Buscar

PORTUGUÊS INTRUMENTAL CEDERJ AP1 2017 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fundação Centro de Ciências e 
Educação Superior a Distância 
do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a 
Distância do Estado do Rio de 
Janeiro
Licenciatura em História
Licenciatura em Ciências Biológicas,
Física, Matemática e Química
Tecnologia de Segurança Pública e
Social
AP – 2017-2
 DISCIPLINA: Português Instrumental
 
Coordenação: Prof.ª Lucia Moutinho, Prof.ª Evelyn Orrico, 
Prof.ª Diana Pinto, Prof.ª Patrícia Vargas
Nome:
Matrícula: Email:
Polo:
Curso:
Cidade em que reside:
Prezado(a) aluno(a),
Esta é a sua AP1. 
Leia os enunciados com atenção.
Procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas. 
Escreva com letra legível nas linhas pontilhadas.
As respostas devem ser manuscritas em caneta azul ou preta.
Redija as respostas das questões discursivas neste caderno e não ultrapasse as linhas
pontilhadas. As respostas escritas nas folhas de rascunho não serão consideradas.
Inutilize eventuais rascunhos.
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO
DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em Pedagogia- EAD
UNIRIO/CEDERJ
 
vladimir safatle
É professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). 
Leia o texto a seguir.
Fim da obrigatoriedade de filosofia e sociologia 
gera ensino mutilado
28/10/2016 02h03
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/2016/10/1826919-fim-da-
obrigatoriedade-de-filosofia-e-sociologia-gera-ensino-mutilado.shtml
Na semana passada, o relator da medida provisória sobre as modificações do
ensino médio, editada por aquilo que alguns chamam de "governo", fez algumas
considerações a respeito de suas preferências. Entre elas, ele sugere que as disciplinas
de Filosofia e Sociologia deixem de ser disciplinas de fato e se transformem em
"conteúdos transversais" lecionados em aulas de História. Ou seja, mesmo que seus
filhos escolham seguir uma concentração em ciências humanas, tais conteúdos não
seriam mais oferecidos como disciplinas autônomas, o que vai contra todo o discurso a
respeito de oferecer mais condições para os alunos aprofundarem seus interesses
efetivos.
Essa consideração do senhor relator nos leva, no entanto, a colocar questões a
respeito da importância do ensino de filosofia e sociologia para adolescentes. Afinal,
devem nossos adolescentes aprender filosofia e sociologia? Pois é claro que a proposta
de reduzi-las a "conteúdos transversais" é apenas uma maneira um pouco mais cínica
de retirá-las. Um professor de História, embora possa e deva conhecer questões de
filosofia e sociologia que são pertinentes a seu objeto de estudo, não teria condições de
tratar de tais conteúdos com a profundidade devida à docência.
Na verdade, o que procura se mostrar é que Filosofia e Sociologia não são tão relevantes assim e
poderiam muito bem ser eliminadas como disciplinas. Seus filhos poderiam muito bem viver sem elas. Mas
coloquemos a questão implícita neste debate na sua forma correta, a saber: por que há setores da sociedade
brasileira que se incomodam tanto com seus filhos aprendendo filosofia e sociologia?
Poderíamos contra-argumentar dizendo não se tratar de incômodo, mas de uma
simples análise de prioridades. A prioridade na formação seria a de garantir a
empregabilidade e a qualificação técnica. Nesse sentido, há de se cortar o que é
supérfluo. Por outro lado, os estudantes brasileiros são sempre mal avaliados em
disciplinas básicas, como línguas e matemática. Melhor então focar o essencial.
No entanto, tais argumentos não se sustentam. Limitar nossos alunos ao básico
não é o melhor caminho para levá-los a lidar com realidades complexas e em mutação,
como são nossas sociedades contemporâneas. Eles não conseguirão tomar melhores
decisões com uma formação mais limitada. Por outro lado, se seus conhecimentos de
línguas e matemática são deficitários, não é por alguma forma de "excesso" de
2
disciplinas, mas pela péssima qualidade de nossas escolas, pela precarização de nossos
professores (só o Estado de São Paulo perdeu 44.500 professores apenas nos últimos
dois anos) e pela ausência de cultura literária de muitas famílias.
Nesse sentido, há de se lembrar o que significa aprender filosofia e sociologia. O
ensino da filosofia, por exemplo, pressupõe o desenvolvimento de algumas habilidades
fundamentais. Lembremos de ao menos três: a capacidade de constituir problemas a
partir da crítica a pressupostos aparentemente naturalizados, a capacidade de articular
problemas em campos aparentemente dispersos, desenvolvendo assim um forte
pensamento de relações e quebrando a tendência atual em isolar o pensamento em
especialidades incomunicáveis. Isto significa ser capaz, por exemplo, de compreender
como questões éticas têm relações com questões de teoria do conhecimento, de
estética, de política e de lógica, entre outras.
Por fim, e esta é sua característica mais impressionante, o aprendizado da
filosofia pressupõe a capacidade de pensar como um outro. Lembro-me de um
professor que, ao ver muita pressa em "refutar" Descartes, olhou para mim com sua
sabedoria costumeira e disse: –"Veja, não é possível ler um filósofo com luvas de
boxe". Ou seja, é necessário saber, por um momento, pensar como um outro, até para
poder se contrapor com mais propriedade.
Bem, é isto que alguns querem que seus filhos não aprendam. Eles sabem muito
bem por que querem isso. Temo que o verdadeiro objetivo não tenha relação alguma
com o futuro profissional de seus filhos. Temo que, no fundo, queira-se calar, de uma
vez por todas, o projeto de alguns de nossos maiores filósofos, como Condorcet, que
dizia: – "A função da educação pública é a de tornar o povo indócil e difícil de
governar". 
1. Leia o trecho a seguir.
“Nesse sentido, há de se lembrar o que significa aprender filosofia e sociologia.
O ensino da filosofia, por exemplo, pressupõe o desenvolvimento de algumas
habilidades fundamentais. Lembremos de ao menos três: a capacidade de
constituir problemas a partir da crítica a pressupostos aparentemente
naturalizados, a capacidade de articular problemas em campos
aparentemente dispersos, desenvolvendo assim um forte pensamento de relações,
e quebrando a tendência atual em isolar o pensamento em especialidades
incomunicáveis. Isto significa ser capaz, por exemplo, de compreender como
questões éticas têm relações com questões de teoria do conhecimento, de estética, de
política e de lógica, entre outras.”(VALOR: 4,0)
Elabore um texto, em quinze (15) linhas, no máximo, em que você discuta o valor do
aprendizado da disciplina de Filosofia na escola. Construa a frase-núcleo (introdução),
desenvolva-a e a conclua. Dê um título ao seu texto.
Provável resposta: A argumentação dar-se-á em até 15 linhas contendo,
inclusive, um título sobre exclusão do ensino da Filosofia no Ensino
Médio. Sobre a utilização das 15 linhas, penso que devemos considerar
algo entre 12 à 17.
Para discussão no texto, observar os argumentos plausíveis, coesão e
coerência inclusive, entre o título e a discussão apresentada.
Redação de acordo com a norma culta da língua portuguesa.
3
2. O autor faz referência a um pensamento de Condorcet (1743-1794). Em seu projeto,
o Marquês de Condorcet construiu o arcabouço de uma nova educação; entretanto, não
obteve aprovação. A partir do que leu, apresente um argumento, desenvolva-o e o
conclua, que esteja de acordo com a afirmação de Condorcet, “a função da educação
pública é a de tornar o povo indócile difícil de governar”, em oito (8) linhas, no
máximo. (Valor: 2,0)
Provávelresposta: 
mesmo critério adotado na correção da questão 1.
3.Quanto à tipologia, em que gênero este texto pode ser classificado? Sua
resposta deve ser pautada em pelo menos um dos cinco parâmetros
apresentados na aula 12 do seu material didático? (VALOR: 2,0)
Provável resposta:
Gênero – coluna jornalística.
Os cinco parâmetros, sugeridos por TRAVAGLIA (2011) são:
1. conteúdo temático: comentário crítico acerca de acontecimentos
recentes;
2. Superfície linguística: texto produzido em língua padrão;
3. Os objetivos e funções sociocomunicativas: dizem respeito ao que
fazemos por meio daquele gênero na vida social. 
4. a estrutura composicional – tipos de composição textual que figuram em
textos daquele gênero, às vezes em uma ordem específica;
5. as condições de produção - dizem respeito às circunstâncias sociais em
que o gênero é usado, o que inclui os participantes e o modo de
funcionamento do texto na situação. 
4. Um texto coeso é aquele em que existe encadeamento de ideias. Tal
encadeamento se faz pela presença de algumas palavras ou expressões que
funcionam como conectivos na construção do texto. Retire um deles do texto e
elabore duas frases que se conectem entre si. (VALOR: 1,0)
Resposta:
5a. linha - Ou seja - noção de esclarecimento = isto é, quer dizer. 
mesmo que - noção de oposição = ainda que.
2o. parágrafo - no entanto = entretano.
4
5. A compreensão de um texto depende da contextualização. Isso 
significa dizer que é importante saber o período histórico em que ele
foi escrito para que o leitor possa compreendê-lo de forma mais 
abrangente. Assim, explique o uso de aspas na palavra governo, 
como se vê na 2a linha. (VALOR: 1,0)
Provável resposta
O aluno deve entender que as aspas têm intenção de ironia
(ironizar)
Desejamos-lhe sucesso na realização da prova.
Abraço fraterno,
EQUIPE DE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
5
	vladimir safatle
	Fim da obrigatoriedade de filosofia e sociologia gera ensino mutilado
	5. A compreensão de um texto depende da contextualização. Isso significa dizer que é importante saber o período histórico em que ele foi escrito para que o leitor possa compreendê-lo de forma mais abrangente. Assim, explique o uso de aspas na palavra governo, como se vê na 2a linha. (VALOR: 1,0)
	Desejamos-lhe sucesso na realização da prova.
	Abraço fraterno,
	EQUIPE DE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL

Continue navegando