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A TEORIA COGNITIVA DE APRENDIZAGEM

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A TEORIA COGNITIVA DE APRENDIZAGEM
Teoria da aprendizagem significativa, é uma teoria cognitivista e procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente humana com relação ao aprendizado e à estruturação do conhecimento.
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	O Conceito mais importante da teoria de Ausubel é o de aprendizagem significativa.
	Para ele, aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo. A nova informação interage com uma estrutura de conhecimento especifica.
Isto é, o material a ser aprendido precisa fazer algum sentido para o aluno. Isto acontece quando a nova informação “ancora-se”  nos conceitos relevantes já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz. 
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	Ausubel define este processo como conceitos subsunçores, estrutura específica ao qual uma nova informação pode se integrar ao cérebro humano, que é altamente organizado e detentor de uma hierarquia conceitual que armazena experiências prévias do aprendiz. Ou seja,os organizadores prévios são úteis para facilitar a aprendizagem na medida em que funcionam como “pontes cognitivas”.
Identificar o conteúdo relevante na estrutura cognitiva e explicar a relevância desse conteúdo para aprendizagem do novo material;
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Dar uma visão geral do material em um nível mais alto de abstração, salientando as relações importantes;
Prover elementos organizacionais inclusivos, que levem em consideração mais eficientemente e ponham em melhor destaque o conteúdo especifico do novo material.
		Os organizadores são mais eficientes quando apresentados no início das tarefas de aprendizagem, do que quando introduzidos simultaneamente com o material aprendido, pois dessa forma suas propriedade integrativas ficam salientadas. 
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 CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
		Para haver aprendizagem significativa é preciso haver duas condições:
 
a) o material a ser aprendido seja potencialmente significativo para o aprendiz, relacionável a sua estrutura de conhecimento de forma não-arbitrária e não-literal (substantiva) com as idéias já existentes. Por “não-arbitriedade entende-se que existe uma relação lógica e explícita entre a nova idéia e alguma(s) outra(s) já existente(s) na estrutura cognitiva do indivíduo. Assim, por exemplo, entender o conceito do termômetro só será de fato significativo para o indivíduo, se de alguma forma houver uma clara relação entre este e o conceito de temperatura.
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b) o aprendiz manifeste uma disposição de relacionar o novo material de maneira substantiva e não-arbitrária a sua estrutura cognitiva.
	Além de não-arbitrária, para ser significativa, a aprendizagem precisa ser também substantiva, ou seja, uma vez aprendido determinado conteúdo desta forma, o indivíduo conseguirá explicá-lo com as suas próprias palavras. Assim, um mesmo conceito pode ser expresso em linguagem sinônima e transmitir o mesmo significado.
(Aragão, 1976, p 21).
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  EX.:o aluno aprende significativamente que o cão é um mamífero, ele deverá ser capaz de expressar isso de diversas formas, como: “o filhote de cachorro mama de sua mãe” ou “o cachorro é um animal que, como nós, mama quando é filhote”. A “substantividade” do aprendizado significa, então, que o aprendiz apreendeu o sentido, o significado daquilo que se ensinou, de modo que pode expressar este significado com as mais diversas palavras.
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	Para Ausubel, o objetivo maior do ensino acadêmico é que todas as ideias sejam aprendidas de forma significativa. Isso porque é somente deste jeito que estas novas ideias serão “armazenadas” por bastante tempo e de maneira estável. Além disso, a aprendizagem significativa permite ao aprendiz o uso do novo conceito de forma inédita, independentemente do contexto em que este conteúdo foi primeiramente aprendido.
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	Portanto, a assimilação é um processo que ocorre quando um conceito ou proposição, potencialmente significativo, é assimilado sob uma idéia ou conceito mais inclusivo, já existente na estrutura cognitiva, com o qual ela se relaciona, são modificados pela interação.
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	É importante ressaltar que, apesar de Ausubel ter defendido a aprendizagem significativa, ele compreendia que no processo de ensino-aprendizagem existem circunstâncias em que a mecânica era inevitável. No ensino de História, por exemplo, conhecer e entender os eventos que se sucederam no surgimento e desenvolvimento do Império Romano requer, muitas vezes, que se saiba os nomes de diversas de suas instituições e personagens principais, o que é tipicamente um aprendizado mecânico.
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Aprendizagem por Descoberta e por Recepção
• descoberta: o aluno deve aprender “sozinho”, deve descobrir algum princípio, relação, lei,... , como pode acontecer na solução de um problema.
• recepção: recebe-se a informação pronta (como em uma aula expositiva) e o trabalho do aluno consiste em atuar ativamente sobre esse material, a fim de relacioná-lo a ideias relevantes disponíveis em sua estrutura cognitiva.
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	Contrariamente a Piaget, que enfatiza a aprendizagem por descoberta como a ideal, Ausubel não só propõe o inverso para o contexto da sala de aula, como alerta para fato de que ambas –aprendizagem por recepção e por descoberta– podem ser mecânicas. Isso aconteceria, por exemplo, caso as relações entre as idéias pré-existentes na estrutura cognitiva e esta nova que se está intentando aprender não possuíssem relações lógicas e claras para o aluno.
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	 Formas de aprendizagem significativa
		A existência de um conjunto de ideias na estrutura cognitiva do sujeito, com as quais novas ideias podem se articular de maneira não-arbitrária e substantiva, este relacionamento pode acontecer de três formas diferentes: por subordinação (ou subsunção), por superordenação e de forma combinatória. (É importante salientar que a aprendizagem significativa acontecerá somente quando algum tipo de relação puder ser construída entre a nova idéia que se deseja ensinar e uma ou várias ideias que já se saiba.)
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 SUBORDINAÇÃO
Acontece quando a nova ideia é um exemplo, uma especificação de algo que já se sabe. Mas esta relação pode acontecer segundo duas formas:
derivativa: o que se aprende é mais um exemplo daquilo que já se sabe, não trazendo qualquer alteração para a ideia mais geral à qual está relacionado. Assim, constitui-se exemplo deste tipo de aprendizagem a constatação que um dado sistema mecânico real é conservativo, associando-se ao conceito universal da conservação de energia um exemplo específico.
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correlativa: a nova ideia que se aprende é um exemplo que alarga o sentido/ significado de algo mais amplo que já se sabe. Assim, se à ideia que se tem de triângulo eqüilátero como sendo aquele em que os três lados têm o mesmo tamanho, acrescentar-se a ideia de que além dos lados, os ângulos também são iguais, haverá um alargamento do sentido de triângulo eqüilátero que, antes deste aprendizado, não existia.
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		Na subordinação, a relação hierárquica que se estabelece entre o que se aprende e o que já se sabe é do seguinte tipo:
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		 Superordenação/ superordenada
		À medida que ocorre a aprendizagem significativa, além da elaboração dos conceitos subsunçores é também possível que ocorra interações entre esses conceitos. Acontece quando a nova ideia que se aprende é mais geral do que uma ou um conjunto de ideias que já se sabe. 
	Ex.: A medida que uma criança desenvolve os conceitos de cão, gato, leão, ... Ela pode, mais tarde, aprender que todos esses são subordinados ao conceito de mamífero.
	A medida que o conceito de mamífero é desenvolvido, os previamente aprendidos assumem a condição de subordinados e o de mamífero representa uma aprendizagem supeordenada .
(Novak, 1976).
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