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TÉCNICAS HISTOPATOLÓGICAS I PROFª. THAISE CAVALCANTI CD – PATOLOGISTA BUCAL UNIVERSIDADE NILTON LINS CURSO DE ODONTOLOGIA PATOLOGIA GEERAL Técnica Histopatológica Análises por: Exames Citológicos(CT) Anatomopatológicos: •Peças Cirúrgicas (PC) •Biópsias Tipos de Biópsia •Via endoscópicos •Curetagens •Por Agulha fina ou grossa •Por congelação •PorTrepanação •Por Aparelhos especiais (colposcopia, ultrasonografia. Necrópsias (N) Exames Citológicos Analisa as células individualizadas, descamadas, expelidas ou retiradas da superfÌcie de órgãos de diferentes partes do organismo; Importante meio de diagnóstico; Exames Citológicos Finalidades: Neoplasias; Agentes infecciosos; Agentes parasitáios. Exames Citológicos Coletores: Swab Espátulas cervicais de Ayre Escovas cervicais Exames Citológicos A natureza da amostra (líquida, pastosa ou sólida) irá definir a forma de coleta e preparo do material; Exames Citológicos 2. Fixação: Objetivo: preservar a morfologia celular e a composição química das células após a sua retirada do organismo; ÁCOOL ETÍLICO 95% Exames Citológicos Coloração universal dos esfregaços: PAPANICOLAU Exames Citológicos Classificação de Papanicolau: Classe 0 material inadequado ou insuficiente para diagnóstico (repetir colheita); Classe I normal; Classe II presença de atipias celulares, porém não associadas a malignidades. Refere-se em geral a processos inflamatórios; Classe III esfregaço duvidoso para malignidade; Classe IV esfregaço sugestivo mas não conclusivo de malignidade; Classe V esfregaço positivo para malignidade. Técnicas Histopatológicas CITOLOGIA E BIÓPSIA Obtenção de células superficiais X Remoção de fragmento de tecido Conceito “A biópsia consiste num procedimento cirúrgico em que uma parte de lesão ou a lesão completa é removida e examinadas as suas características histológicas”. Lorandi (1977). Conceito “A biópsia é a remoção de tecidos do organismo vivo, com o propósito de seu exame histológico para fins de diagnóstico”. Shafer et al. (1985) Conceito “Com o nome de biópsia se conhece o procedimento usado para a extirpação de um fragmento vivo de tecido, com o objetivo de realizar seu estudo histológico, em oposição à necropsia, que estuda tecidos de indivíduos mortos”. Grinspan, 1977. Fidelidade da Histopatologia ¨Uma biópsia incisional adequada, obtida de uma região representativa da lesão, fornece mais de 98% de diagnóstico preciso, quer a lesão seja maligna ou não, quando as técnicas cirúrgicas e laboratoriais são bem empregadas¨. Warren (1969) Indicações (Kerr, 1977) 1. Qualquer úlcera que não apresente evidências de cura dentro de um período de 3 semanas. 2. Qualquer tumefação suspeita de neoplasia. 3. Qualquer lesão hiperceratótica persistente 4. Qualquer tecido expelido espontaneamente de uma cavidade. 5. Qualquer lesão intra-óssea que não tenha sido positivamente identificada através de radiografias. 6. Qualquer tecido retirado cirurgicamente. 7. Quando há suspeita de câncer obrigatória realização de biópsia para confirmação ou exclusão da presença de malignidade. 8. Quando uma informação adicional é necessária para distinção de alguma condição específica com manifestações clínicas semelhantes para várias doenças. 9. Em lesões clinicamente diagnosticáveis (mucoceles, fibromas, hiperplasias e doenças periodontais) e o tratamento é a remoção cirúrgica do tecido, o exame microscópico pode confirmar o diagnóstico ou revelar uma doença que não foi suspeitada pelo clínico. Indicações (Lorandi, 1977) 1. Nas lesões ósseas não devemos confiar apenas nas características imagenológicas, pois estas induzem a erros diagnósticos com maus resultados terapêuticos. 2. Apesar da consagração da biópsia como valioso meio de diagnóstico, alguns não lhe dão a verdadeira importância, realizando intervenções cirúrgicas de vulto sem a prévia e obrigatória biópsia das lesões a serem tratadas. 3. Biopsiar as lesões deve ser um ato de rotina, pois dela pode depender o sucesso do tratamento e a vida do paciente. Princípios Gerais O material deve ser retirado de uma área ideal em que o patologista receba a peça em condições adequadas para o exame microscópico (Kerr, 1977). Princípios Gerais (Tiecke, 1960) Pequenas lesões remoção completa da lesão (biópsia excisional) material mais adequado. Grandes lesões remoção parcial da lesão material retirado da área mais acessível e que represente a porção característica da lesão. As incisões devem ser profundas e estreitas ao invés de largas e superficiais. Material de superfície das lesões tecido necrótico e não representa o caráter mais profundo e mais típico da lesão. Quando várias lesões estão presentes, o material deve ser retirado da porção mais representativa. Nas lesões intra-ósseas, a cortical deverá ser removida juntamente com o material obtido por curetagem. Princípios Gerais (Tiecke, 1960) Tomar todas as precauções nas biópsias de lesões vasculares, como o hemangioma hemorragia intensa. Ter cuidado especial ao se extirpar uma lesão pigmentada melanoma Dar um informe imagenológico Nas lesões intra-ósseas, a cortical deverá ser removida juntamente com o material obtido por curetagem. Colocar imediatamente o tecido removido em um frasco de boca larga que contenha uma quantidade suficiente de formol à 10% evitar que o tecido se desidrate, antes de coloca-lo na solução de formol. Princípios Gerais (Kerr,1977) Rejeitar como definitivo um informe negativo de uma lesão suspeita de malignidade. Repetir a biópsia. Evitar o uso de cautério. Proporcionar uma história clínica completa e exata incluindo tempo de evolução, tamanho, forma, localização da lesão, aspectos cirúrgicos e comportamento clinico. Características de Lesões com Suspeita de Malignidade • ERITROPLASIA – Lesões vermelhas ou avermelhadas. • ULCERAÇÃO – lesão com presença de úlceras. • DURAÇÃO – Lesões que persistem por mais de 2 semanas. • CRESCIMENTO – Rápido crescimento. • SANGRAMENTO – Sangramento ao toque. • ENDURECIMENTO – Lesão e tecido circunjacente firmes ao toque. • FIXAÇÃO – lesões firmemente fixadas aos tecidos adjacentes. Tipos de BIÓPSIA 1. Aspiração por agulha fina – PAAF 2. Biópsia Incisional 3. Biópsia Excisional PAAF Agulha e seringa para remover uma amostra de células ou conteúdo de uma lesão. A incapacidade de retirar fluido ou ar indica que a lesão é provavelmente sólida PAAF INDICAÇÕES: • Determinar a presença de fluído em uma lesão • O tipo de fluido presente • Exploração de lesões intra-ósseas PAAF PROCEDIMENTO: Uma agulha de calibre 18é ligada a uma seringa de 5 ou 10 ml e é inserida no centro da massa através de um pequeno orifício na lesão. A ponta da agulha pode necessitar de ser posicionada em múltiplas direcções para localizar um potencial centro de fluido. O material retirado durante a biópsia de aspiração pode ser submetido para exame patológico e / ou cultura. PAAF RESULTADOS: A incapacidade de retirar fluido ou ar indica que a lesão é provavelmente sólida. Uma lesão radiolúcida na mandíbula que produz fluido cor de palha na aspiração é mais provável uma lesão cística. Se o exsudato purulento (pus) for retirado, então um processo inflamatório ou infeccioso deve ser considerado. PAAF RESULTADOS: A aspiração do sangue pode indicar uma malformação vascular dentro do osso. Qualquer lesão radiolúcida intraóssea deve ser aspirada antes da intervenção cirúrgica para descartar uma lesão vascular. BIÓPSIA INCISIONAL Remoção de PARTE da lesão Representativa Em lesões largas ou com diferentes áreas deverão ser removidas varias amostras BIÓPSIA EXCISIONAL Remoção COMPLETA da lesão INDICAÇÕES: • Lesões pequenas, < 1 cm • Aparência benigna • Quando a remoção completa pode ser feita sem resultar em mutilação BIÓPSIA Fixação: Utilizam substâncias químicas capazes de formar reações com os sítios das biomoléculas, estabilizando-as e impedindo a alteração tecidual, tanto química quanto física. Fixação – FORMOL A 10% Mais utilizado; Rápida e boa penetração nos tecidos. Fixação ideal 24 a 48 horas; Água Formaldeido a 40% 90% 10% Fixação Objetivos: Interromper a autólise; Prevenir alterações relacionadas á ação bacteriana (putrefação); Facilitar as reações subseqüentes de coloração. FIXAÇÃO Fatores que influenciam no processo de fixação: Temperatura; Espessura do tecido; Penetração; Tempo de fixação; Relação volume do fixador tamanho do espécime; Estocagem apropriada; Ph do fixador; Concentração dos fixadores. Complicações Hemorragias Infecções Má cicatrização Propagação de células neoplásicas Causas de Insucesso Falta de representatividade do material colhido. Manipulação inadequada do material. Defeitos de fixação. Troca do material (espécime). Falha de informação clínica. Falha de Serviço de Anatomia Patológica. Etapas Cadastro Análise Macroscópica Clivagem Processamento laboratorial (manual ou automático) Análise Microscópica (Microscópio óptico + comum)
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