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TECIDO ÓSSEO

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TECIDO ÓSSEO
- Ossificação ou Osteogênese:
	Apesar do aspecto aparentemente inerte, os ossos crescem, são remoldelados e se mantém ativos durante toda a vida do organismo.
	A homeostase do tecido ósseo é controlada por fatores mecânicos e humorais, locais e gerais. O osso é também o sitio em que se aloja o tecido hematopoético.
	O processo pelo qual o osso se desenvolve é chamado de ossificação ou osteogênese.
	Os ossos podem se originar de duas maneiras: no seio de uma região condensada de natureza conjuntiva ou quando o tecido ósseo se forma substituindo gradualmente um modelo cartilaginoso preexistente. Por estas características estes processos podem ser denominados ossificação intramembranosa e endocondral respectivamente.
	Os locais em que a ossificação começa são chamados centros de ossificação, havendo no embrião numerosos centros iniciais de ossificação.
	Os ossos são oriundos, basicamente, de três estruturas embrionárias: da crista neural se originam os ossos craniofaciais, dos esclerótomos provem o esqueleto axial (coluna vertebral) e da placa mesodérmica lateral, o esqueleto apendicular (membros).
- Ossificação intramembranosa:
	Este tipo de ossificação é um processo característico, porem não exclusivo, do complexo craniofacial. Por meio dele são formados os ossos da calota craniana: frontal, parietal, parte do occipital e as partes escamosas e timpânica do temporal. Também tem origem por este tipo de ossificação a maxila e a mandíbula, com exceção do côndilo, e outros pequenos ossos como o nasal, o vômer, o palatino e parte do esfenoide.
	A ossificação intramembranosa ainda forma a clavícula e contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o aumento em espessura dos longos.
	As células mesenquimais proliferam-se e agrupam-se na presença de uma abundante rede capilar, constituindo as chamadas membranas ósseas. Posteriormente, estas células se diferenciam, aparecendo mais arredondadas ao mesmo tempo em que seus prolongamentos se tornam mais espessos. Dessa maneira, as células mesenquimais se transformam em células osteogênicas ou pre-osteoblastos.
	Os pré-osteoblastos continuam se diferenciando, desenvolvendo no seu citoplasma todas as organelas características de uma célula secretora de proteínas, constituindo assim, os osteoblastos.
	Uma vez diferenciados, os osteoblastos passam a sintetizar e secretar as moléculas da matriz do futuro osso, principalmente o colágeno, bem como a dar origem as vesículas da matriz.
	Durante a secreção dos componentes da matriz orgânica e a subsequente mineralização, os osteoblastos ficam englobados na matriz calcificada e se transformam em osteócitos. A confluência de vários centros de ossificação intramembranosa resulta no entrelaçamento de algumas trabéculas ou traves osseas contendo, entre elas, amplas cavidades com numerosos vasos sanguíneos. Origina-se assim, o osso primário, que, com o aparecimento dos osteoclastos é gradualmente substituído pelo osso maduro.
- Ossificação Endocondral
	A ossificação endocondral é a principal responsável pela formação dos ossos longos, bem como das vértebras e das costelas. Nos locais em que serão formados ossos por ossificação endocondral, células mesenquimais proliferam, condensando-se e diferenciando-se em condroblastos. Pelo processo de condrogênese, forma-se um modelo de cartilagem hialina com o aspecto do futuro osso.
	O processo de ossificação endocondral propriamente dito começa quando, na superfície da região mediana do modelo cartilaginoso, as células mesenquimais das adjacências do pericôndrio da cartilagem se diferenciam em osteoblastos, passando a sintetizar e secretar matriz orgânica óssea. Essa matriz então, é mineralizada, formando uma espécie de cilindro ósseo externamente ao pericôndrio do modelo cartilaginoso.
	Na ossificação endocondral, não há transformação de cartilagem em osso, a cartilagem é substituída por osso.
	Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos está localizado o disco epifisário, que garante o crescimento longitudinal.
O côndilo e a sínfise da mandíbula juntamente com a base do crânio se desenvolvem por ossificação endocondral.
- Componentes do Tecido Ósseo:
	O tecido ósseo é caracterizado pela fase mineral, constituída de fosfato de cálcio, sob a forma de cristais de hidroxiapatita associados à matriz orgânica previamente formada. Esse componente mineral representa 65% do seu peso, os outros 35% restantes são constituídos por 20% de material orgânico e 15% de água.
- Matriz Orgânica:
	No osso maduro a matriz orgânica contem 85% de colágeno do tipo I. O restante é composto de moléculas não colágenas e líquidos intersticial.
	No tecido ósseo, a matriz extracelular que corresponde à dos outros tecidos conjuntivos, em geral, é denominada matriz orgânica,
	A matriz orgânica dos tecidos mineralizados, na qual estão depositados os cristais de fosfato de cálcio, ou seja, a hidroxiapatita, desempenha importante papel molecular e estrutural como armação ou molde para a deposição do componente inorgânico. 
- Células
	Formação, destruição, remodelação e homeostase óssea são mediadas por três tipos celulares: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
	No tecido ósseo, três tipos celulares podem ser reconhecidos nas diferentes fases o desenvlvimento do osso: as células formadoras da matriz orgânica óssea são os osteoblastos, quando essa matri se mineraliza, estes osteoblastos ficam presos em lacunas, tornando-se osteócitos e nas áreas de remodelação, existem os osteoclastos, que reabsorvem o tecido ósseo mineralizado.
	° Osteoblastos:
		São as células responsáveis pela síntese e secreção da matriz orgânica do osso, cujo componente mais abundante é o colágeno do tipo I. 
		São responsáveis pela formação das vesículas da matriz e estão associadas a uma enzima característica, a fosfatase alcalina, classicamente envolvida na gênese do tecido ósseo.
		No inicio da síntese da matriz orgânica, osteoblastos se organizam em torno de matriz recém-produzida, para onde lançam seus produtos de secreção.
		Os osteoblastos quando não estão formando matriz, são denominados células de revestimento ósseo, e se localizam abaixo do periósteo e do endósteo. Essa característica não impede que depois esses, possam voltar a síntese e a secreção de matriz se surgirem as necessidades para formação de osso.
		As vezes são chamados de células osteogênicas ou osteoprogenitoras mas esta denominação não é apropriada
		Alem da produção dos componentes da matriz, funcionam como transmissores de sinais para remodelação.
	° Osteócitos:
		São as células contidas nas lacunas existentes no interior da matriz óssea mineralizada, entretanto não ficam isolados, uma vez que dessa maneira, não sobreviveriam. Uma abundande rede de canalículos contendo prolongamentos dos osteocitos interconecta as lacunas possibilitando a difusão de nutrientes e de outras substancias.
		Esses, são necessários para dar vitalidade ao osso.
		
Deve ser ressaltado que tanto os osteoblastos, quanto os osteócitos nunca ficam em contato direto com a matriz mineralizada. Uma camada de matriz orgânica não calcificada, denominada osteoide, sempre separa os corpos celulares e os prolongamentos da matriz calcificada.
	° Osteoclastos:
		São células gigantes multinucleadas observadas nas superfícies osseas, principalmente no endósteo, responsável pela reabsorção do tecido ósseo. A origem dos osteoclastos é diferente das outras células osseas. Eles surgem a partir da fusão de células da linhagem monócito-fagocítica dos tecidos hematopoéticos, entretanto, em algumas circunstancias, osteoclastos mononucleares podem ser encontrados.
		 A borda em escova é considerada a região mais ativa do osteoclasto na sua função reabsortiva e consiste em numerosos e profundos prolongamentos e reentrâncias da membrana plasmática, os quais se assemelham a vilosidades.
- Periósteo e Endósteo:
	A matriz óssea mineralizada é coberta por duas “membranas” não calcificadas de natureza conjuntiva, que, possibilitam uma gradual relação entreum tecido mineralizado e o restante do organismo.
 O periósteo, que cobre a superfície óssea externa é constituído por uma região externa fibrosa espessa, a qual contem fibras colágenas, fibroblastos e escassas fibras elásticas, e por uma região interna formada por células de revestimento ósseo, que formam, no periósteo em repouso, uma camada continua de células achatadas de núcleo fusiforme.
O endósteo, uma camada continua e geralmente única de osteoblastos/células de revestimento ósseo com as memas características das do periósteo, reveste as superfícies internas do osso, isto é, as cavidades do osso esponjoso, os canais de Harvers e Volkmann do osso compacto, bem como as cavidades medulares. 
Entretanto, o endosteo apresenta, em geral, mais atividade que o periósteo, e, na maioria das vezes, as células que revestem o osso exercem funções de formação óssea, estando, portanto, como osteoblastos ativos.
- Osso Primário e Osso secundário
	Seja qual for o processo de ossificação pelo qual um osso é formado, o tecido resultante é sempre do mesmo tipo.
	O primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário ou imaturo. Tem, proporcionalmente maior numero de osteocitos que o osso secundário, dispostos irregularmente e alojados em lacunas arredondadas.
	Frente a necessidade de crescimento do osso, seguem os eventos de remodelação, graças aos quais o osso primário mantem sua forma enquanto aumenta de tamanho e se torna, gradualmente, osso secundário.
	O osso secundário é caracterizado por ter meos osteocitos que seu predecessor. Esses, desta vez, aparecem dispostos mais regularmente e alojados em lacunas achatadas. Na sua matriz, as fibras colágenas organizam-se adotando uma disposição concêntrica, pois, durante a formação do osso secundário, novas camadas são adicionadas de maneira muito ordenada (Lamelas).
- Remodelação Óssea:
	Os fenômenos simultâneos ou sequenciais de formação e destruição do osso constituem o processo de remodelação que ocorre durante a vida toda.
	O osso, em diversos momentos, precisa modificar sua forma ou sua estrutura, seja para um osso primário se tornar osso maduro, para um osso crescer mantendo sua forma, para um osso esponjoso se tornar compacto, ou para se adaptar a novas situações fisiológicas ou patológicas. Em todos esses casos, fenômenos simultâneos ou sequencias de formação e de reabsorção óssea constituem o processo de remodelação.
	Os eventos de remodelação aparecem logo após o estabelecimento do osso primário. 
	A passagem do osso primário para o secundário envolve gradual reabsorção de praticamente todo osso formado inicialmente.
- Osso Esponjoso e Osso Compacto
	Osso compacto é formado por unidades estruturais concêntricas denominadas sistemas de Harvers, enquanto o esponjoso é formado por lamelas paralelas.
	Em um osso maduro, geralmente dois tipos de tecido ósseo podem ser diferenciados: o osso esponjoso e o compacto. Entretanto, em ambos a estrutura é basicamente a mesma, sendo constituídos por sistemas lamelares e havendo diferenças apenas na quantidade e na disposição das lamelas e na existência ou não de espaços entre os referidos sistemas. 
	Os sistemas de harvers constituem a unidade estrutural do osso maduro e são característicos no osso compacto. Eles são formados por varias lamelas concêntricas que deixam canais na sua região central.
- Inervação e vascularização do tecido ósseo:
	A inervação do tecido ósseo ocorre principalmente pelo periósteo. Não existem terminações nervosas diretamente relacionadas com as células do tecido ósseo, porem, algumas fibras nervosas podem ser raramente encontradas o interior dos canais de Harvers do osso compacto.

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