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Caderno de Embriologia II - Vísceras Torácicas

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1 
 
MORFOLOGIA DAS VÍSCERAS TORÁCICAS 
 
SEÇÃO 1: EMBRIOLOGIA 
 
I. DESENVOLVIMENTO DA CAVIDADE TORÁCICA E TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR: 
 
1. Formação da Cavidade Torácica: 
A Cavidade Torácica é formada a partir do celoma intra-embrionário. É separada da cavidade peritoneal 
pela formação do diafragma. À medida que as paredes torácicas, no embrião, se aproximam uma da outra 
ventralmente, elas incluem: 
Parte do Intestino Anterior Forma o Esôfago, e o Divertículo Respiratório, que dá origem aos órgãos 
respiratórios inferiores. 
 
Tubo Cardíaco Primitivo Forma o Coração. Localizado ventralmente ao intestino anterior. 
Com o crescimento dos pulmões, estes se projetam dorsolateralmente ao coração em desenvolvimento. A 
cavidade pericárdica acaba separada das cavidades pleurais por septos bilaterais derivados do mesoderma interno 
da parede torácica, a membrana pleuropericárdica, que dará origem ao pericárdio fibroso. 
 
 
 
 
2. Formação do Trato Respiratório Inferior: 
Os órgãos respiratórios inferiores (laringe, traquéia, brônquios e pulmões) começam a se formar durante a 
quarta semana do desenvolvimento. O primórdio respiratório é indicado, aproximadamente no 28º dia, por um 
sulco mediano na extremidade caudal da parede ventral da faringe primitiva, o Sulco Laringotraqueal, que se 
desenvolve caudal ao 4º Par de Bolsas Faríngeas. O endoderma do Sulco Laringotraqueal origina o epitélio e as 
glândulas dos órgãos respiratórios inferiores. O tecido conjuntivo, cartilagens e musculatura lisa dessas estruturas 
se desenvolvem do mesoderma esplâncnico que envolve o intestino anterior. 
No final da 4ª semana, o sulco já se evaginou para a formação de um divertículo respiratório, localizado 
ventralmente à faringe primitiva. Pregas traqueoesofágicas longitudinais se desenvolvem no Divertículo 
Laringotraqueal, e, ao se aproximarem, fusionam-se formando o Septo Traqueoesofágico. Este septo divide a 
porção cranial do intestino anterior em uma parte ventral, Tubo Laringotraqueal, e uma parte dorsal, Faringe 
Primitiva. O Canal Laríngeo primitivo é a abertura do tubo laringotraqueal. O Tubo Laringotraqueal cresce 
inferiormente para a formação da laringe e traquéia, e divide-se nos brotos brônquicos. 
 
2 
 
Laringe: 
o As cartilagens laríngeas desenvolvem-se das cartilagens dos 4º e 6º Pares de Arcos Faríngeos. 
o A Epiglote se desenvolve da porção caudal da Eminência Hipofaríngea. 
o Os músculos laríngeos se desenvolvem também a partir dos 4º e 6º Pares de Arcos Faríngeos, e, por isso, 
são inervados por ramos do Nervo Vago (NC X). 
Traquéia: 
o O epitélio traqueal e suas glândulas são derivados do endoderma do tubo laringotraqueal. 
o As cartilagens, tecido conjuntivo e musculatura lisa da parede posterior são formados pelo mesênquima 
esplâncnico que circunda o tubo laringotraqueal. 
Brônquios e Pulmões: 
o O Broto traqueal divide-se em duas tumefações, os brotos brônquicos primitivos, que se diferenciam nos 
brônquios e suas ramificações. 
o O mesênquima esplâncnico circundante dos brotos brônquicos, mais uma vez, origina a musculatura lisa, 
cartilagem, tecido conjuntivo e os capilares pulmonares. 
o Os pulmões, em desenvolvimento, são cobertos por uma camada de mesotélio (pleura visceral), que, pelo 
seu crescimento, entra em contato com a pleura parietal, que reveste internamente a parede torácica. Pelo 
crescimento dos pulmões, a cavidade pleural reduz-se a mera fenda entre as membranas pleurais, 
contendo fina camada de líquido seroso. 
 
Desenvolvimento dos Brônquios e Pulmões 
 
Etapas do Desenvolvimento Pulmonar: 
Período Embrionário (4ª-6ª Semana) Período de formação dos brotos brônquicos e seu crescimento e 
divisão em várias gerações de brônquios menores. 
 
Período Pseudoglandular (6ª-16ª Semana) Os brônquios se ramificam mais e formam os bronquíolos 
terminais. Recebe esse nome pelo aspecto acinoso do tecido 
pulmonar. 
 
Período Canalicular (16ª-26ª Semana) Os brônquios e bronquíolos terminais se expandem e se 
desenvolvem os ductos alveolares, e os pulmões tornam-se 
altamente vascularizados. 
 
Período do Saco Terminal (26ª-36ª Semana) Os ductos alveolares originam os sacos terminais (alvéolos 
primitivos). OS pulmões, neste estágio, já estão suficientemente 
bem desenvolvidos para permitir a sobrevida do feto, em caso de 
nascimento prematuro. 
 
Período Alveolar (até os 8 anos de idade) Estágio final do amadurecimento pulmonar, caracterizado pelo 
aumento do número de bronquíolos respiratórios e alvéolos. 
 
 
 
3 
 
3. Formação do Diafragma: 
O diafragma é uma estrutura composta que se forma a partir de quatro componentes embrionários: 
Septo Transverso Cresce dorsalmente a partir da parede ventrolateral do corpo. Não 
separa completamente as cavidades torácica e abdominal. Encontra-
se uma grande abertura, o canal pericardioperitoneal, a cada lado do 
esôfago. Dá origem ao Tendão Central do Diafragma. 
 
Membranas Pleuroperitoneais Crescem ventralmente e se fundem com o mesentério dorsal do 
esôfago e com o Septo Transverso, fechando os Canais 
Pericardioperitoneais. 
 
Mesentério Dorsal do Esôfago Forma os pilares diafragmáticos. 
Miótomos de Somitos Cervicais (C3-C4) Migração de células mioblásticas a partir de somitos cervicais para a 
formação do músculo diafragmático, acompanhados por sua 
inervação a partir de C3-C4 (Nervos Frênicos). 
 
Como a parede periférica do diafragma se origina das paredes laterais do corpo, é inervada pelos Nervos 
Intercostais, e não pelos Nervos Frênicos (C3-C4). 
 
Desenvolvimento do Diafragma 
 
 
II. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
 
o O desenvolvimento do sistema cardiovascular começa no início da terceira semana do desenvolvimento 
embrionário, a partir da vasculogênese e da angiogênese, que ocorrem no mesoderma extra-embrionário 
do saco vitelino, pedículo do embrião e córion. Dois dias mais tarde, esse desenvolvimento passa a ocorrer 
no embrião. 
o A ausência de quantidade suficiente de vitelo, no ovo e no saco vitelino, “exige” o desenvolvimento de uma 
circulação uteroplacentária. 
 
Vasculogênese e Angiogênese: 
o As células mesenquimais aglomeram-se em ilhotas sangüíneas e diferenciam-se, através de sinais genéticos, 
em células precursoras de células endoteliais (angioblastos). 
o Os angioblastos se achatam e diferenciam-se em células endoteliais, formando cavidades. 
o As cavidades se fundem para formarem vasos (vasculogênese). E esses vasos crescem por brotamento e 
fundem-se com outros vasos (angiogênese). 
o Células sangüíneas primitivas desenvolvem-se a partir de células endoteliais dos vasos (hemangioblastos). 
 
4 
 
o As células mesenquimais adjacentes à parede do vaso diferenciam-se nos elementos musculares e 
conjuntivos do vaso. 
 
 
 
Desenvolvimento do Coração: 
o A formação do coração ocorre na área cardiogênica, localizada anterior à membrana bucofaríngea, antes do 
dobramento do embrião, e posterior a ela, após o dobramento. 
o Células mesenquimais esplâncnicas formam pequenos vasos (os cordões angioblásticos), que se fundem, 
formando os tubos endocárdicos. O dobramento lateral do embrião provoca a fusão dos tubos 
endocárdicos em uma linha média, formando um tubo cardíaco único. Com a fusão, as células localizadas na 
região de encontro dos tubos endocárdicos sofrem apoptose. 
o A partir da fusão dos tubos endocárdicos, começa a diferenciação das células da parede do tubo cardíaco: 
 Tubo Endotelial – Diferencia-se no Endocárdio. 
 Geléia Cardíaca – Tecido conjuntivo gelatinoso que se encontra entre o tubo endotelial e o 
Fusão dos Tubos Endocárdicos 
facilitada pela Geléia Cardíaca 
 
5 
 
miocárdio primitivo 
 Miocárdio primitivo – É formado do mesoderma esplâncnico que circunda o celoma pericárdico.Pericárdio visceral (Epicárdio) – É derivado de células mesoteliais que se originam da superfície 
externa do Seio Venoso e se espalham sobre o miocárdio. 
(COMPARE A ESTRUTURA EMBRIONÁRIA DA PAREDE DO TUBO CARDÍACO COM A ESTRUTURA ADULTA) 
o Segmentos do Coração (em sentido crânio-caudal): 
 Tronco Arterial – contínuo, cranialmente, com o Saco Aórtico (do qual se originam os Arcos 
Aórticos) 
 Bulbo Cardíaco 
 Ventrículo 
 Átrio 
 Seio Venoso – Recebe as veias umbilicais (do córion), vitelínicas (do saco vitelino) e do embrião 
o O Coração se dobra devido a um crescimento mais rápido do Bulbo Cardíaco e do Ventrículo, formando 
uma alça bulboventricular. O Seio Venoso e o Átrio passam a localizar-se dorsalmente. 
o O Mesocárdio dorsal, que prende o coração à parede posterior da cavidade pericárdica, degenera-se em 
sua parte central, formando uma comunicação, o Seio Tranverso do Pericárdio. 
 
Septação do Canal Atrioventricular: 
o Canal Atrioventricular – Comunica o átrio primitivo com o ventrículo primitivo. 
o O crescimento dos “coxins endocárdicos” ocorre a partir da proliferação das paredes dorsal e ventral do 
canal atrioventricular em sua parte mediana, criando um septo que divide o canal atrioventricular, em canal 
atrioventricular direito e canal atrioventricular esquerdo. Esse desenvolvimento ocorre a partir da “geléia 
cardíaca”. 
 
Septação do Átrio Primitivo: 
o O átrio primitivo divide-se pela formação, subseqüente modificação e fusão de dois septos, o Septum 
Primum e o Septum Secundum. 
o Septum Primum – Possui uma forma de meia-lua. Cresce a partir do teto do átrio primitivo, em direção aos 
coxins endocárdicos em fusão, dividindo parcialmente o átrio comum. Conforme o Septum Primum cresce, 
ele causa a oclusão do Foramen Primum, culminando com sua fusão com o coxim endocárdico, formando o 
Septo Interatrial Primitivo. 
 
6 
 
 Foramen Primum – Atua como um desvio, possibilitando o sangue oxigenado passar do Átrio Direito 
diretamente ao Átrio Esquerdo, sem passar pela circulação pulmonar. 
 Foramen Secundum – Paralelamente à oclusão do Foramen Primum, surgem perfurações 
(produzidas por apoptoses) na região central do Septum Primum. As perfurações coalescem para 
formar outra comunicação, o Foramen Secundum, que substitui o primum na função de comunicar 
os átrios individualizados. 
o Septum Secundum – Septo muscular espesso em forma de crescente que surge da parede ventrocranial do 
átrio, imediatamente à direita do Septum Primum. Gradualmente se sobrepõe ao Foramen Secundum. 
Forma uma divisão incompleta entre os átrios, aparecendo o Forame Oval. A parte cranial do Septum 
Primum desaparece gradualmente, e sua parte caudal forma a válvula do Forame Oval. 
 Forame Oval – Permite a passagem de sangue oxigenado do Átrio Direito para o Átrio Esquerdo, e 
impede o refluxo de sangue. Fecha-se ao nascer pelo aumento da pressão no coração esquerdo. No 
adulto, apresenta-se como a Fossa Oval. 
 
 
7 
 
 
 
O forame oval abre pela maior pressão sangüínea do lado direito pela chegada de sangue no Seio Venoso. 
 
 
8 
 
Formação do Átrio Direito: 
o Inicialmente, o Seio Venoso se abre no centro da parede do átrio primitivo e os seus cornos direito e 
esquerdo são aproximadamente do mesmo tamanho. 
o Mudanças vasculares, discutidas posteriormente neste resumo, provocam o desenvolvimento do corno 
direito, que passa a receber todo o sangue da cabeça e do pescoço pela Veia Cava Superior, e da Placenta e 
região caudal pela Veia Cava Inferior. Paralelo a isso, ocorre a involução do corno esquerdo, que se tornará 
o Seio Coronário. 
o O corno direito do Seio Venoso se incorpora ao Átrio Direito, formando sua parede posterior lisa. O 
remanescente da superfície interna da parede do Átrio Direito é a Aurícula Direita no adulto, possuindo 
uma aparência rugosa e trabeculada. 
o Crista Terminal – Demarcação interna ao Átrio Direito, remanescente da fusão do corno direito do Seio 
Venoso com o Átrio Direito Primitivo. 
o Sulco Terminal – Demarcação externa da Crista Terminal. 
 
 
Formação do Átrio Esquerdo: 
o O Átrio Esquerdo é formado pela incorporação da Veia Pulmonar Primitiva em sua parede posterior. 
Resultante da incorporação, surgem quatro veias pulmonares, que antes drenavam para a Veia Pulmonar 
Primitiva e agora drenam diretamente para o Átrio Esquerdo. Assim como o Átrio Direito, o Átrio Esquerdo 
possui uma parede anterior rugosa e trabeculada (Aurícula), e uma parede posterior lisa, de origem 
vascular. 
 
9 
 
 
Septação do Ventrículo Primitivo: 
o Septo Interventricular Primário (Muscular) – Surge pela dobra do tubo cardíaco, resultante da dilatação dos 
ventrículos. O septo aumenta de tamanho pela proliferação de mioblastos, crescendo cranialmente em 
direção ao coxim endocárdico fusionado, no entanto não o fecha. 
 Forame Interventricular – Localiza-se entre o Septo Interventricular muscular e o coxim 
endocárdico. 
o Septo Interventricular Secundário (Membranáceo) – É formado pela fusão das cristas bulbares direita e 
esquerda com o coxim endocárdico, fechando o forame interventricular. 
o As cristas bulbares são formadas por células da crista neural que migram para o bulbo cardíaco. 
 
 
Septo Interventricular 
Muscular em crescimento 
 
10 
 
O crescimento do Septo Interventricular Membranáceo está ligado a Septação do Bulbo Cardíaco e do Tronco 
Arterial, explicada a seguir. 
 
Septação do Bulbo Cardíaco e do Tronco Arterial: 
o Cristas Bulbares – Formadas pela proliferação de células mesenquimais que migram da crista neural para o 
Bulbo Cardíaco. São contínuas com as cristas do tronco superiormente. 
o Cristas do Tronco – Formadas pela proliferação de células mesenquimais que migram da crista neural para o 
Tronco Arterial. São contínuas com as cristas bulbares inferiormente. 
o O crescimento das cristas provoca a septação do Bulbo Cardíaco e do Tronco Arterial. À medida que isso 
acontece, as cristas bulbares e do tronco sofrem uma espiralização de 180º. A orientação em espiral das 
cristas é causada pela pressão sangüínea proveniente do ventrículo, resultando na formação de um “Septo 
aorticopulmonar” espiral quando as cristas se fundem. 
o O septo divide o Bulbo Cardíaco e o Tronco Arterial em dois vasos, a Aorta e o Tronco Pulmonar. Devido à 
espiralização do Septo Aorticopulmonar, o Tronco Pulmonar se torce ao redor da Aorta Ascendente, de uma 
posição mais anterior e direita para uma posição mais posterior e esquerda. 
o O Bulbo Cardíaco é incorporado às paredes dos ventrículos, dando origem ao “Cone Arterial” (Infundíbulo), 
entrada para o Tronco Pulmonar, e ao “Vestíbulo Aórtico”, entrada para a Aorta. 
 
 
Desenvolvimento das Valvas Cardíacas: 
o Valvas Semilunares – Desenvolvem-se de três tumefações de tecido subendocárdico ao redor dos orifícios 
da Aorta e do Tronco Pulmonar. Cada tumefação é remodelada para a formação de uma válvula. 
o Valvas Atrioventriculares – Desenvolvem-se de proliferações tissulares ao redor dos canais 
atrioventriculares. 
 
11 
 
 
Desenvolvimento das Valvas Semilunares a partir de tumefações subendocárdicas. 
 
Desenvolvimento do Sistema de Condução: 
O átrio primitivo atua como um marca-passo provisório do coração, até o desenvolvimento do Nó Sinoatrial durante 
a 5ª semana. Células do Nó SA e da região atrioventricular formam o Nó e Feixe Atrioventriculares. 
 
Desenvolvimento das Veias associadas ao Coração: 
Todo o sangue proveniente do corpo e da placenta é drenado para o Seio Venoso. São 3 os pares de veias que 
drenam para o “Seio Venoso”: 
 Veias Vitelínicas – Levam sangue pouco oxigenado a partir do Saco Vitelino. Formam a Veia Porta. 
 Veias Umbilicais – Levam sangue oxigenado a partir da placenta. Com o desenvolvimento do fígado,as veias 
umbilicais perdem as suas conexões com o coração e deságuam no fígado. 
 Veia Umbilical Direita – Desaparece durante a 7ª semana. 
 Veia Umbilical Esquerda – Perde sua conexão direta com o coração. Desenvolve-se um grande desvio 
de sangue entre a Veia Umbilical (Esquerda) e a Veia Cava Inferior, permitindo que a maior parte do 
sangue proveniente da placenta vá até o coração sem passar pela rede de capilares hepáticos, desvio 
esse chamado de “Ducto Venoso”. O resquício da Veia Umbilical (Esquerda) no adulto é o Ligamento 
Redondo do Fígado. 
- Ducto Venoso – Comunica a Veia Umbilical com a Veia Cava Inferior. Seu resquício embriológico no 
adulto é o Ligamento Venoso. 
 Veias Cardinais Comuns – Formadas pela junção das Veias Cardinais Anteriores, que drenam a região 
cefálica, com as Veias Cardinais Posteriores, que drenam a região caudal, ipsilaterais. 
o Durante a 8ª semana, desenvolve-se uma anastomose entre as Veias Cardinais Anteriores. Como a pressão 
é maior do lado direito, o sangue é desviado da Veia Cardinal Anterior Direita para a Veia Cardinal Anterior 
Esquerda. A Porção Caudal da Veia CAE degenera-se, devido ao desvio de sangue para a direita. Assim, a 
Veia CAE dará origem à Veia Braquiocefálica Esquerda, e a Veia CAD dará origem à Veia Braquiocefálica 
Direita, superiormente, e à Veia Cava Superior, inferiormente, com contribuição da Veia Cardinal Comum 
Direita. 
o A degeneração da porção caudal da Veia Cardinal Anterior Esquerda e a degeneração das Veias Vitelínica e 
Umbilical Esquerda, em sua porção cefálica, causam a involução do Corno Esquerdo do Seio Venoso, 
discutida anteriormente na formação do Átrio Esquerdo. O corno esquerdo do Seio Venoso forma o Seio 
Coronário, e Veia Cardinal Comum Esquerda (Veia Cava Superior Esquerda) involui formando a Veia Oblíqua 
do Átrio Esquerdo. 
o As Veias Cardinais Posteriores anastomosam-se no Mesonefro e se conectam às Veias Subcardinais. Com o 
desaparecimento do Mesonefro, as Veias Cardinais Posteriores são substituídas pelas Veias Subcardinais e 
Supracardinais. As Veias Cardinais Posteriores desaparecem quase que totalmente. Seu únicos derivados 
adultos são a raiz da Veia Ázigos e as Veias Ilíacas Comuns. 
o A formação do Sistema Ázigo é a partir de anastomoses entre as Veias Supracardinais, e contribuições das 
Veias Cardinais Posteriores. 
o A Veia Cava Inferior é formada através de uma série de alterações resultantes do desvio de sangue do lado 
direito para o lado esquerdo. É formada por 4 segmentos de origens vitelínica, subcardinal e supracardinal 
(+ informações – MOORE/PERSAUD – 7ª edição - p.367). 
Desenvolvimento das Artérias associadas ao Coração: 
Arcos Aórticos (6) Originam-se do Saco Aórtico, suprem os arcos faríngeos correspondentes e 
terminam na Aorta Dorsal 
 
 1º Par de Arcos Aórticos Dão origem às Aa. Maxilares, e podem contribuir para a formação das Aa. 
Carótidas Externas 
 
 2º Par de Arcos Aórticos As porções dorsais persistem como Aa. Estapédicas (Ouvido Médio) 
 
12 
 
 3º Par de Arcos Aórticos Porção Proximal Aa. Carótidas Comuns 
Porção Distal Juntam-se com a Aorta Dorsal para formar as Aa. 
Carótidas Internas 
 
 4º Par de Arcos Aórticos Esquerdo Forma parte do Arco da Aorta 
Direito Forma a A. Subclávia Esquerda 
 5º Par de Arcos Aórticos Degeneram-se sem deixar derivados vasculares 
 6º Par de Arcos Aórticos Esquerdo Porção 
Proximal 
Forma a parte proximal da A. Pulmonar 
Esquerda 
 
Porção 
Distal 
Comunica a A. Pulmonar Esquerda com a Aorta 
Dorsal, como “Ducto Arterial” 
 
Direito Porção 
Proximal 
Forma a parte proximal da A. Pulmonar Direita 
Porção 
Distal 
Degenera-se 
Obs.: O resquício do Ducto Arterial no adulto é o Ligamento Arterial. 
o As transformações dos 4º, 5º e 6º Pares de Arcos Aórticos explicam a diferença nos trajetos dos Nn. 
Laríngeos Recorrentes. 
 Nervo Laríngeo Recorrente Direito – Curva-se ao redor da A. Subclávia direita, formada pelo 4º Arco 
Aórtico Direito, porque os 5º e 6º Arcos Aórticos direitos degeneram-se. 
 Nervo Laríngeo Recorrente Esquerdo – Curva-se ao redor do Ducto Arterial. Com a involução do Ducto 
Arterial, curva-se ao redor do Ligamento Arterial (remanescente) e do Arco da Aorta. 
 
 
13 
 
 
Aorta Dorsal Inicialmente, apresenta-se como um par de Aortas dorsais, que logo se 
fundem para formar uma única Aorta Dorsal, imediatamente dorsal aos 
Arcos Faríngeos. 
 
 Aa. Intersegmentares Cerca de 30 ramos da Aorta Dorsal. No Pescoço, unem-se para a formação 
das Artérias Vertebrais. No tórax, persistem como Aa. Intercostais. No 
abdome, a maioria torna-se artérias lombares, e o 5º par torna-se Aa. Ilíacas 
Comuns. No Sacro, formam as Aa. Sacrais Laterais. 
 
 Aa. Vitelínicas Levam o sangue ao Saco Vitelino. Dão origem a: Tronco Celíaco (Intestino 
Anterior); Artéria Mesentérica Superior (Intestino Médio); Artéria 
Mesentérica Inferior (Intestino Posterior). 
 
 Aa. Umbilicais Transportam sangue pouco oxigenado para a placenta. As partes proximais 
dão origem às Aa. Ilíacas Internas e Aa. Vesicais Superiores, enquanto a 
parte distal se fecha ao nascimento, formando os Ligamentos Umbilicais 
Mediais. 
 
 
III. ANOMALIAS NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
 
Dextrocardia A dextrocardia ocorre quando o tubo cardíaco se dobra para a 
esquerda ao invés de se dobrar para a direita. O resultado disso é 
um deslocamento do coração para a direita e a transposição de seus 
grandes vasos, como em uma imagem especular. 
 
 Dextrocardia com Situs Inversus Nesse tipo de dextrocardia, as vísceras, como o fígado, acompanham 
a transposição dos grandes vasos. Assim, na ausência de outras 
anomalias associadas, o coração funciona normalmente. 
 
 Dextrocardia Isolada A posição anormal do coração não é acompanhada pelo 
deslocamento de outras vísceras. Está, normalmente, associada a 
outras anomalias cardíacas graves. 
 
 
Defeitos do Septo Interatrial (DSA) O tipo mais comum de DAS é o forame oval patente, o que permite 
mistura de sangue nos átrios. Como a pressão atrial é pequena, esse 
tipo de defeito não é muito grave. 
 
 
Defeitos do Septo Interventricular (DSV) As comunicações interventriculares podem desenvolver-se em 
qualquer parte do septo interventricular, mas o mais comum dos 
DSV ocorre na parte membranácea do septo. A causa desse defeito 
é a não-fusão do septo espiral com o septo IV muscular e os coxins 
endocárdicos. A conseqüência disso é o aumento do fluxo pulmonar, 
por desvio de sangue do VE para o VI, o que pode sobrecarregar os 
pulmões e causar edema. 
 
 
Defeitos do Septo Aorticopulmonar 
 Tronco Arterial Persistente Causado pela não formação do Septo Aorticopulmonar (Espiral). 
 Transposição das Grandes Artérias O Septo Aorticopulmonar desenvolve-se, mas não assume um 
curso em espiral. 
 
 Estenoses Arteriais e Valvares Divisão desigual do Tronco Arterial, formando artérias e/ou valvas 
de menor calibre. 
 
 Tetralogia de Fallot Divisão desigual do Tronco Arterial, formando um Tronco 
Pulmonar estenosado, associada ao não fechamento do Septo 
Interventricular. Caracterizada por quatro defeitos: Estenose 
Pulmonar, Defeito do Septo Interventricular, Dextroposição da 
Aorta (Aorta Cavalada) e Hipertrofia do Ventrículo Direito. 
 
 
 
14 
 
Ducto Arterial Patente O não fechamento do Ducto Arterial resulta numa sobrecarga 
pulmonar, devido ao desvio de sangue da esquerda para a direita, 
ou seja, da aorta para o tronco pulmonar. 
 
 
Defeito do Septo Interventricular 
 
Divisão Desigual do Tronco Arterial 
 
 
 
15 
 
Tetralogia de Fallot 
 
 
 
16 
 
SEÇÃO 2: ANATOMIA MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA 
 
IV. ANATOMIA GERAL DA CAVIDADE TORÁCICA: 
 
A Cavidade Torácicaé dividida em dois sacos pleurais laterais, que contém os pulmões, e o mediastino, 
região mediana da cavidade torácica localizada entre os sacos pleurais. 
 
Mediastino: Compartimento central da cavidade torácica 
 Limite Superior Abertura Superior do Tórax 
 Limite Inferior Diafragma 
 Limite Anterior Esterno e Cartilagens Costais 
 Limite Posterior Corpos das Vértebras Torácicas 
 Limites Laterais Pleura Mediastinal 
 Conteúdo Estruturas viscerais ocas unidas apenas por tecido conjuntivo frouxo 
e gordura; Vasos sangüíneos e linfáticos; Linfonodos; Nervos 
 
A frouxidão do tecido conjuntivo e a elasticidade dos pulmões e da pleura parietal permitem a acomodação de 
movimentos viscerais na cavidade torácica. 
Divisão do Mediastino: 
 Mediastino Superior Da abertura superior do tórax até o Plano Transverso do Tórax 
- Plano Transverso do Tórax Do disco intervertebral T4-T5 ao Ângulo Esternal 
 Mediastino Inferior Situado entre o plano transverso do tórax e o diafragma 
- Mediastino Anterior Anterior ao Pericárdio 
- Mediastino Médio Pericárdio, coração e as raízes de seus grandes vasos 
- Mediastino Posterior Posterior ao Pericárdio 
 
Mediastino Superior: 
 Limite Superior Abertura Superior do Tórax 
 Limite Inferior Contínuo com o Mediastino Inferior abaixo do Plano Transverso do 
Tórax 
 
 Limite Anterior Manúbrio do Esterno 
 Limite Posterior Corpos das Quatro Primeiras Vértebras Torácicas 
 Limites Laterais Pleura Mediastinal e Cúpula da Pleura 
 Conteúdo Traquéia, Esôfago, Arco da Aorta (e seus 3 ramos), Veias 
Braquiocefálicas (D e E) e Veia Cava Superior, Nervos Frênicos, 
Nervos Vagos (NC X) e Plexos Cardíacos, Timo, Ducto Torácico, 
Linfáticos e Linfonodos. 
 
o Assimetria do Mediastino Superior: 
À DIREITA: VEIAS POSIÇÃO CENTRAL: ESÔFAGO E TRAQUÉIA À ESQUERDA: ARTÉRIAS 
EMBRIOLOGIA: Esta assimetria resulta de dois principais reajustes do padrão primitivo e simétrico da vasculatura 
embrionária. À direita, o segmento do 4º Arco Aórtico se incorpora à artéria subclávia direita e se afasta do 
mediastino, enquanto à esquerda o 4º Arco Aórtico permanece no mediastino formando parte do arco da Aorta. À 
esquerda, a veia cardinal comum se atrofia formando a Veia Oblíqua do Átrio Esquerdo, ao contrário da veia cardinal 
comum direita, que se desenvolve e forma a veia cava superior. Assim, as estruturas arteriais tendem a localizar-se à 
esquerda, e as estruturas venosas à direita. 
 
Mediastino Inferior: 
 Mediastino Anterior Conteúdo: Tecido Conjuntivo Frouxo, gordura, vasos linfáticos, 
alguns linfonodos e ramos dos vasos torácicos internos. 
 
 Mediastino Médio Conteúdo: Saco Pericárdico 
 Mediastino Posterior Conteúdo: Traquéia, Esôfago, Aorta Torácica (e seus ramos), Nervos 
Vagos (NC X) e Plexo Esofágico, Tronco Simpático e seus ramos, 
Veias do Sistema Ázigo, Ducto Torácico e Linfonodos. 
 
 
17 
 
 
V. ESÔFAGO: 
 
1. Anatomia Macroscópica do Esôfago: 
Relações: Estende-se a partir da margem inferior da cartilagem cricóidea (C6) até T12. Comunicando-se, 
superiormente, com a faringe, e, inferiormente, com o estômago. Desce anteriormente à coluna vertebral e 
posteriormente à traquéia e saco pericárdico, localizando-se À direita da Aorta Torácica. Para passar pelo Hiato 
Esofágico, no diafragma, cruza a Aorta Torácica da direita para a esquerda, tornando-se anterior a ela. 
 
Esfíncteres Esofágicos: 
Esfíncter Esofágico Superior Parte do M. Constritor Inferior da Faringe. Consistindo de uma 
camada muscular única e de alta tensão. 
 
Esfíncter Esofágico Inferior Não pode ser demonstrado de maneira anatômica ou histológica. 
Mas, funcionalmente, a região que passa pelo hiato esofágico, atua 
como um esfíncter. A pressão intra-abdominal e estruturas estão 
associadas a este mecanismo esfincteriano. 
 
 Músculo Esofágico Circular 
 Músculo Diafragmático 
 Ligamento Frenoesofágico Extensão da fáscia endotorácica que se prende circunferencialmente 
ao esôfago, fixando-o ao diafragma. 
 
 
2. Anatomia Microscópica do Esôfago: 
Mucosa: 
 Epitélio Estratificado Pavimentoso Não-queratinizado 
 Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado 
 Muscular da Mucosa Músculo Liso 
Submucosa: 
 Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Vascularizado 
 Glândulas Esofágicas Glândulas mucosas com ducto excretor com 
dupla camada de células cúbicas 
 
 Plexo Nervoso Submucoso (Plexo de Meissner) 
Túnica Muscular: 
 Circular Interna 
 Longitudinal Externa 
 Plexo Nervoso Mioentérico (Plexo de Auerbach) 
Revestimento Externo: Adventícia ou Serosa 
 Adventícia Tecido conjuntivo frouxo que liga órgãos 
adjacentes. Presente na porção torácica do 
esôfago. 
 
 Serosa Tecido conjuntivo frouxo com tecido adiposo, 
revestido externamente por um mesotélio 
(epitélio simples pavimentoso). Presente na 
porção abdominal do esôfago. 
 
 
Linha Z Demarcação provocada pela mudança abrupta do padrão epitelial do 
esôfago (epitélio estratificado pavimentoso) para o padrão típico do 
estômago (epitélio cilíndrico simples). 
 
 
Padrão Muscular do Esôfago: 
 Terço Superior do Esôfago M. Estriado Esquelético 
 Terço Médio do Esôfago M. Estriado Esquelético e M. Liso 
 Terço Inferior do Esôfago M. Liso 
 
18 
 
 
3. Vascularização do Esôfago: 
Irrigação Arterial: 
 Artéria Tireóidea Inferior Região Cervical do Esôfago 
 Artérias Esofágicas e Ramos das Artérias Brônquicas (Ramos da Aorta) Região Torácica do Esôfago 
 Ramos Esofágicos da Artéria Gástrica Esquerda Região Abdominal do Esôfago 
 
Drenagem Venosa: 
 Veias acompanhantes das artérias Drenam para a Veia Tireóidea Inferior, Veia Ázigo, Veia 
Hemiázigo, e Veia Gástrica Esquerda (Sistema Porta). 
 
 
4. Inervação do Esôfago: 
Nervo Vago (NC X) Fibras Parassimpáticas 
 Troncos Vagais Anterior e Posterior 
Nervo Acessório (NC XI) Fibras aferentes para os músculos estriados esqueléticos 
esofágicos, distribuídas pelo Nervo Vago (NC X). 
 
Tronco Simpático Fibras Simpáticas 
 
EMBRIOLOGIA: Acompanhando a rotação embrionária do estômago, o Nervo Vago esquerdo torna-se anterior, 
recebe fibras do Nervo Vago direito e forma o Tronco Vagal Anterior. Do mesmo modo, o Nervo Vago direito torna-
se posterior, recebe fibras do Nervo Vago esquerdo e forma o Tronco Vagal Posterior. 
 
VI. TRAQUÉIA E BRÔNQUIOS: 
 
1. Anatomia Macroscópica da Traquéia e Brônquios: 
Relações: A traquéia estende-se da margem inferior da cartilagem cricóidea, ao nível de C6, até o ângulo esternal 
(T4-T5), onde se divide nos brônquios principais. 
 
Estruturas Anatômicas Traqueais: 
 Parede Anterior: Fibrocartilagínea 
- Anéis Traqueais Anéis Cartilaginosos incompletos. São deficientes 
posteriormente, onde a traquéia é adjacente ao esôfago. 
 
- Ligamento Cricotraqueal Liga a cartilagem cricóidea ao 1º anel traqueal. 
- Ligamentos Anulares da Traquéia 
 Parede Posterior Plana e muscular 
- Músculo Liso Traqueal 
- Glândulas Traqueais Apresenta os três tipos de ácinos, com predominância dos 
mistos. 
 
 Cartilagem Carina Cartilagem localizada na bifurcação da traquéia nos brônquios 
principais. No cadáver, localizada ao nível de T4, mas, no vivo, 
ao nível de T7. 
 
 
Padrão de Divisão dos Brônquios: 
 Brônquio Principal (Primário) Para os pulmões direito e esquerdo. 
- Brônquio Lobar (Secundário) Para os lobos pulmonares. 
- Brônquio Segmentar (Terciário) Para os segmentos pulmonares. 
 
2. Anatomia Microscópica da Traquéia e Brônquios: 
Traquéia: 
Mucosa: 
 Epitélio Respiratório Epitélio Simples Pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com 
células caliciformes 
 
 
19 
 
 Lâmina PrópriaTecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado 
Submucosa: 
 Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Vascularizado 
 Glândulas Traqueais Apresenta os três tipos de ácinos, com predominância dos 
mistos. 
 
 Cartilagens Traqueais Cartilagens do tipo hialina, envolvidas por pericôndrio. 
 Músculo Liso Localizado na parede posterior, prende-se ao pericôndrio e 
une as porções abertas das peças cartilaginosas. 
 
Adventícia: 
 Tecido Conjuntivo Frouxo Liga a traquéia aos órgãos adjacentes. 
 
Brônquio Extrapulmonar: 
Mucosa: 
 Epitélio Respiratório Epitélio Simples Pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com 
células caliciformes 
 
 Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado 
Submucosa: 
 Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Rico em fibras elásticas 
 Músculo Liso Arranjo helicoidal de dois feixes musculares lisos 
 Glândulas Brônquicas Glândulas serosas, mucosas e mistas 
 Cartilagem Hialina 
 Tecido Linfóide 
Adventícia: 
 Tecido Conjuntivo Frouxo 
 
VII. PULMÕES E PLEURA: 
 
1. Pleura: 
Pleura Serosa que reveste a cavidade torácica e os pulmões. 
 Pleura Visceral Reveste toda a superfície externa dos pulmões e a superfície interna 
das fissuras, e reflete-se no Hilo Pulmonar para formar a Pleura Parietal. 
 
 Pleura Parietal Reveste internamente a cavidade pulmonar. É mais espessa que a 
visceral, e pode ser dividida em 4 partes. 
 
- Pleura Costal Cobre as superfícies internas da parede torácica. É contínua 
superiormente com a Cúpula da Pleura, e, inferiormente, reflete-se 
como Pleura Diafragmática. 
 
- Pleura Mediastinal Cobre as faces laterais do Mediastino. Continua-se anterior e 
posteriormente com a Pleura Costal. 
 
- Pleura Diafragmática Cobre a superfície superior ou torácica do diafragma. Em contato com a 
fáscia frenicopleural. 
 
- Cúpula da Pleura Estende-se através da abertura superior do Tórax, e entra na raiz do 
pescoço. 
 
 Cavidade Pleural Espaço virtual entre as camadas da pleura. Contém um líquido pleural 
seroso, que lubrifica as superfícies pleurais, permitindo o deslizamento 
dos pulmões durante os movimentos respiratórios. 
 
 Bainha Pleural Área de continuidade das lâminas parietal e visceral da pleura. Envolve 
a raiz do pulmão e suas estruturas. 
 
 Ligamento Pulmonar Dupla camada pleural localizada inferiormente ao hilo pulmonar e 
imediatamente anterior ao esôfago. 
 
 
Linhas de Reflexão Pleural: 
As linhas de reflexão pleural são particularmente importantes porque delimitam as cavidades pleurais, e 
 
20 
 
determinam recessos pleurais. 
A partir da Cúpula da Pleura, onde os Sacos Pleurais estão mais afastados, as pleuras (D e E) descem e se 
aproximam ao nível do ângulo esternal. Continuam para baixo e passam a acompanhar a 7ª cartilagem costal, 
cruzam as 8ª, 9ª e 10ª costelas, e atingem seu ponto mais baixo na parte média da 11ª costela, seguindo para 
posterior quase que horizontalmente. Devido à presença da Incisura Cardíaca, a Pleura Esquerda afasta-se do 
Esterno precocemente, ao nível da 4ª Cartilagem Costal. 
 
Recessos Pleurais: 
 Recessos Costodiafragmáticos Onde a pleura costal torna-se pleura diafragmática, estabelece-se 
um recesso pela reflexão pleural. É o maior dos recessos. 
 
 Recessos Esternocostais Localizado posterior ao esterno, formado pela reflexão da pleura 
costal para tornar-se pleura mediastinal. 
 
 Recessos Retroesofágicos Localizado posterior ao esôfago, formado pela reflexão da pleura 
costal para tornar-se pleura mediastinal. É o menor dos recessos. 
 
 
2. Anatomia Externa dos Pulmões: 
Estrutura Pulmonar: 
 Ápice Localizado acima da 1ª costela. 
 3 Faces Faces: Costal, Mediastinal, Diafragmática 
 3 Margens Margens: Anterior, Posterior, Inferior 
 
Pulmão Direito Possui 3 lobos (Superior, Médio e Inferior), individualizados pela 
presença de fissuras. 
 
 Fissura Oblíqua Segue ínfero-anteriormente do 3º Espaço Intercostal (C3-C4) até o 6º 
Espaço Intercostal (C6-C7). Acompanha a 6ª Costela. 
 
 Fissura Horizontal Começa na fissura oblíqua ao nível da linha axilar média, e cruza 
anteriormente o pulmão, acompanhando a 4ª Cartilagem Costal. 
 
Impressões da Face Mediastinal do PD: 
 Área Esofágica Póstero-superiormente. 
 Área Traqueal Anteriormente à Área Esofágica. 
 Sulco p/ a Veia Braquiocefálica 
Direita 
Anteriormente à Área Traqueal, contínuo inferiormente com o Sulco 
para a Veia Cava Superior. 
 
 Sulco p/ a Veia Cava Superior Inferiormente ao Sulco p/ a Veia Braquiocefálica Direita. 
 Sulco p/ a 1ª Costela Anteriormente ao Sulco para a Veia Braquiocefálica Direita. 
 Área do Timo e Tecido Adiposo 
Mediastinal 
Anteriormente ao Sulco para a Veia Cava Superior. 
 Sulco p/ a Veia Ázigos Inferiormente às Áreas Esofágica e Traqueal. 
 Sulco p/ o Esôfago Posteriormente ao Hilo e Ligamento Pulmonar. 
 Sulco p/ a Veia Cava Inferior Inferiormente ao Hilo Pulmonar e anteriormente ao Ligamento 
Pulmonar. 
 
 Impressão Cardíaca Ântero-inferiormente ao Hilo Pulmonar, no Lobo Médio e parte 
inferior do Lobo Superior. 
 
 
Pulmão Esquerdo Possui 2 lobos (Superior e Médio), individualizados pela presença de 
uma única fissura. 
 
 Fissura Oblíqua Segue ínfero-anteriormente do 3º Espaço Intercostal (C3-C4) até o 6º 
Espaço Intercostal (C6-C7). Acompanha a 6ª Costela. 
 
 Língula Processo pendente do Lobo Superior, análogo ao Lobo Médio do 
Pulmão Direito. 
 
 Incisura Cardíaca Entalhe da margem anterior causado pelo desvio do ápice do coração 
para o lado esquerdo. 
 
Impressões da Face Mediastinal do PE: 
 
21 
 
 Área da Traquéia e Esôfago Imediatamente inferior ao Ápice. 
 Sulco p/ a Artéria Subclávia Anteriormente à Área da Traquéia e Esôfago. 
 Sulco p/ a Veia Braquiocefálica 
Esquerda 
Anteriormente ao Sulco p/ a Artéria Subclávia. 
 Sulco p/ a 1ª Costela Anteriormente ao Sulco p/ a Veia Braquiocefálica Esquerda. 
 Sulco p/ o Arco da Aorta Inferiormente à Área da Traquéia e Esôfago e ao Sulco p/ a Artéria 
Subclávia. Contínuo posteriormente com o Sulco p/ a Aorta 
Descendente. 
 
 Sulco p/ a Aorta Descendente Posteriormente ao Sulco p/ o Arco da Aorta e Hilo Pulmonar. 
 Sulco p/ o Esôfago Anteriormente ao Sulco p/ a Aorta Descendente e posteriormente ao 
Ligamento Pulmonar. 
 
 Área do Timo e Tecido Adiposo 
Mediastinal 
Anteriormente ao Sulco p/ o Arco da Aorta e superiormente à 
Impressão Cardíaca. 
 
 Impressão Cardíaca Inferiormente à Área do Timo e Tecido Adiposo Mediastinal e 
anteriormente ao Hilo e Ligamento Pulmonar. 
 
 
Raízes dos Pulmões: Conjunto de estruturas que entram nos pulmões através do Hilo 
Pulmonar. 
 
 Brônquios Principais (Primários) Localizam-se mais posteriormente. Sempre acompanhados pelos 
Vasos Brônquicos. 
 
 Artérias Pulmonares 
- Direita Localizada entre a Veia Pulmonar Superior (anteriormente) e o 
Brônquio Principal (posteriormente). 
 
- Esquerda Localizada superiormente à Veia Pulmonar Superior. 
 Veias Pulmonares 
- Superiores Localizam-se sempre anteriormente. 
- Inferiores Localizam-se sempre inferiormente, entre os folhetos do Ligamento 
Pulmonar. 
 
 Plexos Pulmonares de Nervos Extensões dos Plexos Cardíacos, compostos por fibras aferentes 
simpáticas, parassimpáticas e viscerais. 
 
 Vasos Linfáticos e Linfonodos Linfonodos Broncopulmonares (Hilares) 
 Vasos Brônquicos Ramos da Aorta Torácica, e tributárias do Sistema Ázigo. 
 
3. Vascularização dos Brônquios, Pulmões e Pleura: 
Artérias Brônquicas Irrigam os brônquios, os tecidos de sustentação dos pulmões e a 
pleura visceral. 
 
 Direita Origina-se mais comumente da 3ª Artéria Intercostal Posterior, ou 
diretamenteda Aorta Torácica. 
 
 Esquerda(s) Originam-se da Aorta, normalmente como um par. 
 
Veias Brônquicas Drenam parte do sangue levado aos pulmões pelas Artérias 
Brônquicas. 
 
 Direita Drena para a Veia Ázigo. 
 Esquerda Drena para a Veia Hemiázigo Acessória. 
 
Artérias Pulmonares Originam-se do Tronco Pulmonar ao nível do ângulo esternal e 
conduzem sangue pouco oxigenado aos pulmões para oxigenação. 
Dividem-se em artérias lobares e segmentares, acompanhando o 
padrão de divisão dos segmentos broncopulmonares. 
 
Veias Pulmonares Levam sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo do 
coração. Dividem-se em veias intra-segmentares, que seguem o 
padrão de divisão dos Segmentos broncopulmonares, e veias inter-
 
 
22 
 
segmentares, que drenam segmentos adjacentes. 
 
Plexo Linfático Superficial (Subpleural) Drena a Pleura Visceral e o parênquima pulmonar. Situa-se 
profundamente à Pleura Visceral. Os vasos linfáticos drenam para os 
linfonodos broncopulmonares no Hilo do Pulmão. 
 
Plexo Linfático Profundo Situa-se na submucosa dos brônquios e no tecido conjuntivo 
peribrônquico. Drena as estruturas da raiz dos pulmões, para os 
linfonodos intrapulmonares. 
 
 
Linfonodos Intrapulmonares 
o Localizados no parênquima pulmonar. 
Linfonodos Broncopulmonares (Hilares) 
o Localizados no Hilo Pulmonar. 
Linfonodos Traqueobrônquicos Superiores 
o Localizados superiormente à Carina. 
Linfonodos Traqueobrônquicos Inferiores 
o Localizados inferiormente à Carina. 
Linfonodos Paratraqueais 
o Localizados proximalmente de cada lado da 
Traquéia. 
 
4. Inervação dos Brônquios, Pulmões e Pleura: 
Inervação Simpática: Tronco Simpático 
 Gânglios Simpáticos Paravertebrais Gânglios simpáticos do Tronco Simpático que emitem fibras para 
inervação simpática dos pulmões. 
 
 Efeitos: Broncodilatação; Vasoconstricção; Inibição das Glândulas 
Alveolares da Árvore Brônquica 
 
 
Inervação Parassimpática: Nervo Vago (NC X) 
 Efeitos: Broncoconstricção; Vasodilatação; Estimulação das Glândulas 
Alveolares da Árvore Brônquica 
 
 
Inervação da Pleura Visceral: Nervos Autônomos dos Pulmões. Não possui inervação para a dor. 
 
Inervação da Pleura Parietal: 
 Pleura Costal e Parte Periférica da 
Pleura Diafragmática 
Nervos Intercostais 
 Pleura Mediastinal e Parte Central 
da Pleura Diafragmática 
Nervos Frênicos (C3-C4) 
 
5. Anatomia Interna dos Pulmões: 
Segmentos Broncopulmonares Segmentos piramidais do pulmão, separados dos segmentos 
adjacentes por septos de tecido conjuntivo. São supridos 
independentemente por um brônquio segmentar, um ramo 
terciário da Artéria Pulmonar, e drenados por uma veia intra-
segmentar, tributária de uma Veia Pulmonar. 
 
 
Linfonodos 
Paratraqueais
Linfonodos 
Traqueobrônquicos 
(Superiores e 
Inferiores)
Linfonodos 
Broncopulmonares
Plexo Linfático 
Superficial
Linfonodos 
Intrapulmonares
Plexo Linfático 
Profundo
 
23 
 
Árvore Brônquica: Acompanha a divisão segmentar dos pulmões. 
Brônquio Principal Direito É mais calibroso, mais curto e mais vertical que o 
brônquio principal esquerdo. 
 
 Brônquio Lobar Superior Brônquio Secundário para o Lobo Superior do Pulmão 
Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Apical (1) Brônquio Terciário para o Segmento Apical do Lobo 
Superior do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Posterior (2) Brônquio Terciário para o Segmento Posterior do Lobo 
Superior do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Anterior (3) Brônquio Terciário para o Segmento Anterior do Lobo 
Superior do Pulmão Direito. 
 
 Brônquio Lobar Médio Brônquio Secundário para o Lobo Médio do Pulmão 
Direito. Geralmente sai de um Brônquio Intermédio. 
 
- Brônquio Segmentar Lateral (4) Brônquio Terciário para o Segmento Lateral do Lobo 
Médio do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Medial (5) Brônquio Terciário para o Segmento Medial do Lobo 
Médio do Pulmão Direito. 
 
 Brônquio Lobar Inferior Brônquio Secundário para o Lobo Inferior do Pulmão 
Direito. Geralmente sai de um Brônquio Intermédio. 
 
- Brônquio Segmentar Superior (6) Brônquio Terciário para o Segmento Superior do Lobo 
Inferior do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Medial (7) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Medial do 
Lobo Inferior do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Anterior (8) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Anterior do 
Lobo Inferior do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Lateral (9) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Lateral do 
Lobo Inferior do Pulmão Direito. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Posterior (10) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Posterior do 
Lobo Inferior do Pulmão Direito. 
 
Brônquio Principal Esquerdo É menos calibroso, mais longo e mais horizontal que o 
brônquio principal direito. 
 
 Brônquio Lobar Superior Brônquio Secundário para o Lobo Superior do Pulmão 
Esquerdo. 
 
- Divisão Superior Divisão Superior do Brônquio Lobar Superior, para o Lobo 
Superior Propriamente Dito. 
 
- Brônquio Segmentar Ápico-Posterior (1-2) Brônquio Terciário para os Segmentos Apical e Posterior 
do Lobo Superior do Pulmão Esquerdo. 
 
- Brônquio Segmentar Anterior (3) Brônquio Terciário para o Segmento Anterior do Lobo 
Superior do Pulmão Esquerdo. 
 
- Divisão Inferior (Brônquio Lingular) Divisão Inferior do Brônquio Lobar Superior, para a 
Língula do Lobo Superior. 
 
- Brônquio Lingular Superior (4) Brônquio Terciário para o Segmento Lingular Superior do 
Lobo Superior do Pulmão Esquerdo. 
 
- Brônquio Lingular Inferior (5) Brônquio Terciário para o Segmento Lingular Inferior do 
Lobo Superior do Pulmão Esquerdo. 
 
 Brônquio Lobar Inferior Brônquio Secundário para o Lobo Inferior do Pulmão 
Esquerdo. 
 
- Brônquio Segmentar Superior (6) Brônquio Terciário para o Segmento Superior do Lobo 
Inferior do Pulmão Esquerdo. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Medial (7) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Medial do 
Lobo Inferior do Pulmão Esquerdo. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Anterior (8) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Anterior do 
Lobo Inferior do Pulmão Esquerdo. 
 
 
24 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Lateral (9) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Lateral do 
Lobo Inferior do Pulmão Esquerdo. 
 
- Brônquio Segmentar Basilar Posterior (10) Brônquio Terciário para o Segmento Basilar Posterior do 
Lobo Inferior do Pulmão Esquerdo. 
 
Obs.: Usualmente os Brônquios Segmentares Basilares Medial e Anterior estão juntos em um único brônquio, 
chamado Brônquio Segmentar Basilar Ântero-medial (7-8). 
Hierarquia: Brônquio Principal Brônquio Lobar Brônquio Segmentar Brônquios Menores (+10 gerações) 
Bronquíolo Bronquíolos Menores (+3 gerações) Bronquíolo Terminal Bronquíolo Respiratório Ductos 
Alveolares Sacos Alveolares Alvéolos 
 
Padrão Segmentar Arterial: Segue a divisão dos brônquios, mas os ramos mais 
periféricos tendem a invadir segmentos vizinhos. 
 
 
Padrão Segmentar Venoso: A Veia Pulmonar de cada segmento possui duas 
tributárias. 
 
 Veia Intra-segmentar Drena um único segmento. 
 Veia Inter-segmentar Drena segmentos adjacentes. 
Obs.: A Veia Pulmonar Superior drena os Lobos Superior e Médio (Lingular do lado esquerdo), enquanto a Veia 
Pulmonar Inferior drena o Lobo Inferior. 
 
6. Anatomia Microscópica dos Pulmões e Árvore Brônquica: 
Brônquio Intrapulmonar: 
Mucosa: 
 Epitélio Respiratório Epitélio Simples Pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com 
células caliciformes 
 
 Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo muito vascularizado 
Submucosa: 
 Tecido Conjuntivo Denso Não-modelado Ricoem fibras elásticas; Glândulas Brônquicas; Tecido 
Linfóide 
 
 Músculo Liso Circunscreve toda a luz 
 Cartilagem Hialina 
Revestimento Externo: 
 Tecido Pulmonar Circunda externamente os bronquíolos 
 
Bronquíolo Propriamente Dito: Apresentam luz estrelada e não apresentam cartilagem 
 Epitélio Simples Cilíndrico ou Cúbico Alto Presença de Células Clara 
 Lâmina Própria Bem fina 
 Músculo Liso Bem desenvolvida, circunscreve toda a luz 
 Tecido Pulmonar Circunda externamente os bronquíolos 
 
Bronquíolo Terminal: Porção terminal do tecido de condução. Não apresenta 
camada contínua de células musculares lisas. 
 
 Epitélio Simples Cúbico Presença de Células Clara 
 Lâmina Própria Bem fina 
 Músculo Liso Descontínuo 
 
Bronquíolo Respiratório: Início da Porção Respiratória. Os alvéolos abrem-se de suas 
paredes. Abre-se em ductos alveolares, sacos alveolares e 
alvéolos. 
 
 Epitélio Simples Cúbico 
 Lâmina Própria 
 Músculo Liso 
 
25 
 
 
VIII. CORAÇÃO E GRANDES VASOS: 
 
1. Pericárdio: 
Pericárdio: Membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início de seus 
grandes vasos 
 
 Pericárdio Fibroso Camada Externa, resistente e inelástica. Composta por tecido 
conjuntivo denso fibroso. Contínuo superiormente com a camada 
adventícia dos grandes vasos e com a lâmina pré-traqueal da fáscia 
cervical. E inferiormente com o Tendão Central do Diafragma 
 
- Lig. Pericardicofrênico Local de continuidade entre o Pericárdio Fibroso e o Tendão Central 
do Diafragma 
 
- Ligs. Esternopericárdicos Fixam o Pericárdio ao Esterno 
 Pericárdio Seroso Reveste internamente o Pericárdio Fibroso (lâmina parietal) e 
externamente o coração (lâmina visceral = epicárdio) 
 
- Cavidade Pericárdica Espaço virtual localizado entre as camadas opostas das lâminas 
parietal e visceral do Pericárdio Seroso 
 
 Seio Transverso do Pericárdio Situa-se entre dois grupos de vasos. O pericárdio reflete-se ao seu 
redor. 
 
- Anteriormente Aorta e Tronco Pulmonar 
- Posteriormente Veia Cava Superior 
- Inferiormente Átrios Cardíacos 
 Seio Oblíquo do Pericárdio Formado pela reflexão pericárdica que circunda as grandes veias. 
Recesso semelhante a uma bolsa. 
 
- Anteriormente Face Posterior do Coração 
- Posteriormente Pericárdio sobrejacente ao esôfago 
- Lateralmente Reflexões pericárdicas que circundam as Vv. Pulmonares e a Veia 
Cava Inferior 
 
 
Vascularização do Pericárdio: 
 Artéria Pericardicofrênica Ramo da A. Torácica Interna que acompanha freqüentemente o 
Nervo Frênico 
 
 Artéria Musculofrênica Ramo Terminal da A. Torácica Interna 
 Artéria Brônquica Ramo da Aorta Torácica 
 Artéria Esofágica Ramo da Aorta Torácica 
 Artéria Frênica Superior Ramo da Aorta Torácica 
 Artérias Coronárias Vascularizam a lâmina visceral do Pericárdio Seroso 
 Vv. Pericardicofrênicas Tributárias das Vv. Braquiocefálicas ou Torácicas Internas 
 Tributárias do Sistema Ázigo 
 
Inervação do Pericárdio: 
 Nervos Frênicos (C3-C5) Inervam o Pericárdio Fibroso, pois o Seroso não possui inervação 
sensitiva 
 
 Nervos Vagos (NC X) Função desconhecida 
 Troncos Simpáticos Vasomotores 
 
EMBRIOLOGIA: 
Os Seios do pericárdio formam-se durante o desenvolvimento do coração em conseqüência do pregueamento do 
tubo cardíaco primordial. Quando o tubo cardíaco se dobra, sua extremidade venosa move-se póstero-
superiormente de forma que a extremidade venosa do tubo situa-se adjacente à extremidade arterial, separada 
apenas pelo “Seio Transverso do Pericárdio”. À medida que as veias do coração se desenvolvem e se expandem, 
uma reflexão pericárdica que as circunda forma o “Seio Oblíquo do Pericárdio”. 
 
26 
 
 
 
2. Anatomia Estrutural do Coração: 
HISTOLOGIA: 
Sua parede é formada por 3 camadas: 
Endocárdio – Constituído por endotélio, que repousa sobre uma “camada subendotelial” delgada de tecido 
conjuntivo frouxo que contém fibras elásticas e colágenas, e algumas células musculares lisas. 
 Camada Subendocardial – camada de tecido conjuntivo que conecta o miocárdio à camada subendotelial. 
Contém veias, nervos e ramos do sistema de condução do impulso do coração (fibras de Purkinje). 
 
Miocárdio – Camada intermediária formada por células musculares cardíacas, organizadas em camadas que 
envolvem as câmaras do coração como uma espiral complexa. 
 
Epicárdio – Epitélio pavimentoso simples (mesotélio) que se apóia em uma fina camada de tecido conjuntivo. 
 Camada Subepicardial – Camada de tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo que contém veias, nervos e 
gânglios nervosos. 
 
Esqueleto Fibroso do Coração – Estrutura de tecido conjuntivo denso, que serve de fixação para as fibras 
musculares cardíacas. Rico em fibras colágenas. 
o Impede a distensão excessiva das valvas por um aumento do volume sangüíneo bombeado. 
o Oferece fixação para as válvulas e para o miocárdio. 
o Forma um “isolante” elétrico, permitindo a contração independente de átrios e ventrículos. Fornecendo 
passagem para a parte inicial do Feixe atrioventricular (Feixe de His). 
 Anéis Fibrosos (4) Circundam os óstios das valvas. 
- Tendão do Cone Liga os Anéis Fibrosos Pulmonar e Aórtico 
 Trígonos Fibrosos (2) Conexões entre os anéis fibrosos. 
 Septo Atrioventricular Membranáceo 
 Septo Interatrial Membranáceo 
 Septo Interventricular Membranáceo 
 
Posição do Coração – 1/3 à direita e 2/3 à esquerda do Plano Mediano. 
o Ápice – Ventrículo Esquerdo, ao nível do 5º espaço intercostal, a 9 cm do plano mediano. 
o Base – Principalmente o Átrio Esquerdo, com uma menor contribuição do Átrio Direito. 
Faces: 
 Face Esternocostal (Anterior) Ventrículo Direito. 
 Face Diafragmática (Inferior) Ventrículo Esquerdo, estando relacionado com o “Tendão Central 
do Diafragma”. 
 
 Face Pulmonar Esquerda Ventrículo Esquerdo. 
 Face Pulmonar Direita Átrio Direito. 
 
Seio Transverso do Pericárdio 
Seio Oblíquo do Pericárdio 
 
27 
 
Margens: 
 Margem Direita Átrio Direito; ligeiramente convexa. 
 Margem Inferior Ventrículo Direito. 
 Margem Esquerda Ventrículo Esquerdo e pequena parte da Aurícula Esquerda. 
 Margem Superior Átrios e Aurículas Direitos e Esquerdos. 
 
3. Anatomia das Câmaras Cardíacas: 
Câmaras Cardíacas: 
Externamente, os átrios são demarcados dos ventrículos pelo “Sulco Coronário” ou “Atrioventricular”, e os 
Ventrículos Direito e Esquerdo são separados pelos “Sulcos Interventriculares Anterior e Posterior”. 
 
Átrio Direito Recebe Sangue venoso das Vv. Cava Superior e Inferior e do Seio 
Coronário. 
 
 Aurícula Direita Bolsa muscular em forma de orelha que se projeta do Átrio Direito como 
uma câmara adicional. 
 
 Parede Posterior Lisa; onde se abrem as Vv. Cavas. 
 Parede Anterior Rugosa; formada pelos Mm. Pectíneos. 
 Sulco Terminal Separa externamente as paredes do Átrio Direito. 
 Crista Terminal Separa internamente as paredes do Átrio Direito. 
 Seio das Vv. Cavas Onde desembocam as Vv. Cavas e o Seio Coronário. 
- Válvula da VCS 
- Válvula da VCI 
- Válvula do Seio Coronário 
- Tubérculo Intervenoso Eminência lisa localizada na parede posterior, entre as duas aberturas 
cavais. 
 
 Septo Interatrial Septo que separa os átrios. 
- Fossa Oval Depressão oval remanescente do fechamento do Forame Oval e sua 
valva no feto. 
 
- Limbo da Fossa Oval Espessamento que circunda a Fossa Oval. 
EMBRIOLOGIA: 
O Átrio Direito adulto é o resultado da fusão da Aurícula Direita (átrio primordial) com o Seio Venoso embrionário. 
O Seio Venoso forma também o Seio Coronário. Sua fusão com a aurícula é indicada internamente pela Crista 
Terminal e externamente pelo Sulco Terminal. Isso explica adiferença das paredes anterior e posterior do Átrio 
Direito, sendo a Parede Posterior lisa, de origem no Seio Venoso, e a Parede Anterior rugosa, de origem na Aurícula 
Direita. 
EMBRIOLOGIA: 
Tubérculo Intervenoso Durante o período fetal, ajuda na separação das duas correntes de sangue que entram no 
átrio direito pelas duas veias cavas. O tubérculo pode dirigir a corrente da veia cava superior principalmente para o 
ventrículo direito e a corrente da veia cava inferior, principalmente para o átrio esquerdo, através do forame oval. 
 
Ventrículo Direito Possui estrutura em “V”. Comunica-se com o Átrio Direito a partir da 
Valva Tricúspide (Valva Atrioventricular Direita). Afila-se superiormente 
em um “Cone Arterial” (Infundíbulo), que conduz ao Tronco Pulmonar. 
 
 Septo Interventricular Septo que separa os ventrículos. É formado por uma parte muscular e 
uma parte membranácea. 
 
 Trabéculas Cárneas Elevações musculares irregulares da superfície interna do Ventrículo 
Direito. Formadas por Mm. Pectíneos. 
 
 Crista Supraventricular Separa a parte de influxo de sangue (rugosa e muscular) do Cone Arterial 
(parte de saída). 
 
 Mm. Papilares (3) Projeções musculares cônicas com bases fixadas à parede ventricular. 
Cada músculo papilar liga-se a duas válvulas da valva tricúspide. 
 
- Anterior 
 
28 
 
- Posterior 
- Septal 
 Cordas Tendíneas Ligam os Mm. Papilares às válvulas da Valva Tricúspide. 
 Trabécula Septomarginal Trabécula cárnea que se eleva como uma fita, formando uma ponte 
entre o Septo Interventricular e a parede anterior, permitindo a 
passagem do Feixe atrioventricular. 
 
- Banda Septal 
- Banda Moderadora 
Obs.: A contração dos Mm. Papilares tensiona as cordas tendíneas e aproxima as válvulas, impedindo sua separação 
ou inversão quando a pressão ventricular aumenta durante a sístole, evitando, assim, o fluxo retrógrado de sangue 
para o Átrio. 
EMBRIOLOGIA: 
O Septo Interventricular Membranáceo desenvolve-se independentemente da parte muscular, e, por ter origem 
embrionária complexa, é o local mais comum de ocorrência de comunicações interventriculares. 
 
Átrio Esquerdo Recebe sangue oxigenado a partir de quatro veias pulmonares. 
 Aurícula Esquerda Bolsa muscular em forma de orelha que corresponde ao átrio esquerdo 
primordial. Projeta-se sobre a raiz do tronco pulmonar. 
 
 Parede Posterior Lisa; recebe as Vv. Pulmonares. 
 Parede Anterior Rugosa; formada pelos Mm. Pectíneos. 
 Septo Interatrial Septo que separa os átrios. 
- Válvula do Forame Oval Formada embriologicamente pela parte caudal do Septum Primum 
EMBRIOLOGIA: 
No embrião, uma Veia Pulmonar Comum funde-se com a Aurícula Esquerda, formando o Átrio Esquerdo. Sendo a 
parede posterior formada pela veia, e a parede anterior pela aurícula. A Veia Pulmonar Comum possui quatro 
tributárias que, no adulto, são as Veias Pulmonares. 
 
Ventrículo Esquerdo Recebe o sangue oxigenado vindo a partir do Átrio Esquerdo e passando 
pela Valva Mitral (Atrioventricular Esquerda ou Bicúspide). 
 
 Trabéculas Cárneas Mais finas e mais numerosas que as do Ventrículo Direito. 
 Vestíbulo da Aorta Saída do Ventrículo Esquerdo para o óstio da Aorta. Possui uma parede 
lisa não-muscular. 
 
 Mm. Papilares (2) Cada músculo papilar liga-se às duas válvulas da valva mitral. 
- Anterior 
- Posterior 
 Cordas Tendíneas Ligam os Mm. Papilares às válvulas da Valva Mitral. 
Obs.: As paredes do Ventrículo Esquerdo são de duas a três vezes mais espessas do que as paredes do Ventrículo 
Direito. 
 
Valvas Semilunares (Aórtica e Pulmonar): 
o Possuem cada uma três válvulas, todas de mesma origem embrionária. 
o Não apresentam cordas tendíneas. 
o As válvulas projetam-se para a artéria, mas são pressionadas em direção (e não contra) às suas paredes, 
quando o sangue deixa o ventrículo. Após o relaxamento do ventrículo (diástole), a retração elástica da 
parede do Tronco Pulmonar ou da Aorta força o sangue de volta para o Ventrículo. Entretanto, as válvulas 
se abrem como bolsas enquanto recebem o fluxo sangüíneo invertido, unindo-se para fechar 
completamente o óstio. 
o Atrás das válvulas, encontram-se espaços que se enchem de sangue, principalmente, na diástole ventricular. 
Estes espaços são chamados seios, Seios de Valsalva. O Seio da Aorta direito é o local de abertura da Artéria 
Coronária direita, e o Seio da Aorta Esquerdo é o local de abertura da Artéria Coronária Esquerda, e 
nenhuma artéria origina-se do Seio da Aorta Posterior (Seio Não-coronário). 
Estrutura das Valvas Semilunares: 
 
29 
 
 Lúnula Borda superior da Válvula 
 Nódulo Espessamento Central da Lúnula da Válvula 
EMBRIOLOGIA: 
O Canal Arterial (Tronco Arterioso) é um vaso embrionário que vai dar origem à Artéria Aorta e ao Tronco Pulmonar. 
O Canal Arterial possui quatro válvulas. A partir de sua divisão, forma dois vasos com três válvulas cada um. 
 
 
 
4. Condução Elétrica Cardíaca: 
O Sistema de condução elétrica cardíaco é composto de dois centros: 
 Nó Sinoatrial (Sinusal) – Marcapasso cardíaco. Está localizado logo abaixo do epicárdio, na junção da Veia 
Cava Superior com o Átrio Direito, perto da extremidade superior do sulco terminal. Produz um impulso de 
cerca de 70 vezes por minuto na maioria das pessoas. Esse sinal propaga-se miogenicamente para ambos os 
átrios. 
 Nó Atrioventricular (AV) – Está localizado na região póstero-inferior do Septo Interatrial, perto da abertura 
do Seio Coronário. Recebe os estímulos provenientes do Nó Sinoatrial propagado pelo músculo cardíaco 
(condução miogênica), e distribui-os para os ventrículos através do fascículo AV. 
 Fascículo Atrioventricular – Segue pelo Septo Interventricular e ramifica-se na junção das partes 
membranácea e muscular do septo. 
- Ramo Direito – Passa por dentro da Trabécula Septomarginal. 
- Ramo Esquerdo 
Esses ramos dividem-se, profundamente ao Endocárdio, em ramos subendocárdicos (Fibras de Purkinje), que se 
estendem até as paredes ventriculares. 
Todo o sistema de condução possui capacidade de autodespolarização, mas, como o Nó Sinoatrial despolariza-se 
com maior freqüência, este determina o ritmo cardíaco. Em caso de falência do Nó Sinoatrial, o Nó Atrioventricular 
passa a determinar a freqüência cardíaca. Como se despolariza em uma freqüência mais baixa, o ritmo torna-se 
bradicárdico, mas, ainda assim, compatível com a vida. 
HISTOLOGIA: 
o As células do sistema gerador e condutor do impulso cardíaco estão funcionalmente conectadas através de 
junções comunicantes (GAP Junctions). As células dos Nós SA e AV são fusiformes, menores que as células 
musculares atriais, e possuem menor quantidade de miofibrilas. 
o Fibras de Purkinje – Possuem um ou dois núcleos centrais e citoplasma rico em mitocôndrias e glicogênio. 
As miofibrilas são escassas e restritas à periferia das células. 
 
5. Inervação do Coração: 
Plexo Cardíaco – Composto por fibras simpáticas (Ramos Cardíacos do Tronco Simpático) e parassimpáticas (Ramos 
Cardíacos do Nervo Vago). 
 Estimulação Simpática – Aumenta a freqüência e a força dos batimentos. 
 Estimulação Parassimpática – Diminui a freqüência e a força dos batimentos. 
Plexos Coronários Formados a partir do Plexo Cardíaco. OS nervos são distribuídos juntos 
Seios de Valsalva 
 
30 
 
com os vasos coronários. 
EMBRIOLOGIA: 
A origem alta dos nervos cardíacos mais importantes lembra o local onde o coração se desenvolve (ao nível dos 
segmentos cervicais) e recebe seu primeiro suprimento nervoso. 
 
6. Vascularização do Coração: 
Artéria Coronária Direita Origina-se do Seio da Aorta Direito e passa para o lado direito 
entre o Tronco Pulmonar a Aurícula Direita, seguindo no Sulco 
Coronário para o dorso do Coração. 
 
 Ramos Recorrentespara a Aorta Vasa Vasorum 
 Ramo do Nó Sinoatrial Circunda o óstio da Veia Cava Superior e penetra no Nó 
Sinoatrial 
 
 Ramo(s) Conal (is) (A. Conal) Para o Cone Arterial (entrada do Tronco Pulmonar). 
Anastomosa-se com o Ramo Conal da ACE 
 
 Ramo(s) Ventricular (es) Direito(s) 
 Ramo Marginal Direito Segue pela Margem Direita do Coração 
 Ramo Atrial Direito 
 Ramo do Nó Atrioventricular 
 Ramo Interventricular Posterior (A. 
Descendente Posterior) 
Segue pelo Sulco Interventricular Posterior 
- Ramo Póstero-Lateral Direito 
- Ramos Interventriculares Septais Ramos perfurantes que suprem o terço posterior do Septo 
Interventricular 
 
 
Artéria Coronária Esquerda Origina-se do Seio da Aorta esquerdo, segue entre a Aurícula 
Esquerda e o lado Esquerdo do Tronco Pulmonar, seguindo pelo 
Sulco Coronário. 
 
 Ramo Interventricular Anterior (A. 
Descendente Anterior) 
Segue pelo Sulco Interventricular Anterior 
- Ramos Diagonais (Laterais) 
- A. Diagonallis Quando existe, sai da bifurcação da A. Coronária Esquerda. Tem 
grande expressão e importância clínica. 
 
- Ramos Interventriculares Septais Ramos perfurantes para o Septo Interventricular que suprem os 
dois terços anteriores do septo. 
 
- Ramo Conal Anastomosa-se com A. Conal (ramo da ACD) 
 Ramo Circunflexo Segue pelo Sulco Coronário 
- Ramo Marginal Esquerdo 
- Ramo Atrial Esquerdo 
- Ramo Posterior do Ventrículo 
Esquerdo (Póstero-lateral Esquerdo) 
 
- Ramo Atrioventricular Parte terminal da artéria 
 
Variações Anatômicas: 
Origem do Ramo do Nó Sinoatrial – 60% dos casos da ACD / 40% dos casos da ACE 
Origem do Ramo Interventricular Posterior – 67% dos casos da ACD / 33% dos casos da ACE 
Dominância Coronária: 
O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá origem ao Ramo Interventricular Posterior (A. 
Descendente Posterior). A Co-dominância é encontrada quando ambas as artérias coronárias emitem ramos 
interventriculares posteriores. 
Anastomoses: 
 Ramo Conal da ACD X Ramo Conal da ACE – Anastomose no Cone Arterial 
 A. Coronária Direita X Ramo Circunflexo da ACE – Anastomose no Seio Coronário (no Cruz Cordis) 
 
31 
 
 A. Interventricular Posterior (ACD) X A. Interventricular Anterior (ACE) – Anastomose no Septo 
Interventricular 
Correlação da Anatomia com Síndromes Isquêmicas: 
A. Coronária Esquerda – Supre a maior parte do Ventrículo Esquerdo, Átrio Esquerdo, Septo Interventricular e Feixe 
Atrioventricular. 
 Choque (disfunção do VE) 
 Arritmias ventriculares 
 Bloqueios AV e de ramo 
 - Ramo Circunflexo e Marginal Esquerdo 
 Disfunção do VE, menor incidência de arritmias 
 - Ramo Interventricular Anterior 
 Alta freqüência de arritmias e bloqueio de ramo 
 
A. Coronária Direita – Supre o Ventrículo Direito, parte posterior do Ventrículo Esquerdo e Septo Interventricular, 
Átrio Direito, Septo Interatrial e os Nós SA e AV. 
 Choque (alterações da pequena circulação disfunção do VD) 
 Arritmias supraventriculares 
 - Ramo Interventricular Posterior 
 Disfunção do VD 
 
Seio Coronário Principal veia do coração. Segue pelo Sulco Coronário (Sulco 
Atrioventricular) da esquerda para a direita, e desemboca no átrio 
direito. 
 
- Tributárias: 
 Veia Oblíqua do Átrio 
Esquerdo 
Desce sobre a parede posterior do Átrio Esquerdo e funde-se à Veia 
Cardíaca Magna 
 
 Veia Cardíaca Magna Formada pela união da V. Interventricular Anterior, que acompanha a 
artéria homônima, com a V. Marginal Esquerda, que também 
acompanha uma artéria homônima, no “Trígono de Mouchet”. 
Acompanha o Ramo Circunflexo da Artéria Coronária Esquerda 
 
 Veia Cardíaca Parva Acompanha a Artéria Coronária Direita. Recebe como tributárias algumas 
veias atriais e ventriculares, e a Veia Marginal Direita. 
 
 Veia Cardíaca Média (Veia 
Interventricular Posterior) 
Acompanha a Artéria Interventricular Posterior 
 Veia(s) Posterior(es) do 
Ventrículo Esquerdo 
 
Trígono de Mouchet: Formado pelas Artérias Circunflexa e Interventricular Anterior e a Veia Cardíaca Magna. 
 
Veia Interventricular Anterior 
Veia Cardíaca Magna 
Seio Coronário 
 
Veia Marginal Esquerda 
Veia Oblíqua do Átrio Esquerdo 
 
Veias Anteriores do Ventrículo 
Direito 
Drenam diretamente para o Átrio Direito. Não possuem válvulas. 
Veias Cardíacas Mínimas Pequenos vasos que começam nos leitos capilares do miocárdio e se 
abrem diretamente nas câmaras do coração. São comunicações diretas 
que não necessariamente carreiam sangue venoso. Não possuem 
válvulas, o que permite o fluxo em ambos os sentidos. 
 
EMBRIOLOGIA: 
Veia Oblíqua do Átrio Esquerdo – É o remanescente embrionário da Veia Cardinal Comum Esquerda (Veia Cava 
Superior Esquerda embrionária). 
 
32 
 
 
 
Drenagem Linfática: 
 Linfáticos Subendocárdicos 
 Linfáticos Intra-miocárdicos 
 Linfáticos Subepicárdicos 
 
 Conjunto esquerdo - Linfonodos Subcarinais (Traqueobrônquicos Inferiores) 
 Conjunto direito - Linfonodos Mediastinais Anteriores Direitos 
 
7. Grandes Vasos: 
 
Veia Braquiocefálica Direita 
Veia Cava Superior 
Átrio Direito 
 
Veia Braquiocefálica Esquerda 
Veia Cava Inferior 
 
Sistema Venoso Ázigo Drena as paredes do dorso e tóraco-abdominais, bem como as 
vísceras mediastinais. Apresenta grande variação anatômica. 
 
 Veia Ázigo Via colateral entre as Vv. Cavas Superior e Inferior. Drena o lado 
direito, recebendo as Vv. Intercostais Posteriores Direitas, Vv. 
Mediastinais e Viscerais. 
 
 Veia Hemiázigo Tributária da Veia Ázigo, que tem metade do comprimento da V. 
Ázigo, e drena o lado esquerdo. 
 
 Veia Hemiázigo Acessória Ajuda na drenagem do lado esquerdo, recebendo as Vv. Intercostais 
Posteriores Direitas (T5-T8). 
 
 
Aorta Origina-se da porção superior do Ventrículo Esquerdo, direita e 
posterior ao Tronco Pulmonar. 
 
Trígono de Mouchet 
 
33 
 
 Aorta Ascendente Começa no óstio da Aorta. É intrapericárdica e seus únicos ramos são 
as Artérias Coronárias. 
 
- A. Coronária Direita Nasce no Seio da Válvula Aórtica Direita 
- A. Coronária Esquerda Nasce no Seio da Válvula Aórtica Esquerda 
 Arco da Aorta Começa posterior à 2ª articulação esternocostal direita, curva-se 
superior e posteriormente para a esquerda, e depois inferiormente. 
 
- Tronco Braquiocefálico 
- A. Carótida Comum (E) 
- A. Subclávia (E) 
Obs.: Nervo Laríngeo Recorrente Esquerdo – Ramo do N. Vago (E) que envolve o Arco da Aorta. 
 Aorta Torácica Começa no lado esquerdo da vértebra T4 e desce no Mediastino 
Posterior no lado esquerdo das vértebras T5-T12. Situa-se posterior à 
raiz do pulmão esquerdo, pericárdio e esôfago, terminando no Hiato 
Aórtico. 
 
- Aa. Intercostais Posteriores 
Ramos Parietais 
 
- Aa. Frênicas Superiores 
- Ramos Traqueobrônquicos 
Ramos Viscerais 
 
- Ramos Esofágicos 
- Ramos Pericárdicos 
- Ramos Tímicos 
 
Tronco Pulmonar 
 A. Pulmonar Direita 
 A. Pulmonar Esquerda

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