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RESUMO TEORIAS DA PERSONALIDADE 
PERSONALIDADE 
Allport considera Personalidade Psicossociológica (personalidade é o valor da impressão social 
que o indivíduo provoca. “personalidade agressiva” “personalidade submissa”; e Personalidade 
Psicobiológica: personalidade tem um lado orgânico assim como um lado aparente, e está vinculada às 
qualidades específicas do indivíduo, e pode ser descrita e mensurada objetivamente. 
Do ponto de vista Dinâmico a “Personalidade é um organismo vivo, em um meio físico e social, 
reagindo a necessidades internas assim como a estímulos ambientais”. Anzieu, D. (1976). Gera reações: 
Visam modificar o meio externo (condutas) – descarga motora; e visam modificar o próprio organismo 
(imagens, afetos). A personalidade é ao mesmo tempo agente de mudança e o agente de resistência à 
mudança. Ou seja, personalidade são características, comportamentos e ajustamentos únicos de um 
indivíduo à vida (Integração e Dinâmica). Podendo ser moldada por: Hereditariedade, Tendências 
constitucionais, Maturidade, Identificações (projeção/introjeção) e Valores e papéis culturais. 
Personalidade são característica estáveis e peculiares de cada indivíduo que influencia seu 
comportamento em situações diversas. O estudo da psicologia surgiu independente e basicamente 
experimental a partir da fusão de ideias advindas da filosofia e fisiologia. Wundt fundou o primeiro 
laboratório de psicologia no final do século XIX. Várias teorias explicam a estrutura e o desenvolvimento 
da Personalidade de diferentes formas, mas todos concordam que a personalidade determina o 
comportamento. A configuração de características e comportamentos que inclui o ajustamento único de 
um indivíduo à vida. Inclui: traços, interesses, impulsos, valores, autoconceito e padrões emocionais 
(totalidade complexa e dinâmica). 
Transtornos de Personalidade 
Os transtornos de personalidade são um grupo de doenças psiquiátricas em que a pessoa tem um 
padrão de pensamento e comportamento bastante rígido e mal ajustado. Sem tratamento, que envolve 
psicoterapia e medicamentos, o problema costuma ter longa duração e causa sofrimento e dificuldade 
nos relacionamentos pessoais e em outras áreas. São classificados em categorias que têm características 
comuns. Embora seja comum reconhecer traços de si mesmo em diferentes transtornos de 
personalidade, quem tem o problema possui a maior parte das características de um transtorno 
específico. Transtornos excêntricos ou estranhos: 
• Transtorno de personalidade paranoide - pessoas com esse transtorno tendem a desconfiar dos 
outros e achar que vão ser enganadas. Por causa disso, elas podem ser hostis ou emocionalmente 
desapegadas. 
• Transtorno de personalidade esquizoide - provoca falta de interesse em relações sociais. Quem 
tem o problema é indiferente às interações sociais. 
• Transtorno de personalidade esquizotípica - pode levar a um comportamento excêntrico, 
pensamentos e crenças incomuns ou bizarras, sentimento de desconforto em ambientes sociais 
e dificuldade para ter relacionamentos íntimos. 
Teoria Útil ou Inútil 
Verificabilidade: capacidade de teoria gerar predições que são confirmadas na pesquisa empírica. 
Abrangência: alcance (mais amplo possível) na compreensão dos fenômenos. 
Teorias da Personalidade 
• Psicodinâmicas: enfatizam os motivos inconscientes e os conflitos intrapsíquicos. 
• Estruturais: focalizam as diferentes tendências comportamentais que caracterizam os indivíduos. 
• Experimentais: observam como o indivíduo percebe a realidade e a experiencia seu mundo. 
• Aprendizagem: focam a base aprendida das tendências de respostas. 
Normal e Patológico 
Padrões de normalidade, embora as duas teorias se diferenciem quanto à concepção de doença 
mental, elas se assemelham no sentido de que ambas supõem um critério do que é normal. Conceitos 
relativos, dependem da cultura/tempo histórico. Exemplo: homossexualidade (era visto como doença ou 
conduta valorizada), moça com liberdade sexual (louca ou resolvida). 
Como estabelecer a Normalidade 
Constroem-se a partir do desenvolvimento científico de determinada área do conhecimento e a partir de 
dados da cultura e do comportamento do próprio observador. 
Previsão Científica 
A questão de normalidade acaba por desvelar o poder que a ciência tem de formular o destino 
do indivíduo rotulado a partir do diagnóstico fornecido por um especialista. 
Loucura Doença 
Expressões das contradições do nosso corpo. Não é um produto apenas da sociedade, mas 
uma interação dos níveis nos quais compomos: 
biológico, psicológico e sociológico. 
 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 
ABORDAGEM PSICANLÍTICA - FREUD 
Freud nasceu em Morávia (República Checa). Formou-se em medicina na Universidade de Viena. 
Seus pais lhe ensinaram em casa antes de ele entrar no Spurling Gymnasium, onde ele foi o primeiro em 
sua classe e formou-se Summa cum Laude (Com a Maior das Honras). 
Depois de estudar medicina na Universidade de Viena, Freud trabalhou e ganhou respeito como 
um médico. Através de seu trabalho com o respeitado neurologista francês Jean-Martin Charcot, Freud 
ficou fascinado com o distúrbio emocional conhecido como histeria. Mais tarde, Freud e seu amigo e 
mentor Dr. Josef Breuer apresentaram o estudo de caso de uma paciente conhecida como Anna O. 
Anna O era uma mulher chamada Bertha Pappenheim. Seus sintomas incluíam uma tosse nervosa, a 
anestesia tátil, e paralisia. Ao longo de seu tratamento, a mulher lembrou várias experiências 
traumáticas, que Freud e Breuer acreditavam que contribuíram para a sua doença. Os dois médicos 
concluíram que não havia nenhuma causa orgânica para dificuldades de Anna O, mas que, falar sobre 
suas experiências teve um efeito calmante sobre os sintomas. Freud e Breuer publicou o trabalho 
Estudos sobre a histeria em 1895. Foi Bertha Pappenheim que se refere ao tratamento como “a cura 
pela fala”. 
 
Instintos ou Pulsões: forças propulsoras da personalidade 
As Pulsões são elementos básicos da personalidade, forças motivadoras que impulsionam o 
comportamento e determinam seu rumo. Os Instintos são uma forma de energia fisiológica transformada 
que liga as necessidades do corpo com os desejos da mente. Quando o corpo está em um estado de 
necessidade, a pessoa tem a sensação de tensão ou pressão. A meta do instinto é satisfazer a 
necessidade, reduzindo a tensão. Pode ser chamada de abordagem homeostática, porque tendemos a 
manter um equilíbrio fisiológico, para manter o corpo livre de tensão. 
 
Tipos de instintos (vida x morte) 
O objetivo dos instintos de vida é a sobrevivência do indivíduo e da espécie (comida, ar, sexo). A 
Libido é a energia psíquica manifestada pelo instinto de vida, que pode ser investida na representação de 
objetos -> catexia. 
 
Instinto de Vida 
Impulso de assegurar a sobrevivência. 
Libido: energia psíquica que impulsiona as pessoas para comportamentos e pensamentos 
prazerosos. 
Catexia: investir a energia psíquica na representação de um objeto ou pessoa. 
 
Instintos de Morte 
Em oposição aos instintos de vida, Freud postulou os instintos destrutivos ou de morte que são impulsos 
inconscientes na direção da degeneração, destruição e agressão. 
Impulso agressivo: compulsão de destruir, subjugar e matar. 
 
Níveis da Personalidade 
Consciente: todas as sensações e experiências das quais estamos cientes em todos os 
momentos. Aspecto limitado da personalidade, pois somente uma pequena parte dos nossos 
pensamentos, sensações e lembranças existem no consciente. 
Pré-consciente: depósito de lembranças, percepções e ideias das quais não estamos cientes no 
momento, mas que podemos trazer para o consciente com facilidade. 
Inconsciente: contém a força propulsora por trás de todos os comportamentos e é o depósito de 
forças que não controlamos nem vemos. 
 
Estrutura da PersonalidadeID – conceito inicial que corresponde ao inconsciente. Trata-se do reservatório dos instintos e da 
libido, fonte da energia psíquica (fornece energia para o Ego e Superego). Opera de forma vital e 
diretamente relacionado com a satisfação das necessidades, de acordo com o princípio do prazer (evitar 
a dor e maximizar o prazer). 
Relaciona-se com o Processo Primário que é o raciocínio infantil pelo qual o ID tenta satisfazer os 
impulsos instintivos. 
EGO – mediador entre ID e Superego. Aspecto racional da personalidade, ajuda o ID a obter a 
redução da tensão. O EGO decide quando e como os instintos podem ser satisfeitos da melhor maneira. 
Ele percebe o ambiente e o manipula de forma prática e realista agindo com o Princípio da Realidade 
(limitações necessárias às expressões dos instintos do ID). 
Relaciona-se com o Processo Secundário que é o raciocínio mais maduro para lidar racionalmente com 
o mundo exterior. 
SUPEREGO – conjunto poderoso de ordens ou crenças, ou seja, conceito de certo e errado. É a 
moralidade da consciência, adquirida por volta dos 5 ou 6 anos por meio de regras. O SUPEREGO se 
divide em dois: 
• Consciência: constituídos de comportamentos ruins aos quais as crianças foram ou serão punidas. 
• Ideal do EGO: constituído de comportamentos bons ou corretos pelos quais as crianças foram 
elogiadas. 
 
Ansiedade: ameaça ao Ego 
Para Freud a ansiedade é um temor sem razão, um sentimento de medo e apreensão sem causa óbvia. 
• Ansiedade Neurótica (EGO x ID): tem por base a infância, onde as crianças em geral são punidas 
por expressar abertamente seus impulsos sexuais ou agressivos. Ou seja, a ansiedade neurótica 
é o medo inconsciente de ser punido por exibir comportamentos dominados pelo ID. 
• Ansiedade Moral (ID x SUPEREGO): medo da nossa consciência, quando você está motivado a 
agir por meio de impulsos instintivos que não está de acordo com seu código moral, o SUPEREGO 
se vinga, fazendo você sentir vergonha ou culpa, pode-se chamar de Ataque de Consciência. 
• Ansiedade Frente à Realidade/Objetiva: envolve o medo de perigos tangíveis no mundo real. Tem 
finalidade positiva de orientar nosso comportamento para escaparmos ou nos protegermos de 
perigos reais. 
Para se defender de uma ansiedade, o EGO utiliza os mecanismos de defesa para reduzir o conflito entre 
as demandas do ID e o EGO ou entre ID e SUPEREGO. 
 
Mecanismos de Defesa 
• Repressão - negação inconsciente da existência de algo que causa ansiedade. Exemplo: reprimir 
um sentimento, ideia, afeto, etc. 
 
• Negação - substituir por uma fantasia ou negar a existência de uma ameaça externa ou evento 
traumático. Exemplo: criança nega ter tido um comportamento para não ser castigada. 
 
• Racionalização: reinterpretação de um comportamento a fim de torná-lo mais aceitável. Exemplo: 
 
• Projeção: atribuir um impulso perturbador a outra pessoa ou coisa, fugir de uma 
autorresponsabilidade. Exemplo: eu sou frágil, mas aponto a fragilidade nos outros negando a 
minha. 
 
• Regressão: volta a um período de vida anterior menos frustrante, apresentar características 
infantis de comportamento. Exemplo: fumante quando se sente frustrado ou angustiado regressa 
a fase oral (o prazer estava concentrado na boca) ele se sentia protegido ao se amamentar. 
 
• Formação Reativa: expressar o oposto do que se sente. Exemplo: gosto de uma pessoa, mas 
demonstro que não suporto ela. 
 
• Sublimação: desvio dos impulsos para algo que a sociedade aceita e valoriza. Deslocamento de 
impulsos do ID, transformando energia instintiva em comportamentos socialmente aceitáveis. 
Exemplo: Praticar esportes de luta para sublimar a real vontade de agredir alguém, pois a luta é 
socialmente aceita. 
 
• Deslocamento: se um objeto que satisfaz um impulso do ID não está disponível, a pessoa pode 
deslocar para outro objeto, o objeto substituto não reduzirá a tensão de maneira tão satisfatória 
como o objeto original. Exemplo: seu chefe te trata mal no trabalho e você chega em casa e 
descarrega a raiva em sua esposa ou filhos. 
 
• Isolamento: separa-se o fato ocorrido do sentimento ligado a ele, tirar (inconscientemente) o fato 
angustiante do foco atual. Exemplo: parar de nadar por ter medo de água. 
 
Estágios Psicossociais do Desenvolvimento 
Estágios nos quais a gratificação dos instintos do ID depende das áreas correspondentes do corpo. 
Oral (nascimento até 12 meses) 
Nascimento até os 2 anos de vida. Libido (fonte de prazer) está na boca, prazer de sugar, engolir e morder. 
O prazer oral é a base das ligações afetivas. Dependência absoluta, primeiro vinculo é o seio materno 
(incorporação - objeto concreto). Início da formação do ego: aprende que não pode ter leite toda hora que 
quer. 
O caráter narcisista da libido oral evolui para um investimento no mundo externo, na medida em que a 
mãe impõe uma frustração suportável à criança, marcando o processo de distinção entre o mundo externo 
e o mundo interno. 
 
Anal (1 a 3 anos) 
O treinamento dos hábitos de higiene. Para Freud, o treinamento de uso do banheiro tinha um efeito 
significativo no desenvolvimento da personalidade. A defecção oferece prazer erótico para a criança, onde 
ocorre a autonomia inicial. Transição entre fase de total dependência (passiva – dependia dos outros para 
trocar fraldas, para uma fase ativa – eu vou no banheiro sozinha) para uma fase predominantemente 
ativa, de autonomia motora e de linguagem. 
 
Fálica-Edipiana (3 a 6 anos) 
As crianças neste estágio exibem curiosidade ao explorar e manipular os genitais, a realidade e a 
moralidade se desentendem por conta do ID malvado. Complexo de Édipo na qual há a definição do 
objeto de desejo (geralmente mãe para meninos e pai para meninas), pois percebe que o obstáculo (pai) 
tem uma relação especial com a mãe, o que cria ciúmes na criança. 
Ansiedade de Castração: os meninos temem que seu pênis seja cortado. 
Nas meninas pode-se apresentar o Complexo de Electra no qual, a mãe é o obstáculo e o pai é o objeto 
de desejo. As meninas se sentem inferiores aos homens por não terem um pênis (Inveja do Pênis). 
 
Latência (6 aos 11 anos) 
O instinto sexual está inativo (sublimado) temporariamente, a atenção vai para as atividades escolares, 
hobbies, esportes e desenvolvimento de amizades com pessoas do mesmo sexo. 
 
Genital (12 a vida adulta) 
Busca de sexualidade, a libido (voltada para a sexualidade) passa do próprio corpo para o corpo de outras 
pessoas da mesma idade (hétero ou homossexualmente), começa na puberdade. O adolescente tem de 
se adaptar às sanções e tabus da sociedade que existem em relação à expressão sexual. 
 
Adulto/Maturidade 
Para Freud: aquele que é capaz de amar e trabalhar. 
 
Avaliação na Teoria de Freud 
Freud considerava o inconsciente a principal força motivadora da vida, portanto a meta do sistema da 
Psicanálise era trazer essas lembranças, memórias, temores e pensamentos reprimidos de volta para o 
nível da consciência. Freud elaborou dois métodos de avaliação: 
• Livre associação: técnica na qual o paciente diz o que quer lhe venha à mente (devaneio em voz 
alta). Freud usava a técnica de Breuer de hipnose para fazer os pacientes reviverem as 
experiências, aliviando os sintomas perturbadores (catarse). Freud parou de usar a hipnose, pois 
alguns de seus pacientes não se recordavam do que reviveram durante a hipnose e porque Freud 
tinha certa dificuldade de hipnotizar certos pacientes. Então seguiu somente com a livre 
associação na qual o paciente ficava de costas para ele e falava o que lhe viesse à mente. O 
material revelado pelos pacientes era predeterminado, imposto a eles pela natureza do seu 
conflito. Porém, em alguns casos, havia resistência (bloqueio ou recusa para revelar lembranças 
dolorosas). 
• Análise dos Sonhos: que se distingue em - Conteúdo Manifesto (refere-se aos eventos reais no 
sonho) e Conteúdo Latente (significado simbólico oculto dos eventos dos sonhos). 
 
Pesquisa na Teoria de Freud 
O principalmétodo de pesquisa de Freud era os Estudos de Caso (histórico detalhado de uma pessoa 
que contém dados de uma série de fontes), porém esses estudos não se baseiam na observação objetiva, 
os dados não são coletados de maneira sistemática e a situação não possibilita a replicação e verificação. 
Freud não mantinha registros textuais de suas sessões de terapia, pois achava que isso tiraria sua 
atenção das palavras dos pacientes. Ele fazia anotações várias horas depois de atendê-los. É possível 
que suas lembranças fossem seletivas e que só registrassem as experiências que confirmassem sua 
teoria. 
 
 
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PSIOLOGIA ANALÍTICA - JUNG 
 
Teorias da personalidade – Schultz Cap. 3 
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, nasceu em 1875, na Suíça. Sua família era muito religiosa, o 
pai e outros familiares eram pastores da Igreja Luterana, o que justifica o interesse precoce de Jung pela 
filosofia e pelo espiritualismo. Jung passava horas sozinho no sótão de sua casa, esculpindo madeira, 
pois sentia-se excluído do mundo externo (realidade consciente). Como fuga, voltou-se para seu 
inconsciente, para o mundo dos sonhos, das visões e das fantasias (onde se sentia mais seguro). 
Se associou com Freud em 1907, os dois se deram muito bem. Jung tinha Freud como figura 
paterna, mas depois de um tempo sentiu que não conseguiria manter uma relação emocional com Freud. 
Jung era um discípulo que criticava, tinha suas próprias teorias e visão peculiar da personalidade humana. 
E quando começou a expressar estes conceitos, rompeu com Freud em 1913. 
Quando estava com 38 anos, teve um episódio neurótico no qual ele achava que corria risco de 
perder contato com a realidade, porém mesmo assim, persistiu no tratamento de seus pacientes. Ele 
superou esse episódio enfrentando seu inconsciente por meio da exploração dos seus sonhos e fantasias. 
Jung elaborou sua teoria com base na intuição e ela foi refinada por dados fornecidos de seus 
pacientes, seguindo linhas empíricas e racionais. 
 
Energia Psíquica: Opostos, Equivalência e Entropia 
Jung definiu a libido de duas maneiras: energia de vida (difusa e geral), e depois, como uma 
energia psíquica que alimenta o trabalho da personalidade, que também era chamada de psique. 
Princípio de Oposição (Princípio dos Opostos) 
Jung observou uma oposição ou polaridade na física do universo (calor vs frio, altura vs 
profundidade), o mesmo acontece com a energia psíquica. Todo desejo ou sensação tem sua oposição, 
essa antítese é o principal motivador do comportamento e gerador de energia, ou seja, quanto maior o 
conflito, maior a energia produzida. 
 
Princípio da Equivalência 
A energia gasta para trazer à tona um problema não é perdida, mas sim transferida para outra parte da 
personalidade, ou seja, é a redistribuição contínua de energia. 
 
Princípio de Entropia 
Tendência ao equilíbrio dentro da personalidade. O ideal é uma distribuição igual da energia psíquica por 
todas as estruturas da personalidade, porém este ideal nunca é atingido. Se o equilíbrio perfeito é 
alcançado, paramos de produzir energia psíquica, pois ela requer que haja conflito para ser produzida. 
 
Os Sistemas de Personalidade 
A personalidade ou psique é composta por várias estruturas ou sistemas que se influenciam entre 
si. 
Ego 
Centro da consciência, preocupado com a percepção, o raciocínio, sensações e lembranças. Consciência 
que temos de nós mesmos, responsável pela execução das atividades normais diárias. 
 
As Atitudes 
Ambas estão presentes na psique, porém uma delas predomina. A atitude predominante tende a 
direcionar o comportamento e o ego da pessoa, a não predominante se torna parte do inconsciente 
pessoal. 
 
Introversão 
As pessoas introvertidas são tímidas e tendem a se concentrar em si mesmas, nos seus pensamentos e 
sentimentos. 
 
Extroversão 
As pessoas extrovertidas são abertas, sociáveis e socialmente assertivas, voltadas para o mundo externo. 
Funções Psicológicas 
Da mesma forma, só uma atitude predomina, enquanto as outras ficam submersas no inconsciente 
pessoal. 
 
Racionais 
Julgam e avaliam nossas experiências, incluem pensamento e sentimento. Pensar envolve julgar 
conscientemente se uma experiência é verdadeira ou falsa. A avaliação feita pelo sentimento é expressa 
em termos de gostar ou não. 
 
Não Racionais 
Não utilizam os processos da razão, constatam experiências, mas não as avaliam. Contam com as 
funções de sensação e intuição. A sensação reproduz uma experiência através dos sentidos e a intuição 
não surge diretamente de um estímulo externo. 
 
Tipos Psicológicos 
Jung propôs 8 tipos de personalidade com base nas interações das atitudes (introversão e 
extroversão) com as funções (pensamento, sentimento, intuição e sensação). 
 
Inconsciente Pessoal 
Semelhante ao pré-consciente de Freud. É um reservatório de material que já foi consciente, mas 
foi esquecido ou reprimido porque era insignificante ou perturbador. Todos os tipos de experiência estão 
armazenados no inconsciente pessoal. 
 
Complexos 
Um complexo é o centro ou padrão de emoções, lembranças, percepções e desejos no 
inconsciente pessoal, organizado em torno de um tema comum. O complexo determina como a pessoa 
percebe o mundo, podendo ser conscientes ou inconscientes. Complexos podem provir não só de 
experiências na infância, mas também na vida adulta, experiências de nossos ancestrais, a ascendência 
da espécie contida no inconsciente coletivo. 
 
Inconsciente Coletivo 
Acúmulo de experiências herdadas de espécies humanas e pré-humanas, transmitidas de geração 
em geração. Todas as experiências que sejam universais (repetidas praticamente por todas as gerações) 
tornam-se parte da nossa personalidade. O nosso passado primitivo é a base da nossa psique, tornando 
o inconsciente coletivo um repositório de experiências ancestrais poderosas e controladoras. Nascemos 
com uma predisposição para perceber nossa mãe de certa maneira. 
 
Arquétipos 
As experiências contidas no inconsciente coletivo se manifestam por temas ou padrões chamados 
de arquétipos. Os arquétipos são gravados na nossa psique e expressos nos nossos sonhos e fantasias. 
Ou seja, arquétipos são imagens de experiências contidas no inconsciente coletivo. 
 
Arquétipo de Persona 
É uma máscara, a face pública que usamos para nos apresentar como alguém diferente do que 
somos. Se o ego se identificar com a persona e não com a verdadeira natureza da pessoa, pode resultar 
numa inflação da persona. 
 
Anima e Animus 
Humanos são seres essencialmente bissexuais, cada sexo manifesta características, 
temperamentos e atitudes do sexo oposto. Aspectos masculinos na psique da mulher são chamados de 
Animus; e aspectos femininos na psique do homem são chamados de Anima. 
 
Essas características do sexo oposto nos ajudam na sobrevivência da espécie porque permitem 
que uma pessoa de um sexo entenda a natureza do outro sexo. 
 
Sombra 
Mais poderosos dos arquétipos, contém os instintos animais básicos e primitivos, os 
comportamentos que a sociedade considera maldosos e imorais, devem ser domados se as pessoas 
quiserem conviver socialmente. O lado obscuro da personalidade, também sendo a fonte da vitalidade, 
da criatividade, espontaneidade e emoção; o ego tem que reprimi-los, mas permitir uma expressão 
suficiente para o fornecimento da criatividade e vigor. 
 
Self 
Representa a unidade, a integração e a harmonia da personalidade total, é a reunião e o equilíbrio 
de todas as partes. A realização do self é uma meta, por isso ele é uma fonte motivadora. 
 
Desenvolvimento da Personalidade 
Dividida em três fases: infância (desenvolvimento do ego se inicia quando a criança consegue se 
diferenciar dos outros), da puberdade à vida adulta (o foco é no externo, na educação, na carreira e 
família) e meia-idade (período de transição, o foco da personalidadese torna interno tentando equilibrar 
a consciente do inconsciente). 
 
Individuação 
Envolve tornar-se indivíduo, explorar nossas capacidades e desenvolver o self. Tendência inata e 
inevitável, mas será ajudada e obstruída por forças ambientais. É o estado de saúde psicológica resultante 
da integração de todas as facetas conscientes e inconscientes da psique. Para lutar pela individuação, 
as pessoas de meia-idade devem abandonar os comportamentos e valores que regeram a primeira 
metade da vida e enfrentar o seu inconsciente, trazendo-o para a consciência e aceitando o que ele lhes 
diz para fazer. Se deixar guiar não pelo racional, mas pelo fluxo espontâneo do inconsciente, só dessa 
forma o verdadeiro self será revelado. 
Há uma mudança nos arquétipos: persona é destronada, é necessário reconhecermos que a 
nossa personalidade pública pode não representar nossa verdadeira natureza, é preciso aceitar o self 
genuíno que a persona vinha encobrindo. Sombra: devemos estar cientes das forças da sombra e 
reconhecer nosso lado obscuro. Precisamos harmonizar todos os aspectos de nossa personalidade. 
 
Transcendência 
Etapa posterior a individuação, uma tendência inata para a unidade e inteireza na personalidade, 
unindo todos os aspectos opostos dentro da psique. 
 
Questões Sobre a Natureza Humana 
Impulso da Individuação e Transcendência é inato, mas pode ser auxiliado ou contrariado pela 
aprendizagem e experiência. A meta fundamental da nossa vida é a realização do self. Cada pessoa é 
única, mas somente na primeira metade da vida, pois quando termos a individuação na meia-idade 
desenvolvemos a universalidade da personalidade, no qual nenhum aspecto predomina. 
Jung apresentava uma imagem mais positiva e esperançosa da natureza humana. Nós somos 
motivados a crescer e nos desenvolver, a melhorar e ampliar nosso self. Jung ainda expressa 
preocupação em relação ao perigo da doença de dissociação, no qual nós enfatizamos muito o 
materialismo, a razão e a consciência empírica. 
 
Avaliação na Teoria de Jung 
As técnicas de avaliação do funcionamento da psique baseiam-se na ciência e no sobrenatural. 
Nas suas sessões, Jung sentava de frente com os pacientes. Jung dizia que as fantasias de seus 
pacientes eram reais para eles e as aceitava no seu sentido literal. Há 3 técnicas básicas para avaliar a 
personalidade: 
 
Associação de Palavras 
Avaliar o modo que a pessoa reage ao tentar responder uma séria de palavras com a primeira 
coisa que lhes vier à mente. Jung utilizou esse teste para descobrir complexos em seus pacientes, no 
qual ele observava as respostas fisiológicas, demora para responder, utilizar a mesma resposta para 
palavras diferentes, não responder, etc. 
 
Análise de Sintomas 
Concentra-se na análise dos sintomas relatados pelos pacientes e tenta interpretar as livres 
associações dos pacientes em função destes sintomas. 
 
Análise de Sonhos 
Para Jung os sonhos são o caminho real para o inconsciente, assim como Freud. Porém, eles se 
diferiam na medida em que Jung preocupava-se mais com as causas dos sonhos. Essa técnica foi 
utilizada para descobrir conflitos inconscientes. 
 
O Inventário dos Tipos Psicológicos Myers-Briggs (MBTI) 
Teste de avaliação baseado nos tipos psicológicos e nas atitudes de introversão e extroversão de 
Jung. 
 
A Pesquisa na Teoria de Jung 
Utilizou o método do estudo de caso (chamado de Reconstrução do Histórico de Vida) que envolvia 
uma ampla reconstrução das experiências passadas de uma pessoa para identificar padrões de 
desenvolvimento que podem explicar as neuroses presentes. Porém seus estudos de caso envolviam 
uma amostra pequena e não representativa de pessoas, o que dificultava a generalização, sua análise 
de dados era subjetiva e não confiável. 
 
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ABORDAGEM COMPORTAMENTAL – SKINNER 
O psicólogo, B. F. Skinner, nasceu no estado da Pensilvânia (EUA) no ano de 1904. Sua criação 
deu-se em um ambiente disciplinado e rígido. Porém, Skinner tornou-se um estudante fora dos padrões, 
interessando-se por poesia e filosofia durante os anos de adolescência. B. F. Skinner acaba se formando 
na Universidade de Nova York em língua inglesa. Sua carreira foi direcionada para a psicologia apenas 
na universidade de Harvard, onde iniciou seu primeiro contato com a teoria behaviorista. 
Dedicou-se durante anos em atividades que envolviam experiências práticas com animais como 
pombos e ratos, baseando-se nessas observações para produção de seus livros. Skinner foi criador das 
caixas de Skinner, nas quais observava animais de laboratório e suas reações a diversos tipos de 
estímulos. Skinner começa a dar aulas em Harvard no ano de 1948. Faleceu em 1990. 
 
Reforço: A Base do Comportamento 
O comportamento pode ser controlado por suas consequências (pelo o que o acompanha). 
Skinner acreditava que um animal ou humano poderia ser treinado para desempenhar praticamente 
qualquer ação e que o tipo de reforço que se segue ao comportamento seria responsável por determiná-
lo. Desse modo, quem quer que tenha o controle do reforço tem o poder de controlar o comportamento. 
 
Comportamento Respondente 
Envolve uma resposta produzida a partir de um estímulo específico, é um comportamento 
reflexivo. Ele não é adquirido, pois não precisamos ser treinados para produzir a resposta adequada, 
ocorre resposta automática e involuntária. Exemplo: se uma pessoa estralar os dedos perto dos olhos de 
outra, esta piscará os olhos de modo involuntário, como resposta do corpo. 
 
Condicionamento 
É um comportamento que se é aprendido, substitui um estímulo por outro. Originado por Pavlov 
(estudos com cachorro), o qual ele trocou o estímulo (comida pelo sino), mas a resposta (salivação) 
continua a mesma. Este experimento demonstrou a importância do reforço, pois não se pode estabelecer 
uma resposta condicionada sem a presença de um reforço. 
 
Reforço 
Ato de fortalecer a resposta com a adição de uma recompensa, pois com uma recompensa há 
maior probabilidade de que a resposta se repita. 
 
Extinção 
Se a recompensa (reforço) não for fornecida, a resposta ao estímulo será extinta. Processo de 
eliminação do comportamento pela retirada do reforço. 
 
Esquemas de Reforço 
Skinner investigou diferentes esquemas de reforço para determinar a sua efetividade em controlar 
o comportamento. Estes esquemas são padrões ou razões de fornecimento ou retirada de reforçadores. 
Dentre eles estão: 
• Intervalo Fixo: reforçador é fornecido a partir de uma primeira resposta que ocorre depois de ter 
passado um intervalo de tempo, onde a sincronização do reforço não tem nada a ver com o 
número de respostas. Exemplo: dar ração para o rato a cada 10 minutos independente de quantas 
vezes ele bater na barra, salário mensal. 
• Razão Fixa: os reforçadores são fornecidos somente após o organismo realizar um determinado 
número de respostas. Exemplo: a cada 10 pressionadas na barra o rato recebe ração, salário por 
comissão (recebe o quanto produz). 
• Intervalo Variável: o esquema de reforço é determinado aparecimento aleatório de resposta. 
Exemplo: pescaria, na qual o reforço (pegar o peixe) é determinado pelo aparecimento aleatório 
de mordiscadas do peixe na isca. 
• Razão Variável: baseado em um número médio de respostas entre os reforçadores, porém com 
grande variação em torno da média. Exemplo: cassino, corridas de cavalo, loteria. 
 
Comportamento Operante 
O comportamento é emitido espontaneamente e atua no ambiente para modificá-lo. A natureza e 
a frequência do comportamento operante serão determinadas ou modificadas pelo reforço que 
acompanha o comportamento. O comportamento atua sobre o ambiente e, como resultado, modifica-o. 
 
Caixa de Skinner 
Ao colocar um rato sem comida na caixa, no início o seu comportamento é espontâneo e aleatório. 
Ele fica ativo e explorando o ambiente, esses comportamentossão emitidos, e não motivados, ou seja, o 
rato não está respondendo a nenhum estímulo de seu ambiente. 
 
Condicionamento Operante 
Procedimento por meio do qual uma mudança nas consequências de uma resposta afetará a taxa 
na qual uma resposta ocorre. 
Na caixa de Skinner, o comportamento do rato (pressionar a alavanca) atuou sobre o ambiente e 
como consequência, o modificou. A ração é um reforçador do movimento de pressionar a barra, o 
comportamento do rato agora está sobre controle dos reforçadores. Ao retirar-lhe a ração, o 
comportamento operante extingue-se da mesma forma que o respondente. Se o comportamento não 
reforçado não funcionar mais (não trazer recompensas), este cessará logo. Assim, a pessoa que controla 
os reforçadores também controla o comportamento. 
Comportamentos que funcionam são exibidos frequentemente e os que não funcionam não se 
repetem. Portanto, o comportamento do organismo atua sobre o ambiente, o qual atua sobre o 
comportamento do organismo sob forma de reforço. 
 
Modificação de Comportamento 
Forma de terapia que aplica os princípios de reforço para ocasionar modificações 
comportamentais desejáveis. 
 
Personalidade para Skinner 
Para Skinner a personalidade era um padrão ou conjunto de comportamentos operantes. O que 
os psicólogos afirmam ser comportamentos neuróticos e animais, para Skinner foi o desempenho 
contínuo de comportamentos indesejáveis que haviam sido reforçados. A personalidade se dá pela 
interação do indivíduo com o ambiente, não tem uma ênfase no inconsciente. 
 
Aproximações Sucessivas (Modelagem) 
Explicação para a aquisição de comportamentos complexos. Comportamentos somente serão 
reforçados quando convergirem ou se aproximarem do comportamento final desejado. Ou seja, o 
organismo é recompensado à medida que seu comportamento se aproxima, em estágios, do 
comportamento final desejado. 
 
Comportamento Supersticioso 
Comportamentos que foram reforçados acidentalmente, como consequência, esse 
comportamento pode se repetir em uma situação semelhante. 
 
Autocontrole do Comportamento 
Temos a capacidade de usar o autocontrole (agir para alterar o impacto de eventos externos) para 
controlar as variáveis que determinam nosso comportamento, por meio de várias técnicas, dentre elas: 
• Saciedade Administrada: Exercemos controle para nos curarmos de maus hábitos ao 
exagerarmos o comportamento. 
• Estimulação Aversiva: Envolve consequências desagradáveis ou repugnantes. 
• Autorreforço: Nós nos recompensamos por exibirmos comportamentos bons e desejáveis. 
 
Punição vs Reforço Negativo 
A punição é a aplicação de um estímulo aversivo após uma resposta, visando diminuir a 
probabilidade de que a resposta ocorra. Porém Skinner acreditava que as punições eram ineficientes para 
mudar o comportamento de indesejável para desejável, pois elas só funcionavam momentaneamente, 
não oferecendo resultados a longo prazo. 
Já o reforço negativo é um estímulo aversivo ou nocivo, cuja remoção é recompensadora. Porém 
o reforço negativo nem sempre é efetivo, ao passo que o reforço positivo é consistentemente mais eficaz. 
Exemplo: uma pessoa parar de fumar porque seu companheiro reclama muito, portanto se ele parar de 
fumar o companheiro parará de reclamar, o que será recompensador. 
 
Questões sobre a Natureza Humana 
Para Skinner, as pessoas são produtos da aprendizagem, modeladas mais pelas variáveis 
externas do que por fatores genéticos. As experiências da infância são mais importantes que as mais 
recentes, porque nossos comportamentos básicos são formados na infância. O que é adquirido na 
infância pode ser modificado, podendo-se adquirir novos comportamentos em qualquer idade. O 
comportamento é moldado pelo aprendizado. 
Skinner rejeitava qualquer sugestão de um ser interior ou um self autônomo que determine o curso 
de ação ou escolha de agir livre e espontaneamente. O comportamento é controlado por reforçadores 
externos, somos responsáveis por projetar este ambiente. Por conta disso, agimos tanto como 
controladores como controlados, projetamos a cultura controladora e somos produto dela. 
 
Avaliação na Teoria de Skinner 
Para Skinner é preciso avaliar tanto comportamentos indesejáveis quanto desejáveis. Também é 
preciso avaliar os fatores ambientais que atuam como reforçadores e que podem ser manipulados para 
alterar o comportamento. Skinner usa a abordagem de Análise Funcional que envolve avaliar a frequência 
do comportamento, a situação na qual ele ocorre e o reforço associado a ele. 
 
Pesquisa na Teoria de Skinner 
Skinner preferia o estudo intensivo de um único avaliado; argumentava que os dados de 
desempenho médio de grupo têm pouco valor quando se lida com um caso particular. 
 
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ABORDAGEM GENÉTICA - ALLPORT 
 
Gordon Allport nasceu em Indiana, EUA. Filho de pai médico e mãe professora, era o caçula de 
quatro irmãos, sentia-se inferior aos irmãos. As convicções e práticas de devoção religiosa da mãe eram 
impostas sobre a família. Estudou psicologia em Harvard onde durante o curso realizou atividades de 
serviço social, especializando-se em psicologia e ética social. Em 1926, tornou-se professor assistente 
de psicologia em Dartmouth. Em 1930, ele retornou para a faculdade de psicologia de Havard, onde 
lecionou ética social em 1966. Servia como o presidente da American Psychological Association. Recebeu 
a medalha de ouro da fundação em 1963. Gordon Willard Allport faleceu em 1967. 
Se isolava muito quando criança, o que o fez desenvolver sentimentos de inferioridade, pelos quais 
escreveu na busca pela sua identidade. Na teoria de personalidade, uma de suas principais ideias é de 
que os adultos psicologicamente saudáveis não são afetados por eventos de sua infância, o que mais 
tarde ficou conhecido por Autonomia Funcional. 
 
A Natureza da Personalidade 
 
 
 
Para Allport, a “Personalidade é a organização dinâmica, dentro do indivíduo, dos sistemas 
psicofísicos que determinam comportamento e características específicas” 
 
 
 
Hereditariedade e Ambiente 
Refletimos tanto na nossa hereditariedade como no nosso ambiente. A hereditariedade fornece a 
matéria-prima da personalidade, que pode ser moldada, ampliada ou limitada pelas condições do 
ambiente. Nosso histórico genético é responsável pela maior parte de nossa singularidade. Para estudar 
a personalidade, a psicologia tem de lidar com o caso individual, e não com resultados médios entre 
grupos. 
 
Duas Personalidades Distintas 
A personalidade pode ser distinta ou descontínua, mas cada adulto está separado de seu passado. 
O comportamento infantil é orientado pelas necessidades e pelos reflexos biológicos primitivos, enquanto 
o funcionamento adulto é de natureza mais psicológica. Portanto, existem duas personalidades, uma para 
infância e uma para idade adulta. 
 
Traços de Personalidade 
Predisposições a responder igualmente ou de modo semelhante a tipos diferentes de estímulos, 
ou seja, os traços são formas constantes e duradouras de reagir ao nosso ambiente. São reais e existem 
em cada um de nós, determinam ou causam o comportamento, podem ser demonstrados empiricamente, 
são inter-relacionados e variam de acordo com a situação. Há tipos de traços: 
• Individuais, também chamados de disposições pessoais (peculiares de cada pessoa e definem 
seu caráter); 
• Comuns são compartilhados por uma série de indivíduos, membros de uma mesma cultura, 
família ou cidade); 
• Traços cardinais são traços humanos mais difundidos e poderosos que afetam todos os 
aspectos da vida; 
• Traços Centrais série de traços que descrevem o comportamento de uma pessoa, exemplos 
comuns são agressividade, autopiedade e cinismo; 
• Traços Secundários são traços menos importantes que uma pessoa pode apresentar sem 
mostrar de modo tênue ou inconsciente, só amigo mais próximo conseguiria perceber(gosto 
peculiar por certo tipo de música ou comida). 
 
Motivação: Autonomia Funcional dos Motivos 
Os motivos no adulto normal e maduro são independentes das experiências da infância. O estado 
atual da pessoa que importa, não fases anteriores (infância). Os processos cognitivos são um aspecto 
vital de nossa personalidade. O que queremos e aquilo pelo que lutamos são as chaves para entendermos 
nosso comportamento. As forças que nos motivaram no passado tornam-se autônomas ou independentes 
das suas circunstâncias originais. 
Relaciona-se com o desenvolvimento de uma árvore que começa pela sua semente, mas, quando 
ela cresce totalmente, a semente não é mais necessária como fonte de nutrição. 
 
Autonomia Funcional Preservativa 
Preocupa-se com comportamentos como vícios e ações físicas repetitivas, formas costumeiras de 
executar tarefas diárias. Os comportamentos continuam ou perseveram por conta própria, sem nenhuma 
recompensa externa. 
 
Autonomia Funcional do Proprium 
Fundamental para a compreensão da motivação adulta. Proprium é o termo usado por Allport para 
se referir ao Ego ou Self. Os motivos autônomos são peculiares ao indivíduo, o ego determina quais 
motivos são mantidos e quais serão descartados. Nós mantemos os motivos que aumentam nossa 
autoestima ou autoimagem, ou seja, gostamos de fazer o que nos faz bem. 
Os processos perceptivos e cognitivos são seletivos, ou seja, escolhem apenas os motivos que 
são relevantes para os nossos interesses e valores na massa de estímulos existentes no nosso ambiente. 
Esse processo de organização é regido por 3 princípios: 
• Organização do nível de energia: explica como adquirimos nossos motivos, que surgem da 
necessidade de ajudar a consumir o excesso de energia. 
• Domínio e competência: refere-se ao nível em que decidimos satisfazer nossos motivos. 
• Padronização autônoma: descreve uma luta pela coerência e integração da personalidade. Nós 
organizamos os nossos processos perceptivos e cognitivos ao redor do self, mantendo aquilo 
que amplia nossa autoimagem. 
 
Desenvolvimento da Personalidade na Infância 
O proprium inclui os aspectos da personalidade que são distintos e, portanto, próprios da nossa 
vida emocional. Esses aspectos são peculiares a cada pessoa e unem nossas atitudes, percepções e 
intenções. 
 
Fases do Desenvolvimento 
A natureza e o desenvolvimento do Propium no decorrer de 7 fases: 
• Eu corporal: primeiros anos de vida quando as crianças ficam cientes de sua existência e 
distinguem seu corpo dos objetos do ambiente. 
• Autoidentidade: crianças percebem que sua identidade permanece intacta, apesar das várias 
mudanças ao seu redor. 
• Autoestima: crianças aprendem a ter orgulho de suas realizações. 
• Extensão do eu: dos 4 aos 6 anos, quando as crianças passam a reconhecer os objetos e 
pessoas que fazem parte de seu mundo. 
• Autoimagem: crianças elaboram uma imagem real e outra idealizada de si mesmas, e ficam 
cientes do fato de satisfazerem ou não as expectativas dos pais. 
• O self como uma solução racional: 6 a 12 anos, as crianças começam a aplicar a lógica e a 
razão na solução de problemas cotidianos. 
• Luta pela autonomia: adolescência, onde os jovens começam a traçar suas metas e planos a 
longo prazo. 
• Idade adulta: adultos normais e maduros são funcionalmente autônomos, independente dos 
motivos da infância, funcionam racionalmente e criam de maneira consciente seu estilo de vida. 
 
Interação Pais-Filhos 
A interação social com os pais é de extrema importância nas fases de desenvolvimento do 
proprium, o vínculo da criança com a mãe como fonte de afeto e segurança. Se esses afeto e segurança 
forem suficientes, o Proprium se desenvolverá gradativa e constantemente, o crescimento psicológico 
será positivo, se tornará um adulto maduro e emocionalmente saudável. No entanto, se essas 
necessidades da infância forem frustradas, o self não amadurecerá adequadamente, tornando a criança 
insegura, agressiva, exigente e centrada em si mesma, o crescimento psicológico é retardado. 
 
A Personalidade Adulta Saudável 
As nossas motivações separam-se da infância e se voltam para o futuro. A personalidade adulta 
vem da infância, mas deixa de ser dominada ou determinada por impulsos infantis. Há 6 características 
da personalidade adulta normal, madura e emocionalmente saudável: 
• Entendimento do seu senso de self para as pessoas e atividades além do self 
• Relacionamento carinhoso com outras pessoas 
• Autoaceitação do adulto maduro o ajuda a obter segurança emocional 
• Percepção de vida realista 
• Conservação do senso de humor e objetivação do self 
• Filosofia de vida unificadora 
Se atenderem a esses 6 critérios, os adultos podem ser descritos como emocionalmente saudáveis e 
funcionalmente autônomos. 
 
Questões Sobre a Natureza Humana 
A teoria de Allport apresenta uma visão otimista dos adultos, que têm controle consciente da sua 
vida, lidam racionalmente com as situações presentes, planejam o futuro e criam ativamente uma 
identidade. Em relação ao livre-arbítrio vs determinismo, Allport manteve uma posição moderada na qual 
admitiu que há livre-arbítrio nas nossas deliberações sobre o futuro, mas também reconheceu que alguns 
comportamentos são determinados por traços e disposições pessoais. 
Na questão natureza-criação, ele achava que a hereditariedade e o ambiente influenciam na 
personalidade. A matéria-prima seria moldada pela aprendizagem e experiência, acreditando na 
singularidade de cada pessoa. Para ele, a meta principal e necessária da vida não era reduzir a tensão 
(como Freud) e sim aumentá-la, incitando-nos a buscar novas sensações e desafios, sendo a recompensa 
o processo de realização e não o produto final. A imagem otimista da natureza humana refletiu-se no seu 
ponto de vista liberal e em seu interesse na reforma social. 
 
Avaliação na Teoria de Allport 
A personalidade é tão complexa que, para avaliá-la, temos que utilizar várias técnicas legítimas, 
os 11 métodos principais são: 
Diagnóstico funcional e fisiológico Cenário cultural, integração, papel 
Documentos pessoais, estudo de caso Autoavaliação 
Análise de conduta Classificação 
Testes e escalas Técnicas projetivas 
Análise profunda Comportamento expressivo 
Procedimentos sinópticos 
 
A Técnica de Documento Pessoal 
Envolve a análise de diários, autobiografias, cartas, composições literárias e outras amostras de 
registros verbais ou escritos da pessoa para determinar a quantidade e os tipos de traços de 
personalidade. Exemplo mais famoso é o caso da troca de cartas de uma senhora de meia-idade 
(Jenny) com um jovem casal. 
 
Estudo de Valores 
Valores pessoais são a base da nossa filosofia unificadora de vida. Os nossos valores são traços 
da personalidade e representam interesses e motivações firmemente defendidos, todo mundo possui 
algum grau de cada tipo de valor, mas um ou dois predominarão na personalidade. As categorias de 
valores são: Valores Teóricos; Econômicos; Estéticos; Sociais; Políticos; Religiosos. 
 
A Pesquisa na Teoria de Allport 
Allport sugeriu que era possível obter informações mais confiáveis simplesmente pedindo às 
pessoas que se descrevessem, um método que revela seus traços dominantes. Ele era a favor da 
abordagem ideográfica (estudo de caso individual), porém também utilizou métodos nomeotéticos 
quando achava que estes eram adequados. 
Comportamento Expressivo e Comportamento Instrumental 
Comportamento espontâneo e aparentemente sem propósito que expressa os nossos traços de 
personalidade. Diferente do Comportamento Instrumental que se dá pelo comportamento 
conscientemente planejado, determinado pelas nossas necessidades de dada situação e elaborado 
para certa finalidade, geralmente para provocar mudanças no ambiente. 
 
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ABORDAGEM HUMANISTA – ROGERS 
Carl Rogers foi um Psicólogo Humanista,que é mais conhecido por sua abordagem para o 
tratamento psicológico e sua crença no bem genuíno no indivíduo. Era de família estritamente religiosa 
que enfatizava o comportamento moral, Rogers tinha pouca vida social fora da família, acreditava que os 
pais tinham preferência por um irmão mais velho (criou uma certa competitividade). Descreveu-se como 
tímido, solitário e sonhador. Na tentativa de escapar da solidão, lia incessantemente qualquer livro, a 
solidão levou-o a confiar em seus próprios recursos e experiências, em uma visão pessoal do mundo. Em 
uma viagem para a China ele percebe que sua filosofia estava mudando, seus pontos de vista religiosos 
tinham se modificado de fundamentalistas para liberais. 
Ele recebeu seu mestrado em psicologia pela Universidade de Columbia em 1928 e seu doutorado 
em 1931. Em 1942, ele serviu como o presidente da American Psychological Society. Suas obras mais 
respeitadas incluem Terapia centrada no cliente, e tornar-se pessoa. Nestes livros, ele enfatizou o poder 
em uma atitude de não-julgamento e um respeito mútuo no tratamento de muitos dos problemas da vida. 
Ele acreditava que o cliente tem as respostas e o trabalho do terapeuta é levar o cliente na direção correta. 
Técnicas de avaliação e parecer do terapeuta não são tudo no tratamento de um cliente. 
 
O Self e a Tendência à Atualização 
Reconheceu a importância de um self autônomo como um fator no próprio desenvolvimento. Sua 
pesquisa reforçou a importância do self na formação da personalidade, desenvolveu um método para 
determinar se o comportamento de uma criança era saudável e construtivo ou não saudável e destrutivo. 
Investigou fatores que influenciassem os comportamentos, incluindo ambiente familiar, influências 
culturais, educacionais e econômicas, a saúde, desenvolvimento intelectual. Todos sendo fatores 
externos, porém ele também investigou uma influência interna potencial, o autoconhecimento ou 
autodiscernimento da criança. Ele descreveu o autoconhecimento como uma aceitação do self e da 
realidade e um senso de responsabilidade pelo self. 
Se a atitude de uma pessoa em relação ao self era mais importante na previsão do comportamento 
do que os fatores externos, então os profissionais de atendimento e assistentes sociais estavam 
enfatizando as coisas erradas ao tentar tratar crianças e adolescentes delinquentes. 
Assim, o self se tornou a essência de sua teoria de personalidade. Rogers acreditava que as 
pessoas são motivadas por uma tendência inata de realizar, manter e aprimorar o self. Esse impulso em 
direção à autorrealização é parte da tendência atualizante que abrange todas as necessidades fisiológicas 
e psicológicas. 
 
Tendência Atualizante 
 Motivação humana básica de realizar, manter e aprimorar o self. Trabalhando para sustentar o 
organismo, cuidando do seu sustento e sobrevivência. Começa no útero, é responsável pela maturação 
que vai desde o crescimento do feto até o aparecimento de características sexuais secundárias na 
puberdade. O desenvolvimento humano pleno não é automático e nem passivo, requer dor e luta, pois a 
tendência atualizante é mais forte que o ímpeto de regredir simplesmente porque o processo de 
crescimento é difícil. 
 
Processo de Avaliação Organística 
Processo governante ao longo da vida, por meio do qual avaliamos todas as experiências de vida 
no sentido de quão bem elas trabalham em prol da tendência atualizante. Essas percepções influenciam 
o comportamento, pois preferimos evitar experiências indesejáveis e repetir as desejáveis. 
 
O Mundo Experiencial 
O mundo experiencial tem grande impacto de influência no nosso crescimento, pois estamos 
expostos a inúmeras fontes de estimulação. A realidade do nosso ambiente depende da percepção que 
temos dele, que nem sempre coincide com a realidade. Nossas percepções mudam com o tempo e as 
circunstâncias (você não pensa atualmente igual você pensava 10 anos atrás). Como a tendência 
atualizante na infância nos leva a crescer e a nos desenvolver, nosso mundo experiencial se amplia, 
nossas experiencias tornam-se a única base para nossos julgamentos e comportamentos. Níveis mais 
elevados do desenvolvimento aguçam nosso mundo experiencial, resultando na formação do self. 
 
O Desenvolvimento do Self na Infância 
À medida que os bebes desenvolvem gradualmente um campo experiencial mais complexo, uma 
parte de sua experiência torna-se diferenciada do restante. Essa parte separada (definida pelas palavras 
eu, me, mim) é o self ou o autoconceito, cuja formação envolve a distinção entre o que é direta e 
imediatamente parte do self e o que são as pessoas, os objetos e os eventos externos ao self. O 
autoconceito também é a imagem que temos do que somos. O self é um padrão consistente (um todo 
organizado), seus aspectos buscam a coerência. 
 
Consideração Positiva 
Com o surgimento do self, os bebês desenvolvem a consideração positiva que se dá pela 
necessidade de aceitação, amor e aprovação de outras pessoas. Geralmente os bebês concentram mais 
essa necessidade na mãe, se a mãe não oferecer consideração positiva, a tendência atualizante dele 
será travado. Consequentemente, os bebês deixarão de se esforçar pela atualização (desenvolvimento) 
parando de agir conforme sua autoimagem e apenas terão atitudes para agradar os outros, nas quais 
receberão considerações positivas. Pode se tornar recíproca à medida que a pessoa que recebe se 
sentirá bem e oferecerá para outros. 
 
Consideração Positiva Incondicional 
Se relaciona ao amor, aprovação e as considerações positivas dadas independente do 
comportamento, o amor da mãe pelo filho é concedido livre e completamente. Na terapia rogeriana, o 
terapeuta oferece consideração positiva incondicional para o cliente. 
 
Autoconsideração Positiva 
Com o tempo a consideração positiva passa a vir mais de dentro de nós do que de outras pessoas, 
chama-se esse processo de autoconsideração positiva, no qual concedemos aceitação e aprovação a 
nós mesmos. 
 
Condições de Merecimento 
É a crença de que somos dignos de aprovação apenas quando expressamos comportamentos e 
atitudes desejáveis e nos privamos de expressar aqueles que causam desaprovação. Similar ao 
Superego Freudiano. Este se origina na consideração positiva condicional. As crianças são merecedoras 
somente sob certas condições, portanto inibem o seu desenvolvimento ao viver dentro dos limites 
impostos pela sua condição de merecimento. 
 
Consideração Positiva Condicional 
Que se dá pela aprovação, amor e aceitação provenientes de comportamentos e atitudes 
desejáveis. 
 
Incongruência 
Discrepância entre a autoimagem de uma pessoa e os aspectos de sua experiência. As 
experiências que são incongruentes ou incompatíveis com o nosso autoconceito tornam-se ameaçadoras 
e causam ansiedade. Defendemo-nos contra a ansiedade que acompanha a ameaça deformando-a, 
fechando assim, uma parte de nosso campo experiencial. Pessoas psicologicamente saudáveis são 
capazes de perceber a si mesmas, outras pessoas e eventos em seu mundo do modo como eles 
realmente são, elas estão abertas a novas experiencias, pois nada ameaça o seu autoconceito. 
 
Caraterísticas de Pessoas de Pleno Funcionamento 
A pessoa em pleno funcionamento é o resultado desejado do desenvolvimento psicológico e da 
evolução social. Rogers descreveu várias características de pessoas em pleno funcionamento, dentre 
elas estão: consciência de toda experiência, apreciação a todas as experiências, confiança em seu 
próprio comportamento e sentimento, liberdade de escolha, criatividade e espontaneidade, necessidade 
constante de desenvolvimento. 
 
Questões Sobre a Natureza Humana 
Na questão livre-arbítrio vs determinismo, Rogers declara que as pessoas de pleno funcionamento 
possuem livre escolha para criar seu self, nenhum aspecto da personalidade é predeterminado. Na 
questão natureza-criação Rogers enfatiza o papel do ambiente, mesmo que a tendência atualizante seja 
inata, o processo de realização é maisinfluenciado pelas forças sociais do que pelas biológicas. Faz 
crítica a Freud, pois acredita que nossos sentimentos atuais são mais vitais para nossa personalidade do 
que os eventos da infância. 
 
Avaliação na Teoria de Rogers 
Seu modo de avaliar é em termos de experiências subjetivas, dos eventos da vida da pessoa 
conforme ela os percebe e aceita como reais. Os seus clientes tinham a capacidade de examinar as 
raízes de seus problemas e de redirecionar o desenvolvimento da personalidade que havia sido impedido 
por alguma incongruência entre o seu autoconceito e suas experiências. 
 
Terapia Centrada nas Pessoas 
Rogers explorou os sentimentos e as atitudes de seus clientes com relação ao self e às outras 
pessoas. Ao focar nas experiências subjetivas, o terapeuta estuda apenas os eventos que o cliente 
expressa conscientemente, o que um terapeuta vem a conhecer de um paciente depende da capacidade 
comunicativa deste. Neste tipo de terapia o cliente é responsável pela mudança de sua personalidade. 
Essa terapia oferece uma visão mais clara do mundo experiencial de um indivíduo. A única crença 
predeterminada da terapia é o valor e a importância inerentes ao cliente, ou seja, os eventos são aceitos 
como são. 
 
Grupos de Encontro 
Rogers queria levar esse estado de saúde e fundamento psicológico a um número maior de 
pessoas, por isso desenvolveu uma técnica grupal na qual elas podem adquirir maior conhecimento a 
respeito de si mesmas e sobre como se relacionavam entre si. Os membros do grupo podiam se expressar 
e se concentrar em como os outros o percebem. O trabalho do facilitador é apenas tornar mais fácil aos 
membros a obtenção de autoconhecimento e de maior plenitude no seu funcionamento. 
 
A Pesquisa na Teoria de Rogers 
Rogers empregou-se para tentar verificar e confirmar as suas observações clínicas. Gravou e 
filmou sessões de terapia para permitir aos pesquisadores estudar a interação cliente-terapeuta. Com as 
sessões de terapia gravadas, todos os aspectos (estado emocional, linguagem corporal, tom de voz) 
tornaram-se disponíveis ao estudo. Rogers referia-se às gravações como um microscópio para examinar 
as moléculas de mudança da personalidade.

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