Buscar

Direito Tributário para concursos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 1 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
CONCURSO: COMBINADO FISCAL (RF – SEFAZ – SEFIN – TCM) 
 
ASSUNTO: 
1 – Receitas Estatais............................................................................................................01 
2 – Limitações ao Poder de Tributar..................................................................................13 
3 – Imposto...........................................................................................................................18 
4 – Taxas...............................................................................................................................19 
5 – Contribuição de Melhoria..............................................................................................20 
6 – Contribuições Especiais................................................................................................20 
7 – Empréstimo Compulsório.............................................................................................21 
8 – Código Tributário Nacional...........................................................................................21 
9 – Anexo: Sistema Tributário na Constituição Federal...................................................39 
10 – Lei 5.172, de 25 de Outubro de 1966..........................................................................48 
11 – Exercícios.....................................................................................................................88 
 
1 – RECEITAS ESTATAIS 
 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
1. Receita/ Despesa 
 O Estado como qualquer pessoa ou empresa 
precisa de uma receita para cumprir com as suas 
despesas. 
 
1.2. Receitas 
- Originárias – São as que decorrem/ defluem 
do próprio patrimônio do Estado. O Estado 
tem esta receita em função do próprio 
patrimônio. O Estado excepcionalmente pode 
exercer atividade econômica. Ex. Petrobrás 
(sociedade de economia mista), assim como o 
foro anual cobrado de que ocupa terrenos de 
marinha. É estudado no direito 
Administrativo. 
- Derivadas (tributos) – Decorrem do 
patrimônio do particular, NÃO são obtidas a 
partir do patrimônio do Estado e sim do 
Particular. Ex. Tributos (IPTU, IPVA, IR....). No 
Direito Tributário nos preocupamos com as 
receitas derivadas como sendo nosso objeto 
de estudo (Fisco/Contribuinte). 
 ** Cada vez mais o Estado depende das 
receitas derivadas, pois o Brasil fez opção 
pelas privatizações. 
 
2. Direito Financeiro x Direito Tributário 
O Direito Tributário na sua origem integrava o 
Direito Financeiro. No entanto, ganhou autonomia, 
pois o Direito Financeiro se preocupa com o 
fenômeno financeiro completo ( receitas e despesas), 
tais como a aprovação da lei orçamentária, a 
aprovação da LDO, dentre outros assuntos 
pertinentes ao orçamento, sendo que ao longo do 
século XX a questão tributária passa a ter relevância 
maior. Esta relação tributária é conflituosa, pois o 
particular quer pagar menos tributo e o Estado quer 
arrecadar mais, surgindo a necessidade de um 
regramento constitucional e infraconstitucional que 
discipline a relação FISCO-CONTRIBUINTE. 
 
3. Princípios Constitucionais Tributários 
3.1 – Princípio Federativo – O Brasil é uma federação, 
onde o poder está descentralizado, pois existem 
várias instâncias de governo: União, Estados/DF e 
Municípios. O Brasil é uma federação sui generis 
porque o município também é considerado ente 
federativo. O princípio federativo é uma cláusula 
pétrea. 
Entes integrantes de uma Federação ( Art. 18 CF) 
– União. Estados/DF e Municípios são 
autônomos). 
- União 
- Estados/ DF 
- Municípios 
 
4. Características de uma Federação- É possível 
citar algumas características de uma federação. 
 - Eleições próprias – No Brasil, cada ente 
federativo tem suas próprias eleições. A 
investidura de um Prefeito, por exemplo, não 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 2 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
depende da vontade do Governador ou do 
Presidente da República. 
- Competência Administrativa própria para 
prestar serviços públicos – Função principal 
do Estado. Os entes federativos recebem do 
texto constitucional competência para prestar 
serviços públicos próprios. O país opta pela 
Federação para melhorar a prestação do 
serviço público, comum em Estados 
geograficamente grandes. 
- Autonomia Administrativa – A organização 
político administrativa do Brasil compreende 
em União, Estados/DF e municípios com 
autonomia do ponto de vista administrativo, 
com capacidade de se auto-administrar. 
- Competência Tributária própria -“Não existe 
autonomia sem dinheiro – isto é essencial 
para fazer valer a federação”. IR – União, 
IPVA- Estado, IPTU – Município. Para que seja 
autônomo realmente cada ente que integre a 
federação tem competência para tributar. 
 A CF prevê impostos para cada ente – 
essencial para fazer valer a autonomia. 
Nos arts. 153, 154, 155 e 156 da 
Constituição Federal estão elencadas as 
competências dos entes federativos para 
a instituição dos impostos. 
 A união concentra ainda grande parte dos 
impostos, mas comparando-se com o 
Brasil, antes da atual Constituição, houve 
um avanço muito grande, principalmente 
em relação aos municípios, que 
atualmente possuem uma situação 
financeira muito melhor do que a que 
existia anteriormente. 
 
IMPORTANTE 
Além da competência Tributária, qual seria a outra 
forma através da qual os Estados e Municípios 
podem auferir receitas derivadas? 
Através das receitas da União que são repassadas 
para os Estados e para os Municípios, e também 
receitas do Estado que são repassadas para os 
Municípios. Essas receitas derivadas são transferidas, 
Ex. O que a União arrecada com IR e IPI grande parte 
será repassado (Arts.157. 158 e 159 CF). O IPVA 
arrecadado pelo Estado será em parte repassado para 
o município. A CF determina este repasse, pois além 
da competência própria para tributar, os Estados/DF e 
Municípios também possuem essas receitas que lhe 
são transferidas. 
 
 DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
 Atribuição da Competência Tributária 
 Outra Forma: Receitas Transferidas, além da 
própria competência tributária, os Estados e 
municípios recebem receitas transferidas por outro 
ente. Ex. FPE (21,5%) e FPM (22.5%) FPM. Quem 
fiscaliza é o TCU. A União e o Estado não ficam com 
100% do que arrecadam. 
O porquê desse repasse? 
 Primeiramente, o tributo existe onde estão as 
riquezas ou presunção de riquezas, ou seja onde há 
consumo, onde há poder de compra. Vamos partir da 
hipótese de um município localizado no sertão central 
do estado do Ceará com 10.000 habitantes – Os 
impostos municipais previstos nos arts 156 CF são 
(IPTU, ISS, ITBI). – Nesta hipótese, não existirá muita 
transferência de bens imóveis, pois a quantidade de 
imóvel vendido é mínima e quando existem imóveis à 
venda, o valor é muito pequeno, chegando a ser 
irrelevante, desta forma a arrecadação através do ITBI 
será quase inexistente. Em relação ao ISS, – sabe-se 
que o setor de serviços é próprio de cidades mais 
desenvolvidas. Em relação ao IPTU, – a arrecadação 
será baixa devido ao valor do imóvel e parte desses 
imóveis são isentos de IPTU. Nesse caso, o município 
tem baixa receita tributária, mas tem obrigações e 
competências constitucionais de prestar serviço 
público. Em razão disso, é necessário receber essas 
receitas (derivadas) transferidas através do FPM e do 
FPE, existindo municípios que recebem mais receitastransferidas do que receitas oriundas de sua 
competência tributária. É importante ressaltar, no 
entanto, que o repasse de receitas de um ente 
federativo para outro ente federativo não altera a 
competência tributária. 
 Competência Tributária – Poder de Tributar 
juridicamente limitado 
“É o poder de tributar juridicamente limitado; O que 
está limitando? A CF é quem limita, Ex. União não 
pode tributar IPVA, um ente não pode invadir a 
competência tributária de outro ente. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 3 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
 Formas de Competência Tributária: 
- Competência Exclusiva – Exs. Arts 153,155,156 CF 
A Competência exclusiva existe em relação aos 
Impostos. 
CTN – Imposto é um tributo independente de 
qualquer atividade estatal específica à pessoa do 
contribuinte. Não está associado a nenhuma ação do 
Estado, é um tributo não contra-prestacional. Ex. 
IPVA é pago somente porque tenho carro – não é 
necessário o Estado prestar um serviço. Por sua vez, 
as taxas e contribuições de melhorias são vinculadas a 
alguma atuação do Estado. São tributos contra-
prestacionais. 
A CF em seu art. 145 II – “A União, os Estados, O 
Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos:” 
II – Taxas, em razão do exercício do poder de polícia 
ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição. 
 Poder de Polícia- Restringir a esfera individual em 
prol da coletividade. Ex. Alvará de construção ( o 
município verifica se o meu projeto respeita o 
espaço de calçada, se respeita a lei municipal), 
podendo cobrar uma taxa para liberar o alvará. 
A Contribuição de melhoria sempre existiu, mas de 
difícil cobrança. Ex. particular com terreno no Eusébio 
comprado por um preço X (muito barato) e depois das 
melhorias provenientes do Estado como, por 
exemplo, rodovia que valorizou o terreno. A rodovia 
beneficia a todos, mas no caso em questão, a obra 
gerou uma valorização imobiliária no seu imóvel 
especificamente, podendo existir uma lei que cobre 
um valor sobre a valorização do terreno, também é 
um tributo vinculado/ contra-prestacional. 
- Competência Comum – Art 145 II, III CF – Existe em 
relação às taxas e às contribuições de melhorias 
(outras espécies tributárias). 
Porque o constituinte resolveu discriminar as 
competências dos impostos? 
- Porque se não houver a discriminação como saberia 
a quem pertence os impostos? Não existe outra forma 
de definir, pois em relação aos impostos não há 
vinculação / contra- prestação, desta forma é preciso 
ser definido pela CF. Já no caso das taxas e 
contribuições de melhorias, por serem tributos 
vinculados, o ente que prestar será o competente 
para cobrar, por estar associado a atuação prévia do 
Ente, somente ele pode cobrar – não sendo 
necessário discriminar/ previsão clara exclusiva. 
*** Imposto como não é vinculado é necessário a 
discriminação pela CF – com isso gera a competência 
exclusiva. Mas, quando se falar em competência 
comum (no plano abstrato), é no sentido de que não 
existe a predefinição constitucional. No entanto, 
quando o ente prestar o serviço, será o competente 
para cobrar. É comum no plano abstrato, pois quando 
a obra é feita, a competência deixa de ser comum e 
passa a ser exclusiva. 
 
 Competência Residual – Art 154,I CF 
** Principio da legalidade: Os tributos não são criados 
pela CF. A CF limita-se a autorizar a tributação A CF 
delimita espaços de tributação. Na verdade quem cria 
o tributo é o ente competente – União, Estados/DF e 
municípios quando aprovam suas leis, como 
consequência lógica do Principio da Legalidade. Ex. A 
CF autoriza a tributação sobre grandes fortunas, 
porém não há lei que regulamente a tributação – a CF 
prevê a possibilidade de haver tributo, porém 
enquanto não houver uma lei (podendo ser lei 
ordinária em alguns casos) não poderá ser tributado. 
“A CF assina o cheque, mas quem preenche os valores 
deste é o Ente competente e este ato é feito através 
da lei.” 
Residual – Também é exclusiva, pois só quem pode 
exercê-la é a União, através de lei complementar, não 
sendo um tributo cumulativo. 
Pode a União Federal criar imposto residual sobre 
renda? Não, pois já é tributado através do I.R – tem 
que ser fato novo não tributado. 
Para os demais impostos, basta a lei ordinária 
(maioria simples dos votos) e para o exercício da 
competência residual é necessário uma lei 
complementar (maioria absoluta dos votos). Qual a 
razão? Quando a União, Estados/DF e municípios 
aprovam as lei para regulamentar os impostos já 
previstos na CF, já estão limitados materialmente. Ex. 
Veículo automotor para a cobrança de IPVA – existe 
uma limitação material maior por isso exige-se uma lei 
menos rígida (lei ordinária). No caso de impostos 
residuais por ser fato NOVO ainda não tributado, e 
sem previsão constitucional, a União tem maior 
liberdade no plano material. Em razão disto, o 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 4 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
constituinte restringe através de uma lei mais formal 
(lei complementar- maioria absoluta de votos- 
anuência do congresso maior). Este formalismo é para 
compensar a liberdade material maior, é uma forma 
de contrabalancear. “ A União nunca exerceu, mas em 
tese poderá fazê-lo.” 
 A qual ente federativo pertence à competência 
Residual em relação as taxas? 
Em matéria de impostos, a competência residual é 
exclusiva da União. Em matéria de taxas, a 
competência residual é do Estado (art. 25 p. 1º CF). As 
taxas estão vinculadas aos serviços públicos e os 
novos serviços públicos que surgirão são de 
competência do Estado (podem surgir serviços novos), 
razão pela qual as novas taxas serão cobradas pelo 
Estado Residualmente as taxas incubem aos Estados. 
A Doutrina questiona essa competência entregue ao 
Estado, pois verifica-se que seria mais razoável ser 
entregue aos municípios pois este ente está mais 
próximo do cidadão e verifica-se mais 
detalhadamente a necessidade de prestação de novos 
serviços. 
 
 COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA (ART.154,II CF) 
Tem um aspecto semelhante à competência residual 
porque também é exclusiva da União Federal, 
nenhum outro ente poderá exercê-la. 
A cobrança de impostos de competência 
extraordinária só pode acontecer em períodos de 
guerra, porém nunca foi exercida, pois o Brasil não se 
envolve em conflitos armados. Nunca foi cobrada, 
mas poderá ser. Evidentemente quando se está em 
guerra, é necessário receita extraordinária, mesmo 
porque a receita ordinária diminui e precisa haver 
uma compensação, desta forma o constituinte viu 
uma maneira de equilibrar o orçamento autorizando a 
união a cobrança de impostos extraordinários. Neste 
caso, devido ao caráter de urgência, basta ser 
autorizado através de lei ordinária Não exige-se lei 
complementar por esta ser mais formal e 
conseqüentemente mais demorada, porque precisa-
se que a arrecadação seja da forma mais rápida 
possível. O constituinte visualizou tornar mais rápida 
sua criação, exigindo-se apenas lei ordinária. O 
imposto da guerra pode ser cumulativo por fatos já 
tributados (lógico), pois a rentabilidade é mais 
imediata, pode alcançar situações tributadas por 
imposto Federal, Estadual ou Municipal (art. 154 II). 
Ambos: impostos residual e extraordinário são de 
competência da união. 
 
 CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 Privatividade – Os impostos são outorgados 
privativamente aos entes, mesmo na competência 
comum haverá a cobrançaprivativa de cada ente, 
porque é comum no plano abstrato, por não haver 
predefinição constitucional mas quando houver a 
prestação do serviço, a cobrança passa a ser 
privativa/exclusiva. 
 Indelegabilidade – Não pode delegar a 
competência a que lhe pertence, se a Constituição 
Federal outorga à União Federal a competência da 
cobrança do IR, esta não pode delegar ao Estado e 
assim sucessivamente. Ou o ente exerce a 
competência ou não exerce, pois caso contrário, 
haveria ofensa à CF, pois se fosse possível, poderia 
haver barganhas políticas entre os entes maiores 
em relação aos menores. O objetivo é preservar a 
autonomia. Nenhum ente pode aprovar lei para 
delegar. 
 Irrenunciabilidade – As receitas tributárias não 
pertencem aos gestores públicos, por isso não 
poderão a elas renunciar. Diferente da esfera 
privada que o particular poderá 
dispensar/renunciar as questões patrimoniais 
(dispensar juros, por exemplo). Na esfera pública, 
não pode dispensar, é irrenunciável. 
 Incaducabilidade – O fato da União Federal nunca 
ter tributado sobre grandes fortunas não impede 
que passe a exercer. O Poder público pode a 
qualquer tempo cobrar. O exercício da 
competência tributária nunca caduca. 
 Intransferibilidade – Não pode a União aprovar 
uma lei que chama para si o imposto de outro 
ente, por exemplo, a União não pode aprovar uma 
lei que chama para si a cobrança de IPVA que é de 
competência exclusiva do estado. Não pode um 
ente chamar pra si tributos de outro ente A 
transferência só é possível se for feita por emenda 
constitucional, porém é vedada esta transferência 
através de legislação infraconstitucional. 
 Facultatividade – Os entes federativos recebem 
competência através da CF, mas só podem exercê-
la através de Lei. Existem municípios pequenos que 
não possuem lei de cobrança de ISS (pois a 
arrecadação seria mínima). A competência é 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 5 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
outorgada pela CF, mas só será exercida através de 
lei. 
É fundamental ressaltar que a Competência Tributário 
não se confunde com a Capacidade Tributária, posto 
que competente é o ente federativo que pode criar o 
tributo, ou seja, aquele que recebe da Constituição 
Federal o poder para instituir o tributo. A capacidade 
tributária está associada a quem pode cobrar o 
tributo, a quem pode arrecadar o tributo. A 
competência tributária é indelegável. A capacidade 
tributária é delegável. 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
TÍTULO VI 
Da Tributação e do Orçamento 
CAPÍTULO I 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
Seção I 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de 
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte ou postos a sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas. 
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir 
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados 
os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo 
própria de impostos. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em 
matéria tributária, entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder 
de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem 
como, em relação aos impostos discriminados nesta 
Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases 
de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato 
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e 
favorecido para as microempresas e para as empresas 
de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou 
simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, 
II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 
13, e da contribuição a que se refere o art. 239. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata 
o inciso III, d, também poderá instituir um regime 
único de arrecadação dos impostos e contribuições da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II - poderão ser estabelecidas condições de 
enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e 
a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos 
respectivos entes federados será imediata, vedada 
qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança 
poderão ser compartilhadas pelos entes federados, 
adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer 
critérios especiais de tributação, com o objetivo de 
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo 
da competência de a União, por lei, estabelecer 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 6 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Art. 147. Competem à União, em Território 
Federal, os impostos estaduais e, se o Território não 
for dividido em Municípios, cumulativamente, os 
impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os 
impostos municipais. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, 
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, observado 
o disposto no art. 150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos 
provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União 
instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, como instrumento de 
sua atuação nas respectivas áreas, observado o 
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo 
do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, 
para o custeio, em benefício destes, do regime 
previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não 
será inferior à da contribuição dos servidores titulares 
de cargos efetivos da União. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
>§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste artigo: 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - não incidirão sobre as receitasdecorrentes de 
exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
33, de 2001) 
II - incidirão também sobre a importação de 
produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a 
receita bruta ou o valor da operação e, no caso de 
importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
b) específica, tendo por base a unidade de medida 
adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) 
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações 
de importação poderá ser equiparada a pessoa 
jurídica, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as 
contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal 
poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de 
iluminação pública, observado o disposto no art. 150, 
I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 
2002) 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da 
contribuição a que se refere o caput, na fatura de 
consumo de energia elétrica.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 39, de 2002) 
Seção II 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o 
estabeleça; 
II - instituir tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos; 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes 
do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 7 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
c) antes de decorridos noventa dias da data em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas 
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos 
políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a 
sua impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais 
produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em 
geral interpretadas por artistas brasileiros bem como 
os suportes materiais ou arquivos digitais que os 
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela 
Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013) 
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos 
tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 
154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos 
tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 
154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos 
previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes. 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo 
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados, ou em que haja 
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera o promitente comprador 
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem 
imóvel. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas 
"b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a 
renda e os serviços, relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas. 
§ 5º - A lei determinará medidas para que os 
consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos 
que incidam sobre mercadorias e serviços. 
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de 
base de cálculo, concessão de crédito presumido, 
anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou 
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei 
específica, federal, estadual ou municipal, que regule 
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o 
correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo 
do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de 
obrigação tributária a condição de responsável pelo 
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato 
gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a 
imediata e preferencial restituição da quantia paga, 
caso não se realize o fato gerador presumido.(Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo 
o território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal 
ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico 
entre as diferentes regiões do País; 
II - tributar a renda das obrigações da dívida 
pública dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, bem como a remuneração e os proventos 
dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores 
aos que fixar para suas obrigações e para seus 
agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios estabelecer diferença tributária 
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão 
de sua procedência ou destino. 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 8 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
Seção III 
DOS IMPOSTOS DA UNIÃO 
Art. 153. Compete à União instituir impostos 
sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos 
nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei 
complementar. 
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas 
as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar 
as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, 
IV e V. 
§ 2º - O imposto previsto no inciso III: 
I - será informado pelos critérios da generalidade, 
da universalidade e da progressividade,na forma da 
lei; 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do 
produto; 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que 
for devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores; 
III - não incidirá sobre produtos industrializados 
destinados ao exterior. 
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição 
de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na 
forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003) 
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do 
caput:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003) 
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas 
de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, 
definidas em lei, quando as explore o proprietário que 
não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios 
que assim optarem, na forma da lei, desde que não 
implique redução do imposto ou qualquer outra 
forma de renúncia fiscal.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Regulamento) 
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo 
financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se 
exclusivamente à incidência do imposto de que trata o 
inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação 
de origem; a alíquota mínima será de um por cento, 
assegurada a transferência do montante da 
arrecadação nos seguintes termos: 
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito 
Federal ou o Território, conforme a origem; 
II - setenta por cento para o Município de origem. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não 
previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em 
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Seção IV 
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO 
FEDERAL 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito 
Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - transmissão causa mortis e doação, de 
quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
II - operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações 
se iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 9 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
III - propriedade de veículos automotores. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 
1993) 
§ 1.º O imposto previsto no inciso I: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos 
direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou 
ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, 
compete ao Estado onde se processar o inventário ou 
arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao 
Distrito Federal; 
III - terá competência para sua instituição 
regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicilio ou residência no 
exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou 
domiciliado ou teve o seu inventário processado no 
exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo 
Senado Federal; 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao 
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 3, de 1993) 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que 
for devido em cada operação relativa à circulação de 
mercadorias ou prestação de serviços com o 
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou 
outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
II - a isenção ou não-incidência, salvo 
determinação em contrário da legislação: 
a) não implicará crédito para compensação com o 
montante devido nas operações ou prestações 
seguintes; 
b) acarretará a anulação do crédito relativo às 
operações anteriores; 
III - poderá ser seletivo, em função da 
essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do 
Presidente da República ou de um terço dos 
Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus 
membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às 
operações e prestações, interestaduais e de 
exportação; 
V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações 
internas, mediante resolução de iniciativa de um terço 
e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações 
para resolver conflito específico que envolva interesse 
de Estados, mediante resolução de iniciativa da 
maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus 
membros; 
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e 
do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso 
XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas 
à circulação de mercadorias e nas prestações de 
serviços, não poderão ser inferiores às previstas para 
as operações interestaduais; 
VII - em relação às operações e prestações que 
destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro Estado, adotar-se-á: 
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário 
for contribuinte do imposto; 
b) a alíquota interna, quando o destinatário não 
for contribuinte dele; 
VIII - na hipótese da alínea "a" do inciso anterior, 
caberá ao Estado da localização do destinatário o 
imposto correspondente à diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual; 
IX - incidirá também: 
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria 
importados do exterior por pessoa física ou jurídica, 
ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, 
qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre 
o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao 
Estado onde estiver situado o domicílio ou o 
estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem 
ou serviço;(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 33, de 2001) 
b) sobre o valor total da operação, quando 
mercadorias forem fornecidas com serviços não 
compreendidos na competência tributária dos 
Municípios; 
X - não incidirá: 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 10 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
a) sobre operações que destinem mercadorias 
para o exterior, nem sobre serviços prestados a 
destinatários no exterior, assegurada a manutenção e 
o aproveitamento do montante do imposto cobrado 
nas operações e prestações anteriores; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
b) sobre operações que destinem a outros 
Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; 
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 
153, § 5º; 
d) nas prestações de serviço de comunicação nas 
modalidades de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o 
montante do imposto sobre produtos industrializados, 
quando a operação, realizada entre contribuintes e 
relativa a produto destinado à industrialização ou à 
comercialização, configure fato gerador dos dois 
impostos; 
XII - cabe à lei complementar:a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; 
c) disciplinar o regime de compensação do 
imposto; 
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição 
do estabelecimento responsável, o local das 
operações relativas à circulação de mercadorias e das 
prestações de serviços; 
e) excluir da incidência do imposto, nas 
exportações para o exterior, serviços e outros 
produtos além dos mencionados no inciso X, "a" 
f) prever casos de manutenção de crédito, 
relativamente à remessa para outro Estado e 
exportação para o exterior, de serviços e de 
mercadorias; 
g) regular a forma como, mediante deliberação 
dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos 
e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. 
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os 
quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que 
seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará 
o disposto no inciso X, b; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o 
montante do imposto a integre, também na 
importação do exterior de bem, mercadoria ou 
serviço. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) 
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o 
inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, 
nenhum outro imposto poderá incidir sobre 
operações relativas a energia elétrica, serviços de 
telecomunicações, derivados de petróleo, 
combustíveis e minerais do País.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o 
seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, 
de 2001) 
I - nas operações com os lubrificantes e 
combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá 
ao Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
II - nas operações interestaduais, entre 
contribuintes, com gás natural e seus derivados, e 
lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I 
deste parágrafo, o imposto será repartido entre os 
Estados de origem e de destino, mantendo-se a 
mesma proporcionalidade que ocorre nas operações 
com as demais mercadorias; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
III - nas operações interestaduais com gás natural 
e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não 
incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não 
contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas 
mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, 
nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
a) serão uniformes em todo o território nacional, 
podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
b) poderão ser específicas, por unidade de medida 
adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da 
operação ou sobre o preço que o produto ou seu 
similar alcançaria em uma venda em condições de 
livre concorrência; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 11 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se 
lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto 
no § 4º, inclusive as relativas à apuração e à 
destinação do imposto, serão estabelecidas mediante 
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos 
termos do § 2º, XII, g. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
§ 6º O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado 
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função 
do tipo e utilização.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Seção V 
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir 
impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por 
ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou 
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a 
sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não 
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei 
complementar.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a 
que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto 
previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) 
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a 
localização e o uso do imóvel.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
§ 2º - O imposto previsto no inciso II: 
I - não incide sobre a transmissão de bens ou 
direitos incorporados ao patrimônio de pessoa 
jurídica em realização de capital, nem sobre a 
transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, 
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, 
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do 
adquirente for a compra e venda desses bens ou 
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento 
mercantil; 
II - compete ao Município da situação do bem. 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III 
do caput deste artigo, cabe à lei 
complementar:(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 37, de 2002) 
I - fixar as suas alíquotas máximas e 
mínimas;(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 37, de 2002) 
II - excluir da sua incidência exportações de 
serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
III - regular a forma e as condições como isenções, 
incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e 
revogados.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 
37, de 2002) 
Seção VI 
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito 
Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União 
sobre renda e proventos de qualquer natureza, 
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a 
qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas 
fundações que instituírem e mantiverem; 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do 
imposto que a União instituir no exercício da 
competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União 
sobre renda e proventos de qualquer natureza, 
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a 
qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas 
fundações que instituírem e mantiverem; 
II - cinqüenta por cento do produto da 
arrecadação do imposto da União sobre a 
propriedade territorial rural, relativamente aos 
imóveis neles situados, cabendo a totalidade na 
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 12 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
III - cinqüenta por cento do produto da 
arrecadação do imposto do Estado sobre a 
propriedade de veículos automotores licenciados em 
seus territórios; 
IV - vinte e cinco por cento do produto da 
arrecadação do imposto do Estado sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporteinterestadual e 
intermunicipal e de comunicação. 
Parágrafo único. As parcelas de receita 
pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso 
IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: 
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor 
adicionado nas operações relativas à circulação de 
mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas 
em seus territórios; 
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser 
lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. 
Art. 159. A União entregará: 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre 
renda e proventos de qualquer natureza e sobre 
produtos industrializados quarenta e oito por cento 
na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 55, de 2007) 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento 
ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito 
Federal; 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento 
ao Fundo de Participação dos Municípios; 
c) três por cento, para aplicação em programas de 
financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições 
financeiras de caráter regional, de acordo com os 
planos regionais de desenvolvimento, ficando 
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos 
recursos destinados à Região, na forma que a lei 
estabelecer; 
d) um por cento ao Fundo de Participação dos 
Municípios, que será entregue no primeiro decêndio 
do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 55, de 2007) 
II - do produto da arrecadação do imposto sobre 
produtos industrializados, dez por cento aos Estados e 
ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das 
respectivas exportações de produtos industrializados. 
III - do produto da arrecadação da contribuição de 
intervenção no domínio econômico prevista no art. 
177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os 
Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da 
lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, 
c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 44, de 2004) 
§ 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser 
efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-
se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e 
proventos de qualquer natureza pertencente aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos 
termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I. 
§ 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser 
destinada parcela superior a vinte por cento do 
montante a que se refere o inciso II, devendo o 
eventual excedente ser distribuído entre os demais 
participantes, mantido, em relação a esses, o critério 
de partilha nele estabelecido. 
§ 3º - Os Estados entregarão aos respectivos 
Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que 
receberem nos termos do inciso II, observados os 
critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e 
II. 
§ 4º Do montante de recursos de que trata o 
inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por 
cento serão destinados aos seus Municípios, na forma 
da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer 
restrição à entrega e ao emprego dos recursos 
atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, neles compreendidos 
adicionais e acréscimos relativos a impostos. 
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo 
não impede a União e os Estados de condicionarem a 
entrega de recursos:(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de 
suas autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 29, de 2000) 
II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, 
incisos II e III.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 
29, de 2000) 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 13 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
Art. 161. Cabe à lei complementar: 
I - definir valor adicionado para fins do disposto 
no art. 158, parágrafo único, I; 
II - estabelecer normas sobre a entrega dos 
recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre 
os critérios de rateio dos fundos previstos em seu 
inciso I, objetivando promover o equilíbrio 
socioeconômico entre Estados e entre Municípios; 
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos 
beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das 
participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. 
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União 
efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos 
de participação a que alude o inciso II. 
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios divulgarão, até o último dia do mês 
subseqüente ao da arrecadação, os montantes de 
cada um dos tributos arrecadados, os recursos 
recebidos, os valores de origem tributária entregues e 
a entregar e a expressão numérica dos critérios de 
rateio. 
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União 
serão discriminados por Estado e por Município; os 
dos Estados, por Município. 
__________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
2 – LIMITAÇÕES AO PODER DE 
TRIBUTAR (art 150. CF) 
 
 Princípios Constitucionais Tributários 
A CF atribui aos entes competência tributária, cada 
um recebe uma parte da competência tributária. A 
competência tributária é a 1ª forma de limitação do 
poder de tributar. Ex. IPVA - imposto exclusivo do 
Estado. No entanto, não é a única forma de limitação. 
Os princípios tributários também limitam o poder de 
tributar. Referidos princípios (alguns previstos no art. 
150 da Constituição Federal) condicionam o poder de 
tributar. 
 
 Princípio da Legalidade (art. 150, I CF). 
A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo 
limitar o poder. O tributo só pode ser 
criado/majorado por lei específica. Não pode ser 
criado por decreto ou portaria. Quem o aprova são os 
nossos representantes. 
A competência tributária só é outorgada a entes 
políticos federativos porque só eles são dotados de 
poder legislativo O que adiantaria entregar a 
competência tributária sem poder para legislar? 
Somente os entes políticos podem criar tributos, por 
ser dotados de poder legislativo. 
“Exceções ao Principio da Legalidade” (art.153,p1º CF) 
– Mitigações – A lei do I.R alíquota fixa em 15, 20, 
27,5% mas em alguns impostos a alíquota não é 
fixada, ou seja, tem um patamar mínimo e máximo a 
ser cobrado, por exemplo, a alíquota pode variar de 
0% até 100% e um decreto fixa o valor da alíquota 
dentro do intervalo legal. A lei prevê o intervalo e o 
decreto fixa o valor. São os seguintes impostos: II 
(imposto de importação), IE (exportação), IPI 
(produtos industrializados), IOF (operações 
financeiras) (art. 153, § 1º, CF). São impostos sem 
alíquotas fixas por lei e sim pelo Poder Executivo 
através de decreto. 
O Poder Executivo fixa a alíquota no intervalo que a 
lei autorizar, razão pela qual existe imposto sem 
alíquota fixa (para isso as leis tem que verificar as 
funções dos tributos). 
 
DIREITO TRIBUTÁRIOPARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 14 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
 FUNÇÕES DOS TRIBUTOS: 
 Fiscal: A sua função principal é arrecadar. O Estado 
através dos impostos tem objetivo de arrecadação. 
 Extrafiscal: Objetivo central é intervir na economia, 
estimulando ou desestimulando determinados 
comportamentos dos contribuintes. Ex. o governo 
diminuiu a cobrança do IPI sobre automóveis 
aumentando quase que imediatamente o consumo 
interno, tendo como resultado o aumento do 
consumo em 2009 maior do que o ano de 2008. O 
poder público é o tutor da economia. 
Essa é a razão pelo qual esses impostos tem que ter 
alíquotas flexíveis para ter respostas imediata 
(II,IE,IPI,IOF). Ex. Imposto sobre Importação alíquota 
alta para valorizar o consumo dos bens nacionais. 
Instrumento de política econômica (função extra-
fiscal), flexibilidade dentro da limitação da lei – o 
executivo é quem define. 
- Parafiscais 
 
FUNÇÃO DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL 
No art. 146, II CF – Lei complementar – regular as 
limitações constitucionais ao poder de tributar. – 
Regula os princípios tributários (dentre outras 
matérias). 
O CTN seria uma Lei complementar que esclareceria 
os princípios. O CTN regulamenta o poder de tributar 
(dentre outras matérias). 
O CTN no Art. 97 esclarece a CF, regula as limitações 
ao poder de tributar, esclarece os princípios. É 
importante ressaltar que o Código Tributário Nacional 
foi elaborado como lei ordinária e recepcionado pela 
nova ordem constitucional como lei complementar 
(cuida-se do fenômeno da Recepção Constitucional) 
Existe hierarquia entre lei complementar e lei 
Ordinária? Uma lei complementar poderá 
ocasionalmente ser revogada por lei ordinária? 
O STF sempre teve uma posição contrária a este 
posicionamento. O STF entende que não há hierarquia 
o que há é uma RESERVA DE MATÉRIA. 
 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
 Princípio da Anterioridade: Como regra geral, a 
criação ou majoração de um tributo fica postergada 
para o exercício financeiro seguinte. No Brasil, o ano 
fiscal coincide com o ano civil, ou seja, se o governo 
aumentar um tributo em fevereiro de 2009, em regra 
só poderá ser cobrado no exercício financeiro de 
2010. 
 
 Anterioridade X Anualidade: A anualidade não se 
aplica no Brasil. Anterioridade refere-se a cobrança de 
tributo a partir do exercício seguinte, valendo de 
forma indefinida, só deixando de valer quando 
revogada por outra lei. A anualidade – significa que a 
majoração/criação terá que ser ratificada todo ano 
para poder cobrar no ano seguinte, como se exigisse 
do Executivo que justifique todo ano a cobrança. Não 
se aplica a anualidade no Brasil no campo tributário. 
Quando se fala em principio da Anterioridade, 
postergando a cobrança do tributo para o ano 
seguinte, não significa que tenha que esperar 1 ano 
inteiro, por exemplo, aumento em dezembro/09, 
cobra-se em jan/10 (inicio do exercício fiscal 
seguinte). 
O principio da anterioridade também é chamado de 
princípio da não surpresa: Para que o contribuinte não 
seja surpreendido na cobrança de novos impostos. 
ART. 150, III “b”– Fica vedada a cobrança de tributos 
no mesmo exercício financeiro em que haja sido 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Os princípios tributários existem para nos proteger 
(proteção para o contribuinte), mas se o Governo 
reduz ou extingue o tributo e coloca no corpo da lei 
“esta lei entra em vigor após a publicação” tem efeito 
imediato – não há que se falar em principio da 
anterioridade em caso de redução ou extinção. 
 
 Princípio da Anterioridade Genérica (art. 150,III, 
“b”, CF) 
Posterga a eficácia para o ano seguinte (Art. 150, III 
“B” CF) – Regra Geral 
 
 Princípio Anterioridade Mitigada (nonagesimal) 
(Art.195,§ 6º e Art 150,III “C”- CF) 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 15 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
** Contribuições sociais para a seguridade social (Art. 
195, § 6º) – A cobrança desse tipo de tributo terá 
eficácia conforme preceito do art. 195, p.6º quando 
determina que a exigibilidade só poderá ocorrer após 
decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as 
houver instituído ou modificado, não lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, b. 
A Anterioridade Mitigada era restrita às contribuições 
sociais para a seguridade social. No entanto, a EC. Nº 
42/03 estendeu referida imunidade também para os 
tributos em geral (Art. 150, III, “C”, CF) 
 
Exceções ao princípio da Anterioridade (Art. 150, 
§1º CF) 
A extrafiscalidade flexibiliza o principio da 
anterioridade Art. 150, § 1º 
Na verdade o art.150, § 1º diz que existem algumas 
espécies tributárias que não estão sujeitas ao 
principio da anterioridade mitigada e nem genérica, 
são eles: Art. 148, I – empréstimo compulsório 
(guerra), Art. 150, I,II,V (I. Importação, II. Exportação, 
V. operações financeiras), Art. 154 II (imposto da 
guerra) – Essas espécies não estão sujeitas, nem ao 
Princípio da Anterioridade Genérica, nem ao Princípio 
da Anterioridade Mitigada – Publica-se hoje e a 
cobrança amanhã. 
Existem outras que não seguem a mitigada 
aplicando-se somente a genérica. Exemplo: Imposto 
de Renda 
Art 153,III – IR – ainda é possível o aumento no final 
do ano e a cobrança no exercício seguinte com menos 
de 90 dias. 
Também não se aplica a mitigada (nonagesimal) a 
base de cálculo dos impostos previstos nos artigos 
155 III (IPVA), 156 I (IPTU). 
Não se aplica a anterioridade Genérica ao IPI- só 
segue a mitigada – art. 153, IV CF (se aumentar o 
teto) ** 
Os que não estão ressalvados seguem os dois 
princípios. 
O ITR segue os dois, o ITBI segue os dois (genérica e 
mitigada- aplicando o mais benéfico). 
 
 
 Principio da Irretroatividade (Art 150,III “a”, CF) 
É uma conseqyência lógica do principio da 
anterioridade. Talvez não fosse necessário o 
constituinte expressá-lo. Ex. Jan/08 alíquota IR - 27,5% 
e o Governo em Jun/08 aumenta para 28% - esta nova 
alíquota só será cobrada em Jan/09 (genérica-IR), pelo 
principio da anterioridade os fatos futuros poderão 
ser protegidos (período de jun/o8 e dez/08) – não 
serão alcançados. E devido ao principio da 
irretroatividade não pode alcançar fatos passados – 
segurança jurídica. 
Ex. Atividades estimuladas por tributação baixa e não 
seria justo cobrar os passados (art.150, III “a”) 
O principio da irretroatividade não tem Exceções – até 
mesmo os extrafiscais que são cobrados 
imediatamente (I. importação, I. exportação) não 
podem retroagir. 
 
 Princípio da Isonomia (Art. 150, II, CF) 
O respeito à Isonomia é exigência do próprio Estado 
de Direito. Não existe Justiça sem passar pela 
Isonomia. Houve por parte do Constituinte de 1988 
uma preocupação muito grande com a necessidade 
de respeitar este princípio, tendo um grande destaque 
no art. 5º do seu texto em que há três referências a 
este princípio. 
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem 
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
No sistema constitucional tributário brasileiro, 
particularmente no art. 150, inciso II, há 
expressamente referência a este princípio, quando 
afirma que: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinçãoem 
razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 16 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos 
ou direitos; 
 
 Princípio da Capacidade Contributiva (Art. 145, § 
1º, CF) 
 A Isonomia se realiza quando se trata 
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais de 
acordo com as suas desigualdades. Em Direito 
Tributário, este princípio se realiza com o respeito ao 
Princípio da Capacidade Contributiva que, em linhas 
gerais, corresponde a cobrar mais de quem pode 
pagar mais e cobrar menos de quem pode pagar 
menos. Este princípio vem expressamente previsto no 
texto constitucional no art. 145, § 1º da Constituição 
Federal, a seguir transcrito: 
§ 1º - Sempre que possível, os 
impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as 
atividades econômicas do contribuinte. 
 
 LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (art 150. CF) 
 Princípios Constitucionais Tributários 
A CF atribui aos entes competência tributária, cada 
um recebe uma parte da competência tributária. A 
competência tributária é a 1ª forma de limitação do 
poder de tributar. Ex. IPVA - imposto exclusivo do 
Estado. No entanto, não é a única forma de limitação. 
Os princípios tributários também limitam o poder de 
tributar. Referidos princípios (alguns previstos no art. 
150 da Constituição Federal) condicionam o poder de 
tributar. 
 
Princípio da Vedação ao Confisco (art. 150, IV CF). 
A essência da CF é dar poder e ao mesmo tempo 
limitar o poder. O tributo não pode destruir a 
atividade produtiva que enseja o mesmo. Sendo 
assim, o tributo não pode ter efeito confiscatório. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
 Princípio da Liberdade de Tráfego (art. 150, V CF) 
 A tributação não pode ser utilizada como 
forma de impedir o tráfego de mercadorias e de bens, 
sob pena de ferir o Princípio Federativo. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas 
ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio 
pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
 
 Princípio da Uniformidade Geográfica (Art. 151, I, 
CF) 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo 
o território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal 
ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico 
entre as diferentes regiões do País; 
 
 Princípio da Não Cumulatividade 
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV: 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que 
for devido em cada operação com o montante 
cobrado nas anteriores; 
 
 OUTROS PRINCÍPIOS 
 Imunidade Tributária x Isenção x Não Incidência 
 Imunidade Tributária (Ex. Art. 150, VI, CF) – É uma 
vedação constitucional ao poder de tributar, ou 
seja, a Constituição Federal resolve retirar do 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 17 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
alcance do legislador infraconstitucional a 
tributação de alguns fatos da vida. 
 Isenção – É uma vedação legal ao poder de 
tributar. Na isenção, é o legislador ordinário que 
resolve dispensar da tributação alguns 
contribuintes, ou seja, segundo a Constituição 
Federal, estes fatos podem ser tributados. Quem 
afasta a tributação é a legislação 
infraconstitucional 
 Não Incidência – É quando o contribuinte não 
realiza o fato gerador disciplinado na lei, ou seja, 
o contribuinte não realiza a hipótese normativa 
tributada. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
(Imunidade Recíproca) 
b) templos de qualquer culto; (Imunidade 
Religiosa) 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos 
políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de 
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; (Imunidade Partidária e 
Social) 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a 
sua impressão. (Imunidade Cultural) 
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às 
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes. 
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo 
anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados, ou em que haja 
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas 
pelo usuário, nem exonera o promitente comprador 
da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem 
imóvel. 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas 
"b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a 
renda e os serviços, relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades nelas mencionadas. 
 
 CONCEITO DE TRIBUTO: 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
__________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 18 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
3 – IMPOSTO 
 
 O art. 145 da Constituição Federal (CF) leva o 
leitor a vislumbrar três espécies do gênero: tributo, 
quais sejam: imposto, taxa e contribuição de 
melhoria. No entanto,alguns doutrinadores 
entendem que além das espécies supra aludidas, 
pode-se acrescentar duas outras, previstas 
expressamente da Magna Carta, quais sejam: 
empréstimo compulsório (art. 148, CF) e contribuição 
social ou especial (art. 149, CF). Esta última subdivide-
se em: contribuição de intervenção no domínio 
econômico, contribuição de interesse de categorias 
profissionais ou econômicas, contribuição de 
seguridade social e contribuição de iluminação 
pública. 
 
 DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS IMPORTANTES 
- Art. 150, VI - A imunidade nestas hipóteses 
existe somente em relação aos impostos; 
- Art. 150, par. 1º - O princípio da Anterioridade 
não se aplica aos impostos de importação, 
exportação, produtos industrializados, operações de 
crédito, câmbio, seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários e o imposto extraordinário; 
- Art. 153, par. 1º - Mitigação do princípio da 
Legalidade. O Poder Executivo, atendidas as condições 
e os limites da lei, pode alterar as alíquotas dos 
impostos de importação, exportação, produtos 
industrializados e operações de crédito, câmbio e 
seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. É 
instrumento de política fiscal;. 
- Art. 154, I - Competência residual em relação 
aos impostos; 
- Art. 154, II - Competência em relação aos 
impostos extraordinários; 
- Art. 153 - Impostos de competência da União 
Federal; 
- Art. 155 - Impostos de competência dos 
Estados e do Distrito Federal; 
- Art. 156 - Impostos de competência dos 
Municípios. 
 
 CONCEITO DE IMPOSTO 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica relativa ao contribuinte. 
Fala-se, por consequência, que o imposto é o tributo 
não vinculado, ao passo que, a taxa e a contribuição 
de melhoria são tributos vinculados a uma atuação 
estatal. A taxa, pela utilização de serviços públicos ou 
em razão do poder de polícia e a contribuição de 
melhoria, vinculada a uma obra pública. A não-
vinculação é o ponto característico e distintivo do 
imposto em face das demais espécies tributárias. 
A cobrança do imposto relaciona-se sempre 
com uma situação cotidiana da vida do contribuinte. 
Jamais a uma atividade estatal específica. 
Ex.: Imposto de Renda, IPVA, IPTU, etc.... 
Imposto Pessoal - Vislumbra a pessoa. Os 
impostos pessoais são mais justos 
 Ex.: Imposto de Renda 
(Art. 145, par. 1º, CF) 
Imposto Real - Vislumbra somente a matéria 
tributável 
 Ex.: IPI, ICMS 
 
A Constituição Federal (CF) de 1.988 distribuiu a 
competência para instituir os impostos entre os três 
entes (União, estados e DF e municípios) estatais de 
forma clara e incontroversa, em seus arts. 153, 155 e 
156. 
Competem à União os impostos de importação, 
exportação, renda e proventos de qualquer natureza 
(IR), sobre produtos industrializados (IPI), sobre 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a 
títulos ou valores mobiliários, sobre a propriedade 
territorial rural (ITR) e sobre grandes fortunas. (art. 
153, CF). 
Deve-se destacar os parágrafos 1º, 2º, 3º e 4º 
do art. 153, CF 
Além dos impostos supra mencionados, a União 
dispõe da competência residual em relação aos 
impostos (art. 154, inciso I, da CF) e poderá instituir 
impostos extraordinários na iminência ou no caso de 
guerra externa. (art. 154, inciso II, da CF) 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 19 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
Competem aos Estados e ao Distrito Federal os 
impostos sobre transmissão causa mortis e doação, 
de quaisquer bens ou direitos, sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação (ICMS) e sobre a 
propriedade de veículos automotores (IPVA). (art. 
155, CF) 
Competem aos Municípios o imposto sobre a 
propriedade predial e territorial urbana (IPTU), sobre 
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato 
oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre 
imóveis (ITBI) e sobre serviços de qualquer natureza 
(ISS). (art. 156, CF) 
Ressalte-se ainda que competem à União, em 
Território Federal, os impostos estaduais e, se o 
Território não for dividido em Municípios, 
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito 
Federal cabem os impostos municipais. (Art. 147, CF). 
__________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
4 – TAXAS 
 
São tributos vinculados. Têm como fato gerador 
o exercício regular do poder de polícia, ou o serviço 
público, prestado ou posto à disposição do 
contribuinte (art. 145, inciso II, CF e art. 77, CTN). 
Distingue-se do imposto por ser uma espécie 
tributária vinculada a uma atividade estatal específica 
em relação ao contribuinte. Por sua vez, o traço 
distintivo da contribuição de melhoria, deve-se ao 
fato de que esta vincula-se à obra pública, ao passo 
que a taxa vincula-se ao poder de polícia ou a serviço 
público. 
Conceito de poder de polícia (art. 78, CTN) 
Utilização efetiva ou potencial de serviços 
públicos específicos e divisíveis (art. 79, CTN) 
Art. 145, parágrafo 2º, CF - As taxas não 
poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
O ente estatal competente para cobrar 
determinada taxa é o ente público competente, 
segundo os dispositivos constitucionais e 
administrativos, para exercer determinado serviço 
público. Só pode cobrar a taxa por aquele 
determinado serviço público, quem for o competente 
para executá-lo. 
TAXA x PREÇO PÚBLICO. 
__________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________
____________________________________________ 
DIREITO TRIBUTÁRIO PARA CONCURSOS 
| APOSTILA 2017 
 
 
CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 20 
 
OS: 0139/1/16-Gil 
5 – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
 
É o tributo instituído para fazer face ao custo de 
obras públicas de que decorra valorização imobiliária, 
tendo como limite total a despesa realizada e como 
limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado. (Art. 81 do 
Código Tributário Nacional

Continue navegando