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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL CURSO DE ENFERMAGEM ACADEMICAS: CRISTIANE CHAVES, KELLY C. HESSE, VITORIA SIQUEIRA FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM I PROF. DR. ROGÉRIO DIAS RENOVATO PROVA SOBRE O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HIPERTENSÃO E DO DIABETES IMPORTANTE: NÃO SERÃO ACEITAS RESPOSTAS IGUAIS ENTRE OS GRUPOS INTEGRANTES DESSA AVALIAÇÃO. SE ASSIM FOR OBSERVADO, AS RESPOSTAS DAS QUESTÕES SERÃO CANCELADAS DE AMBOS OS GRUPOS. EM CASO DE PLÁGIO, AS QUESTÕES SERÃO CANCELADAS TAMBÉM. Encaminhar em dois formatos: word e pdf até as23:59h do dia 01 de setembro de 2017, ao e-mail rrenovato@uol.com.br. I. Histórico de Enfermagem da Família O.P.S., 70 anos, sexo masculino, ensino fundamental incompleto, aposentado e casado. Reside em casa de alvenaria, na Rua das Guaviras, n.365, Jardim dos Tuiuius, município de Uirapuru. A pressão arterial verificada na reunião mensal do Hiperdia pela equipe da Estratégia Saúde da Família foi: PA: 150x105 mmHg, e a glicemia capilar em jejum pela manhã: 157. Quanto ao perfil lipídico, o valor de triglicerídeos foi de 268 mg/dl e colesterol total 220mg/dl. Seu peso corporal é 82 kg, e altura, 1,65m. Quanto ao histórico familiar, o pai de O.P.S era hipertenso e diabético também. Há 30 dias, o resultado da Hemoglobina glicada foi de 8,5%. Dentre o tratamento farmacológico prescrito para a hipertensão arterial e diabetes mellitus tem-se: Hidroclorotiazida comprimido 25 mg, 1 vez ao dia pela manhã, Captopril comprimido 50mg 3 vezes ao dia sempre após uma refeição, Succinato de Metoprolol comprimido 50 mg veiculado em forma de liberação controlada 1 vez ao dia;, Glibenclamida comprimido 5 mg 2 vezes ao dia (antes do café da manhã e antes do almoço), Metformina comprimido 850mg 1 comprimido após o café e outro comprimido após o almoço, Insulina NPH 15 UI pela manhã e 10 UI ao jantar e Insulina Regular 6 UI pela manhã e 4UI ao jantar. – as insulinas por via SC (todos esses medicamentos estão disponíveis na Relação Municipal de Medicamentos do Município de Uirapuru, na farmácia adjacente à unidade de atenção básica do Jardim dos Tuiuius). O paciente tem relatado tosse seca continuada e câimbras nas pernas. Na última semana, quando foi fazer compras da casa, acabou demorando bastante no mercado, e sentiu fraqueza, palpitações e sudorese. O paciente relatou dificuldades em compreender o tratamento, além de achar às vezes complicado demais tomar tantos medicamentos. Em visita domiciliar da enfermeira J.L.S ao senhor O.P.S, e diante do quadro acima, ficou definido que ele retornaria ao médico para avaliação de sua situação clínica. Chegando à unidade, a enfermeira inseriu o caso clínico do senhor O.P.S. para ser discutido na reunião semanal da equipe do Jardim dos Tuiuius. Sua esposa, a senhora B.C.S., de 65 anos, com o mesmo nível de escolaridade, também aposentada, fez uso do seguinte medicamento para tratamento de hipertensão: Nifedipina 10 mg 1 vez ao dia, em costuma partir o comprimido de Nifedipina 20mg, e com isso reclamou de tontura e palpitações. Sua pressão arterial também estava acima dos parâmetros normais. Na discussão da equipe ESF, o farmacêutico relatou à equipe sobre sua preocupação em relação à partição do comprimido de nifedipina que é de liberação prolongada. Então, o médico, após consulta, modificou o tratamento para losartam comprimido 50 mg 2 vezes ao dia e Clortalidona 25 mg comprimido 1 vez ao dia (a Clortalidona não consta na Relação Municipal de Medicamentos do Municipio de Uirapuru – somente pode ser adquirido em farmácia privada). E após 30 dias, a senhora B.C.S., na consulta de enfermagem em 24 de agosto de 2017, apresentou o resultado de 125x79 mmHg para sua pressão arterial. Com isso, a enfermeira J.L.S. manteve a prescrição medicamentosa anterior por mais 30 dias, conforme estabelece o protocolo para prescrição de medicamentos por enfermeiros, definido pela Comissão de Farmácia e Terapêutica de seu município Uirapuru, e homologado pela Secretaria de Saúde. Pergunta-se: 1- Explique o emprego da medicação anti-hipertensiva e antidiabética do casal acima, fundamentando-se no mecanismo de ação dos fármacos, bem como na fisiopatologia do quadro acima. (2,0) Fármaco Mecanismo de Ação Correlação com a fisiopatologia Fonte bibliográfica HIDROCLORITIAZIDA Atuam basicamente na parte proximal dos túbulos contorcidos distais, bloqueando o cotransportador de sódio- cloreto na membrana luminal das células tubulares. Atuando sobre o mecanismo de reabsorção de eletrólitos no túbulo contornado distal. Aumenta a excreção de sódio e cloreto (em quantidades aproximadamente equivalentes) e, consequentemente, de água. (ANVISA). Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2006 Pimenta E. Hidroclorotiazida x clortalidona: os diuréticos tiazídicos são todos iguais? Revista Brasileira Hipertensão. 2008;15(3):166-7 CAPTOPRIL Atua como inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA), evitando a vasoconstrição periférica e diminuindo a resistência vascular periférica bem como a pressão arterial. SUCCINATO DE METOPROLOL Diminuem o debito cardíaco inibindo o receptor beta 1 cardíaco. GLIBENCLAMIDA Diretamente associada a estimulação e liberação de insulina das células beta do pâncreas, bloqueando os canais de potássio despolarizando a célula ocasionando a exocitose de insulina, além disso diminuem a produção de glicose pelo fígado e aumentam a sensibilidade periférica a insulina. METFORMINA Diminui a produção de glicose no fígado, assim como sua absorção intestinal aumentando a sensibilidade a insulina. NIFEDIPINA Atuam como bloqueadores dos canais de cálcio na célula. Os fármacos de cada uma dessas três classes ligam- se às subunidades α1 do canal de cálcio cardíaco do tipo L, mas em locais distintos e que vão interagir alostericamente entre si e com o maquinário de controle da passagem de cálcio, impedindo assim sua abertura e, consequentemente, reduzindo a entrada de cálcio. Causando dilatação arterial e diminuindo sua resistência. Rang HP, Dale MM, Ritter JM, Flower RJ. Rang & Dale farmacologia. 6a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. LOSARTAN O maior determinante da hipertensão é o sistema renina-angiotensina, onde o hormônio principal é a angiotensina II, um potente vasoconstritor. A angiotensina II se liga ao AT1 (receptor encontrado em muitos tecidos, como músculo liso vascular, glândulas adrenais, etc), isso desencadeia ações como a vasoconstrição e a liberação de aldosterona, bloqueando as ações da angiotensina II. CLORTALIDOMA Atuam basicamente na parte proximal dos túbulos contorcidos distais, bloqueando o cotransportador de sódio- cloreto na membrana luminal das células tubulares. Atuando sobre o mecanismo de reabsorção de eletrólitos no túbulo contornado distal. Aumenta a excreção de sódio e cloreto (em quantidades aproximadamente equivalentes) e, consequentemente, de água. (ANVISA). Guyton AC, Hall JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2006 Pimenta E. Hidroclorotiazida x clortalidona: os diuréticos tiazídicos são todos iguais? Revista Brasileira Hipertensão. 2008;15(3):166-7 INSULINA NPH15 Utilizada para substituir a falta no diabetes mellitus tipo 1ou a produção insuficiente de insulina no diabetes mellitus tipo 2. 2- Verifique se existem interações medicamento-alimento, bem como proponha esquema posológico racional, considerando os saberes da farmacocinética dos fármacos. (1,0) Paciente O.P.S. por exemplo Fármaco Interação com Alimentos (aumenta a absorção, diminui a absorção, retarda a absorção, não existe interação) Implicações/consequências Clínicas (explicar) Fonte bibliográfica HIDROCLOR OTIAZIDA Aumento na absorção do fármaco. Ocasionando aumento dos níveis pressóricos. Por exemplo, Cadernos de Atenção Básica. CAPTOPRIL Diminui a absorção do fármaco. Não é absorvido adequadamente podendo levar a quadro de hipertensão quando administrado próximo ou durante as refeições; portanto, recomenda-se que o mesmo deve ser administrado uma hora antes ou duas horas após as refeições. Lourenço R. Enteral feeding: drug/nutrient interaction. Clin Nutr. 2001;20(2):187-93. SUCCINATO DE METOPROLO L GLIBENCLA MIDA Não há interação com alimentos Quando administrado com alimentos obtém-se um pico de insulina satisfatório para reduzir a glicemia proveniente da alimentação Marathe et al., 2000 Silva JC, Taborda W, Becker F, Aquim G, Viese J, Bertini AM. Resultados preliminares do uso de anti-hiperglicemiantes orais no diabete mellitus gestacional. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2005; 27(8):461-466. Pereira, Laianny Krízia Maia, Elisana ferreira Gomes, and Anne Karelyne De Faria. "INTERAÇÕES ENTRE HIPOGLICEMIANTES ORAIS E NUTRIENTES: UM ESTUDO COM IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO 2." NBR 6023 METFORMIN A Diminui a absorção de vitamina B12. Aumenta a sensibilidade de receptores de insulina no fígado e no músculo esquelético. Marathe et al., 2000 Taketomo et al., 2005 NIFEDIPINA A ingestão concomitante com suco de laranja inibe sua biotransformação causando o aumento do efeito hipotensor. Guimarães de Sousa, Thaís, and Daniella Ribeiro Guimarães Mendes. "Riscos Relacionados à Interação Medicamentosa com Alimentos." Revista de Divulgação Científica Sena Aires 2.2 (2013): 99- 107. LOSARTANA Há interação Aumento da meia vida do medicamento. Esquema Posológico para o Paciente O.P.S. e outro esquema posológico para paciente B.C.S – apenas relatar neste caso, o esquema quando mudou o tratamento. Medicamento Dose Via de administração Café da manhã (especificar horário; antes ou após a refeição, quanto em minutos antes ou após refeição se é medicamento por via oral, com qual líquido tomar) Almoço (especificar horário; antes ou após a refeição, quanto em minutos antes ou após refeição se é medicamento por via oral, com qual líquido tomar) Jantar (especificar horário; antes ou após a refeição, quanto em minutos antes ou após refeição, se é medicamento por via oral, com qual líquido tomar) 2-Os pacientes relataram alguns sinais e sintomas, como tosse seca, câimbras nas pernas, fraqueza, palpitações e sudorese para o Sr. O.P.S. e tontura e palpitações, para a Sra. B.C.S (quando fazia uso de nifedipina e ela partia o comprimido de liberação prolongada). Seria possível afirmar que se trata de reações adversas? Sua resposta afirmativa ou negativa deve estar fundamentada no conceito de reações adversas. Se afirmativa a resposta, explique o porquê dessas reações adversas relacionadas ao uso de medicamentos. (2,0) 3-Verifique se existem interações medicamento-medicamento para cada paciente e relate as implicações clínicas. (1,0) Interação medicamento- medicamento Tipo de interação (farmacocinética ou farmacodinâmica Consequência s da interação Manejo da interação medicamento- medicamento Fonte bibliográfica Hidroclorotiazida x Captopril Hidroclorotiazida x Succinato de metropolol Hidroclorotiazida x Glibenclamida Hidroclorotiazida x Metformina Hidroclorotiazida x Insulina NPH Hidroclorotiazida x Insulina Regular Captopril x succinato de metropolol Captopril x Glibenclamida Farmacodinamica Farmacocinética Farmacocinética Farmacocinética Farmacocinética Pode resultar na hipotensão postural, pois ocorre hipertensão que resulta nessas condições Reduz a eficácia dos hipoglicemia ntes Hiperglicemia , exacerbação de diabetes pré-existentes SANTOS, Júlio César dos; FARIA JUNIOR, Milton; RESTINI, Carolina Baraldi Araújo. Potenciais interações medicamentosas identificadas em prescrições a pacientes hipertensos. Rev Bras Clin Med, Ribeirão Preto, p.308- 315, ago. 2012. FARAON, Aurélia Santos et al. POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE USUÁRIOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) DO MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO – SE. Rev.saúde.com, Sergipe, p.10- 17, nov. 2015. Captopril x Metformina Captopril x Insulina NPH Captopril x Insulina Regular Succinato de metropolol x Glibenclamida Succinato de metropolol x Metformina Succinato de metropolol x Insulina NPH Succinato de metropolol x Insulina Regular Glibenclamida x Metformina Glibenclamida x Insulina NPH Glibenclamida x Insulina Regular Metformina x Insulina NPH Metformina x Insulina Regular Farmacocinetica Farmacodinamica Framacocinetica Farmacodinâmica Intolerância a glicose, hiperglicemia Intolerância a glicose, hiperglicemia Fraqueza, tremores, tontura, sudorese. Reduz a glicemia dos pacientes diabéticos que fazem o uso de metiformina Enfraquecime nto ou o aumento indesejado de sua ação hipoglicemia nte Pode aumentar os efeitos hipoglicemia nte 4-Tanto O.P.S. como B.C.S fazem ou fizeram uso equivocado de alguns medicamentos. Relate, explique e proponha soluções. (1,0) A paciente B.C.S realizou o uso indevido da Nifedipina, pois fez partição do medicamento. Segundo Inhã et al., a ANVISA já alerta que a partição de medicamentos é uma pratica equivocada, pois ao partir a medicação perdesse medicamento, alem de não cortar em partes iguais sendo impreciso a dose e prejudicando a posologia, a melhor solução é manipular o medicamento na dose necessária. No caso da Nifedipina o dano foi maior, pois ela era um medicamento de liberação prolongada e nunca se deve partir um medicamento de liberação prolongada, pois se tira a proteção que regularia a liberação do fármaco, dessa forma doses elevadas do mesmo são liberadas no organismo e em lugares impróprios, no caso da Nifedipina sua proteção evitaela ser liberada no estomago e faz a liberação prolongada no duodeno, ao partir a mesma a paciente B.C.S estava se auto intoxicando . A solução no caso dela já foi tomada, pois o médico mudou sua receita para Losartam e Clortalidona, porem a bula da Clortalidona alerta sobre o uso da mesma com inibidores da ECA como o Losartam, devesse observar as reações podendo ter que diminuir a dose ou ate suspenser o uso. Já o paciente O.P.S, somente se equivocou com o cuidado na alimentação, pois demorou muito tempo no supermercado e pelos sintomas teve um quadro de hipoglicemia, o uso da insulina por si só pode causar hipoglicemia o O.P.S ainda usa Glibenclamida e Metformina o que agrava ainda mais a situação. Segundo Esteves, Neves e Carvalho (2012), a hipoglicemia vem sendo uma dificuldade no tratamento do diabetes desde sempre, são frequentes os casos de hipoglicemia e podem deixar sequelas ou ate levar a coma, é necessário sempre realizar a verificação dos níveis glicêmicos para controle desse problema o que gera custo e desconforto por parte dos pacientes. A solução nesse caso é o paciente fazer uma consulta e relatar ao medico para que assim ou as doses das suas medicações sejam alteradas ou ate mesmo ele deixe de usar algum dos medicamentos. INHÃ, A. S.; GOMES, J.B.; SAMPAIO, P. G.; Soares, V. C. G.; Biguetti, A. E.; Marques, S. A.. Partição de comprimidos de atenolol e propranolol e sua possível implicação em seu efeito terapêutico. Scientific Electronic Archives, Jundiaí, v. 9, n. 3, p.100-108, jul. 2016. ESTEVES, César; NEVES, Celestino; CARVALHO, Davide. A Hipoglicemia no Diabético: Controvérsia na Avaliação, à Procura das suas Implicações. Revista Científica da Ordem dos Médicos, Portugal, v. 25, n. 6, p.454-460, nov./dez. 2012. 5- Relate 10 orientações educativas sobre a administração segura e eficaz da insulina e justifique uma a uma. (1,0) Segundo a XII Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016), a administração da insulina deve seguir as seguintes orientações: 1. A insulina deve sempre ser mantida sob refrigeração, porem quando for realizar a aplicação recomenda-se retirar ela da geladeira de 15à 30 minutos antes da aplicação para que não haja dor ou irritação no local da aplicação. 2. Na hora da aplicação o paciente deve atentar-se a data de validade e o tempo que a insulina está aberta (caso esteja), para que ela tem sua ação biológica preservada. 3. Antes de cada aplicação o paciente deve se atentar a cor e consistência da insulina, pois caso haja algum erro no transporte ou armazenamento pode ocorrer alterações na fórmula sendo prejudicial ao paciente. 4. Os locais de aplicação devem ser inspecionados para garantir que não haja sinais de lipodistrofia, edema,inflamação e infecção, pois isso pode interferir na ação da insulina alem de trazer outros tipos de complicações ao paciente. 5. O paciente também deve se atentar a velocidade de absorção, o abdome é o local de absorção mais rápida e o glúteo o mais demorado, fora isso a pratica de exercícios físicos, banhos quentes, febre e massagem podem aumentam a absorção podendo levar a uma hipoglicemia e banhos frios, compressas frias e desidratação dificultam a absorção podendo levar a uma hiperglicemia. 6. O rodízio de local de aplicação é muito importante sendo crucial para um tratamento seguro e eficaz, pois evita lipodistrofia e ajuda na eficácia da ação da insulina, porém o rodízio deve ser muito bem planejado, porque caso feito de forma indiscriminada causa uma variabilidade importante na absorção da insulina dificultando o controle da glicemia. Ele deve ser feito conforme o numero de aplicações diárias, horários e atividades do dia-a-dia. 7. A escolha da agulha também é muito importante, pois deve levar em consideração a estrutura física do paciente, a agulha utilizada em um paciente obeso não é a mesma utilizada em pacientes com escassez de tecido subcutâneo, a agulha utilizada em adultos é diferente da utilizada em crianças. 8. Na hora de aplicar a insulina deve movimentar o frasco e a seringa vinte vezes para homogeneizar a insulina, porem deve ser com movimentos leves, pois caso faça bolhas de ar pode prejudicar no preparo e na dosagem. 9. Deve se injetar ar no frasco de insulina na mesma dose a ser aspirada, pois assim evita a formação de vácuos que interferem na aspiração da dose correta e no aproveitamento total da insulina. Alem de que quando necessária a aspiração de dois tipos de insulina na mesma seringa a presença de vácuo provoca a aspiração da insulina que já está na seringa para dentro do frasco. 10. Deve ser realizada prega subcutânea na aplicação de insulina principalmente em crianças, adolescentes e adultos quando a região escolhida for escassa de tecido subcutâneo para assim evitar a aplicação em tecido muscular. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) 6- No caso da senhora B.C.S, a enfermeira manteve os medicamentos e realizou a prescrição deles, conforme estabelece o protocolo de seu município. Logo, elabore a prescrição dos medicamentos anti-hipertensivos desta paciente. A elaboração de uma prescrição de medicamentos para o tratamento deste paciente pela enfermeira deve seguir as Boas Práticas de Prescrição, que são (1,0): Identificação do paciente (nome e endereço); Identificação do prescritor (nome, COREN e assinatura); Identificação da instituição (no caso, local da equipe e município) Identificação da data da prescrição; Legibilidade; Compreensão e orientação (como tomar, quando tomar, por quanto tempo tomar, qual via tomar, qual forma farmacêutica e orientações sobre alguma reação adversa, interação medicamentosa e acesso ao medicamento); Não usar abreviaturas; Denominação do medicamento (DCB e DCI); Muito cuidado na prescrição de medicamentos com nomes parecidos; Expressão de doses (UI, mg, g, e no caso de mcg, escrever microgramas). II. Diagnóstico de Enfermagem 6- Relatar e explicar 2 diagnósticos de enfermagem relacionadas à terapêutica medicamentosa dos pacientes acima, utilizando a taxonomia NANDA 2015-2017. (1,0) Paciente Diagnóstico de Enfermage m (DE) Tipo de Diagnóstic o (real, promoção da saúde, risco, bem- estar) Característica s Definidoras e Fatores relacionados (quando for DE real, promoção da saúde e bem- Existe algum medicament o específico relacionado ao diagnóstico de enfermagem Necessidade s Humanas Básicas (ver Apêndice 1) Fonte bibliográfic a estar) ou Fatores de Risco (quando for DE de risco) ? Cite e explique. Por exemplo , paciente O.P.S. ou B.C.S. APÊNDICE I Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta (Benedet; Bub, 2001) Necessidades Psicobiológicas Regulação neurológica É a necessidade do indivíduo de preservar e/ou restabelecer o funcionamento do sistema nervoso com o objetivo de coordenar as funções e atividades do corpo e alguns aspectos do comportamento Percepção dos órgãos e sentidos É a necessidade do organismo perceber o meio através de estímulos nervosos com o objetivo de interagir com os outros e perceber o ambiente Oxigenação É a necessidade do organismo de obter o oxigênio através da ventilação, da difusão do oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue, do transporte do oxigênio para os tecidos periféricos e da remoção do dióxido de carbono; e da regulação da respiração com o objetivo de produzirenergia (ATP) e manter a vida Regulação Vascular É a necessidade do organismo de transportar e distribuir nutrientes vitais através do sangue para os tecidos e remover substâncias desnecessárias, com o objetivo de manter a homeostase dos líquidos corporais e a sobrevivência do organismo Regulação Térmica É a necessidade do organismo em manter a temperatura central (temperatura interna) entre 36° e 37,3° C, com o objetivo de obter um equilíbrio da temperatura corporal (produção e perda de energia térmica) Hidratação É a necessidade de manter em nível ótimo os líquidos corporais, compostos essencialmente pela água, com o objetivo de favorecer o metabolismo corporal Alimentação É a necessidade do individuo obter os alimentos necessários com o objetivo de nutrir o corpo e manter a vida Eliminação É a necessidade do organismo de eliminar substâncias indesejáveis ou presentes e quantidades excessivas com o objetivo de manter a homeostase corporal Integridade Física É a necessidade do organismo manter as características de elasticidade, sensibilidade, vascularização, umidade e coloração do tecido epitelial, subcutâneo e mucoso com o objetivo de proteger o corpo Sono e Repouso É a necessidade do organismo em manter, durante um certo período diário, a suspensão natural, periódica e relativa da consciência; corpo e mente em estado de imobilidade parcial ou completa e as funções corporais parcialmente diminuídas com o objetivo de obter restauração Atividade Física É a necessidade de mover-se intencionalmente sob determinadas circunstâncias através do uso da capacidade de controle e relaxamento dos grupos musculares com o objetivo de evitar lesões tissulares (vasculares, musculares, osteoarticulares), exercitar-se, trabalhar, satisfazer outras necessidades, realizar desejos, sentir-se bem, etc Cuidado Corporal É a necessidade do indivíduo para, deliberada, responsável eficazmente, realizar atividades com o objetivo de preservar seu asseio corporal. Segurança física e meio ambiente É a necessidade de manter um meio ambiente livre de agentes agressores à vida com o objetivo de preservar a integridade psicobiológica Sexualidade É a necessidade de integrar aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais do ser, com o objetivo de obter prazer e consumar o relacionamento sexual com um parceiro ou parceira e procriar Regulação: Crescimento Vascular É a necessidade do organismo em manter a manipulação celular e o crescimento tecidual dentro dos padrões da normalidade com o objetivo de crescer e desenvolver-se Terapêutica É a necessidade do indivíduo de buscar ajuda profissional para auxiliar no cuidado à saúde com o objetivo de promover, manter e recuperar a saúde Necessidades Psicossociais Comunicação É a necessidade de enviar e receber mensagens utilizando linguagem verbal (palavra falada e escrita) e não-verbal (símbolos, sinais, gestos, expressões faciais) com o objetivo de interagir com os outros Gregária É a necessidade de viver em grupo com o objetivo de interagir com os outros e realizar trocas sociais. Recreação e lazer É a necessidade de utilizar a criatividade para produzir e reproduzir idéias e coisas com o objetivo de entreter-se, distrair-se e divertir-se Segurança emocional É a necessidade de confiar nos sentimentos e emoções dos outros em relação a si com o objetivo de sentir-se seguro emocionalmente Amor, aceitação É a necessidade de ter sentimentos e emoções em relações às pessoas em geral com o objetivo de ser aceito e integrado aos grupos, de ter amigos e família Auto-estima, autoconfiança, auto- respeito É a necessidade de sentir-se adequado para enfrentar os desafios da vida, de ter confiança em suas próprias idéias, de ter respeito por si próprio, de se valorizar, de se reconhecer merecedor de amor e felicidade, de não ter medo de expor suas idéias, desejos e necessidades com o objetivo de obter controle sobre a própria vida, de sentir bem-estar psicológico e de perceber-se como o centro vital da própria existência Liberdade e Participação É a necessidade que cada um tem de agir conforme a sua própria determinação dentro de uma sociedade organizada, respeitando os limites impostos por normas definidas (sociais, culturais, legais). Em resumo, é o direito que cada um tem de concordar ou discordar, informar e ser informado, delimitar e ser delimitado com o objetivo de ser livre e preservar sua autonomia Educação para a Saúde/Aprendizagem É a necessidade de adquiri conhecimento e/ou habilidade para responder a uma situação nova ou já conhecida com o objetivo de adquirir comportamentos saudáveis e manter a saúde Auto-realização É a necessidade de realizar o máximo com suas capacidades físicas, mentais, emocionais e sociais com o objetivo de ser o tipo de pessoa que deseja ser Espaço É a necessidade de delimitar-se no ambiente físico, ou seja, expandir-se ou retrairse com o objetivo de preservar a individualidade e a privacidade. Criatividade É a necessidade de ter idéias e produzir novas coisas com o objetivo de realizar-se (vir a ser). Necessidades Psicoespirituais Espiritualidade É a necessidade inerente aos seres humanos e está vinculada àqueles fatores necessários para o estabelecimento de um relacionamento dinâmico entre as pessoas e um ser ou entidade superior com o objetivo de sentir bem-estar espiritual. Como, por exemplo: ter crenças relativas ao significado da vida. Cabe ressaltar que espiritualidade não é o mesmo que religião
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