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2017 Execução Aula 02 Proc.Civil IV princípios

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PROCESSO CIVIL IV
EXECUÇÃO – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
PRINCÍPIOS E REGRAS.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Efetividade.
Art. 5.° - (CF) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Art. 4.° CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Razoável Duração + Solução Integral + Atividade Satisfativa.
Efetividade da prestação jurisdicional – Combate à morosidade 
Direito Fundamental à Tutela Executiva -> 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Efetividade - Direito Fundamental à Tutela Executiva:
“Exigência de um sistema completo de tutela executiva, no qual existam meios executivos capazes de proporcionar pronta e integral satisfação a qualquer direito merecedor de tutela executiva.” (MLG)
“Interpretação das normas de modo a extrair a maior efetividade possível” (FD)
“Poder-Dever de deixar de aplicar norma que imponha restrição a um meio executivo.” (salário e imóvel vultuosos) (MLG)
“Adotar os meios executivos que se revelem necessários à prestação integral da tutela executiva.” (MLG)
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Boa fé Processual:
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Impõe comportamento considerado objetivamente como devido. (FD)
Precisa ser concretizado na prática pelos Tribunais.
A) Vedação a comportamentos Dolosos – Torna Ilícita qualquer conduta de má fé (Ilicitude em razão do dolo) 
B) Proibição geral de Abuso de direito no processo. (Discordância infundada da Desistência – Manejo de recursos procrastinatórios) 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Boa fé Processual:
C) Comportamento Contraditório.
Proibição do “venire contra factum proprium”
O executado que oferece um bem a penhora e depois alega ser impenhorável. 
D) Deveres de Cooperação. 
E) Função Hermenêutica – Os atos postulatórios e decisórios devem ser interpretados com base na boa fé.
Relevância para compreensão dos institutos da execução como Fraude a execução, Fraude contra credores e atos atentatórios à dignidade da justiça.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Responsabilidade Patrimonial:
“Toda execução é real”. Evolução e afastamento da ideia de vingança privada (DAAN)
“O devedor responde pelo cumprimento da obrigação através de seus bens presentes e futuros” (AA)
Art. 789 CPC - O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
- Restrições de impenhorabilidade 
Meios de coerção indireta. Obrigações de Fazer e não fazer x Dar Coisa e Pagar.
Conversão em perdas e danos.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Primazia da tutela específica ou Do Resultado:
“Toda execução há de ser específica ... É tão bem sucedida, de fato, quanto entrega rigorosamente ao exequente o bem perseguido, objeto da prestação inadimplida e seus consectários, ou obtém o direito reconhecido no título executivo” (AA)
“Propiciar ao credor a satisfação da obrigação tal qual houvesse o cumprimento espontâneo da prestação pelo devedor” (FD LC)
“O processo funciona tanto melhor quanto mais se aproximar o seu resultado prático daquele a que levaria a atuação espontânea do direito” (JCBM)
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Primazia da tutela específica ou Do Resultado:
Art. 497 CPC -  Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Art. 499 CPC -  A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
“A tutela pelo equivalente deve ser vista como excepcional”. (FD)
Obrigação de pagar quantia:
Art. 876 CPC É lícito ao exequente, oferecendo preço não inferior ao da avaliação, requerer que lhe sejam adjudicados os bens penhorados.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Contraditório.  
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
 
“Direito de se manifestar sobre qualquer questão que seja relevante ao deslinde da causa, mesmo que seja conhecida de ofício pelo juiz.” (FD)
- Evitar decisões surpresas – baseada em questão não discutida – dever de consulta. 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Contraditório.  
Art. 9.° - Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
“Contraditório Eventual” (FD)
Presente em todos os incidentes cognitivos;
Alegação de impenhorabilidade;
Fraude à execução;
Sistema recursal;
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Contraditório.  
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
Concretização do dever de consulta.
Descumprimento gera nulidade por ofensa ao contraditório.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da menor onerosidade:
Art. 805 – CPC - Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da menor onerosidade:
Cláusula Geral contra o abuso do direito do exequente (FD)
Adequação e necessidade do meio executivo escolhido sem prejudicar o resultado;
“Pressupõe que os diversos meios considerados sejam igualmente eficazes” (JCBM)
Pode ser decretado de ofício pelo juiz. Mas, sujeita-se a preclusão
Deve ser interpretado à luz do princípio da efetividade (FD LC e DAAN) 
Art. 835 § 2.° - CPC. Substituição por carta de fiança bancária; 
Afastar meios inócuos que somente prejudicariam o executado, sem resultado.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Cooperação / Colaboração (FD)
 
Corolário do Princípio da Boa-Fé: A boa fé gera dever de Boa fé Processual. 
- O Magistrado deve ser um colaborador do processo. Ter Participação ativa;
Mais do que um mero fiscal de regras;
Não se limitar a aplicação dos poderes instrutórios ou de efetivação da decisão;
Deve procurar o incentivo ao diálogo com as partes e demais sujeitos do processo -> Equilíbrio + Lealdade;
Processo como ambiente de atividade cooperativa;
 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Cooperação / Colaboração 
 O juiz tem o dever de:
 
CONSULTAR: Evitar a surpresa – ouvir as partes antes de decidir matérias não suscitadas.
PREVINIR: Apontar as falhas processuais – os defeitos – INDICANDO como deve ser corrigido.
ESCLARECIMENTO: Proferir decisões claras. Solicitar esclarecimento da parte quando não entender a postulação. Não pode indeferir, por não entender o requerimento. 
AUXÍLIO: Apontar às partes na remoção de obstáculos processuais.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Cooperação / Colaboração 
Art. 774 CPC - Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
V – intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se
for o caso, certidão negativa de ônus.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Cooperação / Colaboração 
Art. 525 CPC:
§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Cooperação / Colaboração 
Art. 772 - CPC - O juiz pode, em qualquer momento do processo:
II – advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça;
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Proporcionalidade:
Art. 8. Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Substituição de bens. 
Colisão de princípios – Efetividade x execução menos gravosa;
Alteração da ordem de bens a penhora – Art 835 § 1° CPC;
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Adequação:
Deve se observar os bens almejados pelo exequente para que se enquadre no procedimento executivo adequado.
A adequação se distribuí em 03 níveis: Subjetivo, Objetivo e Teleológico. (AA)
Regra da impenhorabilidade dos bens da fazenda pública – Subjetiva (FD)
Regra da prisão civil nas ações de alimentos – força executiva mais robusta – Objetiva (FD)
Estruturação do contraditório preponderante eventual – Teleológica (FD)
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
        
Princípio do prestígio ao Autoregramento da Vontade no processo.
“O processo não pode ser hostil ao exercício da liberdade da autonomia privada” (FD)
Não pode conter restrições infundadas a este direito de se autorregular;
Há limites e controle por parte do magistrado, mas a regra é a liberdade do autoregramento.
Parag. Único artigo 190.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
        
Princípio do prestígio ao Autoregramento da Vontade no processo.
Típicas
Art. 862 CPC - § 2º É lícito às partes ajustar a forma de administração e escolher o depositário, hipótese em que o juiz homologará por despacho a indicação.
Art. 871 CPC  Não se procederá à avaliação quando:
I – uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
        
Princípio do prestígio ao Autoregramento da Vontade no processo.
Atípicas 
São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de rateio de despesas processuais, acordo para não promover execução provisória; a escolha consensual de depositário-administrador no caso do art. 866, Substituição de Bem Penhorado – Dispensa de caução em execução provisória; Atribuir ou Retirar eficácia executiva de título, alteração de ordem da penhora. (FD)
Ver Enunciado 19 FPPC.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Regra de que não há execução sem título:
Nulla executio sine titulo
“O executado é colocado numa situação processual de desvantajosa em relação ao exequente – Exige-se a presença de título que demonstra ao menos uma probabilidade de que o crédito efetivamente exista” (DAAN)
“Toda atividade executiva está condicionada à apresentação por aquele que a requer, de um documento que a lei qualifica como título executivo” (LGM)
“O título executivo é a prova mínima e suficiente de que deve valer-se o exequente para instauração da atividade executiva.” (FD LC) 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Regra da Disponibilidade da Execução:
“é permitido ao exequente a qualquer momento desistir do processo, sendo dispensada a concordância do executado” (DAAN)
Cabe ao exequente decidir se quer prosseguir na satisfação de seus direitos certificados, podendo:
Deixar de executar o título; (FD)
Desistir total ou parcialmente da demanda executiva já proposta;
 Desistir de algum ato executivo específico;
A desistência independe da concordância do executado, mesmo se tiver apresentado impugnação ou embargos, salvo quando versar sobre questão de mérito. 
Como a desistência não se confunde com renúncia – pode executar posteriormente, pagando as custas (DAAN) (AA)
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Regra da Disponibilidade da Execução:
Art. 775. CPC  O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único.  Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Regra da Responsabilidade Objetiva do Exequente:
A execução corre por conta e risco do exequente. (FD LC)
“A Responsabilidade do exequente pela execução injusta é objetiva: Basta a prova do dano, material ou moral e do nexo de causalidade entre o dano e a execução indevida”. (TZ) 
Art. 520. CPC -  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Regra da Responsabilidade Objetiva do Exequente:
A execução corre por conta e risco do exequente. (FD LC)
Art. 776. CPC -  O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que ensejou a execução.
Prescrição? Compensação? Invalidades em geral? (Subsistência ou Extinção) - Título pago/falso/absolutamente nulo? Transação ou novação prévia? - Incompetência Absoluta? Injustiça mesmo sem Inexistência? 
(JJCP, FD LC, AA, TW) 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Regra da Responsabilidade Objetiva do Exequente:
O ressarcimento se opera nos próprios autos.
Art. 520 CPC: II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
Efeito anexo da decisão.
O título executivo é a decisão que reconhece a inexistência, modifique ou anule a sentença objeto de execução;
Depende de provocação e prova do executado acerca da existência do dano, valor e nexo de causalidade. (FD LC e TZ)
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
O juiz é livre para utilizar os meios executivos previstos (exemplificativamente) em Lei, podendo adotar outros mecanismos que não estejam legalmente previstos. (DAAN)
Art. 536. CPC -  No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. (Poder geral de efetivação)
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
Poder geral de efetivação
Art. 139 – CPC -  O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias
para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
Poder geral de efetivação
Art. 297 CPC O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único.  A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
(AA) é contrário por entender que ofende o devido processo legal.
“A execução para pagamento de quantia deve observar primeiramente a tipicidade dos meios executivos, sendo permitida subsidiariamente o uso de meios atípicos.” (FD LC)
“A execução para efetivação das prestações de fazer, não fazer e dar coisa é em princípio atípica.”
Criatividade (liberdade de escolha) x complexo principiológico da execução.
Necessidade de fundamentação e contraditório, ainda que diferido. (FD LC) 
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
Possibilidade alteração / adaptação de medidas executivas
Art. 537. CPC -  A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito.
§ 1o O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, modificar o valor ou a periodicidade da multa vincenda ou excluí-la, caso verifique que:
I - se tornou insuficiente ou excessiva;
II - o obrigado demonstrou cumprimento parcial superveniente da obrigação ou justa causa para o descumprimento.
§ 2o O valor da multa será devido ao exequente.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
Enunciado 48 ENFAM - O art. 139, IV, do CPC/2015 traduz um poder geral de efetivação, permitindo a aplicação de medidas atípicas para garantir o cumprimento de qualquer ordem judicial, inclusive no âmbito do cumprimento de sentença e no processo de execução baseado em títulos extrajudiciais.
NORMAS FUNDAMENTAIS DA TUTELA EXECUTIVA
Princípio da Tipicidade e Atipicidade dos meios executivos:
Enunciado 12 FPPC - A aplicação das medidas atípicas sub-rogatórias e coercitivas é cabível em qualquer obrigação no cumprimento de sentença ou execução de título executivo extrajudicial. Essas medidas, contudo, serão aplicadas de forma subsidiária às medidas tipificadas, com observação do contraditório, ainda que diferido, e por meio de decisão à luz do art. 489, § 1º, I e II.
Referências
- ASSIS, Araken de. Manual da Execução. São Paulo. Revista dos tribunais. 201
 CALMON DE PASSOS, José Joaquim. Responsabilidade do exequente no novo CPC Revista Forense. Rio de Janeiro. Forense. n. 246. 1974. (JJCP)
DIDIER JR, Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de Direito Processual civil, V. 5. Salvador, Jus podivm, 2017. (FD LC);
DIDIER JR, Fredie; Direito Processual civil, V. 1. Salvador, Jus podivm, 2015. (FD PS);
GUERRA, Marcelo Lima. Direitos Fundamentais e a proteção do credor na execução civil. São Paulo. RT, 2002. (MLG) 
MARINONI, Luiz Guilherme et al. Curso de processo civil, V. 02. Revista dos Tribunais. 2015 (LGM)
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Tendências na execução de sentenças e ordens judiciais. Temas de direitos processual – quarta série. São Paulo. Saraiva 1989. (JCBM) 
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. 9. ed. Salvador, Jus podivm, 2017. (DAAN) 
ZAVASCKI, Teori Albino. Comentários ao CPC. 2 ed. São Paulo. RT. 2003. V.8. 
 WAMBIER, Tereza Arruda Alvim et al. Primeiros comentários ao novo CPC. 2.Ed. São Paulo: RT, 2016 (TW)

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