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* * TRANSTORNOS DE ANSIEDADE * * AMBIENTE SÓCIO - CULTURAL Prazer imediato, resultados imediatos. Baixa tolerância à frustração Angústia, tristeza, ansiedade devem ser “aliviados”. Velocidade da informação Exigência de performance * * * * Ansiedade É sempre um estado emocional negative, desagradável Diferenciar ansiedade e impulsividade Sentimentos de Preocupação Apreensão Acompanhados de alterações na esfera: Cognitiva Somática comportamental * * MEDO x ANSIEDADE MEDO PERIGO IMINENTE, APARECIMENTO ABRUPTO REAÇÃO AGUDA RESPOSTA AGUDA A AMEAÇAS PRÓXIMAS ANSIEDADE PRESENÇA DA AMEAÇA É AMBÍGUA, INCERTA REAÇÃO INSIDIOSA E SUSTENTADA RESPOSTA A AMEAÇAS DISTANTES E APENAS POSSÍVEIS. * * INTRODUÇÃO Reação adaptativa, relacionada ao instinto de sobrevivência Evolutivamente permite a reação de “FUGA OU LUTA” (“fight or flight”). Contitui-se de duas vertentes sintomatológicas principais: Queixas subjetiva Queixas objetivas * * NEUROBIOLOGIA Estão envolvidos alguns sistemas de neurotransmissores: Noradrenalina (Locus ceruleos) Serotonina (Núcleos da Rafe) GABA (Todo o SNC e Periférico) Eixo Pituitário – hipotalâmico – adrenal (↑ cortisol : memória, concentração, vigilância) Stress → ↑ CRH → estímulo ao eixo * * Alterações neurofuncionais na ansiedade * * * * O papel da Amigdala * * O papel da Amigdala * * Amigdala e o Córtex prefrontal Giro anterior do cíngulo Córtex órbito frontal * * A relação amigdala e hipotálamo Hipotálamo Eixo HRA * * A relação amigdala e hipotálamo * * A relação da amigdala com o hipocampo Hipocampo * * A relação da amigdala com o sistema cardiovascular Locus Ceruleus * * A relação da amigdala com o sistema cardiovascular * * A relação da amigdala com o sistema respiratório Núcleo parabraquial * * A relação da amigdala com o sistema respiratório * * O papel da Amigdala * * Diferentes regiões, diferentes neurotransmissores, diferentes circuitos uma única síndrome * * SINTOMATOLOGIA Queixas subjetivas: Sensação de apreensão, angústia, desconforto, insegurança, mal estar indefinido, dificuldade de concentração, sensação de estranheza ou despersonalização, desrealização. Medo de um desfecho desfavorável * * SINTOMATOLOGIA Queixas Objetivas Hiperatividade autonômica : taquicardia, hiperpnéia, dispnéia, sudorese, bca seca, náusea, diarréia, micção frequente, dificuldade para engolir, mal-estar abdominal (dor ou náusea), arrepio, ondas de calor ou frio. Hiperventilação → parestesias, tontura, vertigem, dor ou “pressão no peito”. Tensão muscular → sensação de tensão, dificuldade para relaxar, dores diversas e inespecíficas, dispnéia (contração espástica do diafragma) * * ANSIEDADE NORMAL X ANSIEDADE PATOLÓGICA Quando tratar? Lembrar que : sintomas subsindrômicos persistentes tendem a evoluir para síndrome estabelecida. Sintomas subsindrômicos e residuais estão diretamente relacionados a resistência terapêutca Os médicos generalistas tendem a tratar os sintomas de ansiedade e depressão sem se preocupar com o diagnóstico. * * CRITÉRIOS IMPORTANTES Intensidade ou gravidade dos sintomas Perguntas: sintomatologia é incapacitante? Interfere com as atividades diárias? Interfere na qualidade de vida? Frequência dos sintomas Por ex.: número de ataques de pânico. Ansiedade situacional. Tempo de evolução dos sintomas Tendemos a suportar melhor um intenso grau de ansiedade de curta duração do que um pequeno sofrimento constante. * * TIPOS DE EVOLUÇÃO FONTE: STEPHEN M. STAHL - ESSENTIALS OF PSYCHOPHARMACOLOGY - 2ND EDITION FONTE: STEPHEN M. STAHL - ESSENTIALS OF PSYCHOPHARMACOLOGY - 2ND EDITION * * TIPOS DE EVOLUÇÃO FONTE: STEPHEN M. STAHL - ESSENTIALS OF PSYCHOPHARMACOLOGY - 2ND EDITION FONTE: STEPHEN M. STAHL - ESSENTIALS OF PSYCHOPHARMACOLOGY - 2ND EDITION * * TIPOS DE EVOLUÇÃO FONTE: STEPHEN M. STAHL - ESSENTIALS OF PSYCHOPHARMACOLOGY - 2ND EDITION FONTE: STEPHEN M. STAHL - ESSENTIALS OF PSYCHOPHARMACOLOGY - 2ND EDITION * * ALGORITMO PARA AVALIAÇÃO * * QUANDO TRATAR? Avaliação individual Sempre que houver prejuízo persistente das atividades diárias com queda da qualidade de vida (casos moderados a graves). Sempre que for fechado um diagnóstico com prejuízo funcional. Sempre nos pacientes refratários à estratégias psicoterápicas * * TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Transtorno do Pânico Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) Fobia Social Fobias específicas (agorafobia) * * Transtorno do pânico * * * * TRANSTORNO DO PÂNICO HISTÓRICO “Síndrome do coração irritável” – descrita por Jacob Mendes Da Costa (1833-1900) entre soldados da guerra civil americana. Incluia a maioria dos sintomas hoje presentes no DSM-IV. Sigmund Freud (1895) descreveu o conceito de neurose de ansiedade. Foi o primeiro a relacionar ataques de pânico com agorafobia. * * EPIDEMIOLOGIA Prevalência ao longo da vida de 4%, em 6 meses 1% e 5,6% para ataques de pânico. 2-3 mulheres para cada homem acometido (subdiagnóstico). Adulto jovem, idade média de 25 anos. Fator de risco (social): histórico recente de divórcio ou separação. * * COMORBIDADES 75% dos pacientes com agorafobia tem transtorno do pânico. 10% a 15% dos pacientes com Transtorno do Pânico tem comorbidade com depressão (2/3 deste desenvolveram primeiro o transtorno do pânico). 91% dos pacientes tem algum outro diagnóstico psiquiátrico . Fobia Social, Fobia específica, TAG, TOC e TEPT * * ATAQUE DE PÂNICO CRITÉRIOS: Período de medo intenso ou desconforto, no qual ao menos 4 dos sintomas abaixo se iniciaram abruptamente e atingiram um pico em torno de 10 minutos. Palpitação, taquicardia Sudorese Tremor Dispnéia Sensação de sufocamento Náusea ou desconforto abdominal * * ATAQUE DE PÂNICO CRITÉRIOS: Dor no peito ou desconforto Sensação de desequilíbrio, cabeça oca, tonteira ou desmaio Desrealização ou despersonalização Medo de perder o controle ou enlouquecer Medo de morrer Parestesias Calafrios ou ondas de calor * * ATAQUE DE PÂNICO PODE OCORRER DE TRÊS FORMAS DISTINTAS: SITUACIONAL (SEMPRE ASSOCIADO A UM ESTÍMULO) PREDISPOSTO POR UM ESTÍMULO OU SITUAÇÃO ESPONTÂNEO * * DIFERENTES SISTEMAS DIAGNÓSTICOS CID-10: Requer que tenham ocorrido pelo menos três ataques de pânico em três semanas ou 4 ataques em quatro semanas para o diagnóstico do Transtorno do Pânico. * * DIFERENTES SISTEMAS DIAGNÓSTICOS DSM - V - Ao menos dois ataques espontâneos, um deles seguido pelos critérios qualitativos a seguir. Não requer critério quantitativo rígido, mas qualitativo. O ataque de pânico deve ser seguido, no próximo mês ou mais, por: preocupação persistente em ter outros ataques de pânico Preocupação com as implicações do ataque ou suas consequências (ficar maluco, morrer, perder o controle, ter um infarto) Uma mudança significativa no comportamento em virtude do ataque. * * DIFERENTES SISTEMAS DIAGNÓSTICOS DSM-V E CID-10 O ataque de pânico não é melhor explicado pelo efeito fisiológico direto de uma substância (p.ex: Droga de abuso) ou doença cl[inica (por. Ex.: hipertireoidismo). O ataque de pânico não é melhor explicado pela presença de outro transtorno psiquiátrico (fobia social, fobia específica, TOC, TEPT ou Ansiedade de separação). * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CLÍNICOS Hipertireoidismo Hiperparatireoidismo Feocromocitoma Hipoglicemia Asma Arritmias DPOC IAM Epilepsia PSIQUIÁTRICOS Fobia social Fobia específica Transtorno de Ansiedade Generalizada TEPT TOC * * AGORAFOBIA * * AGORAFOBIA Ansiedade intensa e evitação de estar em lugares abertos, situações de onde pode ser difícil ou embaraçoso escapar, sair ou na qual não haja possibilidade de ser ajudado por alguém caso venha a apresentar ataque de pânico. (por exemplo: praças, ruas cheias, estádios etc). * * AGORAFOBIA E T. DO PÂNICO A relação de agorafobia e transtorno do pânico é controversa. CID-10: tenta desvincular o pânico e agorafobia, e a considera um diagnóstico como as demais fobias específicas. Estudos epidemiológicos: 50% dos pacientes com Agorafobia não apresentam T. Pânico. * * TRATAMENTO Antidepressivos: ISRS Tricíclicos Iniciar em doses baixas, titular lentamente. Benzodiazepínicos: Associar ao antidepressivo, inicialmente de forma regular, após como SOS. Resposta pior quando comorbido à agorafobia. DURAÇÃO MÍNIMA DE OITO MESES A UM ANO DE TRATAMENTO. * * Caso clínico A Sra M, 25 anos, trabalha como diretora de arte de uma revista de moda, procura uma clínica de ansiedade após ler em um jornal local sobre o trabalho realizado pela clínica. Chega bem vestida e sem acompanhante. Refere procurar tratamento para “ataques de pânico” que tem ocorrido com aumento da frequência no último ano, chegando a 2 a 3 episódios por dia. Estes ataques se iniciam com uma onda súbita e intensa de um “medo terrível” que parece começar do nada, algumas vezes ocorrem durante o dia, as vezes acordam-na à noite. Ela começa a tremer, sente enjôo, sudorese profusa, sente como se estivesse engasgada e teme que irá “perder o controle” ou fazer algo sem sentido, como sair correndo e gritando pela rua. A sra M lembra que o primeiro ataque que teve estava no ensino médio, ela estava namorando um rapaz que seus pais desaprovavam, assim tinha que fazer muitas coisas às escondidas. Estava também sob grande estresse em virtude da época do vestibular. Lembra-se que o primeiro ataque ocorreu logo após ter recebido a notícia de ter passado para as melhores universidades. Os atques duravam apenas alguns minutos e ela conseguia esperar eles passarem. For a isso, tinha saúde perfeita e não procurou tratamento. * * A Sra M sempre teve excelente desempenho escolar , no trabalho e vida social, for a os ataques de pânico e um período breve de depressão leve quando terminou com o namorado. É uma pessoa comunicativa e amigável, é respeitada por seus colegas e amigos por sua inteligência e criatividade e por sua habilidade em resolver conflitos. Nunca chegou a limitar suas atividades, mesmo em períodos em que tem ataques graves e frequentes, embora pode acontecer de ficar em casa um dia por estar exausta dos múltiplos ataques. Nunca associou os ataques a locais específicos. Ela diz, por exemplo, que é tão provável que ela tenha um ataque em casa deitada em sua cama como dentro do metrô, assim não vê sentido em evitar estes locais. Onde ocorrerem os ataques “eu tento lutar contra eles”. A Sra M teve ataques intermitentes nos últimos 8 anos desde o primeiro ataque. Algumas vezes faca assintomática por vários meses, mas algumas vezes, como agora, tem vários episódios no mesmo dia. Há uma variabilidade intensa na intensidade dos sintomas, alguns são tão graves e debilitantes que precisa tirar o dia de folga e não consegue trabalhar. * * Transtorno de ansiedade generalizada - TAG * * * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) ANSIEDADE: Pode ser conceitualizada como uma resposta normal e adaptativa à ameaça, que prepara o organismo para reação de luta ou fuga. Pessoas que tendem a sentirem-se ansiosas com quase tudo, provavelmente são portadoras do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA EPIDEMIOLOGIA Prevalência em um ano é de aproximadamente 3% a 8%, prevalência ao longo da vida é de 5%. Razão mulher:homem é de 2:1, no entanto em amostras clínicas esta proporção cai para 1:1. Em ambulatórios especializados o TAG corresponde a, aproximadamente 25% dos casos atendidos. Início no final da adolescência ou adulto jovem * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA COMORBIDADES: Aproximadamente 50% a 90% dos pacientes portadores de TAG apresentam outro transtorno mental associado. Comorbidades comuns: depressão, Transtorno do Pânico Fobia Social, Fobia Específica, Dependência Química ou Uso abuso de substâncias. * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA DIAGNÓSTICO: DSM-V: ansiedade e preocupação excessivas sobre vários eventos ou atividades durante a maior parte dos dias por, pelo menos, 6 meses. A preocupação é difícil de controlar, está associada a sintomas somáticos como tensão muscular, palpitações, irritabilidade, insônia, agitação. A ansiedade é difícil de controlar, traz sofrimento subjetivo, está associada a diminuição na qualidade de vida. * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA SINTOMAS: Hiperatividade autonômica : dispnéia, palpitações, sudorese, sintomas gastrointestinais (náusea, vômito ou dor) Tensão motora: tremores, agitação e cefaléia. Vigilância Cognitiva: irritabilidade, sobressaltos, distúrbio do sono. * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Está associado a 3 ou mais dos sintomas: Agitação, sentir-se ligado ou “no limite” Sentir-se facilmente cansado Dificuldade para se concentrar Irritabilidade Tensão muscular Disturbio do sono A preocupação não se relaciona a outro diagnóstico do eixo I. (p.ex. Preocupação com contaminação no TOC) * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Ansiedade e preocupações excessivas, ocorrendo na maioria dos dias, durante pelo menos 6 meses. A pessoa acha difícil controlara ansiedade ou preocupação. * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA Causa prejuízo nas atividades diárias Não ocorre pelo efeito fisiológico direto do uso de substâncias. Condição crônica, pode durar toda a vida. * * TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA TRATAMENTO ISRS Benzodiazepínicos Buspirona (agonista 5-HT) Venlafaxina Antidepressivos tricíclicos * * Fobia social * * * * FOBIA SOCIAL Também denominada Transtorno de Ansiedade Social. Medo excessivo de uma determinada circunstância social (ex: falar em público, comer em público, assinar cheques) Necessariamente acompanhada de ansiedade excessiva, podendo chegar ao pânico. Medo de ser humilhado, criticado, passar vergonha em determinada situação (ou situações) social. * * FOBIA SOCIAL Prevalência ao longo da vida é de 3% a 13%. Na população geral mulheres são mais afetadas que homens, mas em amostras clínicas os homens são mais afetados. Início mais comum na adolescência, embora possa começar Tão cedo quanto 5 anos de idade, ou até 35 anos de idade. * * FOBIA SOCIAL COMORBIDADES: ALCOOLISMO Outros transtornos ansiosos Depressão * * FOBIA SOCIAL A. Medo importante e persistente de uma ou mais situações sociais, onde a pessoa é exposta a pessoas desconhecidas ou pode ser criticada por outros. O indivíduo teme se comportar de forma humilhante ou embaraçosa, ou de apresentar sintomas ansiosos perceptíveis. B. A exposição à situação temida, invariavelmente, provoca ansiedade, que pode configurar um ataque de pânico. * * FOBIA SOCIAL Ansiedade de desempenho: A situação social é evitada, ou vivida com sofrimento intenso. Generalizada : quando o medo está associado a maior parte das situações sociais. * * FOBIA SOCIAL DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Fobia específica Transtorno do pânico Transtorno de Personalidade evitativo Transtorno de Personalidade Esquizoide Depressão * * FOBIA SOCIAL TRATAMENTO: Terapia Cognitivo Comportamental Antidepressivos Benzodiazepínicos - evitar Beta bloqueadores * * Transtorno Obsessivo Compulsivo e seu “espectro” * * Espectro Obsessivo Compulsivo Transtorno obsessivo compulsivo Transtorno dismórfico corporal * * Espectro Obsessivo Compulsivo O que é uma obsessão? Pertence a qual esfera psicopatológica? Características principais O que é uma compulsão? Pertence a qual esfera psicopatológica? * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO OBSESSÕES: Pensamentos , idéias, sensações ou sentimentos intrusivos e recorrentes, egodistônicos, que geram habitualmente grande desconforto e ansiedade. COMPULSÕES: Comportamentos repetitivos, recorrentes e conscientes, que seguem as obsessões e tem por objetivo anular a idéia obsessiva ou diminuir a ansiedade. * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO O TOC é um transtorno com características diversas. Incluem pensamentos intrusivos, rituais, preocupações e compulsões. Classicamente, o paciente tem insight quanto a cognição irreal. Obsessões e compulsões são egodistônicos As obsessões e compulsões consomem tempo e interferem com a rotina, funcionamento. * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM IV A) Presença de compulsões ou obsessões: Obsessões definidas conforme 1,2,3 e 4. 1) Pensamentos, impulsos ou imagens persistentes e recorrentes que são experimentados em algum momento durante o transtorno como intrusivos e impróprios e que causam acentuada ansiedade ou desconforto; * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO EPIDEMIOLOGIA Dois padrões evolutivos distintos Início precoce, na infância, mais comum em meninos, difícil resposta terapêutica. Início na adolescência – adulto jovem, mais comum em mulheres, melhor padrão de resposta terapêutica. Maior associação com depressão. * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM IV A) Presença de compulsões ou obsessões: Obsessões definidas conforme 1,2,3 e 4. 1) Pensamentos, impulsos ou imagens persistentes e recorrentes que são experimentados em algum momento durante o transtorno como intrusivos e impróprios e que causam acentuada ansiedade ou desconforto; * * 2) Os pensamentos, impulsos ou imagens não simplesmente preocupações excessivas sobre problemas de vida reais; 3) A pessoa tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com outros pensamentos ou ações; 4) A pessoa reconhece, no entanto, que os pensamentos obsessivos impulsos ou imagens são produtos de sua mente e não como originados de fora. * * Compulsões definidas por: 1 e 2 Comportamentos repetitivos (p.ex.lavar as mãos, organizar, verificar), ou atos mentais (rezar, contar, repetir palavras em silêncio) que a pessoa é levada a executar em resposta a uma obsessão ou em virtude de regras que devem ser seguidas rigidamente. Os comportamentos ou atos mentais são destinados a prevenir ou reduzir o desconforto, prevenir algum evento ou situação temidos; entretanto não possuem uma conexão realística ou direta com o que pretendem neutralizar ou prevenir ou são claramente excessivos . * * B. Em algum momento durante o curso da doença a pessoa reconheceu que suas obsessões ou compulsões são excessivas e não razoáveis (isto não se aplica a crianças); C. As obsessões ou compulsões são excessivas, consomem muito tempo (mais de uma hora por dia), ou interferem significativamente nas rotinas normais da pessoa, no seu funcionamento ocupacional ( ou acadêmico) nas atividades sociais ou relacionamentos habituais; * * D. Se no eixo 1 houver um outro transtorno as obsessões ou compulsões não devem ser restritas a ele (Por exemplo preocupação com comida em Transtornos Alimentares; arrancar cabelos na Tricotilomania; preocupação com aparência no Transtorno do Corpo Dismórfico; preocupação com uma droga no Transtorno de Uso de Substâncias, ou em ter uma doença como na Hipocondria; com impulsos ou fantasias sexuais na presença de Parafilias ou ruminações de culpa na presença de DepressãoMaior); E. O transtorno não pode ser devido ao efeito direto de uma substância (por exemplo uma droga de abuso, uma medicação) ou uma condição médica geral. Especificar: Com insight pobre ou não. * * TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO TRATAMENTO: Clomipramina ISRS (sempre em doses mais elevadas do que as descritas para o tratamento da depressão) Em casos graves pode ser indicado o uso de antipsicóticos Terapia Cognitiva Comportamental. * * Transtorno Dismórfico corporal * * TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL Falsa crença ou percepção exegerada de que uma parte do corpo é defeituosa ou de formato fora do aceitável ou habitual Sensação persistente e global (pervasive) Mantém-se apesar do paciente ser assegurado quanto a aparência normal por outros ou pelo médico. Prejuízo social e ocupacional importante Resultam muitas vezes a idas repetidas a cirurgiões plásticos * * TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL Epidemiologia Distribuição igual entre os sexos Não é uma preocupação transitória com a aparência Maioria solteiros e desempregados Idade média de início 30 anos. Primeiros sintomas aparecem na adolescência e adulto jovem. * * TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL Comorbidades importantes: TOC T. Depressivo Fobia Social Estudo de comorbidades * * TRANSTORNOS RELACIONADOS ÀS CATÁSTROFES * * Transtornos relacionados às grandes catástrofes: Transtornos de adaptação: Transtorno de estresse agudo ou reação aguda ao estresse Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) Modificação da personalidade após vivência catastrófica Piora de transtorno mental em tratamento ou em fase de recuperação. * * O que é considerado trauma? Vivenciar, testemunhar ou ser confrontado com evento que envolva: Morte Graves ferimentos Ameaça à integridade física de si ou de terceiros Os eventos podem ser reais ou ameaçadores Envolve sensação de medo intenso, impotência ou horror. * * TRANSTORNO DE ESTRESSE AGUDO * * Características Exposição a trauma conforme critério Deve se iniciar logo após o evento traumático Duração mínima de dois dias e máxima de quatro semanas * * Características Três ou mais dos seguintes sintomas: Sentimento subjetivo de anestesia, distanciamento ou ausência de resposta emocional Redução da consciência quanto às coisas que o rodeiam (p.ex.: estreitamento do campo da consciência). Desrealização despersonalização Amnésia dissociativa * * Despersonalização * * Características Revivências: Imagens, sonhos, ilusões, flashbacks recorrentes com sensação de reviver a experiência. Sofrimento ao lembrar-se. Esquiva acentuada Locais, situações, pessoas Ansiedade ou maior excitabilidade Insônia, reações de sobressalto, irritabilidade, hipervigilância, dificuldade de concentração, inquietação motora. * * TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO (TEPT) * * TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO (TEPT) Tipos de desastres que resultam em graves seqüelas psicológicas: Ampla destruição de propriedade. Desastres causados por intenção humana (terrorismo). Associados com alta prevalência de trauma ou perda de vida. Desastres de causas naturais. * * TEPT Fatores de risco (TEPT): Sexo feminino (2:1). Ansiedade e depressão pré-existentes. Exposição prévia a traumas. Separação precoce. Histórico Familiar de ansiedade ou comportamento anti-social. * * TEPT A pessoa deve vivenciar, testemunhar ou ser confrontada com um ou mais eventos que envolvam morte, ferimento grave ou ameaça a integridade física própria ou de outros. A situação deve ser vivenciada com medo intenso, impotência ou horror. * * TEPT Sintomas de revivescências: Recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas do evento, incluindo imagens, pensamentos ou percepções. Sonhos aflitivos e recorrentes. Agir ou sentir como se estivesse de volta na situação. Ficar muito transtornado quando alguma coisa lembra o evento traumático. Sentir sintomas físicos (como tremores, dificuldades de respirar, sudorese) quando algo lembra o trauma. * * TEPT Comportamento evitativo e entorpecimento emocional Esforços no sentido de evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associadas com o trauma. Esforços no sentido de evitar atividades, locais ou pessoas que ativem recordações do trauma. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do trauma. * * TEPT Comportamento evitativo e entorpecimento emocional Sentir-se distante ou afastado das pessoas. Sentimento de um futuro abreviado. Redução acentuada do interesse ou da participação em atividades prazerosas. Amplitude de afetos restrita * * TEPT Sintomas de hiperexcitabilidade Dificuldades em iniciar ou manter o sono. Irritabilidade ou surtos de raiva. Dificuldades de concentração. Hipervigilância. Resposta de sobressalto exagerada. * * TEPT Os sintomas devem ser clinicamente significativos ou causar importante prejuízo funcional. Os sintomas devem ter duração igual ou maior do que um mês. Para o dignóstico o DSM-IV exige pelo menos um sintoma de revivescência, três de comportamento evitativo e entorpecimento emocional e dois sintomas de hiperexcitabilidade. * * TEPT Tratamento De acordo com o transtorno e a sintomatologia predominante, pode-se utilizar diferentes drogas: Tricíclicos e IMAOs → Sintomas intrusivos. IRSS → Evitação e indiferença. Beta-bloqueadores e agonistas alfa-2 adrenérgicos → hiperexcitação. * * * *