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FUNÇÃO PSÍQUICA – LINGUAGEM A Linguagem é a capacidade de receber, interpretar e emitir informações ao ambiente. Por meio da linguagem podem-se trocar informações e desenvolver formas de compreensão e de expressão. A linguagem reflete a capacidade de pensamento, então se uma pessoa tiver um transtorno de pensamento sua linguagem poderá ser prejudicada. Junto aos processos cognitivos é que a linguagem se desenvolve e se as habilidades das funções mentais são crescentes assim os recursos linguísticos também serão. Na função da linguagem deve-se distinguir a expressão verbal e a expressão gráfica e a psicopatologia se interessa tanto pela linguagem falada quanto pela linguagem escrita. Ambas expressões são um conjunto de sinais próprios de cada língua com os quais manifestamos nosso pensamento e tanto a expressão verbal quanto a expressão gráfica, devem constar de dois elementos fundamentais - a sintaxe e a palavra. A sintaxe tem por objeto estabelecer as relações entre as palavras e as frases, e corresponde à própria organização do pensamento. As representações e os conceitos devem ser expostos numa determinada ordem necessária para se formar o raciocínio lógico. A linguagem é uma função muito afeta nos transtornos psico-orgânicos. Este agrupamento compreende uma série de transtornos mentais reunidos tendo em comum uma etiologia demonstrável tal como doença ou lesão cerebral ou outro comprometimento que leva à disfunção cerebral. A disfunção pode ser primária, como em doenças, lesões e comprometimentos que afetam o cérebro de maneira direta e seletiva; ou secundária, como em doenças e transtornos sistêmicos que atacam o cérebro apenas como um dos múltiplos órgãos ou sistemas orgânicos envolvidos. ALTERAÇÕES PREDOMINANTES Afasia: perda da linguagem, falada e escrita. Parafasias: deforma determinadas palavras “cameila”. Agrafia: perda cognitiva global lesão orgânica. Alexia: perda para a leitura. Disartria: incapacidade de articular palavras fonador. Disfonia e disfemia:mudança de sonoridade das palavras. Gagueira: dificuldade de pronunciar certas silabas. Disfemia: linguagem falada sem qualquer lesão. Dislalia: linguagem falada, defeitos na língua, lábios. LINGUAGENS ASSOCIADAS A TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO Logorréia: produção aumentada acelerada Taquifasia:perda da lógica do discurso Loquacidade: aumento da fluência verbal Bradifasia: fala muito vagarosamente e difícil Mutismo: ausência de resposta verbal oral Ecolalia: repetição da ultima palavra Palilalia e logociona: repetição automática ultimas palavras. MUTISMO O mutismo consiste em um distúrbio psicológico caracterizado pela recusa em falar em certas situações, mas que, em outras, o indivíduo é capaz de falar. Trata-se de uma das desordens psicológicas mais frequentes nas crianças. Indivíduos com este distúrbio conseguem falar e compreender a linguagem, mas o fazem somente em situações escolhidas por eles. Em outras áreas de aprendizagem e comportamento, a criança costuma se desenvolver normalmente. Este transtorno ocorre em ambos os gêneros, mas é mais comum nos indivíduos do sexo feminino. Em adultos, este distúrbio é diagnosticado como fobia social. Habitualmente, este transtorno está relacionado com a existência de um elevado nível de ansiedade, que pode ter origem genética e associação com a atividade mais intensa da amígdala cerebelar. A ausência da fala também pode apontar a presença de transtorno de comunicação, envolvendo tartamudez, dificuldade auditiva, transtorno de aprendizagem, transtorno de adaptação ou de separação, depressão nervosa, autismo ou transtorno de ansiedade. Também pode estar ligado a um trauma psicológico. Os critérios de diagnóstico presentes no DSM-V são: A. Incapacidade persistente de falar em situações sociais específicas (situações em que se espera que fale como, por exemplo, na escola) apesar de o fazer noutras situações; B. A alteração interfere no rendimento escolar ou laboral ou na comunicação social; C. A duração da perturbação é de, pelo menos, um mês (não limitada ao primeiro mês de escola); D. A incapacidade de falar não é devida à falta de conhecimentos ou de familiaridade com a língua requerida na situação social; E. A perturbação não é melhor explicada pela presença de uma perturbação de comunicação (por exemplo gaguez) e não ocorre exclusivamente no decurso de uma perturbação global do desenvolvimento, esquizofrenia ou outra perturbação psicótica COMPORTAMENTOS PSICOPATOLÓGICOS: • hesitação em manter contacto visual; • respiração ofegante; • palpitações; • expressões “vazias”; • ausência de sorriso perante pessoas fora do círculo de confiança; • imobilidade, movimentação rígida ou espasmos nervosos; • transpiração exagerada, principalmente nas palmas das mãos; • retração social e/ou física; • dificuldade em concretizar situações sociais, em que se espera um cumprimento, despedida ou agradecimento; • dificuldade em falar sobre si e expressar sentimentos;
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