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1 UNIVERSIDADE PAULISTA SANDRO TEODORO ANDRADE CORRÊA RA 1537520 LATICÍNIOS RIO BRANCO PIM II TANGARÁ DA SERRA 2017 2 UNIVERSIDADE PAULISTA SANDRO TEODORO ANDRADE CORRÊA RA 1537520 LATICÍNIOS RIO BRANCO PIM II Projeto Integrado Multidisciplinar II para obtenção do título de Gestor de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista – UNIP Orientador: Prof. Mauro Trubbianelli TANGARÁ DA SERRA 2017 3 RESUMO A pesquisa realizada na empresa Laticínios Rio Branco teve como finalidade apresentar um diagnóstico da situação organizacional referentes aos conceitos estudados nas disciplinas Matemática Aplicada, Economia e Mercado e Recursos de Materiais e Mercado, com objetivo de analisar os resultados e apresentar sugestões com base teórica estudadas nas disciplinas. A matemática é um poderoso instrumento de comunicação uma vez que pode fornecer informações objetivas e dinâmicas através de funções, tabelas e gráficos. Economia de mercado é um sistema econômico em que os agentes econômicos que são empresas, bancos, prestadoras de serviços entre outras, podem atuar com pouca interferência governamental é um sistema típico da economia capitalista. Recursos é tudo aquilo que gera ou pode gerar riqueza, administrar recursos é prever, organizar, comandar, coordenar e controlar e um conceito que toda Empresa deve obter. Entendemos também que a administração compreende três campos básicos que são pessoal, material e financeiro. Palavras-chave: Matemática, Economia, Recursos, Materiais. 4 ABSTRACT The research carried out at the company Laticínios Rio Branco aimed to present a diagnosis of the organizational situation related to the concepts studied in the subjects Applied Mathematics, Economics and Market and Materials and Market Resources, with the objective of analyzing the results and presenting theoretical suggestions studied in the subjects. Mathematics is a powerful communication tool since it can provide objective and dynamic information through functions, tables and graphs. Market economy is an economic system in which economic agents that are companies, banks, service providers among others, can act with little government interference is a typical system of capitalist economy. Resources is everything that generates or can generate wealth, managing resources is to predict, organize, command, coordinate and control and a concept that every company must obtain. We also understand that management comprises three basic fields that are personal, material and financial. Keywords: Mathematics, Economics, Resources, Materials. 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 2. MATEMATICA APLICADA ..................................................................................... 8 3. ECONOMIA E MERCADO .................................................................................... 10 4. RECURSOS DE MATERIAIS E PATRIMONIAIS ................................................. 16 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 21 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 22 6 1. INTRODUÇÃO O conhecimento da matemática aplicada, como ferramenta para negócios amplia a possibilidade de sucesso daquele empreendimento ou projeto que está sendo tratado pelo empresário. A economia de mercado, refere se à organização social destinada a facilitar a produção e o consumo de bens e serviços decorrentes de jogo entre oferta e demanda. O estado intervém na economia de mercado, garantindo o acesso a determinados bens e impor taxas e impostos de acordo com as necessidades sociais. Economia de mercado é um sistema econômico marcado pelo predomínio da iniciativa privada na economia. A tarefa da administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e transforma-los em ação organizacional por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da organização. A administração de material é a parte da administração geral que trata da área específica dos materiais. Nas empresas é uma atividade integrada da Logística Empresarial, que abrange a execução e gestão de todas as tarefas de suprimento, transporte e manutenção, um conceito que toda empresa deve obter em sua filosofia e organização. Recursos Materiais são componentes que uma empresa utiliza nos processos diários para a construção do seu produto final, matéria prima, material em processo e matéria indireto. Recursos Patrimoniais resume-se no conjunto de riquezas da empresa, os prédios, equipamentos, instalações, e veículos e podem ser classificados como. Buscando aplicar os conhecimentos teóricos assimilados nas disciplinas estudadas e com isso explanar essas noções, foi utilizada nessa pesquisa os dados coletados junto a empresa Laticínios Rio Branco localizada na Agrovila do assentamento Rio Branco em Nova Olímpia – MT que tem como foco a produção de leite e queijo, porém com visão futura de expansão na linha de produção, ofertando outros subprodutos derivados do leite. Foram utilizados métodos que fossem capazes de descrever e avaliar o modelo de comunicação organizacional, possibilitando ao analista e gestor a compreensão do resultado gerado pela atual gestão e se possui pontos de melhoria, 7 para que o trabalho seja desenvolvido com qualidade, satisfazendo tanto os colaboradores quanto o gestor. Para dar início ao processo de análise, foram informados os motivos, objetivos e finalidades da pesquisa a todos os funcionários da empresa, bem como os critérios adotados para elaboração do processo. Motivos: Os motivos voltado para o aluno é de compreender os processos desenvolvidos na pratica comparados a teoria, e para empresa apontar possíveis gargalos analisando os processos e posteriormente apresentar sugestões de melhoria através do trabalho proposto. Objetivos: Descrever e Analisar as medidas desenvolvidas pela empresa, com a visão voltada para a matemática aplicada, economia de mercado e recursos de matérias e patrimoniais. Finalidade: Apresentar sugestões visualizando o crescimento da empresa no setor, sempre levando em consideração o bem estar dos colaboradores e simultaneamente para empresa. Os critérios adotados para o processo de avaliação se deu através de entrevista semiestruturada com os colaboradores e o gestor da organização e observação do processo de negociação e os demais processos realizados na empresa. 8 2. MATEMATICA APLICADA A matemática aplicada é um ramo da matemática no qual se trata da aplicação do conhecimento matemático a outros domínios. De acordo, com Siqueira (2012) o objetivo da matemática aplicada é fornecer uma compreensão mais aprofundada a respeito de um determinado problema, auxilia a entender o cotidiano e transforma situações adversas em benefícios. A matemática aplicada aos negócios é importante ferramenta de gestão. Podemos, com seu uso, determinarcustos de estoques, visando seu equilíbrio; custos de produção, custos totais médios e marginais de produção, ponto de equilíbrio para otimização do lucro. As funções matemáticas e seus respectivos gráficos nos permitem prever comportamentos e calcular variáveis que auxiliam na tomada de decisões (COSTA, p. 22 2010). Complementando a teoria de Costa (2010), Siqueira (2012 ) apresenta uma visão onde a aplicabilidade da matemática é comum em nosso cotidiano, como uma ferramenta de gestão extremamente importante, sendo que ela pode apontar lucros e prejuízos, sua aplicação auxilia nas tomadas de decisões e permite antecipar resultados catastróficos para a empresa. Siqueira (2012) afirma ainda que a matemática aplicada dá um desenho de forma favorável dos produtos, norteando os processos da gestão administrativa, avalia o planejamento e controla com eficiência as finanças e investimentos. Matemática aplicada considera o uso de ferramentas abstratas de matemática para resolver problemas concretos na ciência, negócios e outras áreas. Um importante campo na matemática aplicada é a estatística, que usa a teoria das probabilidades como uma ferramenta e permite a descrição, análise e predição de fenômenos onde as chances tem um papel fundamental (QUEIROZ, p. 2 2013). Na empresa estuda o termo matemática aplicada não é conhecido em sua teoria original, no entanto os métodos de controle matemático estão presentes em algumas partes da gestão como, cálculos que expõem quais foram os custos e a receita obtida com as vendas e com isso os lucros da empresa. Costa (2010) expõem a matemática com sua grande variedade de softwares hoje disponíveis para a área de gestão, incorporam em seus conteúdos as mais diversas ferramentas da matemática, como as planilhas Excel e seus gráficos. 9 Calculadoras financeiras permitem com agilidade levantar elementos para a tomada de decisões envolvendo custos financeiros, juros, prazos, capitais e montantes. Dessas ferramenta a Laticínio Rio Branco faz uso apenas de uma simples planilha em Excel que foi elaborada durante os estudos realizados na empresa pelo referido aluno e gestor, esse planilha abrange os custos e receitas obtidas com a produção e venda do produto. Os cálculos mais aprofundados não é feito na empresa, e feito por uma empresa terceirizada que auxilia no controle de taxa de impostos, folha de pagamento e fiscalização de compras e parcelas. Esses cálculos não afetam no relacionamento interpessoal dos colaboradores, pois os mesmo sabem que superficialmente o que acontece mais sabem que não tem conhecimento para desenvolver essas atividades. 10 3. ECONOMIA E MERCADO Todos nós temos uma série de necessidade para sobreviver e para viver, as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos, escassos. Diante disso é preciso, portanto, definir como empregar esses fatores produtivos escassos na produção de bens e serviços, de forma que eles possam contribuir da melhor maneira para a satisfação das necessidades não apenas dos indivíduos, mas também da sociedade. Diante disso a economia é um conjunto de conhecimentos especializados, organizados e em constante evolução, que atua em estudos limitados de como uma determinada sociedade soluciona ou dá respostas a seus problemas econômicos, tem como objetivo a satisfação máxima das necessidades, que são ilimitadas, sendo estas individualmente e socialmente com base no consumo de bens de serviços. De acordo com Donegá, (p.13, 2011) “a economia é a ciência que estuda o homem enquanto ser social inserido em um ambiente de escassez; por esse motivo, pode ser considerada como uma ciência social aplicada.” Na economia tudo está pautado na busca por produzir o máximo de bens e serviços com os recursos limitados disponíveis, pois, não é possível a produção de uma quantidade infinita de cada bem, capaz de satisfazer completamente aos desejos humanos. Uma vez que os nossos desejos materiais são insaciáveis, e os recursos produtivos, escassos, não podemos ter tudo o que desejamos e, portanto, é imprescindível que o homem faça escolhas. A escassez só existe se houver demanda para a obtenção do bem e para isso é necessário que o bem ou serviço atenda uam necessidade humana, ou seja, sendo útil. Diante disso Donegá, (p.13, 2011) afirma que “o problema econômico fundamenta-se na ideia da escassez; logo, é necessário ser definido: o que produzir, como produzir e para quem produzir.” Não é possível estabelecer um conceito da necessidade humana, pois é muito relativo dependendo de cada um e do ambiente onde está inserido. Diante disso pode-se classificar as necessidades como necessidade básica e secundaria, a necessidade básica consiste em algo indispensáveis para nossa sobrevivência ou sem as quais nossa vida será insuportável, exemplo a alimentação, saúde, habitação, vestuário entre outros. As necessidades secundárias são os desejos do ser humano de acordo com o convívio social, como por exemplo educação, transporte, lazer entre outros. 11 Diante da economia estão as decisões de o que, quanto, como e para quem produzir de forma eficiente, num contexto de necessidades ilimitadas, mas com recursos produtivos e tecnologia limitada, é necessário que a sociedade se organize nesse ambiente. A base de um sistema econômico são a produção, o consumo e as trocas. O sistema econômico é a maneira como a sociedade organiza sua produção, distribuição e consumo de bens e serviços, para que seja alcançado, nessa sociedade, o maior nível de bem-estar possível. Essa organização envolve tanto a dimensão econômica, como também a dimensão social e política de uma sociedade (DONEGÁ, p. 22, 2011). Um sistema econômico, não é escolhido pela sociedade, e sim um fruto de um processo histórico de lutas, guerras, disputas de interesses, que acabam definindo a forma de a sociedade se organizar social, política e economicamente tornando-se assim um conjunto de relações técnicas, básicas e institucionais. De acordo com Donegá, (2011) o sistema econômico possui três tipos: Economia de mercado ou capitalista: a base desse sistema econômico é a propriedade privada dos bens de produção e do capital, em que predomina a livre-iniciativa. Economia socialista ou planificada: nessa economia, as decisões sobre o que, quanto, como e para quem produzir são determinadas por órgãos de planejamento do governo, e não pelo sistema de preços e pela concorrência intercapitalista. Economia mista: surge a partir da década de 30 do século XX, quando ainda prevalecem a livre- iniciativa, a propriedade privada e as forças de mercado, mas há grande participação do Estado não apenas na produção de bens e serviços, mas também na alocação e na distribuição de recursos. O Estado também atua nas áreas de infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações (DONEGÁ, p. 23, 2011). No Brasil, o sistema utilizado é o de mercado. Numa economia de mercado, os preços dos produtos a serem vendidos são, em geral, estabelecidos pela livre concorrência entre os produtores e os consumidores e pelo mecanismo de preços, quando há compra e venda tanto de bens e serviços, como de fatores de produção. Diante disso, pode-se considerar que o mercado é toda instituição social na qual bens, serviços e fatores de produção são trocados livremente, troca esta mediada pela moeda. Para analisar o sistema econômico, podemos nos concentrar no estudo das unidades familiares e produtivas, ou podemos trabalhar com os grandes agregados. Nesse sentido, sobretudo por razões didáticas, costuma-se dividir a economia em três ramos de estudo fundamentais: microeconomia, macroeconomiae desenvolvimento econômico (DONEGÁ, p. 29, 2011). 12 A microeconomia estuda a formação de preços em mercados específicos, ou seja, estuda como consumidores e empresas se relacionam no mercado, por meio da ação conjunta de oferta e demanda, e definem os preços para que as necessidades tanto dos consumidores quanto dos produtores ao mesmo tempo. A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto, ocupando-se da determinação e do comportamento dos grandes agregados nacionais. O sistema macroeconômico tem como objetivo oferecer uma visão simplificada da economia, que forneça condições para o conhecimento e a atuação sobre o nível de atividade econômica de um país, pelas políticas governamentais levando em consideração o equilíbrio estável entre a renda e a despesa nacionais e com as políticas econômicas de intervenção que procuram estabelecer esse equilíbrio, além de se preocupar com o estudo da economia internacional. O desenvolvimento econômico discute medidas que devem ser adotadas pelos países a longo prazo, para que uma sociedade obtenha um crescimento econômico equilibrado, autossustentado e com uma distribuição de renda mais equitativa, busca, portanto, entender como se processa a acumulação de recursos escassos e a geração de tecnologia, o que resultaria no aumento da produção de bens e serviços para a sociedade. Para analisar um mercado específico, a microeconomia parte da hipótese de que tudo o mais permanece constante, também conhecida como Coeteris paribu. Ao adotar essa hipótese, pode-se estudar um mercado específico selecionando apenas as variáveis, cuja influência sobre consumidores e produtores desejamos analisar nesse mercado, independentemente da influência de outros fatores ou de outros mercados. Diante disso, busca-se a maximização da produção e a minimização de custos nas empresas. Uma empresa escolhe o que e quanto produzir em função dos preços e das preferências dos consumidores, sendo que o empresário produz um bem para vender no mercado. A teoria microeconômica procura, portanto, explicar como se determinam os preços dos bens e serviços e dos fatores de produção. Todos os bens e serviços são demandadas porque seu consumo proporciona algum prazer ou a satisfação de alguma necessidade dos consumidores, o valor de um bem é formado pela satisfação que proporciona ao consumidor, e não pelo custo do trabalho embutido nesse bem. Logo, o valor de um bem se forma por sua demanda. 13 A oferta exprime o comportamento dos produtores, mostrando o quanto esses empresários estão dispostos a vender a um determinado preço, as diferentes quantidades que os produtores desejam vender no mercado em determinado período de tempo constituem a oferta. Num mercado competitivo, com um grande número de produtores e consumidores, a competição faz com que o mercado tenha uma tendência natural para chegar a um equilíbrio. Essa é a essência do funcionamento do mecanismo de oferta e demanda num mercado livre e concorrencial. Para que o equilíbrio seja atingido, não poderá haver interferência nem do Estado, nem de oligopólios, pois eles impediriam o ajuste natural dos preços ao sabor das forças de mercado. É preciso ter em mente que os mesmos fatores que deslocam as curvas de demanda e oferta podem afetar o equilíbrio do mercado, elevando ou reduzindo preços e quantidades de equilíbrio (DONEGÁ, p. 45 2011). A macroeconomia preocupa-se com as grandes questões econômicas que determinam o nosso bem-estar, o de nossas famílias e o de todos da sociedade, estuda o comportamento global do sistema econômico, não se detendo meramente na análise do comportamento individual das unidades econômicas. O aumento do nível de vida e do emprego está ligado ao crescimento econômico, na medida em que ele representa um processo sustentado ao longo do tempo, cujos níveis de atividade econômica aumentam constantemente. O crescimento econômico é a elevação do produto real da economia durante certo período de tempo sem haver mudanças estruturais ou na distribuição de renda, nem preocupações com a sustentabilidade desse crescimento. A ideia de crescimento econômico é recente, o capitalismo e as mudanças tecnológicas, trazendo a acumulação de capital, alteraram de forma radical as estruturas da sociedades. Já o desenvolvimento econômico engloba não apenas a expansão do produto real da economia, mas implica também mudanças significativas na estrutura produtiva e social, com melhoria nos indicadores sociais e na distribuição de renda. Embora esteja passando por um momento de crise, provocada principalmente por problemas políticos, o Brasil ainda apresenta uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados (BLOOMBERG, 2017). 14 Após enfrentar a pior recessão da história, a retomada do crescimento brasileiro neste ano é um modelo frente às economias globais de acordo com a Bloomberg (2017), considerando a aceleração do crescimento em meio à recuperação da pior recessão do País em um século, cita a alta das commodities como um dos fatores que irá ajudar na recuperação da economia. Segundo Gouveia (2013 p. 1): A indústria de alimentos brasileira, responsável por quase 15% do faturamento do setor industrial e por empregar mais de 1 milhão de pessoas, tem conseguido seguir as tendências internacionais na área de produção, mas ainda precisa desenvolver trajetórias mais consistentes na área de inovação. De acordo com a FIESP (2016) Federação da Indústria do Estado de São Paulo o cenário Econômico de 2017 está em lenta recuperação após um longo período de recessão são muitos desafios e fraco crescimento. A FIESP classificou alguns fatores que está limitando a velocidade da recuperação em 2017: Crescimento global moderado, continuidade da deterioração do mercado de trabalho, elevado nível de endividamento das famílias e empresas, desfavorável dinâmica das contas públicas e moderado ciclo de afrouxamento monetário. A figura 1 apresenta um senário de projeções. Figura 01: Projeções PIB Ótica da Oferta. Fonte: IBGE, Fiesp e Secex-MDIC. Projeções: Depecon-Fiesp. 15 A tendência de recuperação da indústria perdeu fôlego no segundo semestre o ritmo de recuperação deverá ser mais lento do que o observado em ciclos recessivos anteriores. Figura 02: Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Fonte: IBGE. Elaboração: Depecon-Fiesp. Diante do senário econômico do Brasil atualmente, levando também em consideração as condições políticas do pais, observasse que todos em âmbito geral estão passando por dificuldades de estabilidade econômica empresarial e pessoal. A Laticínio Rio Brando como já mencionado é uma empresa de pequeno porte, com uma linha de produção pequena comparada as demais empresa, no entanto de acordo com o gestor a empresa não foi afetada diretamente por essas crises contudo ressalta que o momento é de alerta constante e muito trabalho. 16 4. RECURSOS DE MATERIAIS E PATRIMONIAIS A visão de uma empresa tem que ser como um conjunto de partes em busca de um objetivo comum, essa é a definição mais simples para sistema. As partes buscam um objetivo comum a ser alcançado. Sendo a empresa um sistema, não se pode apontar qual é a parte mais importante. Em outras palavras, as partes de uma empresa são os departamentos, e cada departamento deve contribuir para que o sistema macro (empresa) alcance seus objetivos. Cada setor tem seu papel e o objetivo geral seráalcançado se cada um fizer a sua parte. (CAVALEIRO, pg. 10, 2017) Diante dessa visão dinâmica da empresa podemos considerar que não funciona de maneira simples, o processo é bem complexo. Uma empresa existe para comprar, produzir, vender e receber, iniciando o ciclo novamente, claro, toda esta operação terá um custo, assim como terá uma receita, essas etapas citadas estão presentes em todos os recursos existentes em uma organização. Desenvolver uma pesquisa sobre a organização e os procedimentos dos recursos materiais, patrimoniais, humanos, financeiros e tecnológicos utilizados pela empresa, recurso é tudo aquilo que gera ou tem a capacidade de gerar riqueza, no sentido econômico do termo (MARTINS, 2006). A gestão desses recursos escassos tem sido a preocupação dos gestores ligados direta ou indiretamente às atividades produtivas, tanto na produção de bens tangíveis quanto na prestação de serviços. Recursos materiais são os itens que uma empresa utiliza em suas operações do dia a dia, na elaboração do produto final ou na execução da sua atividade principal, para melhor gerenciamento esses recursos podem ser classificados em: matéria prima são os materiais que se incorporam ao produto final, inclusive as embalagens; materiais auxiliares são os itens que não se incorporam ao produto final, mas são essenciais para que eles existam; produtos em processo materiais que ainda não são produtos acabados, mas não são mais matéria-prima; produtos acabados são os materiais que agora já são produtos prontos para serem vendidos ou entregues aos clientes (CAVALEIRO, pg 16 2011). A administração de materiais tem como base de trabalho a responsabilidade de manter o material certo, na quantidade certa e na hora certa, para ser vendido ou utilizado. Qualquer falha que ocorra nessa operação pode comprometer o bom 17 funcionamento da empresa, pois o objetivo não é só produzir e vender, mas produzir e vender da melhor maneira possível. De acordo com Ballou (1993) a administração de materiais visa à garantia de existência contínua de um estoque, de modo que nunca falte algum dos itens que o compõem, sem que ele se torne excessivo o investimento total. Portanto, a administração de materiais é uma função que tem como responsabilidade coordenar o planejamento e controlar o fluxo de materiais, o que se refere à movimentação dos itens em sua entrada e saída. Esse processo se inicia no fornecedor, passa pela produção e chega ao consumidor. De acordo com Pozo (2010) a administração de materiais é responsável por dirigir, planejar, organizar e controlar a produtividade e funcionamento de todos os recursos envolvidos no serviço. E assim direcionar a quantidade de material que deverá ser comprado, assim como quanto pagar, quanto tempo deverá chegar ao destino e à qualidade do produto que será oferecido, armazenagem adequada, evitando desperdícios financeiros e de tempo. Segundo Viana (2009) a função primordial da administração de materiais é determinar quando e quanto adquirir para que seja feito a reposição do estoque da empresa. Para que haja um controle eficaz desse estoque é necessário que a empresa se relacione com finalidade conjunta de manter seus estoques de maneira que a gestão, compras e armazenagens sejam vistas como um sistema. Ao setor de compras cabe à busca de minimização de custos, sem que faltem materiais necessários para a produção, tendo posicionamento frente aos seus fornecedores, mantendo relacionamentos e fidelizando o fornecedor, que proporcionem benefícios em longo prazo para a organização. “Compras é um segmento essencial do Departamento de Materiais ou Suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenagem” (DIAS, p. 271, 2010). Conforme Baily, Farmer, Jessop e Jones (2009) as principais característica que definem a função de compras são: Suprir a organização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender a suas necessidades; 18 Assegurar continuidade de suprimento para manter relacionamentos efetivos com fontes existentes, desenvolvendo outras fontes de suprimentos alternativas, ou para atender a necessidades emergentes ou planejadas; Comprar eficiente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor valor por centavo gasto; Administrar estoques para proporcionar o melhor serviço possível aos usuários e ao menor custo; Manter relacionamentos cooperativos sólidos com outros departamentos, fornecendo informações e aconselhamentos necessários para assegurar a operação eficaz de toda a organização; Desenvolver funcionários, politicas, procedimentos e organização para assegurar o alcance dos objetivos previstos. Segundo Viana (2009) para que a compra seja efetuada com excelência, é preciso que siga o ciclo de compras, que consiste no processo de receber e analisar o pedido de compra, que contem especificada a quantidade, marca e data para que a mercadoria esteja em posse da empresa, onde a empresa analisa o departamento que solicitou o pedido, se realmente é preciso que seja feito a compra naquele determino momento. De acordo com Martins e Laugeni (1998) por ser uma atividade responsável pela maior fatia do Capital de Giro de uma empresa, comprar bem é tão importante quanto produzir e vender. As funções são: Conhecer o mercado, conhecer o nível de estoque, manter atualizado o cadastro de fornecedores e estar em sintonia com as áreas de produção, vendas e finanças da empresa. Preços – pesquise, compare e negocie sempre para reduzir os custos dos produtos, ter um bom preço para o cliente e vender com certa margem de lucro. Qualidade – conheça as exigências de seus clientes e compare o que melhor se adapte a eles; procure melhorar os produtos, evite desperdícios; conferir os produtos nos detalhes e especificações; Quantidade – Conheça os estoques mínimos e máximos, compre mais vezes em menos quantidade, evite ao máximo estoques. Prazo de pagamento – o prazo de pagamento deverá ser superior ao giro dos estoques e maior que o prazo de recebimento das vendas. 19 Seleção de fornecedores – tenha no seu fornecedor um parceiro, onde atende os requisitos de prazo, valor, confiabilidade e qualidade. Conceito de Logística: coordena a estocagem, o transporte, o inventário das informações e entrega de produtos acabados. O ciclo da administração de materiais é ilustrado abaixo. Um gestor deve ter visão generalista, enxergando as operações da empresa como um todo, percebendo que nunca terá somente uma regra. Assim, a flexibilidade para lidar com custos será muito importante. Uma vez que não temos como prever a necessidade de materiais, a formação de estoque é a peça‑chave dessa forma a formação de estoques é essencial para atender à demanda. O objetivo seria o equilíbrio, mas é necessário observar que a necessidade de manter estoque acarreta uma série de custos às empresas. A compra gera um recebimento, que envolve custo. Os itens recebidos geram necessidade de espaço para estocagem consequentemente essas operações geram custos. Como uma empresa vive em regime de competitividade, a ideia é ter estoques que garantam o atendimento das operações com os menores custos possíveis. A empresa estuda utiliza apenas de conhecimento empírico para o controle de matérias, que é realizado pelo auxiliar administrativo e gestor, através de uma planilha manual onde é anotado as aquisições de matérias primas, os contatos fornecedores econtrole de custos. Por se tratar de uma indústria alimentícia de produtos perecíveis não possui uma grande gama de estoque. No entanto, diante dessa necessidade o controle de compra de matéria prima tem que ser muito bem calculado juntamente com as informações dos processos de transformação a indústria operacional. O controle de estoque da matéria prima perecível e fundamental que é o leite, é feita através de um cronograma diário de produção e consumo, o gestor possui relatórios que fala quantos litros de leite será utilizado com base nisso ele analisa quanto eles tem, e compra o que falta para o dia seguinte, pois para essa matéria prima tem apenas um reservatório apropriado para armazenagem de 25 litros. Os outros materiais como embalagem, material de limpeza e até mesmo de escritório é adquirido em maior quantidade para que se tenha maiores descontos no processo de compra que nesse caso é realizada mensalmente, com base na quantidade que 20 será produzida. O processo de compra é realizado inicialmente através de cotação de preços levando também em consideração a qualidade do produto, para posteriormente analise ser efetuada a compra. O transporte é sempre realizado pela empresa fornecedora do produto, com valor embutido na compra. O estoque desses produtos não perecíveis fica em almoxarifado da empresa separado conforme tempo de uso e função. O método utilizado para controle é manual levando em consideração apenas os gastos com sistema de refrigeração do produto acabado até a venda. 21 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo realizado na empresa Laticínio Rio Branco tinha como um dos objetivos a aplicação da teoria na pratica pelo pesquisador, onde o mesmo analisou e apresentou sugestões. Outro objetivo era descrever e analisar as medidas desenvolvidas pela empresa, com a visão voltada para matemática aplicada, economia e mercado e analise dos recursos de materiais e patrimoniais. A gestão da matemática aplicada na empresa não tem êxito como explicado anteriormente, então se sugere que pelo menos o gestor se qualifique nessa área com cursos e estudos de caso para assim utilizar dessa metodologia apresentada de forma eficaz. A análise da economia Brasileira encontra - se de difícil acesso pois são muitas especulações para confundir o mercado e sim, de forma que tenha uma mudança positiva. A situações pode até ser difícil mais certamente com esforços políticos e sociais irá se regularizar logo. Conclui-se que muitas das vezes as empresas não têm conhecimento adequado na área de compras, pois o que leva em consideração é o conhecimento empírico. Ao setor de alimentos cabe a busca de conhecimento sobre as normas exigidas para funcionamento, visto que a empresa necessita estar de acordo com o exigido, a fim de não prejudicar a saúde do seu cliente. Em relação a compras de alimentos, pode-se extrair que não há exigência de compras em grande lote, pois o controle de validade deve ser continuo, sendo assim feitas semanalmente de acordo com a demanda diária, que é avaliada através da experiência que se adquiriu no decorrer do tempo de vida da empresa. Como sugestão foi proposto para empresa fazer uma planilha que contenha todos os produtos comprados e valores, para que esse custo seja embutido no produto final de forma justa e coerente. E também elaboração de um projeto que contemple todo processo de compra para que posam analise e localizar possíveis gargalos. 22 6. REFERÊNCIAS BAILY, P. [et al.]. Compras: princípios e administração. São Paulo: Atlas, 2009. BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição. São Paulo: Atlas, 1993. BLOOMBERG. Economia brasileira é "modelo" de crescimento. Publicado em < http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/03/economia-brasileira-e- modelo-de-crescimento-diz-bloomberg> acessado em 08 de junho de 2017. CAVALEIRO, Jean Carlos. Recursos Materiais e Patrimoniais. São Paulo: Editora Sol. 2011 COSTA, W.R. PHARMA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO. Ananindeua, 2010. DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010, ed. 5. DONEGÁ, Vanete Lopes. Economia e Mercado. São Paulo: Editora Sol, 2011. FIESP, Federação da Indústria do Estado de São Paulo. Cenário Econômico 2017: Lenta recuperação após um longo período de recessão. Publicado dezembro 2016. Acessado em < http://www.fiesp.com.br/indices-pesquisas-e- publicacoes/cenario-economico-2017/> no dia 5 de junho 2017. GOUVEIA, F. Indústria de alimentos: no caminho da inovação e de novos produtos, 2013. MARTINS, P. G.; Laugeni F. P. Administração da Produção. Ed Saraiva, 1998, 443 p. POZO, H. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010, ed. 6. QUEIROZ, E.J.O. C.C. Silva – Clínica Médica e Laboratório. Santa Maria da Vitória, 2013. SIQUEIRA, J.S. Economia e Mercado, Recursos Materiais e Patrimoniais e Matemática Aplicada. POLO PIMENTA BUENO, 2012. VIANA, J. J. Administração de Materiais: Um enfoque prático. ed. 9.São Paulo: Atlas, 2009.
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