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Texto Complementar 
 
Disciplina: Desenvolvimento Sustentável 
Professor: Daniela da Cunha Souza Patto 
 
O Brasil tem sol e ventos para ser líder em renováveis no mundo. 
Por enquanto, estamos crescendo em eólica, mas o investimento 
em solar é decepcionante 
 
BRUNO CALIXTO 
 
A Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), um órgão da ONU que 
promove novas fontes de energia, publicou na semana passada a atualização de seu 
estudo global sobre o atual estágio das energias renováveis no mundo. Os dados 
mostram que, no ano passado, as renováveis cresceram 8,5% e já somam 1.985 GW 
de potência instalada. 
Os dados, de mais de 200 países ou territórios, estão abertos no site da agência. 
Uma análise desses números mostram alguns resultados interessantes. O Blog do 
Planeta montou alguns gráficos para mostrar o atual estágio das renováveis no 
Brasil. Um resumo: energia eólica está em rápido crescimento, mas no quadro geral, 
ainda estamos bem atrasados, e o nosso investimento em energia solar é ainda 
decepcionante. O governo não quer que você tenha painéis solares em casa. 
O primeiro gráfico mostra o crescimento das energias renováveis nos últimos dez 
anos. Ele considera só as novas fontes de energia. As hidrelétricas, que já estão 
consolidadas, não entram. A curva mostra um crescimento expressivo. Saimos de 
pouco mais de 6 mil MW em 2006 para 22 mil MW no ano passado. 
 
 
 
Energias renováveis no Brasil (Foto: Agência Internacional para as Energias Renováveis 
(Irena)/ÉPOCA) 
 
O avanço parece impressionante, mas colocado em perspectiva, nem tanto. Uma 
comparação com outros países mostra que crescemos muito pouco. Um exemplo 
interessante é a China, que tinha, em 2006, o mesmo patamar de geração de energia 
renovável que o Brasil. Coloque a China no gráfico e podemos perceber que o 
avanço brasileiro é quase imperceptível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Energias renováveis no Brasil (Foto: Agência Internacional para as Energias Renováveis 
(Irena)/ÉPOCA) 
 
É verdade que a situação econômica de Brasil e China são muito diferentes, e o PIB 
da China é quase quatro vezes maior do que o brasileiro. Ainda assim, o 
investimento brasileiro em energias renováveis não-hídricas ficou muito abaixo da 
capacidade brasileira. O país preferiu investir, nos últimos dez anos, em grandes 
hidrelétricas - o que nos deixou vulneráveis á seca do ano passado. Também houve 
redução dos incentivos à biocombustíveis nos últimos anos. O resultado é que 
continuamos muito dependentes da chuva. 
 
 
 
Energias renováveis no Brasil (Foto: Agência Internacional para as Energias Renováveis 
(Irena)/ÉPOCA) 
 
Apesar dos problemas, é inegável que os dados mostram uma boa notícia: 
o crescimento da energia eólica no Brasil. Em 2006, a potência instalada de energia 
eólica era inexpressiva. Pouco menos de 200 MW. Em dez anos, a eólica atingiu 
mais de 8 mil MW, ultrapassando a a energia nuclear (que não está nos gráficos por 
não ser renovável) e se tornando uma das mais importantes fontes de energia do 
país. Com isso, o Brasil se torna o décimo maior gerador de energia eólica do 
mundo, como mostra a tabela abaixo. 
 
 
 
Energias renováveis no Brasil (Foto: Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena)) 
 
Já o dado decepcionante é o quanto estamos atrasados em energia solar. O Brasil só 
começou a investir em painéis fotovoltaicos em 2011. Estimativas mostram que 
o Brasil poderia gerar mais de 100 mil MW de energia solar - o suficiente para suprir 
a maior parte da energia do país. Em vez disso, 2015 terminou com apenas 21 MW 
de potência instalada. Não são 21 mil, não. Apenas 21 MW mesmo. Uma 
comparação com os países da América Latina exemplificam nosso atraso: estamos 
gerando menos energia solar do que a Guiana Francesa, por exemplo. 
 
 
 
 
Artigo extraído do site: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-
planeta/noticia/2016/04/energia-eolica-decola-no-brasil-solar-continua-engatinhando.html