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O cientificismo de Capistrano o fará reinterpretar a história brasileira dando destaque não mais ao Estado Imperial, mas sim, ao povo e a sua formação étnica. A sua contribuição é uma referência do que se transformaria na concepção moderna de história, se apoiava em documentos que até então não eram privilegiados. A abordagem de Capistrano vai por em destaque temas sobre o cotidiano, a intimidade, procurando ressaltar a individualidade e a singularidade das ações humanas. Capistrano é um historicista e recusa o positivismo. Ele elaborou uma interpretação do Brasil que traz à tona a temporalidade histórica brasileira, por meio da valorização do seu povo, de suas lutas, dos seus costumes, da miscigenação, e da geografia brasileira. Capistrano fará do povo brasileiro o sujeito da sua história. Capistrano foi procurar as identidades do povo brasileiro, não no  português ou no Estado Imperial e nas suas elites luso-brasileiras. Sua obra de 1907, Capítulos de História Colonial, não faz uma história somente político-administrativa, mas buscava a complexidade dos fenômenos humanos. Ao historiador cabe a recriação da vida cotidiana. Valorizou o conceito de “cultura” no lugar do conceito de “raça” e por isso pode ser considerado um precursor de Gilberto Freyre e de Sérgio Buarque de Holanda. Capistrano buscou valorizar a contribuição da cultura indígena, pondo em destaque o Brasil mameluco e sertanejo mais do que mulato e litorâneo. Foi adentrando o território brasileiro que o colonizador se transformou e plasmou uma identidade propriamente brasileira.

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