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Sucessão de empregadores 
A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados (artigo 448 da CLT). O artigo 10 estabelece que qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afeta os direitos adquiridos dos seus empregados. A sucessão, no Direito do Trabalho, como no Direito comum, supõe uma substituição de sujeitos de uma relação jurídica e que, não sendo a empresa ou o estabelecimento, sujeitos de direito, não há como falar em sucessão de empresas, mas de empregadores. Para que exista a sucessão de empregadores, dois são os requisitos indispensáveis; a) que um estabelecimento com unidade econômico-jurídica, passe de um para outro titular; b) que a prestação de serviço pelos empregados não sofra solução de continuidade.
Ementa: Configura-se a sucessão de empregadores quando, havendo alteração da propriedade da empresa, ocorre continuidade da atividade empresarial, com manutenção dos empregados e demais elementos que a integram, como clientela, ponto comercial, móveis e máquinas. O objetivo dos preceitos contidos nos artigos 10 e 448 da CLT é desvincular o empregador dos proprietários da empresa; fazer com que o empreendimento, independentemente de alterações na constituição jurídica ou na propriedade, responda pelos contratos de emprego, presentes ou futuros. No caso, ficou demonstrado que houve a substituição de uma pessoa por outra na relação jurídica, uma vez que, para a ocorrência da sucessão, não é necessário que uma empresa desapareça e outra ocupe seu lugar, mas, tão-somente, que haja a transferência do estabelecimento, com a continuidade da prestação dos serviços desenvolvida pelo empregador. Recurso ordinário da ré a que se nega provimento
Acórdão: 1-A sentença de origem não reconheceu a sucessão trabalhista, sob o fundamento de que a terceira ré não teria se beneficiado de equipamentos, mobiliários ou estoques das outras reclamadas.
2- A empresa deve ser considerada como ente incorpóreo, abstrato (mesmo presentes bens materiais e imateriais, aí incluídos os contratos de emprego), enquanto que cabe ao estabelecimento ser a materialização física da atividade econômica.
3- A doutrina apresenta a expressão 'sucessão de empresas-, mas terminologicamente deve se usar a expressão 'sucessão de empregadores-, dentro da mesma empresa. Tal figura jurídica está presente nos artigos 10 e 448, da CLT. Se considerássemos como correta a expressão sucessão de empresas estaríamos fechando os olhos para a possibilidade da sucessão em estabelecimentos.
4- O modo de aquisição de uma empresa pode influir, e muito, na determinação da sucessão trabalhista, assim sendo, a aquisição derivada, ou seja, aquela em que a propriedade se transmite de uma pessoa para outra, cria um vínculo de alteridade entre o tradens e o accipiens que torna forçoso reconhecimento da sucessão. Ao contrário da aquisição originária (como a incorporação de um bem por compra em hasta pública; o retorno de bens ao patrimônio público ao término de um contrato administrativo; a aquisição de um bem por usucapião), onde a continuidade do empreendimento é interrompida por um ato estatal, interrompendo o nexo de alteridade entre os dois proprietários.
5- Em resumo, os adquirentes a título derivado são sucessores trabalhistas, mas os adquirentes a título originário não são sucessores, a não ser que adquiram com essa condição. A pessoa jurídica que se apresenta como não sucessora adquiriu a título derivado o empreendimento econômico anteriormente explorado pela pessoa jurídica que contratava laboralmente o polo ativo desta relação processual.
6- Assim a sucessão é a substituição de sujeitos, e a empresa é a atividade e estabelecimento é objeto de direito. De sorte que a transferência do estabelecimento, como um bem que resulta do conjunto de vínculos existentes entre os diferentes fatores de produção, supõe a de todos os elementos organizados.
7- No caso em exame, a primeira e a segunda reclamadas confessam a existência da sucessão de empregadores em suas contrarrazões, informando que a transação econômica e financeira celebrada com a terceira reclamada foi muito além de apenas um contrato de locação de um de seus imóveis, inclusive acostando cópia do contrato de compra e venda celebrado entre as reclamadas.
8- O referido contrato, acostado aos autos, comprova que a terceira ré adquiriu os 107 (cento e sete) pontos de venda das reclamadas, bem como seus estoques, móveis, utensílios e instalações, equipamentos de informática, fundo de comércio, marcas e patentes, equipamentos de ar refrigerado e de telefonia.
9- Portanto, a aquisição derivada de todo o empreendimento que pertencia ao grupo econômico em que faziam parte a primeira e a segunda reclamada, ou seja, a transmissão desta propriedade para a terceira reclamada, criou um vínculo de alteridade entre o tradens e o accipiens que torna forçoso reconhecimento da sucessão, eis que a ocorrência da sucessão transfere para o novo titular do empreendimento a responsabilidade pelos direitos e obrigações empregatícios, inclusive as obrigações trabalhistas adquiridas antes da sucessão e que não teriam sido quitadas até o momento da sucessão.
10- Dou provimento.
Jurisprudência contraposta: Condiz com a essência do Grupo Empresarial que ele se constitua de unidades autônomas, pressupondo-se que as entidades econômicas integrantes possuam personalidade jurídica própria. Observando-se que o gerenciamento e a administração das empresas reclamadas é realizado por sócios comuns a elas, forçoso é concluir pela existência de grupo empresarial, atribuindo-se-lhes responsabilidade solidária pelos direitos trabalhistas reconhecidos. Inteligência do artigo 2º § 2º da CLT (TRT 9ª Reg - RO 01765/97 - Ac. 2ª T - 31479/97 - maioria - Rel. Juiz Arnor Lima Neto). Em função do princípio da despersonalização do empregador, consagrado no art. 2º celetário, a responsabilidade trabalhista existe em função da empresa adquirida pelo recorrente, toda uma organização produtiva, indubitável a sucessão trabalhista nos termos do art. 10 e 448 da CLT (TRT - 9ª Reg - RO-4565/91 - Ac 2ªT - 7043/92 - unân. - Rel. Juiz Lauro Stellfeld Filho). Ocorre sucessão de empregadores quando nova empresa é formada para at uar em lugar do antigo empregador, ainda que explorando apenas parte do negócio. São considerados patrimônio do sucessor tanto os bens materiais advindos da sucedida, quanto bens imateriais, como a denominação da empresa e a conceituação no mercado dela decorrentes (TRT - 3ª Reg - RO- 08801 - Ac 4ªT - unân.- Rel. Marcio Túlio Viana).
Sucessão. Execução. Os direitos trabalhistas não desaparecem quando o empregador transfere o seu negócio. O novo proprietário deve ser citado para responder pelos débitos trabalhistas (TRT -10ª Reg - AP 285/96 - Ac 2ª T - Rel. Juiz Libânio Cardoso). Sucessão de empregadores. A sucessão de empregadores pressupõe a novação subjetiva com a substituição do empregador originário por outro que se coloca em seu lugar. Havendo a cisão parcial da empresa, com a criação de outras e permanecendo em atividade a empresa cindida, não se configura a sucessão, somente quando a contratação do empregado ocorre após a alteração na estrutura jurídica da empregadora (TRT - 9ª Reg - RO-11223/97 - Ac 4ªT - Rel. Juíza Rosemarie Diedrichs Pimpão). Sucessão - responsabilidade do sócio anterior - O legislador ao redigir o artigo 10 e 448/CLT não pretendeu eximir a responsabilidade do empregador anterior, liberando-o simplesmente de suas obrigações contratuais. A lei, pelo contrário, visou garantir ao empregado a possibilidade de voltar-se contra o atual empregador, para facilitar-lhe o recebimento de seus créditos, nada impedindo que o empregador anterior responda por débitos oriundos na época em que ainda participava do empreendimento (TRT - 3ª Reg – Ac 3ª T - unân. - Rel. Antônio Álvares da Silva).

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