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Roteiro de estudos: Orientac¸a˜o Desenhe, em um pedac¸o de papel, uma curva fechada, isto e´, uma curva na qual o ponto inicial e´ igual ao ponto final. Fac¸a isso sem que a curva intercepte a sı´ mesma e obtenha a curva C. (Essa e´ a definic¸a˜o de uma curva fechada simples, p. 965 e 966 do livro texto.) Para simplificar, corte com uma tesoura ao longo de sua curva fechada simples C. Assim, voceˆ obte´m duas regio˜es, uma correspondente a um lado da folha de papel, a outra dada pelo outro lado. Marque com cores diferentes esses dois lados. O lado de cima de vermelho e o de baixo de azul, por exemplo. Agora imagine que voceˆ esta´ caminhando exatamente sobre a sua curva de fronteira dessa regia˜o. Dizemos que a orientac¸a˜o de C e´ positiva se, ao caminhar sobre essa curva, voceˆ veˆ a regia˜o colorida de vermelho a` sua esquerda. (E´ claro que isso corresponde a caminhar sobre a fronteira no sentido anti-hora´rio.) Agora, sem virar a folha, imagine que voceˆ esta´ caminhando sobre a mesma curva C, mas olhando o lado colorido de azul. (Isso significa que voceˆ teria que andar “de cabec¸a para baixo” com relac¸a˜o a` caminhada inicial.) Seguindo a mesma definic¸a˜o de orientac¸a˜o positiva, voceˆ percebera´ que a curva de fronteira deve ser percorrida no sentido hora´rio. Dedique algum tempo a comprovar e, assim, entender o conceito de orientac¸a˜o positiva. Ele sera´ fundamental quando tratarmos do Teorema de Stokes e tambe´m estara´ presente no Teorema de Green. O Teorema de Green O Teorema de Green relaciona uma integral de linha de um campo vetorial ~F : R2 → R2 com uma integral dupla. Como vimos no Guia 3, considerada uma curva C, definimos a integral ∫ C ~F · d~r. No Teorema de Green, a curva C considerada deve ser uma curva fechada e positivamente ori- entada - que vamos supor inicialmente que tambe´m seja simples. Essa curva fechada simples C delimita uma regia˜o plana D, que e´ simplesmente conexa (definic¸a˜o na pa´gina 966). Podemos entender uma regia˜o simplesmente conexa como uma regia˜o que na˜o tem “furos”, isto e´, todos os pontos interiores a` curva C pertencem a` regia˜o D. Enta˜o, se ~F = (P, Q), o Teorema de Green garante que∫ C ~F · d~r = ∫∫ D ( ∂Q ∂x − ∂P ∂y ) dA. (Veja enunciado na p. 971.) Observe que, se o campo ~F for conservativo, decorre dessa igualdade que∫ C ~F · d~r = 0. Estude enta˜o os Exemplos 1 e 2 do livro texto e todo o material ate´ o Exemplo 3. Em par- ticular, estude o ca´lculo de a´reas utilizando o Teorema de Green. (Note que existem infinitos campos que possibilitam o ca´lculo de a´reas utilizando esse teorema). Observe que, para a integral dupla ser calcula´vel, precisamos que a regia˜o envolvida seja do tipo I ou tipo II (ver pp. 888 e 889), que sa˜o chamadas regio˜es simples. Mas, em geral, regio˜es simplesmente conexas podem ser divididas em regio˜es simples. Estude o Exemplo 4, p. 974. Agora temos um exemplo muito importante, que e´ precedido sobre uma discussa˜o sobre como aplicar o Teorema de Green em regio˜es que na˜o sa˜o simplesmente conexas. Estude com cuidado a parte final da p. 974 e o Exemplo 5. Na soluc¸a˜o desse exemplo, o autor considera apenas curvas fechadas que envolvem a origem. Qual seria o resultado se a curva fechada na˜o envolvesse a origem? O Teorema de Green relaciona a integral de linha de um campo (plano) ~F ao longo de uma curva fechada simples C com a integral dupla da func¸a˜o (∂Q/∂x)− (∂P/∂y) na regia˜o D delimitada por C. Exige-se que o campo ~F seja de classe C1, isto e´, que as derivadas parciais ∂Q/∂x e ∂P/∂y sejam contı´nuas. Quais as dificuldades que podem acontecer? 1. queremos calcular ∫ C ~F · d~r, o campo ~F e´ C1 mas a curva C na˜o e´ fechada. Temos duas possibilidades: a) calcular diretamente a integral de linha, sem aplicar o Teorema de Green; b) fechar a curva C e enta˜o aplicar o Teorema de Green (veja o Exercı´cio 9 da lista). 2. queremos calcular ∫ C ~F · d~r, a curva C e´ fechada mas o campo ~F na˜o e´ C1 na regia˜o D. Isso aconteceu no Exemplo 5 e exercı´cio 10 da lista tambe´m aborda essa situac¸a˜o. Observe que, em princı´pio, o Teorema de Green so´ pode ser aplicado se um campo for dado. Em particular, ele na˜o e´ imediatamente aplica´vel para integrais de linha de func¸o˜es escalares. Para aplica´-lo nesse caso, temos que definir um campo a` partir da func¸a˜o escalar dada. Esse foi o procedimento utilizado para o ca´lculo de a´reas pelas duas primeiras fo´rmulas de 5, p. 973.
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