa efetiva saída de caixa, mas sim um lançamento contábil para ajustar o valor 
dos bens à realidade e reduzir a base de cálculo para o imposto de renda, já que ela é tratada 
como uma despesa comum.
O imposto de renda merece um tratamento mais detalhado, já que a matéria é um pouco mais 
abrangente. Podemos dividir o importo de renda pra pessoa jurídica em lucro real e lucro 
presumido.
29ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
O Lucro Real
De acordo com informações obtidas no site <www.receita.
fazenda.gov.br> acessado em 14/10/2010, define-se lucro 
real como a base de cálculo do imposto sobre a renda 
apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados 
sistematicamente de acordo com as leis comerciais e 
fiscais. A apuração do lucro real é feita na parte A do Livro 
de Apuração do Lucro Real (LALUR), mediante adições e 
exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e 
compensações de prejuízos fiscais autorizados pela legislação do imposto de renda, de 
acordo com as determinações contidas da Instrução Normativa SRF n. 28, de 1978, e demais 
atos legais e infralegais posteriores. 
Data da Apuração
Para efeito de incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deve ser 
apurado na data de encerramento do período de apuração.
O período de apuração encerra-se:
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apura-
ção trimestral do imposto de renda;
b) no dia 31 de dezembro de cada ano calendário, no caso de apuração anual do imposto de 
renda;
c) na data da extinção da pessoa jurídica;
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.
Fonte: PHOTOS.COM
30 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano calendário, as 
pessoas jurídicas:
a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e 
ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados 
de	renda	variável	e	dos	rendimentos	nominais	produzidos	por	aplicações	financeiras	de	
renda	fixa,	da	parcela	das	receitas	auferidas	nas	exportações	às	pessoas	vinculadas	ou	
aos países com tributação favorecida que exceder o valor já apropriado na escrituração da 
empresa, no ano calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta 
e oito milhões de reais), ou de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo 
número de meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de de-
senvolvimento,	caixas	econômicas,	sociedades	de	crédito,	financiamento	e	investimento,	
sociedade de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e 
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercan-
til, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades 
de previdência privada aberta;
c) que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d)	 que,	autorizada	pela	legislação	tributária,	usufruam	de	benefícios	fiscais	relativos	à	isenção	
ou redução de impostos;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de 
renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do artigo 2º da Lei n. 9.430, 
de 1996;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a 
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo 
ou de prestação de serviços (factoring).
Alíquotas	Aplicadas	à	base	de	Cálculos
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 15% e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
é de 9%.
31ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Está obrigado a declarar imposto de renda o contribuinte que no ano anterior: 
- Recebeu rendimentos superiores a R$ 15.764,28 no último ano, como salário, aposentadoria, pen-
sões, aluguéis ou benefícios de atividade rural.
- Recebeu rendimentos não tributáveis ou tributáveis exclusivamente na fonte (como heranças e doa-
ções) cuja soma foi superior a R$ 40.000,00.
- Participou, em qualquer mês do ano, de uma empresa como titular, sócio ou acionista, ou de coop-
erativa.
- Tem patrimônio (imóveis, telefones, veículos, joias e terra nua) de valor total superior a R$ 80.000,00.
- Obteve em qualquer mês do ano anterior ganho de capital na alienação de bens ou direito sujeito à 
incidência do imposto.
- Obteve ganho de capital em operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e asse-
melhadas.
- No caso de atividade rural, obteve receita bruta superior a R$ 78.821,40 e deseja compensar 
prejuízos do ano passado ou do ano anterior.
- Passou à condição de residente no Brasil (neste caso, o contribuinte não pode apresentar a opção 
simplificada).	
Fonte: <http://poupaclique.ig.com.br/materias/000001-000500/185/185_1.html>. Acesso em: 16 jan. 
2012.
Lucro Presumido
É a forma de tributação onde se usa como base de cálculo do imposto, o valor apurado 
mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
Empresas	que	podem	optar	pelo	lucro	presumido
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à apuração do lucro 
real, cuja receita bruta total, no ano calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou 
inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou ao limite proporcional de 
R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a 12 
meses.
Igualmente não podem todas aquelas obrigadas pelo lucro real, já definidas.
32 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Percentuais aplicados sobre a receita bruta
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados (RIR/1999, 
art. 223):
Alíquotas	para	apuração	do	Imposto	de	Renda
A alíquota do IRPJ sobre o lucro presumido é de 15% e a alíquota da contribuição social é de 
9%, como regra geral.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Estrutura do Balanço Patrimonial
LEI nº 6.404/1976
Como os limites e critérios fiscais, limitavam a evolução dos Princípios Fundamentais da 
Contabilidade, foi instituída a Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), que veio para 
solucionar o problema e determinar que a escrituração contábil deve seguir seus preceitos.
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem. 
Fo
nte
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TOS.
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33ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Ativo Circulante
Composta pelas disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social 
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Ativo Realizável em Longo Prazo
Composta pelos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os 
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, 
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios 
usuais na exploração do objeto da companhia:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
* Investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qual-
quer	natureza,	não	classificáveis	no	ativo	circulante,	e	que	não	se	destinem	à	manutenção	
da atividade da companhia ou da empresa; IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham 
por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da 
empresa	ou	exercidos	 com	essa	 finalidade,	 inclusive	os	decorrentes	de	operações	que	
transfiram	à	companhia	os	benefícios,	riscos	e	controle	desses	bens.
* Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção 
das	atividades	da	companhia	ou	da	empresa	ou	exercidos	com	essa	finalidade,	inclusive	
os	decorrentes	de	operações	que	transfiram	à	companhia	os	benefícios,	riscos	e	controle	
desses bens.
* Diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, 
efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não con-
figurem	tão	somente	uma	redução	de	custos	ou	acréscimo	na	eficiência	operacional.
Passivo Circulante
Composta pelas contas que representam as obrigações da empresa vencíveis até o final do 
34 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
exercício seguinte.
Passivo Exigível em Longo Prazo
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo 
permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício 
seguinte, e no passivo exigível em longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior.
Resultados de Exercícios Futuros
Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, 
diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.
Representam as receitas pertencentes a exercícios futuros.
Patrimônio	Líquido
O Patrimônio Líquido será dividido em capital social, reservas de capital, reservas de 
reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
* Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não rea-
lizada.
* Reservas de Capital: será composta pela contribuição do subscritor de ações que ultra-
passar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que 
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de 
conversão	em	ações	de	debêntures	ou	partes	 beneficiárias;	 o	 produto	da	alienação	de	
partes	beneficiárias	e	bônus	de	subscrição;	o	prêmio	recebido	na	emissão	de	debêntures;	
as doações e as subvenções para investimento.
* Reservas de Reavaliação: será composta pelas contrapartidas de aumentos de valor atri-
buídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos ter-
mos do artigo 8º, aprovado pela assembleia geral.
* Reservas de Lucros: serão compostas pelas contas constituídas pela apropriação de lucros 
da companhia.
35ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
* Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da Obrigatoriedade e Vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às 
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a Lei 
das SA como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Publicada em 17/12/1976, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação, aplican-
do-se, todavia, a partir da data da publicação, às companhias que se constituírem.
36 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Estrutura do Balanço Patrimonial
LEI Nº 11.638/2007
As novas regras introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 estão alinhadas ao mercado contábil 
internacional e possui como objetivo principal, possibilitar a eliminação de barreiras regulatórias 
e impedem a inserção total das companhias abertas no processo de convergência contábil 
internacional.
A partir de 2007, com a publicação da Lei nº 11.638/2007, a estrutura do Balanço Patrimonial, 
com as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:
* Ativo Circulante.
* Ativo Realizável em Longo Prazo.
* Ativo Permanente: será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
* Passivo Circulante.
* Passivo Exigível em Longo Prazo.
* Resultado de Exercícios Futuros.
* Patrimônio Líquido: será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avalia-
ção Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, podemos observar as seguintes alterações 
em algumas contas patrimoniais:
Ativo Permanente
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido.
* Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção 
da	companhia	ou	exercidos	com	essa	finalidade,	inclusive	o	fundo	de	comércio	adquirido.
37ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Patrimônio	Líquido
O Patrimônio Líquido será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação 
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
*	 Ajustes	de	Avaliação	Patrimonial:	serão	classificadas	como	ajustes	de	avaliação	patrimo-
nial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos 
do ativo. 
* Reservas de Lucros: o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de 
incentivos	fiscais	e	de	lucros	a	realizar,	não	poderá	ultrapassar	o	capital	social.	Atingindo	
esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no 
aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a 
reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções 
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo 
obrigatório.
Quanto às Reserva de Lucros a Realizar, o lucro, rendimento ou ganho líquido em operações 
ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira 
ocorra após o término do exercício social seguinte.
* Ações em Tesouraria: deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do 
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
* Lucros Acumulados: no encerramento do exercício social, a conta de lucros e prejuízos 
acumulados não deverá apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo remanescente 
na conta de lucros e prejuízos acumulados deverá ser destinado para reserva de lucros 
ou distribuído como dividendo. Embora a redação original da Lei nº 6.404, de 1976, já 
tenha determinado a destinação de todo o resultado do exercício, a redação anterior, ao 
prever	a	existência	de	saldo	final	na	conta	de	lucros	acumulados,	suscitou	dúvidas	e	até	a	
possibilidade	de	retenções	indiscriminadas	e	não	devidamente	justificadas.	Tendo	em	vista	
que todo o lucro líquido do exercício deve ser destinado, de acordo com os fundamentos 
contidos nos art. 194 a 197, a redação atualda Lei nº 6.404, de 1976, eliminou a possibi-
38 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
lidade de existência de saldo de lucros acumulados no encerramento do exercício social. 
Evidentemente, não foram eliminadas a conta de lucros acumulados e a demonstração da 
sua movimentação, que deverão ser apresentados de forma isolada ou, no caso das com-
panhias abertas, como parte da demonstração das mutações de patrimônio líquido. Essa 
conta, entretanto, possui natureza absolutamente transitória, e será utilizada para servir de 
contrapartida às reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro.
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da Obrigatoriedade e Vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às 
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a Lei 
das SA como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
39ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Publicada em 28/12/2007, entrou em vigor no primeiro dia do exercício seguinte à sua 
publicação.
Como o exercício social não precisa seguir o ano calendário, podendo, por exemplo, ter iniciado 
em 01/06/2007 e encerrado em 31/05/2008, as alterações da Lei nº 11.638/2007 somente 
serão aplicadas às demonstrações financeiras encerradas a partir de 2009, nos casos das 
companhias que iniciaram suas atividades anteriormente à 01/01/2008.
Estrutura do Balanço Patrimonial
MP 449/2008
A partir de 2009, com a publicação da MP 449/2008 a estrutura do Balanço Patrimonial, com 
as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:
* Ativo Circulante.
* Ativo Não Circulante: será dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imo-
bilizado e Intangível.
* Passivo Circulante.
* Passivo Não Circulante.
* Patrimônio Líquido: será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Ava-
liação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, 
podemos observar as seguintes alterações em algumas 
contas patrimoniais:
Ativo Não Circulante
O Ativo Não Circulante será dividido em Ativo Realizável 
em Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
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40 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Fica eliminado o grupo Ativo Diferido, e o saldo existente em 31/12/2008 nesse grupo que, pela 
sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no Ativo sob 
essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação dos 
valores registrados no Imobilizado e no Intangível.
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não 
puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação 
até sua completa amortização, sujeito a análise sobre a recuperação. Caso esta amortização 
se finalize até o final do exercício seguinte, poderá ser classificado no Ativo Circulante.
Passivo Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo 
não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício 
seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
Passivo não Circulante
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do Ativo 
Não circulante, serão classificadas no Passivo Circulante, quando se vencerem no exercício 
seguinte, e no Passivo Não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior.
As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao 
seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Fica eliminado o grupo Resultados de Exercícios Futuros (REF), e o saldo existente no REF em 
31/12/2008 deverá ser reclassificado para o Passivo Não circulante em conta representativa 
de receita diferida, e esse registro deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo 
diferido.
41ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Patrimônio	Líquido
O Patrimônio Líquido será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação 
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Os Ajustes de Avaliação Patrimonial serão classificados como ajustes de avaliação patrimonial, 
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, 
as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em 
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Registros Contábeis
A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer 
modificação da escrituração mercantil e das demonstrações, as disposições da lei tributária, ou 
de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou 
incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, 
lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. 
As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas à 
auditoria por auditores independentes nela registrados. 
42 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Modelo da estrutura do Balanço Patrimonial
Da obrigatoriedade e vigência
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas (S/A) e também às 
Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as empresas comerciais utilizem a Lei 
das S/A como padrão para estrutura de suas demonstrações contábeis.
Demonstrativo do resultado do exercício
Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das 
receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DRE oferece uma 
síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora 
sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela 
administração e trimestralmente para fins fiscais.
43ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma 
vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas em um 
determinado período, normalmente, de doze meses.
De acordo com a legislação, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício 
discriminar:
•	 a	receita	bruta	das	vendas	e	serviços,	as	deduções	das	vendas,	os	abatimentos	e	os	im-
postos; 
•	 a	receita	líquida	das	vendas	e	serviços,	o	custo	das	mercadorias	e	serviços	vendidos	e	o	
lucro bruto; 
•	 as	despesas	com	as	vendas,	as	despesas	financeiras,	deduzidas	das	receitas,	as	despe-
sas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
•	 o	lucro	ou	prejuízo	operacional,	as	receitas	e	despesas	não	operacionais;	
•	 o	resultado	do	exercício	antes	do	Imposto	sobre	a	Renda	e	a	provisão	para	o	imposto;	
•	 as	participações	de	debêntures,	empregados,	administradores	e	partes	beneficiárias,	e	as	
contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; 
•	 o	lucro	ou	prejuízo	líquido	do	exercício	e	o	seu	montante	por	ação	do	capital	social.	
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao 
princípio da competência:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em 
moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas 
receitas e rendimentos.
44 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educaçãoa Distância
Modelo de demonstrativo do resultado do exercício.
 RECEITA OPERACIONAL BRUTA
 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
 (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
 (-) CUSTOS DAS VENDAS
 (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
 (-) DESPESAS OPERACIONAIS
 (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
 (-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
 (=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 
 RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS
 (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
E SOBRE O LUCRO 
•	 (-)	Provisão	para	Imposto	de	Renda	e	Contribuição	Social	Sobre	o	Lucro.	
 (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
•	 (-)	Participações	de	Administradores,	Empregados,	Debêntures	e	Partes	Beneficiárias.	
 (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Estimado	acadêmico,	se	você	se	identificou	e	gostou	desta	matéria,	veja	as	oportunidades	de	carreira	
na	administração	financeira	na	tabela	1.1	do	livro	de	Gitman	(2006).
45ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro acadêmico, começamos a perceber que as Finanças são parte essencial do conhecimento 
do administrador. Costuma-se dizer que se as finanças de uma organização não vão bem, as 
demais áreas também não vão.
A gerência financeira é um cargo muito almejado por administradores, pois é bem remunerado. 
Mas trata-se de um cargo de altíssima responsabilidade, pois todos os setores da empresa 
estão ligados diretamente a esta área. 
Já imaginou você sendo o executivo de uma empresa e todos os setores dependentes da sua 
gerência?
Caberá, então, a você, caro aluno, identificar se gostou ou não desta área de conhecimento 
da administração.
As demais unidades lhe darão base para esta sua decisão.
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ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
1- Qual a relação das variáveis do retorno, risco e tempo com o objetivo do administrador 
financeiro,	de	acordo	com	Gitman?
2- Apresente a estrutura do balanço patrimonial, conforme MP 449/2208.
3- Qual a relação entre risco, retorno e tempo para a maximização do lucro e para a maximi-
zação da riqueza, apresentada pelos autores?
4- Uma empresa apresenta as seguintes projeções para entrada e saída de caixa:
 Previsão de vendas: fev 180.000; mar 185.000; abr 190.000; mai 210.000 e jun 
220.000.
 Condições de crédito: 15% à vista; 35% em 30 dias e 50% em 60 dias.
 As compras representam 60% do valor mensal das vendas e serão pagas da se-
guinte forma: 10% à vista; 50% em 30 dias e o restante em 60 dias.
 Impostos: 7% de ICMS; 3% de COFINS e 0,65% de PIS, incidentes sobre as vendas 
do mês anterior.
	 Os	salários	são	fixos	e	mensais	de	25.000,	acrescidos	de	encargos	de	84%.
 No mês de abril a empresa deverá efetuar o pagamento de uma parcela relativa à 
aquisição de um imóvel no valor de 40.000.
 Haverá recebimento de juros, mensalmente, na ordem de 3% sobre o valor da ven-
da mensal.
	 No	mês	de	junho	a	empresa	poderá	resgatar	uma	aplicação	financeira	no	valor	de	
60.000, acrescida de 10% de juros.
 Saldo inicial = 2.000,00.
 Com base nestas informações pede-se para estruturar um orçamento de caixa para os 
meses de abril, maio e junho e produzir um relatório de análise dos saldos, considerando 
10% da venda do mês como saldo ideal.
UNIDADE II
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ÍNDICES
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
•	 Abordar	 os	 índices	 financeiros,	 cujo	 estudo	 permite	 ao	 profissional	 de	 finanças		
fazer	uma	leitura	econômico-financeira	da	situação	das	entidades.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
•	 Análise	das	demonstrações	financeiras
•	 Usando	os	índices	financeiros
•	 Tipos	de	comparações	de	índices
•	 Categorias	de	índices	financeiros
•	 Capital	de	giro
•	 Capital	de	giro	líquido
49ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
INTRODUÇÃO
Os administradores devem saber que as analises e índices financeiros não são suficientes 
para dizer se uma empresa está em níveis bons ou ruins, as analises são demonstrativos 
que relacionam caixa e os ativos da empresa. Desta forma nesta unidade através do estudo 
das demonstrações financeiras e capital de giro, os administradores poderão entender as 
necessidades da empresa, para que sua decisão seja de forma pontual.
É através das analises e índices financeiros, que o administrador poderá avaliar o desempenho 
de uma empresa, possibilitando ao gestor ter uma noção geral de como está os ativos, 
produzindo resultados financeiros para que se possa tomar decisões e fazer o planejamento 
do exercício. Gropelli e Nikbakht (2006, p.348) cita que pelo estudo desses demonstrativos, os 
administradores podem localizar pontos fracos nas operações financeiras e adotar medidas 
corretivas apropriadas. 
Os demonstrativos financeiros são uma importante ferramenta para que os gestores possam 
aperfeiçoar o processo, criando situações favoráveis e fazendo a realocação de recursos e 
investimentos, garantindo assim a continuidade e expansão de suas riquezas, agregando valor 
a suas marcas e produtos.
O capital de giro exige que o administrador financeiro tenha direcionamento estratégico, pois 
desenvolve atividades em um cenário constante de risco e sempre precisa estar se adequando 
a mudanças, buscando o equilíbrio financeiro de acordo com as necessidades da empresa, 
ligando diretamente o capital de giro ao planejamento estratégico da empresa.
Desta forma o capital de giro necessita muito mais que demonstrações financeiras, precisa de 
planejamento estratégico, para que a empresa atinja seus objetivos a curto e ao longo prazo, 
para estar dentro das necessidades da empresa, sustentando as operações do dia dia.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Existem vários meios para avaliar o desempenho de uma empresa. Um deles consiste na 
análise de seus demonstrativos financeiros. Pode-se fazer isso de três maneiras:
1- estudar o conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial;
2-	 analisar	os	demonstrativos	de	fluxo	de	caixa;
50 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
3- examinar as relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço patrimonial, reali-
zando	uma	análise	de	índices	financeiros.
O propósito final da análise financeira dos demonstrativos contábeis por meio desses três 
procedimentos é auxiliar os administradores a realizarem um planejamento consistente 
(GROPPELLI, 2006).
Verifica-se, claramente, que o insumo mais importante para uma análise com uso de índices 
financeiros são os demonstrativos contábeis, em especial o demonstrativo do resultado 
do exercício e o balanço patrimonial. Logo, é necessária uma boa compreensão destes 
demonstrativos para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das entidades 
e elaborar um planejamento seguro.
Groppelli prossegue na sua análise dizendo que a administração responsável de uma empresa 
exige o constante acompanhamento das operações. Por exemplo, os executivos financeiros 
precisam saber se suas empresas possuem ou não suficiente liquidez; isto é, eles devem 
assegurar-se de que fundos suficientes estão disponíveis para pagar as dívidas pontualmente. 
As empresas também estabelecem diretrizes em relação aos montantes de empréstimos e de 
compromissos financeiros fixos aceitáveis.
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES
Gitman (2006, p. 191) estabelece os tipos de comparação de índices.
A análise de índices não é apenas o cálculo de um índice. O mais importante é a interpretação 
do valor do índice. Uma base significativa para comparação é necessária para responder a 
perguntas como “é baixo ou alto demais”? e “é bom ou ruim?”.
Cabe fazer um parêntese aqui e ressaltar a definição de 
finanças dada por Gitman, justamente quando ele afirma que 
administrar as finanças é a arte e a ciência. No momento em 
que secalcula o índice, aplica-se a ciência, ou seja, fórmulas 
especialmente desenvolvidas para esta finalidade. Mas a 
interpretação precisa da arte, e esta arte consiste em interpretar e investigar adequadamente 
a composição desse índice que se obteve, sob pena de fazer uma leitura equivocada sobre o 
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real significado do resultado. 
Destacam-se dois tipos de comparação de índices: comparativa setorial e série-temporal.
Análise comparativa setorial
A análise comparativa setorial envolve comparação de índices financeiros de diferentes 
empresas na mesma data. Os analistas frequentemente estão interessados em comparar o 
desempenho da empresa com o de outras em seu setor. Muitas vezes, uma empresa compara 
os valores de seus índices com os de uma concorrente ou grupo importante de concorrentes 
que deseja imitar. 
Em algumas situações pode-se utilizar a média dos índices da concorrência como parâmetro 
e em outras são preferidos os índices da empresa líder do setor.
Análise	da	série-temporal
A análise da série-temporal avalia o desempenho com o tempo. A comparação do atual 
desempenho com o antigo, por meio de índices, permite que os analistas avaliem o progresso 
da empresa. Tendências em desenvolvimento podem ser notadas, usando-se comparações 
de vários anos. Como na análise comparativa setorial, quaisquer mudanças significativas de 
ano para ano podem ser sintomas de um problema importante.
Este tipo de análise encontra restrições de uso em empresas novas, com apenas um período 
de informações, já que não é possível fazer uma evolução histórica dos dados. Para estas 
empresas deve ser utilizada a comparação setorial.
Análise combinada
Esta talvez seja a melhor maneira de utilizar análise com índices financeiros, pois permite uma 
visão combinada possível de avaliar a tendência do comportamento do índice em relação à 
tendência para o setor.
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Conforme Gitman (2006, p 193), antes de abordar índices específicos, devemos tomar as 
seguintes precauções:
1) Os índices com grandes desvios da norma só indicam sintomas de um problema. 
Uma análise complementar costuma ser necessária para isolar as causas do 
problema.
2) Um índice único muitas vezes não fornece informações suficientes para julgar o 
desempenho geral da empresa. Somente quando um grupo de índices é utilizado 
podem ser feitos julgamentos razoáveis.
3) Os índices que estão sendo comparados devem ser calculados usando-se as 
demonstrações efetuadas na mesma data durante o ano. Caso contrário, os efeitos 
da sazonalidade podem gerar conclusões e decisões errôneas.
4) É preferível utilizar demonstrações financeiras auditadas para análise de índices. 
Pois os dados nelas contidos podem não ser verdadeiros.
5) Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido desenvolvidos 
da mesma maneira.
6) Os resultados correm risco de serem distorcidos pela inflação, que pode fazer os 
valores contábeis do estoque e dos ativos depreciáveis diferirem muito de seus 
verdadeiros valores.
Estes são cuidados que se deve tomar para obter uma correta interpretação do resultado da 
análise de índices financeiros.
CATEGORIAS DE ÍNDICES FINANCEIROS
A seguir, apresentam-se alguns índices financeiros, não esgotando o assunto. Esses 
índices são os mais utilizados e permitem uma leitura confiável, se utilizadas as precauções 
anteriormente elencadas.
Para Gitman (2006, p. 194) os índices financeiros podem ser divididos em cinco categorias 
básicas: liquidez, atividade, endividamento, lucratividade e índices de mercado.
ÍNDICE DE LIQUIDEZ
A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de satisfazer suas obrigações 
no vencimento. A liquidez se refere à solvência da posição financeira geral da empresa – a 
facilidade com a qual ela pode pagar suas contas.
53ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Índice	de	liquidez	de	curto	prazo
Esse índice mede a capacidade que a empresa tem para pagar suas obrigações no curto 
prazo. Faz uma relação dos valores a receber com os valores a pagar, no curto prazo. Mostra 
quantos reais ela tem para cada real de dívidas. A fórmula utilizada é a seguinte:
Índice de liquidez de curto prazo = ativo circulante/passivo circulante.
Um índice de curto prazo aceitável comumente citado é 2,0. Mas deve-se atentar aos 
componentes patrimoniais que originam este índice. O analista financeiro não deve se ater 
simplesmente ao índice, mas deve investigar a qualidade dos componentes. Veja o exemplo 
abaixo:
Ativo circulante Passivo circulante
Caixa.............................1.000,00 Fornecedores....................15.000,00
Banco c/c......................4.000,00 Outras contas a pagar..........5.000,00
Duplicatas a receber....20.000,00 Total.................................20.000,00
Estoques......................15.000,00
Total.............................40.000,00
Aplicando a fórmula teremos: 40.000,00/20.000,00 = 2,0.
Isto quer dizer que a empresa tem R$ 2,00 para receber para cada R$ 1,00 de dívidas a pagar. 
Certamente apresenta uma situação de liquidez confortável. 
Ao analisar a qualidade dos componentes do ativo circulante esse índice pode não ser tão bom 
assim. Suponha que metade das duplicatas a receber sejam incobráveis e outra metade dos 
estoques seja de produtos não vendáveis, estoque obsoleto. Teríamos, então, um novo valor 
real para o ativo circulante:
54 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
AC = 22.500,00/20.000,00 = 1,12, ou seja, situação muito diferente da anterior, cujo índice 
representa risco de inadimplência.
Desta forma ,deve-se analisar, além do índice, a composição dos componentes patrimoniais.
Índice	de	liquidez	seca
Também chamado de quociente ácido, porque se extrai os estoques do valor do ativo circulante. 
O estoque representa o componente de menor liquidez do ativo circulante e sem ele o índice 
de liquidez contém apenas componentes facilmente convertidos em liquidez.
Acima de 1,0 é recomendado, mas sempre levando em consideração a qualidade dos 
componentes.
A fórmula utilizada é a seguinte:
Índice seco = Ativo circulante – estoques/passivo circulante.
Índice	de	liquidez	geral
Este índice retrata a saúde financeira, incluindo o longo prazo. Por isso chamada de liquidez 
geral.
Este índice é determinado pela seguinte expressão:
Liquidez Geral = Ativo circulante + ativo realizável em longo prazo/passivo circulante + Passivo 
exigível em longo prazo.
Índice desejado 2,0 ou acima, respeitada a qualidade dos componentes.
ÍNDICES DE ATIVIDADE
Os indicadores de atividade visam à mensuração das 
diversas durações de um ciclo operacional, o qual envolve 
todas as fases operacionais típicas de uma empresa, que 
vão desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias 
até o recebimento das vendas realizadas (NETO, 2003). F
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55ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Lembre-se
Lembre-se, os índices financeiros e as demonstrações contábeis de resultados, não podem 
ser parâmetros únicos para medir se uma determinada empresa está boa ou ruim. A análise 
de índices contribui para a empresa identificar os pontos fortes e pontos fracos. Isso deve 
ser feito por meio das comparações dos resultados da empresa com o resultado do setor, 
relacionando a outras informações, cabendo ao gestor tomar as ações corretivas.
Giro	de	estoque
O giro de estoque mede comumente a atividade do estoque de uma empresa. É calculado 
desta maneira:
Giro de estoque = Custo de produtos vendidos/estoque.
O giro de estoques só é significativo quando comparado ao de outra empresa no mesmo setor 
ou ao giro de estoqueanterior da empresa.
O giro de estoque pode ser convertido facilmente em uma idade média de estoque, dividindo-
-se por 360.
Em outras palavras: o giro de estoque significa quantas vezes o estoque médio da empresa 
foi vendido em um ano. Ele mede a velocidade das vendas. A idade média de estoque indica 
o tempo médio que os estoques ficam na empresa até serem vendidos.
Prazo	médio	de	recebimento
Mede a idade média das contas a receber. É útil para comprar com a política de crédito 
praticada pela empresa.
Por exemplo: a empresa concede, em média, 45 dias para seus clientes. Se o prazo médio 
de recebimento apontar para 50 dias, significa que a empresa recebe, em média, suas contas 
com atraso de 5 dias.
56 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Pode ser calculado da seguinte forma:
Prazo médio de recebimento = contas a receber/vendas médias diárias.
Vendas médias diárias = Vendas anuais/360
Prazo	médio	de	pagamento
Calcula a idade média das contas a pagar e pode ser calculado da seguinte forma:
Prazo médio de pagamento = contas a pagar/compras médias diárias.
Compras médias diárias = Compras anuais/360.
Giro do ativo total
Esse índice indica a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas. 
Quanto maior o índice melhor a utilização dos ativos. 
Pode ser calculado utilizando a fórmula:
Giro do ativo total = Vendas/ativos totais.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Groppelli diz que uma empresa pode tomar dinheiro emprestado em curto prazo, principalmente 
para financiar seu capital de giro, ou em longo prazo, sobretudo para comprar instalações 
ou equipamentos. Quando a empresa se endivida em longo prazo, compromete-se a efetuar 
pagamentos periódicos de juros – e liquidar o principal na data do vencimento. Para fazer isso, 
deve gerar lucro suficiente para cobrir os pagamentos das dívidas. Uma forma para descobrir 
o grau de endividamento de uma empresa é analisar vários índices de endividamento.
57ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
Índice de endividamento geral
Esse índice indica o percentual de ativos totais que é financiado por capital de terceiros.
Pode ser calculado por meio da fórmula:
Índice de endividamento geral = exigível total/ativos totais.
Índice de capitais de terceiros/capital próprio (D/E)
Um índice de endividamento mais comum envolve a relação entre o capital de terceiros e o 
capital próprio.
Para calcular aplica-se a fórmula abaixo:
D/E = Passivo circulante + Passivo exigível a longo prazo/patrimônio líquido.
Índice de cobertura de juros
Mede a capacidade que a empresa tem de pagar juros. Este índice pode ser calculado 
aplicando a fórmula:
Índice de cobertura de juros = Lucro antes de juros e imposto de renda/juros do período.
Quanto maior for este índice, melhor será a capacidade de pagar juros da empresa.
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
São índices que avaliam os lucros da empresa com relação a um dado nível de vendas ou ao 
investimento dos proprietários.
58 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
A demonstração, em geral, é feita em termos percentuais, para facilitar a interpretação dos 
resultados.
Margem bruta de lucro
A margem bruta mede a porcentagem de ganho da empresa na pura compra e venda. Pode 
ser calculada utilizando-se da fórmula a seguir:
Margem bruta de lucro – Lucros brutos/vendas x 100
Margem de lucro operacional
Mede a porcentagem de cada unidade monetária em vendas restantes depois que todos os 
custos e despesas são deduzidos. Calcula-se assim:
Margem de lucro operacional = Lucro operacional/vendas x 100
Margem	líquida	de	lucro
Mede a porcentagem restante depois de deduzidas todos os custos e despesas, inclusive juros 
e imposto de renda. A fórmula para o cálculo é a seguinte:
Margem líquida de lucro = Lucro líquido/vendas x 100
Retorno sobre o ativo total (ROA)
Mede a eficiência geral da administração a gerar lucros com seus ativos. Quanto mais alto o 
retorno sobre o ativo total da empresa, melhor. Pode ser calculado da seguinte maneira:
Retorno sobre ativo total = Lucro líquido/ativo total x 100
Retorno	sobre	o	patrimônio	líquido	(ROE)
Mede o ganho dos proprietários da empresa, já que o patrimônio líquido representa o montante 
dos sócios investido na empresa. Pode ser calculado pela seguinte fórmula:
Retorno sobre o patrimônio líquido = Lucro líquido/patrimônio líquido x 100
59ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
CAPITAL DE GIRO
Neto (2003) diz que o conceito de capital de giro apresenta usualmente diferentes interpretações 
que são aplicadas segundo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido. Em virtude de 
terem sido esboçadas, muitas vezes, metodologias alternativas de cálculo de acordo com as 
definições consideradas, é fundamental que se descrevam os principais conceitos e formas de 
remuneração do capital de giro.
O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido amplo, o capital 
de giro representa o valor dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo 
operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de 
matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados.
A figura desenvolvida por Neto, apresentada abaixo, retrata o fluxo de capital de giro de acordo 
com o ciclo de produção e venda de uma empresa industrial.
Fonte: Neto, 2003 - livro Finanças corporativas e valor
60 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
É a interpretação mais usual. Representa, de maneira geral, o valor líquido das aplicações 
processadas no ativo circulante da empresa.
A forma mais direta de obter o capital de giro líquido, ou capital circulante líquido, como também 
é denominado, é mediante a simples diferença entre ativo circulante e passivo circulante, ou 
seja:
CGL (CCL) = Ativo circulante – passivo circulante.
O capital de giro líquido pode também ser entendido como a parcela do ativo circulante 
financiada pelos recursos de longo prazo da empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, nesta segunda unidade, que existem várias maneiras para avaliarmos o desempenho 
de uma empresa. Qual a importância disto? Mensurar o que é rentável, tomar decisões sobre 
compra, venda etc.
Uma destas maneiras de avaliar desempenho refere-se à análise das demonstrações 
financeiras. 
Vimos, então, que podemos fazer isto de três modos. O primeiro consiste em estudar o 
conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial. O segundo 
modo é analisar os demonstrativos de fluxo de caixa. E, por fim, o último modo é examinar as 
relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço patrimonial, realizando uma análise 
de índices financeiros. 
Tudo isso é feito para que o administrador possa fazer um bom planejamento para a empresa.
Para que esta análise seja consistente, é preciso ter uma irretocável compreensão dos 
demonstrativos contábeis para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das 
entidades e elaborar um planejamento seguro. 
Você, como executivo financeiro, necessitará saber se a sua organização possui ou não 
liquidez, isto é, dinheiro para pagar as contas no vencimento certo. Empresa que não paga 
61ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
corretamente suas contas vive entrando em elevadas taxas de juros e comprometendo o 
resultado futuro. 
Na próxima unidade trataremos sobre o assunto liquidez, pois o tema é Caixa. Já ouviu falar? 
Pois bem, vamos continuar nossa leitura.
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
1) Por meio do Balanço Patrimonial gerado em 31/12/2011 da companhia Rede Verde, calcule 
os indicadores de liquidez seca e liquidez geral, mediante os dados do balanço a seguir.
Disponível: 1.200 Realizável em Longo Prazo: 7.500
Estoques:	14.000 Ativo permanente: 32.000

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