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DIREITO ADMINISTRATIVO 2 completo

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10/10/17
DIREITO ADMINISTRATIVO II
Contrato Administrativo
Conceito: são aqueles contratos celebrados pela Administração Pública sob o regime de direito público, com prerrogativas e vantagens decorrentes da supremacia estatal. “No contrato administrativo, a Administração age como poder público, com poder de império na relação jurídica contratual; não agindo nessa qualidade, o contrato será de direito privado” (Maria Sylvia Zanella di Pietro). São as manifestações de vontade entre duas ou mais pessoas visando a celebração de negócio jurídico, havendo a participação do Poder Público, atuando com todas as prerrogativas decorrentes da supremacia do interesse público, visando sempre a persecução de um fim coletivo.
Competência legislativa – art. 22, XXVII, CF: a União deve proceder a legislação acerca das normas gerais aplicáveis à matéria.
Características: além da característica comum a todos os contratos administrativos, qual seja a busca incessante pelo interesse público existem outras características, a saber:
Comutativo: aquele que gera direitos e deveres previamente estabelecidos para ambas as partes, não havendo a submissão a álea por parte dos contratantes. Não há contratos sujeitos a risco no Direito Administrativo.
Consensual: o simples consenso das partes já formaliza o contrato. Não se faz necessária a transferência do bem para ele se tornar perfeito. No Direito Administrativo, o consenso do particular manifestar-se-á no momento da abertura dos envelopes de documentação.
De adesão: aqueles que não admitem a rediscussão de cláusulas contratuais. As cláusulas são impostas por uma das partes (poder público) e à outra parte (particular0 cabe apenas aderir ou não à avença.
Oneroso: como regra, não são admitidos contratos gratuitos firmados com o poder público, devendo o particular ser remunerado pela execução da atividade ou entrega do bem objeto do acordo firmado.
Sinalagmático: as obrigações das partes são recíprocas, ou seja, a execução da atividade de uma das partes enseja o adimplemento contratual pela outra.
Personalíssimo: os contratos administrativos devem ser celebrados com o vencedor do procedimento licitatório, não podendo ser transferido a terceiro. 
Formal: todo contrato administrativo tem uma forma definida na lei, indispensável à sua regularidade.
Cláusulas necessárias – art. 55
Formalismo: a primeira exigência é a realização de procedimento licitatória, conforme determinação do art. 26 da lei 8.666/93. O contrato deve ser escrito, devendo haver um termo que materialize a sua celebração; prévia licitação; instrumento contratual – exceção: art. 62; art. 60, § único; demais requisitos: art. 61; publicação: § único do art. 61.
Garantia – art. 56: prevê a exigência da caução com o objetivo de garantir a plena execução do contrato, não se confundindo com a garantia da proposta que vincula o proponente aos termos apresentados. A Lei prevê a caução que pode ser exigida, pelo Estado, para garantir o ressarcimento de danos em caso de descumprimento contratual pelo particular. Limites: A garantia é de até 5% do valor do contrato. Quando o contrato for de grande vulto (valor é de 25 x 1.500.000,00) e alta complexidade a garantia é de até 10%.
Fiança bancária: não se admitindo qualquer outra espécie de fiador, que não a instituição financeira.
Seguro garantia: firmado com empresa seguradora que arcará com o risco dos eventos danosos ocorridos no bojo do contrato.
Dinheiro;
Títulos de dívida pública: desde que este título tenha sido emitido sob a forma escritural, mediante registro em sistema de liquidação e custódia, com autorização do Banco Central do Brasil e avaliado nos parâmetros definidos pelo Ministério Público.
Clausulas exorbitantes: são aquelas que extrapolam as regras e características dos contratos em geral, pois apresentam vantagem excessiva à Administração Pública. Decorrem da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e colocam o Estado em posição de superioridade jurídica na avença. São previstas no art. 58.
Alteração unilateral do contrato – art. 65, I e § 1º: para adequar as disposições contratuais, na busca incessante pelo interesse público, o Estado contratante pode modificar a avença. Independentemente do consentimento da outra parte, desde que não prejudique o contratado e desde que a modificação seja feita nos limites previamente estipulados pela lei. A alteração do projeto é qualitativa e será justificada sempre que o projeto originariamente apresentado pelo estado, por qualquer motivo público, devidamente justificado, não atenda mais aos fins desejados pela Administração. A alteração atinente ao valor da contratação tem natureza de modificação quantitativa e, por sua vez, tem limites definidos na lei, que prevê que o particular deve aceitar as modificações feitas unilateralmente pela Administração Pública em até 25% do valor original do contrato, para acréscimos ou supressões. 
Exceção: Se o contrato for celebrado para reforma de equipamentos ou de edifícios, a alteração unilateral para ACRESCIMOS contratuais, pode chegar a 50% do valor original do contrato. As supressões contratuais continuam respeitando o limite de 25%.
Rescisão unilateral – art. 77e seguintes: é prerrogativa dada ao ente público contratante de por fim à avença, independentemente, de consentimento do particular e sem depender de decisão judicial. O contrato poderá ser extinto antes do przo previamente estipulado no acordo em razão do:
Inadimplemento do particular: normalmente ele deverá indenizar a administração pública pelos danos causados em virtude do inadimplemento.
Interesse público devidamente justificado: neste caso a administração deve indenizar o particular se houver dano, bem como indenizar os investimentos não amortizados do contrato, em razão da extinção antecipada do acordo.
O particular pode rescindir em caso de mora da adm.? ao particular não pode determinar a rescisão unilateral, no entanto, poderá suspender a execução do contrato pela exceção de contrato não cumprido ou exceptio non adimplenti contractus. Art. 78,XV.
Fiscalização da execução do contrato – art. 67: trata-se do poder-dever da administração pública, haja vista que comprovada a ausência de fiscalização, o Estado poderá responder por omissão, por eventuais danos causados pela empresa, inclusive, no que tange ao inadimplemento das obrigações trabalhistas. A Administração Pública deve designar um agente público que ficará responsável pela fiscalização na execução contratual, aplicando penalidades e exigindo o cumprimento das obrigações pela parte contratada.
Ocupação temporária de bens: trata-se de cláusula exorbitante que visa a garantia do princípio da continuidade do serviço. Em determinadas situações, para manter a prestação dos serviços prestados pelo particular contratado, o Estado precisa ocupar temporariamente os bens da contratada.
Aplicação de penalidades: o art. 58, IV, define também como cláusula exorbitante, o poder de aplicar penalidades aos particulares contratados em decorrência de descumprimento do acordo, ainda que se trate de inexecução parcial.
Advertência: sempre por escrito, para sancionar infrações mais leves praticadas pelo particular contratado.
Multa: trata-se e penalidade pecuniária e deve ter previsão de valor definida no bojo do acordo firmado. Assim, como as demais penalidades, a multa deve ser aplicada após regular processo administrativo e poderá ser descontada da garantia do respectivo contrato.
Suspensão de contratar com poder público e participar de procedimentos licitatórios: por no máximo dois anos. Neste caso, a empresa fica impedida de participar de certames e celebrar contratos com o ente federativo que aplicou a penalidade.
Declaração de inidoneidade: enseja proibição de licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perduram os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contrato ressarcir a administraçãopelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada que também não pode ultrapassar dois anos.
A aplicação de quaisquer uma das sanções previstas na lei deve ser precedida de processo administrativo em que se garantam ao particular a ser sancionado o contraditório e a ampla defesa.
17/10/17
Alteração contratual por vontade das partes: em determinadas situações, o contrato administrativo poderá ser alterado de forma bilateral, ou seja, por acordo de ambas as partes. 
Quando o particular julgar conveniente a substituição da garantia de execução do contrato e desde que, essa modificação não enseje prejuízos ao ente público.
Quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, em como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários.
Quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço.
Para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém, de consequências incalculáveis, ou ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe. Teoria da Imprevisão (tópico 9 do livro)
Interferências imprevistas: o fato já preexistia, porém era desconhecido pelos contratantes. 
Fato da administração: é um ato específico que a adm. pratica que afeta aquele contrato e que vem a alterar o equilíbrio econômico-financeiro, provocando prejuízo para a parte contratada. 
Fato do príncipe: também é um ato da administração, porém o ato é geral, abrangendo todo mundo, inclusive a contratada. Ex.: aumento de imposto.
Equilíbrio econômico-financeiro do contrato: a manutenção deste equilíbrio deve se dar mediante a alteração de valores a serem pagos ou modificados e ampliação de prazos de execução, sempre que a situação previamente estabelecida for alterada no bojo da execução do contrato.
Correção monetária: atualização da marem de lucro inicialmente acordada, mantendo o valor real do contrato. 
Reajustamento de preço: reajuste em face do aumento ordinário e regular do curso dos insumos necessários ao cumprimento do acordo. Trata-se de cláusula previamente definida no contrato administrativo e que garante o pagamento de variações previsíveis e esperadas nos preços dos insumos e nos custos, em geral, da prestação do serviço objeto da avença.
Subcontratação – art. 72: em regra é vedada. Porém é permitida a subcontratação parcial, ou seja, parte da obra pode ser subcontratada, mediante aceitação da administração pública. 
Duração do contrato: em regra deve ter duração equivalente ao exercício financeiro, sendo que este é equivalente ao ano civil – 1 ano. 
Exceções – art. 57: 
Projetos contemplados na lei do plano Plurianual: projetos cujos produtos estejam previstos nas metas estabelecidas no Plano Plurianual podem ter vigência superior a um exercício e poderão ser prorrogados se houver interesse da Adm. e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório.
Prestação de serviços a serem executados de forma contínua: nesses casos, para contratação de serviços de caráter continuado, a lei prevê a possibilidade de prorrogação contratual por iguais e sucessivos períodos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a adm. Pública, desde que estas prorrogações se limitem ao prazo final máximo de sessenta meses.
Aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática: pode a duração do contrato se estender pelo prazo de até 48 meses após o início da sua vigência.
Contratações previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, da lei 8.666/93: os contratos poderão ter vigência por até conto e vinte meses, caso haja interesse da administração. 
Responsabilidades decorrentes do contrato: 
Manter preposto e corrigir erros (art.. 68 e 69)
Reparar danos causados à adm. ou a terceiros (art. 70)
Art. 70, § - encargos.
Formas de extinção dos contratos
Conclusão
Advento do termo
Anulação
Desaparecimento da pessoa
Rescisão unilateral
Rescisão judicial
Rescisão bilateral
24/10/17
Agentes Públicos
Conceito: sujeitos que exercem funções públicas. Qualquer pessoa que age em nome do Estado é agente público, independentemente de vínculo jurídico, ainda que atue sem remuneração e transitoriamente.
Sujeitos à disciplina diferenciada: sujeitos ao regime público; podem cometer atos de improbidade administrativa; podem comer crimes contra a adm. pública; podem cometer crime de peculato; prevaricação; 
Classificação
Agentes políticos: aqueles agentes públicos que atuam no exercício da função política de Estado, que possuem cargos estruturais e inerentes à organização política do país e que exercem a vontade superior do Estado; que manifestam a vontade política do Estado; inclui os membros do MP e da DP; 
Servidores públicos: Estatutários: suas legislações são regidas por estatuto, que é uma lei. Empregado Público: é celetista, rege sua vida as consolidações da lei do trabalho. Servidores temporários: são contratados para atender situações temporárias; normalmente contratados por 1 (um) ano com prazo prorrogável por mais 1 (um) ano. 
Militares: categoria a parte, pois o regime deles é diferente, rígido de hierarquia e disciplina.
Particulares em colaboração: Agentes delegados: aqueles que são particulares, mas que por delegação recebem serviço público. Pessoas privadas, mas que por delegação recebem função pública. Ex.: cartorários, tabeliões; Agentes requisitados/designados/nomeados pelo poder público: ex.: mesários, jurados e aqueles que estão em serviço militar; Gestores de negócios: aquelas pessoas que por conta própria colaboram com o poder público em situações excepcionais. 
Cargo, emprego e função
Cargo – art. 3º, Lei 8.112: “cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. ” As atribuições têm nome e remuneração própria e são designados a um servidor; pode ser efetivo e comissionado; cargo comissionado = Direção, Chefia e Assessoramento superior - cargos de maior hierarquia na adm. pública. Cargos efetivos – providos mediante concurso público
Art. 37, V, CF: cargo comissionado – destinado a qualquer pessoa, porém a lei deve prever um percentual mínimo de vagas que devem ser preenchidas por servidores de carreira –, e função de segurança.
Emprego: mesmo conceito de cargo público, a única diferença é que o vínculo jurídico é celetista, contratual, não é estatutário.
Função: conjunto de atribuições e responsabilidades atribuídas a um cargo ou emprego público 
Função de confiança – art. 37, V, CF: função sem cargo – uma função isolada dentro da estrutura do serviço público. Somente pode ser exercida por alguém que já esteja investido em cargo efetivo.
Art. 37. V - As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Regime jurídico do servidor – art. 39, CF: estatuto ou contrato.
Regime jurídico único
Direito de greve: o direito é constitucional, porém a adm. pública deverá descontar do salário os dias que não houve trabalho, salvo se for feito acordo onde os agentes se proponham a repor os dias não trabalhados. 
Condições de ingresso - art. 37, II, CF: em regra deve ser prestado concurso público para ingressar no serviço público, salvo nos cargos comissionados, serviços temporários,ministros dos tribunais superiores. 
Concurso
Exceções: cargo comissionado; servidores temporários (processo seletivo); ministros dos tribunais superiores (nomeados); juiz da justiça eleitoral (toma posse porque é designado). 
Acessibilidade – art. 37, I: brasileiros natos ou naturalizados e aos estrangeiros na forma da lei. 
Cargos exclusivos de brasileiros natos – art. 12, § 3º, CF: 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
 I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática; VI – de oficial das Forças Armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Incluído pela EC n. 23/1999)
Prazo validade do concurso – art. 37, III, CF: 
III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;
STF – súmula 15
Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.
Limitações quanto à idade, sexo, cor, origem
Tatoo?? Em regra geral, não pode ser limitado, porém determinadas tatuagens afrontam o próprio estado de direito.
Exame psicotécnico? Válido desde que esteja previsto em lei e em edital; os critérios devem ser objetivos; possibilidade de recurso.
Pelo sexo, idade, pode ser limitado pelo edital, dependendo do cargo. Ex.: concurso para agente penitenciário de uma penitenciária feminina; pode ser feito apenas para mulheres. 
Origem e cor: em regra, não pode limitar.
Exames físicos: é legitima a exigência, desde que haja relação lógica com a atividade a ser exercida; deve estar previsto em lei e no edital; critérios objetivos.
Reserva de vagas – art. 37, VIII
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
Acumulação de cargos públicos: a princípio não é possível acumular cargos nem empregos públicos de qualquer ente da adm. direta ou indireta da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Art. 37, XVI, CF:
XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela EC n. 19/1998) 
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela EC n. 19/1998) 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela EC n. 19/1998) 49 Art. 37, § 3º 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela EC n. 34/2001)
Art. 38, CF
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela EC n. 19/1998) 
I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; 
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; 
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
31/10/17
Estabilidade – art. 41, CF: estabilidade é uma prerrogativa constitucional atribuída aos servidores públicos, detentos de cargos de provimento efetivo, após aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, de permanência no serviço público desde que não advenha alguma das situações regulamentadas pelo próprio texto da carta Magna.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Direito de permanecer no cargo após 3 anos de desempenho
Dependerá de aprovação por comissão especial
Afastamentos? Depende do estatuto de cada ente.
Estabilidade no serviço público ou no cargo? A estabilidade é no serviço público, até porque o cargo pode ser extinto, mas o agente continua possuindo estabilidade. 
Empregado público tem estabilidade? A súmula 390, II, TST dispõe acerca da aquisição de estabilidade pelos empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista, definindo a impossibilidade de aplicação do art. 41 da CF a estes servidores. No mesmo sentido, a doutrina majoritária não admite a extensão da estabilidade aos detentores de empregos, haja vista a expressa dicção constitucional no sentido de que a estabilidade somente será adquirida pelos detentores de cargos efetivos.
Servidor estável – perda do cargo: art. 41 e 247, CF: o servidor que obteve estabilidade no cargo pode perde-lo em algumas hipóteses como por sentença judicial transitada em julgado; processo adm. disciplinar (PAD); reprovação em comissão periódica de desempenho; contenção de gastos.
Art. 41, CF
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.   
Vitaliciedade: a vitaliciedade é adquirida somente após dois anos de efetivo exercício no cargo e configura uma prerrogativa maior concedida pela Carta Magna aos agentes públicos de determinadas carreiras, em razão da natureza do cargo que exercem e do grau de responsabilidade inerente às atividades per eles exercidas. Aos agentes que ocupam cargos vitalícios é garantida a permanência no serviço público, somente sendo possível a perda do cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. O texto constitucional confere a garantia da vitaliciedade aos membros das carreiras da magistratura, do Ministério Público e também aos ministros e conselheiros dos Tribunais de contas. 
Estágio Probatório: prazo necessário à aquisição da estabilidade.
Prazo: três anos.
MATÉRIA PARA A PROVA SOMENTE ATÉ AQUI (PROVA DIA 14/11/17)
Intervenção do Estado na propriedade: 
Característica do direito de propriedade no Estado Liberal
Perpétuo:
Absoluto: 
Exclusivo: 
Limitação Adm
Conceito: conjunto de limitações genéricas e abstratas ao uso da propriedade; trata-se de restrição de caráter geral, não atingindo um bem especificamente, mas sim todos os proprietários que estiverem na situação descrita na norma.
Indenização: em regra geral não é possível pedir indenização. Por ter caráter normativo e geral, as limitações adm., a princípio, não geram danos específicos; logo, não ensejam o dever de indenização do proprietário do bem.
Caráter afetado: afeta o caráter absoluto;
Exemplos: proibição de construção a posse em determinada altura; o dever de construir calçada;
Legalidade: a limitação deve estar respaldada no princípio da legalidade; se não houver lei não pode haver limitação adm. 
Obrigação de fazer, não fazer e tolerar.
Servidão Adm.
Conceito: ostenta a qualidade de direito real, sendo, neste último caso, de natureza pública.
Caráter afetado:
Indenização?
Natureza jurídica: direito real.
Ocupação temporária
Conceito: intervenção por meio da qual o ente público utiliza um determinado bem privado por prazo determinado, para satisfazer necessidades de interesse público, podendo se dar de forma gratuita ou remunerada.
Previsão legal – art. 36, Decreto Lei 3365/41
Indenização
Caráter afetado: afeta o caráter exclusivo.
Requisição adm.
Conceito: é intervenção restritivana propriedade privada que visa a solucionar situações de iminente perigo, mediante a utilização de bens privados pelo ente estatal, enquanto durar a situação de risco; se dá em casos de urgência e calamidade pública. Ex.: situação de enchente na qual muitas famílias ficaram desabrigadas, sendo necessário ao poder público a requisição de um galpão inutilizado de um particular com a intenção de assentar as famílias até a solução definitiva.
Indenização: é possível a posteriori e se houver dano.
Caráter afetado: é afetado o caráter exclusivo.

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