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TEORIA SOCIAL PSICANALÍTICA KAREN HORNEY TEORIAS DA PERSONALIDADE “O MAL BÁSICO É INVARIAVELMENTE A FALTA DE CALOR E AFETO GENUÍNOS.” BIOGRAFIA DE KAREN HORNEY Paralelos com a vida de Melanie Klein. Nasceu em Eibek, Alemanha, em 15 de setembro de 1885. Sentia grande hostilidade em relação ao pai – severo, religioso. Não era uma criança feliz. Em 1906 ingressou na Universidade de Freiburg, uma das primeiras mulheres da Alemanha a estudar Medicina. Casou-se com Oscar Horney, mudaram-se para Berlim. (1885 – 1952) BIOGRAFIA DE KAREN HORNEY Familiarização com os escritos de Freud. Em 1917 escreveu seu primeiro trabalho sobre Psicanálise “A técnica da terapia psicanalítica”. Em sua busca pelo homem certo, teve vários casos amorosos. Em 1932, deixou a Alemanha para assumir um cargo como diretora associada do Instituto Psicanalítico de Chicago. Integrante do Instituto Psicanalítico de Nova York, mas raramente concordava com os membros. Em seu livro Novos rumos da Psicanálise, reivindicou o abandono da teoria dos instintos e uma maior ênfase no ego e nas influências sociais. BIOGRAFIA DE KAREN HORNEY Em 1941 se demitiu do instituto e fundou a Associação para o Avanço da Psicanálise, uma organização rival. Em 1943, após seu rompimento com Fromm, a associação passou a se chamar Instituto Psicanalítico Karen Horney. Em 1950 publicou seu trabalho mais importante, Neurose e crescimento humano, uma expressão do próprio pensamento criativo e independente de Horney. Introdução à teoria social psicanalítica Horney se desencantou com a psicanálise ortodoxa e construiu uma teoria revisionista que refletia suas experiências pessoais. A cultura, em especial as experiências precoces da infância, desempenha um papel essencial na formação da personalidade humana, seja ela neurótica ou sadia. Comparação entre horney e freud Sua discussão principal com Freud não era tanto sobre a precisão de suas observações, mas sobre a validade sobre essas interpretações. Primeiro, ela alertava que a adesão rígida à psicanálise ortodoxa levaria à estagnação tanto do pensamento teórico quanto da prática terapêutica (Horney, 1937). Segundo, contestava as ideias de Freud sobre a psicologia feminina. Terceiro, ela salienta a visão de que a psicanálise deveria ir além de teoria dos instintos e enfatizar a importância das influências culturais na formação da personalidade. O impacto da cultura Horney enfatiza as influências culturais como as bases primárias para o desenvolvimento da personalidade neurótica e normal. Argumentava que a cultura está baseada na competição entre indivíduos. A competitividade e a hostilidade básica que a cultura gera resultam em sentimentos de isolamento. O impacto da cultura De acordo com Horney, a sociedade ocidental contribui para esse círculo vicioso em vários aspectos: As pessoas dessa sociedade estão imbuídas de ensinamentos culturais de parentesco e humildade. As demandas da sociedade por sucesso e realizações são quase infindáveis. A sociedade ocidental diz às pessoas que são livres, que elas podem conseguir qualquer coisa por meio do trabalho árduo e de perseverança. A IMPORTÂNCIA DAS EXPERIÊNCIAS DA INFÂNCIA A infância é a época a partir da qual emerge a maioria dos problemas. Uma variedade de eventos traumáticos, como abuso sexual, espancamento, rejeição aberta ou negligência, pode deixar suas impressões no desenvolvimento futuro de uma criança. Contudo, Horney insistia que essas experiências debilitantes podem, quase invariavelmente, ser relacionadas a falta de carinho e afeição genuínos. HOSTILIDADE BÁSICA E ANSIEDADE BÁSICA Devido a suas necessidades neuróticas, os pais, com frequência, dominam, negligenciam, superprotegem rejeitam ou mimam em excesso. Quando não satisfazem as necessidades do filho de segurança e satisfação, a criança desenvolve sentimentos de hostilidade básica em relação aos pais. No entanto, raras vezes as crianças expressam abertamente essa hostilidade como raiva: em vez disso, elas reprimem sua hostilidade em relação aos pais e não têm consciência de tal circunstância. A hostilidade reprimida leva, então, a profundos sentimentos de insegurança e a uma sensação vaga de apreensão, condição denominada ansiedade básica. mecanismos/ formas de proteção contra a ansiedade básica Assegurando afeto e amor – nem sempre leva ao amor autêntico. Sendo submisso – evitando contrariar aos outros, por exemplo. Obtendo poder – a pessoa acredita que se tiver poder ninguém a prejudicará. Afastando-se – desenvolvimento de uma independência dos outros ou tornando-se emocionalmente desligados deles. Impulsos compulsivos Os Neuróticos têm os mesmos problemas que afetam as pessoas normais, mas estes são experimentados em um grau maior. Ambos utilizam os vários mecanismos protetores para se defenderem da rejeição, da hostilidade e da competividade dos outros. Indivíduos normais - são capazes de usar uma variedade de manobras defensivas de uma forma útil. Neuróticos - repetem de modo compulsivo a mesma estratégia de forma essencialmente improdutiva. Necessidades Neuróticas Caracterizam os neuróticos em suas tentativas de combater a ansiedade básica. Mais especificas do que os quatro mecanismos protetores discutidos antes, mas elas descrevem as mesmas estratégias defensivas básicas. Se sobrepõem umas as outras, e uma única pessoa pode empregar mais de uma categoria. Cada uma delas relaciona de uma maneira ou outra as demais pessoas. Necessidades Neuróticas (10 categorias) Afeto e afeição. Parceiro poderoso. Restringir a própria vida. Poder. Explorar os outros. Reconhecimento ou prestígio social. Admiração pessoal. Ambição e realização pessoal. Autossuficiência e independência. Perfeição e invulnerabilidade. A interação da hostilidade básica e da ansiedade básica com as defesas contra a ansiedade Tendências neuróticas Com a evolução de sua teoria, Horney passou a agrupar as necessidades neuróticas em três categorias gerais. Conflitos intrapsíquicos Tendências neuróticas ansiedade básica Conflitos internos – Indivíduos normais – Neuróticos Interação da criança com os outros Autoimagem ideaLIZADA Visão extravagantemente positiva de si mesmas. Só existe em seu sistema de crenças pessoais. Solidificação da Imagem Idealizada Perdem contato com Self Real Self Idealizado Padrão autoavaliação Movimento em direção ao Self idealizado Não desenvolvem a autorrealização Aspectos da imagem idealizada Busca neurótica pela glória A crença na realidade da imagem idealizada leva a incorporá-la em todos os aspectos da vida - objetivos, autoconceito e relações com os outros. Além da autoidealização, possui três outros elementos: Necessidade de perfeição: impulso em moldar TODA a personalidade. Ambição neurótica: impulso compulsivo em direção a superioridade. Impulso em direção a um triunfo vingativo: elemento mais destrutivo de todos. Reivindicações neuróticas Necessidades e desejos normais não atendidos Frustração Reivindicações neuróticas não atendidas Indignação, confusão, incapacidade de compreensão. Orgulho neurótico Falso orgulho fundamentado em uma imagem espúria do self idealizado. É qualitativamente diferente do orgulho saudável ou da autoestima realista. Auto - ódio Quando percebem que seu self real não combina com as demandas insaciáveis do self idealizado Ódio e menosprezo por si mesmas Horney (1950) reconhecia seis formas principais pelas quais as pessoas expressam auto-ódio: Demandas incessantes ao self – Tirania do dever Auto acusação impiedosa – auto crítica Auto desprezo - impede que se esforcem pela melhora. Autofrustração - concebidapara tornar real uma autoimagem inflada. Autotormento ou autotortura - infligir dano ou sofrimento a si mesmo. Ações e impulsos autodestrutivos - podem ser físicos ou psicológicos, conscientes ou inconscientes,... Psicologia feminina Treinada na psicologia pró-masculina de Freud. Percebeu que a visão psicanalítica tradicional das mulheres era distorcida. Apresentou sua própria teoria, que rejeitava várias ideias básicas de Freud. Ansiedade básica - necessidade dos homens de subjugar as mulheres e no desejo das mulheres de humilhar os homens. complexo de édipo Ocorre devido a certas condições ambientais, e não a biologia. Encontrado somente em algumas pessoas e é uma expressão da necessidade neurótica de amor. Inveja do pênis Considerava o conceito de inveja do pênis não sustentável. Protesto viril Crença patológica de que os homens são superiores as mulheres. Leva facilmente ao desejo neurótico de ser homem. A cultura e a sociedade são responsáveis pelas diferenças psicológicas entre homens e mulheres. psicoterapia Neuroses se desenvolvem a partir do conflito básico costumam se iniciar na infância Ao tentarem resolver esse conflito, as pessoas provavelmente adotarão uma das três tendências neuróticas: em direção, contra ou para longe das pessoas. Objetivo geral Em geral, os pacientes estão convencidos de que suas soluções neuróticas são corretas e relutam em renunciar a suas tendências neuróticas. Ajudar os pacientes a crescerem de modo gradual em direção à autorrealização Abandonando sua autoimagem idealizada Renunciando sua busca neurótica pela glória Trocando o auto ódio por uma aceitação do self real Críticas a horney Pesquisas atuais que apoiassem suas suposições. Aborda muito bem a neurose, mas a personalidade sadia ou normal, é geral e não bem explicada. Termos como ‘’Necessidades neuróticas e Tendências neuróticas’’ são usadas de maneira ora separada, ora intercambiada. Expressões: Ansiedade Básica e Conflito básico nem sempre são diferenciadas. Retrato lúcido da personalidade neurótica. Suas teorias podem ser usadas por terapeutas. Conceito de humanidade Fundamentado a partir das experiências clínicas com seus pacientes. Qual a diferença do paciente saudável para o paciente neurótico? Conceito é Determinista. Indivíduos neuróticos com acompanhamento psicoterápico adequado, conseguem controlar tais conflitos.
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