Buscar

Relatorio Estagio amanda ferraz (ELIETE)

Prévia do material em texto

Sumário
21.IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO	�
32. IDENTIFICAÇÃO DA FACULDADE	�
43. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA	�
54. INTRODUÇÃO	�
65. HISTÓRICO DA EMPRESA	�
76. ATIVIDADES REALIZADAS	�
76.1.	DETERMINAÇÃO DE CARACTERES ORGANOLEPTICOS	�
76.2.	DESCRIÇÃO MACROSCOPICAS	�
96.4.1. Material Estranho de no máximo 2%	�
106.4.2. Água de no máximo 11% ( método gravimétrico)	�
126.4.3. Cinzas Totais de no máximo 10%	�
146.4.5. Índice de espuma de no mínimo 100	�
156.4.6. Doseamento de Flavonoides totais (apigenina) de no mínimo 1%	�
177.	CONSIDERAÇOES FINAIS	�
188.	REFERÊNCIAS	�
�
�
1.IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO
Nome: Amanda Cristina Ferraz
RA: 029798
Curso: Química - Bacharelado com Atribuições Tecnológicas
2. IDENTIFICAÇÃO DA FACULDADE
FASB - FACULDADE SÃO BERNARDO
Endereço: Rua Américo Brasiliense, 449 e Rua João Pessoa, 601 - Centro - São Bernardo do Campo – SP
Site: www.fasb.com.br
Tel.: 11 4123-1469
3. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
Nome da empresa: Naturell indústria e comercio LTDA.
CNPJ: 
Endereço: Av. Dom Pedro I, 957 CEP: 09991-000
Tel.: (11) 50356060 - 33334444
Site: Naturell.com.br
4. INTRODUÇÃO 
A Química é uma ciência que nasceu da curiosidade, necessidade e ambição do homem para entender e dominar a natureza[3], é a ciência que estuda a matéria, sua composição e as transformações pelas quais a mesma passa. A Química está presente em quase todas as indústrias e atividades humanas, desde a produção de fertilizantes para as colheitas até a produção de combustível para foguetes.
A principal atribuição do químico é usar os conhecimentos e propriedades químicas conhecidas para criar novas substâncias, melhorar processos industriais, produzir medicamentos, cosméticos, além de realizar pesquisas em áreas como energia, desenvolvendo novos combustíveis e processos químicos para baterias.
Na vida do estudante de Química, o estágio é o primeiro contato que ele tem com o mercado de trabalho, sendo que nesse período ele aprende na prática diversos conceitos que viu em sala de aula, visualiza em larga escala processos que foram realizados em pequena escala na faculdade e tem contato com profissionais experientes que podem compartilhar o seu conhecimento com o jovem químico.
Durante o meu estágio na empresa, atuei na realização de análises físico-químicas de principalmente plantas, principal matéria prima usada para a fabricação de insumos farmacêuticos usados principalmente em farmácias de manipulação, homeopatia e cosméticos.
Para tal relatório foi escolhido uma planta , o maracujá azedo, mais conhecido como maracujá comum para relatar as atividades durante o estagio.
5. HISTÓRICO DA EMPRESA
A Naturell localizada em Diadema -  SP está   no mercado brasileiro desde 1989, ano de sua fundação. Em 2009 foi incorporada ao GRUPO GAMMA, com o propósito de atender aos seus clientes com a mesma qualidade e eficácia, somada à experiência de uma equipe altamente capacitada, associada à alta tecnologia com que as empresas do grupo se destacam no mercado.
A Naturell oferece uma ampla linha de matérias primas e produtos para as farmácias magistrais, indústrias farmacêuticas, veterinárias, cosméticas e de alimentos. O diferencial da Naturell, começa por fornecedores qualificados e a transparência nas informações disponíveis, garantindo satisfação e agilidade no atendimento ao cliente.
A utilização de plantas com fins medicinais é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Porém, a perfeita extração dos princípios ativos, exigem conhecimento e técnica voltada para essa finalidade.
Farmoquímicos:
Fabricamos extratos fluidos, glicólicos tinturas e tinturas mãe. A eficiência na fabricação aliada ao conhecimento, tecnologia e tradição, proporciona qualidade e garantia aos nossos produtos.  Fabricamos uma extensa linha de insumos vegetais e com flexibilidade de produção, desenvolvendo extratos e tinturas conforme a necessidade do cliente, onde dispomos de uma equipe técnica voltada para soluções inovadoras,
Suplementos Alimentares:
Fabricamos e distribuímos    suplementos alimentares com a marca própria Naturell:  Chás naturais, Suplementos para atletas e Nutrição funcional – Nossos produtos são direcionados a venda em farmácias de manipulação e comércios especializados.
Importador e Distribuidor de Matérias – Primas
Importamos, fracionamos e distribuímos matérias – primas diversas para farmácias de manipulação, Indústrias cosméticas, farmacêuticas e alimentícias.
6. ATIVIDADES REALIZADAS
Nome cientifico: Passiflora edulis Sims – Familia :PASSIFLORACEAE 
A droga vegetal é constituída pelas folhas dessecadas contendo, no mínimo, 1,0% de flavonóides totais, expressos em apigenina. 
SINONÍMIA CIENTÍFICA Passiflora diaden Vell., Passiflora edulis var. pomifera (M. Roem.) Mast., Passiflora edulis var. rubricaulis (Jacq.) Mast., Passiflora gratissima A. St.-Hil., Passiflora iodocarpa Barb. Rodr., Passiflora middletoniana Paxton, Passiflora minima Blanco, Passiflora pallidiflora Bertol., Passiflora picroderma Barb. Rodr., Passiflora pomifera M. Roem., Passiflora rigidula J. Jacq., Passiflora rubricaulis Jacq., Passiflora vernicosa Barb. Rodr., Passiflora verrucifera Lindl. 
NOMES POPULARES Maracujá-peroba, maracujá-comum, maracujá-de-comer, maracujá-de-doce, maracujá-mirim, maracujá-pequeno, maracujá-de-ponche, maracujá preto, maracujá-redondo, maracujá-roxo.
DETERMINAÇÃO DE CARACTERES ORGANOLEPTICOS
As folhas possuem sabor adocicado e odor característico
DESCRIÇÃO MACROSCOPICAS
Folhas simples, glabras, sub-coriáceas, de cor verde claro. Lâminas profundamente divididas em três lobos com 7 a 16 cm de comprimento por 6 a 20 cm de largura. A base da lâmina é reentrante, o ápice é acuminado e a margem serrilhada. A nervação é palmatinérvea, as nervuras principal e secundárias são mais salientes na face abaxial. O pecíolo mede de 1 a 4 cm, é caniculado na parte superior e têm um par de nectários extraflorais. É comum a ocorrência de gavinhas aderidas ao pecíolo assim como heterofolia (presença de folhas bilobadas e inteiras). Difere de Passiflora alata pela forma das folhas, nervação e margem. A lâmina de Passiflora alata é inteira, peninérvea e a margem é lisa
6. 3. IDENTIFICAÇÃO
Utilizando sílicagel G, como suporte, e mistura de acetato de etila, água e ácido fórmico anidro (80:10:10), como fase móvel. Aplicar em bandas, separadamente, à placa de 9 cm de comprimento, 10 μl da solução teste e 5 μl da solução padrão, recentemente preparadas, descritas a seguir. Solução (1): Agitar, em ultra-som, durante 10 minutos, uma dispersão a 50 mg/ml do pó fino da droga vegetal em mistura de etanol e água (1:1). Filtrar. Solução (2): solução a 100 µg/ml de vitexina e rutina em mistura de etanol e água (1:1). Desenvolver o cromatograma em percurso de aproximadamente 7 cm. Remover a placa, deixar secar ao ar. Nebulizar a placa com difenilborato de aminoetanol a 1% (p/V) em metanol seguido de polietilenoglicol 4000 a 5% (p/V) em metanol. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A solução Consulta Pública 38/2009 (1) deve apresentar três manchas amarelo-esverdeadas acima da mancha da vitexina (Rf de aproximadamente 0,75, na solução (2)) com Rf de aproximadamente 0,8, 0,85 e 1,0. Entre a vitexina (Rf de aproximadamente 0,75) e a rutina (Rf de aproximadamente 0,45) (na solução (2)), a solução (1) deve apresentar duas manchas fluorescentes, uma laranja com Rf de aproximadamente 0,62 e outra amarelo-esverdeado com Rf de aproximadamente 0,53. Ainda é possível observar uma série de manchas fluorescentes bem definidas na solução (1), entre o ponto de aplicação e o Rf de aproximadamente 0,25. A espécie P. alata não apresenta as manchas fluorescentes amareloesverdeadas acima da vitexina (Rf 0,8 e 0,85) observadas na P. edulis.
�
Figura 1 Câmara de luz UV paravisualização das manchas florescentes
ENSAIOS DE PUREZA E DOSEAMENTO
6.4.1. Material Estranho de no máximo 2%
Os fármacos vegetais são isentos de fungos, de insetos e de outras contaminações de origem animal. Salvo indicação em contrário, a porcentagem de elementos estranhos não deve ser superior a 2% m/m. Matéria estranha à droga é classificada em três tipos: (a) partes do organismo ou organismos dos quais a droga deriva, excetuados aqueles incluídos na definição e descrição da droga, acima do limite de tolerância especificado na monografia; (b) quaisquer organismos, porções ou produtos de organismos além daqueles especificados na definição e descrição da droga, em sua respectiva monografia; e (c) impurezas de natureza, minerais ou orgânicas, não-inerentes à droga.
PROCEDIMENTO 
Determinar a quantidade de amostra a ser submetida ao ensaio conforme especificado a seguir. - Raízes, rizomas, cascas, planta inteira e partes aéreas: 500 g; - folhas, inflorescências, sementes e frutos: 250 g; - materiais particulados ou fracionados (peso médio inferior a 0,5 g/componente): 50 g; - pós: 25 g. Colher, por quarteamento, a quantidade de amostra especificada, a partir da amostra obtida, segundo o procedimento descrito anteriormente, e espalhá-la em camada fina sobre a superfície plana. Separar, manualmente os materiais estranhos à droga, inicialmente a olho nu e, em seguida, com auxílio de lente de aumento (cinco a dez vezes). Pesar o material separado e determinar sua porcentagem com base no peso da amostra submetida ao ensaio.
�
Figura 2 Balança analítica
6.4.2. Água de no máximo 11% ( método gravimétrico)
Três métodos são empregados para a determinação de água em drogas vegetais: método gravimétrico (dessecação), método azeotrópico (destilação com tolueno) e método volumétrico (Karl Fischer). O primeiro, tecnicamente mais simples e rápido, não é aplicável quando a droga contém substâncias voláteis. Os demais requerem equipamentos especiais e compreendem técnicas mais complexas. 
PREPARO DA AMOSTRA 
Reduzir por corte, granulação ou fragmentação drogas não pulverizadas ou trituradas de forma a limitar a dimensão de seus componentes a, no máximo, 3 mm de espessura. Sementes e frutos, mesmo de dimensões inferiores a 3 mm, devem ser quebrados. Evitar moinhos de alta velocidade ou outros procedimentos que acarretem perda de umidade da amostra. Método gravimétrico Transferir cerca de 2 a 5 g, ou o especificado, na monografia, exatamente pesados, de amostra preparada conforme instruções anteriores, para pesa-filtro tarado, previamente dessecado nas mesmas condições a serem adotadas para a amostra, durante 30 minutos. Dessecar a amostra a 100- 105 ºC durante 5 horas, até peso constante. Calcular a porcentagem de água em relação à droga seca ao ar.
�
Figura 3 Estufa
6.4.3. Cinzas Totais de no máximo 10%
As cinzas totais incluem cinzas fisiológicas e cinzas não fisiológicas. 
PROCEDIMENTO 
Pesar, exatamente, cerca de 3 g da amostra pulverizada, ou a quantidade especificada na monografia, transferir para cadinho (de silício ou platina) previamente tarado. Distribuir a amostra uniformemente no cadinho e incinerar aumentando, gradativamente, a temperatura até, no máximo, 600 ± 25 ºC, até que todo o carvão seja eliminado. Um gradiente de temperatura (30 minutos a 200 ºC, 60 minutos a 400 ºC e 90 minutos a 600 ºC) pode ser utilizado. Resfriar em dessecador e pesar. Nos casos em que o carvão não puder ser eliminado totalmente, resfriar o cadinho e umedecer o resíduo com cerca de 2 mL de água ou solução saturada de nitrato de amônio. Evaporar até secura em banho-maria e, em seguida, sobre chapa quente, e incinerar até peso constante. Calcular a porcentagem de cinzas em relação à droga seca ao ar.
�
Figura 4 Mufla
6.4.4. Cinzas insolúveis em acido clorídrico de no máximo 0,4%
Cinzas, insolúveis em ácido, constituem, o resíduo obtido na fervura de cinzas totais, ou sulfatadas com ácido clorídrico diluído após filtragem; lavagem e incineração. O método destina-se à determinação de sílica e constituintes silícicos da droga. 
PROCEDIMENTO 
Ferver o resíduo obtido na determinação de cinzas totais durante 5 minutos com 25 mL de ácido clorídrico a 7% (p/v) em cadinho coberto com vidro de relógio. Lavar o vidro de relógio com 5 mL de água quente, juntando a água de lavagem ao cadinho. Recolher o resíduo, insolúvel em ácido, sobre papel de filtro, isento de cinza, lavando-o com água quente até que o filtrado se mostre neutro. Transferir o papel de filtro contendo o resíduo para o cadinho original, secar sobre chapa quente e incinerar a cerca de 500 ºC até peso constante. Calcular a porcentagem de cinzas insolúveis em ácido em relação à droga seca ao ar.
6.4.5. Índice de espuma de no mínimo 100
Pesar, exatamente, 1 g do material vegetal reduzido a pó fino (malha de 180 μm, 5.2.11) e transferir para erlenmeyer contendo 50 mL de água fervente. Manter sob fervura moderada durante 30 minutos. Resfriar, filtrar para balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume, através do filtro, até 100 mL. Distribuir o decocto obtido, em 10 tubos de ensaio com tampa (16 mm de diâmetro por 16 cm de altura), em série sucessiva de 1, 2, 3, até 10 mL, e ajustar o volume do líquido em cada tubo a 10 mL com água. Tampar os tubos e agitá-los com movimentos verticais por 15 segundos, com duas agitações por segundo. Deixar em repouso por 15 minutos e medir a altura da espuma.
Se a altura da espuma de todos os tubos for inferior a 1 cm, o índice de espuma é menor do que 100. Se, em qualquer um dos tubos, a altura da espuma medida for 1 cm, a diluição do material vegetal nesse tubo (A) é o índice observado. Se esse tubo for o primeiro ou segundo na série, é necessário fazer uma diluição intermediária, pelo mesmo método descrito anteriormente, para obter um resultado mais preciso. Se a altura da espuma for maior do que 1 cm em todos os tubos, o índice de espuma é maior do que 1000. Nesse caso, a determinação precisa ser feita com uma nova série de diluições do decocto para se obter um resultado preciso. O índice de espuma é calculado segundo a equação 1000/A, sendo A o volume, em mililitros, do decocto usado para preparação da diluição no tubo onde a espuma foi observada.
6.4.6. Doseamento de Flavonoides totais (apigenina) de no mínimo 1%
Os flavonoides são compostos bioativos do grupo dos polifenóis encontrados em hortaliças, frutas, cereais, chás, café, cacau, vinho, suco de frutas e soja e tem como função a proteção das plantas contra danos oxidativos, são pigmentos vegetais de cores azul, azul avermelhado e violeta
Pesar exatamente cerca de 0,400 g de droga pulverizada (180 µm) e colocar em balão de fundo redondo de 50 ml. Adicionar 20 ml de etanol 50% (V/V) e aquecer sob refluxo por 30 minutos. Filtrar a mistura para balão volumétrico de 50 ml utilizando algodão. Retornar o algodão para o mesmo balão de refluxo e adicionar 20 ml de etanol 50% (V/V), mantendo em refluxo por mais 30 minutos. Filtrar, usando papel filtro, para o balão volumétrico de 50 ml, completando-se o volume com etanol 50% (V/V) (solução-mãe SM). Transferir 0,8 ml da SM para balão volumétrico de 10 ml. Adicionar 0,8 ml de cloreto de alumínio 2% (p/V) em etanol 50% (V/V), completando o volume com o mesmo solvente. Preparar o branco transferindo 0,8 ml da SM para balão volumétrico de 10 ml e completar o volume com etanol 50% (V/V). Medir a absorvância da solução amostra em 397 nm (V.2.14) em cubeta de 1 cm, 30 minutos após seu preparo, utilizando a solução branco para o ajuste do zero. Calcular o teor de flavonóides totais (TFT) segundo a expressão:
TFT= Ax1760 
 m x(100 – PD)
em que
 A = absorvância; m = massa da droga (g); 
PD = perda por dessecação (%; p/p). 
O resultado é fornecido em porcentual (p/p) de flavonóides totais calculados como apigenina (C15H10O5).
Figura 5 Espectrofotômetro UV e VIS
CONSIDERAÇOES FINAIS
 Em todo período em que estagiei, recebitotal orientação e amplo conhecimento da área técnica de processo e desenvolvimento sobre os testes físicos químicos que me ajudaram muito a compreender e crescer tanto pessoalmente, academicamente como profissionalmente além da experiência de conhecer uma indústria farmacêutica , a produção e funcionamento.
 O estágio foi de fácil adaptação, no que diz respeito ao aprendizado, pois recebi grande orientação por parte da empresa, apoio de colegas, e da FASB que me ofereceu toda base teórica necessária para o meu desenvolvimento profissional.
Portanto o estágio desenvolvido foi positivo para o desenvolvimento acadêmico.
REFERÊNCIAS
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/arquivos/cp38_plantas/maracuja_doce(passiflora_alata).pdf 
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume%201.pdf
� PAGE \* MERGEFORMAT �1�

Continue navegando