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Disfonias psicogênicas são distúrbios de natureza psicológica; ( estão associadas a uma combinação de fatores psicológicos – que podem ser causa, fator deflagrador ou de manutenção desse quadro –, orgânicos e ou sociais; ) Caracterizam-se principalmente por alteração vocal sem lesão estrutural laríngea ou doença neurológica; ( Conflitos relacionados à família e trabalho podem predispor o indivíduo a essas alterações) Nos sujeitos com disfonia funcional psicognica, é a rouca-soprosa mais presente, seguida de qualidade vocal tensa e falsete. Mais prevalentes em mulheres; O tratamento pode envolver fonoterapia, psicoterapia e até estimulação magnética transcraniana, otorrinolaringologista e da Terapia da Fala a intervenção do Psicólogo; Pacientes com este distúrbio poderiam ser mais suscetíveis para outras doenças de origem emocional; Fibromialgia (Dor e fraqueza muscular generalizada) é fortemente associada à depressão e ansiedade. Essa alteração vocal parece manifestar um desequilíbrio psicológico como ansiedade, depressão, reação de conversão ou desordem de personalidade. Um autor classificou os quadros psicogênicos como: BEHLAU & PONTES classificaram quadros tipicos de disfonia psicogenica em 5 tipos: 1. é a entidade mais representativa*: afonia de conversão= Fala articulada – auditivamente, não há emissão de som, mas há articulação; visualmente, há fenda triangular em toda a extensão ou restrita à região posterior com forte constrição laríngea (que não é aparente no paciente); fala articulada e sussurrada=auditivamente, há som gerado pela fricção do ar expiratório ou interrupção de ar ao longo do trato vocal; visualmente, a glote praticamente desaparece, acoplamento das ppvv, direcionando o fluxo de ar para a região respiratória. Também não há vibração da mucosa, porém as fontes friccionais estão ativadas; uso divergente de registros=do ponto de vista auditivo é uma manifestação bizarra onde a voz dá saltos de um registro a outro (peito e cabeça; peito e falsete; basal e peito) de modo descontextualizado. Ao exame, a laringe muda de posição de acordo com o registro. Pode ser erroneamente classificado como um exame de difícil execução, em paciente com reflexo nauseoso. falsete de conversão=emissão habitual em registro de falsete, em tons agudos, de fraca intensidade, às vezes com turbulência indicando tonicidade excessiva. Visualmente, laringe elevada, ppvv afiladas, fenda constante, deslocando a vibração da mucosa para região anterior das ppvv. sonoridade intermitente= auditivamente, a impressão é de uma laringe “com mau contato”, numa espécie de “liga-desliga”. Alternância surdo-sonora em pequenas unidades de fala (sílabas, palavras) ou trechos durante conversação. Visualmente, fenda posterior transitória ou momentos de afastamento total das ppvv durante a fonação. Para se considerar a hipótese de uma disfonia psicogênica, são utilizadas provas terapêuticas em que se procuram emissões sonoras em tarefas não fonatórias como tosse, espirro, riso e choro. file:///C:/Users/Thais/Downloads/11759-28191-1-SM.pdf A classificação adotada neste estudo foi baseada em Behlau e Pontes (1995), são classificadas em categorias: uso divergente de registro, falsete de conversão, sonoridade intermitente e afonia de conversão que é mais visto na clínica, cuja emissão glótica está presente nas funções vegetativas; em muitos casos, esses sujeitos sem diagnóstico definido muitas vezes estão à procura de beneficio saúde cedido pela Previdência Social, ou seja, simulam conscientemente uma disfonia visando benefícios financeiros; A falta de conhecimento sobre a simulação de alterações vocais cria dificuldade não só na definição do diagnóstico, mas também na conduta desses casos. A literatura descreve que nos casos conversivos ou fictícios, o indivíduo pode simular sintomas conscientemente, ampliar a doença, procurar hospitais em busca de tratamento; no entanto, tudo isso é feito para assumir o papel de enfermo, para ter a atenção de alguém. A presença de sonoridade, em tarefas não fonatórias, preservada com boa qualidade vocal, é forte indício de uma alteração vocal com indícios psicogênicos ou por simulação. Muitas vezes, indivíduos que simulam um quadro disfônico podem apresentar tosse não sonorizada; no entanto, alguma outra tarefa não fonatória como pigarro ou riso acaba presente.
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