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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
PARTIDO POPULAR, partido político devidamente registrado perante o Tribunal Superior Eleitoral e com representação no Congresso Nacional, inscrito no CNPJ nº. XXXXXX com sede nacional na XXXXX, ESTADO XXXX, CEP nº. XXXXX-XXX, vem, por intermédio de seus procuradores devidamente constituídos, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 103, VIII, e 102, inciso I, alínea a e p, da Constituição Federal, na Lei nº 9.868/1999, arts. 282 e ss. do CPC, ajuizar a presente 
	AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE com pedido de liminar
Em face do art. 55 da Constituição do Estado de Tocantis, conforme especificação ao longo desta petição, nos termos e motivos que passa a expor. 
I – DA LEGITIMIDADE ATIVA
	Como dispõem os arts. 103, VIII, da Constituição Federal, e 2º, inciso VIII, da Lei nº 9.868/99, os partidos políticos que possuem representação no Congresso Nacional podem propor ação direta de inconstitucionalidade. 
	Segundo a jurisprudência deste excelso STF, a legitimidade ativa de agremiação partidária com representação no Congresso Nacional “não sofre as restrições decorrentes da exigência jurisprudencial relativa ao vínculo de pertinência temática nas ações diretas” (ADI nº 1.407-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 24.11.2000). 
	É o que a jurisprudência convencionou chamar de legitimidade ativa universal para o exercício da iniciativa de instauração do controle abstrato de constitucionalidade. Resta clara, portanto, a legitimidade do Partido Popular para o ajuizamento da presente ação, estando devidamente representado por seu Diretório Nacional, conforme entendimento firmado na jurisprudência do STF.
II – COMPETENCIA DO JUIZO
	A competência para julgamento de ação direta é do Supremo Tribunal Federal, sendo desta forma a petição endereçada ao Presidente daquela Corte, de conformidade com o art. 102, I, a da CRBF/88.
III – DO CABIMENTO DA ADI 
	A ação direta de inconstitucionalidade, prevista no art. 102, inciso I, alínea a, da Constituição Federal, tem como objeto a declaração de inconstitucionalidade, em caráter concentrado e abstrato, de lei ou ato normativo federal ou estadual. 
IV – DOS FUNDAMENTOS
	O art. 55 da Constituição do Estado de Tocantins estipula que, é necessário solicitação de três quintos dos membros da Assembleia Legislativa daquele Estado, para criação de Comissão Parlamentar de Inquérito estadual.
	Ocorre que, a Constituição Federal do Brasil, em seu art. 58, § 3.º, exige que o requerimento para a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito seja assinado com, pelo menos, um terço dos deputados ou senadores ou, ainda, um terço dos parlamentares (deputados e senadores) que compõem o Congresso nacional, no caso de comissões de inquérito mista.
	A norma constante no art. 58, § 3.º, da CRFB/1988, é de reprodução obrigatória por parte dos Estados membros, observando o princípio da simetria, uma vez que é dever dos Estados respeitar em suas Constituições, todos os ditames da Constituição Federal, portanto, não sendo possível estabelecimento de quórum diferenciado para sua instauração no nível estadual, devendo-se observar as formalidades que o ato administrativo ensejar, tendo em vista o princípio da legalidade inserido no art. 37 da Constituição Republicana, o que todos entes estatais devem obedecer. 
	Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal se manifestou pela compulsoriedade de os Estados observarem o art. 58, § 3.º, da CRFB/1988, até mesmo para respeitar o direito constitucional das minorias (ADI 3.619, Rel. Min. Eros Grau, DJ 20.04.2007).
V – DA MEDIDA LIMINAR
	O periculum in mora está presente na medida em que a demora na prestação jurisdicional gerará maior risco para a democracia, mas as minorias serão caladas pelos grupos hegemônicos e majoritários.
	Ademais, os argumentos expostos nesta exordial se mostram plausíveis e robustos, estando presente o requisito do fumus boni iuris.
	Assim, como medida de justiça, mister suspender a execução da norma até a decisão final, como autoriza o art. 10 da Lei 9.868/1999.
VI – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
	I) a concessão de medida liminar, para suspender a eficácia do dispositivo questionado na 	forma do art. 10 da Lei 9.868/1999;
	II) a notificação da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, para, querendo, se 	manifestar no prazo instituído pelo art. 6.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999;
	III) a notificação do Advogado-Geral da União, para se manifestar sobre o mérito da 	presente ação, no prazo legal (art. 8 da Lei 9.868/1999);
	IV) a notificação do Procurador-Geral da República, para emitir seu parecer no prazo legal 	(art. 8 da Lei 9.868/1999);
	V) a procedência do pedido de mérito para que seja declarada a inconstitucionalidade do art. 	55 da Constituição do Estado do Tocantins.
Atribui a causa o valor R$ XXXXXX.
Nesses termos,
Espera deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB

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