Buscar

Processamento de imagens - Radiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
Filmes	
  e	
  processamento	
  dos	
  filmes	
  
	
  
	
  
Apostila	
  da	
  2ª	
  Parte	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
Sumário	
  
Introdução ......................................................................................................................... 3	
  
1)	
   PARÂMETROS USADOS PARA AVALIAR A QUALIDADE DA IMAGEM.... 4	
  
A)	
   DENSIDADE ÓTICA..............................................................................................4	
  
B)	
   VELOCIDADE DOS RECEPTORES.....................................................................5	
  
C)	
   CONTRASTE DA IMAGEM..................................................................................6	
  
2)	
   RECEPTORES RADIOGRÁFICOS ........................................................................ 7	
  
A)	
   TELA INTENSIFICADORA (ECRAN) .................................................................7	
  
B)	
   FILME RADIOGRÁFICO ....................................................................................10	
  
C)	
   PROCESSO DE FORMAÇÃO DA IMAGEM NO FILME .................................11	
  
3)	
   PROCESSAMENTO DOS FILMES ...................................................................... 14	
  
A)	
   REVELADOR .......................................................................................................14	
  
B)	
   FIXADOR..............................................................................................................15	
  
C)	
   PREPARO DE SOLUÇÕES PARA PROCESSAMENTO...................................16	
  
D)	
   PROCESSAMENTO MANUAL...........................................................................17	
  
E)	
   PROCESSADORAS AUTOMÁTICAS................................................................18	
  
4)	
   CÂMARA ESCURA............................................................................................... 20	
  
A)	
   AVALIAÇÃO DE ENTRADA DE LUZ NA CÂMARA ESCURA ....................21	
  
B)	
   TESTE DA MOEDA PARA VERIFICAR A VAZAMENTO DE LUZ ..............22	
  
	
  
	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
Introdução 
	
   A	
  radiação	
  proveniente	
  do	
  tubo	
  de	
  raios-­‐X	
  é	
  composta	
  de	
  fótons	
  com	
  várias	
  energias	
  
que	
   atravessa	
   o	
   paciente	
   e	
   chega	
   ao	
   chassi	
   radiográfico.	
   O	
   chassi	
   é	
   composto	
   de	
   uma	
   tela	
  
intensificadora,	
   também	
   conhecida	
   por	
   écran,	
   a	
   qual	
   absorve	
   a	
   energia	
   da	
   radiação	
   e	
   a	
  
converte	
   para	
   fótons	
   de	
  baixa	
   energia,	
   na	
   faixa	
   da	
   luz	
   visível.	
   É	
   esta	
   luz	
   visível	
   que	
   expõe	
  o	
  
filme	
  radiográfico	
  convencional	
  dentro	
  do	
  cassete.	
  	
  	
  
	
   O	
  filme	
  radiográfico	
  é	
  composto	
  por	
  duas	
  partes	
  principais:	
  a	
  emulsão	
  e	
  a	
  base.	
  Filmes	
  
utilizados	
  para	
  radiologia	
  geral	
  possuem	
  duas	
  camadas	
  de	
  emulsão	
  depositadas	
  sobre	
  a	
  base.	
  
A	
   base	
   geralmente	
   tem	
   uma	
   espessura	
   entre	
   150	
   e	
   250	
   µm,	
   é	
   feita	
   de	
   poliéster,	
   material	
  
flexível	
  e	
  resistente,	
  e	
  que	
  tem	
  por	
  finalidade	
  o	
  suporte	
  mecânico	
  da	
  emulsão.	
  A	
  base	
  recebe	
  
um	
   corante	
   azul	
   que	
   tem	
   por	
   fim	
   reduzir	
   a	
   fadiga	
   do	
   médico	
   radiologista	
   ao	
   olhar	
   o	
   filme	
  
através	
  do	
  negatoscópio	
  (caixa	
  com	
  luz	
  utilizada	
  para	
  visualizar	
  filmes).	
  	
  
	
   A	
   emulsão	
   é	
   a	
   parte	
   mais	
   importante	
   do	
   filme	
   radiográfico.	
   É	
   constituída	
   de	
   uma	
  
camada	
  com	
  cerca	
  de	
  3	
  –	
  5	
  µm	
  de	
  material	
  gelatinoso	
  contendo	
  grãos	
  de	
  haletos	
  de	
  prata	
  em	
  
suspensão.	
  Estes	
  haletos	
  de	
  prata	
  são	
  tipicamente	
  compostos	
  de	
  95%	
  brometo	
  de	
  prata	
  e	
  5%	
  
iodeto	
   de	
   prata	
   e	
   constituem	
   o	
   ingrediente	
   ativo	
   do	
   filme.	
   Os	
   grãos	
   são	
   obtidos	
   por	
  
precipitação	
  AgBr	
  ao	
  misturar	
  nitrato	
  de	
  prata	
  (AgNO3)	
  e	
  KBr:	
  
	
  
As	
  diferenças	
  de	
  velocidade,	
  contraste,	
  resolução	
  resultantes	
  dos	
  diversos	
  fabricantes	
  
de	
   filmes	
   tem	
   relação	
   com	
   a	
   forma	
   de	
  misturar	
   a	
   gelatina	
   com	
   os	
   cristais.	
   As	
   imperfeições	
  
podem	
  ser	
  resultado	
  de	
  contaminantes	
   (ex.;	
  AgS),	
  assim	
  como	
  as	
  condições	
  de	
  temperatura,	
  
pressão	
  e	
  taxa	
  de	
  deposição	
  da	
  gelatina	
  sobre	
  a	
  base.	
  
A	
  energia	
  radiação	
  que	
  chega	
  até	
  receptor	
  radiográfico	
  é	
  depositada,	
  porém	
  nenhuma	
  
imagem	
  é	
  ainda	
  visível.	
  Neste	
  estágio	
  diz	
  que	
  há	
  uma	
  imagem	
  latente.	
  Para	
  poder	
  observar-­‐se	
  
a	
  imagem	
  no	
  filme	
  é	
  necessário	
  revelá-­‐lo.	
  	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
 
 
1) PARÂMETROS USADOS PARA AVALIAR A QUALIDADE DA 
IMAGEM 
A) DENSIDADE ÓTICA 
A	
  densidade	
  ótica	
  é	
  o	
  grau	
  de	
  enegrecimento	
  ou	
  opacidade	
  de	
  um	
  filme	
  radiográfico.	
  
Uma	
  imagem	
  radiográfica	
  contém	
  áreas	
  de	
  diferentes	
  densidades	
  óticas	
  visualizadas	
  em	
  tons	
  
de	
  cinza,	
  conforme	
  mostrado	
  na	
  Figura	
  1.	
  
	
  
Figura 1: Raios-X de tórax apresentando diferentes graus de cinza devido às diferentes 
densidades das estruturas visualizadas. 
Os	
  valores	
  das	
  densidades	
  óticas	
  podem	
  ser	
  medidos	
  utilizando	
  um	
  aparelho	
  chamado	
  
densitômetro.	
  Esse	
  equipamento	
  tem	
  seu	
  principio	
  de	
  funcionamento	
  baseado	
  na	
  medida	
  da	
  
transmissão	
  de	
  luz	
  através	
  do	
  filme.	
  
	
  
Figura 2: Densitômetro utilizado para medir a densidade ótica do filme. 
	
  
A	
  parte	
  “clara”	
  (na	
  verdade	
  é	
  transparente)	
  do	
  filme	
  é	
  aquela	
  que	
  permite	
  a	
  passagem	
  
da	
   luz	
   através	
   do	
   filme	
   e	
   tem	
   densidade	
   ótica	
   de	
   valor	
   próximo	
   à	
   zero.	
   Se	
   for	
   medida,	
   a	
  
densidade	
  mínima	
  dos	
  filmes	
  é	
  da	
  ordem	
  de	
  0,20	
  a	
  0,30.	
  Essa	
  densidade	
  é	
  devida	
  à	
  opacidade	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
do	
   plástico	
   azul	
   (base	
   do	
   filme)	
   que	
   é	
   semitransparente.	
   O	
   valor	
   da	
   densidade	
   ótica	
   de	
   um	
  
filme	
  revelado	
  sem	
  ter	
  sido	
  exposto	
  à	
  radiação	
  é	
  denominado	
  Base+véu.	
  
	
  
Cada	
   unidade	
   de	
   densidadediminui	
   a	
   penetração	
   da	
   luz	
   por	
   um	
   fator	
   de	
   10.	
   Por	
  
exemplo,	
  uma	
  área	
  do	
  filme	
  com	
  densidade	
  ótica	
  igual	
  a	
  1	
  só	
  permite	
  a	
  passagem	
  de	
  10%	
  da	
  
luz.	
  Essa	
  densidade,	
  no	
  negatoscópio,	
  aparece	
  como	
  um	
  tom	
  “cinza”	
  médio.	
  Já	
  uma	
  densidade	
  
ótica	
  com	
  valor	
   igual	
  a	
  2	
  permitirá	
  somente	
  a	
  passagem	
  de	
  1%	
  da	
  luz	
  através	
  do	
  filme.	
  Logo,	
  
esta	
  área	
  será	
  mais	
  “escura”	
  (na	
  verdade	
  será	
  mais	
  opaca).	
  
Conforme	
   aumenta	
   a	
   exposição	
   em	
  uma	
   área	
   da	
   imagem,	
   o	
   grau	
   de	
   enegrecimento	
  
(ou	
  densidade	
  óptica)	
  desta	
  área	
  também	
  aumenta	
  (Figura	
  3).	
  Filmes	
  radiográficos	
  podem	
  ter	
  
valores	
   de	
   densidade	
   ótica	
   igual	
   a,	
   no	
   máximo,	
   3	
   unidades	
   (ou	
   Dmáx=3).	
   O	
   valor	
   máximo	
  
possível	
   de	
   ser	
   produzido	
   em	
   um	
   dado	
   filme	
   tipo	
   de	
   radiográfico	
   depende	
   de	
   suas	
  
características	
  e	
  condições	
  de	
  processamento.	
  
	
  
Figura 3: Diferentes tonalidades de cinza. Degrau 1=Baixa densidade ótica (aprox. 0,20). 
Degrau 21=alta densidade ótica (aprox. 3,0). 
	
  
B) VELOCIDADE DOS RECEPTORES 
A	
  quantidade	
  de	
  radiação	
  necessária	
  para	
  produzir	
  um	
  determinado	
  escurecimento	
  no	
  
filme	
  depende	
  da	
  Velocidade	
  da	
  combinação	
  tela-­‐filme.	
  Os	
  fabricantes,	
  em	
  geral	
   fornecem	
  o	
  
valor	
   da	
   velocidade	
   tais	
   como	
   100,	
   200,	
   400,	
   etc.	
   Esta	
   escala	
   de	
   velocidades	
   compara	
   as	
  
exposições	
  relativas	
  dentre	
  os	
  diferentes	
  tipos	
  de	
  receptores.	
  Portanto,	
  uma	
  combinação	
  tela-­‐
filme	
  muito	
  sensível	
  possui	
  uma	
  alta	
  velocidade,	
  ou	
  seja,	
  e	
  necessita	
  de	
  pouca	
  exposição	
  para	
  
atingir	
  a	
  densidade	
  ótica	
  suficiente	
  para	
  um	
  exame.	
  
Geralmente,	
   os	
   fabricantes	
   identificam	
   telas	
   com	
   diferentes	
   velocidades	
   através	
   dos	
  
modos:	
  rápida	
  (menor	
  dose),	
  média	
  e	
  lenta	
  (maior	
  detalhe).	
  A	
  mais	
  utilizada	
  é	
  a	
  média,	
  que	
  é	
  
cerca	
   de	
   duas	
   vezes	
   mais	
   sensível	
   que	
   a	
   combinação	
   lenta	
   e	
   tem	
   cerca	
   da	
   metade	
   da	
  
velocidade	
   da	
   rápida.	
   A	
   escolha	
   por	
   determinada	
   tela	
   é	
   baseada	
   no	
   balanço	
   entre	
   a	
  
necessidade	
  de	
  ver	
  detalhes	
  e	
  a	
  dose	
  paciente.	
  
Exemplo	
  1:	
  Suponha	
  que	
  para	
  realizar	
  um	
  exame,	
  utilizou-­‐se	
  uma	
  combinação	
  tela-­‐filme	
  com	
  
velocidade	
  200,	
  80	
  kV	
  e	
  40	
  mAs.	
  Se	
  fosse	
  utilizada	
  uma	
  combinação	
  tela-­‐filme	
  com	
  velocidade	
  
400,	
  mantendo	
  fixo	
  o	
  kV,	
  quantos	
  mAs	
  são	
  necessários	
  para	
  realizar	
  o	
  mesmo	
  exame?	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
R:	
  Se	
  a	
  velocidade	
  é	
  o	
  dobro,	
  então	
  é	
  necessário	
  a	
  metade	
  do	
  mAs=20.	
  Nota:	
  não	
  utilize	
  regra	
  
de	
  três.	
  	
  
C) CONTRASTE DA IMAGEM 
O	
  termo	
  contraste	
  refere-­‐se	
  às	
  diferenças	
  de	
  densidade	
  ótica	
  entre	
  áreas	
  vizinhas	
  na	
  
imagem	
  radiográfica.	
  As	
  diferenças	
  de	
  tonalidade	
  de	
  cinza	
  permitem	
  ver	
  a	
  informação	
  contida	
  
numa	
  radiografia.	
  O	
  contraste	
  final	
  pode	
  ser	
  dividido	
  em:	
  
a)	
  Contraste	
  do	
  objeto	
  (estruturas	
  do	
  paciente)	
  
b)	
  Contraste	
  do	
  receptor	
  (filme,	
  intensificador	
  de	
  imagem	
  ou	
  painel	
  digital)	
  
O	
   contraste	
   do	
   objeto	
   é	
   o	
   chamado	
   contraste	
   radiográfico,	
   isto	
   é,	
   a	
   diferença	
   de	
  
intensidade	
  transmitida	
  através	
  das	
  diversas	
  partes	
  do	
  objeto	
  que	
  está	
  sendo	
  radiografado.	
  O	
  
osso	
   e	
   o	
   músculo,	
   por	
   exemplo,	
   não	
   atenuam	
   igualmente	
   a	
   radiação.	
   Por	
   exemplo,	
   pouca	
  
radiação	
  atravessa	
  o	
  osso	
  enquanto	
  muita	
  mais	
  radiação	
  atravessa	
  o	
  tecido	
  mole.	
  O	
  contraste	
  
radiográfico	
  depende	
  de:	
  
a) a	
  diferença	
  de	
  espessura	
  
b) diferença	
  de	
  número	
  atômico	
  
c) Energia	
  da	
  radiação	
  
d) Espalhamento	
  da	
  radiação	
  	
  
	
  
	
  
Figura 4: Contraste do objeto em função da espessura. 
A	
  Figura	
  4	
  mostra	
  a	
  dependência	
  do	
   contraste	
  do	
  objeto	
  em	
   função	
  da	
  espessura	
  do	
  objeto.	
  
Conforme	
  mostrado,	
  o	
  contraste	
  será	
  calculado	
  pela	
  razão	
  entre	
  a	
  quantidade	
  de	
  raios-­‐X	
  abaixo	
  de	
  cada	
  
região.	
  	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
	
  
	
  
Exemplo	
  1:	
  Determine	
  o	
  contraste	
  nas	
  duas	
  Figuras	
  abaixo.	
  Com	
  base	
  nesse	
  resultado,	
  o	
  que	
  pode-­‐se	
  
concluir	
  com	
  relação	
  de	
  como	
  o	
  contraste	
  varia	
  com	
  o	
  aumento	
  da	
  energia	
  (kV)?	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  
Figura 5: Variação do contraste com a energia (kV). 
	
  
A	
   eficiência	
   do	
   receptor	
   em	
   mapear	
   a	
   radiação	
   que	
   incide	
   sobre	
   ele	
   interfere	
  
diretamente	
  no	
  contraste	
  final	
  da	
  imagem.	
  O	
  contraste	
  do	
  receptor	
  depende	
  de:	
  	
  
a) Tipo	
  de	
  receptor	
  (digital-­‐analógico)	
  
b) Qualidade	
  do	
  filme	
  	
  
c) Casamento	
  écran-­‐filme	
  
d) Revelação	
  do	
  filme	
  
e) Véu	
  do	
  filme	
  (escurecimento	
  de	
  fundo)	
  
	
  
2) RECEPTORES RADIOGRÁFICOS 
A) TELA INTENSIFICADORA (ECRAN) 
Na	
  radiologia	
  convencional,	
  o	
  receptor	
  de	
  imagens	
  consiste	
  de	
  um	
  filme	
  montado	
  em	
  
contato	
  com	
  uma	
  tela	
  intensificadora	
  (ECRAN),	
  dentro	
  de	
  um	
  chassi.	
  Telas	
  intensificadoras	
  são	
  
compostas	
  de	
   finas	
  camadas	
  de	
  material	
   fosforescente,	
  que	
  absorve	
  a	
   radiação	
  e	
  a	
  converte	
  
em	
  luz	
  visível.	
  Esta	
  luz,	
  por	
  sua	
  vez,	
  sensibiliza	
  o	
  filme.	
  As	
  telas	
  são	
  usadas	
  porque	
  os	
  filmes	
  são	
  
muito	
   mais	
   sensíveis	
   à	
   luz	
   visível	
   do	
   que	
   à	
   radiação.	
   Para	
   a	
   realização	
   de	
   um	
   exame,	
   por	
  
exemplo,	
  seria	
  necessário	
  100	
  vezes	
  mais	
  radiação	
  se	
  não	
  fosse	
  usada	
  a	
  tela	
  intensificadora.	
  
Embora	
   a	
   energia	
   total	
   emitida	
   na	
   forma	
   de	
   luz	
   visível	
   seja	
   bem	
   menor	
   do	
   que	
   a	
  
energia	
  total	
  quea	
  tela	
  recebe,	
  a	
  luz	
  visível	
  sensibiliza	
  o	
  filme	
  mais	
  eficientemente,	
  pois	
  ela	
  é	
  
redistribuída	
  em	
  um	
  número	
  muito	
  maior	
  de	
  fótons.	
  Por	
  exemplo,	
  um	
  único	
  fóton	
  de	
  radiação	
  
com	
  50000	
  eV	
  pode	
  produzir	
  1000	
  fótons	
  de	
  luz	
  na	
  faixa	
  azul-­‐verde.	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
Figura 6: Uso da tela ECRAN. 
	
  
• Nº	
  de	
  telas	
  (écrans)	
  no	
  chassi	
  
Nos	
   sistemas	
   para	
   radiografia	
   convencional	
   são	
   utilizadas	
   chassis	
   com	
   duas	
   telas	
  
intensificadoras	
   a	
   fim	
   de	
   minimizar	
   a	
   dose	
   ao	
   paciente,	
   pois	
   conforme	
   mostrado	
   na	
   figura	
  
abaixo,	
   caso	
   a	
   radiação	
   atravesse	
   a	
   primeira	
   tela	
   poderá	
   ser	
   absorvida	
   na	
   segunda	
   tela.	
   A	
  
maior	
  desvantagem	
  do	
  uso	
  de	
  duas	
  telas	
  é	
  a	
  diminuição	
  da	
  qualidade	
  da	
  imagem	
  (resolução).	
  
Em	
  mamografia,	
  onde	
  a	
  qualidade	
  da	
  imagem	
  tem	
  fundamental	
  importância,	
  já	
  que	
  neste	
  tipo	
  
de	
  exame	
  deseja-­‐se	
  visualizar	
  calcificações	
  de	
  tamanhos	
  com	
  0,15	
  milímetros,	
  é	
  utilizado	
  um	
  
sistema	
   com	
  apenas	
  uma	
   tela	
   intensificadora,	
  mesmo	
  que	
   isso	
  acarrete	
  em	
  maior	
  dose	
  ao	
  
paciente.	
  
	
  
	
  
Figura 7: Chassi com 2 (acima) telas intensificadoras e com 1 tela (abaixo). 
	
  
	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
• Casamento	
  das	
  cores	
  tela-­‐filme	
  
Os	
   materiais	
   de	
   que	
   são	
   feitos	
   as	
   telas	
   são	
   chamados	
   fósforos	
   devido	
   a	
   sua	
  
propriedade	
  de	
  fluorescência.	
  Existem	
  vários	
  tipos	
  de	
  telas.	
  A	
  escolha	
  por	
  determinada	
  tela	
  é	
  
baseada	
   no	
   balanço	
   entre	
   a	
   necessidade	
   de	
   ver	
   detalhes	
   e	
   a	
   dose	
   paciente.	
   Atualmente,	
   o	
  
fósforo	
   largamente	
   utilizado	
   nas	
   telas	
   intensificadoras	
   é	
   o	
   de	
   oxisulfeto	
   de	
   gadolínio	
  
(GdO2S:Tb),	
   conhecido	
   como	
   “Gadox”.	
  O	
   elemento	
   Tb	
   é	
   um	
  elemento	
  da	
   família	
   dos	
   terras-­‐
raras.	
  Esse	
  tipo	
  de	
  material	
  é	
  caracterizado	
  pela	
  conversão	
  de	
  raios-­‐X	
  em	
  uma	
  luz	
  visível	
  verde.	
  
A	
   luz	
   proveniente	
   das	
   telas	
   é	
   geralmente	
   produzida	
   nas	
   cores	
   azul	
   ou	
   verde.	
   A	
   cor	
  
emitida	
  depende	
  do	
  material	
  do	
  qual	
  é	
   feito	
  a	
   tela	
   intensificadora.	
  A	
  Tabela	
  1	
  mostra	
  alguns	
  
materiais	
  utilizados	
  para	
  a	
  fabricação	
  de	
  écrans	
  e	
  a	
  cor	
  que	
  eles	
  emitem.	
  É	
  importante	
  que	
  a	
  
cor	
  da	
   luz	
  emitida	
  pela	
   tela	
   intensificadora	
  “case”	
  com	
  a	
  cor	
  que	
  o	
   filme	
  é	
   sensível	
  a	
   fim	
  de	
  
garantir	
   uma	
   boa	
   absorção	
   pelo	
   filme.	
   Desde	
   a	
   Portaria	
   453	
   (junho	
   de	
   1998),	
   os	
   filmes	
  
sensíveis	
   ao	
   azul	
   foram	
   proibidos	
   de	
   serem	
   comercializados	
   no	
   Brasil,	
   somente	
   restando	
   os	
  
filmes	
  verdes.	
  Entretanto,	
  ainda	
  se	
  encontram	
  muitos	
  écrans	
  que	
  emitem	
  luz	
  azul	
  e,	
  portanto,	
  
deve-­‐se	
   tomar	
   a	
   precaução	
   de	
   verificar	
   se	
   há	
   o	
   casamento	
   adequado,	
   principalmente	
   em	
  
écrans	
   antigos.	
   Sem	
   o	
   casamento	
   adequado	
   a	
   dose	
   necessária	
   para	
   realizar	
   o	
   exame	
   será	
  
extremamente	
   alta,	
   uma	
   vez	
   que	
   o	
   filme	
   não	
   recebe	
   a	
   cor	
   de	
   luz	
   adequada	
   para	
   ser	
  
sensibilizado.	
  
Tabela 1: Materiais e comprimentos de onda da luz emitida das principais tipos de telas 
intensificadoras. 
MATERIAL	
  DA	
  TELA	
   COMPRIMENTO	
   DE	
   ONDA	
   DA	
  
LUZ	
  EMITIDA	
  
ALGUNS	
  EXEMPLOS	
  DE	
  TELAS	
  
CaWO4	
   (tungstato	
   de	
  
cálcio)	
  
430	
  nm	
  (luz	
  no	
  azul)	
   Mais	
   usado	
   em	
   radiologia	
   convencional.	
   Ex:	
  
Dupont	
  Detail,	
  Par,	
  High	
  Plus.	
  
BaSrSO4	
   390	
  nm	
  (Azul)	
   Ex:	
  Kodak-­‐regular.	
  
GdO2S:Tb	
   545	
  nm	
  (Verde)	
   Material	
   terra-­‐rara.	
  Muito	
  usada	
  em	
  mamografia.	
  
Ex:	
   Lanex,	
   3M	
   Trimax	
   α4,	
   α8	
   e	
   α12.	
   MinR	
  
(mamografia).	
  
LaOBr:Tb	
   350-­‐500	
  (Azul)	
   Ex:	
  AGFA	
  MR	
  200,	
  400	
  e	
  600.	
  
BaPbSO4	
   370	
  (Azul)	
   Ex:	
  Dupont	
  High	
  speed	
  e	
  Kodak	
  Xomatic	
  Fine.	
  
	
  
• Contato	
  tela-­‐filme	
  
Um	
  contato	
  inadequado	
  entre	
  a	
  tela	
  e	
  o	
  filme	
  diminui	
  a	
  qualidade	
  da	
  radiografia,	
  pois	
  
produz	
  manchas	
   na	
   imagem,	
   conforme	
  mostra	
   a	
   figura	
   abaixo.	
  Os	
   fabricantes	
   recomendam	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
que	
  se	
  espere	
  pelo	
  menos	
  15	
  minutos	
  após	
  carregar	
  o	
  chassi	
  com	
  o	
  filme	
  para	
  remover	
  o	
  ar	
  
preso	
  entre	
  a	
  tela	
  e	
  o	
  filme.	
  	
  
	
  
	
  
Figura 8: Efeito do contato tela-filme inadequado na imagem. 
• Limpeza	
  e	
  cuidados	
  
Alguns	
  cuidados,	
  portanto,	
  devem	
  ser	
  tomados	
  a	
  fim	
  de	
  reduzir	
  o	
  número	
  de	
  artefatos	
  
na	
  imagem	
  e	
  prolongar	
  a	
  vida	
  útil	
  das	
  telas.	
  É	
  recomendada	
  sua	
  limpeza	
  semanal	
  (segundo	
  a	
  
Portaria	
   453)	
   com	
   uma	
   solução	
   anti-­‐estática	
   apropriada	
   ou	
   ocasionalmente	
   com	
   álcool	
  
isopropílico	
   70-­‐90%	
   (conforme	
   recomendação	
   da	
   Kodak).	
   A	
   flanela	
   utilizada	
   não	
   deve	
   soltar	
  
pelos.	
  Existem	
  produtos	
  apropriados	
  para	
  limpeza	
  de	
  telas	
  no	
  mercado.	
  
B) FILME RADIOGRÁFICO 
O	
  filme	
  radiográfico	
  para	
  raios-­‐X	
  convencional	
  consiste	
  basicamente	
  em	
  duas	
  partes:	
  a	
  
emulsão	
  e	
  a	
  base,	
  conforme	
  mostra	
  a	
  figura	
  abaixo.	
  
	
  
	
  
Corte lateral do filme radiográfico. 
A	
  maioria	
  dos	
  filmes	
  radiográficos	
  possui	
  duas	
  emulsões	
  para	
  que	
  possa	
  ser	
  usado	
  com	
  
duas	
   telas	
   intensificadoras	
   ao	
  mesmo	
   tempo.	
   Uma	
   exceção	
   são	
   os	
   filmes	
   para	
  mamografia,	
  
que	
  possuem	
  somente	
  uma	
  emulsão	
  associada	
  a	
  uma	
  tela	
  intensificadora.	
  
BASE:	
   consiste	
   de	
   um	
   material	
   plástico	
   do	
   tipo	
   poliéster	
   com	
   cerca	
   de	
   150	
   µm	
   de	
  
espessura.	
  Sua	
   função	
  é	
   fornecer	
  uma	
  estrutura	
   rígida	
  para	
  segurara	
  emulsão.	
  As	
  bases	
  são	
  
normalmente	
  tingidas	
  de	
  azul	
  com	
  o	
  objetivo	
  de	
  não	
  cansar	
  a	
  vista	
  do	
  médico.	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
EMULSÃO:	
  fixada	
  sobre	
  a	
  base,	
  contém	
  em	
  suspensão	
  cristais	
  de	
  brometo	
  de	
  prata	
  em	
  
material	
   gelatinoso.	
   Os	
   cristais	
   de	
   brometo	
   de	
   prata	
   são	
   dispostos	
   em	
   forma	
   de	
   grãos	
  
contendo	
  cerca	
  de	
  109	
  átomos.	
  	
  
A	
  Figura	
  abaixo	
  mostra	
  os	
  grãos	
  de	
  dois	
  tipos	
  de	
  filme.	
  O	
  filme	
  da	
  direita	
  corresponde	
  a	
  
um	
  melhor	
   tipo,	
   com	
   grãos	
   que	
   cobrem	
   uniformemente	
   a	
   superfície	
   e	
   com	
   geometria	
  mais	
  
apropriada.	
  
	
  
	
  
Figura 9: Imagem microscópica de dois tipos de filmes radiográficos. 
	
  
Quando	
   a	
   radiação	
   interage	
   com	
   esses	
   cristais,	
   eles	
   ficam	
   mais	
   susceptíveis	
   a	
  
mudanças	
  químicas	
  e	
  formam	
  o	
  que	
  é	
  conhecido	
  por	
  imagem	
  latente.	
  
C) PROCESSO DE FORMAÇÃO DA IMAGEM NO FILME 
A	
   luz	
   incidindo	
  sobre	
  um	
  filme	
  produz	
  partículas	
  carregadas	
  que	
  convertem	
  grãos	
  de	
  
prata	
  Ag+	
  em	
  Ag.	
  Alguns	
  desses	
  átomos	
  de	
  Ag	
  em	
  um	
  grão	
  do	
  filme	
  (um	
  grão	
  contêm	
  cerca	
  de	
  
1010	
   íons	
   Ag+)	
   formam	
   a	
   imagem	
   latente.	
   Essa	
   imagem	
   não	
   é	
   visível,	
   ela	
   antes	
   deve	
   ser	
  
revelada.	
  
A	
   revelação	
   produz	
   uma	
   imagem	
   visível	
   de	
   prata	
   metálica	
   amplificando	
   a	
   imagem	
  
latente	
  no	
  filme	
  por	
  um	
  fator	
  de	
  até	
  100	
  milhões	
  de	
  vezes.	
  	
  
Conforme	
  mostra	
  a	
  figura	
  acima,	
  a	
  imagem	
  é	
  formada	
  da	
  seguinte	
  maneira:	
  
1	
  –	
  Cada	
  grão	
  do	
  filme	
  possui	
  vários	
  íons	
  de	
  prata	
  com	
  um	
  elétron	
  faltando	
  (Ag+)	
  e	
  íons	
  
de	
   bromo	
   com	
   excesso	
   de	
   um	
   elétron	
   (Br-­‐).	
   Além	
   disso,	
   o	
   grão	
   possui	
   um	
   ponto	
   de	
  
sensitividade,	
  que	
  é	
  um	
  “defeito”	
  no	
  grão	
  que	
  atrai	
  os	
  elétrons	
  livres.	
  
2	
  –	
  A	
  radiação	
  interagem	
  doméstico	
  o	
  Bromo	
  e	
  libera	
  elétrons.	
  
3	
   –	
   Estes	
   elétrons	
   livres	
   são	
   capturados	
   pelo	
   ponto	
   de	
   sensitividade,	
   que	
   torna-­‐se	
  
carregado	
  negativamente.	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
4	
  –	
  Esse	
  ponto	
  carregado	
  começa	
  a	
  atrair	
   íons	
  de	
  prata	
  Ag+	
  positivos	
  (com	
  falta	
  de	
  1	
  
elétron).	
  
5	
   -­‐	
   Ao	
   encontrarem	
   os	
   elétrons	
   sobrando,	
   os	
   Ag+	
   são	
   neutralizados	
   formando	
   prata	
  
metálica	
  Ag.	
  Esta	
  é	
  a	
  imagem	
  latente,	
  invisível.	
  
6	
  –	
  Na	
  revelação,	
  estes	
  grãos	
  sensibilizados	
  são	
  mais	
  sensíveis	
  ao	
  ataque	
  químico.	
  
7	
  –	
  Todo	
  o	
  grão	
  transforma-­‐se	
  em	
  um	
  ponto	
  preto	
  na	
  emulsão.	
  Diz-­‐se	
  que	
  o	
  grão	
  foi	
  
“reduzido”.	
  
	
  
	
  
Esquema	
  do	
  processo	
  de	
  formação	
  da	
  imagem	
  no	
  filme	
  radiográfico.	
  
	
  
Como	
  o	
  grão	
  que	
  não	
  contém	
  a	
  imagem	
  latente	
  pode	
  ser	
  reduzido	
  pelo	
  revelador,	
  mas	
  
a	
   uma	
   taxa	
  menor,	
   o	
   tempo	
  e	
   a	
   temperatura	
   são	
  parâmetros	
   fundamentais	
   no	
  processo	
  de	
  
revelação.	
  Pequenas	
  variações	
  de	
   temperatura	
  podem	
  alterar	
   significativamente	
  a	
  qualidade	
  
da	
  imagem.	
  
	
  
	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
• Cuidados	
  com	
  filmes	
  
O	
   armazenamento	
   inadequado	
   produz	
   um	
   escurecimento	
   de	
   fundo	
   que	
   reduz	
   a	
  
qualidade	
  da	
  imagem.	
  Além	
  disso,	
  as	
  caixas	
  dos	
  filmes	
  devem	
  sempre	
  estar	
  na	
  posição	
  vertical.	
  
O	
  armazenamento	
  na	
  horizontal	
  faz	
  com	
  que	
  os	
  filmes	
  colem	
  uns	
  nos	
  outros.	
  
O	
  armazenamento	
  e	
  manuseio	
  dos	
  filmes	
  deve	
  ser:	
  
• Em	
  local	
  de	
  preferência	
  ventilado	
  (antifungo)	
  
• Umidade	
  relativa	
  do	
  ar	
  controlada	
  (30	
  a	
  50%)	
  
• Alta	
  umidade	
  provoca	
  fungo	
  
• Muito	
  baixa	
  umidade	
  relativa	
  do	
  ar	
  pode	
  provocar	
  estática	
  ao	
  ser	
  manuseado.	
  
• Temperatura	
  controlada,	
  aprox.	
  21ºC.	
  
• Fora	
  do	
  alcance	
  de	
  radiações	
  
• Caixas	
  devidamente	
  fechadas	
  à	
  prova	
  de	
  luz	
  
• Os	
   filmes	
   de	
   raios-­‐X	
   são	
   sensíveis	
   à	
   luz,	
   raios-­‐X,	
   raios	
   gama,	
   vários	
   gases,	
   vapores,	
  
aquecimento,	
  umidade	
  e	
  pressão	
  sempre	
  causam	
  mudanças	
  gradualmente	
  nos	
  filmes.	
  
	
  
Lista	
  de	
  Exercícios	
  n.	
  1	
  
1. Qual	
  a	
  função	
  das	
  telas	
  intensificadoras?	
  
2. Cite	
  uma	
  vantagem	
  e	
  uma	
  desvantagem	
  da	
  tela	
  intensificadora.	
  
3. Quais	
  as	
  partes	
  constituintes	
  do	
  filme?	
  
4. Em	
  que	
  região	
  é	
  formada	
  a	
  imagem	
  latente?	
  
5. Que	
  material	
  forma	
  a	
  região	
  enegrecida	
  do	
  filme?	
  
6. Que	
  material	
  é	
  usado	
  na	
  base	
  do	
  filme?	
  
7. Qual	
  a	
  função	
  da	
  base	
  do	
  filme?	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
 
3) PROCESSAMENTO DOS FILMES 
A) REVELADOR 
O	
  revelador	
  é	
  uma	
  substância	
  alcalina,	
  com	
  pH	
  tipicamente	
  entre	
  10	
  e	
  11,5.	
  Em	
  meios	
  
alcalinos,	
  o	
  agente	
  revelador	
  reage	
  com	
  o	
  oxigênio	
  do	
  ar.	
  Os	
  íons	
  de	
  brometos	
  liberados	
  pela	
  
redução	
   dos	
   íons	
   de	
   prata	
   passam	
   para	
   a	
   solução,	
   limitando	
   sua	
   vida	
   útil.	
   Com	
   o	
   uso	
   da	
  
solução	
  reveladora,	
  os	
  agentes	
  reveladores	
  são	
  consumidos	
  e	
  em	
  troca	
  são	
  depositados	
   íons	
  
de	
  hidrogênio	
  e	
  brometos.	
  
O	
  Revelador	
   é	
   composto	
  basicamente	
  de	
   seis	
   partes:	
   solventes,	
   agentes	
   reveladores	
  
(revelador),	
  aceleradores,	
  conservantes,	
  opressores,	
  endurecedores.	
  
• Solventes:	
   água	
   é	
   o	
   componente	
   principal.	
   Serve	
   para	
   dissolver	
   e	
   ionizar	
   a	
   química	
  
reveladora.	
  Provoca	
  dilatação	
  da	
  gelatina	
  para	
  que	
  os	
  agentes	
  de	
  revelação	
  penetrem	
  nela	
  
encontrando	
  os	
  cristais	
  de	
  haletos	
  de	
  prata.	
  
• Agentes	
   reveladores:	
   composto	
   químico	
   como	
   hidroquinona,	
   capaz	
   de	
   converteros	
  
grãos	
  de	
  haletos	
  de	
  prata	
  “expostos”,	
  em	
  prata	
  metálica.	
  	
  Age	
  também	
  de	
  forma	
  apreciável	
  
e	
  especial	
  nos	
  grãos	
  	
  “não	
  	
  expostos”	
  na	
  emulsão.	
  
• Aceleradores:	
  esta	
  solução	
  consiste	
  em	
  agente	
  revelador	
  e	
  água,	
  produzindo	
  pequena	
  
revelação.	
   É	
   um	
   componente	
   alcalino	
   adicionado	
   no	
   revelador.	
   A	
   acidez	
   do	
   revelador	
   é	
  
atenuada	
  pela	
  alcalinidade	
  das	
  soluções:	
  compostos	
  de	
  sódio	
  ou	
  carbonato	
  de	
  potássio	
  e	
  
carbonato	
  de	
  sódio	
  ou	
  hidróxido	
  de	
  potássio.	
  
• Conservantes:	
   previne	
   a	
   oxidação	
   da	
   solução,	
   normalmente	
   sódio	
   ou	
   sulfato	
   de	
  
potássio.	
  Retarda	
  a	
  oxidação	
  da	
   solução	
  alcalina	
  do	
   revelador.	
  Tende	
  a	
  manter	
  a	
  mesma	
  
taxa	
  de	
  revelação,	
  ajuda	
  prevenir	
  estagnação	
  da	
  camada	
  de	
  emulsão	
  do	
  filme.	
  
• Opressores	
  (inibidores):	
  	
  brometos	
  de	
  potássio	
  e	
  iodetos	
  de	
  potássio	
  são	
  usados	
  para	
  
inibir	
   o	
   “FOG”.	
   Ions	
   brometos	
   protegem	
   grãos	
   não	
   expostos	
   da	
   da	
   ação	
   do	
   revelador	
  
minimizando	
  o	
  efeito	
  crescimento	
  de	
  fog.	
  	
  Algumas	
  vezes	
  outros	
  químicos	
  são	
  adicionados	
  
para	
  suplementar	
  esta	
  ação	
  antifog	
  dos	
  íons	
  de	
  brometo	
  ou	
  iodetos.	
  
• Endurecedores:	
  é	
  sempre	
  usado	
  para	
  o	
  processamento	
  automático.	
  previne	
  excessiva	
  
dilatação	
  da	
  gelatina	
  evitando	
  estragos	
  ao	
  passar	
  pelos	
   rolos.	
  Reveladores	
  podem	
  conter	
  
outras	
  substâncias	
  em	
  quantidades	
  	
  	
  mínimas	
  melhorando	
  suas	
  condições	
  físicas,	
  evitando	
  
a	
  formação	
  de	
  lamas,	
  borras,	
  aumentando	
  a	
  vida	
  útil	
  da	
  solução.	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
B) FIXADOR 
Já	
  o	
  fixador	
  é	
  composto	
  por	
  um	
  sal	
  de	
  tiosulfato	
  de	
  amônia	
  em	
  solução,	
  substância	
  que	
  
tem	
   a	
   função	
   de	
   endurecer	
   a	
   gelatina.	
   Também	
   deve	
   conter	
   ácidos	
   e	
   estabilizadores	
   para	
  
manter	
   um	
   pH	
   ácido.	
   Sua	
   função	
   principal	
   é	
   remover	
   os	
   haletos	
   de	
   prata	
   sem	
   danificar	
   a	
  
imagem	
  formada	
  pela	
  prata	
  metálica.	
  
Um	
   filme	
   não	
   fixado	
   completamente	
   tem	
   uma	
   aparência	
   “leitosa”,	
   resultado	
   da	
  
dispersão	
  da	
  luz	
  transmitida	
  por	
  cristais	
  de	
  iodo-­‐brometo	
  de	
  prata	
  que	
  não	
  foram	
  dissolvidos	
  
na	
  emulsão.	
  
	
  
São	
  seis	
  os	
  componentes	
  básicos	
  da	
  solução	
  de	
  fixador:	
  solvente,	
  agente	
  de	
   limpeza,	
  
conservante,	
  endurecedor,	
  acidificante,	
  tampão.	
  
Solvente:	
  o	
  solvente,	
  água,	
  dissolve	
  os	
  outros	
   ingredientes,	
   torna	
  difuso	
  o	
  agente	
  de	
  
limpeza,	
   em	
   transformação	
   na	
   emulsão.	
   Dissolve	
   os	
   complexos	
   de	
   tiossulfato	
   de	
   prata,	
  
auxiliando	
  na	
  remoção	
  dos	
  mesmos	
  do	
  filme.	
  
Agente	
  de	
  Limpeza:	
   	
  o	
  agente	
  de	
  limpeza	
  do	
  fixador	
  dissolve	
  e	
  remove	
  os	
  haletos	
  de	
  
prata	
   não	
   revelados	
   da	
   emulsão.	
   Esta	
   ação	
   de	
   limpeza	
   das	
   áreas	
   não	
   expostas,	
  muda-­‐as	
   de	
  
aparência	
   leitosa	
   para	
   transparência	
   deixando	
   a	
   imagem	
   preta	
   metálica	
   produzida	
   pelo	
  
revelador.	
  Os	
  dois	
  agentes	
  de	
  limpeza	
  mais	
  utilizados	
  são	
  o	
  tiossulfato	
  de	
  sódio	
  e	
  tiossulfato	
  de	
  
amônia.	
   Estes	
   agentes	
   são	
   conhecidos	
   também	
   com	
   hipo.	
   Se	
   um	
   filme	
   tiver	
   uma	
   limpeza	
  
imprópria,	
  a	
  manutenção	
  de	
  cristais	
  não	
  expostos	
  escurecem	
  com	
  a	
  luz	
  ambiente,	
  tornando	
  a	
  
imagem	
  mais	
  obscura.	
  
Conservante:	
  normalmente	
  o	
  sulfito	
  de	
  sódio	
  é	
  usado	
  como	
  conservante,	
  prevenindo	
  
a	
  decomposição	
  do	
  agente	
  clareador	
  e	
  agente	
  de	
  fixação.	
  
Endurecedor:	
   sal	
   de	
   alumínio	
   previne	
   a	
   excessiva	
   dilatação	
   da	
   gelatina	
   emulsão	
   ou	
  
amolecimento	
  na	
  água	
  ou	
  na	
  secagem	
  com	
  ar	
  quente.	
  Torna	
  mais	
  curto	
  o	
  tempo	
  de	
  secagem.	
  
Acidificante:	
  	
  ácido	
  acético	
  ou	
  composição	
  de	
  outros	
  ácidos	
  são	
  usados	
  para	
  acelerar	
  a	
  
ação	
  dos	
  outros	
  químicos,	
  neutralizando	
  a	
  alcalinidade	
  do	
  revelador	
  que	
  vem	
  na	
  superfície	
  do	
  
filme.	
  
Tampão:	
   reações	
  químicas	
   sempre	
   trabalham	
  melhor	
  quando	
  a	
  acidez	
  e	
  alcalinidade	
  
da	
  mistura	
   em	
   reação	
   é	
   controlada.	
   	
   Um	
   número	
   de	
   compostos	
   chamados	
   tampões,	
   estão	
  
disponíveis,	
   sendo	
   adicionados	
   na	
   solução	
   para	
   manter	
   a	
   acidez	
   ou	
   alcalinidade	
   desejada	
  
ajudando	
   a	
   reação	
   para	
   dar	
  melhor	
   resultado.	
   Tampões	
   são	
   incluídos	
   no	
   banho	
   do	
   fixador	
  
para	
   estabilizar	
   a	
   acidez	
   contra	
   a	
   alcalinidade	
   do	
   revelador,	
   vindo	
   pelo	
   sobrecarregamento.	
  	
  
Sem	
   tampões	
   a	
   alcalinidade	
   do	
   revelador,	
   neutraliza	
   a	
   acidez	
   do	
   fixador,	
   interferindo	
   na	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
atividade	
   do	
   fixador,	
   tornando	
   mais	
   curta	
   a	
   vida	
   da	
   solução.	
   Tampões	
   também	
   ajudam	
   a	
  
reduzir	
  borra	
  	
  no	
  banho	
  do	
  fixador.	
  
C) PREPARO DE SOLUÇÕES PARA PROCESSAMENTO 
O	
  passo	
  muito	
   importante	
   para	
   obter	
   resultado	
   adequado	
   no	
   processo	
   radiográfico,	
  
está	
  no	
  preparo	
  correto	
  das	
  soluções,	
  conforme	
  orientado	
  pelo	
  fabricante	
  do	
  produto.	
  	
  
Os	
   fabricantes	
   de	
   soluções	
   para	
   processamento	
   manual	
   e	
   automático	
   fornecem	
   as	
  
soluções	
  para	
  a	
  mistura,	
  geralmente	
  em	
  uma	
  única	
  embalagem	
  de	
  papelão	
  contendo	
  duas	
  ou	
  
três	
  partes	
  em	
  garrafas.	
  As	
  partes	
  são	
   identificadas	
  com	
  letras	
  como	
  A,	
  B,	
  C.	
  Não	
  se	
  trata	
  de	
  
norma,	
  porém	
  uma	
  praxe	
  comercial,	
  para	
  facilitar	
  a	
  identificação	
  e	
  manuseio	
  das	
  mesmas.	
  	
  
Algumas	
   precauções	
   importantes:	
   é	
   de	
   extrema	
   importância	
   evitar	
   a	
   contaminação	
  
química	
  das	
  soluções	
  de	
  processo,	
  pois	
  minúsculas	
  quantidades	
  de	
  impurezas	
  podem	
  produzirlargo	
  e	
  indesejável	
  efeito,	
  portanto:	
  	
  
-­‐	
  Limpe	
  as	
  bobonas	
  de	
  suprimento	
  de	
  solução	
  e	
  suas	
  tampas	
  antes	
  de	
  iniciar	
  a	
  mistura	
  
de	
  soluções	
  frescas.	
  
-­‐	
  Esteja	
  seguro	
  de	
  que	
  nenhum	
  respingo	
  de	
  uma	
  solução	
  de	
  uma	
  solução	
  caia	
  dentro	
  
da	
   outra.	
   Por	
   exemplo:	
   uma	
   pequena	
   quantidade	
   de	
   fixador	
   causará	
   no	
   revelador	
   uma	
  
mudança	
  significativa	
  perdendo	
  todo	
  o	
  conjunto	
  de	
  solução.	
  
-­‐	
  Faça	
  mistura	
  e	
  armazene	
  sempre	
  em	
  contêineres	
  feitos	
  de	
  materiais	
  não	
  corrosivos:	
  
polipropileno,	
   polietileno,	
   vidro,	
   fibras,	
   etc.	
   Nunca	
   use	
   materiais	
   reativos	
   como	
   metais	
   em	
  
geral:	
  estanho,	
  cobre,	
  zinco,	
  alumínio	
  ou	
  ferro	
  galvanizado.	
  
-­‐	
  Tampe	
  os	
  tanques	
  de	
  solução	
  para	
  evitar	
  pó,	
  que	
  reduz	
  a	
  taxa	
  de	
  oxidação.	
  Além	
  da	
  
tampa	
  superior,	
  a	
  tampa	
  flutuante	
  deverá	
  ser	
  usada	
  na	
  solução	
  do	
  revelador.	
  
-­‐	
  Para	
  maior	
  segurança,	
  use	
  dois	
  bastões	
  diferentes,	
  um	
  para	
  o	
  revelador,	
  outro	
  para	
  o	
  
fixador,	
  para	
  preparar	
  as	
  soluções.	
  	
  
-­‐	
   Cuidado:	
   a	
   superdiluição	
   ou	
   subdiluição	
   causam	
   danos,	
   alterações	
   nas	
   soluções,	
  
alterando	
   todo	
   o	
   processamento,	
   afetando	
   diretamente	
   na	
   qualidade	
   das	
   imagens	
  
radiográficas,	
   podendo	
   ainda	
   comprometer	
   o	
   sistema	
   mecânico	
   da	
   processadora.	
   Se	
   por	
  
exemplo,	
  a	
  quantidade	
  de	
  água	
  está	
  incorreta,	
  a	
  atividade	
  química	
  da	
  solução	
  será	
  afetada	
  e	
  as	
  
radiografias	
   produzidas	
   serão	
   insatisfatórias.	
   Para	
   um	
   melhor	
   resultado,	
   leia	
   e	
   siga	
  
corretamente	
  as	
  instruções	
  contidas	
  nos	
  rótulos	
  dos	
  produtos.	
  
-­‐	
   No	
   local	
   de	
   preparo	
   das	
   soluções	
   devemos	
   ter	
   um	
   ponto	
   de	
   água	
   filtrada,	
   com	
  
registro	
  e	
  mangueira	
  dedicados	
  a	
  isto.	
  
-­‐	
  Atualmente	
  os	
   três	
  volumes	
  para	
  preparo	
  de	
  soluções	
  mais	
  usuais	
  e	
  disponíveis	
  no	
  
mercado,	
   20	
   litros,	
   38	
   litros	
   e	
   76	
   litros.	
   	
   O	
   departamento	
   de	
   compras	
   deve	
   adquiri-­‐las	
   em	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
função	
  da	
  demanda	
  de	
  cada	
  local.	
  Para	
  uma	
  boa	
  ação	
  e	
  garantida	
  das	
  soluções	
  para	
  o	
  processo	
  
automático,	
   deve-­‐se	
   preferencialmente	
   consumir	
   um	
   volume	
   dentro	
   de	
   15	
   dias	
   após	
   seu	
  
preparo.	
  	
  
D) PROCESSAMENTO MANUAL 
Antes	
   das	
   processadoras	
   automáticas,	
   todos	
   os	
   filmes	
   de	
   raios-­‐X	
   eram	
   processados	
  
manualmente.	
   Processamento	
   manual	
   ainda	
   é	
   usado	
   em	
   serviços	
   de	
   baixo	
   volume	
   de	
  
radiografias.	
  
	
  
	
  
	
  
ETAPAS	
  
1ª	
  fase:	
  Revelação	
  
O	
  filme	
  exposto,	
  colocado	
  no	
  revelador	
  preso	
  a	
  uma	
  colgadura.	
  Coloca-­‐o	
  no	
  revelador,	
  
agita-­‐o	
  para	
  obter	
  uma	
  revelação	
  uniforme.	
  No	
  banho	
  do	
  revelador,	
  são	
  necessários	
  cerca	
  de	
  3	
  
a	
  5	
  minutos	
  (depende	
  da	
  temperatura	
  do	
  revelador).	
  O	
  revelador	
  reduz	
  os	
  compostos	
  de	
  prata	
  
na	
  emulsão	
  do	
  filme	
  para	
  prata	
  preta	
  metálica.	
  	
  
2ª	
  fase:	
  Banho	
  interruptor	
  
É	
  um	
  tanque	
  com	
  água	
  corrente	
  onde	
  se	
  coloca	
  o	
  filme	
  após	
  a	
  revelação	
  para	
  remover	
  
o	
   revelador	
   e	
   interromper	
   	
   a	
   revelação.	
   Este	
   banho	
   interruptor	
   (às	
   vezes	
   à	
   base	
   de	
   ácido	
  
acético)	
   é	
   recomendado	
   para	
   neutralizar	
   a	
   alcalinidade	
   do	
   revelador	
   raramente	
   é	
   usado.	
   A	
  
radiografia	
   revelada	
   é	
   brevemente	
   agitada	
  neste	
   banho,	
   antes	
   de	
  movida	
   para	
   o	
   tanque	
   do	
  
fixador.	
  
3ª	
  fase:	
  Fixação	
  
Nesta	
  fase	
  a	
  gelatina	
  e	
  o	
  brometo	
  de	
  prata	
  que	
  não	
  entram	
  na	
  formação	
  de	
  imagem,	
  
serão	
  retirados	
  e	
  a	
   imagem	
  será	
  fixada	
  na	
  base	
  do	
  filme.	
  O	
  fixador	
  remove	
  os	
  compostos	
  de	
  
prata	
  não	
  expostos	
  e	
  endurece	
  a	
  gelatina	
  contendo	
  prata	
  preta	
  metálica.	
  	
  
O	
  processo	
  de	
  fixação	
  requer	
  aproximadamente	
  10	
  minutos,	
  ou	
  duas	
  vezes	
  o	
  tempo	
  do	
  
processo	
  de	
   revelação.	
  Após	
  a	
   fixação,	
   a	
   luz	
   convencional	
  da	
   sala	
  pode	
   ser	
  usada.	
  O	
   filme	
  é	
  
movido	
  para	
  o	
   tanque	
  da	
  água	
  por	
  20	
  minutos	
  ou	
  mais	
  para	
   lavagem,	
   removendo	
  o	
   fixador	
  
residual.	
  As	
  radiografias	
  são	
  secadas	
  ao	
  ar	
  ou	
  colocadas	
  em	
  cabines	
  contendo	
  circulação	
  de	
  ar	
  
aquecido.	
  	
  
4ª	
  fase:	
  Lavagem	
  final	
  
As	
  radiografias	
  ficam	
  mais	
  ou	
  menos	
  quinze	
  minutos	
  no	
  tanque	
  de	
  água	
  corrente.	
  
5ª	
  fase:	
  Secagem	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
Após	
   a	
   lavagem	
   final	
   as	
   radiografias	
   serão	
   colocadas	
   para	
   secar,	
   em	
   secadores	
  
especiais	
  ou	
  ao	
  ar	
  livre.	
  
	
  
	
  
Revelação	
  manual	
  
	
  
Revelação	
  Automática	
  
Figura 10: Exemplo de relação tempo-temperatura para revelação manual e automática. 
	
  
Por	
  muitos	
   anos,	
   apesar	
   das	
   limitações,	
   o	
   processo	
  manual	
   serviu	
   satisfatoriamente	
  
aos	
  departamentos	
  radiológicos.	
  Com	
  o	
  aumento	
  da	
  carga	
  de	
  trabalho,	
  foi	
  reconhecido	
  que	
  o	
  
processo	
  manual	
  apresentava	
  dificuldades.	
  	
  
E) PROCESSADORAS AUTOMÁTICAS 
Na	
   radiografia	
   são	
   geralmente	
   utilizadas	
   processadoras	
   de	
   filme	
   automáticas.	
   A	
  
produção	
  de	
  imagens	
  de	
  alta	
  qualidade	
  requer	
  que	
  as	
  condições	
  de	
  operação	
  da	
  processadora	
  
estejam	
   em	
   conformidade	
   com	
   as	
   recomendações	
   do	
   fabricante.	
   Uma	
   processadora	
  
automática	
   é	
   composta	
   pelos	
   sistemas	
   de	
   transporte	
   do	
   filme,	
   controle	
   de	
   temperatura,	
  
circulação,	
  reforço	
  e	
  secagem,	
  conforme	
  mostra	
  a	
  figura	
  abaixo.	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
Figura 11: Esquema de funcionamento da processadora automática. 
	
  
O	
  sistema	
  detransporte	
  tem	
  início	
  ao	
  se	
  inserir	
  o	
  filme	
  na	
  bandeja	
  de	
  alimentação	
  da	
  
processadora.	
   A	
   partir	
   daí,	
   um	
   conjunto	
   de	
   rolos	
   conduzem	
   o	
   filme	
   através	
   dos	
   tanques	
   da	
  
processadora.	
  Um	
  sensor	
  na	
  entrada	
  controla	
  a	
   taxa	
  de	
  reposição	
  do	
  revelador	
  e	
   fixador	
  em	
  
função	
  da	
  área	
  do	
  filme	
  ou	
  da	
  quantidade	
  de	
  filmes	
  inseridos.	
  	
  
	
  
Detecção	
  de	
  filme:	
  quando	
  o	
  filme	
  penetra	
  na	
  processadora,	
   logo	
  após	
  a	
  bandeja	
  de	
  
alimentação,	
  ele	
  aciona	
  sensor	
  seja	
  eletromecânico,	
  magnético	
  ou	
  eletrônico.	
  	
  Este	
  dispositivo	
  
tem	
  a	
  finalidade	
  de	
  acionar	
  a	
  bomba	
  de	
  reposição	
  de	
  químico	
  fazendo	
  com	
  que	
  entre	
  uma	
  um	
  
volume	
  variando	
  de	
  40	
  a	
  100	
  ml	
  dependendo	
  do	
  equipamento,	
  volume	
  de	
  trabalho,	
  etc.	
  
Quando	
  o	
  filme	
  sai	
  do	
  sensor,	
  penetrando	
  totalmente	
  dentro	
  do	
  tanque	
  do	
  revelador	
  
algum	
  sinal,	
   seja	
   visual	
   seja	
   audível	
   informará	
  ao	
  operador.	
   Isto	
  é	
   importante	
   visando	
  a	
  não	
  
velatura	
   do	
   filme	
   com	
   o	
   acionamento	
   da	
   luz	
   normal	
   do	
   ambiente	
   ou	
   abertura	
   da	
   porta	
   da	
  
câmara	
  escura.	
  
O	
   sistema	
   de	
   transporte	
   afeta	
   diretamente	
   o	
   processamento	
   do	
   filme	
   através	
   do	
  
tempo	
   em	
   que	
   o	
   filme	
   passa	
  mergulhado	
   em	
   cada	
   tanque.	
   As	
   processadoras	
   normalmente	
  
possuem	
   três	
   tanques	
   internos,	
   com	
   cerca	
   de	
   9L	
   cada,	
   nos	
   quais	
   o	
   filme	
   mergulhado:	
   o	
  
revelador,	
  fixador	
  e	
  lavagem.	
  Os	
  tanques	
  internos	
  do	
  revelador	
  e	
  do	
  fixador	
  são	
  conectados	
  a	
  
dois	
   tanques	
   externos,	
   com	
   36L	
   ou	
   72L,	
   contendo	
   respectivamente	
   revelador	
   e	
   fixador	
   não	
  
contaminados	
  com	
  os	
  subprodutos	
  do	
  processo	
  de	
  revelação.	
  O	
  tanque	
  interno	
  de	
  lavagem	
  é	
  
preenchido	
  com	
  água	
  corrente	
  limpa	
  que	
  ao	
  entrar	
  na	
  processadora	
  passa	
  por	
  uma	
  serpentina	
  
através	
   do	
   tanque	
   do	
   revelador.	
   Essa	
   serpentina,	
   junto	
   com	
   uma	
   resistência,	
   serve	
   para	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
resfriar	
   e	
   aquecer,	
   respectivamente,	
   o	
   revelador	
   a	
   fim	
   de	
  manter	
   estável	
   a	
   temperatura	
   de	
  
revelação.	
  	
  
Existem	
   dois	
   tipos	
   de	
   termostatos	
   de	
   controle	
   de	
   temperatura:	
   os	
   termostatos	
  
eletromecânicos,	
  os	
  menos	
  precisos;	
  e	
  os	
  digitais.	
  Muitos	
  termostatos	
  existentes	
  no	
  mercado	
  
não	
   se	
   prestam	
  mesmo	
   para	
   controles	
   de	
   temperaturas	
   para	
   radiografia	
   convencional,	
   pois	
  
atingem	
  um	
  diferencial	
  de	
  até	
  5°C.	
  Estes	
  mal	
  servem	
  para	
  controlar	
  a	
  temperatura	
  de	
  secagem	
  
do	
   filme.	
   Para	
   radiografias	
   convencionais	
   a	
   temperatura	
   deve	
   ser	
   controlada	
   com	
   uma	
  
precisão	
  de	
  1°C.	
  As	
  processadoras	
  apresentam	
  faixa	
  de	
  ajuste	
  de	
  temperatura	
  que	
  dependem	
  
da	
  profundidade	
  dos	
  tanques,	
  velocidade	
  de	
  tração	
  do	
  filme,	
  e	
  conseqüentemente	
  do	
  tempo	
  
de	
  revelação.	
  A	
  temperatura	
  é	
  fixada	
  pelo	
  técnico	
  de	
  manutenção	
  devidamente	
  habilitado,	
  de	
  
32	
  a	
  35°C,	
  segundo	
  as	
  recomendações	
  do	
  fabricante.	
  
As	
   taxas	
   de	
   reposição	
   do	
   revelador	
   e	
   do	
   fixador	
   variam	
   de	
   acordo	
   com	
   o	
   uso	
   da	
  
processadora	
   e	
   do	
   tipo	
   de	
   filme	
   revelado.	
   Por	
   exemplo,	
   em	
  mamografia,	
   nas	
   processadoras	
  
Kodak,	
  a	
  taxa	
  de	
  reposição	
  do	
  revelador	
  pode	
  variar	
  desde	
  25	
  ml	
  por	
  filme,	
  para	
  o	
  Min-­‐R	
  2000	
  
de	
   dimensões	
   18	
   x	
   24	
   cm,	
   usando	
   7,5	
   filmes/h,	
   até	
   70	
   ml	
   por	
   filme,	
   para	
   o	
   Min-­‐R	
   M	
   de	
  
dimensões	
  18x24	
   cm	
  e	
  usando	
  14	
   filmes/h.	
  O	
  elevado	
  padrão	
  de	
  qualidade	
   requer	
   limpezas	
  
freqüentes	
   da	
   processadora	
   a	
   fim	
   de	
   reduzir	
   a	
   quantidade	
   de	
   artefatos	
   na	
   imagem.	
   É	
   uma	
  
prática	
  comum	
  eliminar	
  os	
  produtos	
  químicos	
  nos	
  tanques	
  internos	
  em	
  cada	
  manutenção.	
  Em	
  
um	
   dos	
   seus	
   relatórios	
   técnicos,	
   a	
   Kodak	
   recomenda	
   a	
   recolocação	
   do	
   revelador	
   na	
  
processadora	
   após	
   a	
   manutenção,	
   contanto	
   que	
   os	
   índices	
   sensitométricos	
   permaneçam	
  
dentro	
  dos	
  seus	
  limites	
  de	
  tolerância.	
  	
  
	
  
CUIDADOS	
  DIÁRIOS	
  
Antes	
  de	
  iniciar	
  a	
  produção	
  diária,	
  os	
  raques	
  do	
  revelador,	
  fixador	
  e	
  água,	
  devem	
  ser	
  
lavados	
   com	
   água	
   e	
   sabão	
   neutro	
   para	
   evitar	
   manchas	
   nas	
   radiografias,	
   pois	
   os	
   mesmos	
  
estarão	
  com	
  pequenos	
  cristais	
  vindos	
  da	
  evaporação	
  e	
  condensação	
  das	
  soluções.	
  	
  
Para	
  que	
  os	
   gases	
  não	
   condensem	
  e	
   retornem	
  aos	
   tanques,	
   prejudicando	
  a	
   vida	
  e	
  o	
  
poder	
  de	
  ação	
  das	
  soluções,	
  ao	
  final	
  do	
  expediente,	
  a	
  tampa	
  superior	
  da	
  processadora	
  deverá	
  
ser	
  levantada	
  em	
  5	
  cm	
  para	
  possibilitar	
  a	
  saída	
  dos	
  gases	
  oriundos	
  das	
  soluções	
  que	
  ficariam	
  
retidos	
  dentro	
  da	
  processadora.	
  	
  
4) CÂMARA ESCURA 
Na	
  câmara	
  escura,	
  torna-­‐se	
  necessário	
  local	
  adequado	
  para	
  o	
  manuseio	
  das	
  caixas	
  de	
  
filme,	
   chassis,	
   lixeira.	
  Ventilação	
  é	
  desejada.	
  Além	
  de	
   fornecer	
  uma	
  melhor	
  qualidade	
  de	
  ar,	
  
ajuda	
   a	
   manter	
   uma	
   umidade	
   relativa	
   e	
   temperatura	
   adequadas	
   para	
   a	
   conservação	
   dos	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
filmes.	
   É	
   necessário	
   a	
   colocação	
  de	
   exaustores	
   para	
   a	
   retirada	
  dos	
   gases	
   que	
  evaporam	
  dos	
  
químicos	
   e	
   também	
  para	
   controlar	
   a	
   umidade	
  do	
   ar	
   no	
   seu	
   interior	
   tornando	
   também	
  mais	
  
adequado	
  o	
  armazenamento	
  dos	
  filmes.	
  	
  
A	
  câmara	
  escura	
  deve	
  estar	
  equipada	
  com	
  uma	
  lanterna	
  de	
  segurança,	
  para	
  facilitar	
  o	
  
manuseio	
  do	
  filme.	
  A	
  lanternaé	
  composta	
  além	
  da	
  lâmpada	
  vermelha	
  de	
  baixa	
  potência	
  (entre	
  
5	
   e	
   15W	
   no	
  máximo),	
   que	
   uma	
   cor	
   que	
   filme	
   não	
   é	
   sensível.	
   A	
  mesma	
   deverá	
   ficar	
   a	
   uma	
  
distancia	
  entre	
  60	
  e	
  90	
  cm	
  de	
  altura	
  da	
  bancada.	
  	
  
Na	
   câmara	
   escura	
   deve	
   haver	
   lâmpada	
   branca	
   incandescente	
   para	
   o	
   trabalho	
   de	
  
limpeza	
  e	
  organização	
  da	
  mesma,	
  etc.	
  O	
  interruptor	
  deve	
  ser	
  disposto	
  em	
  ponto	
  alto,	
  de	
  forma	
  
que	
  não	
   seja	
  possível	
  um	
  acionamento	
  do	
  mesmo	
  acidentalmente,	
  provocando	
  velatura	
  dos	
  
filmes	
  durante	
  o	
  manuseio	
  dos	
  mesmos.	
  
O	
   fog	
   no	
   filme	
   radiográfico,	
   que	
   não	
   é	
   causado	
   por	
   radiação	
   ionizante,	
   pode	
   ser	
  
originado	
  por	
  duas	
  fontes,	
  luz	
  de	
  segurança	
  e	
  luzes	
  “não	
  seguras”.	
  Até	
  mesmo	
  a	
  melhor	
  luz	
  de	
  
segurança,	
  quando	
  usada	
  inadequadamente,	
  com	
  alta	
  potência	
  da	
  lâmpada,	
  ou	
  mais	
  perto	
  do	
  
filme	
   que	
   o	
   recomendado	
   pelo	
   fabricante,	
   ou	
   ainda	
   com	
   filtros	
   vencidos,	
   produzirá	
   fog	
   nas	
  
radiografias	
  durante	
  a	
  manipulação	
  dos	
  filmes	
  na	
  câmara	
  escura.	
  Dentro	
  da	
  categoria	
  de	
  luzes	
  
"não	
   seguras"	
   estão:	
   entradas	
   de	
   luz	
   ao	
   redor	
   das	
   portas	
   e	
   das	
   processadoras,	
   chassis	
  
defeituosos,	
   teto	
  perfurado	
  e	
   luz	
  emitida	
  por	
  números	
   luminosos	
  de	
  relógios,	
  mostradores	
  e	
  
várias	
  outras	
  fontes.	
  
A) AVALIAÇÃO DE ENTRADA DE LUZ NA CÂMARA ESCURA 
O	
  método	
  mais	
  adequado	
  para	
  testar	
  o	
  fog	
  no	
  filme	
  radiográfico,	
  é	
  expor	
  um	
  filme	
  na	
  
câmara	
  escura,	
  à	
  luz	
  de	
  um	
  sensitômetro	
  que	
  produzirá	
  uma	
  tira	
  sensitométrica	
  de	
  21	
  degraus.	
  
Para	
  um	
  bom	
  desempenho	
  deste	
  teste,	
  é	
  recomendado	
  que	
  o	
  filme	
  radiográfico	
  seja	
  de	
  uma	
  
caixa	
  nova	
  de	
   filme	
  e	
   fazer	
   a	
   exposição	
   ao	
   sensitômetro	
   com	
   todas	
   as	
   luzes	
  de	
   segurança	
  e	
  
indicadores	
   de	
   luz	
   apagada	
   e	
   sem	
   outras	
   fontes	
   de	
   luz	
   espúrias.	
   Três	
   filmes	
   devem	
   ser	
  
expostos	
   com	
   as	
   condições	
   normais	
   da	
   câmara	
   escura	
   (incluindo	
   os	
   indicadores	
   de	
   luz,	
  
lanterna	
   de	
   luz	
   de	
   segurança	
   acesa,	
   etc.)	
   por	
   um	
   período	
   de	
   um,	
   dois	
   e	
   quatro	
  minutos.	
   A	
  
densidade	
   óptica	
   dos	
   degraus	
   deve	
   ser	
   avaliada	
   com	
   um	
   densitômetro.	
   A	
   diferença	
   em	
  
densidade	
  óptica	
  do	
  filme	
  exposto	
  na	
  câmara	
  escura	
  com	
  t=0	
  em	
  comparação	
  com	
  os	
  demais	
  
tempos	
  minutos,	
  não	
  pode	
  ser	
  superior	
  a	
  0,05.	
  
As	
  câmaras	
  escuras	
  que	
  passam	
  no	
  teste	
  de	
  4	
  minutos	
  estão	
  em	
  excelentes	
  condições	
  
de	
   vedação	
   luminosa.	
   Se	
   as	
   câmaras	
   escuras	
   passarem	
   no	
   teste	
   de	
   2	
  minutos,	
  mas	
   não	
   no	
  
teste	
   de	
   4	
  minutos,	
   elas	
   estão	
   em	
  boas	
   condições.	
   Se	
   as	
   câmaras	
   escuras	
   não	
   passarem	
  no	
  
teste	
   de	
   1	
   minuto,	
   se	
   faz	
   necessário	
   checar	
   as	
   luzes	
   de	
   insegurança	
   e	
   instalar	
   filtros	
   de	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
segurança	
  apropriados,	
  se	
  o	
  filtro	
  tem	
  mais	
  de	
  um	
  ano	
  de	
  idade,	
  ou	
  tem	
  sido	
  usado	
  com	
  uma	
  
lâmpada	
  de	
  potência	
  mais	
  alta	
  a	
  recomendada,	
  deverá	
  ser	
  substituído.	
  Deve-­‐se	
  ainda	
  checar	
  
se	
  todas	
  as	
  lâmpadas	
  de	
  segurança	
  estão	
  no	
  mínimo	
  a	
  120	
  cm	
  da	
  superfície	
  de	
  manipulação	
  do	
  
filme.	
   A	
   situação	
   ideal	
   é	
   quando	
   se	
   usa	
   uma	
   lâmpada	
   própria	
   com	
   filtro	
   de	
   segurança	
  
recomendado,	
  normalmente	
  lâmpada	
  de	
  15W	
  com	
  filtro	
  GBX-­‐2	
  e	
  distância	
  de	
  120	
  cm.	
  	
  
Para	
   localizar	
   fendas	
   de	
   luz,	
   a	
   pessoa	
   deve	
   ficar	
   aproximadamente	
   10	
   minutos	
   na	
  
câmara	
   escura.	
   Depois	
   desse	
   período	
   de	
   adaptação,	
   é	
   relativamente	
   fácil	
   localizar	
   todas	
   as	
  
fendas	
  de	
  luz	
  que	
  normalmente	
  não	
  ficariam	
  visíveis	
  sem	
  este	
  tempo	
  de	
  adaptação,	
  mas	
  que	
  
causariam	
  fog	
  no	
  filme	
  radiográfico.	
  
Se	
   a	
   câmara	
   escura	
   está	
   iluminada	
   com	
   o	
   filtro	
   de	
   luz	
   próprio,	
   potência	
   de	
   luz	
  
recomendada	
  e	
  a	
  distância	
  especificada	
  pelo	
  fabricante,	
  todas	
  as	
  superfícies	
  podem	
  ser	
  claras	
  
sem	
  causar	
  fog	
  nos	
  filmes	
  radiográficos.	
  Portanto,	
  não	
  é	
  necessário	
  que	
  se	
  pinte	
  as	
  paredes	
  de	
  
preto,	
  porém,	
  	
  tons	
  foscos	
  ajudam	
  a	
  prevenir	
  contra	
  reflexos	
  indesejados.	
  	
  
B) TESTE DA MOEDA PARA VERIFICAR A VAZAMENTO DE LUZ 
A	
  entrada	
  de	
  luz	
  na	
  câmara	
  escura,	
  mesmo	
  em	
  pequenas	
  quantidades,	
  contribui	
  para	
  a	
  redução	
  
do	
   contraste	
   radiográfico	
   e	
   deve	
   ser	
   minimizada	
   ao	
   máximo.	
   Para	
   verificar	
   e	
   comprovar	
   se	
   há	
  
vazamento	
  de	
  luz	
  para	
  o	
  interior	
  da	
  câmara	
  escura,	
  bem	
  como	
  verificar	
  se	
  a	
  lâmpada	
  de	
  segurança	
  está	
  
contribuindo	
  para	
  o	
  velamento	
  de	
  filmes,	
  deve-­‐se	
  realizar	
  o	
  teste	
  da	
  moeda:	
  
1.	
  Exponha	
  um	
  filme	
  radiográfico	
  a	
  raios-­‐X	
  com	
  baixo	
  kV	
  (~60kV)	
  com	
  baixo	
  mAs	
  (~2	
  mAs).	
  Isso	
  
irá	
  tornar	
  o	
  teste	
  mais	
  sensível.	
  
2.	
  Dentro	
  da	
  câmara	
  escura,	
  abra	
  o	
  chassi	
  e	
  coloque	
  o	
  filme	
  sobre	
  a	
  bancada.	
  
3.	
  Coloque	
  uma	
  moeda	
  sobre	
  o	
  filme	
  e	
  espere	
  aprox.	
  1	
  minuto.	
  
4.	
  Revele	
  o	
  filme.	
  
5.	
  Se,	
  no	
  filme	
  revelado,	
  aparecer	
  a	
  imagem	
  da	
  moeda	
  então	
  há	
  luz	
  dentro	
  da	
  câmara	
  escura	
  e	
  
está	
  prejudicando	
  o	
  contraste	
  da	
  radiografia.	
  
Ao	
  fechar	
  a	
  porta,	
  espere	
  por	
  algum	
  tempo,	
  até	
  seu	
  olho	
  se	
  adaptar	
  ao	
  novo	
  ambiente,	
  a	
  fim	
  de	
  
que	
   se	
   possa	
   detectar	
   qualquer	
   vazamento	
   indesejado	
   de	
   luz,	
   tomando	
   as	
   devidas	
   providências	
   para	
  
vedá-­‐lo.	
  
	
  
NORMAS DAVIGILÂNCIA SANITÁRIA - Portaria 453 MS de 02/06/98 - 
Capítulo 4 
 
4.9	
  A	
  câmara	
  escura	
  deve	
  ser	
  planejada	
  e	
  construída	
  considerando-­‐se	
  os	
  seguintes	
  requisitos:	
  
-­‐	
  Dimensão	
  proporcional	
  à	
  quantidade	
  de	
  radiografias	
  e	
  ao	
  fluxo	
  de	
  atividades	
  previstas	
  no	
  serviço.	
  
-­‐	
  Vedação	
  apropriada	
  contra	
  luz	
  do	
  dia	
  ou	
  artificial.	
  Atenção	
  especial	
  deve	
  ser	
  dada	
  à	
  porta,	
  passa	
  chassis	
  
e	
  sistema	
  de	
  exaustão.	
  
-­‐	
  O(s)	
  interruptor(es)	
  de	
  luz	
  clara	
  deve(m)	
  estar	
  posicionado(s)	
  de	
  forma	
  a	
  evitar	
  acionamento	
  acidental.	
  
-­‐	
  Sistema	
  de	
  exaustão	
  de	
  ar	
  de	
  forma	
  a	
  manter	
  uma	
  pressão	
  positiva	
  no	
  ambiente.	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
-­‐	
  Paredes	
  com	
  revestimento	
  resistente	
  à	
  ação	
  das	
  substâncias	
  químicas	
  utilizadas,	
   junto	
  aos	
   locais	
  onde	
  
possam	
  ocorrer	
  respingos	
  destas	
  substâncias.	
  
-­‐	
  Piso	
  anticorrosivo,	
  impermeável	
  e	
  antiderrapante.	
  
-­‐	
  Sistema	
  de	
   iluminação	
  de	
  segurança	
  com	
  lâmpadas	
  e	
   filtros	
  apropriados	
  aos	
  tipos	
  de	
  filmes	
  utilizados,	
  
localizado	
  a	
  uma	
  distância	
  não	
  inferior	
  a	
  1,2	
  m	
  do	
  local	
  de	
  manipulação.	
  
4.10	
  A	
  câmara	
  escura	
  para	
  revelação	
  manual	
  deve	
  ser	
  provida	
  de	
  cronômetro,	
  termômetro	
  e	
  tabela	
  de	
  revelação	
  
para	
  garantir	
  o	
  processamento	
  nas	
  condições	
  especificadas	
  pelo	
  fabricante	
  dos	
  produtos	
  de	
  revelação.	
  
4.11	
  Deve	
  ser	
  previsto	
   local	
  adequado	
  para	
  o	
  armazenamento	
  de	
   filmes	
   radiográficos,	
  de	
   forma	
  que	
  estes	
   filmes	
  
sejam	
  mantidos:	
  
-­‐	
  Em	
  posição	
  vertical.	
  
-­‐	
  Afastados	
  de	
  fontes	
  de	
  radiação.	
  
-­‐	
  Em	
  condições	
  de	
  temperatura	
  e	
  umidade	
  compatíveis	
  com	
  as	
  especificações	
  do	
  fabricante.	
  
4.12	
   A	
   iluminação	
   da	
   sala	
   de	
   interpretação	
   e	
   laudos	
   deve	
   ser	
   planejada	
   de	
   modo	
   a	
   não	
   causar	
   reflexos	
   nos	
  
negatoscópios	
  que	
  possam	
  prejudicar	
  a	
  avaliação	
  da	
  imagem.	
  
	
  
Departamento	
  de	
  Energia	
  Nuclear	
  
Física	
  Radiológica	
  1	
  
	
  
Lista	
  de	
  Exercícios	
  n.	
  2	
  
	
  
1. Quais	
  as	
  etapas	
  da	
  revelação	
  manual?	
  
2. Que	
  parâmetros	
  devem	
  ser	
  controlados	
  no	
  revelador?	
  Cite	
  3.	
  
3. Qual	
  a	
  função	
  do	
  rack?	
  
4. Quais	
   os	
   valores	
   típicos	
   de	
   tempo	
   no	
   revelador	
   e	
   temperatura	
   do	
   revelador	
   na	
  
processadora?	
  
5. Quais	
  os	
  valores	
  típicos	
  de	
  tempos	
  e	
  temperatura	
  na	
  revelação	
  manual?	
  
6. Cite	
  duas	
  causas	
  de	
  artefatos	
  que	
  se	
  assemelham	
  a	
  microcalcificações.	
  
7. Cite	
  4	
  causas	
  relacionadas	
  à	
  revelação	
  que	
  levam	
  a	
  um	
  filme	
  claro	
  demais.	
  
8. Cite	
  2	
  causas	
  relacionadas	
  à	
  revelação	
  que	
  levam	
  a	
  um	
  filme	
  escuro	
  demais.	
  
9. O	
  que	
  deve	
  estar	
  presente	
  dentro	
  do	
  reservatório	
  de	
  36L	
  do	
  revelador?	
  
10. Que	
  acontece	
  ao	
  filme	
  quando	
  a	
  bomba	
  que	
  leva	
  o	
  revelador	
  do	
  reservatório	
  grande	
  
até	
  o	
  tanque	
  interno	
  da	
  processadora	
  quebra?	
  
11. Qual	
  o	
  efeito	
  no	
  filme	
  da	
  lavagem	
  inadequada?	
  
12. Qual	
  o	
  efeito	
  no	
  filme	
  da	
  quebra	
  da	
  resistência	
  que	
  aquece	
  o	
  revelador?	
  	
  
13. Que	
   acontece	
   ao	
   filme	
   quando	
   a	
   bomba	
   que	
   leva	
   o	
   fixador	
   ao	
   tanque	
   interno	
   da	
  
processadora	
  quebra?	
  
14. Explique	
  como	
  realizar	
  o	
  teste	
  que	
  verifica	
  vazamento	
  de	
  luz	
  na	
  câmara	
  escura.	
  
15. Segundo	
  a	
  portaria	
  453,	
  qual	
  a	
  distância	
  mínima	
  entre	
  a	
  luz	
  de	
  segurança	
  e	
  a	
  bancada	
  
de	
  manipulação	
  dos	
  filmes?	
  
16. Segundo	
  a	
  portaria	
  453,	
  como	
  deve	
  ser	
  o	
  armazenamento	
  dos	
  filmes	
  radiográficos?

Continue navegando