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Efeito Bombaim

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Sistema MN 
Sistema MN é um sistema sanguíneo que testa a capacidade de aglutinação de hemácias 
humanas. As letras M e N foram adotadas como representações dos antígenos do corpo. 
Esse sistema foi descoberto, em 1927, por Landsteiner e Levine, ao testarem a capacidade de 
aglutinação de hemácias humanas, por ação de anticorpos produzidos por células de defesa de 
coelhos, quando o sangue de diferentes pessoas era injetado na corrente sanguínea desses animais. 
As letras M e N foram adotadas como representações aos antígenos produzidos a partir da síntese 
coordenada pelo par de genes alelos LM e LN (“L” em homenagem aos cientistas), não havendo 
relação de dominância ou recessividade entre eles, mas sim uma herança codominante. 
Nesse tipo de sistema, diferentemente do que ocorre no sistema ABO, não costuma existir 
aglutininas presentes no plasma, contra os antígenos M e N da membrana das hemácias. Dessa 
forma não há restrições quanto à transfusão sanguínea envolvendo esse sistema. 
Por análise fenotípica, o sistema em questão permite a possibilidade da existência de três grupos: 
grupo M (produz antígeno M), grupo N (produz antígeno N) e o grupo MN (que produz tanto o 
antígeno M quanto o N na membrana das hemácias). 
Portanto, um indivíduo com homozigose LMLM ou homozigose LNLN, pertencerá respectivamente 
ao grupo M ou N. Enquanto a situação de heterozigose LMLN determinará um fenótipo do grupo 
MN. 
A tabela abaixo expressa resumidamente esse sistema sanguíneo: 
Genótipos Fenótipos Grupo Sanguíneo 
LMLM Antígeno M M 
LNLN Antígeno N N 
LMLN Antígenos M e N MN 
 
Efeito Bombaim – Falso O 
Existe um grupo, correspondente a menos de 1% da população, em que as técnicas tradicionais de 
determinação dos grupos sanguíneos os identificam como se fossem de sangue O, mesmo sendo 
homozigotos ou heterozigotos do tipo A e B, ou AB. A incidência destes casos é maior na Índia, 
principalmente em Mumbai, também chamada de Bombaim – justificando o nome dado a este 
fenômeno. Neste caso genérico, há a possibilidade, mesmo que pequena, de um dos pais ser um 
falso O. 
Isso pode ser explicado da seguinte forma: um alelo dominante H, determina a produção de um 
fator responsável pela expressão do fenótipo do sistema ABO. Assim, indivíduos HH ou Hh 
sintetizam uma enzima que é responsável pela formação do antígeno H, que é transformado em 
antígeno A ou B – responsável pela determinação dos grupos sanguíneos A, B e AB, em testes 
tradicionais. Quando esse alelo não está presente, ou seja, em casos de indivíduos homozigotos 
recessivos (hh), é manifestado um fenótipo de sangue do tipo O independentemente do seu 
genótipo verdadeiro, já que é sintetizada uma enzima inativa. 
Diante destes fatos, para se detectar se uma pessoa é realmente O ou um falso O, é necessário um 
teste em que se é aplicado o anticorpo anti-H em uma gota de sangue. Quando há a aglutinação 
desta amostra, o indivíduo possui genótipo referente ao sangue O; quando não, é um falso O, não 
sendo possível se fazer a detecção de seu real grupo sanguíneo.

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