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Evolução Histórica dos Programas de Assistência à saúde no Brasil Profª MSc Flávia Dayana • Século passado - Brasil atuava somente em situações de epidemia. EPIDEMIA: – 1.med doença de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. – 2.med surto periódico de uma doença infecciosa em dada população e/ou região."e. de caxumba" • 1902 - Programa de combate a febre amarela em SP – Programa de Saneamento no RJ; Portos e estradas. • 1920 – Oswaldo Cruz – Criação de sistema de saúde pública – voltado para problemas sanitários – ‘Campanhas Sanitárias”, combater epidemias urbanas e rurais. Encarceramento de doentes – “Revolta da Vacina”. • 1923 – Concreta atuação do governo; - Saneamento urbano e rural - Propaganda sanitária - Higiene infantil, industrial e profissional - Supervisão e fiscalização de portos - Combate a endemias rurais. • 1923 – Lei Elói Chaves – Criação da Previdência Social – Caixa de Aposentadorias e Pensões – CAPs. IAPs – Participação ativa do estado. • Indivíduo custeava sua saúde. • 1931 – Criação do Ministério da Saúde e Educação. • Até meados de 1960 – Governo Vargas – Legislação trabalhista; dicotomia entre saúde pública e assistência médica. • INPS – Instituto Nacional de Previdência Social; prestação de serviços médicos e seguro social; situação de exclusão, quem não era trabalhador, não era contribuinte da previdência. • Complexo previdenciário: 1- Próprio (rede de hospitais) 2- Contratado credenciado (sistema de pagamento por unidade) 3- Contratado conveniado (sistema de pré - pagamento) INAMPS –Instituto Nacional de Assistência Médica Social; privilegiando as instituições privadas. • Adoção de práticas curativistitas e tecnicistas, visando lucros. • 1964 – Reforma Sanitária, confronto do modelo conservador, com reformador. • 1980 – Falência do INAMPS. • Constituição Federal 1988 – Saúde passou a ser direito universal, 8ª Conferência Nacional de Saúde. • 1990 – Criação do SUS – visando garantia de saúde aos brasileiros. • 1991 – Criação do PACS. • 1994 – Criação do PSF, em conjunto com PACS. O que é Saúde Coletiva? • É a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover a saúde física / eficiência do indivíduo através de esforços organizados da comunidade visando o saneamento do meio ambiente, combate das doenças transmissíveis que ameaçam a coletividade. Conceito de Saúde • A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. • Saúde é o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o seu meio ambiente. • Saúde é o processo no qual o ser humano passa por múltiplas situações, que exigem do seu meio interno um trabalho de compensações e adaptações sucessivas. • Direito de todos e dever do estado. Saúde como direito A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Artigo 196 da Constituição Federal do Brasil, 1988) Determinantes sociais de saúde (dss) • Determiantes sociais da saúde são as condições econômicas e sociais que afetam a saúde. • Virtualmente todas as doenças mais comuns são primariamente determinados por uma série de fatores socio-econômicos que aumentam ou diminuem o risco de contrair tal doença, em particular, doença cardiovascular e diabetes tipo II. • Tal entendimento, compreende saúde como “resultante da determinação social” – pobreza, desemprego, habitação precária e demais desigualdades econômicas e sociais, ou seja, resultante da forma de organização da sociedade). SUS ESF NASF PSE • Modelos de Políticas Públicas de Saúde no Brasil e no Mundo: • Estrategia Saúde da Familia (ESF) foi implantado em 1994. (Modelo de Politica Publica de Saúde Cubana). • NASF (Núcleos de Apoio à Saúde da Família) a inserção do ESF tem amparo legal. • PSE (Programa Saúde na Escola) foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286. SUS Universalização Descentralização Participação social Integralidade Equidade Regionalização Princípios básicos do SUS • No processo SAÚDE-DOENÇA temos que: Olhar o individuo através de uma visão holística; Vê-lo como um todo, não somente como “corpo doente ou são”, mas, “biopsicossocial”. • História Natural da doença: 1- Evolução Aguda: Rapidamente, fatal. Ex: Raiva 2- Evolução sem alcançar e limiar clínico: Desapercebido, só comparável a exames laboratoriais. Ex: Hepatite anictérica. 3- Evolução Crônica: Que se exterioriza e progride para o êxito letal após longo período. Concepções de história natural • Natural sem intervenção do homem • Modificar: Prevenção, curativa • Enfoque: Demanda espontânea • Visão da doença: • Investigações clínicas, produzem informações sobre a evolução de um evento • Comunidade: Busca ativa de pacientes na comunidade através de inquéritos populacionais. Fases da história natural ou doença 1- Inicial (ou susceptibilidade) • Não há doença propriamente dita. • Existe condições que favorecem seu aparecimento. • Não apresentam o mesmo risco de adoecer. • As pessoas não nascem iguais nem vivem iguais. • Atributos ou hábitos que facilitam ou dificultam. • Marcações de risco: estado fisiológico normal, ocupação profissional, gestação, lactação 2- Patologia Pré - Clínica • Ausência de sintomatologia. • Início do processo até o aparecimento de sintomas ou sinais da doença. • Detecção precoce: probabilidade êxito maior. • Associar ambiente e caracterização de pessoas com o aparecimento de doença. 3- Fase Clínica • Ao manifestar-se clinicamente, a doença já se encontra em estágio avançado. • Varia: natureza da doença, característica do ambiente, condições de observação, capacidade do observador, tecnologia empregada. 4- Fase de Incapacidade Residual • As alterações anatômicas e funcionais se estabilizam sob efeito terapêutico. • As medidas de reabilitação são de cunho físico, psicológico ou social, visam o desenvolvimento do potencial residual da pessoa afetada, ou seja, da capacidade funcional que lhe restou após estabilização clínica. Etiologia e Prevenção 1- Fase Pré – Patológica: É anterior a resposta biológica inicial do organismo. Prevenção dos agravos à saúde ocorre pelo conhecimento: causa de origem; características dos agentes, fatores envolvidos, intensidade das exposições, susceptibilidade do organismo. 2- Fase patológica: Processos ocorrem no interior do corpo humano e que se sucedem a partir da resposta orgânica inicial, os quais são responsabilizadas pela exteriorização de afecção. • Prevenção se faz conhecendo as situações mais frequentes, os principais fatores de risco envolvidos e a eficácia das diversas formas de intervenção preventivos. • São aquelas utilizadas para evitar as doenças ou suas consequências. • Ex: cloração da água, pasteurização do leite, imunização, educação em saúde. Classificação: • Inespecíficas: Gerais, amplas, bem–estar das pessoas• Específica: Restrita, dano à saúde em particular. • Prevenção Primária: Aplicadas na fase anterior, ao início biológico da doença, evitar novos casos de agravos á saúde. • Prevenção secundária: Aplicadas quando a doença está progredindo “prevenção as evoluções”. • Prevenção Terciária: Visão a desenvolver a capacidade residual do indivíduo, cujo potencial funcional foi reduzido pela doença. Ex: AVC Ações de saúde e níveis de prevenção 1- Promoção da saúde (manter bem-estar) - Educação Sanitária - Alimentação e nutrição adequada - Habitação adequada - Emprego e salários adequados - Condições para satisfação das necessidades básicas do indivíduo. 2- Proteção Específica (Impedir afecções) - Vacinação - Exames - Quimioprofilaxia - Fluoretação da água - Eliminação de exposição a agentes carcinogênicos 3- Diagnóstico e Tratamento Precoce - Rastreamento - Exame periódico de saúde - Procura de casos entre contatos - Auto – exame - Intervenções médicas ou cirúrgicas precoce 4- Limitação do dano - Acesso facilitado a serviço de saúde - Tratamento médico ou cirúrgicos adequados - Hospitalização em função das necessidades 5- Reabilitação - Terapia ocupacional - Treinamento do deficiente - Melhores condições de trabalho para deficientes - Prótese e órteses Controle do meio ambiente • Controle de vetores por competição biológica • Vigilância de alimentos • Eliminação de vetores • Meio Social: Provisão de empregos, habitações, meios de transporte, escolas, áreas de lazer e outras necessidades básicas. Perguntaram a Dalai Lama o que mais o surpreendia nos homens, e ele respondeu: O que mais surpreende é o homem, pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por não viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido. Dalai Lama
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